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Alberto Ruggiero
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Objetivo
Ampliar a percepção de si através do autoconhecimento, compreender melhor as
preferências de estilos de comunicação dos outros e ser capaz de flexibilizar nos
relacionamentos diários a fim de obter resultados mais efetivos por meio das pessoas.
Introdução
O profissional que desenvolve o autoconhecimento amplia o conhecimento sobre si
mesmo, consegue entender com mais naturalidade os pontos de melhoria e as
qualidades de sua personalidade.
Após tantos séculos, nada continua tão intrigante, fascinante e complexo quanto o ser
humano. Com tantos estudos, conhecimentos acumulados, ainda existem grandes
desafios ao se deparar com os relacionamentos diários, seja no ambiente profissional ou
familiar. Profissionais que conseguem resolver problemas técnicos complexos
diariamente, por vezes ficam perdidos diante de determinados comportamentos das
pessoas de seu convívio. O que veremos a seguir é como aplicar a Dominância Cerebral
nas práticas diárias de nossos relacionamentos, ampliando nossa compreensão acerca
de nós mesmos e dos outros.
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Exercício de autoconhecimento – Assinale as afirmações que são verdadeiras para
você
Grupo A
( ) Sou uma pessoa muito mais inclinada a decidir considerando a lógica e os dados do
que as emoções e os sentimentos.
( ) Na maior parte das vezes sou mais discreto(a) do que outras pessoas, porque penso
bem no que devo fazer.
( ) Costumo tomar minhas decisões sem levar em conta em que isso afetará meus
relacionamentos: é mais importante considerar os fatos concretos.
Grupo C
( ) Prefiro não acreditar em minha intuição pois é muito melhor e mais prático perceber
o que está acontecendo por meio de dados reais.
( ) Na maior parte da vida, tenho sido uma pessoa que busca manter a tradição.
( ) Acho muito melhor uma pessoa ser elogiada por ser prática e organizada.
( ) Me satisfaz muito quando planejo meu dia e quase tudo ocorre como planejei.
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( ) As outras pessoas me definem como uma pessoa organizada.
( ) Em minha opinião, minhas rotinas são muito melhores do que constantes mudanças.
Preciso de organização.
Grupo E
( ) Na maior parte das vezes, prefiro deixar as coisas para o último minuto.
( ) Acho muito bom uma pessoa ser elogiada por ser criativa e intuitiva.
( ) O que mais gosto é entender onde vou chegar, para depois pensar no como.
( ) Na maior parte da vida tenho sido uma pessoa que busca correr riscos.
Grupo R
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( ) Gosto de pessoas abertas, que vão logo dizendo o que pensam e gostam de ouvir o
que tenho a dizer (saio logo opinando).
( ) Se a outra pessoa ficou triste com o que foi dito, começo a procurar entender como
ela está se sentindo e tento ajudá-la.
( ) Para tomar uma decisão prefiro sentir os fatos primeiro, e sempre levo em conta as
pessoas envolvidas.
Sua preferência está representada pela(s) letra(s) com maior número de assinalações.
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Perfil Analítico
O perfil Analítico, como o próprio nome sugere, gosta de analisar, costuma ser prático,
objetivo, concreto, prefere trabalhar sozinho, gosta do silêncio, tem facilidade com
números, gráficos e tabelas, gosta de ir direto ao ponto, não gosta de ter a sensação de
que está perdendo tempo, ou seja, gosta de manter o foco no que está fazendo, define
objetivos, coleta dados e fatos, avalia as informações disponíveis, tem clareza no
entendimento dos fatos. Sua meta é a objetividade através de fatos, onde concentra seus
pensamentos e suas articulações.
Perfil Experimental
O perfil Experimental assume riscos, é criativo, tem boa imaginação, busca desafios,
novas oportunidades, visualiza os fatos, é intuitivo, costuma especular, prefere ver o
quadro global, tem facilidade para sintetizar os problemas e projetos, adora sair da
rotina, quebrar regras, provocar mudanças, fazer experiências. Sua mente está em
movimento contínuo, encaixando as informações da vida de múltiplas maneiras.
Perfil Controlador
O perfil Controlador divide um problema em pequenas partes para ter uma visão mais
clara da situação ou do projeto, é organizado, gosta de detalhes, prefere as ações que
tenham começo, meio e fim, sente-se seguro com o planejamento de sua rotina, ordena
as ações para atingir os objetivos propostos, com isso, pode administrar, implementar e
acompanhar o que está acontecendo, observa o real, é metódico, conservador e pontual,
faz acontecer e é muito confiável.
Perfil Relacional
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desenvolvida para os relacionamentos e se concentra nos sentimentos e nas
necessidades dos outros.
Se for o caso, utilize gráficos, assim, o Analítico entenderá rapidamente o que deseja
transmitir a ele. Procure controlar seus gestos e evite tocá-lo. Evite palavras emotivas
como: sinta, confie, acredite, imagine, suponha. Use as palavras mais familiares a ele,
tais como: a lógica, as informações coletadas, examine, o resultado, análise, a exatidão, a
rapidez, o objetivo, os dados, os fatos. Antes de conversar com um analítico procure
coletar informações documentadas, preste atenção ao sentido lógico de suas opiniões.
Do ponto de vista do Analítico, o seu tempo é mais bem aproveitado quando ele observa,
pensa e analisa individualmente a situação, por conta disso tem a necessidade de
privacidade, e cada minuto com o Analítico tem que ser bem aproveitado e útil para que
ele não sinta que está perdendo seu precioso tempo com assuntos fúteis.
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O perfil Analítico é de pouca fala, porém quando fala é assertivo e convincente. Evite a
repetição desnecessária e respeite o sentido de urgência do Analítico.
Antes de conversar com o Experimental lembre-se que ele(a) não gosta de detalhes, por
isso, pouco ajudará levar informações em excesso e em detalhes. O que o Experimental
gosta é de ser desafiado, de ousadia, use isso na sua comunicação com ele, leve ou
discuta sobre alguma novidade e dê espaço para ele(a) expor seus pensamentos e
visualizar o futuro.
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confiança, tais como: a organização, a sequência, a disciplina, a segurança, a
metodologia usada, nosso plano de ação, a fonte dessa informação é, datas e prazos.
Procure manter o que foi combinado, evite mudanças drásticas, a não ser que sejam
realmente necessárias, a fim de evitar traumas na relação com o Controlador. Respeite o
modo estruturado de levar a vida do Controlador.
Lembre-se que o Relacional julga as atividades com o critério de como essa atividade
servirá aos outros. Adoram sentir que estão fazendo algo útil a outras pessoas, que
servem de apoio ao próximo. Provavelmente o Relacional terá algum tipo de conselho
para você, incentive-o a falar e dê reconhecimento a ele.
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Analítico e Controlador
Experimental e Relacional
Analítico e Experimental
As características dos indivíduos que possuem esse perfil demonstram uma pessoa com
visão de longo prazo, por vezes silenciosa, direta e objetiva, com pensamento técnico,
que buscam o rompimento de regras e valorizam a criatividade, o que podem torná-las,
às vezes, difíceis de serem compreendidas.
Controlador e Relacional
O Multidominante
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O Equilíbrio do Z
Tão importante quanto saber qual é a sua preferência e entender qual é o seu potencial,
é perceber como posso utilizar da melhor forma esse conhecimento, conforme a figura a
seguir.
A sequência do Z indica um início pelo perfil Analítico, segue para o Experimental, cruza
para o perfil Controlador e finaliza com o Relacional. Esse caminho favorece o equilíbrio
emocional nos relacionamentos, na tomada de decisão e no trabalho em equipe.
Diante de uma determinada situação, é interessante iniciar pelo perfil Analítico, ou seja,
deve-se analisar a situação, levantar dados, fatos, coletar informações, fazer um
mapeamento real, concreto e lógico da situação.
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Após esse levantamento, é hora de estimular o Experimental para visualizar as
possibilidades, é o momento de criar alternativas para lidar com a situação. Ideias,
inovação, ousadia, intuição, visão global e flexibilidade predominam nesse momento.
E por fim entra em ação o Relacional. Após efetuar uma análise da situação (Analítico),
criar alternativas (Experimental), escolher, organizar e estruturar a melhor opção
(Controlador), é chegada a hora da implementação, de entrar em ação e administrar as
pessoas responsáveis, é o momento de comunicar, falar e ouvir, ficar atento às reações,
harmonizar e trabalhar em equipe para que o resultado seja alcançado.
O “X” da Questão
Os opostos realmente se atraem ou se repelem?
A forma como lidamos com as nossas diferenças é o que determina qual será nossa
resposta. Nos estudos da Dominância Cerebral percebe-se claramente quem são esses
opostos e se por um lado o Z busca o equilíbrio entre os hemisférios cerebrais, o X
provavelmente nos indica onde está o nosso maior desafio para que possamos vivenciar
o Z. Vejamos como progridem essas interações:
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Enquanto o perfil Analítico é mais silencioso, racional, lógico e impessoal, aprecia
refletir a longo prazo, o Relacional é mais emocional, sensível e adora estar com gente,
pensa no curto prazo. Por aí já percebemos que são opostos.
Vamos imaginar que se ambos mantiverem seu próprio estilo durante suas interações
diárias, sem levar em conta as diferenças que existem entre eles, o que aconteceria?
Vamos congelar a cena e verificar outros dois opostos, como se sairiam na mesma
situação.
Se por um lado o Experimental aprecia correr riscos, fugir da rotina e usar de sua
intuição, o Controlador prefere ser mais metódico, organizar sua rotina e ser mais
racional. O que aconteceria com eles na mesma situação relatada?
Descongelando a cena.
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Sem dúvida, o que acabamos de perceber nessas situações foi uma provocação entre um
e outro, o que resultou na criação de rótulos e estereótipos, dificultando a interação
entre eles.
A questão não é se os opostos se atraem ou se repelem, e sim como fazer para que eles
se complementem. A ausência de flexibilidade comportamental entre eles e a
incapacidade de se colocar no lugar do outro por alguns instantes dificulta essas
interações.
Antes de tudo, fuja dos estereótipos e dos rótulos, lembre-se, todos nós utilizamos os
quatro perfis e todos têm a sua devida importância. É preciso respeitar e valorizar as
diferenças. Para isso, é fundamental que a flexibilidade comportamental diante dos
outros perfis, principalmente diante de seu oposto, seja exercitada, e isso depende mais
de nós do que dos outros.
Quando estiver diante de alguém que possui um perfil diferente do seu, pare e pense em
como você pode se relacionar melhor com essa pessoa, como abrir um canal de
comunicação positiva entre vocês, qual é a melhor forma de falar, de ouvir, de agir, de
mostrar algum material, de auxiliá-la na tomada de alguma decisão, como pode ser um
facilitador nesse processo.
Reflita no seu perfil preferido e no oposto ao seu, bem como quais ações você pode
tomar para facilitar a sua flexibilidade comportamental diante dele. Cada pessoa tem
alguma facilidade para a execução de determinadas tarefas. Nem todos são hábeis e
gostam de fazer tudo. Reconheça que nenhuma pessoa é perfeita, reconheça que os
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outros têm o direito de ser diferentes. As preferências de cada um ocorrem
naturalmente.
Cuidado!
O maior perigo que um líder pode correr com o uso dos estilos são os estereótipos!
Cuidado para não criar rótulos entre as pessoas e assim afastá-las de suas competências.
Como observamos, a força do Z aproxima os diferentes, no sentido de complemento. Os
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estereótipos afastam e criam barreiras invisíveis entre os diferentes perfis, estimulando
a competição e a desqualificação dentro da equipe. Vejamos os principais estereótipos a
serem evitados:
Podemos afirmar que a utilização constante de rótulos e estereótipos por parte dos
líderes, tem estreita ligação com sua autoestima e do autoconceito que possuem de si
próprio, podendo desencadear manifestações e comportamentos defensivos.
Resumo
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4. Perceber o X da questão e testar nossa flexibilidade de comportamento e por fim,
Bibliografia
HERRMANN, Ned. The whole brain business book. McGraw Hill, 1996, New York, USA.
RUGGIERO, A., FALCÃO G. Percepção e Aprendizagem para Gestão de Pessoas, 2011, São Paulo, SP.
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