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INCONSCIENTE

● HISTÓRIA
- São as experiências com Charcot que levam Freud a equacionar a
existência do inconsciente, isto é, de uma instância do psiquismo que se
desconhece. Esta hipótese é aprofundada com o trabalho que desenvolve
com o também médico austríaco Josef Breuer, este que recorria à hipnose
como terapia para os sintomas histéricos. Os dois consideraram que a causa
das perturbações teria de ser procurada no inconsciente do doente, onde
estavam retidas recordações traumáticas.
- Herbart (Johann Friedrich Herbart foi um filósofo, psicólogo, pedagogista,
alemão, fundador da pedagogia como disciplina acadêmica) - A concepção
que mais se aproximou da de Freud foi a de Herbart, que mesmo
assim não falava de um psiquismo topograficamente dividido em
sistemas, mas de ideias que continuavam dinamicamente ativas após terem
sido inibidas pelas demais.
- Garcia-Roza indica que Herbart não se contenta apenas em afirmar a
existência de representações conscientes e inconscientes, mas afirma ainda
que as representações que foram tornadas inconscientes não foram
destruídas nem tiveram sua força reduzida, mas permanecem lutando, a nível
consciente, para se tornarem conscientes. Ele também usa o termo
Verdrängung (fala-se Ferdrengung), para designar a expulsão de uma
representação para aquém do umbral da consciência.
- Mas Herbart não fez do recalcamento o processo responsável pela clivagem
da subjetividade em instâncias distintas - que são os Sistemas PCs e ICs que
Freud indica - e também não propôs estruturas nem leis diferentes para cada
uma delas.

● RECALQUE ORIGINÁRIO
o recalcamento não é um mecanismo defensivo que esteja presente desde o
início, ele só pode surgir quando tiver ocorrido uma cisão marcante entre a
atividade mental consciente e a inconsciente

É essa primeira fase, a da fixação ou inscrição (Niederschrift), que ele vai


denominar recalcamento originário. Já no texto sobre Schreber, Freud
apontava a fixação como a “precursora e condição necessária de todo
recalcamento” (op. cit., p. 90) e a descrevia como sendo o mecanismo
segundo o qual a pulsão era inibida em seu desenvolvimento e permanecia
fixada num estágio infantil, manten- do-se inconsciente (não no inconsciente
recalcado, pois este ainda não se constituiu). No artigo Die Verdrängung, o
ponto de vista adotado por Freud sobre a questão é menos genético e o termo
“inscrição” é mais apropriado para designar o recalque originário.
O que causa o recalcamento originário? O que ocorre no recalcamento
originário não é, pois, nem um investimento por parte do Inc. nem um
desinvestimento por parte do Prec./Consc., mas um contrainvestimento. “ O
contrainvestimento” , escreve Freud (ESB, v. XIV, p. 208), “ é o único
mecanismo do recalque originário” . No caso, a noção de contrainvestimento
está sendo utilizada para designar uma defesa contra um excesso de
excitação proveniente do exterior, capaz de romper o escudo protetor contra
os estímulos. ele só pode ser originário de experiências excessivamente
fortes. Esse excesso, vem do sonho e assim rejeitava ver sua masculinidade
castrada para ser sexualmente satisfeito pelo pai). É a partir desse ponto que
podemos entender o significado do recalque originário para Freud. Então, até
antes do sonho, o indivíduo não era dotado de significação, que acontece só
depois de sua integração através da linguagem. Então antes do recalque
originário têm apenas inscrições no todo inconsciente que só depois vai ter
eficácia causal com a fixação ou inscrição que vai constituir o recalcamento
originário e que vai tornar possível o recalcamento secundário ou posterior.
o recalque engloba três momentos, sendo o recalque propriamente dito o
segundo deles. Antes do recalque propriamente dito é necessário um recalque
originário (ou primário), que corresponde ao tempo em que é estruturado um
núcleo de representações ideativas capaz de exercer atração sobre outras.
Enquanto o recalque propriamente dito acontece depois da divisão da mente
em dois sistemas, que são o sistema inconsciente e o sistema
pré-consciente/consciente, o recalque originário é responsável por tal divisão.
A terceira e última fase do recalque, que é o retorno do recalcado, evidencia
as limitações do recalque propriamente dito, pois os representantes ideativos
retidos no inconsciente não são anulados e de modo disfarçado conseguem
burlar o recalque, aparecendo em formações como os sonhos, os chistes, os
atos falhos e os sintomas.
- Se o recalcamento não está presente desde o início, se ele é correlativo da
cisão entre os dois grandes sistemas psíquicos, o inconsciente e o
pré-consciente-consciente — o que havia antes dele?
- não existindo o sistema Prec./Consc., não existe ainda a instância
recalcadora e, por decorrência, não existe o próprio recalque, entretanto, o
recalcamento é o responsável pela cisão do psiquismo em dois sistemas
distintos.
- Então como o recalcamento surge se ele advém das relações entre ics e
préconsciente-consciente?
- Freud define três fases do recalcamento: a fixação ou inscrição, o
recalcamento propriamente dito e o retorno do recalcado.
- A fixação seria a fase responsável pelo recalque originário ““precursora e
condição necessária de todo recalcamento”.
- A fixação (recalcamento originário) se refere a pulsão era inibida em seu
desenvolvimento e permanecia fixada num estágio infantil, mantendo-se
inconsciente (não no inconsciente recalcado, pois este ainda não se
constituiu).
- “Temos motivos suficientes para supor que existe um recalcamento original,
uma primeira fase do recalcamento, que consiste em negar entrada no
consciente ao representante psíquico (ideacional) da pulsão. Com isso,
estabelece-se uma fixação; a partir de então, o representante em questão
continua inalterado, e a pulsão permanece ligada a ele.” - Freud
- É na análise do caso O Homem dos Lobos (Freud, ESB, v. XVII) que
podemos retirar o que há de mais esclarecedor em Freud sobre o
recalcamento originário.
- Clivagem - A partir desse momento, a subjetividade deixa de ser
entendida como um todo unitário, identificado com a consciência
e sob o domínio da razão, para ser uma realidade dividida em dois
grandes sistemas — o Inconsciente e o Consciente — e dominada
por uma luta interna em relação à qual a razão é apenas um
efeito de superfície. -
- Os estímulos perceptivos compostos por excitações passageiras na
superfície do corpo do bebê (zonas erógenas) se transformam em traços
permanentes de memória e são guardados no inconsciente formando o
sistema MNEMÔNICO.
- CASO HOMEM DOS LOBOS: trata-se de um caso de neurose infantil. O
paciente era um jovem Russo Sua infância foi atravessada por uma histeria
de angústia que teve início por volta dos quatro anos e que se transformou
numa neurose obsessiva que durou até a idade de dez anos. A histeria de
angústia se apresentava sob a forma de fobia de um animal e a neurose
obsessiva tinha um conteúdo religioso. Durante um tempo o paciente não
demonstrou interesse nenhum pelo tratamento, foi apenas quando Freud
percebeu que o processo de transferência já havia se estabelecido e
sugeriu alta que ele conseguiu romper as defesas que ele apresentava.
- O paciente chegou a relatar questões relacionadas à irmã e a uma
governanta da casa, que ocorreram quando ele tinha 4 anos, mas foi a partir
de um sonho desse paciente que Freud chegou ao momento do recalque
originário, que ocorreu quando ele deveria ter por volta de um ano e meio de
idade.

A partir do sonho (contar o sonho), a cena ( falar sobre o ato sexual entre os pais)
ganhou significado traumático (o medo de ser devorado pelo lobo — nada mais era
do que a transposição do desejo de ser copulado pelo pai, isto é, de obter satisfação
sexual da mesma maneira que a mãe. O que o paciente rejeitava era ver sua
masculinidade castrada para ser sexualmente satisfeito pelo pai).
"Sonhei que era noite e que estava deitada na cama. De repente, a janela se abriu
sozinha e fiquei apavorado ao ver que alguns lobos brancos estavam sentados na
grande nogueira em frente à janela. Havia seis ou sete deles.

Os lobos eram brancos e tinham caudas grandes como as raposas e tinham as


orelhas eretas como cães quando prestam atenção em alguma coisa.

Com grande terror de ser devorado pelos lobos, gritei e acordei. Minha babá
correu para minha cama, para ver o que havia acontecido comigo. Demorei
bastante até me convencer de que fora apenas um sonho.."

● I - JUSTIFICAÇÃO DO CONCEITO DE INCONSCIENTE


- Fenômenos lacunares:
- ideias sem origens conhecidas - insight
- construção de uma norma bem-sucedida
pq se eu quiser criar uma norma bem construída não pode deixar de lado um
fenômeno tão importante
- lembranças latentes
muita coisa que sabemos está encoberta
- Ausência de consciência como único diferenciador dos sistemas
- Alto grau de independência mútua dos processos mentais latentes
os sonhos os atos falhos e outros processos são muito organizados para
serem chamados

● II - VÁRIOS SIGNIFICADOS DE ‘O INCONSCIENTE’ O PONTO DE VISTA


TOPOGRÁFICO
Existem alguns atos inconscientes que são apenas temporariamente inconscientes
e não são de forma alguma distintos dos conscientes, e há atos que são produtos
do recalcamento e se destacariam em contraste mais grosseiro com o resto dos
processos conscientes.
Assim, Freud entende que é necessário distinguir as diferentes formas em que a
palavra inconsciente pode ser usada, uma delas é a forma descritiva, em que é
usada como adjetivo, como por exemplo esse é um desejo inconsciente. A outra
forma em que ela é utilizada é para referir-se ao sistema inconsciente, ou seja, é
utilizada no sentido sistemático. Para evitar confusões, Freud se refere ao sentido
descritivo da palavra escrevendo-a por completo e ao sistema com a sigla Ics, o
mesmo acontece com os outros sistemas que são escritos como Cs e Pcs.

Então, Freud formulou um sistema topográfico que caracteriza os vários tipos de


conteúdos da mente.

A divisão topográfica da mente, segundo Freud, tem três níveis – o inconsciente, o
pré-
consciente e consciente.
Então aqui eu trouxe esse desenho que Freud explica no capítulo VII da
interpretação dos sonhos e coloca a organização do aparelho psíquico como um
formato de pente. Ele fala que as informações vão fluir da esquerda pra direita, o
que acontece é que as informações chegam no aparelho perceptivo e quando elas
têm um impacto elas são gravadas na mente. Essa gravação não acontece da
forma como elas realmente aconteceram mas da forma como a mente as recebeu e
se chamam traços mnêmicos, esses traços e esse aparelho perceptivo como a
gente pode ver pela imagem "enrolada" são parte integrante do inconsciente então a
única "janelinha" entre cada pedaço desse que fica aberta é a do perceptivo pro
inconsciente mas a partir do inconsciente pras outras áreas sempre vai ter uma
barreira no meio que impede as informações de fluirem de um pro outro do jeito que
elas chegam.

● III - EMOÇÕES INCONSCIENTES


- Dissemos que há idéias conscientes e inconscientes; contudo, haverá
também impulsos da pulsão, emoções e sentimentos inconscientes?
- A diferença toda decorre do fato de que idéias são catexias - basicamente de
traços de memória -, enquanto que os afetos e as emoções correspondem a
processos de descarga, cujas manifestações finais são percebidas como
sentimentos.
- A pulsão nunca pode tornar-se objeto da consciência, uma não pode ser
representado de outra forma a não ser por uma ideia. Se o instinto não se
prendeu a uma idéia ou não se manifestou como um estado afetivo, nada
poderemos conhecer sobre ele
- Na repressão ocorre uma ruptura entre o afeto e a ideia à qual ele pertence,
e que cada um deles então passa por vicissitudes isoladas: ou o afeto
permanece, no todo ou em parte, como é; ou é transformado numa
quota de afeto qualitativamente diferente, sobretudo em ansiedade; ou é
suprimido, isto é, impedido de se desenvolver.
- porém, o afeto, de modo geral, não se apresenta até que o irromper de
uma nova apresentação no sistema Cs. tenha sido alcançado com êxito.
- após a repressão, idéias inconscientes continuam a existir como estruturas
reais no sistema Ics.,
- O recalque pode conseguir inibir um impulso instintual, impedindo-o de se
transformar numa manifestação de afeto. Isso mostra que o sistema Cs.
normalmente controla não só a afetividade como também o acesso à
motilidade, e realça a importância do recalque, mostrando que ele resulta não
apenas em reter coisas provenientes da consciência, mas igualmente em
cercear o desenvolvimento do afeto e o desencadeamento da atividade
muscular
- Enquanto que o controle do Cs. sobre a motilidade voluntária se acha
firmemente enraizado, suporta regularmente a investida da neurose e só
cessa na psicose, o controle do Cs. sobre o desenvolvimento dos afetos é
menos seguro.
- Uma luta constante pela primazia sobre a afetividade prossegue entre os
sistemas Cs. e Ics.
- É possível ao desenvolvimento do afeto proceder diretamente do sistema
Ics.; nesse caso, o afeto sempre tem a natureza de ansiedade, pela qual são
trocados todos os afetos ‘reprimidos’.

● IV - TOPOGRAFIA E DINÂMICA DO RECALQUE

Aqui é importante a gente falar sobre o ato psíquico, que são as emoções,
sentimentos, pensamentos e desejos. Para poder explicar a relação dele com o
aparelho psíquico, a gente vai entender ele como uma ideia.
Esse ato vai passar por duas fases quanto a seu estado psíquico, entre elas há uma
censura- primeiro é inconsciente e pertence ao sistema Ics e pode tentar passar
pela censura, se não conseguir é recalcado, e continua no ICs.
Se conseguir passar para a segunda fase irá para o sistema Pcs, onde tem a
capacidade de se tornar consciente mas ainda não é.
Então o Freud ele traz uma reflexão acerca dos atos psíquicos e essa questão das
fases e ele pergunta se quando um ato psíquico é transposto do sistema
inconsciente por sistema consciente essa transição vai fazer com que exista um
novo registro seja um segundo registro para ser situado nessa nova localidade
psíquica e que vai acontecer paralelamente

Então Freud faz uma reflexão quanto a essa transição do ato psíquico de um
sistema para outro. Ele questiona se é necessário que exista um novo registro, ou
seja, um segundo registro para se localizar nessa nova localidade psíquica, ao
mesmo tempo que o registro inconsciente original continue a existir, ou essa
transposição de ato psíquico muda o estado da ideia mas ela vai ter o mesmo
material e apenas assumir funções diferentes ocupando um único sistema?

Aí a partir disso ele vai explicar que a atividade mental não está relacionada a um
órgão não tem anatomia então a tópica psíquica está se referindo não localidade
anatômica mas a regiões do mecanismo mental independente de onde ela se esteja
situado no corpo.

Além disso, ele vai explicar que essa primeira hipótese é um pouco mais grosseira e
também mais conveniente, mas a segunda ideia é que acontece uma mudança de
estado funcional ela é a menos plástica, mas é a mais provável.
Para explicar como pode existir uma ideia simultaneamente em dois lugares na
mente ele faz relação com um possível cenário durante a análise clínica. Quando
um paciente tem uma ideia recalcada e o analista consegue saber disso mas o
paciente ainda não e ele comunica essa ideia recalcada pro paciente isso não vai
remover os efeitos do recalque. Então ele vai possuir a ideia que o analista trouxe
pra ele no consciente mas ele também vai ter a lembrança inconsciente dessa
experiência só que elas não vão ter ligações entre si que seria o que aconteceria se
ele próprio tivesse trazido a ideia do inconsciente para o consciente dele
Então a gente percebe em sua dureza psicológica que ouvir e experimentar algo é
muito diferente mesmo que o conteúdo seja o mesmo.

Por fim, ele conclui que a transição de um ato psíquico do sistema inconsciente para
o sistema seguinte não se processa por meio de um novo registro mas por uma
modificação em seu estado, uma alteração na sua catexia de modo que a hipótese
funcional anula a topográfica.

Nesse contexto ele traz que o recalque é um processo que afeta as ideias na
fronteira entre os sistemas inconsciente e pré consciente e ele tem muita ligação
com a catexia

Então agora Freud ele vai se debruçar mais nessa questão da catexia e ele se
pergunta em que sistema ocorre a retirada de catexia e a que sistema pertence a
catexia retirada, porque como a ideia que foi recalcada continua agindo no
inconsciente a catexia dela deve ter sido conservada de alguma forma
Mas aí ele chega à conclusão que apenas retirar o investimento de energia daquela
ideia não é suficiente para explicar o porquê dela ser recalcada ela volta pro
inconsciente e não ficar atentando permanecer ali no pré consciente então o que
acontece é a anticatexia que é o processo pelo qual o sistema pré consciente se
protege da pressão que ele sofre por parte da ideia inconsciente então é a partir da
anticatexia que a ideia se mantém recalcada.

● V - AS CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DO SISTEMA Ics.


- A isenção de contradição mútua, o processo primário (mobilidade das
catexias), a intemporalidade e a substituição da realidade externa pela
psíquica - tais são as características que podemos esperar encontrar nos
processos pertencentes ao sistema Ics.“ Freud, 1915.
- O núcleo do Ics. consiste em impulsos carregados de desejo
- Esses impulsos instintuais (ou seriam pulsionais?) são coordenados entre si,
existem lado a lado sem se influenciarem mutuamente, e estão isentos de
contradição mútua.
- O processo primário, modo de funcionamento do sistema Ics, é caracterizado
por dois mecanismos básicos, que são o deslocamento e a condensação. Do
ponto de vista econômico, os processos primários e secundários são
correlativos dos dois modos de escoamento da energia psíquica: a energia
livre ou móvel e a energia ligada. No processo primário, a energia psíquica
tende a se escoar livremente, passando de uma representação para outra e
procurando a descarga da maneira mais rápida e direta possível, enquanto,
no processo secundário, essa descarga é retardada de maneira a possibilitar
um escoamento controlado. Isso faz com que no processo secundário as
representações sejam investidas de forma mais estável, enquanto no
processo primário há um deslizar contínuo do investimento, de uma
representação para outra, o que lhe confere o caráter aparentemente
absurdo que se manifesta, por exemplo, nos sonhos. Os processos primário
e secundário são ainda respectivamente correlativos do princípio de prazer e
do princípio de realidade; isto é, enquanto os processos Ics procuram a
satisfação pelo caminho mais curto e direto, os processos Cs, regulados pelo
princípio de realidade, são obrigados a desvios e adiamentos na procura de
satisfação. Temos, portanto, a seguinte correlação:
- Sistema Ics — Processo Primário — Energia livre — Princ. de Prazer.
- Sist. Pcs/Cs — Processo Secund. — Energia ligada — Princ. de Realidade
- Os processos do sistema Ics. são intemporais.
- Depende apenas do grau de sua força e do atendimento às exigências da
regulação prazer-desprazer.

● VI - COMUNICAÇÃO ENTRE OS DOIS SISTEMAS


- o Ics. permanece em repouso enquanto todo o trabalho da mente é realizado
pelo Pcs. (FALSO)
- A comunicação entre os dois sistemas se acha confinada ao ato de rec.
(FALSO)
- o Ics. permanece vivo e capaz de desenvolvimento, mantendo grande
número de outras relações com o Pcs., entre as quais a da cooperação
(VERDADEIRO)
- Há uma distinção esquematicamente nítida entre os dois sistemas psíquicos
(FALSO)

- Entre os impulsos instintuais do Ics, alguns carregam características opostas,


podendo ser altamente organizados e livres de contradição e parecem
advindos Cs, quanto inconsciente e incapazes de se tornarem conscientes,
ou seja, qualitativamente pertencem ao sistema Pcs., mas factualmente, ao
Ics. É sua origem que decide seu destino.
- Para a consciência, toda a soma dos processos psíquicos se apresenta como
o domínio do pré-consciente. Grande parte desse pré-consciente origina-se
no inconsciente, tem a natureza dos seus derivados e está sujeita a censura
antes de poder tornar-se consciente.
- A cada transição de um sistema para o que se encontra imediatamente acima
dele (isto é, cada passo no sentido de uma etapa mais elevada da
organização psíquica), corresponde uma nova censura.
- O Ics. é rechaçado, na fronteira do Pcs., pela censura, mas os derivados do
Ics. podem contornar essa censura, atingir um alto grau de organização e
alcançar certa intensidade de catexia no Pcs. Quando, contudo, essa
intensidade é ultrapassada e eles tentam forçar sua passagem para a
consciência, são reconhecidos como derivados do Ics. e outra vez reprimidos
na fronteira da censura, entre o Pcs. e o Cs. Assim, a primeira dessas
censuras é exercida contra o próprio Ics., e a segunda, contra os seus
derivados do Pcs (RESUMO)
- O fato de o Consciente ser a única característica dos processos psíquicos
que nos é diretamente apresentada, não serve de critério para a
diferenciação de sistemas
- Grande parte daquilo que partilha das características do sistema Pcs. não se
torna consciente.
- Não é apenas o psiquicamente reprimido que permanece alheio à
consciência, mas também alguns dos impulsos que dominam nosso ego.
- verificamos que derivados do Ics. se tornam conscientes na qualidade de
formações e sintomas substitutivos, assim como numerosas formações
pré-conscientes permanecem inconscientes, isso no caso de a atração mais
forte do Ics. está-se afirmando.
- Uma parte dos processos psíquicos são excitados e passam através do Ics.,
como que por uma etapa preparatória e atinge o desenvolvimento psíquico
mais elevado no Cs.; outra parcela é retida como Ics. Mas o Ics. é também
afetado por experiências oriundas da percepção externa. Normalmente, os
caminhos desde a percepção até o Ics. permanecem abertos e só os que
partem do Ics. estão sujeitos ao bloqueio pela repressão.
- O conteúdo do sistema Pcs. (ou Cs.) deriva em parte da vida instintual (por
intermédio do Ics.) e em parte da percepção.
- uma total separação dos dois sistemas, é o que acima de tudo
caracteriza uma condição de doença
- uma alteração espontaneamente efetuada no Ics. a partir da direção do Cs.
constitui um processo difícil e lento
- A cooperação entre um impulso pré-consciente e um inconsciente, pode
ocorrer caso haja uma situação na qual o impulso inconsciente possa atuar
no mesmo sentido que um impulso de uma das tendências dominantes.
Nessa circunstância, o recalque é removida e a atividade reprimida é
admitida como reforço da atividade pretendida pelo ego
- Nessa cooperação, a influência do Ics.é inconfundível: as tendências
reforçadas se revelam como sendo diferente do normal.

cooperaçnao = formação de compromisso e a segunda ocorre qd eles querem a


mesam coisa,

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