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DIE YENDAiINGU}IG
tnente nâ "Flistória". Esses rcllttos siro trtràninrcs cnr l.r,ss:lltiu' (lu(- () (,n( r rr,,
recalque foi inevitavelmente sugeridcl pclo lcnônror, clírrico rlrl rt.sisrt.., r., ,1,,
porsuavezÍ'oitrazidoàluzporr,trnainovaçãotócnica-oabantLrrr,,l.r 1r11,,,,
no tratantento catártico da hisreria.
No relato feito nos Estudos, o termo ernpregadr: para dcscrc'cr.()
I,r(,, ,
7
Claro que SE, em vez de uma pulsáo, se tratasse
isto é, o deslocarnento cJo inye.srimenro ernocionai da icléia conrra a clLr,rl 1,,;,
a fug* tena sido â medida mals
apropriada Para escaPar de seu raio de
objeções, ern conrrasre com a expuisão cornpieta da idéia da consciência 1u I r i,,, ,
forma cje recalque que Freud rinha ern mente aqui era sobretudo a c{a. irir;rr.r,., antes da
do recalclue, conceito este que nao poderia ter sido formulado
nraisadianre,nocapítuloXI,,SeçãoA (c),deInibições,sinromaseMedo(19"Jr.,,lt
dos estudos psicanalíticos.
ele propô.s restringir o rermo "recaique" a esse único mecanismn
particular e r.i
A possibilidade de existência de um recalque nao [icil
r
de deduzir teorlca-
ver "defàsa' como "uÍna designação geral para todas as técnicas .*p..g*d,r,,
1,, 1, ,
sucumbiria tal destino?
Eu ern conflitos que possam levar a uma nerlrose". A irnportân.i, à. esrai:,cI., , Por que uma moçáo pulsional Triebregwng)
ao atlnglr a tneta pulsio-
,
essa disrinçáo f'oi depois iiustrada na Seção V de "Análise Têrminável a condição necessarla Para lSSO §e11a que
e Inrernrr r , .3
3
Todavia, e difícil conceber algo
,
operat constitui uma fonte constante de preocupação para Freud, embora N esse CASO, entao, Drcclsartamos
I
suPor clrcunstanclas esPeclals, algum tipo
qurr:,( T.4
de uma pulsáo fosse
não seja abord:rclo neste artigo, bem como a relaçãn enrre o recalque Processo pelo
qual um PrazeÍ obddo a partir da satisfaçãoa
e o sexo, rcl.r
fr.o sobre a qual ele inicialrnente náo ti,ha uma posiçáo definida, como se lê r:r,, em desprazer.
nruitos ponros da correspondência com Fliess (r950a). Depois, conrudo, Paramelhordemarcarorecalque,éprecisoexaminaralgurrrasoIJtraScon-
ele r.'.
q.,. ,,,,-, estímulo5 exterior se interrralize, por
T,5
jeitou corn firmeza qualquer tentativa de "sexualizar" o recalqr,ie. Íiguraçóes pulsionais. Pode ocorrer
ljm exame co.r
dessa forma produza uma nova
pieto dessa quesrão (com particular referência aos conceiros de Adler) enconrra-.\( cxemplo, ao corroer e destruir um órgáo' e que
Ele adquirirá, ;rssitn, gra.de
na úldma seção de "Bare*se em uma criança", (l9l9e), Edição
srandard -I]in i íir'te de consranre excitaçáo . ..r^.rr1o de tensáo.
lriru, vol. XVII, p' 200 e segs., IÀ4AG0 Editora, 1996. Mais tarde, em Inirtiçíirr, semelhançacomuÍnapulsão.Sabenrosqueexperienciamosessecasocontodor.
sintoruas eMedo (1926ô, em especialno capítulo IV, e na parte inicial pr.*.1opu1sáo, no entanro, é táo-s.mente
interromper a alteração
da confc A meta dá.r"
rência )ocür das Nouas
cotrtrências Introdutórias (rg33a), ele lançou nova lr, doórgão...rr*rodesprazervinculacloaessaalteraçáo'OutrotipodePrazer'uni
dor' A1ém disso' a dor tam-
sobre o assurto ao argumentar que o medo não era, corno sustentara
alrtes e conr( ) p.*r.idir*,o, nao pode ser obtido pela interrup$o da
afirma rreste artigo, uma conseqüência do recalque, mas uma cle suas ptl" açáo de Llm agente tóxico ou pela dis-
principais bém é imperativa, srí pode ser ""ptt""
forças motoras. traçáo psíquica.
?ir*,uuJ 0 Recalque 0BHAs PstcoLÓclcÀs DF Freud
l,rll t'79
asirn, o caso dadornão é transparente o lrasta'tcpara trazer algurrr,r ,, ,, rro consciente. E)sse recalqur: estabclece e\]táo Llmafixaçã0, e a pilrtir claí
§Ê.6 rribuição ac nosso propósito.ó'romernos ufir caso enr que r-rrn esrímulo
!.)r.rtrr,r,
,r, rsprcsentante erII questão subsistirá inalterado e a pulsáo permanecerá a eie
comú1 por exernpio, a fbme perma.neça insatisfeito. Ele se tornâ então inlpt.r.,r r, , ?l isso ocerrre ern conseqúâni;ia de características dos processos ittcons-
sE.7/T.6 ptxÍe ser rnitigado senão por urna elção que o apazigúe7,8 e man[er-s,.],ri , ,rr
nã<"i
a seÍefiI disctlticias mais atliante.
Íânt€Íirenre tensionacio pela necessidade ftsedarfná].e AIgo como {"rn1 r.rr r1,1,,
A segunda etapa do recalque, a rrcalqlte trtropriatnente dito, rcfere-se a rcpre-
ncm rennGtarnente parece entrar em questão aqui. 1"??
derivadas2z do 1'epreseÍItante recalcaclo oLt ainda àquelas cadeias de pen-
Por^í.anto, decerto não haverá um recalque quailclo e terisão der:orrtrrr, ,l
stmentrrs que, provinclo de outros lugares, acabam estabeiecendo ligaçóes lBezie-
não-satis&çã'r de uma rnoção pulsional se rornâr insuporta'elm€Dte gr;irrli 't .23
Ittmgtrfizs associativas cfrm esse rePrçsentante" Devido a essa ligaçáo, ta'is represen-
.t0 meclidas cle defàsalü clisponíveis ao organismo para lidar com esse tipo r-,tre sirrr.,,,
tações sofrem o mesrnc, desdno do recaicado r:riginal. O recalque propriamente
têrri çle ser d.iscutidas em ourro contexto. 25
Aliás, seria. incorreto se désse- T.24/SE.25
eliro é, portanro, um pós-caicar lNachclrringenl.l4'
Serzi melhor nos atermos então à experiência clíriica, cr:nfornle eXil s, ,,,,
rru:s desCaque apenas ao rnovitnento de repulsáo que atua a partir do consciente
apre§entanapráticapsicanalítica.EstanosensinaqueapulsáoilueestásuLrlrr â tra-
rr, s96re o conteúdo a ser recalcado. [ão irnportante c{uanto isso é considerar a
ao recalque poderia rer siclo satisíàita e que tal satis&ção seria, en-r si, sernprc
1,r., çlio que recalçado original exerce sobre tudo com que consegue estatrelecer
o
rosa; porérn, ela seria incompatível com oufras exigências e propósitos, r... ,1,
conexão.2ó Possivelmante a tendência recalcante náo realizaria seu intento se essas
T.?ô
rucid,:, acabaria por gerar prazer em urn lugar e despra;:er Êrn olirro. Enrári, , r,,, ,
Íitrças náo atuassem etn conjilnto, se não existisse aúgo antes recalcaclo e pronto
condição pâra que oÇorra o recalque é que a fcrrça que câusíl o clesprazer sc r,,,, §Í.27
1,,rra acolher o que foi repelido pelo consciente.??
rrais poderosa d* que arluela que produz, a parrir da satisfaçáo puisionai, o pÍ.r, ,
 experiência psicanalítica com as neuroses cle uansferência obriga-nos airu, l, irnportância dos efeiros do recalqne verificada durante nosso
,
l,)lrretanto, der.ido à
concluir que o recalque não é urn mecanismo de defesa já presente desde ,, ,,,,
cstuclo das psiconer-lroses, tendernos a superestimar o conteltcto psicológico clo
geÍn, que ele nem sequer p<lde surgir antes qLle uma nírida separação se trrrl
rccalque" Esquecemos uruito facihnente qu€ o reca.lque nãlr inrperie o represÇn-
estabelecido enrre a atividade p.síquica consciente c incrlnsciente, e que síilt t,\,,
t:rnte pr-rlsir.rnal cle continuar existindo no inconsciente, de continuar a se orgarri-
cia consiste ãj)ffidj na ação de repelir algo para.fora d.c, ctn r;rrr, e de mantê-la ,r1,,
z;rr, a Íb,rmar novas rePresentaçóes derivadas e estaL,elecer ligaçóes lBeziehungen)'
§É.t I tary'o deste.t í Essa concepção
do recaleiue poderia ainda ser cornpiemenrarJ,r ) rccalque, na verdade, só perturba a relaçãn com um sistema psíquico, a saber, cr
;,, r, (
sup$sição de que. ântes que o desenrrolvirnento atingisse esse nível rle organi;i,,,, ,,
sistemà do consciente.
T. t1,
psíqr'rica, oulros destincis pulsionais estavâm incurnbiçlos da tarefa rle rechaçr6x/ importante§ sobre ação
,
A psicandlise pode nos ç:nsinar ain<la outras coisas a
moçóes pulsi.nais, tais como, por exemplo, o destinci çla rransformaçã<l o repre§entante pulsional se
n{r i ,,,, ,kr recalqr,le na*s psiconeuroses" Por exeurplo, que
T. r3 trário e o redirecionamenro da pulsão Çontra a própria pessoa.t3
,lcsenvolve de forrna rnais clesirnpedida e com maior riqueza quando, por msio
,Assitrr, parece-nos que o recalque e o
inconscientç estão correlacionacft,,, ,l ,[r rr:calque, d retira,lo da influência. consciente. Ele então prolifêra, por assim
{orrTla tão estreita que, enquanto não tivermos aprendiclo nrais a respeito
clc ,
tlizcr, na escuricláo e encontru. Itrmras de expressão extremas. Estas, ao sefem tra-
se e'strufiJrailrr as instâncias psíquicas e sobre a diferenciaçáô entre
",,,,,,
inc6nsclt:rrr, tlrrz.idas e apresr:ntirclas ao neurótico, nâo só teráo que lhe parecer estranhas, mas
§r_ t4 r:r:.sciente,!4 nãcl poderemos proceder a um exame aproÍunciaclo da
.a.r.rur,,, ,1,, t:rrrrLrúut irão assustii-lo, ao lhe espclharern a imagetlt de uma força pulsic'nal
t'ecalque, tereÍrlos de postergáJo. For ora, apenas podernos reunir clc lbspa pulsional ellgânosâ é o resultado tanttl de um
tr,r,,., r'xt r rrorclinríri;l c pclrigos;.t. L.ssir, fi.rr:çlr
metrre clescritiva alg;umas das características d«r recaique otr.iervaflas 11e ,. 1írrr, ., rcpr*;cnt;rção na fântasia quânto clo acúmulo r;çor-
,lt.srl,,[rrlrrnrrrro r{esirriIrir1o ul.l
ain<llr qr-rr: s<-,Ír risco c{e repetir sem alteraçôr:s rnuiro do cltre () [lto clc o r,rsultaclo clcssc clesclc,brâ1]1et1tL]
iá s,.: clissc cril ()1rr,, r i,1,, ,1rr,rn.l,, rr s:rr isl;rçrlo Íi,i inryrt:ciida.
lr rgu r.
.lr"srril1,i(l,,r.r,r.rr lili:rtlo',,,t,,.,r1,1rr,: jr()rill)(ltltit(lll(lll(r tlircçliorlcvcllttlsplt)cill'lll-lt
'lirrrr,,;
P;r:r.\r.ll)()Í (lru t.xi.rt.r rrrrr:r lrrirrrt.ir.;t Í:rsc tl. r.r.,r;rli1r,rt., ,rrr
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r,',,1silirriíi, .r1r,r(, ( ir ! r,, .il,1ttt'.
.1 5/Í.1 Í,/l'. l i tltt//;1tttt,ti,t,t'tt,tl,l\ tplt.,ott.ristr.,.rrrirtlt.rtlit.ul,,.rot(.l rl(..,(.1l.rrrtt.i/r,r/,r,r,r.1/,t/j,,ltl ( rrtrturl,, r,,11, r,r,,,. t!()t),,.1,11( ilr,:ti) l)()l lllll lll()lll("lllo í).tl:l ()llll() lliilll tXiS
I \i(lrll(,, ,l,r I,rrl', l,r (,r rrr I tr'pJt',,1,1;1.1,,.rir rrr, rrt.rl 11r,t,1,.1f1111.,11 )lrl l9 rl) .l (
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lr'.t(].r t lr nlt 1lr) l( { ll,l!l( ( illl'.(.11.'li lrlir', rlll\ Ilr tll '.('rlrl( l { { (tltr lo 'tlitttt tl (lll( i' l('( 'll
t, lllI
qLtc lllantém afrrstaclo clo cotrscieutc toclas ils rc[)rcscntirgrcs rlcrrv.r,l.rs,l,, ,, ( ) r,csrrro rcsrrll:r.lt, rlrrc sc o[rtérrr [)()r urlr ltct'tiscittto ()Ll tllll tlt't t tlst ittltl tlt'
sE.28
cado original.2S Quando estes se aÍàstanr srrÍic:ienrcrrrcntc (l() r'([)r('.s( nl.rrr, na otttrlr cxtterttirl:tcle
,
tlclirrrrraçrúr poclc scr alcançaclo tarnlrérlr, ptlr ltssitrr clizcr,
calcado, seja pela incorporação de deformaçóes, scja pela irrrcrP.lrrç,rr, ,1, ,, ,, ,
tkr rrPercllro, Por nrcio clc trma moclificaçáo nas condições da prc,dr"rçáo clc pra-
Para tantcl, foram desenvolvidas técnicas especiais cujo propósito
quantidade de elos intermediários, o acesso ao consciente flca-lhcs íirrrr,1r,,,,,l,, é
,.r-.l.rpr"r.r.
sem maiores restriçóes.É.orno se a resistência do consciente conrrrl css:r\ r( I,r, que aquilo que nonnal-
.,,g.rrJrr. alteraçóes no jogo de forças psíquico, de modo
sentações derivadas do recalcado fosse uma função da distância eotre clus t r, ,,r Toda vez que
r
,rr.,.,t. g.r".i" desprazer Pos§a, em certa ocasiáo, tornar-se Prazeroso'
ginalmente recalcado. Durante apráticada técnica psicanalítica, solicirarr«,s , , ,,, .rr" tipo de técnica enrra em açáo, suspende-se o recalque de um rePresentante
tinuamente ao paciente que produza as representações derivadas do rec:rlc,r,l,, ,1,,,
Prrlsional que de
outro modo seria rejeitado. Até agora essas técnicas só foram
possam, em decorrência de sua distância ou de sua deformação, passar livre r,,, ,,, cstudadas de maneira mais detalhada no chiste.só Entretanto,
por via de regra a _5E.3_9
t.29 pela censura do consciente. Ás idéias espontâneasze que requeremos do p.rt ir.rrr suspensáo do recalque é passageira e ele é logo restabelecido'
característi-
solicitando-lhe que renuncie Experiências desse tipo, contudo, aPontam ainda para outras
T.30
a qualquer idéia intencionalmenre3o almejacla 1,, , ,
_r.l I uorstellungen)31 e a toda crítica, nada mais são do que rais representaçóes dcrii,,r,l ,
cirs do recalque que atraem ,'rorr* Ele não aPenas é indiuidual, conforrne
"t.rrção.
aÍàstadas e clistorcidas. É a partir delas que podemos reconsriruir urrâ rraclrrr,.r,,
cxposto há pou.o, como também móuelem alto grau' Náo se deve irnaginar o
exemplo,
consciente clo representante recalcado. Observamos, assim, que o paciente é crr1,.r, pro..rro de recalque como um evento único cle efeito duradouro, Por
de produzir devaneios percorrendo uma cadeia de idéias esponrâneas desse gêr,,.,, ,
.o..ro ,. algo que estava vivo tivesse sido abatido e daí em diante permanecesse
de força'
até o momento em que se depara com um grupo de pensamentos cuja relu1.,,, rnorto; pelã contrário, o recalque necessita de um empenho contínuo
ação
com o recalcado se manifesta tão intensamente que ele se vê obrigado a voltrr, ., .uja colocaria em risco seu sucesso e tornaria necessário uma nova
cessação
T,.37
repetir a tentariva de recalque. De modo análogo, os sintomas neuróticos dev, ,,, de recaique. Devemos irnaginar que o recalcado exerce uma pressáo lDruck)ll
.ontínu" em direçáo ,o .onr.i.rlte, a qual precisa ser equiiibrada por
rer preenchido as mesmas condiçóes descritas acima, pois eles são os derivados ,1,, rneio de
sE.38
rccalcado que, por meio dessas formaçóes sintomáticas, afinal conquistararlr ,, uma contrapressáo incessante.3s Portanto, a manutençáo de
um recalque PressLl-
sE.3?
acesso à consciência que anres lhes era negado [uersagt).31 do recalque signi-
póe um dirie.tdio de força constante, ao pa§so que a susPensáo
Em geral, náo é possívei determinar até onde o grau de deformação c ,, fica, em rermos econômicos, poupar esse dispêndio de força. Alirís, a mobilidade
T.33 afastamento do recalcado precisam chegar pâra que a resisrência do conscientc' expressa-se também nas características psíquicas <Ío estado
de sono
do recalque
sE.39
seja. srispensa. Um sutil balanceamenro opera nesse processo, cujo jogo nos iii.r investimento
q,r. porribiliram a formaçáo onírica.3e Corn o despertar' as cargas de
T.40
oculto, rnas que pode ser deduzido parrir do seu modo de ação: trara-se de nir,,
a áo ..."1q.,.,00 que haviam sido recolhidas, são enviadas de novo'
ultrapassar detenninada intensidade de investimento no inconsciente, a quai, s, na reali.
Todavia, :ro se afirmar que uma moção pulsional está recalcada,
for ultrapassada, fará com que o material inconsciente irrompa e verra aré aringir::r afete seu recaique'
dade muito pouco terá sido dito dela' Ela pode, sem que isso
satisfação. O recalque trabalha, porranro, de forma altamente indiuid.ual; cacl.r .r1aon,.*r-r. em estados muito diversos, Por exemplo' pode estar inativa' isto é'
representaçáo derivada isolada pode ter seu destino específico; um pouco mais t u
esrar pouco investida de energia psíquica, ou pode estar
investida em graus alter-
um pouÇo menos de deformaçáo faz com que todo o resultado se altere. Nessc ,r^do, ., forma, enconrrar-se potencialmente aPta Para a atividade. sua
dessa
mesmo sentido, pode-se compreender também que os objetos preferidos das pes-
eventual ativação não terá como resultado a suspensáo direta
do recalque, mas, ao
por
soas, bem como seus ideais, se originem das mesmas percepçóes e experiências
contrário, encetará todos aqueles processos que só cessam quanclo logram,
que os objetos por elas mais execrados, e mais, que originalmente tais objetos se às represen-
meio de desvios, forçar o acesso ao consciente. Já no que diz respeito
58.34
diferenciavam uns dos outros apenas por meio de pequenas alterações.3a É *.r- taçóes derivadas do inconsciente que náo foram recalcadas, com freqiiência éa
§E.3s mo possível, conforme havíamos encontrado na constituição do fetiche,3s q*. o ativaçáo ou do investimento que decide o destino de cada uma.
-agnit,rd. da
I
representante pulsional original tenha sido decomposto em duas parres, uma das
É ,rrr. a,o corriqueiro que uma representação derivada não sofra recalque, apesar
quais sucumbiu ao recalque, enquanto o resto, exatamente por causa dessa esrreita
de possuir um conteúdo potencialmente propício Para entrar em
conflito com
conexão, sofreu o destino da idealizaçáo. deri-
urnconteúdo consciente dominante. Isso acontece Porque a rePresentação
I
i l)tl
I
vil(lltcs(ii l1-'l)rcs(:tlLittl(lo
l)()tr(ircrr(rr-Íjiit. () llrt,r (lu:urtr,rri\,(),r()srr,l rt(.. l).rr ,, Irrrstlr'(r'trlf,tltto.s(ottl ,:.s1,t,,:iltl it(('ll\il()ll(ssclloV()«lcstirtn'tllrlltrlslio, /ttt'tttttfu)ttttl
dccisivrl pâra o conflito: a.ssinr clrtc a ÍcplcscntuÇrúr lxrsic;rrrrt'nr(]
sr..1ri,l.r , ,,,,
1rlrr rl:rs t:rtcrgirts
psítltricas rl'.ts pttlsítts cttt t(àtos c, cln cspccirll, stta tlatrslirrtutçãcr
r:epulsivaseÍtlrtalecealémdcccrtonível,ocorrl']itoscrrlulliT:rr,t.:c jusr,rrrr,.r,r, T.50
,, elt ttt ulo lÁ"rt,ç t).54
ativação que traz a reboque o recaique. portant., no quíl tl..lqc
iro r.,,..,r,1,,, ,,,11 Ik:corclcmo-nos de que o nrotivo e propósito do recalque era tão-sotnente
aunlentodoinvestimentodeenergiaproduzefeittianálogoro,,lcq.-,.r.r.rllr,,,.,,, afeto do repre-
* e.vitrrção de clesprazer. Daí resuita que o destino da quanticlade ile
ção ao inconscie,te, ao passo q*e uma diminuição d.o invcstirncirt() ((,rr ,l, !,. rcntlrnte e de longe mais importante do que o destino da representação, e que isso
análogo ao de um distanciamento do inconsciente ou t{c Se urn recalque não corlse-
uma cleÍirr1ra1.:r. l\1, C tfucisivo para uma avaliação do processo de recalque.
sentido, as tendências recalcantes, em vez de servirem-se do rccalquc,
p.t it.r r r 1., r
A observação clínica nos obriga, agorâ, a cieccimpor o que até enrão rravi,rr,,,, ()rrerem<rs agora cümpreender melhor rt rnecrrnisrno clo processo de recaique e,
considerado corno hc,mogêneo, pois nos mosrtra qlle, em
paralelo à repre.scrrt,r,, ,, s,lbrctuclo, saber se exisfe apenas um pÍ'ocesso de recalque ou mais de um e se llor-
enrf,a ern questão outro elemento que rambém represerlta de recal-
a pulsão e cu jo rc..,i,
,,,, vcnrura caela unia das psiconeuroses é cal"acterizada Por um mecanismo
pode ter um destino bem diferente do recalque da representação. para corn
esse ()rr,, que prriprio. Áo iniciarmos esta investigação, porém, logo nos depararnos
elemento do representante psíquico tem sido (}
a designação d,e r1*rtrtt,,,l,, .*,rrpiio*ç0.0. mrecanismo de um recalque só se torna acessível quancicL parti-
§E.4 I
de aJàto;at ele corresponde à pulsão, na medida".lot",l* observ;r-
em que se ,icsp,endenr da repr...r, ,, rnos de seris eteitos e o deduzirnos retroativamente. Se iirnitarmos nossa
tação e enconffa expressão, cle acordo corn a sua magnitucle,
effr [-rrocessos (],i. çilo somente aos efeitos qrie o recalque
produz sotrr: a parcela rr:presentat:ional ctro
T.42
âzem perceber à sensaçáo na fbrrna de aGtos.a? D. ,lor, ..' .rirrrt",
q*arrd. r, o rcpresenranre, vel'emos qite em geral o recaique ctia umaforruaçtío swbsitutiurt.
cre\"ermos um caso de recalque, precisarernos acompanhal
separadarnenre (lr, 0 Qu{ é, então, 61 mecanismo de tal formação su}:rstitutiva, ou existem aqui t.t1-
em decorrência do recalque, ocorreu com a representação
e com a energia priri,i,, lrérn vários nteçanisrutos aserern distinguidos? Sabenros que o rccalque detxa sin'
nal a ela aderente.
tomas auasde si. Será que podemos, entáo, considerar que a formação subsdtutiva
Gostaríamos rnuit. de poder afirmar argo gera] a respeito o rleca-
dos cL:sti'.s , r, c a f,ormação ele siniornas coincidem? E, se isso cliz. respeito ao conjunto,
ambos os elementos da pulsão, mas isso só nos será possível
depois cle nos sirrr,r, üisrno cla formaçár.r de sintoma também c<lincide com o do recalque? Até o
rnos melhor. No que tange à representação
[vor*eilu.ng1,pod.rr',á. afirrnar QUÊ, .\t , momeorír tuclo parece indiçar que ambos divergern por compieto, que não é o
T.4t ?eprese?ttdçãl que representa a pulsão erâ arltes
consciente,43 seu 4estinri nrais pr,, próprio recalque que cria formaçóes substitutivas e sintomas, mes qtle estcs últi-
Í.44 vável será desaparecer do consciente;ff se a representação
estava prestes a se rorl:, mos sáo indícios de urn torno do recaltad.rtsl e devem seu surgimento a PÍ:occssos
re
§8.§ I
r
consciência, opai ,rao aparece neia como ,i ,1, ,, ccntar o fator da regrasão, mas este será tratado em outro contexto.ól
da libido' Em lugar corresponden,. ^"i,
"o
tuto' um animal mais ou menos adequado
dá pai, enconrra-se agora, com. r;rrr, r, Poderíamos considerar que o recalque da histeriaó2 fracassa por completo, [;;
para servir de objeto cre r,,,,r, pois ele só se viabiliza à custa de um enorme número de formaçóes substitutivas;
fÁngsubjeht)' A formação substitutiva j" p"..àr"
§8.5sff.5ó
T.51
representacio,r'"rrr, ,o p,,,,i,, cntretanto, com relaçáo à eliminaçáo de determinada quantidade de afeto, esta
ziu-se pela via de um deslocamento.sT
Esre d.rlo..m"nto ocorreu ao io,g,,,r,
T.58 sim sua verdadeira tarefa, ele é, em regra, um sucesso absoluto. Por fim, o Processo
uma cadeia cujas conexõess' obecrecem
a cerras deterrninações.
euanto à prrr,, clc recalque da histeria de conversáo encerra-se com a formação de sintoma e não
quantitativa, esta não desapareceu, mas
r
se converteu em medo
[Angst).o r.t.,rrr rrecessita rnais, como ocorre na histeria de angústiafAngsthyxet'zf , continuar num
tado é um medo fAngst] do lobo, no
lugar de uma demanda
ao pai' obviamente, as categorias "-o.oã em rc,,r,,.,,,
aq,,i .mpr.g"das não ráo ,ufi.i;;;..
segundo tempo ou, na realidade, prosseguir indefinidamente.
-
car nem mesmo o mais.simples caso f"." .,r1,r, Na neurose obsessiuo-compulsiua lZutangneurose),63 a terceira afecção que T.ó3
sellsa-
T.3
teÍI um sentido sensorial e cJutrc) motivacional:
A partir da pequena série compamtiva aqui apresentada, pode-se concluir t1rr, 3 Lust, "ytraz.er" Sip,n.
qLle ocorrelr nüs e il parttr dos órgíos excitador; e 2) disposiçáo,
ainda será necessário empreender investigações mais extensas antes que posslr) rí ),, çtics pfaz,elosls lnicrars
a(-} que clcorre no nascedc,uro das sen-
u,,nt ade, PlqLle, âr"rimo. Obs. Arnbos rel,:rem-se
ter esperançâ de desvendar os processos relacionados com o reca.lque e a fornr:rçrr,, português (descargas
s:rçócs e difer.em dos senddos :rssociados
rermo Pfazer áto
de sintomas neuróticos. o excepcionai imbricarnento de todos o, f*ror*, acepçáo de "prazsr" ctll Portu-
e m jr1,,, contínuas eventualrnente gozo); €nüeta.nto,
nessâ
t,
nos deixa uma única rnodalidade expositiva como opção: precisa.remos pi,ç,rr
gues que o Ieffl1(] geralmente e en'rpregado
e teorizado Por Freud, Pormnto, na umâ
alternadamente ora um, ora outro ponto de vista e seguir o Çurso de cada um s,, freudiano. Fretrd al-r,rr,Ja esse des-
contradiçác erttrc seu uso n0 idioma e o empre8o
e sua. desr:riçã<r psicodinâmica, no texto
até o ponto ern que sua utilizaçáo estiver nos parecendo proÍícua. cada
urna clcs compâss() cntre o sentiiio do ti:rmo el11 alemão
11'71. ver um"
sas etapas de trabalho, quando considerada isoladarnente, se mosüará I
'ltoria
res L-.nsaios sc,bre a Sexualidade"
da 90 IESB, .iol" VN, 11.
incour
pleta; alérn disso, não será pos,sível evitar ohscuridades onde bémnota4eDCAF.
.se estiver bord.ejanrlt,
even- T.4
material ainda náo trarado; contuclo, penso que podemos nutrir esperanças rlc ffi 4 Befiertigung,"satisfação"; Conot': "apaziguamento""'aplacamento"ou
composiçáo incomurn
ualmente;'goro;' .o* caráter de alívio' Obs': Ao empregar
que ao final chegaremos a uma síntese que resultará numa Çompr...rrão bastanrc a
Freud ressa'lta que nesse câso se trata de um Prazer diGrente d«:s dois
satisfatória do conjunto" Befiedigun;sfusr,
em português: um
pi-.iÃ, *.t,idos citados na nota anterior; aproxirna-se d' sentido
ver
prrr.r d."alívio", "gozo", vinculado ao escoamento da tensão e ao apaziguamento;
DCÂF.
"irritaÉo"; Conot': está implí- T.5
WS .Rsla "estímulo'; Sign.: tambérn "encanto" ou
qualidade psíquica
relaso..rtr" u i.,t.Àid"de ou quantidarle do estímulo e sua i
cita uma
pode referir-se a uma leve comicháo que cles-
I
pertâoâpedte,atraieencÍmta(portanto,algoprovocante'instigante'irresistível)ou I
(portanto,
*o excesso de estimulaÉo tornando-se dolorido e irritativo
atrgo
iod. r"*.,.. DCAF'
é o caso nesse trecho; ver
prouoa*,iro, espicaçante), como evidentemente
I
l
sE.ó ü, 6 [A dor e os mcios do orgltristrro pere tlorrtin:i-l;r slro tlist:rrritl,rs 1111 ( .11,1r,11 "trprtst tttlt1,t. Quando li, r tr rttlrtzitlo l)( l' oult() .lc 5( ll: vários sinônirnns, adver-
)
"Além I XlAtr
IV de do Princípio do Prazer" (1920{), 5u,S1rrr111s,4rltt, vol. .}, pp. .t t,) rrr , ,
(l lcitor .lc (luc SC tf:ltil scll)Prc tkr nt( stII() t cilI lo V0rsttlhrtN\
temajáhaviasidoabordadonaParreIdo"Projcto"dc1895(19502),n:rSt.\,r,,\Ir T.l9
trcs tcflllos, inusull cnl idiornrs
Dor"); também se faz menção a ele nos últimos parágrfos cle 1zu ibiç.lir.t, .\itttttttr,r , ,\ i. l() Obs.: llrcutl ernPrcgâ umit composiç:'ro cotrl
literdrnente: ao repfe-
(1926d), Studienausgabe, vol. 6, pp. 307-8.1 der'psyrhischen (Voraellungs) Repriistntanz dts lfleoc|,
psíquico (d" rePresentação) da pulsao que âqut
foi reorganizada em [orma
sE.7 § 7 [Consra como "ação específici' na Parre I do "Projeto" (1950a Il ii,),, ] ). ,, ,
implica a presença de um ser que sente faita de algo, portanto, tem também o l.(.\t,,
caráter impelente de Ti'ieb ("pulsao";, ,Rrâ ("estímulo"), Drang ('pressão") e /_tt,,,,..
t Í.22
("compulsão"). Obs.: Também pode significar "desejo" ou "vontade", o que é cocr(.,r, 22Abhiimrnlinge"'rePresent;Lçóesderivadas";Alt':"derivados";Sign':"reben-
com a polissemia de Ti,ieb em alemão; ver "Comentários do Editor Brasileiro", ar.1., , , "flihotes",
"desàn,lerrtei'; Conot': evoca vitalidade e autonomia' elementos com
precedente " Pulsões e Desdnos da Pulsão" (1915). própria; ver DCAL
T.23
T.l0 '{i l0 Ábuehr "defesa'; Conor.: "barrar", "rechaçar araque"; evoca a não-resolu1,r,, 23 Beziehungen, "ligaçóes"; Sign': "relaçáo""'correlação""'relacionamento"
do ataque sofrido e apenas barrado; ver DCAF Diversr: de Bindung e gebunden, nota 19'
1.24
sE.t I §lr I I
[Uma modificação dessa formula enconüa-se em "O Inconscientc" (1! I 5 t, 24Nachdriitlgen,..pós.calcar,';Sign.:iracrescentandooutrosrecalques;vernota
Studienausgabe, vol. 3, p. 16i.] 2, sobre dràngen,'forçar/empurrar"'
sE.25
T.12 §12 25 em sua aPresentação do Processo na
Obs.: Aqui Freud emprega o teÍmo Abwehr.
'd; [Freud também usa essa denorninaçáo
aniilise cle schreber (19i l6 ver nota 24), bem
como em seu trâbalho sobre "o Incons-
T. t3 tr13 C[ em "Pulsóes e Destinos da Pulsão" (1915), p. 152
ciente" (191 5r; ver Studienausgabe,vol' 3, pp' 139
e 140)' No entanto' quando retorna
§H.3,.4 §rü 34 [Cf, p. 60.] termo "repressã";, lrois i-ráurna correspondência exata etttre os dois termos'
portanto'
tação psíquica.
T.57 :i, 57 Wrschiebung, "deslocamento"; Conot. l: do verbo uerschieben; algo quc ,1, ..
liza ou é deslizado eln outra direção por vias aplainadas, de pouca resistência; Corr,,r
2: o deslizamento reconfigura o conjunto e eventualmente o deforma. Obs.: No ..,,,,
texto freudiano, remete à idéia de uma rede interligada de pontos ao longo da t1rr.,l
ocorre o deslizar; ver DCAF.
sE.ó I ili 6l [Isso dwe ser uma reÍêrência ao trabalho metapsicológico perdido, sobre ;r
histeria de conversão.]