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-'
ã, à- da noção de resistência' numa acepção :transitiva indefinida. Graças a isso, "r.",.o
"-pr"g"o,
suieito
".p".ial, -1 -,-,+:*^
última noção ast rcsiste" é entendido como ..ele resiste a...,, _ A quê: "Sem
,
por esta
êã*tr"l o, a adultáração sofrida
per a in dic aç ã9^ qY' rlúvida, às tendências na conduta que impõe a si mesmo
'",;;ã;ã ^:?:: "*J':.
11"*técnica' ;,?I
à anáriso como
;:Í"ftffi':; i"'.ã;;**acnôia' .na
pretendeu dar
su.jeito neurótico, à confissão delás nas justificativas
que ele
,"rirtên"iut. Pois, se côm isso Freud :T11 1l^lpõe de sua conduta ao analista. Mas, como as tendências
só.haver confusão e contra-senso na mal
;;;i;;,
-o*o "remos
voltam à carga, e como a técnica desta feita está ali,
supõe_se
autorizam (luc essa resistência seja seriamente posta
atguns se ry'^lfli-"'-1"rT
til,écnica que deiconhece nada menos do
que *"":::'Htilyl rrrantê-la, é preciso que ele contribua
à prova: portanto, para
õiL "o-àlgo
dã seu unt"*
a que se aplica' tncsmo que tenhamos tempo de nos voltar, ",
' Tii";il"e*à ."rtiao que convém -^^a.:+,.i. o^"
---z* restituir aos nrer:eifr
preceitos eis_nos deslizando
l)irra o ramerrão da idéia obtusa de que o doente.,se defende,,.
reduzid::,1fó:::H,li
técnica, que, por terem sido logo l'ois o absurdo só se ratifica em definitivo por sua junção
poderiam conservar com
;.;;;;*^ a virtude indicativa que só da rrrrtro abuso da linguagem: aquele qte faz com que
o termo
ffiõ,,ã;;,ê;,i"" da
.verdade, :,.f::';1"H:
quanto a( rlcl'csa se beneficie da carta brànca que lhe conferá
seu uso na
ü;T.;à;;;"onár,i'' Freud, naturalmente' tanto
õ; il;i; .ou ou'u, tu*poo"o,rylTi não :":i,;n"*-111
é o forte dos
:Ií5'ilá.'ffi;**ão*piouu'' iiso
r
com mais al*: .' Ilste, diga-se de passagem, certamente comporta oscilações
;;;; ;úúiiru, "nt'i'"heiram-.se fi
dúvida para se protegerem da
nada desprezíveis
rrrrlto à acentuação de sua transitividade, conforme o tiio de alteridade
il;ffi;;?"iiá- '",n rr' rrplique. Diz-se to resist the eviàence [resistir às provasl
a que
e to resist the
rntlnrity of the Court [opor-se à autoridade da Corte], mas, inversamente,
diz_se
nhlrt der Versuchung widerstehen [não resistir à tentação].
Note_se a gama de
,*rnces que podem distribuir-se com muito mais facilidade na
um dos colóquios do seminário diversúade do
1. Fomecemos aqui o texto colhido de rnnirntema em alemão: widerstehen
hospital Sainte-Anne' d"d1ft:*:T: [resistir, repugnaÍ af, _ Widerstreben
na clínica da Faculdade, no : a que concernomi
iã-i?lã"t técnicos de Freud e à atualidade
frcsistêncial,
- sich straüben gegen lopor_se utrir * em nãoJ, andauern
f lrr'sistir eml, fortbestehen [continuar, perdurari,
"*.itos mediante o qae wi^derstehen
il;"*pl.d.comaleumasremis:111*ll"'.'""i",#T[:?ii'::::*T lrxlt: ser intencionalmente mais adequado ao sentido que destacaremos como
:#l"fiffi ;"";;il;;ilp"ssívelelirninara-dif i^culdadedeacosto l.rrrkr o sentido propriamente analítico da resistência.
qualquer fragmento escolhido de um
ensrno'
u toaô
"
310
3't2 Escritos
é melhor tull
medicina, sem que nos apercebamos - pois não se
as contas
médico por ser mau psicanalista - de que aí também
correto
foram mal dadas quanto à sua noção, se é a seu sentido
em fisiopatologia que se pretende fazer eco' e de que não
pois não se é mais instruído em psicanálise
deixamoi de tràir
por ser ignorante
- em medicina a aplicação perfeitamente
-
àUutiruau-que Freud fez dela em seus primeiros textos
sobre a
patogenia das neuroses.
^ M-as haverá quem nos diga: se vocês centrarem o enfoque de
uma idéia confusa r"o porto mais baixo de desagregação,
"-
acaso vocês não caem no -do que é
propriamente chamado
"tto
ã;* processo tendencioso? É qué, ainda poruma cima' responde-
técnica assim
."*or, nada detém nessa caída os usuários de
que eles adornam sua confusãtl
equipada, pois os preceitos com
origit at em nada iemediam as suas conseqüências' Assim' pro-
senão de seu eu
i#-;" que o sujeito nada pode nos comunicar
por."u o olúar de desafio do bom senso tornandtr
"u ditu, as"o-áíestá
ordens; que é preciso, para chegar a alguma-coisa'
visar a reforçar o eu ou, pelo menos, faz-se essa correção' sua
que' no uso
parte sadia -- e tiram os chapéus ante-essa asneira;
ào material analítico, devemôs proceder por camadas esstl(
no bolso -
a plantit
das quais, certamente, trazemos
gãrutttiJc que àssim iremos do superficial para o profundo -
"u*uOua
caáoça adiante dos bois; que, para tanto' o segredo
clos
ild"de que malc
mestres é anaiisar a agressividade - nada de caÍroça
da angústia e os arcanos de sutt
ãs bois; enfim, eis a ãinâmica
que ninguém toque, se nãô for engenheiro hidráulico
""o.ro*iu - not pãtenciais desse mana sublime' Todos esscti
especializado,
convém ãir"r, seus adereços-teóricos serão abandrt-
;;;;ilt, " são simplesmente macarrônictlr'
nados por nossa atenção, porque
Com efeito, a resistêácia só pode ser desconhecida em sttu
dimensõos tltt
essência, caso não seja compre"naiOu a partir das
encontrír-lnr,
discurso em que se manifesia na análise. E fomos
de imediato, na metáfora com que Freud ilustrou sua prirnelrá
Refiro-me àquela qué comentamos em sua épocttt ê
definição.
inquietantemente diante dos olhos de Alice, isso serve apenas e podemos também confirmar, pela atualidade de suas circuns_
paia tornar mais evidente que se trata, nesse caso' do fragmento tâncias, a importância do que quÀro fazê_los entender
na fórmula:
partiAo daquilo que constitui no sonho sua ponta transferencial' o inconsciente é o discurso dó Oufo.
àu, noutras palávras, daquilo que, no dito sonho' dirige-se Pois o homem que, no ato da fala, reparte com seu
semelhante
diretamente ao analista. No caso, por intermédio do termo o pão da verdade, partilha a mentira.
"canal", único vestígio subsistente do sonho, isto é' por um Mas, basta dizer isso? E poderia a fala aí retraída não
se
sorriso, mas um sorriso impertinente de mulher, com
o qual extinguir diante do ser-para-a_morte, depois de se haver
dele
aquela a quem Freud se dera o trabalho de Íazer saborear sua aproximado num nível em que somente o chiste ainda
é viavet
teària do Witz açolhe sua homenagem, e que se ttadtz na frase sendo que as aparências de seriedade para responder
à sua
qu" a história divertida que, a convite de Freud' ela gravidade já não funcionavam senão como hipocrisia?
"n""rru
associa ao termo 'ocanal": "Do sublime ao ridículo
há apenas Assim, a morte nos traz a questão daquilo que nega
o discurso,
um passo." bem como de saber se é ela que introduz neste a negação. pois
Do rn"r*o modo, no exemplo de esquecimento de um nomc a negatividade do discurso, na medida em que
fu, o qr"
que antes tomamos literalmente como o primeiro a surgire nit não está ali, remete-nos à questão de saber o que "iirti.
o não_ser, que t3801
isicopatologia da vida cotidianc, pudemos apreender quc it se manifesta na ordem simbólica, deve à realidade
Aa morte.
lttr
impossibilidãde de Freud de evocar o nome de Signorelli' Assim é que o eixo dos pólos em que se orientava u_ p.lrrrài.o
diáiogo mantido com o colega que era então seu companhcirtr da fala, cuja imagem primordial é o material dâ téssera
:am-po
de vúgem, correspondeu ao fato de que, ao censurar em stlll (onde encontramos a etimologla do símbolo),
é aqui atravessado
anterior com esse homem tudo o que os ditos delc lltc por uma dimensão secundária não recalcadu, rnã, necessaria_
"onr".iu tanto por seu conteúdo quanto pelas lembrattçttr
sugeriam
- Tlente um engodo. Ora, é dela que surge, com o não_ser, a
quã lh" vinham em cortejo sobre a relação do homem c tkt definição da realidade.
-
médicocomamorte,ouseja,comomestresenhorabstllttltt. Desse modo, já vemos saltar o cimento com que
a chamada
H"rr, sigror, Freud literalmente abandonara em seu parcclt'u' nova técnica costuma tapar suas fissuras, qual seja,
u* r""urao,
ntirtcriÊl
afastara áe si, portanto, a metade partida (no sentido mais desprovido de qualquer crttica, à relação óom o real.
do termo, entenda-se) da espada da fala, e por algum tcllllxlr Pareceu-me impossível fazer melhor, para que
vocês soubes_
exatamente aquele em que continuou a se dirigir ao dittl llitl(ciftt. sem que essa crítica é absolutamente consubsiancial
ao pensa_
não mais pudãra dispor desse termo como material signil'icrtnlêr mento de Freud, do que confiar a demonstração disso uo
,i. J"u,
po. ligado à significação recalcada ainda rrruir tl§ que não apenas irustra este seminiário com o
- lYnnolite, interesse
fl:: u"* lhe
"ontinuu,
o tema da obra cu3o autoi se traiava de encontrar em Sigrr,t'ellli trazer, mas que, por sua presença, é para vocês
ou seja, o afresco do Anticristo em orvieto, só faziit lrirlrrl* lo-g!9 um garante de que eu não me perca em minhà dialética.
sob forma das mais manifestas, embora apocalíptica'
csst'tkt6p Pedi-lhe que comentasse de Freud um texto muito curto,
mas
nio, mestria da morte. , por se situar em 1925, isto é, bem mais adiante no desen_
Ídt:ll
Mas será possível nos contentamos aqui em falar
(lLr rimento do pensamento de Freud, já que é posterior
aos
prcscttle'
Sem dúvida, podemos garantir-nos que ele está textos sobre a nova tópica,10 leva_nós uo airr" da
nova
simples sobreàeterminações que Freud nos fornecc tkr Ie t levantada por nosso exame da resistência. Refiro_me
ao
sobre a denegação.
g.Esseexemplorealmenteinauguraolivro,GW,IV'p5-12'/'rt'r'ltr{*tft
de la vie quoiidirnnr, p.l-8 $ãbre a psicopatologia-tlu viltt r'rilhll#li consagrar o ano que se seguiu ao texto intitulado para_além do
J(:*..
VI, Rio de Janeiro, lmago,2a ed. rev', 1987 ' p'19-241 lcípio do prazer.
O sr. Jean Hyppolite, ao se encÍIlregar desse texto, desobri- Resposta ao comentário t3811
ga-me de um exercício em que minha competência está longe
ãe alcançar a sua. Agradeço-lhe por haver aceito meu pedido e
de Jean Hyppolite
lhe passo a palavra sobre a Verneinung." sobre a "Verneinung,' de Freud
p"nru."r,o como saídà de uma confusão primor4i.l rl' r€f oa. arucinação. Seguramente,
ente. ,T#:[:j11,::T:.,1r^1':i:
mpossível superestimar a amplitude
arã".rJ"""_à"a
1384]
ür?
Resposta ao comentário de Jean
Hyppolite 3g7
a esse respeito
fiz sobre sua existência, mas foi exatamente como se ela nunca
comentário que
à luz da última vez, mas do plenamente em houvesse existido."T
;;*"tt" ano de meu seminário'3 situam-se
do processo .Algumas páginas antes, ou seja, logo depois de haver deter_
,ãtã" q""t*" de hoje' Á saber' a " intelectualizaçáo" a mi.nldo a situação histórica desse processo na biologia
do recalque' malgrado de seu
analítico, de um lado, e u ãu'"t"t'ção sujeito, Freud concruíra distinguindà-o expressamente
do recar-
de outro'
conscientização do recalcado' experiência' que, nos seguintes termos: Eine Verdrtingung ist
etwas anderes
É assim qo"r,"ooili' "lu lnn"*i'el inflexão àem seu com- als eine Verwerfung.t O ql", na traduçãó frãr""ru, e_ro,
que, embora o sujeito tenha manifestado
up.L_
genital' sentado nestes termos: ..Um recalque é algo diferente
realidade de'um
portamento u. u"""ol ;"ião-s;
"oÃo,u audácia' à
juízo que rejeita e escolhe.,, Deixô a critéiio de
morta pafa Seu inconsciente, onde vocês jrfÀ*
esta peÍmaneceu como letra que tipo de malefício é preciso admitir no destino
dadã ãos
;;"';;õ; a "teoÍia sexua,l" da fase anal' textos de Freud em francês, se nos recusarmos a crer que
Desse fenômeno, Freud discerne
a tazáo no fato de que a os
tradutores combinaram entre si torná_los incompreensíveii,
posição feminina f"to 'oj"ito' na captação imaginária falar do que acrescenta a esse efeito a compieta extinção
sem
"tt;;;á;
do ffauma pri*o'o'ai 1^oíse'!a'
aquele cuja historicidade dá
à
vivacidade de seu estilo.
da
.àm,nicuçaãoo"u,J'Ji!ffi
aceitar a realidade genital sem
"*:l:"1J.'J:ili;"'fr:fi
fa ameaça' o il:l O processo de que se trata aqui sob o nome de Verwerfung,
e que não tenho notícia de que algum dia tenha sido objeio já
para ele, da castração' um comentário um pouquinho consistente na literatura
do fenômeno é muito mais aiarítica,
Porém o que ele ái' au naítreza situa-se muito precisamente num dos tempos que sr.
Hyppolite
de um- recalque (Verdrtingung)'
notável. Não se trata, diz-nos' acaba de destacar para vocês na dialética da verneinurgi
t àtu-r"
pois o recalque õ;;;t distinguido do retorno do recalcad«r exatamente do que se opõe à Bejahung primária e consãtui
"ãt nao pode falar' ele o grita por como
pelo qual aquilo d" q;; t sujeito tal.aquilo-que é expulso. Como vocês càmprovarão por um
sinal
todos os Poros de seu ser' cuja evidência os surpreenderá. pois é uquiqo" nos encontramos
esse sujeito nada queria sahtr
Da castração, diz-nos Freud' no ponto em que os deixei da última vez, e que nos
será muito
i-hr.nichts wissen wolte irrt
no sentid'o ao - "'' uo'
"'oúu" E' para designar esse processo' elc
mais fácil de transpor depois do que acabamoi de aprender
o discurso do sr. Hyppolite.
com
Sinne der V"'a'aniuns'a
o.q'ut propôremos' pensantltt
emprega o termo vi*ii'f""i'iutu - Irei adiante, portanto, sem que os mais apaixonados pela idéia
bem, o te.mo "s"pre'"eo* l'à'onchement)'s quando Freud tlilr
de desenvolvimento, se ainda há algum deles aqui, porruÀ
simbólica- Pois' -me a data tardia do fenômeno, uma vez que o
Seu efeito e u*u-uUotiçãà sr.
(acrescentando: "ltrtrl :ite lhes mostrou de maneira admirável que é miticamente
"Er verwadsie. ele suprimiu a,castração"
btieb auf ar* sto"'ii""it des
Verkeirs im \fter' e permancccü Freud o descreve como primordial.
ele continua: "Não se pode
rlireÍ AVerwerfung, portanto, corta pela raiz qualquer manifestação
no statu quo do*itã ""ãr;í'
formulado nenhunr 'ittíLtl ordem simbólica, isto é, daBejahung quàFràd enuncia
por isso que tenha sia" pt"ó'i"Àente como
processo primário em que o juízo atributivo
se enraíza, e que
[o é outra coisa senão a condição primordial para que,
do real, t3881
ma coisa venha se oferecer à revelação to a"., ou, para
:. Ou seja' em 1951-52'
p'389 [ESB' XVU' regar a linguagem de Heidegger, seja deixado_ser. pois
4. GW,XII, p.l17; Cinqpsychanalyses' é
termo' traduzilo por "foraclusno" ltlÉr}
s. Sabe-se que, pesando *;il;;; inl"iut u que Lacan se relctc c r"'#
leceu, por intervenção *t;;:'iô
;'t"
retiratla' rrrhtrr;§
chement:supressão, fo" p'*" de um todo)' Idem.
"li*;;à:;;;"
diminuição. (N.E.)l XVII]'
6. GW,XII, p.117; Cinqpsychanalyses'p'389 [ESB'
390 Escritos Resposta ao comentá.rio de Jean Hyppolite 3g1
justamente a esse ponto recuado que Freud nos leva' uma vez wie man sieht, wieder eine Frage des
Aussen und Innen.,.Trata_se
que é só depois dele que se poderá encontrar o que quer
que novamente, como se vê, de uma questão
do fora Oo O"nià.,;
Em que momento, de fato, ,rrg" "
seja como ente. irasef _ primeiro houve
Tal é a afirmação inaugural, que já não pode ser renovada a expulsão primária, isto é, õ rear"rrocomo
externo ao sujeito.
pois é Depois, no interior da. representaçao
senão através das formas veladal da fala inconsciente' çiorstellung), constituída
permite pela reprodução (imagin átria) d.apàr""pçào
somente pela negação da negação que o discurso humano primiária, a discrimi_
nação da realidade como aquilo qu",
voltar a ela. áo objeto ;;;;;;;r."ü;
Mas, com o que não foi deixado ser nessa Beiahung'
o qto.e pnmána-, não apenas é instauradà
.*r.r"nte pelo sujeito,
que o sujeito assim mas pode ser reencontrado (wiedergefunden)
"orno
então advém? Frãud nos disse inicialmente: o no lug.ar
suprimiu (verworfen) da abertura para o ser, dizíamos' não será pode apoderar-se dele_ É somente
,lrr" q* a operação, "nd;;;;
por mais
desenc.adeada que seja pelo princípio
reãncontrado em sua história, se designarmos por esse
nome o ào-prrr"r, escapa
domínio. Mas, nessa .eàiaud" qrá á a seu
lugar onde o recalcado vem a teapaÍecer' É que peço-lhes ,ri"ito tem qr"-;".;;;
- não ter a
por segundo a gama bem temperada de
qu'e notem como é impressionante essa fórmula' seus objetos, o'."uf,-"ãto
suprimido da simbolizaçãô primordial, já
à"no. ambigüidade o sujeito não quererá " saber nada dissrt está presente. pode_
-
no sentido io recalque". Pois, com efeito, para que ele
tivesse ríamosaté dizer que falasozinho. f
o *ui"ito pode vê_lo emergir
dela sob a forma de uma coisu qo"
que conhecê-lo nesse sentido, seria preciso que isso' de
algum de ser um objeto
que o satisfaça, e que só da maneira "rta't,onge
modo, tivesse vindo à luz pela simbolização primordial' Mais mais incongruente concerne
vocês
à sua intencionalidade atual:^é u ufo"iruçao,
uma vez, porém, que aconteie com isso? O que acontece' como algo que se
diferencia radicalmente do fenôm"no
podem uir, o qu" não veio à luz d'o simbólico aparece no reul ' i-n',"rpr"tativo. Coisa da
qual vemos aqui, sob a pena de Freud,
itrl; o testemunho transcrito
Porque é assim que se deve compreender a Einbeziehung tal,como ditado pelo sujeito.
Ich, aintrodução no sujeito, e a Austossung aus dem lch' tt
O sujeito lhe conta, com efeito, ..quando
rcitl' tinha cinco
expulsão p*u io.u do sujeito' É esta última que constitui,o
QUê,
anos, estava brincando no jardim ao
lado dà sua auAa iàÃá
na medida em que ele é o domínio do que subsiste fora
tltt
entalhes na casca de uma dás nogueira, "
1"u.;o papel conhecemos
simbolização. E é por isso que a castração, aqui suprimida
pcht
.::^'T::l rte, obseivou, "urn
*o3"ito dos próprios limites ào possível, ma's igualmente
subtrttÍ :T ?::"f
vel, qu.e havia cortado seu dedo .iri_ã
terror inexprimí_
Eis, portanto, um sujeito que ele recebeu em posição de poderia ler uma pitada
de don_quixotismo inadvertido
segundo analista. Esse sujeito está gravemente bloqueado em decisões em matéria tao na maneira
sua profissão, profissão intelectual que parece não muito distante il#,"";""'" aàiicaoa qrrri" ã^iJ" ã"
da nossa. Isso é o que se tradtz ao nos ser dito que, embora A inversão Ae int119io cuja lição hoje tivemos
ocupando uma posição acadêmica respeitada, ele não conseguia F.:rq que reaprender
I".u.,
avançaÍ para um posto mais elevado, pela impossibilidade de
1 alguma
:i seja à objetividade.ltu"oi.u,
que
."_ àJuiau, mas não esrá dito
,"rouá", JJpà.",,o, ter certeza
publicar suas pesquisas. O entrave é a compulsão mediante a que não será sem proveito
qu" r".g**"Ãà, u bela
de
qual ele se sente impelido a pegar as idéias dos outros. Obsessão revotta contra a desordem alma de sua
á" _;r-_,;;;; pô_ta de sobreaviso
com o plágio, portanto, ou com o plagiar. No ponto em que se quanto ao papel que desempenha
nele, oiru".ro não é verdadeiro.
encontra, depois de haver obtido uma melhora pragmática de e não deve bastar-nos queirguém
."';;;
sua primeira análise, sua vida gravita em torno de um scholar
brilhante, no tormento incessantemente alimentado de evitar
'*il;;ffi rH[:i:,ffi .""':#""ff
para que lhe assesure de uma má inrencão
roubar as idéias dele. De qualquer modo, um trabalho está prestes dar conra de que,,à-ta,uoã;11d#;:conceito l,T]T3T:::1;*x."1
a ser publicado. psicanalista deveria se do quar o
desvencilhar pelã- psicanálise,
E um belo dia, eis que ele chega à sessão com um ar de triunfo' propriedade intelectual. é o d,a
t.ro ,._- tiríàa'rcriu facilitado,
Está feita a prova: ele acaba de pôr as mãos num livro, na biblioteca, aqui seguimos, reenconrrar_se para
que contém todas as idéias do seu. Pode-se dizer que não conhecia ::::]: ry
propflo paciente o ouvia. na maneira como seu
ó üvro, já que apenas passara os olhos nele, não fazia muito tempo' E, já que se salta a-barreira
de uma interdição, aliás
Não obstante, ei-lo plagiador, a despeito de si mesmo. A analista imaginána do oue real,
para p"*ri-tii ao anatista mais
(uma mulher) que fizera seu primeiro período de análise (tranchc, poi qr?113 um juízo
*:y"1,:oo, ng*gtiliq'r"'à pl.run"""r no abstraro
como se diz em nossa slang) tinha mesmo razão quando lhe diziir nao examinar o conteúdo.próprio
au. iAeiu'.
---^-" uqui em litígio, posto
algo como " quem roubou, roubarí', já que, também na puberdadc. que. ele não poderia
se, indiieren;"t
era comum ele sumrpiar livros e doces. ã"-,,iuiça", em
É aí que Ernst Kris, por sua ciência e sua audácia, intervéttt, ."* $:'*",:if";,""":1":, suma, @tvez não
não sem a consciência de nos fazer aquilatá-las, sentimento clll fi". i;;;,';;;.r#''" Jl::x seus efei tos p ro-
que talvez o deixemos a meio caminho. Ele pede'para ver csíd tiva c.urturàr,nà,"
ffi }i:i:l: iil 1i-
na perspec-
6i'**;r::ortantes
livro. Ele o lê. Descobre que nada justifica o que o suicitrt rors, se pude notar
"rp""iri"uàá
uma cefta reserva na exposição
acredita ler nele. Somente ele é que atribui ao autor ter dito tttrltl pnncípios de inrerpretaçao
,uurcaào, ;;;;;" psicanátise
dos
o que ele pretende dizer. vante voltada para u psychobsy, rão ,o. poupam,
dora_
A partir de então, diz-nos Kris, a questão muda de l'igttrá' ,"g?
contrário, no comentário
;;;--
do caso, d"-";;;, ao
Logo transpira que o colega eminente se apoderara reitcrtlrlár Recolfortando_se, a" prrrrg".,
veies das idéias do sujeito, arranjara-as a seu gosto e sittt;ller-
_
parece dos mais ferizls com as t3e6l
mente as copiara, sem fazer menção a ele. E era isso rltte o
fármuras à";â;â"""1:::
o sr. Kris nos expõe seu método: .,frutu_r" ,tt rI:
de determin*, nrÃ
sujeito temia tirar-lhe, sem reconhecer ali seu patrimônio, período prepararório (src),
os orrr"à1'Ià",
Anuncia-se uma nova era de compreensão. Se eu disscsne quE ,'§€ntes e passados
o grande coração de Kris the havia aberto as portas, decct'kr llãtl
dosujeito e.
o*';;il;fffi?T""[:"H:;
obteria seu assentimento. Ele me diria, com a seriedaclc l)l'tlvéfE
primeiro, suas arirudeJ a"
ídéias do s ou rro
àiiiil, ; ffiif _
; o. rài
r,_ u r"r
s
ü;; ;".;;;',,11:,;. :#J:f:â#:
bialmente atribuída ao papa, que havia seguido o princÍpio geill ilo paciente." Que ;:
de abordar os problemas pela superfície. E por que não tliríetttHi tssso. E que é preciso, 1"^;r;;;.Jü;,.
o rexro passo a
aqui, qo" ér" não-nos deixe
também que ele os toma pelo lado de fora, e até que h'ttl tl fúvida quanto uã p"r.u-"rto à" ."u nenhuma
uuioi. ..uma vez nesse
Escritos Resposta ao comentário de Jean Hyppolite
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