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VI
INTERDITA'
MONTAGEM
Crina Branca,Balão Vermelho,Une Féepas commeles autres.
anl
vezeso uaseto
com núrnerosaspersonagensde relações complexas (tão
complexas, de resto, como muitas vezes o argumento é
confuso), dotadas de caracteresvariados, sem que os
protagonistasquase nunca tenham feito outra coisa do que
manter-setranquilos no campo da câmara.A acçãoaparentee O Balõo Vermelho,de Lamorisse.'. o zoomorhsmo
o sentido que se lhes atribui nunca preexistirampraticamente dos objectos.
no filme, nem mesmosob a forma parcelar dos fragmentosde
cena que constituemtradicionalmenteos planos.
Vou mais longe e afirmo que, na ocorrência, n{g-'gra
iclente,irgç.Bqç.e-súria--fg2sr.-aslç"frlrneÍg{gJffim
apçna$suf Quanto a O Balão Vermelho,pelo contrário, verifico e vou
. * ! Ì _ : _ . - - - * .
ponto de vlsta
não deixa aparecerde facto
soluçãode continuidade tão franca como sepoderia crer, entre
do
o mudo e o falado. Em contrapartida, poder-se-iadescobrir
parentescosentrecertosrealizadoresdos anos 1925e outros de
tg:S e sobretudodo período 1940-1950.Por exemploentre
**'*ffi-àïT nãr
T;lt-tãrioudedestaplagflggi-o--r<invisíveb> "
Eric Von Stroheim e Jean Renoir ou Orson Welles, Carl
Theodor Dreyer e Robert Bresson.Ora estasafinidadesmais
ou menosclaias provam em primeiro lugar que sepode langar
m'Hï,,j:iàhïËi
;;;i; cónhecidostot o nome d. tgggtp-gep n{r,l9la}'
e-
agglrq-1g3Ì
i<montage.rrt qÌli*?gegÌ. de atraccão))'unanoo
-c'iir'tn-
uma ponte sobrea falha dos anos 1930e oue certosvaloresdo oai au1 Xt:õ."'
ãorideiüia
cinemamudorerststËm no falado, mas sobretffiffi ;[|rtãs.m pãËÌãú, sucessãode
'PW;|.É"5W
ffiffiffiõé cipoï ô <rÃüüili ao
I
<falado> I
do que, num e noutro, ri*"ftã";"s, distanciadasno espaço'-com uma
ãt uma e daoutra. Em À Roda, Abel Gance dá-nos a
ntalmente ;l;;r
sem recorrer a
íf*ao da aceleraçãode uma locomotiva
n"tJuatitu, imagãns de velocidade (pois afltnal,.1t,,119:
üna simplicidadecrítica
que as dimensões deste estudo me impõem e considerando-a girarno mesmosítio),lqeryt "-o^T:Ï:l'lPi:":çi:
pòderiam
ï;ã;;;";ais de
curtoÁ' Finalmente a montagem
menos uma realidade objectiva do que uma hipótese de ã!f,Ë;
1940 duas grandes ìití"ïoãt,
- pãt S. M. Eisensteine.cuja9-t:"t:o:::Ï"::
trabalho, distinguirei no cinema de 1920a
nal e fácil, poderia definir-se grosseiramentecomo
"tiuãu
ser no filme
u-seo casomals
não tem outra finalidadealém . Sem dúvida
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OqueéoCínema? Á Evoluçõoda LinguagemCinematogróJìca
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não desempenha
que no seu conteúdo objectivo_.A matéria da narrativa, seja em causadesdeo cinemamudo' A montagem
qúal for o realismo individual da imagem, nasce essencial-
:
Ëffi ffi ;;;"h"*;1i;i;?:':l:..,f'^tï':,,*o""ï$litn"
ï.';l'i*inõáo inevitávelnumarealidade
mentedestasrelações(Mosjukine sorrindo * criançamorta |ïrïHïilff.Ërt"",
pirOuO";, quer dízer um rèsútado abstracto em que nenhum ËË;;t';iqqllf,
ãos elementosconcretoscomporta as premissas.Do mesmo acaçaÍ a
ffi?onaà paraFlahertyn9 real
Er,?üffi;;.ï""rqúÃíË o-âninÌala amplitude
ã.p.ïtãti*.A montás9* p99ïi1-ïF:i11" ?e a"tlTlfju;
it"-tï' u' a expectativa
*o"ttrar-ïtos duração
frffiüì*
erLvt vvJvYv ïïffiiaa na.rativae a imagembrutaintercala-se
i^írto* suplementar,um <<transformadonestético.O sentido
:ïËË*iïi;ïË'+ p:':
ü;ü'é'"-p'op'i";;üq"'.",.e'llsi:i"ï:.":'i"t*i
ïtriïiiË,
:ïï:ffi :ii:ï:,
Ëslefacto muito mais comoventq-gpJ
não estána imagem,é a sombraprojectadapela montagemno plano. Negar-se-a."ipót
atracção>?
do espectado-r.
plano de co;1qgiência ioa o*u <<montagem ^^ do
Án que
^,,. pela
nele reali
reah-
Murnau ,ot.r"rru-" *Ëttot pelo tempo
ffiãõlgerryLo-ses$ d"d-il-;rp"ço dramático: tanto em Nosferatu o Vampiro
como em Aurora," ;àï;;ern"ão d"tt*p91t9 napel !t-"]:Ït
pensar' pelo cõntrário, que a plásticada imagema
Poder-se-ia
que sõria uma observação
liga a um certo expressionismo;o
superficial. e Ou tt'u i*ug"tn não é de forma
àïË,i#Ëpid,"o*potüáã ;iiil.'."*à à reaúade' nãoa derorma'
pelo contra.ro, rrrJl*tt-pot estruturas profundas'
.libertl- constitutivas
por mostra, ,"ruço", pit"xistentes q-i"-t-t tornam no campo
de um barco
do drama.Assm, em'Tabou,a entrada
do ecrã identifica-se absolutamente com o
;á;^;õ.Jt em'nada deixe de respeitar o
destino, sem que ü;;;"
;ãism; õ;.";; o" núã, ittt"iramente em cenário natural'
tanto ao
Mas é decerto Stroheim o mais contráriomontagem'
artificios da
,"pr.trio"ismo da imagemcomo aos
tern- o seu sentido' como o suspeito no
;iïãË;-;;iicua.
ilËõ;#; i"r"tiíâ""i io comissá4o' o principioda sua
muito perto e com
;Jenõf; é simpbí ver o mundo de
por revelar a suacrueza
tãii""iJ'i"sistência para que ele aclb9 muito bem um
tmaeinar
e fealdade.Em resumo, poder-se-ta plano tão longo e
sõ
mesmotempo Pelo som. filme de Stroheim composto de um
quanto se querra'
-""Ããdotís-0.'*:i'e'r?-"lEi99T:.P"9éexaustiva'Dec
considerável
Acabamos de considerar o expressionismoda montagem e og aü' elementbs*$e
da imagem essencialda arte cinernatográúca.E é precisamente "nargqníoutïói, .-açü ÍÍ-Ìgntsg?4
9qg-o'q!I?Ía"sg$
grngsa r,4oç,*p.t-çgt911.1e"
!,tneeys?- l3g':ls+
esta no-çãoern geral admitida que realizadorescomo Eric von em ufrfïlfi. MaJ exemplosbastamt*lYez
estes
Strotreim, F. M: Murnau ou R. Flaherty põem implicitamente Aliás, mesmo
Á Evolução da I.inguagem CinematográJica 77
OqueëoCinema?
1s"'^suç*
um dos seus elementos.,4yes de Rapina e Joana d'Arc, de
Dreyer, já são pois virtualmente filmes falados. Se deixarmos
a montaqeme a composiçãoplásticada imaeem
de considerar^.s'ry?d'{ú"álìËjà'.|W$4ilrffiilíbe.d!:qdt?üatg*=:MHúÍ-qF
e pl9pqa,.9-ssenc!íil..qa tHr*uagçgÌ"çtnematogralrca, o aparecl-
mêïitõôô"ffi ãêffi'ôefi"ïüãha defattrãedtêtica
aãividi'
dois aspectosradicalmentediferentesda SótimaArte. Julgou-
qy' Quanto ao fundo e em primeiro lugar, grandesgéneros cinema mudo, e por outro na estabilizaçãodos progressQs
ggfg-tggel_bggg.çklgf-?dat capaz.es de agradar ao grande técnicos.Os anos 30 foram aQmesmotempo os do som e da
público intêrnacionalé inïèressariguatmenteuma elite culta película pancromática. Sem dúvida qu€ o equip-amentodos
que esta não sejaa priori hostil ao cinema. õstúdiosnão deixou de seaperfeigoar,mas tais melhoriaseram
e no^quesereferel$gfu
EmsegunÍo.lugar_ .çs!ilo.*.Cç apenas de pormenor, neãhuma {elas lbria- possibilidades
tgpfia e planificgg.ãoperfeitamenteclar-óSe de acordo com râdicalmente novas à realização. Esta situação não mudou
o assunto; total da imagem e do som. Ao rever aliás desde 1940,a não ser talvez quanto à fotografia, gÍaças
hoje filmes como A Insubmíssa,de William Wyler, Cavalgada ao aumento da sensibilidade da película. O pancromático
Heróica, de John Ford, ou Foi Uma Mulher que o Perdeu,de perturbou o eqúlíbrio dos valores da imagem,-as emulsões
Marcel Carné, experimenta-sea sensagãode uma arte que irltra-sensíveispermitiram modificar-lhe o desenho. Tendo a
alcançou o perfeito equilíbrio, a forma de expressãoideal e liberdade defaz.ertomadas de üsta no estúdio com diafragmas
reciprocamente,admiram-se temas dramáticos e morais a que múto mais fechados,o operador podia, senecessário,eliminar
o cinema não deu talvez existênciatotal, mas que pelo menos o esfumado dos segundosplanos que era geralmentede rigor'
promoveu a uma grandezae a uma eficâpiaartísticãs que sem Mas encontraríamós muitos exemplos anteriores de emprego
ele não teriam conhecido. Em resumo, todos os caracteresda da profundidade de campo (por exemplo en Jean Renoir); esta
pleqitude
-* de uma arte <<clássicu. foi'semprepossívelem exteúorese mesmoem estúdio à custa
Compreendo qpe*se pode com razão afirmar que a de afuúas-proe"as. Bastava querê-lo. De forma quegg.&p*A
originalidade do GtggüK_FíS:e*fP em relação ao de é meãosurnprqllema de técnica,cuja 1o!uç!o na-J9rdad.gfoi
1939,residena promoção de certasproduçõesnacionaise em grandemente facilitadq, dg .gltg ,UÍ-n4p-rgç.uÍfu<le -çqt11o'
-a
particular do brilhante chamejar do cinema italiano e bem ÉioiõsitO do qúé voitaremos a falar. Em resumo, desde
assim do aparecimento de um cinema britânico original e -recursosdo empregodo pancromático, do conhecimento
àúgarização
liberto da influência hollywoodiana, podendo-seconcluir que dos do micro e da generalização da grua no
o fenómeno realmente importante dos anos 1940-1950ó a equipamento dos estúdios, Pg4em-qgconsiderar adquiridas
entrada de sangue novo, de uma matéria ainda inexplorada; a-scoqdiçõestecnicasnecessárias a.erÍç. rn€Ínato-
e-sutlçrentes
em resumo, que 4J*tdadeir,fl JçM üâficadesde 1930,
*ïtii;'üË
ïúïós determinismos técnicos estavam pratica-
mente eliminados
e por
necessáriosà sua expressão.Em 1939o cinema sonoro tinha
Não é nossa intenção exaltar uma preeminênciada forma chegadoàquilo que õs geógrafoschamam o peÍfiIdo equilíbrio
sobre o fundo. <A arte pela arte>>não é menos herética em de õm rio. Quer dir'er,-à cürva matemática ideal, resultado de
cinema. Talvez seja mais! M,as.para uln novo assuuto,nova suficiente eròsão. Alcançado o seu perfil de equilíbrio, o rio
-tambdmuroaffiffiã*üê' ffiIïiõl3ompieendero coÍïe semesforço da nascentepaÍa a foz e deixa de cavar o seu
&gr4d.P-ç
que o tilme pr-ocu-ra
crzer-nQssaDercono leito. Mas sobréúndo algum movimento geológico que elwe o
9-912.
"-Ts6ittt";-ü313' ;" ï930 o cinéma ïõnoro conhecia, peneplano, a altitude deìascente modifica-se; de novo a iryaa
sobretudoem Frànça e na América, uma forma de perfeição i. agit?, penetra nos terrenos subjaceltes, introduz-se, mina e
clássicabaseada,por um lado, na maturidade dos géneros cavJ. À-vezes, tratando-se de camadascalcárias, desenha-se
dramáticos elaborados desde hí dez anos ou herdados do então todo um novo relevo em côncavo, quase invisível do
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OqueéoCinema? A Evoluçõodq LtnguagemCínemçtqgráJica
qt teatro' o realizador de
planalto, mas complexoe atormentadose se seguirq curso da Decerto coÍIo o encenadot ------nargrm
Cinema <ltSpOe qe urrra urorówru *-
cinemadispõed"*1"ï;õ;"ã:l*:ó::t":t*:Ï3?ïÏS:
água. qU, gãO deVe
Masé.apenut
ãìã-"liaòda aoeão' "T:i
iàairi..:'ïroüiì;.iilú4qq,"f:i?le?'l"gnp.;
Evoluçõo da planificação cinematográJïcadesdeo sonoro qïi::ï:r:ìE:.Ltiï*
ffi:i;i;",ïilï*:iiïffi
!,.., Em 1938,encontra-seportanto quasepor toda a parte o t#:##i!:à;ãHÏ,H;,;ï'ã;i'it"úa*'e(comoonev
desde
montàgemé impensável
Esta admiráu"rce'"oüïiìâ at em 1935'deporsde
ffimesriio gén-efq_jã"ïlaUiflef,çÍBn Se chamamos um pouco Fúria,r"ã'ï"ïeitttú"':-lldu
1932.Em imagemde
\b5.*F**
t4
v#;Ëï:ï,'iffJ:*Íii'*:'xïï;ï'ffi
Ë.iãiï,Ëïã:;;-;ì;;t;
{'ïl'áã '.urúador que escolhepara ele o
ambiguid-ade.A experiência de Kulechov demonstra-o
Jffitïrã#ffïelo
lentido ao
absurdo, dando cada vez um determinado
rosto cuja ambiguidade autoriza estas três
que e necesrurrou",ffi
"u ã reouerid-g^ummínimo de escolha
e da sua vontade dependeem parte o
i.sroat. Da sua atençãó
ïacto de a imagemter sentido;
30 das O.ra, propãstaspr"ôeOentes-, de ordem psigológica, (os filmes de Wyler não são ambíguos),pelo
pode qualificar de metafísica'
0..ãrr" .rr* i"tô"itãï""-sã pela sua menos como uma possibilidade. E por isso que não é
montagem supunha'
Analisando a realidade,-a exageradodizer que O Mundo a SeusPls só se concebeem
-s.Ã
própria nartJÍeza, de. sentido do acontecimento profundidadede campo. A incertezaem que seÍica quanto ao
ã;;ilã;. " "niã"d"
o,iuidaque
-seria possíveluma:111^:: ientido espiritual ou de interpretaçãoé registddaem primeiro
analítica,masparaum outrofilme'9-n"-fçq-qPo;"-9.++SSF
-;ã;;'ãtrçsçLall$entre 'o?-
lugar no próprio desenhoda imagem.
*à ç{nt9ç"s*-o
.s.ppr u.pJure43
li
A Evotuçãoda LinguagemCinematográfica
OqueéoCinema?
aos processos
Não é que rJvellesse prive de recorrer
expressionistas da montagem'mas a s1autili4eão.episódica
profundidadede campo'
;Ëï^ïõËt;;-ttú"õ;1t"-"*. puntes. u
confere-lhe, u* nono^""tiao' ? montagemconstitot3.
Em
;ffi;'t"ãtãtiu do cinema,o le1ido do argumento'
tttáot"do de sobreimpressões opõe-
6"í,àïaïï sr* i;t"t num1s9 t91ad1'
-seà continuidade deumacena representada
abstracta'da
o que é uma oortu'ttioããrìãuaiãxplicitamente
ouitutinu.A montagemacelerada' brincavacom o tempoe o
proouraenganar-nos' pelocontrário'
espaço,a de Welles-não temporal'por
propõe-se, por.contraste,-como um cortdensado
ou do frequenta-
exemploo .qutuor.r,iJãb itpttrtito-francês e a <montagem
rapidu
iíìï-ïtiÉrot. Assim, a <montagem
anac4ão>>,ur1ou,!iÃpiËtiu':-ry::i:1"*:"i,:i:iiÍJi:
iàË;;;Fi;::r:Í:T:"':'i:ïHli#
3lïiïËïâ ï1"lï:
que a
(I9al]
I ;'fl;;;"t"-.f-t*"t"stáfrco
t excessos.
"ffi
*ïJJ,:"õ"'ir
das
:""ï:ï;1ìË;"ü;áïil'úidespojamenlo^'
(;lllçrlr4LvÉr4rrvv rv-- j',^llÍo^,3"
reallsm9
em rF-
w, vs^ particulil^p::
v-- - diversospara alcançaro mesmofrm. os de Rossellinie de De
exDreü$luruDurv
ffiessionismo .e, , *rarac
ïvelles e nnesar das
apesar das Sica são menos espectaculares, mas também visam reduzir a
ãitáiot deúdos à montagem'Como:-T,- ^ r^-" on nrtne o nada a montagem e fazer passar no ecrã a verdadeira
continuidade dã realidade. Zavattini só sonha frlmar 90
minutos da vida de um homem a quem nada acontece!
iffi!"ã ã;$:':fi::?:i"^"
Luchino Visconti, revelava
jï3ffi#
'H'ffiïüi"ntï:"ï;"i;;-ü1h;.;:-{:ïf
-!1;11e3: iïiË*:'Kâ: O mais <<esteto>dos
aliás tão claramente
neo-realistas,
como Welles o projecto fundamental da
"ffiï;J;;;;;{-a "--:ï::i:;*: sua arte em A Terra Treme, filme quase composto unicamente
i:'#ïï
uevçr'vü euó*'*^ "i[tu=
pareceràBrimeira
:'"f:1'lÌ:ïï1?
t*auzir-se, como na América,
p9Í de plano-sequênciaem que a preocupação de abarcar a
..,,-:^^ aa
ïã;; .r^ -lo-ifinonãn
puíirrcação' Qsmeios
os são
meiossão
iffi"ï'ttitãïï
A Evoluçõoda LinguagemCinematográfrca 89
QqueéoCinema?
americana que alcançou a perfeição no quadro de lma
não desempenhava
tqtalidade do acontecimentose traduz pela profundidade de flanificagao em que o-realismòdo tempo
campo e intermináveispanorâmicas. ã.nn rrn papel. Eisencialmentelógica, como o vaudevillee O
ioeo de pãlávras, perfeitamenteconvencionalno seuconteúdo
^sociologíio,
Mas não poderíamospassarem revista todas as olras que
fazempartedestaevoluçãòda finguagemdesde1940.É tempo ;;;"i e a comédiaamericanatinha tudo a ganhar
de tentar uma síntesedestasreflexões.Os dez últimos anos õ;ó rigor desãritivoe linear, bem como os recursosrítmicos
parecem-nos marcar progressos decisivos no domínio da
expressãocinematográfica.Fsi pfopositadamenteque parece-
mos perder de vista a partir de 1930 a tendênciado cinema
mudo ilustrada particularmentepor Erich von Stroheim,F. ÌW.
Murnau, R. Flaherty e Dreyer. Não por nos parecerextinta
cem o sonoro, pois muito pelo contrário, pensamos que
representavaa veia mais fecunda do cinema dito mudo, a
única que, precisaqen{eporque o essgr-rcial
da suaestética
*õnõõ
não
,
i g :neontreve.
tigegg-
_1-T9..1!esçm,*traã" õ*Ëarisrrriq
.Coqro-
umprolopgamëriïôilátüral. Mas.ë'verdade
':dbiiÌïb""4ã-I93lfã'ï94d düËõciiiHa
não'lhe deve quase nàda salvo a
excepção gloriosa e retrospectivamenteprofética de Jean à ,ntt realismo acrescidoda imagem que um suplementode
Renoir, o único cujas investigações em realizaçã.ose abstracçãose torna possível.O repertório estilístico de um
gsforçam, atê a A Regra do'fogo, por encontrar, para além t*úu.iot como Hiìchcok, por èxemplo, estende-sedos
pod"r.r do documentobruto às sobreimpressões e aos planos
facilidades da montagem, o segredo de uma narrativa não são
ãirrito grandes.Mas os grandesplanos de Hitúcock
os de Õ. B. De Mille em A Marca de Fogo. São apenas uma