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Planos anatómicos

- Plano frotal ou coronal

- Plano sagital

- Plano horizontal ou transversal

• Esqueleto axial: Cabeça; Tronco

• Esqueleto apendicular: Membros superiores; Membros inferiores

Posição Anatómica – o indivíduo encontra-se de pé (posição bípede) olhando o observador, com os


pés orientados para a frente, com os membros superiores ao longo do tronco e com as palmas das
mãos viradas para a frente (em supinação).
Tecidos (muscular, nervoso, ósseo)
Tecido Muscular

- Esquelético ou estriado (controle voluntário)

- Liso (controle involuntário)

- Cardíaco (controle involuntário)

Tecido Ósseo

O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo. A mineralização da matriz proporciona


dureza ao tecido, sendo que, a matriz colágena concede certa flexibilidade. Graças a essa
flexibilidade, suas estruturas são demasiadamente dinâmicas, crescem, remodelam e mantem sua
atividade durante toda a vida do organismo.

Tecido Nervoso

É o principal tecido responsável pela troca rápida de informações dentro do corpo. Esse tecido é
sensível aos vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do organismo. Ao ser
estimulado, torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos.
Sistema Tegumentar
Funções da Pele
A pele, é o maior órgão do corpo humano, correspondendo a cerca de 16% da massa do nosso
corpo, tendo como principais funções:

- Manutenção da integridade da superfície corporal pela migração e descamação;

- Recuperação da superfície das feridas pela intensificação dos mecanismos normais de reposição
celular;

- Proteção do corpo contra agentes químicos nocivos, invasão de bactérias e outros


microorganismos, formando uma barreira. Por outro lado, devido à secreção de sebo pelas glândulas
sebáceas, a pele torna-se oleosa, diminuindo a evaporação de água e protegendo a pele contra o
excesso de água na superfície (facilitando à água a sua drenagem). Para além disso, o sebo tem ação
bactericida e antifúngica evitando, assim, o crescimento de bactérias e fungos;

- Participação na resposta imune do corpo - as células de Langerhans (células especializadas da


pele) ajudam os linfócitos (um dos tipos de glóbulos brancos) a processar os antigénios (substâncias
estranhas) que entram na pele;

- Filtrar as radiações ultravioletas - os melanócitos, outro tipo de célula cutânea, protegem a pele
pela produção de um pigmento (a melanina) para ajudar a filtrar as radiações ultravioletas. Por isso,
a exposição à luz ultravioleta pode estimular a produção de melanina.

- Captar estímulos - as fibras nervosas sensoriais iniciam-se ao longo da coluna vertebral e suprem
áreas específicas da pele conhecidas como dermátomos. Estas fibras nervosas transmitem várias
sensações, tais como temperatura, toque, pressão, dor e prurido, desde a pele até ao sistema nervoso
central. As fibras nervosas autónomas transportam os impulsos para os músculos lisos das paredes
dos vasos sanguíneos cutâneos, para os músculos à volta das raízes dos pelos e para as glândulas
sudoríparas;

- Regulação da temperatura corporal - a existência de nervos abundantes, vasos sanguíneos e


glândulas, no interior da camada mais profunda da pele ajudam na termorregulação; através da
promoção da vasoconstrição e da vasodilatação e ainda das glândulas sudoríparas.

- Excreção de substâncias - as glândulas sudoríparas segregam suor, que contém água, eletrólitos,
ureia e ácido láctico. Enquanto elimina desperdícios através dos mais de dois milhões de poros, a
pele também evita que os líquidos corporais se percam, prevenindo, assim, a desidratação
provocada pela perda de líquidos corporais internos.

Funções do Sistema Tegumentar (Resumo)


- Proteção: a pele evita a entrada de microrganismos, actua como barreira de permeabilidade e protege contra a abrasão
e a radiação UV.

- Regulação da temperatura: a pele controla a perda de calor do corpo e as glândulas sudoríparas produzem suor que
evapora e faz baixar a temperatura do corpo.

- Produção de vitamina D: a pele exposta a radiação UV produz colecalciferol que é modificado no fígado e depois
nos rins para formar vitamina D activa; a vitamina D aumenta os níveis de cálcio no sangue.

- Sensibilidade: a pele contém receptores sensoriais para a dor, tacto, calor, frio e pressão que permitem a resposta
adequada ao meio.
Classificação óssea
Os ossos classificam-se em:

- Pares (laterais)

- Ímpares (linha média)

- Longos

- Curtos

- Chatos (achatados)

- Irregulares
Macro escopia Óssea
• Osso esponjoso

- As lamelas combinam-se para formar trabéculas que se interligam para formar uma estrutura
entrelaçada.

- As trabéculas (lamelas ou placas ósseas) orientam-se ao longo das forças de tensão e dão força
estrutural.

- As trabéculas formam uma rede cujos espaços são preenchidos por medula óssea. - Estrutura
primordial através da qual se forma o osso definitivo.

• Osso compacto

- Mais denso e rígido.

- Possui um sistema de canais e de comunicações que possibilitam a comunicação de vasos


sanguíneos, linfáticos e de nervos.

- Constituído por lamelas altamente organizadas: lamelas cincunferênciais cobrem superfícies


exteriores dos ossos compactos; as lamelas concêntricas (ligadas a osteócitos) rodeiam os canais de
Havers e seus conteúdos, formando sistemas de Havers (unidade estrutural).

- Canais de Havers e Volkmann: os canais de Havers contêm vasos e nervos que satisfazem as
necessidades metabólicas das células ósseas, que se dirigem para os canais de Volkmann. Os canais
de Havers comunicam com o periósteo intermédio através de canais transversais que são os Canais
Volkmann.

Micro escopia Óssea


- Matriz orgânica → principalmente constituída por colagénio (confere flexibilidade à
matriz/resistência a tensões).
- Matriz inorgânica → hidroxipatite – cristais de fosfato de cálcio, o que confere à matriz força de
compressão fazendo com que ele consiga suportar pesos.

Osteoblastos: responsáveis pela produção dos constituintes da matriz. Quando os osteoblastos


ficam rodeados pela matriz passam a ser osteócitos (células definitivas ósseas).

Osteoclastos: degradam a matriz óssea, através da libertação de enzimas.

Dispõe-se em finas camadas denominadas lamelas.

Os osteócitos localizam-se nas lacunas (espaços na matriz) dispostos em camadas ladeadas por
lamelas e ligam-se entre si através dos canículos (pequenos canais).
Miologia
Fibras musculares e contração muscular
Tecido Muscular Esquelético :Consiste em fibras que são altamente especializadas para a contração.
O resultado da contração são movimentos, manutenção da postura, regulação térmica e produção de
calor.

Constituído por fibras (células) que têm este nome devido à sua forma filiforme:
· Membrana – sarcolema.
· Citoplasma – sarcoplasma .

• Miofibrilas: estendem-se em todo o comprimento das fibras do músculo-esquelético e quase


que enchem o sarcoplasma (citoplasma). As miofibrilas são constituídas por filamentos finos
(actina) e por filamentos grossos (miosina)
• Sarcómero: é o segmento entre 2 linhas Z (unidade fundamental)
• Estrutura muscular: (4 proteínas) • Actina • Miosina • Tropomiosina • Troponina (o mais
pequeno)

- A contração é dada pelo deslizamento


entre as moléculas de actina e entre a
miosina.

SISTEMA T

É um sistema de túbulos que se estendem em sentido transverso no sarcoplasma. Este sistema entra
nas fibras e sai ao nível das linhas Z, isto é, a meio das bandas I. Este sistema é formado por
invaginação do sarcolema, o que faz com que se abram para o exterior da fibra muscular. As fibras
musculares estão especializadas na função de contracção. Após a chegada dos impulsos
nervosos à célula estriada estes percorrem o sarcolema para o interior do sistema T. Por sua vez
desencadeia a libertação de iões Ca2+ do retículo para o sarcoplasma. Nesta altura estes
combinam-se com as moléculas de troponina dos filamentos finos. Numa fibra em repouso estas
moléculas impedem a interacção entre a actina e a miosina. Isto quer dizer que a união entre a
troponina e os iões vão permitir a interacção entre a actina e a miosina o que origina
CONTRACÇÃO POR ENCURTAMENTO DO SARCÓMERO.

Resumindo:
• Os iões de Ca+ são peça fundamental na contracção muscular
• A troponina impede a interacção actina e miosina
• A interacção entre actina e miosina produz contracção muscular
Contração muscular
Encurtamento de uma fibra muscular ou de todo um músculo em resposta a um estímulo.
É composta por 3 fases:

• Latência (período de preparação)

• Encurtamento ou contracção (movimento)

• Relaxamento (a célula readquire o seu potencial de repouso)

Consoante a intensidade do estímulo assim será aplicada a força da contracção muscular. Um


mesmo estímulo, mas de frequência aumentada leva a um aumento da intensidade da contracção, o
chamado efeito de somação dos estímulos.

Tipos de contracção muscular


O tonus muscular é a tensão uniforme e mantida por longos períodos de tempo:

√ Tonus – força normal (músculo em repouso)

√ Tonus – flacidez (músculo flácido)

√ Tonus – espasticidade (músculo espástico)

CONTRACÇÃO, depende de:

√ Estímulo.

√ Equilíbrio da célula.

√ Potencial de acção.*

√ Tempo.

√ Homeostasia do nosso organismo (principalmente).

* Potencial de acção
Condições que se criam de forma a que as alterações celulares tenham um sinal (polarização)
responsável ou pela criação de actividade celular ou de inactividade celular. Uma célula em repouso
possui as características de quando está em acção. Só precisa de ser excitada com uma energia
superior ao seu potencial de repouso. Todo o estímulo que podemos dar a uma célula de modo a
alterar o potencial de repouso. Estas actividades ocorrem ao longo da miofibrila. Quanto maior for o
estímulo maior é a actividade da célula.
Ciclo cardíaco
O funcionamento do coração consiste no que se designa por ciclo cardíaco e cada ciclo corresponde
uma actividade que se repete de imediato após o termo do antecedente.

O ciclo cardíaco é composto por: diástole e sístole.

• A diástole corresponde ao relaxamento do músculo cardíaco, que é quando o coração tem


uma pressão interna menor para que os ventrículos recebam o sangue das veias pulmonares
e veias cavas. É quando o sangue entra no coração.

• A sístole é a contração do músculo cardíaco que resulta do esvaziamento dos ventrículos, ou


seja, quando o sangue sai dos vasos. Neste momento, ocorre a passagem do sangue para a
artéria pulmonar e aorta, a partir da abertura das válvulas semilunares. A principal função da
sístole é bombear o sangue quando o coração está contraído de modo que passe da aorta para
a artéria pulmonar.

O ciclo cardíaco apresenta:


regulação extrínseca (envolve o controlo nervoso – fibras simpáticas e parassimpáticas – e
hormonal – epinerina e norepinefria)

regulação intrínseca (resulta de características funcionais normais do coração e não dependa da


enervação ou regulação hormonal).
Funções sanguíneas
• Transporte (Intercâmbio de materiais); (Metabolismo celular)

• Manutenção (Homeostasia do volume líquido, pH e temperatura) (função na recuperação e


reparação)

• Proteção/Defesa (sistema imunitário) (coagulação promove proteção contra perdas excessivas de


líquidos e células)

Transporte
Meio de transporte principal de:
• O2 e CO2
• Nutrientes
• Electrólitos
• Água
• Produtos de degradação celular
• Percursor da vitamina D e substâncias necessárias à manutenção e protecção.

O oxigénio entra para o sangue nos pulmões e é transportado por este até as células. Por sua vez o
CO2 é levado aos pulmões por onde é expelido. Os nutrientes ingeridos, os eletrólitos e a agua são
transportados pelo sangue desde o tubo digestivo ate as células, e os produtos degradados pelas
células são transportados para os rins a fim de serem eliminados.

Muitas substâncias são produzidas numa parte do corpo e transportadas pelo sangue para outra,
onde são modificadas. Por exemplo, o precursor da vitamina D é produzido na pele e transportado
pelo sangue para o fígado, e depois para os rins, para transformação vitamina D ativa. Esta é
transportada ate ao intestino delgado, onde promove a absorção do cálcio.

Muitas das hormonas e enzimas que regulam os processos orgânicos são transportadas de uma parte
do corpo para a outra pelo sangue.

Manutenção
• Papel importante na homeostasia
• Hormonas e enzimas existem no sangue como substâncias tampão de modo a manter o pH entre
7.35 e 7.45. A composição osmótica do sangue também é critica para a manutenção do equilíbrio de
líquidos e iónico.
• Manutenção da temperatura o corpo, porque sangue quente é transportado do interior para a
superfície do corpo, de onde o calor é liberado.
• Função na recuperação e na reparação do organismo. Pois as células e produtos químicos do
sangue constituem uma parte importante do sistema imunitário, protegendo contra as substâncias
estranhas, tais como microrganismos e toxinas.

Proteção
• Parte importante do sistema imunitário
• Coagulação proporciona também protecção contra as perdas excessivas de líquidos e sangue,
quando os vasos sofrem uma lesão. Quando os tecidos estão danificados, os coágulos sanguíneos
que se formam são, também, o primeiro passo para a recuperação dos tecidos e para a restauração
da sua função normal.
Divisão da aorta
Artéria Aorta:
• Porção ascendente (artéria coronária dir. e esq.)
• Porção da crossa (artéria carótida primitiva, artéria sub-clávia dir. e esq.)
• Porção descendente (artérias intercostais, brônquicas e esofágicas)

Para a direita sai um tronco comum braquiocefálico que depois se divide em sub-clávia dir. e
carótida comum dir. Para a esquerda sai logo uma artéria sub-clávia esq. e carótida comum esq.
Funções do Sistema Linfático
• Equilíbrio hídrico
Todos os dias, aproximadamente, 30 L de fluído, passam dos capilares sanguíneos para o fluído
intersticial. Contudo, apenas 27 L retornam aos capilares sanguíneos. Reabsorção de líquido
proveniente do plasma (manutenção do volume sanguíneo).

• Absorção de gorduras
Glóbulos de gordura (quilomicras) são transformados em Quilo (linfa proveniente do intestino
delgado). Absorção de quilomicras (gorduras).

• Imunidade/Defesa
O sistema linfático também contribui para a formação das células de defesa do organismo, como os
linfócitos, que são responsáveis pela defesa e combate de microrganismos que podem causar
doenças.
Hematose e função respiratória
O aparelho respiratório permite a troca gasosa e consequentemente a oxigenação do sangue.

No entanto, a sua função era nula se não a coordenasse com o aparelho cardio-circulatório. Estes
dois aparelhos trabalham em conjunto não só para a oxigenação mas também em outras funções
extremamente muito importantes de modo a manter a homeostasia.

Função do aparelho respiratório (tem como função a respiração e esta compreende os seguintes
passos):
• Ventilação (movimento de ar para dentro e para fora dos pulmões)
• Trocas gasosas (entre o ar dos pulmões e o sangue)
• Transporte de O2 e CO2 √ Trocas gasosas (entre o sangue e os tecidos)

O aparelho respiratório através dos seus componentes tem como função a hematose, isto é, a
oxigenação do sangue de modo a se fazer transporte daquele a todas as células do organismo.
A ventilação é o processo através do qual o ar se movimenta para dentro e para fora dos pulmões.
A inspiração é um movimento activo com gasto de energia enquanto que a expiração é um
movimento passivo, pode-se, no entanto, ampliar qualquer um destes movimentos. Ao movimento
respiratório, isto é, ao movimento de fluxo de ar através das vias aéreas também se dá o nome de
ventilação.

Hematose : Trocas gasosas a nível do alvéolo pulmonar.

Hematêmese : saída de sangue pela boca vinda do esófago o estômago.

Hemostase : coagulação sanguínea.

Homeostase : conjunto de mecanismos que asseguram o equilíbrio metabólico do organismo.


Aparelho Digestivo
Estrutura do estômago
- Porção dilatada do aparelho digestivo.
- Forma de J - Localiza-se no abdómen.
- Continuação do esófago e continua-se pela primeira porção do intestino delgado
- Localiza-se ¼ superior esquerdo do abdómen.
- Orienta-se de cima para baixo, de trás para a frente e da esquerda para a direita.
- Une-se ao esófago pelo cárdia e duodeno pelo piloro.
- Possui 3 porções:
· Fundo
· Corpo
· Antro
- Tem 2 bordos (interno ou pequena curvatura e externo ou grande curvatura).
- Tem 2 faces (anterior e posterior).
Funções do sistema digestivo
• Ingestão

• Mastigação

• Propulsionar

• Mistura

• Segregação

• Secreção

• Digestão

• Absorção

• Transporte

• Eliminação
Sistema Urinário
Funções do sistema urinário
• Interfere na produção de eritrócitos e vitamina D.
• Regula o pH.
• Regular a concentração iónica.
• Regular o volume de sangue.
• Limpar e manter o equilíbrio do organismo.
• Eliminar produtos.

A produção da urina é o resultado de variados processos em que os principais para a sua produção
são:

- Filtração glomerular
A porção do débito cardíaco que passa pelo rim chama-se fracção renal. Como cerca de 99% é
reabsorvido pelo nefrónio dá uma média de 1l a 2l de urina diariamente. A membrana de filtração
constitui uma barreira à passagem de células e proteínas do sangue na cápsula de Bowman, mas
permite a entrada de outras células. Dai que o filtrado renal é composto por plasma sem células
sanguíneas e proteínas. O filtrado para se formar depende também de pressão de filtração a qual os
líquidos a passarem para a cápsula de Bowman através da membrana de filtração. Esta pressão de
filtração é igual à diferença entre a pressão capilar glomerular (60mmHg), pressão da cápsula
(18mmHg), pressão oncótica (32mmHg) menos 10mmHg.

- Absorção (ou reabsorção tubular)


O filtrado deixa a cápsula de Bowman e entra num circuito constituído pelo túbulo contornado
distal, onde vai sofrer os processos de reabsorção. Esta reabsorção é feita através de: transporte
passivo (difusão simples e facilitada onde se reabsorve água, ureia e compostos lipossolúveis não
polares) e transporte ativo (onde se reabsorve substâncias como o Na+, outros iões e moléculas).

- Excreção Tubular
Algumas substâncias incluindo produtos finais do metabolismo que em altas concentrações são
tóxicas são excretadas nos túbulos por mecanismos de transporte activo e passivo. Iões de H+ e K +
são algumas das substâncias excretadas.
• Filtram o sangue produzindo uma grande quantidade de filtrado.
• Grandes moléculas, como proteínas e células sanguíneas, são retidas no sangue enquanto
moléculas mais pequenas e iões são filtrados.
• Grande parte do volume filtrado é reabsorvido pelo sangue, juntamente com moléculas e
iões úteis.

Microscopia Renal : unidade funcional


A unidade funcional do rim é o Nefrónio, formador de urina.
Cada nefrónio é formado por duas partes: corpúsculo renal (de Malpighi) e túbulo.
Existem cerca de 1300000 nefrónios em cada rim e cerca de 1/3 tem de estar funcionantes para
assegurar a vida.
Sistema Reprodutor Masculino
Parte interna

Os Testículos

• Duas glândulas ovóides envolvidas pela bolsa escrotal.

• No interior dos testículos existem numerosos túbulos seminíferos. As paredes destes


enovelados contêm células dispostas em camadas (epitélio germinativo testicular), sendo as
mais internas chamadas de células germinativas primordiais (dão origem aos
espermatozóides – espermatogénese).

• Depois de formados estes acumulam-se nos tubos condutores : epidídimo, canal deferente e
vesículas seminais.

Vesículas seminais

• São as primeiras glândulas a agir sobre os espermatozóides e têm a função de libertar um


líquido nutritivo, o fluído seminal, rico em açúcares, principalmente frutose.

• Tem um caráter alcalino, neutralizando o meio ácido da uretra e do canal vaginal e evitando
a morte dos espermatozóides.

A Próstata

• Glândula secretora que sintetiza o componente mucoso do esperma.

• Confere mobilidade aos espermatozóides no meio exterior, além de combater o pH ácido da


vagina, prejudicial aos mesmos.

• Também tem a função de impulsionar o sémen durante a ejaculação em movimentos


coordenados com as vesículas seminais (por não ser um órgão muscular).
Sistema Nervoso
Células nervosas
Neurónios

• Unidades funcionais.
• Recebem estímulos e transmitem potenciais de acção para outros neurónios ou para órgãos
efectores.

• O neurónio é constituído por um corpo celular e 2 tipos de prolongamentos. O corpo celular


é também designado por soma (corpo) e os prolongamentos por dentrites (árvore) e axónios
(cixo).
• Os dentritos são extensões citoplasmáticas, regra geral curtas e ramificadas. Têm pequenas
extensões chamadas espinhas dendríticas que fazem sinapse com axónios de outros
neurónios. Respondem às subtâncias neurotransmissoras. O axónio pode ser simplevou
ramificar-se e funcionalmente conduz o potencial de ação do corpo celular aos terminais
pré-sinápticos.

Células de Schwann

• Unidade componente e envolvente do axónio, que contém a mielina.


• Durante o desenvolvimento do sistema nervoso estas células diferenciam-se em mielinizadas
e não mielinizadas. (as mielinizadas conduzem a informação muito mais rapidamente que as
outras).

• Axónios mielinizados : os espaços ao longo do axónio, nas bainhas, são os nódulos de


Raniver, e os potenciais de ação são conduzidos rapidamente por condução saltatória de um
nódulo de raniver para o seguinte.
• Axónios não mielinizados : Repousam em invaginações de oligodentrócitos ou células de
Schwann, e conduzem lentamente os potenciais de ação.

Células da Glia

• Células não neurais do SNC que porporcionam nutrição e suporte/proteção aos neurónios.
• Não produzem potencial de ação.

➔ Macroglia:
• Astrócitos - nutrição, metabolismo (suporte estrutural)
• Células Ependimárias - revestimento dos ventrículos cerebrais e canal espinhal (algumas
podem produzir líquido cefalorraquidiano).

➔ Microglia:
• Oligodendrócito – síntese de mielina
• Células Schwann.

Classificação dos neurónios


Os neurónios são classificados pela sua função em:

Aferentes ou sensoriais (fazem transmissão da periferia para o centro)

• Conduz o impulso nervoso do recetor para o SNC.

• Responsável por levar informações da superfície do corpo para o interior. Relaciona o meio
interno com o meio externo.

Eferentes ou motores (fazem a transmissão do potencial de acção do centro para a periferia)

• Conduz o impulso nervoso do SNC ao órgão efector (músculo ou glândula).

De associação ou interneurónios (servem de ponte na transmissão do potencial de acção)

• Faz a união entre os dois tipos anteriores. O corpo celular deste está sempre presente dentro
do SNC.

Os neurónios são classificados pela sua estrutura:

Multipolares

• Têm numerosos dentritos e um único axónio.

Bipolares

• Têm dois prolongamentos, um dentrito e um axónio.

Unipolares (pseudounipolares)

• Um prolongamento que se divide em ramo axonal e ramo periférico.


Nervos Cranianos

Trigémeo
Composto por três nervos:
• Oftálmico
• Mandibular
• Maxilar

• É um nervo com função motora e sensitiva. Controla, principalmente, a mastigação e a


sensibilidade facial.

Vago
• É o mais longo dos nervos cranianos, inervando os músculos do pescoço, tórax e abdómen.
Estende-se do bulbo até à cavidade abdominal.

• É responsável pela inervação parassimpática de praticamente todos os órgãos abaixo do


pescoço que recebem inervação parassimpática.

• O nervo vago atua na secreção de líquidos digestivos.

Ciático
• É o principal nervo dos membros inferiores. Controla as articulações do quadril, joelho e
tornozelo, mas também os músculos posteriores da coxa e os músculos da perna. Além
disso, o mesmo têm a função de conduzir as sensações das pernas.
Sistema Endócrino
Funções do Sistema Endócrino
Formado pelo conjunto de glândulas que apresentam como atividade a produção de secreções
denominadas de hormonas.

O Sistema Endócrino envia informações para os tecidos que controla sob a forma de substâncias
químicas libertados pelas glândulas endócrinas.

O produto das glândulas endócrinas são as hormonas:

- Produzidas em quantidades diminuídas

- Segrega para os espaços intersticiais

- Entra no Sistema Circulatório

- Actua nos tecidos alvos

A hormona é uma substância química específica fabricada pelo sistema endócrino ou por neurónios
altamente especializados (atuam em células alvo específicas com recetores de membranas
compatíveis). As hormonas ligam-se aos recetores localizados sobre a superfície da célula ou no seu
interior, sendo que a ligação de uma hormona ao recetor acelera, reduz ou altera a função celular.

Regulam o crescimento, o desenvolvimento, a reprodução e as funções dos tecidos, bem como os


processos metabólicos do organismo.

Grande parte das funções e atividades do organismo é coordenada pelos sistemas nervoso e
endócrino. O sistema endócrino é composto por diversas glândulas (hipófise, tiroide, paratiroide,
adrenais, pâncreas endócrino e gonadas) que são comandadas pelo sistema nervoso e também
influenciadas umas pelas outras.
Pâncreas
É uma glândula mista, de aproximadamente 15 cm de extensão, do sistema digestivo (exócrino) e
endócrino dos seres humanos, que se localiza atrás do estômago e entre o duodeno e o baço.
É constituído por cabeça, corpo e cauda.

Este órgão possui duas funções:


• Pâncreas exócrino, que tem a função de produzir suco pancreático e enzimas que ajudam a partir
as proteínas, os açúcares e as gorduras, para que possam passar para o intestino, auxiliando na
digestão dos alimentos e metabolismo dos nutrientes;
√ Liberta bicarbonato de modo a neutralizar a acidez proveniente do estômago
√ A libertação de enzimas é estimulada pela colecistoquinina

• Pâncreas endócrino, que tem uma função importante na produção de hormonas, como a insulina e
glucagon, os quais regulam a utilização dos açúcares. Corresponde a 1% do pâncreas e é composto
de aglomeração de células especiais (ilheus de Langerhans).

O pâncreas é uma glândula exócrina e endócrina. A maior parte da glândula tem uma função
exócrina, produz suco pancreático com uma mistura de enzimas digestivas. As porções endócrinas
podem ser facilmente distintas em corte histológico como grandes áreas claras de aglomerados
celulares, as chamadas ilhéus de Langerhans.

Os ilhéus são compostos por 3 tipos de células, morfologicamente similares, mas que segregam
diferentes hormonas:

- Beta: localizadas mais centralmente e em maior quantidade são secretoras de insulina, hormona
que controla os níveis plasmáticos de glicose, diminuindo a sua concentração no sangue.

- Alfa: localizadas mais perifericamente nos ilhéus, são secretoras de glucagon, hormona
antagonista de insulina, ou seja, também controla os níveis plasmáticos de glicose, mas estimulando
sua libertação para o sangue, resultando em sua elevação.

- Delta: situadas entre as células alfa, são secretoras de somatostatina, hormona que inibe a hormona
de crescimento (GH) da adeno-hipófise, e a insulina e glucagon do próprio ilhéus.
Ação da insulina
É uma hormona hipoglicemiante (promove a entrada de glicose nas células).

Tem como ações principais:


• Promover a entrada de glicose nas células, pela membrana plasmática, aumentando o
metabolismo dos hidratos de carbono.
• Aumentar a síntese do glicogénio (glicogénese).
• Aumento da replicação de DNA e de síntese de proteínas (aumenta o transporte de aa para
dentro das células).
• Conversão de glicose em ácidos gordos (lipogénese).
• Inibe a glicogenólise e a glicogénese.

Diminui os níveis de glicose através de dois mecanismos:


- Aumenta o transporte de glicose do sangue para o interior das células;
- Estimula as células a queimar glicose como combustível.

A insulina é única hormona que diminui a glicose sanguínea. A falta ou a baixa produção de
insulina provoca a diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue
(hiperglicemia).

Ação do Glucagon

Esta hormona aumenta a glicose sanguínea de duas maneiras:


- Estimulando a conversão de glicogênio em glicose no fígado;
- Estimulando a conversão de proteínas em glicose.

Quando o organismo fica muitas horas sem receber nutrientes, a taxa de açúcar no sangue diminui
muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em
muitos casos, ao desmaio. Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado,
estimulando a transformação do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada
para o sangue normalizando a hipoglicemia.

- O seu principal papel é aumentar a glicemia, contrapondo-se aos efeitos da insulina (importante
em situações de fome.
- A sua secreção aumenta quando se está presente a uma baixa concentração plasmática de glicose,
a qual é monitorizada pelas células alfa:
• Ligar-se aos receptores do glucagon nos hepatócitos, fazendo com que o fígado liberte
glicose, armazenada na forma de glicogénio (este processo denomina-se glicogenólise).
• Também faz com que o fígado sintetize glicose adicional através da gliconeogénese (através
de substâncias não carbohidratados – aa e ácidos gordos removidos do tecido adiposo, e
posteriormente esta glicose é lanaçada na corrente sanguínea.
• Estes dois mecanismos levam à libertação de glicose pelo fígado, prevenindo o
desenvolvimento de uma hipoglicemia.

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