TECIDO MUSCULAR

Célula Muscular ou Fibra Muscular

Rose Meire Costa

Célula Muscular, Miofibra ou Fibra Muscular

EXCITABILIDADE,
capacidade de
responder a estímulos
características

CONTRAÇÃO

EXTENSÃO

ELASTICIDADE

Célula muscular = miofibra = fibra muscular


Contração celular possibilita:
Célula Muscular
Produção dos movimentos globais do corpo, como andar e
correr
movimentos corporais
a contração dos músculos esqueléticos
estabilizam as articulações e participam da
Estabilização das manutenção das posições corporais, como a de
Posições Corporais ficar em pé ou sentar
a contração sustentada das faixas anelares dos
músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída
Regulação do Volume do conteúdo de um órgão oco.
dos Órgãos
as contrações dos músculos lisos das paredes
vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo.
Movimento de Esse tipo de músculo também pode mover
alimentos, urina e gametas do sistema
Substâncias dentro do reprodutivo. Os músculos promovem o fluxo de
Corpo linfa e o retorno do sangue para o coração.
Quando o tecido muscular se contrai ele produz
calor e grande parte desse calor liberado é usado
Produção de Calor na manutenção da temperatura corporal
 [de acordo com características mofológicas e funcionais]

CARDÍACO

ESQUELÉTICO

LISO
 Células alongadas,  Células tubulares, uni ou  Células longas, cilíndricas,
delgadas, uninucleadas, binucleadas, com multinucleadas, c/
sem estriações. estriações. estriações.
 movimentos voluntários,
 Fção: movimentos  movimentos involuntários. locomoção, manipulação do
involuntários. meio, expressão facial.
 parede do coração
 Local: parede de órgãos (miocárdio)  nos músculos esqueléticos,
internos e vasos unidos aos ossos e a pele.
sanguíneos.
 4 semana Músculo estriado
5 semanas
esquelético, fusão
vários mioblastos
4,5 mm

Músculos liso e
9 semanas 20 semanas cardíaco, não há
fusão, mas células
formam junções
comunicantes

adulto

nascimento
Constitui a maior parte da musculatura do
corpo, formando o que se chama
popularmente de “carne”
 Tecido altamente organizado
que compreende até 40% da
massa corporal humana e é
necessário para funções
essenciais tais como
metabolismo, locomoção e
respiração

 O corpo humano contém

aproximadamente 640
músculos esqueléticos únicos,
cada um com funções distintas
na fisiologia humana.

https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnagi.2015.00190/full
Organização Tecidual:

Half of the body’s weight is muscle tissue

Skeletal muscle = 40% in males, 32% in females
Cardiac muscle = 10%
Organização Tecidual:
Funções do conjuntivo no músculo:
 Célula ou Fibra Muscular ou Miofibra:

➢ Célula longa: diâmetro de 10 –

100 µm, comprimento até 30
cm;

Banda escura = A
Banda clara = I

➢Sarcoplasma: citoesqueleto
(miofibrilas), túbulos T
(invaginações sarcolema),
retículo sarcoplasmático (REL);

➢Núcleos periféricos.
Nos músculos temos: tecido
muscular + tecido conjuntivo
+ vasos sangüíneos + fibras
nervosas
[que controlam as
contrações].
 Célula ou Fibra Muscular ou Miofibra:

Túbulos T – penetram
interior fibra mm -
entre bandas I e A,
sobrepondo-as

Atuam na condução
rápida impulso
elétrico da superfície
p/ interior célula =
propagação potencial
de ação
Organização Miofibrilas:
desmina

Rede protetora contra

estresse mecânico,
circunda cada miofibrila
no nível da linha Z
Cristalina

plectina
DISTROFIA MUSCULAR
DISTROFIA MUSCULAR

➢ Fibras mm. frágeis [mutação gene

distrofina, cromossomo X];

➢ Conseqüência: fibras sofrem

rupturas do sarcolema (mesmo
utilizando-as de forma normal e,
portanto, necrose.

Alterações 'miopáticas’ nas fibras: núcleos internos (não mais periféricos)

e splitting ou partição da fibra em duas ou mais através de uma fenda
longitudinal. Isto acontece principalmente em fibras hipertróficas.

➢ As fibras necróticas têm capacidade de

regenerar-se. Contudo, vários ciclos de necrose
e regeneração induzem fibrose entre elas, tanto
no peri- como no endomísio.
 DISTROFIA MUSCULAR

➢ Ao fim de alguns anos a

regeneração eficiente vai
diminuindo e o músculo
gradualmente é substituído por
tecido fibroadiposo.

➢ Na distrofia de Duchenne isto

geralmente leva à morte em torno
da idade de 20 anos por
insuficiência respiratória.

http://anatpat.unicamp.br/taduchenne.html
DISTROFIA MUSCULAR

http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-36162011001000003
 SISTEMA SARCOTUBULAR =
túbulos T + Retículo Sarcoplasmático

RS – orientação long.,
circundam as
miofibrilas
Armazena cálcio.

Intimamente
associados c/
orientação específica
no sarcômero.

Fção: atuam
acoplamento entre
excitacão e contração.
CONTRAÇÃO MUSCULAR

80% citoplasma - Miofibrilas

Miofilamentos finos [actina] e

grossos [miosina]

Essa estrutura existe

apenas nas fibras que
constituem os músculos
esquelético e cardíaco,
os quais são chamados
músculos estriados.
Filamento ou miofilamento CONTRAÇÃO MUSCULAR
delgado
SARCÔMERO = unidade contrátil
NEBULINA, atua como um modelo q
regula o compri/to do fila/to delgado

TITINA, associa
com os fila/tos
espessos
mantendo-os na
posição central

Filamento espesso
α-actinina

•Filamentos delgados = actina + tropomiosona + troponina +

nebulina (1nm x 1 µm)

•Filamentos espessos = miosina + titina (15 nm x 1,5 µm)

Atua como mola molecular – elasticidade passiva mm

CONTRAÇÃO MUSCULAR
CONTRAÇÃO MUSCULAR
Junção Neuromuscular = Placa Motora = Junção Mioneural
Inervação
CONTRAÇÃO MUSCULAR
CONTRAÇÃO MUSCULAR
https://www.getbodysmart.com/muscle-contraction/excitation-contraction-coupling
https://www.getbodysmart.com/muscle-fiber-nerve-supply/ach-acetylcholine-receptors
Junção Neuromuscular = Placa Motora = Junção Mioneural
Inervação

Local contato
fibra nervosa
com fibra
muscular
 Unidade Motora

1:1 Movimentos mais

[1 fibra nervosa para 1 fibra
muscular = unidade motora] precisos, delicados,
p.ex. mm oculares,
1:1

1:160

Movimentos menos
precisos, p.ex. mm
perna,
1:100

Força contração é proporcional ao

número de fibras musculares inervadas
pela unidade motora.
Unidade Motora

1:160

https://www.getbodysmart.com/muscle-fiber-nerve-supply/motor-units
Junção Neuromuscular = Placa Motora = Junção Mioneural
Junção Neuromuscular = Placa Motora = Junção Mioneural

Sistema nervoso somático ou voluntário

Fibra
Fenda sinaptica motora
70 nm largura
Cel de Schwann
Membrana pos-sinaptica
Membrana pre-sinaptica
Terminal axonio
vesiculas sinapticas – 50 a 60 nm

LB

Receptores nicotinicos p/
acetilcolina

Sarcoplasma pos-juncional
Suporte estrutural e metabolico
da juncao
Junção Neuromuscular = Placa Motora = Junção Mioneural
CONTRAÇÃO MUSCULAR
Visão Geral

https://open.oregonstate.education/
aandp/chapter/10-3-muscle-fiber-
excitation-contraction-and-relaxation/
 SUPRIMENTO
FEIXE NEUROVASCULAR SANGUÍNEO
[aa + veias +nervos]

➢Aa. epimísio – penetram e correm

long/te perimísio

➢Tornam-se progr/te menores

➢Bifurcam/originam arteríolas q
correm endomísio

➢Capilares íntimo contato MP fibra

– maioria não-fenestrado

➢Fibras MM tipo I – tem mais

capilares;

➢Vasos linfáticos vistos apenas no

perimísio e epimísio
 JUNÇÃO MIOTENDINOSA

➢Interface 2 tecidos [fibra MM e

tendão], alta/te interdigitada

➢Marca final fibra MM

➢Biomecânica - ponto de estresse.

Lesões MM por esforço são frequentes

➢Desenvolvimento – área rápido

cresci/to pós-natal da fibra MM.

Projeções digitiformes da fibra MM, cujos

espaços preenchidos por colágeno.
 Proprioceptores

detecta
comprimento
muscular

detecta ângulo detecta tensão

articular muscular

Órgãos sensitivos localizados nos músculos, tendões e

ligamentos. Recebem e transportam para o SNC
informações sobre tensões, pressões ou distensões nas
variadas partes do corpo, para que o cérebro decida como
reagir e manter o equilíbrio.
 Proprioceptores
1. Fusos Musculares

Fibras nervosas sensoriais

Cápsula de tecido Detectam

conjuntivo modificações
no
comprimento
(distensão)

2. Corpúsculo
tendíneo de Transmitem
Golgi para medula
espinal

Fibras
nervosas Ativação de
Feixe fibras sensoriais mecanismos
colágenas reflexos
encapsuladas
Os proprioceptores são órgãos sensitivos localizados nos músculos, tendões e
ligamentos. Eles recebem e transportam para o sistema nervoso central informações
sobre tensões, pressões ou distensões nas variadas partes do corpo, para que o cérebro
decida como reagir e manter o equilíbrio.

Quando pisamos numa superfície irregular, por exemplo, os proprioceptores são

estimulados e mandam um sinal para o sistema nervoso central, que orienta a
musculatura envolvida na região a ajustar os tendões e ligamentos para não cairmos.
Esse mecanismo de “informação – orientação – reação” acontece em todas as regiões do
corpo a todo momento. “É um processo de consciência corporal, coordenação dos
movimentos, ajuste postural e proteção das articulações”, explica Renato José Soares,
fisioterapeuta do laboratório de Biomecânica da USP.

O equilíbrio do corpo envolve ainda nossos cinco sentidos – visão, audição, tato, olfato e
paladar. “Todos os sentidos têm algum tipo de influência na propriocepção. A visão e
audição são os mais diretamente ligados a ela”. É por isso que olhos ou ouvidos
tampados dificultam o equilíbrio.
 FUSOS MUSCULARES

receptor sensorial proprioceptivo

composto por fibras feixes musculares

Fibras
musculares
extrafusais
inervadas
Fibras por
musculares neurônios
intrafusais motores Alfa
Fção: sinalizar mudanças de inervadas
comprimento do músculo. por
neurônios
motores
Gama
FUSOS MUSCULARES
FUSOS MUSCULARES

Regulação da contração/distenção muscular - responsáveis

pela mio-integridade mecânica

Coordenação dos músculos opositores em atividades

motoras (caminhar, correr)
 Methods of regenerating ATP during muscle activity
Glucose (from Glucose (from
glycogen breakdown or glycogen breakdown or
delivered from blood) delivered from blood)
CP ADP O2
Glycolysis Pyruvic acid
in cytosol Fatty
acids O2
O2 Aerobic respiration
2 ATP Amino
Creatine ATP in mitochondria
Pyruvic acid acids
net gain
O2 38 ATP
CO2
Released Lactic acid H2O
to blood net gain per glucose

(a) Direct phosphorylation (b) Anaerobic mechanism (glycolysis (c) Aerobic mechanism (aerobic cellular
[coupled reaction of creatine and lactic acid formation) respiration)
phosphate (CP) and ADP]

Energy source: CP Energy source: glucose Energy source: glucose; pyruvic acid; free
fatty acids from adipose tissue; amino acids
from protein catabolism

Oxygen use: None Oxygen use: None Oxygen use: Required

Products: 1 ATP per CP, creatine Products: 2 ATP per glucose, lactic acid Products: 38 ATP per glucose, CO 2, H2O
Duration of energy provision: 15s Duration of energy provision: 30–60 s. Duration of energy provision: Hours
 METABOLISMO
MUSCULAR
ATP armazenado no músculo
é utilizado em segundos,
quando a contração começa.

(a) Mais ATP é gerado a partir

do fosfato de creatina por
cerca de 15’’

(b) Produção ATP via glicólise,

exercícios extenuantes
quando são necessárias altas
quant. de energia, mas o O2
não pode ser fornecido
suficientemente ao músculo.
Produz dor e fadiga.

(c) Cerca de 95% do ATP

necessário para repouso ou
músculos moderadamente
ativos é fornecido pela
respiração aeróbica,
(mitocôndrias).
Inibição
autogênica: é o
controle
necessário para
impedir que os
músculos
exerçam mais
força do que os
ossos e o tecido
conjuntivo
podem suportar
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
Classificação de acordo com metabolismo energético

Coloração pela Succinato

desidrogenase (SDH),
enzima marca mitocôndria.

ATPase = interações actina/miosina

http://anatpat.unicamp.br/musnormal.html
 Fibras velocidades
Fibras Tipo I Fibras do Tipo IIA Fibras do Tipo IIB

• aeróbicas, • contração rápida, • Contração rápida,

• contração lenta,, resistência moderada a
• fatigáveis, glicolíticas,
resistentes à fadiga, fadiga, •
• ricas mitocôndrias,e mioglobina anaeróbicos,
• diâmetro • brancas,
(vermelha), menor diâmetro, intermediário, •
• maior diâmetro,
músculos utilizados para • Ativ anaeróbicas •
caminhar, manutenção postura Usados ativ. curtas de alta
prolongadas c/ produção força (pular,
(esforços duradouros) descarga força alta
• correr)
Predominam atletas de (corrida 400m)
resistência [maratona]
https://sportsynapsis.wordpress.com/2016/06/15/tipos-de-fibras-musculares/
 HISTOQUIMICA DOS TIPOS FIBRAS MUSCULARES
ESTRIADAS ESQUELETICAS

ATPase
miofibrilar da
miosina (fibras
anaeróbicas –
tipo II)

SDH

Coloração pela
Succinato
desidrogenase
(SDH), enzima
marca
mitocôndria
(fibras aeróbicas
– tipo I)
MEV em CT do MM mostrando, após retirada do
citosol, o padrão de distribuição do RS e MT nos
3 tipos fibras.
 Células Satélites
Célula Satélite

Fibra muscular
➢ Células pequenas, achatadas, mononucleadas
Atuam como população de células tronco (mioblastos em repouso)
Queiscentes no adulto – no e capacidade mitose diminuem com idade
Mas mantém capacidade regenerativa durante toda vida
 Lamina basal

Mais abundantes no desenvolvimento e crecimento iniciais

Células satélites são mais abundantes em músculos de contração lenta

https://basicmedicalkey.com/musculoskeletal-system-2/
Localizam-se entre plasmalema e a lâmina
basal

https://www.hindawi.com/journals/isrn/2013/582689/
 As células satélites são
LB LB responsáveis pelo crescimento
tanto fetal quanto pós-natal do
músculo esquelético

LB
LB

Variabilidade da biologia da LB
célula satélite entre diferentes
grupos musculares

https://www.frontiersin.org/articles/
10.3389/fnagi.2015.00190/full
 Regeneração do Músculo Estriado Esquelético
Uma parte da população de células satélite não sofre o processo de diferenciação e
restabelece o “pool” (conjunto) de células satélites nas fibras musculares recém-
formadas.

Mioblastos diferenciam,
migram, aderem e se fundem
entre si para formar múltiplos Lesão
miotubos dentro do andaime miofibra células satélites
da lâmina basal

Mioblastos/miotubos se
fundem com os cotos da
miofibra sobrevivente e os
miotubos também se fundem
uns com os outros para
reparar a miofibra lesionada.

As miofibras regeneradas são

identificáveis pela presença de
núcleos localizados
centralmente.
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnagi.2015.00190/full
Transplante
celular e
"Terapia com
células-
tronco" no
tratamento
de miopatias

https://www.hindawi.com/journals/isrn/2013/582689/
https://www.youtube.com/watch?v=cIY22fO9A6o
 VÍDEOS
PARTE 1 = https://www.youtube.com/watch?v=cIY22fO9A6o&t=76s 7’
PARTE 2 = https://www.youtube.com/watch?v=Klq_6JaTBBs 8’
PARTE 3 = https://www.youtube.com/watch?v=mcw6WDuU6Ww 8’
PARTE 4 = https://www.youtube.com/watch?v=UNQwzkjrjN0 7’

https://www.youtube.com/watch?v=0kFmbrRJq4w (inglês deslizamento

filamentos finos sobre os grossos 3’)

https://www.youtube.com/watch?v=VoDjmSRkYyk (inglês/traduzido
Neuromuscular Junction- Excitation 3’)

https://www.youtube.com/watch?v=x91KdZ83lRo (inglês/traduzido
impulso nervoso – geral 4’)

https://www.youtube.com/watch?v=CepeYFvqmk4
https://www.nature.com/articles/s41536-022-00204-z
https://cooljargon.com/ebooks/anatomy_and_physiology/m46447/index.cnxml.html