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ANATOMIA DE CABEÇA E PESCOÇO E SISTEMA

TEGUMENTAR
Profa. Drª. Silvana Câmara Torquato
UNIDADE I: SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA ÓSSEO

1.1 Introdução do sistema muscular: características, tipos de músculos, classificação.


O tecido muscular constitui cerca de metade do peso total do corpo.

• É formado por células alongadas, altamente especializadas e dotadas


de capacidade contrátil, denominadas de fibras musculares ou
miofibrilas ou miócitos, unidas por tecido conectivo.

Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual se divide em muitos ramos
para poder controlar todas as células musculares sendo todas essas
contrações controladas e coordenadas pelo cérebro.
Funções: dependem de sua localização
Movimento de várias A contração dos
Por causa de suas
partes do corpo, a músculos esqueléticos
numerosas funções, o
alteração do diâmetro produz significativas
tecido muscular
dos tubos do corpo, a quantidades de calor
contribui, de maneira
propulsão de materiais que pode ser usado
importante, para a
através do corpo e a para a manutenção da
manutenção da
expulsão de resíduos do temperatura normal do
homeostase.
corpo. corpo.
Tecido Muscular

- Responsáveis pelos movimentos corporais – Contração muscular, utilizando energia (ATP)

- Células alongadas com grandes quantidades de filamentos citoplasmáticos de proteínas


contráteis;

- Origem: mesodérmica

• Diferenciação:
Alongamento gradativo das células
Síntese de proteínas filamentosas
O tecido muscular é de origem
mesodérmica, sendo
caracterizado pela propriedade
Há basicamente três tipos de
de contração e distensão de suas
tecido muscular:
células, o que determina a
movimentação dos membros e
das vísceras.

Estriado
Liso
cardíaco

Estriado
esquelético
Tipos de Músculos

MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO


-Feixes de células cilíndricas longas e multinucleadas
- Apresentam estriações transversais
- Contração rápida e vigorosa
- Sujeito a controle voluntário

MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO


- Células alongadas e ramificadas que se unem as células
vizinhas formando uma rede
- Estriações transversais
- Contração involuntária, vigorosa e rítmica

MÚSCULO LISO
- Aglomerado de células fusiformes
- Não apresentam estrias transversais
- Processo de contração lento e controle involuntário

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-muscular.htm
LISO

Formado por células fusiformes, mononucleadas, sem estrias transversais, apresentando filamentos
grossos que contêm miosina e filamentos delgados que contêm actina e tropomiosina dispostos em
hélice em seu interior, de coloração pálida e alargadas (tamanho variável dependendo de sua
origem).
• Este músculo se contrai lentamente e de maneira involuntária, cujo estímulo de contração é mediado pelo sistema nervoso
autônomo e hormônios circulantes.

Ele reveste ou forma parte das paredes de órgãos ocos tais como:

• traquéia, estômago, trato intestinal, bexiga, útero e vasos sangüíneos e funcionam comprimindo o conteúdo dessas cavidades
regulando a pressão arterial, a digestão entre outras funções.

Encontramos este tecido ainda no músculo eretor dos pêlos e músculos intrínsecos dos olhos.
Tipos de Músculo

Liso ou Visceral

Pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes

vasos sanguíneos e aparelho excretor

Contrações involuntárias e lentas

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-muscular.htm
Músculo estriado cardíaco:

Suas células são alongadas, com um único núcleo central, irregularmente ramificadas, que se unem por
estruturas especiais chamadas discos intercalares.

Nestes discos encontram-se dois tipos de junções entre membranas celulares: desmossomo (fixam uma
célula na outra) e junções comunicantes (permitem que impulsos elétricos se espalham de célula para
célula).

Apresentam estriação transversal e possuem filamentos grossos contendo miosina e filamentos delgados
contendo actina que são arranjados em sarcômeros regularmente ordenados e, miofibrilas.

Este tipo de tecido muscular forma a maior parte do coração.

Possui contrações involuntárias, vigorosas e rítmicas.


Tipos de Músculo

Cardíaco ou Miocárdio

Estriado, porém, involuntário

Contração involuntária, vigorosa e rítmica

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-muscular.htm
Músculo estriado esquelético

Suas células são cilíndricas, filiformes, de coloração avermelhada e organizam-se em estrias


longitudinais e transversais (miócitos longos e multinucleados com núcleos periféricos).

• Devido ao seu comprimento ser muito maior que sua largura, essas células são chamadas de fibras.

Cada fibra muscular se comporta como uma unidade. São multinucleadas e suas contrações
são rápidas, potentes e voluntárias permitindo os movimentos dos diversos ossos e
cartilagens do esqueleto.
• Constitui o tecido mais abundante do organismo (40 a 45% do peso corporal total).

Os movimentos que produz se relacionam com interações entre o organismo e o meio


externo.
Tipos de Músculo

Estriado ou Esquelético

Movimentos voluntários

Movimentos de ossos e cartilagens

Contração rápida e voluntária

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-muscular.htm
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/
TIPOS DE MÚSCULOS
Tecido Muscular Estriados ou Esquelético

- Responsáveis pelos movimentos voluntários;

Tecido Muscular Liso ou Visceral

- Pertence à vida de nutrição (digestão, excreção, etc); involuntários;

Músculo Cardíaco ou Miocárdio

- Vermelho e estriado, porém, involuntário.

Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Organizacao3.php
Sistema Músculo Esquelético

40 - 50 % do peso corporal

Principal local de transformação e armazenamento de energia

Propriedade de contração e distensão das células

Movimentação dos membros e das vísceras


Funções

Produção de movimentos corporais

Estabilizações das posições corporais (Postura)

Produção de calor

Movimento de substâncias para dentro do corpo

Absorventes de choques (Proteção do corpo)


O SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Propriedades dos músculos:
Elasticidade ------------------- Distensão
Contratilidade ----------------- Contração (Isotônica, Isométrica e Isocinética)
Tonicidade -------------------- Tônus

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/contracao-musculos-esqueleticos.htm

“Os músculos são os motores que permitem as alavancas do esqueleto moverem-se


ou mudar de posição”.
Sistema Músculo Esquelético

Fonte: https://www.todoestudo.com.br/biologia/musculos-do-corpo-humano
Organização Morfofisiológica

Fibra Muscular

Cada fibra muscular esquelética é formada por algumas centenas a muitas dezenas de
milhares de fibras musculares esqueléticas dispostas paralelamente, cada uma delas
estendendo-se por todo o comprimento do músculo
Organização Morfofisiológica

Sarcolema: membrana celular que envolve a fibra muscular

Sarcoplasma: matriz do interior da fibra muscular onde estão imersas as miofibrilas

Retículo Sarcoplasmático: estrutura no interior do sarcoplasma, cujo interior é constituído por íons

cálcio
Organização Morfofisiológica

Miofibrilas: estruturas filamentosas, que formam a fibra muscular, constituídas por cerca de 1500
filamentos de miosina e 3000 filamentos de actina

Constituída por regiões claras as Faixas I (actina) e por regiões escuras as Faixas A (miosina)

Os filamentos de actina estão fixados à membrana Z

Sarcômero: porção entre as duas sucessivas membranas Z


Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/sistema-muscular/sarcomero-2/

Sarcômero: unidade contrátil do músculo


Microestrutura

Fáscia Muscular: lâmina de tecido conjuntivo fibroso que circunda os músculos

Epimísio: camada conjuntiva que circunda todo o músculo

Perimísio: circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separadas em feixes
(fascículos)

Endomísio: fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e
individualiza as fibras musculares
Microestrutura

Fonte: https://www.flexibile.com.br/tratamento/o-musculo-e-suas-lesoes/
Fonte: http://www.blobs.org/mobile/article.php?article=38
Músculo Esquelético

- Cada conjunto de feixes são envolvidos por camada de tec. conjuntivo (epimísio); Cada feixe
é envolvido pelo perimísio; Cada fibra é envolvida por endomísio.

Epimísio Perimísio Endomísio

Músculo Total
Endomísio

Fibra
Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-muscular/
Fonte: Histologia Básica – Junqueira & Carneiro https://www.sanarmed.com/resumo-de-histologia-do-tecido-muscular-estriado-esqueletico-cardiaco-e-liso
Corte transversal de um músculo estriado esquelético. Coloração pelo picro-sirus-hematoxilina.
Grande aumento.

Fonte: Histologia Básica – Junqueira & Carneiro https://www.sanarmed.com/resumo-de-histologia-do-tecido-muscular-estriado-esqueletico-cardiaco-e-liso


Músculo Esquelético

-Os vasos sanguíneos penetram no músculo através de septos de tecido conjuntivos e formam
extensas redes de capilares entre as fibras.

- O tecido conjuntivo das músculos contém ainda vasos linfáticos e nervos


Músculo Esquelético

Organização das fibras:

-Observadas em Microscópio óptico, as fibras mostram estriações transversais de faixas claras e


escuras:

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecido-muscular-estriado-esqueletico.htm
Fonte: Histologia Básica – Junqueira & Carneiro https://www.sanarmed.com/resumo-de-histologia-do-tecido-muscular-estriado-esqueletico-cardiaco-e-liso
Microscopia da Fibra Muscular

Células contráteis especializadas ou fibras musculares

Agrupadas e dispostas de forma altamente organizada

2 tipos de estruturas filiformes delgadas

Miosina: miofilamentos grossos

Actina: miofilamentos e finos

Actina: 2 filamentos em dupla hélice


Tropomiosina → ligada frouxamente a actina-F
Troponina → complexo de 3 proteínas globulares, ligadas a uma das extremidades de cada molécula de
tropomiosina
FONTE: Wilmore e Costil: Fisiologia do Exercício e do Esporte, 2001. https://siteantigo.portaleducacao.com.br
Fonte: http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/prodabi4/grupos/grupo1/molecular.htm Fonte: http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/prodabi4/grupos/grupo1/molecular.htm
Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf

Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf
Fonte: http://www.blobs.org/mobile/article.php?article=38
Fonte: http://www.blobs.org/mobile/article.php?article=38
Fonte: https://www.proenem.com.br/enem/biologia/tecido-muscular/
Organização das fibras:

-Faixa escura é anisotrópica (Banda A) – apresenta filamentos de miosina (grosso) e


filamentos de actina (fino);

-Zona mais clara no centro da banda A é a banda H;

Banda H

Fonte: https://maestrovirtuale.com/sarcomero-estrutura-e-pecas-funcoes-e-histologia/
Organização das fibras:

-Faixa clara é isotrópica (Banda I) – apresenta filamentos de actina (fino);


- No centro de cada banda I temos uma linha transversal escura (linha Z)

Linha Z

Fonte: https://maestrovirtuale.com/sarcomero-estrutura-e-pecas-funcoes-e-histologia/
Organização das fibras:

-Um sarcômero é formado por miofibrilas que fica entre duas linhas Z.

Fonte: https://maestrovirtuale.com/sarcomero-estrutura-e-pecas-funcoes-e-histologia/
Mecanismos de Contração

Fonte: http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/prodabi4/grupos/grupo1/molecular.htm

Sarcômero em repouso – Contração – deslizamentos dos filamentos uns


Filamento se sobrepões parcialmente sobre outros - aproximação das linhas Z

Fonte: https://maestrovirtuale.com/sarcomero-estrutura-e-pecas-funcoes-e-histologia/
Mecanismo Contrátil

Fonte: https://gfycat.com/spitefulleanangora
Fonte: https://rea.ceibal.edu.uy/elp/el_sistema_muscular/el_sarcmero.html
Contração Muscular

Fonte; https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio22.php
Fonte: http://www.blobs.org/mobile/article.php?article=38
Contração Muscular

Sarcolema (membrana plasmática) da fibra

muscular sofre invaginações

Sistema T: responsável pela contração

uniforme de cada fibra muscular estriada

esquelética

Fonte: https://afh.bio.br/sistemas/sustentacao/4.php
Fonte: http://www.blobs.org/mobile/article.php?article=38
Fonte: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/componentes-da-fibra-muscular/11564
Química da Contração Muscular

Estímulo para a
contração muscular Finaliza a contração
(Córtex motor)

Cessação do estímulo, o
cálcio é imediatamente
Nervo → Fibra muscular rebombeado para o
interior do retículo
sarcoplasmático

Cálcio desbloqueia os
Atinge o retículo sítios de ligação da actina
sarcoplasmático e permite que esta se
(Liberação de cálcio) ligue à miosina → Inicia
a contração muscular
Fonte: http://www.blobs.org/mobile/article.php?article=38
• necessita de energia que é suprida por
moléculas de ATP (adenosina trifosfato)
A contração muscular
produzidas durante a respiração celular
(processo aeróbico).

ATP atua tanto na ligação da miosina à actina quanto em sua separação,


que ocorre durante o relaxamento muscular.

A redução de ATP
• É o que acontece após a morte, produzindo-
mantém a miosina unida
se o estado de rigidez cadavérica (rigor
à actina, causando
mortis)
enrijecimento muscular.
Química da Contração Muscular

Estímulo nervoso → fibra muscular

1. O retículo endocoplasmático e o sistema T liberam íons Ca++ para o citoplasma

2. Na presença do Ca++, a miosina adquire uma propriedade ATPásica (desdobra o ATP e libera energia)

3. A energia provoca o deslizamento da actina entre os filamentos de miosina (encurtamento das


miofibrilas)
Química da Contração Muscular

Fonte: https://afh.bio.br/sistemas/sustentacao/4.php
Junção Neuromuscular/Placa Motora

Conexão entre o término de uma fibra mielínica e uma fibra muscular

Fonte: https://bioblogandoo.tumblr.com/post/54044470107/jun%C3%A7%C3%A3o-neuromuscular-b%C3%A1sica
Fonte: https://makeagif.com/gif/how-a-muscle-contraction-is-signalled-animation-lb5IfB
https://bioblogandoo.tumblr.com/post/54044470107/jun%C3%A7%C3%A3o-neuromuscular-
•Junção
neuromuscular

b%C3%A1sica
Unidades
motoras

https://bioblogandoo.tumblr.com/post/54044470107/jun%C3%A7%C3%A3o-neuromuscular-b%C3%A1sica
Unidade Motora

Motoneurônio

Fibras por ele inervadas

Fonte: http://www.nopico.pt/fitness/producao-de-forca/
Classificação

Agonistas

Músculos principais de um movimento específico do corpo

Contraem ativamente para produzir um movimento desejado

Pegar uma chave sobre a mesa

Agonistas: flexores dos dedos


Classificação

Antagonistas

Músculos que se opõem à ação dos agonistas

Quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento

suave

Pegar uma chave sobre a mesa

Antagonistas: extensores dos dedos


Agonistas x Antagonistas

Fonte: https://ensinandomusculacao.blogspot.com/2014/01/entendo-as-terminologias-parte-3.html
Classificação

Sinergistas

Estabilizam as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal

Auxiliam na produção da ação de um músculo agonista

Pegar uma chave sobre a mesa

Sinergistas: estabilizadores do punho, cotovelo e ombro


Tipos de Contração Muscular
Contração Concêntrica

O músculo se encurta e traciona outra estrutura reduzindo o ângulo de uma articulação

Contração Excêntrica

O comprimento total do músculo aumenta durante a contração

Contração Isométrica

Estabilizam as articulações enquanto outras são movidas

Tensão muscular sem movimentos


Fonte: https://www.saueressig.pro.br/2020/04/tipos-de-contracao-muscular.html
Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf
Músculo Cardíaco

➢ Assim como o esquelético, apresenta fibrocélulas bastante compridas;

➢Entretanto, elas são mono ou binucleadas, com núcleos localizados mais para o centro da
célula.

➢Também possuem discos intercalares, que são linhas de junção entre uma célula e outra,
que aparecem mais coradas que as estrias tranversais.
Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf
Músculo Cardíaco

➢Nos discos intercalares encontram-se três especializações da membrana:

zônula de adesão desmossomo

junção comunicante
Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf
Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf
Músculo Cardíaco

- Citoplasma rico em mitocôndria, o que reflete um intenso metabolismo aeróbio desse


tecido;

- Armazena ácidos graxos, sob forma de triacilglicerol e pequenas quantidades de glicogênio;

- No tecido cardíaco, têm bastante importância as fibras de Purkinje, células responsáveis pela
distribuição do impulso elétrico que gera a contração muscular as diversas fibrocélulas
cardíacas.
Músculo Cardíaco

➢ As fibras cardíacas são de contração rápida, mas existem células de ritmo mais lento.

➢O sistema nervoso adapta o ritmo cardíaco as necessidades do organismo.

➢O músculo cardíaco não se regenera, exceto nos primeiros anos de vida.

➢Lesões no coração são reparadas através da proliferação de tecido conjuntivo.


Músculo Liso

➢Formado por associações de células longas mais


espessas no centro e afilando-se nas extremidades,
com núcleo único e central;

➢Células mantidas juntas por uma rede de fibras


reticulares;

➢ As fibras amarram fortemente as células umas as


outras fazendo com que a contração de algumas Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf

células se transforme na contração do músculo


inteiro.
Músculo Liso

➢No sarcolema dessas células apresentam depressões chamadas cavéolas (contém cálcio
para iniciar o processo de contração);

➢O sarcoplasma apresenta mitocôndrias, R.E. rugoso (não apresentam retículo


sarcoplasmático), glicogênio, além de corpos densos.
Músculo Liso

➢O tecido muscular liso está presente nos vasos sangüíneos e nos órgãos viscerais.

➢ Atua no controle autônomo do organismo.

➢ Possui certa capacidade de regeneração – na lesão células musculares viáveis entram em


mitose e reparam o tecido. Participação também dos pericitos.
Músculo Liso

➢A contração das células lisas é bem mais


lenta que a das células estriadas.

➢Os filamentos de actina e miosina da


Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf

fibra muscular lisa estão organizados em


feixes que se cruzam em todas as
direções.

➢Apresentam miosina do tipo II e não


apresentam troponina.

Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf
Células musculares lisas em corte transversal (acima) e em corte longitudinal (abaixo).
Coloração pela pararrosanilina e azul-de-toluidina. Aumento médio.

Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/Aula%208-Tecido%20Muscular.pdf
CONTRACAO LONGA – MECANISMO DE TRAVA

Fonte: http://aenfermagemnaomedeixadormir.blogspot.com/2011/09/musculo-lis.html

1) Íons Ca2+ se ligam a calmodulina;


2) Complexo junta-se e ativa a miosina quinase (enzima fosforiladora);
3) Cadeia leve da cabeça da miosina torna-se fosforilada
4) CONTRACAO
5) Desfosforilacao da cabeça da miosina (fosfatase da miosina) – FIM DA CONTRACAO
ANATOMIA DE CABEÇA E PESCOÇO E SISTEMA
TEGUMENTAR
Profa. Drª. Silvana Câmara Torquato
UNIDADE I: SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA ÓSSEO

1.2 Músculos da face e pescoço


MÚSCULOS DO COURO CABELUDO

O músculo occipitofrontal é digástrico


Os ventres são sinérgicos; eles elevam
(que tem duas porções unidas por um
os supercílios e produzem rugas
tendão) e plano, e seus ventres
transversais na fronte. Assim, criam
occipital e frontal têm um tendão
uma aparência de surpresa.
comum, a aponeurose epicrânica.
Músculo occipitofrontal e Aponeurose epicrânica

Fonte: MOORE, 2018. https://www.sanarmed.com/musculos-da-cabeca-e-pescoco-anatomia-essencial-colunistas


MÚSCULOS DA BOCA, DOS LÁBIOS E DAS BOCHECHAS

Existem vários músculos que alteram o formato da boca e dos lábios durante a
fala e também durante atividades como cantar, assobiar e fazer mímica. São
eles que possibilitam a manifestação das expressões faciais e dos sentimentos.
A boca e os lábios são coordenados por grupos complexos de músculos,
divididos em:
• Músculos elevadores, retratores e eversores do lábio superior
• Músculos depressores, retratores e eversores do lábio inferior
• Músculo orbicular da boca, o esfíncter ao redor da boca
• Músculo bucinador na bochecha.
Músculos da Face

Fonte: MOORE, 2018. https://www.sanarmed.com/musculos-da-cabeca-e-pescoco-anatomia-essencial-colunistas


O músculo orbicular da boca

O músculo orbicular da boca, uma espécie de esfíncter associado ao


sistema digestório, circunda a boca nos lábios, controlando a entrada
e a saída através da rima da boca.

O músculo orbicular da boca é importante durante a articulação da


fala.
Músculo orbicular da boca

Fonte: MOORE, 2018. https://www.sanarmed.com/musculos-da-cabeca-e-pescoco-anatomia-essencial-colunistas


O músculo bucinador

O músculo bucinador ocupa um plano mais profundo e medial do que os outros músculos da face; passa profundamente à
mandíbula, de modo que está mais próximo da túnica mucosa da boca do que da pele da face.

O músculo bucinador, ativo ao sorrir, também mantém as bochechas tensas, evitando seu pregueamento e lesão durante a
mastigação.

A contração tônica do músculo bucinador e principalmente do músculo orbicular da boca oferece resistência suave, porém
contínua, à tendência de inclinação externa dos dentes. Na presença de um lábio superior curto, ou de afastadores que
anulam essa força, os dentes tornam-se tortos ou protrusos, podendo causar uma condição chamada respirador bucal,
bastante comum nas crianças;
Os músculos orbicular da boca (na face labial) e bucinador (na face bucal) atuam juntamente com a língua (na face
lingual) para manter o alimento entre as faces oclusais dos dentes durante a mastigação e evitar o acúmulo de
alimento no vestíbulo da boca.

O músculo bucinador também ajuda as bochechas a resistirem às forças geradas pelo assobio e sucção.

O músculo recebeu esse nome porque comprime as bochechas ao soprar (p. ex., quando um músico toca um
instrumento de sopro).

A distensão dos músculos bucinadores e de outros músculos da bochecha em alguns trompetistas é tamanha que
suas bochechas se projetam para fora quando eles sopram os instrumentos com força;
Resumo dos músculos da expressão facial
Músculo Origem Inserção Função
Orbicular da boca Quase todo cutâneo; fóveas Pele e mucosa dos lábios; septo Comprime os lábios contra os
incisivas da maxila e mandíbula nasal dentes; fecha a boca; protraí os
lábios
Levantador do lábio superior Margem infra-orbital Lábio superior Levanta o lábio superior

Levantador do lábio superior e Processo frontal da maxila Asa do nariz e lábio superior Asa do nariz e lábio superior
asa do nariz levanta o lábio superior e a asa
do nariz (dilata a narina)
Zigomático menor Osso zigomático Lábio superior Levanta o lábio superior
Levantador do ângulo da boca Fossa canina da maxila Ângulo da boca Levanta o ângulo da boca

Zigomático maior Osso zigomático Ângulo da boca Levanta e retrai o ângulo da


boca
Risório Pele da bochecha e fáscia Ângulo da boca Retrai o ângulo da boca
massetérica
Bucinador Processos alveolares da maxila Ângulo da boca Distende a bochecha e a
e da mandíbula na região molar; comprime de encontro aos
ligamento pterigomandibular dentes; retrai o ângulo da boca
Resumo dos músculos da expressão facial

Abaixador do ângulo da boca Base da mandíbula (região molar Ângulo da boca Abaixa o ângulo da boca
ao tubérculo mentoniano)
Abaixador do lábio inferior Base da mandíbula, acima da Lábio inferior Abaixa o lábio inferior
origem do depressor do ângulo da
boca
Mentoniano Fossa mentoniana acima do Pele do mento Enruga a pele do mento; everte o
tubérculo mentoniano lábio inferior
Platisma Base da mandíbula Pele do pescoço Enruga a pele do pescoço
Orbicular do olho Quase todo cutâneo; ligamentos Pálpebras e pele periorbital Fecha as pálpebras e a comprime
palpebrais; lacrimal e maxila contra o olho
Occipitofrontal Aponeurose epicraniana Pele do supercílio; região occipital Puxa a pele da fronte para cima

Prócero Osso nasal Pele da glabela Puxa a pele da glabela para baixo

Corrugador do supercílio Margem supra-orbital do frontal Pele da extremidade lateral do Puxa a superfície medialmente
supercílio
Nasal Eminência narina Dorso do nariz Comprime a narina (parte
transversa); dilata a narina (parte
alar)
MÚSCULOS DO PESCOÇO

As estruturas no pescoço são circundadas por uma camada de tela subcutânea


(hipoderme) e são divididas em compartimentos por camadas de fáscia cervical.
A tela subcutânea cervical é uma camada de tecido conjuntivo adiposo situada
entre a derme da pele e a lâmina superficial da fáscia cervical. O pescoço possui
regiões que são enluvadas por diferentes lâminas da fáscia cervical, são elas:
• Lâmina superficial
• Lâmina pré-traqueal
• Lâmina pré-vertebral
• Fáscia alar e bainha carótica
Fáscia Cervical

Fonte: MOORE, 2018. https://www.sanarmed.com/musculos-da-cabeca-e-pescoco-anatomia-essencial-colunistas


• O músculo mais superficial do pescoço que pode ser encontrado é o platisma. O músculo
platisma é uma lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço.

Fonte: MOORE, 2018. https://www.sanarmed.com/musculos-da-cabeca-e-pescoco-anatomia-essencial-colunistas


Regiões e Trígonos do Pescoço

O pescoço é dividido em regiões


para possibilitar a comunicação
exata acerca da localização das
estruturas, lesões ou afecções e as
clavículas, o pescoço é dividido em
quatro regiões principais com base
nas margens geralmente visíveis
e/ou palpáveis dos músculos
esternocleidomastóideo e trapézio,
grandes e relativamente superficiais,
contidos pela lâmina superficial da
fáscia cervical.

Fonte: MOORE, 2018. https://www.sanarmed.com/musculos-da-cabeca-e-pescoco-anatomia-essencial-colunistas


O músculo mais comentado, se não o mais importante do pescoço é o
esternocleidomastóideo (ECM).

Ele é um ponto de referência muscular estratégico no pescoço e forma a região


esternocleidomastóidea.

O músculo ECM divide, de modo visível, cada lado do pescoço em regiões cervical
anterior e lateral.

O músculo ECM é largo e tem duas cabeças: o tendão arredondado da cabeça esternal
fixa-se ao manúbrio, e a cabeça clavicular carnosa e espessa fixa-se à face superior do
terço medial da clavícula.
Músculo Trapézio

• Além do ECM, também possuímos o músculo trapézio, componente da região cervical


posterior, que dá suporte tanto para o pescoço como para o dorso do corpo.

Fonte: https://www.sanarmed.com/musculos-da-cabeca-e-pescoco-anatomia-essencial-colunistas
MÚSCULOS NA REGIÃO CERVICAL LATERAL

O assoalho do trígono cervical lateral inclui os músculos:

• Semiespinal da cabeça
• Esplênio da cabeça
• Levantador da escápula
• Escaleno posterior
• Escaleno médio
• Escaleno anterior
Músculos da região cervical lateral

Fonte: anatomiaonline.com
MÚSCULOS DA REGIÃO CERVICAL ANTERIOR

Os músculos que formam a região cervical anterior são inúmeros,


contribuem com a mastigação, respiração e sustentação de estruturas.
Músculos da região cervical anterior

Fonte: MOORE, 2018. https://www.sanarmed.com/musculos-da-cabeca-e-pescoco-anatomia-essencial-colunistas


ANATOMIA DE CABEÇA E PESCOÇO E SISTEMA
TEGUMENTAR
Profa. Drª. Silvana Câmara Torquato
UNIDADE I: SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA ÓSSEO

1.3 Introdução: classificações


Tecido Ósseo

Constituído por: Célula e Matriz extracelular

Funções: - Sustentação esquelética.


- Reservatório de cálcio.
- Aloja e protege a medula óssea -Produção de células sangüíneas

Matriz óssea:

Fibras colágenas e substância fundamental (proteoglicanas)


mineralizadas (fosfato de cálcio, Mg+2,K+ e Na+).
Funções

Atuam como proteção para órgãos como coração, pulmões e o sistema nervoso central;

Sustentam e dão conformação do corpo;

servem como local de armazenamento de íons de cálcio e fósforo e a restituição desses elementos à corrente
sanguínea de acordo com as necessidades do organismo,

Ou seja, participam da regulação da calcemia, cuja estabilidade é indispensável ao bom equilíbrio de várias
funções;

constituem um sistema de alavancas que, juntamente com os músculos, permite a locomoção de partes do corpo
e a ampliação da força muscular;

além de alojar e protegem a medula óssea.


Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-osseo/
Fonte: https://traumatologiaeortopedia.com.br/informe/patologias-osseas/
Fonte: https://www.quadrilcirurgia.com.br/osteoporose1.html
Osteoblasto

• Oriundas das células mesenquimatosas


indiferenciadas;

• Sua função básica é a de síntese do tecido ósseo;

• Sintetizam pró-colageno tipo I, as proteínas da matrix


extracelular, a fosfatase alcalina e a osteocalcina;

Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/AULA%206-Tecido-Osseo.pdf
Osteócito

• As células mais abundantes do tecido ósseo;


• São células quiescentes derivadas do osteoblasto;
• Possuem prolongamentos citoplasmáticos, fazendo
uma verdadeira rede de comunicação com outros
osteócitos através de canalículos;
• Responsáveis pela manutenção do tecido ósseo vivo;

Fonte: http://www.lapa.ufscar.br/graduacao/AULA%206-Tecido-Osseo.pdf
Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/tecido-osseo/
Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
https://anatomia-papel-e-caneta.com/tecido-osseo/
Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/tecido-osseo/
Osteoclastos

• São células que participam dos processos de absorção e remodelação do tecido ósseo;
• São células gigantes e multinucleadas, extensamente ramificadas, derivadas de monócitos
que atravessam os capilares sangüíneos;
• Dilatações dos osteoclastos, através da sua ação enzimática, escavam a matriz óssea,
formando depressões conhecidas como lacunas de Howship.
Osteoclastos

Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2017.
https://anatomia-papel-e-caneta.com/tecido-osseo/
Variedades de tecido ósseo

a) Tecido embrionário: Existe no osso jovem e no calo das


fraturas.

b) Tecido compacto: É constituído por lâminas ósseas, formando


cilindros concêntricos e canais de Havers. É encontrado na
diáfise dos ossos longos e nas camadas periféricas dos ossos
curtos e chatos.

c) Tecido esponjoso: É menos resistente, poroso, e desprovido


de sistema de Havers. É encontrado na epífise dos ossos longos e
nos ossos curtos

Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/tecido-osseo/
Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/tecido-osseo/
Fonte: https://www.clinicadeckers.com.br/outros_fraturas.html
Fonte: http://histologiahumanaufpe.blogspot.com/2016/05/tecido-osseo.html
OSSIFICAÇÃO:
FORMAÇÃO ÓSSEA
Ocorrem dois métodos de formação óssea:

Ossificação Intramembranosa:

(intra = dentro; membranous = membrana).Refere-se à


formação de osso diretamente sobre ou dentro das
membranas de tecido conjuntivo fribroso.

Ossificação Endocondral:

(endo = dentro; condro = cartilagem), refere-se à


formação de osso dentro de um modelo de
cartilagem.
Ossificação intramembranosa:

• esse tipo de ossificação se dá pela diferenciação das células


mesenquimais em células osteoprogenitoras, e estas, em
osteoblastos, que produzem a matriz óssea.

Os osteoblastos aprisionados.

Os osteoblastos aprisionados na matriz passar a


ser denominados de osteócitos
• Os osteoclastos remodelam o osso conforme as tensões
mecânicas locais
Ossificação endocondral:

•A ossificação endocondral é o processo de formação dos ossos longos e curtos, a partir de um molde de tecido cartilaginoso. Para facilitar sua compreensão, podemos dividir
esse tipo de ossificação em algumas etapas, a seguir:

1. Ao redor da peça óssea, o pericôndrio começa a se ossificar, formando, assim, um colar cilíndrico ao redor da peça de cartilagem.

2. Os condrócitos, situados no interior deste modelo cartilaginoso, se hipertrofiam e produzem fatores angiogênicos que induzirão a formação
de vasos sanguíneos a partir do pericôndrio.

3. Com o surgimento dos vasos sanguíneos, as células condrogênicas se transformam em osteogênicas, dando origem a osteoblastos. Estes
osteoblastos iniciam a produção da matriz óssea.

4. Os osteoblastos produzem um colar ósseo que evita a difusão de nutrientes para o centro do molde de cartilagem, causando a morte dos
condrócitos e resultando na cavidade medular.

5. Em seguida, osteoclastos perfuram o colar ósseo e vasos sanguíneos entram na diáfise. As células osteoprogenitoras trazidas pelo sangue
estabelecem o centro primário de ossificação.

6. As células osteogênicas que penetraram no molde diferenciam-se em osteoblastos, iniciando a produção de tecido ósseo por sobre os restos
de cartilagem ainda existentes
Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
https://anatomia-papel-e-caneta.com/tecido-osseo/
Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
https://anatomia-papel-e-caneta.com/tecido-osseo/
Fonte: http://bioengenhariaossea.blogspot.com/2012/05/
Fonte: https://gfycat.com/discover/modelagem-gifs
Fonte: http://celulaorigemdavida.blogspot.com/2010/06/processo-de-regeneracao-ossea.html
1) Quando um osso se quebra, os vasos
sanguíneos em seu interior se rompem,
causando sangramento e a formação de um
coágulo.

O local inflama, mas, em 24 horas, as


extremidades dos vasos rompidos são
vedadas, estancando quase por completo a
hemorragia.

Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
2) A região da fratura fica cheia de
pedacinhos do osso quebrado e tecidos
mortos, que são removidos pela ação de
células chamadas osteoclastos.

Elas fagocitam (“comem” e “digerem”) esses


fragmentos. O processo pode durar
semanas, dependendo do tamanho da
lesão.

Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
3) Desde as primeiras horas após a
contusão, também entram em ação os
angioblastos, células responsáveis pela
formação dos vasos sanguíneos.

Elas darão origem a novos vasos dentro


do osso e irão reparar outros que se
romperam com a fratura.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
4) Ao mesmo tempo, a medula óssea
começa a se regenerar.

Composta basicamente de sangue e


gordura, ela fica dentro do canal medular
do osso, que vai sendo preenchido por
novas células.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
5) A reconstituição óssea em si se dá a
partir de duas membranas bastante
vascularizadas: o periósteo e o endósteo.

Enquanto o periósteo envolve por


completo os ossos, o endósteo é uma
camada mais fina que os reveste
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
internamente.
6) Tanto o periósteo quanto o endósteo
têm capacidade de produzir as células
chamadas osteoblastos, que darão origem
ao tecido ósseo.

Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
Um ou dois dias após a fratura, os
osteoblastos já começam a invadir o
interior e a superfície do coágulo.
7) A deposição de osteoblastos no local da
fratura leva à formação do calo ósseo, que
surge tanto externamente quanto
internamente.

Enquanto isso, o coágulo vai diminuindo,


pois as células que o formam continuam
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
sendo “devoradas” pelos osteoclastos.
8) Em até duas semanas, o calo, formado
também por tecido fibroso e cartilaginoso,
consegue unir as extremidades da fratura
com a parte intacta do osso.

Em seis semanas, a fissura desaparece.


Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
9) A fase seguinte, que pode durar
meses, é a da consolidação, quando
ocorre a calcificação do osso.

O cálcio, que confere resistência aos


Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
ossos e chega ao local pela corrente
sanguínea, ajuda a reparar de vez o
estrago.
10) A etapa final e mais longa da regeneração óssea –
pode levar até dez anos – é a remodelagem.

Os osteoclastos atacam de novo, “lixando” a


superfície do osso para reduzir o calo.

Ao final, a área da fratura, que até então permanecia


mais suscetível a quebras, volta a ter a resistência de
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
antes.
Curiosidade: O osso é um dos poucos órgãos
capazes de se regenerar por conta própria. Mas,
claro, ele não faz mágica. É por isso que, na
maioria das vezes, é preciso uma ajudinha médica
para que eles colem na posição correta. É quando
entram em ação o bom e velho gesso e, em casos
mais graves, os pinos de metal.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/

Curiosidade: Muita gente que já sofreu alguma


fratura reclama de dores no local quando o tempo
esfria. Isso ocorre porque, em geral, a elasticidade
da área que quebrou e do resto do osso fica
diferente. Nas mudanças de temperatura acaba
rolando um estresse nessa região, o que causa a
dor.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-um-osso-quebrado-se-regenera/
Osteoporose

Causas :
- Produção excessiva de Paratormônio (Glând.
Paratireóides)
estimula o aumento do número de osteoclastos.
Deficiência de vitamina A
desequilibra a atividade de osteoblastos e
osteoclastos.
Carência de vitamina C
prejudica a síntese de colágeno. Fonte: https://www.quadrilcirurgia.com.br/osteoporose1.html
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hormonios/
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hormonios/
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hormonios/
Raquitismo

Causa :
- Falta de vitamina D durante a infância.

Osteomalacia

Causa :
- Falta ou deficiência de vitamina D na
idade adulta

Fonte: https://www.news-medical.net/health/Rickets-Treatments-(Portuguese).aspx
ANATOMIA DE CABEÇA E PESCOÇO E SISTEMA
TEGUMENTAR
Profa. Drª. Silvana Câmara Torquato
UNIDADE I: SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA ÓSSEO

1.4 Estruturas e funções


Funções

O osso, um tecido vivo, é uma forma rígida e altamente especializada de tecido conjuntivo, que compõe a maior parte do
esqueleto e é o principal tecido de sustentação do corpo.

Os ossos fornecem:

Proteção para estruturas vitais.

Suporte para o corpo e suas cavidades vitais.

Base mecânica para o movimento.

Armazenamento de sais (p. ex., cálcio).

Um suprimento contínuo de células sanguíneas novas (produzidas pela medula óssea localizada na cavidade medular de
muitos ossos).
Componentes e revestimentos

■ O tecido conjuntivo fibroso revestindo aquele que envolve o osso é o periósteo;

■ Aquele que reveste os elementos cartilagíneos, excluindo a cartilagem articular, é o


pericôndrio.

■ O periósteo e o pericôndrio ajudam a nutrir o tecido, são capazes de produzir mais


cartilagem ou osso (especialmente durante a consolidação de fraturas) e fornecem uma
interface para a fixação de tendões e ligamentos
Ossos

Existem dois tipos de osso: compacto e esponjoso (trabecular ou reticular).

■ As diferenças entre esses tipos de osso dependem da quantidade relativa de substância sólida e da quantidade e do tamanho dos espaços
que eles contêm.

■ Todos os ossos apresentam uma fina camada superficial de osso compacto em torno de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde
o último é substituído por uma cavidade medular.

■ Na cavidade medular dos ossos de adultos e entre as espículas do osso esponjoso são formadas células sanguíneas e plaquetas.

■ A arquitetura do osso esponjoso e compacto varia de acordo com a função.

■ O osso compacto fornece resistência para sustentação de peso. Nos ossos longos, planejados para rigidez e inserção de músculos e
ligamentos, a quantidade de osso compacto é máxima próximo à parte média da diáfise (corpo) do osso, onde este está sujeito a curvar-se.

■ Ossos vivos apresentam alguma elasticidade (flexibilidade) e maior rigidez (dureza).


Sistema esquelético – Estrutura óssea

Fonte: https://escolaeducacao.com.br/sistema-esqueletico/
Classificação dos ossos

Os ossos são classificados de acordo com sua forma):

Ossos longos são estruturas tubulares (p. ex., úmero no braço; falanges nos dedos das mãos)

Ossos curtos são cuboides e são encontrados apenas no tornozelo (tarso) e na mão (carpo).

Ossos planos têm geralmente funções protetoras (p. ex., os ossos planos do crânio protegem o encéfalo).

Ossos irregulares, como aqueles na face, têm formas diferentes dos longos, curtos ou planos.

Ossos sesamoides (p. ex., patela) desenvolvem-se em certos tendões. Esses ossos protegem os tendões do desgaste
excessivo e frequentemente mudam o ângulo a partir do qual os tendões passam para suas inserções
Classificação dos ossos de acordo com o formato e exemplos

Fonte: https://www.todamateria.com.br/classificacao-dos-ossos/
Ossos heterotópicos

Se formam nos tecidos moles onde não são normalmente encontrados.

Cavaleiros frequentemente desenvolvem ossos heterotópicos nas coxas ou


nádegas provavelmente por causa de sobrecargas musculares crônicas que
resultam em pequenas áreas hemorrágicas que sofrem calcificação e, por
fim, ossificação.
Divisão do esqueleto

O sistema esquelético pode ser dividido em duas partes funcionais.

A primeira é o esqueleto axial, que representa o eixo mediano do corpo, sendo formado por ossos da cabeça (crânio), pescoço (hioide
e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno, vértebras e sacro).

A segunda parte é o esqueleto apendicular, que representa os ossos dos membros inferiores e superiores, junto com os ossos que
formam a cintura escapular e pélvica.

No indivíduo adulto, quando em completo desenvolvimento orgânico, o número de ossos é de 206.

No entanto estes números podem variar levando em consideração fatores etários, individuais e critérios de contagem.
Fonte: https://fisioanatomiahumana.wordpress.com/2014/10/04/divisao-do-esqueleto/
Imagem do sistema esquelético – Esqueleto axial em branco e esqueleto apendicular em vermelho.

Fonte: https://escolaeducacao.com.br/sistema-esqueletico/
Referências Bibliográficas

BERNARDO, A. F. C.; SANTOS, K. D.; SILVA, D. P. Pele: alterações anatômicas e fisiológicas do


nascimento à maturidade. Revista Saúde em Foco –ed. 11, 2019.

BORGES, F.S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2 ed. São Paulo: Phorte,2010.

GUIRRO, E. C.; GUIRRO, R. R. Fisioterapia Dermato - Funcional: Fundamentos - Recursos


Patologias.3 ed. São Paulo: Manole, 2002.
20
Referências Bibliográficas

JÚNIOR, B. J. N.; Anatomia humana sistemática básica. Petrolina – PE 1 ed. 2020.

MARQUES, T. M. L. S.; SILVA, A. G. Anatomia e fisiologia do sistema linfático: processo de formação


de edema e técnica de drenagem linfática. Scire Salutis, v.10, n.1, p.1-9, 2020. DOI:
http://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2020.001.0001.

NETTER, F. H. et al. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed. 2 ed. – 5 ed. 2011.

VAN DE GRAAFF. Anatomia Humana. São Paulo: Manole; 6 ed. 2003, p. 131-145.
Obrigada!

prof.silvanatorquato@unyleya.edu.br

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