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Agronomia - UFC
Professora Ana Cláudia N. Campos e Carla Renata Gadelha
SISTEMA MUSCULAR
fibras alongados,
fibras longas, multinucleados fibras estriadas com um ou dois mononucleados e sem estrias
(núcleos periféricos). núcleos centrais. transversais.
Miofilamentos organizam-se em Células alongadas, irregularmente Contração involuntária e lenta.
estrias longitudinais e ramificadas, que se unem por
transversais. estruturas especiais: discos
Contração rápida e voluntária intercalares.
Contração involuntária, vigorosa e
rítmica.
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MUSCULATURA ESQUELÉTICA
O sistema muscular esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo,
formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o
esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação corporal.
epimisio
endomísio
perimísio
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Em torno do
conjunto de miofibrilas de
uma fibra muscular
esquelética situa-se o
retículo sarcoplasmático
(retículo endoplasmático
liso), especializado no
armazenamento de íons
cálcio.
As miofibrilas são
constituídas por unidades
que se repetem ao longo de
seu comprimento,
denominadas sarcômeros.
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MIOFIBRILAS A UNIDADE CONTRÁTIL
Filamentos finos
Os filamentos finos sempre
contêm actina, tropomiosina e
troponinas. A actina apresenta-se
sob forma de polímeros longos
(actina F) formado por duas
cadeias de monômeros globulares
(actina G) torcidas uma sobre a
outra, em hélice dupla.
Os filamentos finos do músculo
estriado possuem também
troponina, ligada a cada molécula
de tropomiosina. A tropomiosina
encobre os sítios ativos de ligação
da miosina na molécula de actina.
Filamentos grossos
A molécula de miosina é grande, tem forma de bastão sendo formada por 2 peptídios
enrolados em hélice. Numa de suas extremidades a miosina apresenta uma saliência globular,
a cabeça, que possui locais específicos para combinação com ATP e é dotada de atividade
atpásica, participando diretamente na transolução da energia química em energia mecânica,
durante a contração muscular.
A miosina, uma molécula grande e complexa, possui três regiões: "cauda, colo e
cabeça". As caudas se agregam para dar origem aos filamentos grossos, com o colo e a
cabeça projetando-se lateralmente para formar a ponte cruzada. Cada cabeça contém um sítio
de fixação para a actina e um local enzimático que pode hidrolizar o ATP, o ADP e o fosfato
inorgânico (Pi). As pontes cruzadas e os filamentos finos se interagem puxando os filamentos
finos em direção ao centro do sarcômero, fazendo com que esse se encurte, à medida que os
discos Z vão se aproximando.
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Contração: ocorre pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina,
desse modo, o sarcômero diminui devido à aproximação das duas linhas Z, e a zona H chega
a desaparecer.
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uniforme de cada fibra muscular estriada esquelética, não ocorrendo nas fibras lisas e sendo
reduzido nas fibras cardíacas.
Observação:
Um túbulo-T ou túbulo transverso é uma invaginação profunda da membrana
plasmática encontrada nas células de músculo esquelético e cardíaco. Estas invaginações
permitem que a despolarização da membrana rapidamente penetre no interior da célula.
No músculo esquelético, cada túbulo T está ligado a dois retículos sarcoplasmáticos
(vesículas intracelulares que estocam íons cálcio), formando uma tríade. No músculo
cardíaco, cada túbulo T está ligado a um retículo sarcoplasmático, formando uma díade. Os
túbulos T facilitam a igual propagação da informação/ordem de despolarização, e conseqüente
abertura dos canais de cálcio da membrana e do retículo sarcoplasmático, ao longo do
sarcolema e de suas invaginações, visando à contração ordenada e concomitante das células.
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mais nenhum sítio de ligação disponível agora, nenhuma ponte cruzada pode ser formada,
fazendo com que o músculo relaxe.
A energia para a contração muscular é suprida por moléculas de ATP produzidas
durante a respiração celular. O ATP atua tanto na ligação da miosina à actina quanto em sua
separação, que ocorre durante o relaxamento muscular. Quando falta ATP, a miosina mantém-
se unida à actina, causando enrijecimento muscular. É o que acontece após a morte,
produzindo-se o estado de rigidez cadavérica (rigor mortis).
A quantidade de ATP presente na célula muscular é suficiente para suprir apenas
alguns segundos de atividade muscular intensa. A principal reserva de energia nas células
musculares é uma substância denominada fosfato de creatina (fosfocreatina ou creatina-
fosfato). Dessa forma, podemos resumir que a energia é inicialmente fornecida pela
respiração celular é armazenada como fosfocreatina (principalmente) e na forma de ATP.
Quando a fibra muscular necessita de energia para manter a contração, grupos fosfatos ricos
em energia são transferidos da fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando
o trabalho muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de
fosfocreatina pela intensificação da respiração celular. Para isso utilizam o glicogênio
armazenado no citoplasma das fibras musculares como combustível.
PLACA MOTORA
A contração das fibras musculares esqueléticas é comandada por nervos motores, que
se conectam com os músculos através das placas motoras ou junções mioneurais. Com a
chegada do impulso nervoso, ocorre liberação de acetilcolina na fenda sináptica, que através
da interação com seus receptores faz o sarcolema ficar mais permeável ao sódio, o que resulta
em sua despolarização. Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou até 160
ou mais fibras musculares e formam uma unidade motora.
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A célula muscular esquelética é adaptada para a produção de trabalho mecânico
intenso e descontínuo. O músculo esquelético pode ter fibras do tipo I, ou fibras lentas, ou do
tipo II ou fibras rápidas.
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As fibras do tipo I, ou vermelhas, são lentas e continuadas, são ricas em sarcoplasma,
contendo mioglobina, a energia é obtida pela fosforilação oxidativa dos ácidos graxos. Ex:
membro de mamíferos.
As fibras do tipo II, ou brancas, são adaptadas para contrações rápidas e descontínuas,
possuem pouca mioglobina e retiram energia através da glicólise.