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MED XIV- FASAVIC

LABORATÓRIOS SOI II

PRÁTICA VIII
EMBRIOLOGIA

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIOS DOS MÚSCULOS

No embrião, tanto os músculos estriados do tronco quanto dos membros têm origem no mesoderma paraxial
segmentado (os somitos), embora sejam formados de maneira distinta:
 Os músculos esqueléticos do tronco são derivados dos mioblastos do mesoderma das regiões do miótomo dos
somitos.
 Os músculos dos membros desenvolvem-se a partir de células precursoras que migram para o broto dos membros
a partir da parte ventral do dermomiótomo dos somitos.

Essas células são inicialmente de natureza epitelial, e após a transformação epitélio-mesenquimal, migram para o
primórdio do membro.

O QUE OS SOMITOS ORIGINAM?

Os somitos são estruturas segmentadas derivadas do mesoderma paraxial. Depois de se formarem, as células da parte
ventromedial do somito passarão por uma transformação epitélio-mesenquimal e formarão o esclerótomo. O
restante do somito permanece epitelial e forma o dermomiótomo.
 O esclerótomo originará as vértebras, as costelas.
 O dermomiótomo contém as futuras células miogênicas e dérmicas.
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Além disso, o somito controla as vias das células da crista neural e da migração dos axônios motores, e portanto, é
responsável pela segmentação do sistema nervoso periférico.
O desenvolvimento da musculatura envolve uma miogênese primária que ocorre no embrião, e posteriormente, no
feto, uma miogênese secundária que é responsável pela formação da maioria dos músculos fetais. Na vida pós-natal,
são encontradas células satélites, células também derivadas dos somitos, que em resposta ao exercício ou lesão
muscular formam novos miócitos permitindo a regeneração do músculo.
Cada porção do miótomo de um somito apresenta uma divisão epiaxial (ou epímero dorsal) e uma divisão hipoaxial
(ou hipômero ventral).

 A divisão epiaxial originará os músculos segmentares da maior parte do eixo do corpo, os músculos extensores
do pescoço e da coluna vertebral. Os músculos extensores embrionários derivados dos miótomos sacrais e
coccígeos degeneram. Seus derivados adultos são os ligamentos sacrococcígeos dorsais.
 A divisão hipoaxial dos miótomos cervicais forma os músculos escaleno, pré-vertebral, gênio-hioide e infra-hioide
lombares formam o músculo quadrado lombar.

Os músculos dos membros, os músculos intercostais e os músculos abdominais também são derivados das divisões
hipoaxiais dos miótomos. Os mioblastos nos membros formam duas grandes condensações no broto do membro: uma
ventral e uma dorsal.
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 A massa dorsal originará os extensores e supinadores no membro superior e os extensores e abdutores do
membro inferior.
 A massa ventral originará os flexores e pronadores do membro superior e flexores e abdutores do membro
inferior.
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HISTOLOGIA

ESTAÇÃO I- CARACTERÍSTICAS DO MÚSCULO ESQUELÉTICO


INTRODUÇÃO

O tecido muscular é formado por células alongadas que contém grande quantidade de filamentos citoplasmática de
proteínas contráteis, que utilizam da energia das moléculas de ATP. São classificados em três tipos diferentes, sendo os
mesmos: tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular estriado cardíaco e tecido muscular liso.

O tecido muscular liso tem contração muscular involuntária e lenta, e é formado por um conjunto de células fusiformes
que não possuem estrias transversais. Cada célula é composta por um filamento curto, com um núcleo central. Ele é
encontrado associado a túnica muscular da maioria dos órgãos, e pode estar subdividido em duas ou três camadas.

O tecido muscular estriado, tem contração vigorosa, devido à organização peculiar das proteínas contráteis em dois dos
tipos de fibras musculares.
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TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO


O tecido muscular esquelético é formado por fibras estriadas, cilíndricas e longas (as estriações são bandas claras e
escuras que se alternam dentro das fibras e que são visíveis na microscopia óptica). As fibras musculares esqueléticas
variam em tamanho, desde alguns centímetros nos músculos curtos até 30 a 40 cm nos músculos mais longos. Uma fibra
muscular é, em termos gerais, uma célula multinucleada cilíndrica com os núcleos na periferia. O músculo esquelético é
considerado voluntário porque ele pode ser contraído ou relaxado pelo controle consciente, com velocidade rápida.
Localização: Normalmente ligado aos ossos por tendões.
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Função: Movimento, postura, produção de calor e proteção.

TECIDO MUSCULAR CARDÍACO


O tecido muscular cardíaco é formado por fibras estriadas e ramificadas com em geral um único núcleo localizado
centralmente (ocasionalmente, existem dois). Cada extremidade está unida por espessamentos transversais da
membrana plasmática chamados de discos intercalares, que contêm desmossomos e junções comunicantes. Os
desmossomos fortalecem o tecido e mantêm as fibras unidas durante as contrações vigorosas. As junções
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comunicantes fornecem uma via para a condução rápida de sinais elétricos (potenciais de ação musculares) pelo
coração. Controle involuntário.
Localização: Parede cardíaca.
Função: Bombear o sangue para todas as partes do corpo.

TECIDO MUSCULAR LISO


O tecido muscular liso consiste em fibras em geral involuntárias e não estriadas. A fibra muscular lisa é uma pequena
célula com formato difuso mais espessa no meio, pontiaguda em cada extremidade e contendo um único núcleo
localizado centralmente. Junções comunicantes conectam muitas fibras individuais em alguns tecidos musculares lisos
(p. ex., na parede dos intestinos). Pode produzir contrações poderosas e lentas porque muitas fibras musculares se
contraem em uníssono. Onde não há junções comunicantes, como na íris do olho, as fibras musculares lisas se
contraem individualmente, como as fibras musculares esqueléticas.
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Localização: Íris dos olhos, paredes das estruturas internas ocas, como vasos sanguíneos, vias respiratórias até os
pulmões, estômago, intestinos, vesícula biliar, bexiga urinária e útero.
Função: Movimento (constrição dos vasos sanguíneos e das vias respiratórias, propulsão dos alimentos pelo sistema
digestório e contração da bexiga urinária e da vesícula biliar).

ESTAÇÃO II- EPIMÍSIO, PERIMÍSIO E ENDOMÍSIO


Os músculos como o bíceps ou o deltoide, por exemplo, são formados por milhares de fibras musculares organizadas em
conjuntos de feixes. Estes são envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo chamada epimísio, que recobre o músculo
inteiro. Do epimísio partem septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes.
Esses septos constituem o perimísio. Assim, o perimísio envolve os feixes das fibras. Entre as fibras musculares há uma
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delicada camada de tecido conjuntivo, denominada endomísio. É formada por fibras reticulares e células do tecido
conjuntivo.
 EPIMÍSIO
É a camada externa que envolve todo o músculo. Consiste em tecido conjuntivo denso não modelado.
 PERIMÍSIO
Também é uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado, porém circunda grupos de 10 a 100, ou mais, fibras
musculares, separando-as em feixes chamados de fascículos. Muitos fascículos são grandes o suficiente para serem vistos
a olho nu. Conferem aos cortes de “carne” sua aparência granulosa; ao rasgar um pedaço de carne, ela se rompe ao longo
dos fascículos.
 ENDOMÍSIO
Penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individualmente. O endomísio consiste principalmente
de fibras reticulares.
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BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA

ESTAÇÃO I- ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

O potencial de ação do músculo precede o aumento na concentração intracelular de cálcio que é anterior à contração.

1. Potencial de ação na membrana muscular;


2. Despolarização de túbulos T;
3. Abrem no retículo sarcoplasmático os canais de liberação de cálcio (receptores de rianodina);
4. Aumento da concentração de cálcio intracelular;
5. Cálcio se liga à Troponina C;
6. Tropomiosina move e permite a interação de actina e miosina;
7. Ciclo de pontes cruzadas e de geração de força.
8. Cálcio recaptado pelo retículo sarcoplasmático: relaxamento.
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ESTAÇÃO II- CRUZADINHA INTERATIVA

 A contração VOLUNTÁRIA ocorre nos músculos estriados esqueléticos.


 O neurotransmissor liberado na placa motora é a ACETILCOLINA.
 Após a sinalização elétrica os canais iônicos do retículo sarcoplasmático se abrem e liberam cálcio no
CITOPLASMA.
 Nos músculos esqueléticos o cálcio se liga a TROPONINA (fibra proteica).
 Durante a contração muscular, a actina se liga à MIOSINA.
 Grande parte do ATP utilizado nas contrações musculares é proveniente do fosfato de CREATINA.
 São substâncias necessárias para a contração muscular os íons de CÁLCIO e ATP.
 A contração muscular se dá através de mudança do tamanho dos SARCÔMEROS.
 O sinal elétrico transmitido por um neurônio é o POTENCIAL DE AÇÃO.
 A ligação da cabeça de miosina à actina durante a contração muscular é a PONTE CRUZADA.
 As MIOFIBRILAS são estruturas cilíndricas que consistem em dois tipos de filamentos proteicos, chamados de
filamentos finos e espessos.

ESTAÇÃO III- RIGOR MORTIS

Rigor em latim significa “rigidez” e mortis significa “da morte”. Mas por que o corpo de uma pessoa ou de um animal
fica rígido após a morte e o que causa isso? E porque o processo de rigidez é gradual e não instantâneo?

O rigor mortis está relacionado com contração muscular, uma vez que o que mantém o corpo rígido é uma forte
contração dos músculos esqueléticos.

As células musculares apresentam diversas unidades contráteis finas, os sarcômeros, que são formados por filamentos de
actina e miosina II. O deslizamento entre esses dois tipos de filamento pode resultar no seu encurtamento e, quando isso
ocorre, simultaneamente, há uma contração muscular.

Esse deslizamento ocorre por um mecanismo celular dependente de íons de cálcio e ATP (fonte de energia celular).
Quando a célula muscular recebe um sinal do sistema nervoso, a concentração de íons de cálcio aumenta no citosol,
mudando a conformação de certas proteínas regulatórias que permitem a ligação da miosina II à actina.
Consequentemente, um filamento desliza sobre o outro, encurtando o sacômero e contraindo o músculo.

O relaxamento muscular se deve ao desligamento entre os filamentos de miosina II e de actina (em especial das cabeças
das miosinas II). Os íons de cálcio são removidos do citosol, algumas proteínas voltam a conformação original e, por fim,
actina e miosina II desligam-se entre si. Esse desligamento, entretanto, é ATP-dependente, ou seja, sem energia actina e
miosina II permanecem ligados e o músculo permanece contraído.

Nesse sentido, quando há morte a concentração de cálcio no citosol aumenta, pois as membranas das estruturas que o
concentravam (após a remoção do citosol) se tornam permeáveis. Esse aumento muda a conformação daquelas
proteínas regulatórias e, assim, actina e miosina II se ligam. Assim, a ligação só é desfeita na presença de ATP. Como o
ATP não está mais disponível após o óbito, actina e miosina II permanecem ligadas, resultando na condição de rigidez
dos músculos.

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