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UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA

MEDICINA

CAIO LANGUI PERES

RA: 122121139

Turma: 1B

3° Semana Integradora

Presidente Prudente – SP 2021


Questões:
1- Descrever as características histológicas dos tipos de tecidos
musculares. Diferenciar eles histologicamente. (Histologia)

Há três tipos de tecidos musculares: tecido muscular liso, tecido muscular estriado
esquelético e tecido muscular estriado cardíaco, sua caracterização histológica é
baseada na presença de estriações no citoplasma da célula, quantidade de núcleos e
localização do núcleo dentro da célula.
Cada tipo de tecido muscular tem sua característica e função sendo elas,
respectivamente:

 Músculo estriado esquelético: O músculo estriado esquelético é constituído


por células alongadas, com 10 µm a 100 µm de diâmetro e 30 cm de
comprimento. Essas células são formadas pela fusão de células precursoras
denominadas miócitos, sendo, por isso, multinucleadas. Os núcleos ocupam as
porções mais periféricas da célula.
O tecido muscular estriado esquelético é responsável pela contração voluntária
do organismo. Ligado aos ossos, esse tecido é o responsável
pela locomoção. As células desse tecido são ricas em filamentos de actina e
miosina. Esses filamentos estão envoltos em invaginações da
membrana, cisternas de retículo endoplasmático e mitocôndrias, formando as
miofibrilas. A disposição dos filamentos de actina e miosina na célula faz com
que ela apresente uma aparência estriada quando vista ao microscópio,
apresentando faixas claras e escuras.
A faixa ou banda clara é constituída por filamentos finos (actina), sendo
chamada também de banda I. A faixa ou banda escura possui filamentos finos
e espessos (miosina), sendo chamada também de banda A. No centro da
banda I, é encontrada a banda Z, que delimita as unidades repetidas de
miofibrilas, denominadas sarcômeros.
Os sarcômeros são constituídos por duas semibandas I, separadas por uma
banda A, e medem cerca de 2,5 µm de comprimento. No centro da banda A, é
encontrada uma região mais clara, constituída apenas de miosina, denominada
banda H. No centro da banda H, encontra-se a banda M, uma faixa escura
constituída por proteínas e uma enzima responsável pela catalização do
processo de formação do ATP utilizado na contração muscular.
As células do músculo estriado esquelético não se multiplicam no indivíduo
adulto, no entanto, podem surgir novas células após lesão ou hipertrofia
decorrente de exercício físico. Contudo, essas células são diferentes das
demais, apresentando-se fusiformes (alongadas com as extremidades mais
estreitas que o seu centro) e com um núcleo único, escuro e menor que os das
demais células.

 Músculo liso: O músculo liso apresenta células fusiformes, espessas no


centro e afiladas nas pontas, com cerca de 3 µm a 10 µm de diâmetro e
comprimento variado, dependendo de sua localização – em vasos sanguíneos,
por exemplo, podem apresentar cerca de 20 µm, já no útero, durante a
gestação, cerca de 500 µm. Além disso, seus núcleos são centrais.
Essas células têm aparência não estriada, com contrações lentas e
involuntárias, sendo responsáveis pelos movimentos involuntários do
corpo. Atuam, por exemplo, nas contrações uterinas durante o parto. Esse
tecido é encontrado em diversas estruturas do corpo, como a bexiga, útero,
trato digestório e artérias.
As células do músculo liso são revestidas pela lâmina basal e mantêm-se
unidas por uma rede de fibras musculares, o que permite que a contração de
apenas algumas células contraia o músculo por inteiro. Diferentemente das
células do músculo estriado, as células do músculo liso podem dividir-se no
indivíduo adulto, aumentando o tamanho dos órgãos ou reparando lesões
nesses tecidos. No útero, durante o processo de gestação, pode ser observado
um aumento tanto no número dessas células quanto em seu tamanho.

 Músculo estriado cardíaco: O músculo estriado cardíaco ou, simplesmente,


músculo cardíaco está presente no coração. Ele atua na contração desse
órgão, permitindo, assim, o bombeamento de sangue para todo o organismo.
Esse tecido apresenta características semelhantes ao do músculo estriado, no
entanto, suas células são alongadas e cilíndricas, ramificadas, com cerca de 15
ïm de diâmetro e 80 a 100 ïm de comprimento, com um ou dois núcleos
centrais. As fibras desse tecido são envoltas por uma bainha de tecido
conjuntivo rica em capilares sanguíneos.
Uma característica desse tecido é também a presença de linhas transversais,
denominadas discos intercalares, que são complexos constituídos por três
tipos de especializações juncionais: zônula de adesão, desmossomos e
junções comunicantes.
Essas especializações permitem a conexão elétrica entre as células desse
tecido, sincronizando a contração cardíaca, além de evitar a separação dessas
células durante o processo de contração. As contrações das células no tecido
cardíaco são fortes, rápidas, contínuas e involuntárias.

Referências: Tecido Muscular, Histologia Interativa, 2021,


https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-muscular/, Acesso dia 05 de outubro de
2021.

Tecido Muscular, BiologiaNet, 2021, https://www.biologianet.com/histologia-animal/tecido-


muscular.htm, Acesso dia 05 de outubro de 2021.

2- Descreva histologicamente a parede do coração. Destacando os


diferentes tecidos. (Histologia)

O Coração apresenta 3 grandes divisões:

Endocárdio- Camada em contato com a luz interna do órgão, apresentando uma


camada de Tecido Epitelial Simples Pavimentoso (Endotélio) e uma camada de Tecido
Conjuntivo Frouxo. Entre o Endocárdio e o Miocárdio existe o extrato subendocárdico
(composto de tecido conjuntivo frouxo e nervos).

Miocárdio- Camada mais volumosa, composta de Tecido Muscular Estriado Cardíaco


(células cilíndricas alongadas, podendo apresentar ramificações / apresentam núcleos
elípticos (1 ou 2) centrais / se prendem umas às outras por meio de junções celulares
especificas do tecido cardíaco chamada: Discos Intercalares / ricos em mitocôndrias
(cerca de 40% do conteúdo citoplasmático), devido à alta atividade aeróbica /
armazena ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos, encontrados em gotículas no
citoplasma da célula / podem apresentar grânulos de lipofuscina (pigmento que
aparece em células que não se multiplicam e têm vida longa), próximos do núcleo
celular).

Pericárdio- Membrana serosa (interna) e membrana fibrosa (externa) que revestem o


coração, sendo a camada mais externa do órgão. A camada serosa é composta por
dois folhetos: o Folheto Visceral ou Epicárdio (Composto por Tecido Conjuntivo Frouxo
e Tecido Epitelial Simples Pavimentoso) e o Folheto Parietal (Composto por Tecido
Epitelial Simples Pavimentoso e Tecido Conjuntivo Frouxo). Já a camada fibrosa é
composta por densas faixas colágenas entrelaçadas com o esqueleto de fibras
colágenas mais profundas.

Referências: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, José; Histologia Básica. 13ª Edição,


Guanabara Koogan, Cap. 10, p. 199, 2017.

Histologia Cardíaca: entenda tudo sobre o Coração, SanarMed, 2021,


https://www.sanarmed.com/histologia-cardiaca, Acesso dia 05 de outubro de 2021.

3- Descrever anatomicamente o coração e citar sua localização.


(Anatomia)

O coração é pouco maior que uma mão fechada e consiste numa bomba dupla, auto
ajustável de sucção e pressão, onde todas as partes trabalham em conjunto para
impulsionar o sangue a todos os locais do corpo. Esse órgão apresenta 4 câmaras:
Átrios Esquerdo e Direito; Ventrículos Direito e Esquerdo. Ademais, a parede desse
órgão é composta por 3 camadas:

Endocárdio (Fina camada interna (endotélio e tecido conjuntivo), que reveste o


coração e cobre suas valvas).
Miocárdio (Camada intermediária, helicoidal e espessa, formada por músculo
cardíaco). - Principal componente, em especial dos Ventrículos.
Epicárdio (Fina camada externa (mesotélio), formada por uma lâmina visceral de
pericárdio seroso.

Além disso, a estrutura responsável por sustentar todas essas fibras musculares
cardíacas é chamada de Esqueleto Fibroso (complexa estrutura de colágeno denso
que forma 4 anéis fibrosos, circundam os óstios das valvas, 2 trígonos (esquerdo e
direito), responsáveis por conectar os anéis e, por fim, as partes membranáceas dos
septos interatrial e interventricular).
Os átrios são separados pelo sulco coronário e os ventrículos pelos sulcos
interventriculares anterior e posterior. Outrossim, o coração pode ser dividido em
várias porções:

Localização- Coração localizado no mediastino médio, com intima relação com os


órgãos da caixa torácica: Face Anterior (esterno), Face Posterior (Aorta descendente,
esôfago e traqueia), Face Inferior (Diafragma), Face Superior (Grandes Vasos – Veias
Cavas, Artéria Pulmonar, Veias Pulmonares e Aorta) e Faces Laterais (Pulmões D e
E).
Ápice- formado pela porção inferolateral do ventrículo esquerdo, posterior ao 5º
espaço intercostal esquerdo, mede aproximadamente 9 cm no plano mediano, local de
maior intensidade dos sons devido ao fechamento da valva atrioventricular esquerda
(mitral).
Base- Face posterior do coração, formada principalmente pelo átrio esquerdo e pouca
contribuição do átrio direito, voltada posteriormente em direção as vértebras T6 e T9
(separada pelo pericárdio, esôfago e aorta), estende-se superiormente até a
bifurcação do tronco pulmonar e inferiormente até o sulco coronário, recebendo as
veias pulmonares no átrio esquerdo e as veias cavas superior e inferior no átrio direito.
Átrio Direito- forma a Margem direita do coração e recebe sangue venoso da VCS,
VCI e do Seio Coronário.
 Aurícula Direita (semelhante a uma orelha / bolsa muscular cônica que
aumenta a capacidade do átrio).
 Parte Posterior fina e lisa, onde se abrem as veias cavas e o seio coronário.
 Parte Anterior muscular, rugosa e formada pelos músculos pectíneos.
 Óstio atrioventricular direito (átrio direito transfere o sangue venoso para o
ventrículo direito).

Ventrículo Direito- Quase toda a Margem inferior do coração.


 Superiormente se afunila e forma o cone arterial, que conduz ao tronco
pulmonar.
 Existem elevações musculares irregulares (trabéculas cárneas) em sua face
interna.
 Crista muscular espessa (Crista Supraventricular)
 Recebe sangue através do Óstio AV direito (posterior ao esterno no nível do 4º
e 5º espaço intercostal)
 VALVA ATRIOVENTRICULAR DIREITA (TRICUSPEDE)- protege o óstio AV
direito. (impede a “regurgitação de sangue para o átrio direito durante a
sístole).
 Cordas tendíneas que se originam dos ápices dos músculos papilares.
 VALVA DO TRONCO PULMONAR- ápice do cone arterial.

Átrio Esquerdo- Forma a maior parte da base do coração.


 Entram as Veias Pulmonares D e E (Avalvulares).
 Interior - Parte maior lisa e uma aurícula muscular menor (músculos
pectíneos) / Quatro Veias Pulmonares (duas superiores e duas inferiores) que
entram na parede posterior lisa / Uma parede mais espessa do que o átrio
direito / um septo interatrial inclinado posteriormente e para a direita.

Ventrículo Esquerdo- Forma o ápice do coração, quase toda a face esquerda


(pulmonar), margem esquerda e maior parte da face diafragmática.
 Interior - Paredes 2x a 3x mais espessas que VD / Parte de Saída (Vestíbulo
da Aorta, leva desde a cavidade do ventrículo ao óstio da aorta) / VALVA
ATRIOVENTRICULAR ESQUERDA (MITRAL ou BICUSPEDE) com duas
válvulas que guardam o óstio AV esquerdo. / Óstio da Aorta (parte
posterossuperior direita) / VALVA DA AORTA (entre o VE e a parte ascendente
da aorta).

Referências: MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R.; ANATOMIA
ORIENTADA PARA A CLÍNICA. 8a Edição, Guanabara Koogan, Capítulo 4, Páginas 345-358,
2019.

DANGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo; ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA E


SEGMENTAR. 3ª Edição, Atheneu, Capítulos 8 e 21, 2011.

4- Diferenciar e explicar os tipos de fluxo sanguíneo do coração.


(Anatomia)

O lado direito do coração recebe o sangue pouco oxigenado (venoso) por meio da
Veia Cava Superior e da Veia Cava Inferior, que “desembocam” no átrio direito,
bombeando o sangue para o ventrículo direito e, através do tronco pulmonar e das
Artérias Pulmonares, o sangue segue para ser oxigenado no pulmão. O sangue
oxigenado (arterial) chega no lado esquerdo pelo átrio esquerdo, por meio das veias
pulmonares direita e esquerda, sendo bombeado para o ventrículo esquerdo e,
posteriormente, para a Artéria Aorta, onde é distribuído para o corpo.
Desse modo, os átrios são as câmaras que bombeiam o sangue para os ventrículos
(câmaras de ejeção), fazendo com que a ação sincrônica das duas ‘bombas’
atrioventriculares (AV) constitui o ciclo cardíaco (que começa com um período de
alongamento e enchimento ventricular - Diástole (relaxamento) / e termina com um
período de encurtamento e esvaziamento ventricular - Sístole [contração]).
Nesse sentido, podemos dividir a circulação sanguínea em 2 etapas:
 Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar- Caminho que o sangue faz do
coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração.
 Grande Circulação- Caminho que o sangue percorre, que sai do coração até as
demais células do corpo e vice-versa.

Componentes:
 Sangue- Tecido Líquido, leva oxigênio e nutrientes para as células do corpo,
além de retirar as “sobras” do metabolismo celular (como o gás carbônico) e
conduzir hormônios.
 Coração- Órgão muscular, localizado na caixa torácica, entre os pulmões.
Onde o lado esquerdo bombeia sangue arterial para o corpo e o lado direito
bombeia sangue venoso para o pulmão.
 Vasos Sanguíneos- Tubos do Sistema Circulatório, distribuídos pelo corpo
inteiro, onde circula o sangue.
 Artérias- vasos que saem do coração e transportam o sangue para outras
partes do corpo. Parede espessa, formada de tecido muscular liso e fibras
elásticas (externa) para suportar a pressão do sangue, camada interna
formada de tecido epitelial e a camada intermediaria formada de tecido
conjuntivo e fibras. Quando se ramificam, forma as Arteríolas que ao se
ramificarem formam os capilares sanguíneos.
 Veias- Vasos que transporta o sangue oriundos dos diversos tecidos corporais
de volta para o coração. Geralmente, de menor calibre, quando comparado às
artérias e mais delgados, entretanto possuem a mesma composição das
paredes arteriais. Apresentam um sistema de válvulas que impedem o refluxo
sanguíneo.
 Capilares- Parede muito fina, constituída de endotélio e lâmina basal,
permitindo a troca de substâncias pelo processo de difusão.

Referências: MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R.; ANATOMIA
ORIENTADA PARA A CLÍNICA. 8a Edição, Guanabara Koogan, Capítulo 4, Páginas 345-358,
2019.

DANGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo; ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA E


SEGMENTAR. 3ª Edição, Atheneu, Capítulos 8 e 21, 2011.

5- Descrever os processos bioquímicos para produzir energia para o


Tecido Muscular. Explique o processo de consumo de energia no
exercício anaeróbico e aeróbico. Cite a influencia do L-carnitina na ação
do Tecido Muscular. (Bioquímica)

Para os músculos, assim como para todas as células do corpo, a fonte de energia que
mantém tudo funcionando é o trifosfato de adenosina (ATP). O ATP é a moeda
energética utilizada por todas as células. A hidrólise do ATP fornece energia para as
reações químicas envolvidas no processo de contração muscular; O músculo tem
sistemas diferentes para gerar o ATP. Estes sistemas trabalham juntos e em etapas.
A hidrólise do ATP fornece energia para as reações químicas envolvidas no processo
de contração muscular;

Sendo dois tipos de respiração celular, anaeróbica e seus tipos, e aeróbicas:

Respiração aeróbica- A respiração é desenvolvida principalmente nas mitocôndrias,


as quais funcionam como uma espécie de usina de energia. Quando isso acontece, há
uma completa desmontagem da glicose, em que os átomos de carbono são separados
em moléculas de CO2 e, em seguida, os átomos de hidrogênio, com alta energia, são
removidos.

A respiração aeróbia pode ser dividida em três etapas: glicólise, ciclo de Krebs e
cadeia respiratória:

A Glicólise ocorre no hialoplasma. Nele a glicose é fragmentada em duas moléculas


de ácido pirúvico (C3H4O3). Nesse momento, as enzimas desidrogenases entram em
ação e retiram o hidrogênio da glicose, transferindo-o para os receptores NAD
(Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo). Cada uma captura dois hidrogênios,
formando: 2NADH2.

No Ciclo de Krebs, o ácido pirúvico formado no processo anterior, entra na


mitocôndria. Assim, por causa da ação das enzimas descarboxilases, ele perde CO 2 e
é convertido em aldeído acético. Devido ao aspecto pouco reativo desse último, ele
integra-se à substância coenzima A (COA), em que é criada a reativa acetil-coenzima
A (acetil-COA). Após ela ser combinada a um composto, o ciclo Krebs é iniciado na
matriz mitocondrial.

Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa: nas cristas mitocondriais, os


hidrogênios são retirados da glicose e movidos até o oxigênio. A partir disso, a água é
formada. Nesse processo, também existe a presença de citocromos, responsáveis por
transportar elétrons do hidrogênio. Enquanto isso ocorre, a energia é liberada de
maneira gradativa. Esta última é também utilizada na síntese de ATP – Adenosina
Trifosfato (armazenadora de energia).

Respiração anaeróbica- Nesse processo de função metabólica não existe a


presença de oxigênio e a energia é oriunda da molécula ATP, formada pela base
nitrogenada adenina, açúcar, além de três fosfatos. Essa ligação, quando necessário,
é quebrada para a liberação de energia.

Nesse caso, a glicose será originada da alimentação ou reservas criadas pelo próprio
organismo. Dessa forma, no citosol da célula, essa substância passa por diversas
reações, ocasionadas por várias enzimas e, em seguida, o piruvato, também usado na
respiração aeróbia, será gerado. Durante o processo de respiração anaeróbia, a
molécula ADP (Fosfato de Adenosina) recebe fosfato. Após isso, ocorre a formação da
ATP.

A L-Carnitina é uma molécula derivada de dois aminoácidos essenciais, a lisina e a


metionina, sintetizada pelo organismo (Nos rins, cérebro e fígado, principalmente).
Para que haja sua síntese faz-se necessário a presença de outros compostos, como o
Ferro, a Niacina, o Ácido Ascórbico e a Vitamina B6 e, além disso, tem a função
fundamental de geração de energia pela célula pois age nas reações transferidoras de
ácidos graxos livres do citoplasma para as mitocôndrias, facilitando sua oxidação e
geração de ATP.
A suplementação de L-Carnitina pode aumentar o fluxo sanguíneo aos músculos
devido ao efeito vasodilatador e antioxidante, entretanto a ingestão de tais
suplementos nutricionais (como a L-Carnitina e outros aminoácidos) – em indivíduos
saudáveis – ao contrário do que se imagina, NÃO contribui para o aprimoramento do
desempenho físico, muito menos para o emagrecimento. Mesmo para práticas de
musculação (cerca de 10-15% de proteínas de alta qualidade fornecem a quantidade
necessária de aminoácidos).

Referências: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. BIOQUÍMICA BÁSICA. 4ª


Edição, Guanabara Koogan, Capítulo 22, Páginas 328-333, 2015.

COELHO, Christianne de Faria et al. Aplicações clínicas da suplementação de L-carnitina.


Revista de Nutrição, Campinas, volume 18, número 5, páginas 651-659, outubro de 2005.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
52732005000500008&lng=en&nrm=iso.
Acessado em: 05 de maio 2021.

6- Explicar o que é má formação congênita, suas relações genéticas e


influencias ambientais. Discutir a importância das famílias gênicas,
GATA, HOX nos cromossomos patias. (Genética)

Malformação Congênita pode ser definida como todo defeito na constituição de algum
órgão, ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural
presente no nascimento devido à causa genética ambiental ou mista. Nesse sentido,
abrange-se todos os desvios em relação à forma, tamanho, posição, número e/ou
coloração de uma ou mais partes capazes de serem averiguadas macroscopicamente
ao nascimento.
Quando a condição é discreta e dificilmente notada ao nascimento dá-se o nome de
Defeito Congênito- Toda anomalia funcional ou estrutural do desenvolvimento do feto
devido a fatores originados antes do nascimento do feto seja genéticos, ambientais ou
desconhecidos, mesmo quando o defeito não seja aparente no recém-nascido e só se
manifeste clinicamente mais tarde.
Estima-se que 15 a 25% ocorram devido às alterações genéticas, 8 a 12% são
causadas por fatores ambientais e 20 a 25% envolvem genes e fatores ambientais
(herança multifatorial). Porém, a grande maioria (40 a 60%) das anomalias ainda é de
origem desconhecida.
A maioria das moléculas sinalizadoras são fatores de crescimento peptídicos, pois
além de induzirem a diferenciação, induzem crescimento e divisão celulares. Outras,
contudo, são hormônios esteroides, a exemplo do que ocorre no desenvolvimento
gonadal. Têm especial relevância a tiroxina (tireoide) e o ácido retinóico (vitamina A –
sistema nervoso). Com efeito, a maioria das interações celulares do embrião são
mediadas por moléculas sinalizadoras, sendo certo que as mais importantes são
membros de duas grandes famílias: TGF-β (fator de crescimento transformante β) e
FGF (fator de crescimento fibroblastico). As moléculas sinalizadoras, como o ácido
retinóico, atuam como morfogenos, pois criam gradientes de concentração que
induzem diferenciação e atraem a migração celular. Com efeito, esse gradiente de
concentração, com alta concentração perto da fonte e baixa concentração longe da
fonte, leva as células a destinos diferentes. O desenvolvimento embrionário acontece
por cascatas genicas. Os fatores de crescimento apresentam algumas estruturas que
permitem que se liguem na molécula de DNA. Há diversos tipos, como a hélice-alfa-
hélice e o dedo-de-zinco. Os fatores do tipo dedo de zinco apresentam pregas na
cadeia polipeptídica (± 30 aminoácidos), em forma de dedos. Na base de cada dedo,
se localiza um átomo de zinco unido à cisteína e histidina. Cada dedo faz contato com
uma sequência específica do DNA. A maior parte dos fatores de transcrição utilizados
durante a vida embrionária são proteínas de home domínio, pois apresentam uma
região que é conservada. A maior parte das malformações congênitas são decorrentes
de alterações em três grandes grupos de genes codificadores de fatores de
transcrição:
• Genes GATA: Fatores de transcrição do tipo dedos-de-zinco, com dois domínios:
dedos C (fazem ligação com o DNA) e dedos N (regulam a ligação com o DNA). A
família GATA é formada por 6 genes altamente expressos em diversos tecidos,
divididos em:
- GATA1, GATA2 e GATA 3: Altamente expressos nas linhagens hematopoiéticas e
apresentam um papel essencial na diferenciação dos eritrócitos, na proliferação das
células-tronco hematopoiéticas e no desenvolvimento de linfócitos T. Altamente
expressos no desenvolvimento do cérebro, medula espinal e orelha interna.
- GATA 4, GATA 5 e GATA6: Altamente expressos durante o desenvolvimento de
tecidos de origem mesodérmica e endodérmica, especialmente coração, intestinos e
gônadas.
• Genes HOX (homeobox): família formada por 39 genes subdivididos em 13 grupos,
dentro de 4 clusters (A, B, C e D, que são regiões cromossômicas onde há sequências
de genes que são regulados de maneira semelhante) presentes em 4 cromossomos
(7, 17, 12 e 2, respectivamente). Codificam fatores de transcrição do tipo home
domínio e são altamente expressos no desenvolvimento dos eixos anteriores e
posteriores do embrião. Dentro de cada cluster, os HOX1 e HOX2 são expressos nos
estágios iniciais e em regiões anteriores do embrião. Os outros são expressos
sequencialmente, sendo os HOX9-HOX13 essenciais no desenvolvimento dos
membros inferiores. Esses genes também estão expressos durante a diferenciação de
células mieloides e o HOXA9 já foi associado ao desenvolvimento de leucemias.
• Genes TBX (T-Box): São importantes durante o desenvolvimento dos três folhetos
germinativos e na organogênese, com expressão intensa durante o desenvolvimento
cardíaco e dos arcos faríngeos. Fatores de transcrição que regulam a morfogênese
em estágios iniciais do desenvolvimento. Já foram identificados 17 genes desta
família. Anormalidades em genes T-Box levam a diversas anormalidades anatômicas,
como síndrome ulnar-mamária e síndrome da patela pequena.

Referências: MENDES, Isadora Cristina; JESUINO, Rosália Santos Amorim; Pinheiro, Denise
da Silva; REBELO, Ana Cristina Silva; ANOMALIAS CONGÊNITAS E SUAS PRINCIPAIS
CAUSAS EVITÁVEIS. Revista Médica de Minas Gerais, Universidade Federal de Goiás,
Departamento de Morfologia, GO (Brasil). 2018.

Nussbaum, Robert L.; McInnes, Roderick R.; Willard, Huntington F.; Thompson & Thompson.
Genética Medica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2008.

7- Pesquisar sobre os possíveis protocolos de atendimento ao


adolescente. (Comunicação em Saúde)

O Protocolo de Atendimento para Adolescentes é o HEEADSSS (“Cabeça”):

 H - HOME (casa) = Onde você mora? Quem reside em casa com você? O
Ambiente é calmo ou agitado? Quem briga mais na sua casa?

 E - EDUCATION/EMPLOYMENT (educação/emprego) = Sabe ler e escrever?


Atualmente estuda? Em que ano? Você trabalha?

 E - EATING DISORDERS (distúrbios alimentares) = Já fez dieta? Gosta do


seu corpo? Está contente com seu peso e altura?
 A - ACTIVITIES (atividades) = O que você faz além da escola? Pratica
esporte? Qual? Quantas vezes por semana? Utiliza celular? Joga videogame?
Quanto tempo passa entre celular, games, TV, computador, telinhas em geral?

 D - DRUGS (drogas lícitas/ilícitas) = Você bebe? Com que frequência?


Quando foi seu último porre? Onde costuma beber? Já experimentou kit
(energético + vodka)? Já ficou de porre? Fuma tabaco? Início, quantidade de
cigarros/maços por dia? Usou/usa outra droga? Qual / Início / Frequência /
Intoxicações por overdose?

 S - SEXUALITY (sexualidade) = Já ficou? Está apaixonado/a? Divide sua


intimidade corporal com alguém? Já teve revelações sexuais? Com pessoas de
sexo oposto, mesmo sexo, ou tanto faz?

 S - SECURITY (segurança) = Já sofreu algum tipo de violência? Onde? Por


quem? Assalto? Bullying? Já causou alguma violência? Consequências?

 S - SUICIDE (suicídio) = O que você faz quando se sente triste: fica quieto?
Chora? Já pensou em desaparecer / se machucar? Já tentou?

Todas as categorias profissionais são podem ser aptas, segundo o Ministério da


Saúde, a atender adolescentes. Visando a promoção de saúde e diminuição de danos,
as ações de saúde podem ser realizadas por membros habilitados da área da saúde
(como nas ESF ou UBS). A ESF é responsável pelo atendimento e acompanhamento
do adolescente e, quando necessário, pode encaminhá-lo para um pediatra de apoio
(atendimento de 0 a 19 anos).

Ademais, está explicito no Código de Ética Médica que “O não atendimento de


menores de 18 anos desacompanhados pode caracterizar discriminação”, ou seja,
mesmo que desacompanhado o adolescente ou criança deve ser acolhido,
prevalecendo sempre o princípio da confidencialidade e sigilo. Caso o indivíduo seja
menor que 14 anos, deve-se avaliar sua capacidade de discernimento sobre o assunto
e, caso haja um prejuízo a essa capacidade é necessário a presença de um
responsável no local.

Quando o exame físico for realizado, é preferível que outro profissional da saúde
acompanhe o procedimento e, caso houver abuso sexual, essa presença se torna
obrigatória. Em casos de procedimentos invasivos é recomendado que um
responsável esteja presente, salvo em casos de urgência com risco de visa iminente.
Além disso, os adolescentes têm direito à total acesso de métodos contraceptivos,
com ênfase na dupla proteção.

Por fim, a consulta do adolescente é dividida em 3 partes:

 Avaliação Clínica - Profissional com postura de compreensão e empatia,


observando e estimulando adolescente a expor suas queixas e dúvidas. Sigilo
só pode ser quebrado caso haja risco de vida (próprio ou de terceiros).
Consultas de rotina devem incluir orientação sobre drogas e promoção de
saúde. E caso acompanhado dos pais, certos momentos da consulta devem
ser separados dos pais, caso este demonstre maturidade.
 Exame Físico- Recomendada a presença de um auxiliar de enfermagem ou
responsável, no momento das mamas e genitálias em específico, em especial
caso o profissional seja do sexo oposto. / Avaliação do crescimento por meio
de gráficos sugeridos no protocolo e na caderneta do adolescente / Maturação
sexual é avaliada pela tabela de Tanner / Medição da pressão arterial / Exame
ginecológico em meninas apenas caso sejam sexualmente ativas / Exame de
mama e exame de testículos / Avaliação da Coluna Vertebral (escoliose e
outros).
 Exames Laboratoriais- Hemograma (crescimento/desenvolvimento,
transtornos alimentares, uso e abuso de drogas, ...), Glicemia, Colesterol e
Triglicérides (sobrepeso/obesidade, histórico ou sintomatologia de diabetes,
emagrecimento repentino, ...), Sorologia para Hepatite B e Hepatite C (uso de
piercings, drogas injetáveis, tatuagens, ....), Exame Ginecológico para toda
adolescente sexualmente ativa e outros exames de acordo com a
especificidade de cada caso.

Referências: PROTOCOLO ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE.


Ministério da Saúde (Sistema Único de Saúde), Prefeitura de Belo Horizonte, 2015

RESOLUÇÃO CFM No 2.217/2018. Diário Oficial da União, 01 de novembro de 2018, secção I,


p. 179.

8- Identificar os tipos de administração de medicamentos. Explicar a


punção venosa, suas indicações, contraindicações e suas complicações.
(PPM)

Conhecer a maneira certa de administração de medicamentos é de extrema


importância pois, além de promover uma melhor assistência ao paciente, mitiga os
danos a sua saúde, garantindo seu bem estar. Desse modo, cabe a profissional da
saúde - geralmente o enfermeiro, sendo essencial que ele tenha os devidos
conhecimentos técnicos para evitar conflitos e erros que possam ser fatais – preparar
e administrar os medicamentos prescritos pelo médico. Por fim, cabe diferenciar as
vias de administração de medicamentos:

 Via Oral- Medicamento administrado pela boca, seja comprimido, cápsula,


pílula ou solução líquida. Paciente deve ter condições de deglutir para que
essa seja recomendada e apresenta a limitação do tempo, pois o medicamento
precisa passar pelo aparelho digestório e geralmente é melhor absorvida no
intestino delgado.

 Via Parental- Medicamento é administrado através de injeção (fora do trato


gastrointestinal).
a. Endovenosa (agulha inserida direto na veia, efeito mais rápido).
b. Subcutânea (agulha inserida no tecido adiposo)
c. Intramuscular (preferível quando há quantidade maior de produto,
geralmente agulha é inserida no músculo do braço, coxa ou nádega)
d. Intratecal (via utilizada quando há necessidade de efeito quase imediato
ou direcionado no cérebro, medula espinal ou meninges. Anestésicos e
analgésicos são comumente administrados por meio de punção
lombar).

 Via Sublingual- Medicamentos colocados sob a língua ou entre a gengiva e os


dentes, não ingerido. São absorvidos diretamente pelos vasos sanguíneos
locais, sendo muito utilizada em casos de emergência como em crises de
hipertensão.
 Via Retal- Forma de supositório, medicamento é misturado à uma substância
serosa (que se dissolve após a introdução no reto). Medicamento é
rapidamente absorvido pois o reto é fino e amplamente vascularizado. Via
recomendada quando paciente apresenta náuseas muito fortes.

 Via Ocular- Via utilizada – geralmente – para tratar de distúrbios oculares,


como conjuntivites ou glaucomas. Medicamento é misturado a substâncias,
produzindo um líquido, gel ou pomada, sendo aplicado atopicamente no olho.

 Via Otológica- Via utilizada – geralmente – para tratar de distúrbios no ouvido,


como infecções e inflamações locais. Geralmente, em disposição de gotas, não
atingem a corrente sanguínea, minimizando os efeitos colaterais.

 Via Cutânea- Via que visa causar efeitos locais, ou seja, diretamente na pele
afetada. Comumente misturado a substâncias inativas para formar cremes,
pomadas, loções ou até mesmo pó. Trata distúrbios como a psoríase, secura,
infecções fúngicas, virais ou bacterianas.

 Via Transdérmica- Via em que são colocados adesivos sobre a pele, fazendo
com que o medicamento atinja a corrente sanguínea sem a necessidade de
injeções. Medicamento é administrado de forma lenta e constante, sem agredir
o organismo. Entretanto, o uso contínuo pode causar reações alérgicas,
irritando a pele. Por exemplo, adesivos de nicotinas que ajudam a manter os
níveis de nicotina constantes em indivíduos em processo de parada do
tabagismo.

Punção venosa consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia, de


preferência de grande calibre. Tem como objetivo instalar um cateter no trajeto venoso
periférico para manter uma via de acesso tanto para a infusão de alguma solução,
quanto para a administração – contínua ou intermitente – de medicamentos, sendo
indicada para pacientes internados com prescrição médica de soluções (como soro)
ou medicamentos intravenosos. Contudo, é contraindicada em casos de: Fístula
arteriovenosa (ligação anormal entre artéria e veia), esvaziamento ganglionar (retirada
dos linfonodos ou conglomerados de células de defesa) e veias esclerosadas, além de
não ser recomendada em pacientes que apresentem braços ou mãos edemaciados
(inchados), queimaduras ou plegias (paralisias) na área a ser puncionada.

Complicações pode ocorrer durante a punção, são elas: Choque (palidez, ansiedade,
tremores), Embolia (gasosa, sanguínea, oleosa), Flebites/Tromboflebites (processos
inflamatórios da veia), Esclerose (devido à injeções frequentes), Infiltrações
(extravasamento) e Abcessos (infecções).

Além disso, os materiais necessários para realizar o procedimento são: Bandeja,


Garrote (torniquete), Clorexidina alcóolica 0,5% ou álcool 70%, gaze ou algodão,
cateter intravenoso periférico apropriado ao calibre da veia, filme transparente estéril
para fixação, luvas de procedimento, dispositivo a ser conectado ao cateter de acordo
com o objetivo da punção e material para a permeabilização do cateter. Por fim, o
procedimento:

1. Lavar as mãos;
2. Verificar na prescrição médica: nome do cliente, número do leito, solução a ser
infundida, volume, data e horário;
3. Datar o equipo com o prazo de validade, conforme recomendação da CCIH do
hospital;
4. Identificar o cliente pelo nome completo;
5. Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
6. Calçar as luvas de procedimento;
7. Posicionar o cliente de maneira confortável e adequada à realização do
procedimento;
8. Expor a região a ser puncionada;
9. Palpar a rede venosa para escolher o local a ser puncionado, de preferência
vasos periféricos superficiais de grosso calibre e distante das articulações.
Indicadas: cefálica, basílica, mediana, as do antebraço e as do plexo venoso
do dorso da mão; sentido distal para proximal;
10. Escolher o cateter adequado ao calibre do vaso periférico;
11. Prender o garrote acima do local escolhido (não o colocar sobre as
articulações);
12. Pedir ao cliente para abrir e fechar a mão e, em seguida, mantê-la fechada;
13. Fazer a antissepsia da área usando algodão/gaze embebido em clorexidina
alcoólica 0,5%, com movimentos no sentido do retorno venoso ou circular do
centro para fora;
14. Tracionar a pele do cliente (no sentido da porção distal do membro) com a mão
não dominante, posicionando o dedo polegar cerca de 2,5 cm abaixo do local
selecionado para a punção;
15. Informar ao cliente o momento da punção, solicitando que faça uma inspiração
profunda;
16. Inserir a agulha com o bisel voltado para cima, até observar o refluxo do
sangue;
17. Retirar o mandril quando puncionar com cateter sobre agulha, fazendo pressão
acima da ponta do cateter com o indicador da mão não dominante;
18. Soltar o garrote e solicitar ao cliente para abrir a mão;
19. Adaptar a conexão de duas vias ao cateter;
20. Testar a permeabilidade do sistema. Observar se não há formação de soroma
(extravasamento de solução fora do espaço vascular) local;
21. Fixar o cateter à pele do cliente, utilizando película transparente estéril de
maneira que fique firme, visualmente estético e que não atrapalhe os
movimentos;
22. Identificar no próprio curativo do cateter o dia e hora da punção, o responsável
pela mesma e o calibre do cateter utilizado;
23. Colocar o cliente em posição confortável;
24. Recolher o material utilizado, desprezar o lixo em local adequado;
25. Retirar as luvas de procedimento;
26. Higienizar as mãos;
27. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário do paciente.

Referências: OLIVEIRA, Aminna Kelly Almeida de; MEDEIROS, Lays Pinheiro de; MELO,
Gabriela de Sousa Martins; TORRES, Gilson de Vasconcelos; PASSOS DA TÉCNICA DE
PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA: REVISÃO INTEGRATIVA. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Arq. Ciênc. Saúde, 2014.

BARROS, Elvino; BARROS, Helena M. T.; MEDICAMENTOS NA PRÁTICA CLÍNICA. Artmed,


1ª ed., cap. 4, p. 45-58, 2010.

9- Discutir a relação entre a desinformação e risco a saúde. (EPS)

Dentre as áreas em que há disseminação de notícias falsas, a saúde é alvo frequente.


A preocupação com esse fenômeno fez com que recentemente a Organização
Mundial da Saúde (OMS) convocasse representantes de empresas de redes sociais
para discutir soluções para o problema.
Para William Malfatti, diretor de comunicação da Associação Brasileira de Medicina
Diagnóstica (Abramed), a disseminação de informações incorretas é um risco à saúde
pública. “A desinformação é uma doença informacional, que pode causar letalidade. É
um mal contemporâneo, que leva à propagação de doenças que de certa forma
estavam equacionadas em um passado não muito distante”, diz.
A desinformação é considerada um agente ativo do movimento antivacinação, que
levou à queda das taxas de imunização em diversos países do mundo. O Brasil, um
país que já teve índices de cobertura vacinal de 95%, viu esse valor decrescer para
75%, alerta o diretor de comunicação da Abramed.
Uma pesquisa realizada pela Avaaz e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm),
no ano passado, mostrou que sete em cada dez brasileiros acreditam em alguma
informação falsa relacionada à vacinação. Dentre as pessoas consultadas no estudo
que não se vacinaram, 57% delas relataram pelo menos um motivo considerado como
desinformação pela SBIm e a OMS. Os mais comuns foram não achar a vacina
necessária, ter medo dos efeitos colaterais, medo de contrair a doença que estava
tentando prevenir, por causa de notícias e alertas lidos online ou ditos por um líder
religioso.
A desinformação não ocorre somente em relação às vacinas. Recentemente, vídeos
que circularam pelo WhatsApp traziam supostos efeitos da contaminação por
coronavírus e recomendações de uso de chás para “cura”. A cada notícia de nova
doença, o leque de informações falsas se amplia, se unindo à disseminação de fake
news sobre condições mais conhecidas, como o câncer.
Outra área constantemente atacada é a de exames. “Dados como o de que 80% dos
exames não apontam nada são erroneamente usados para induzir as pessoas a
acreditarem que eles são desnecessários. Na verdade, o recomendado é a pessoa
buscar ajuda profissional para determinar os exames que precisa realizar”, lembra
William Malfatti.

Referências: Campanhas de desinformação aumentam risco de adoecimento na


população, Conexão Seguro Unimed, 2020,
https://conexao.segurosunimed.com.br/campanhas-de-desinformacao-aumentam-risco-de-
adoecimento-na-populacao/, Acesso dia 07 de outubro de 2021.

Fernandes, Carla Montuori; Montuori, Christina, A rede de desinformação e a saúde em


risco, Biblioteca virtual em saúde, 2020, https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-
1102834, Acesso dia 07 de outubro de 2021.

10- Discutiras decisões de Paulinho em relação as teorias de Max Webber.


(EPS)

Ação Social é o legitimo objeto de estudo da sociologia, existente apenas quando há


contato com o outro, e consiste na conduta com que o indivíduo (ator) orienta para o
comportamento do outro. Isto posto, Max Weber dividiu as Ações Sociais em quatro
tipos:
Racional à fins- Ação estritamente racional. Desse modo, indivíduo busca o alcance
de seu objetivo próprio utilizando racionalmente as expectativas e comportamentos de
outros, ou seja, há uma escolha para o melhor meio a chegar em um fim.
Racional à valores- O Ator age de acordo com mandamentos ou exigência que ele
acredita serem dirigidas a ele, independe das consequências, ou seja, ações com
valores éticos, estéticos, religiosos ou políticos.
Afetiva- Ação orientada por afetos em geral ou estados emocionais atuais.
Tradicional- Ação que tem como fonte de motivação a força do hábito.
Referências: OLIVEIRA, Carla Montefusco de. Método e Sociologia em Weber: alguns
conceitos fundamentais. Inter-Legere, Natal, v. 3, n. 3, p. 01-10, 2008, jul/dez. 2008.

Fiscina, Lênin Cesar Freire, Indivíduo, valores e decisão em Max Weber, BDTD, 2015,
http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFS-2_5d5c15beab307c03c14b87f94457954a, Acesso dia 07
de outubro de 2021.

11- Conceituar Saúde de acordo com a OMS. (PAPP)

Pode parecer óbvio dizer que uma pessoa está saudável quando não está doente.
Essa ideia não está totalmente errada, mas o conceito de saúde pode ser ainda mais
amplo. Principalmente levando em consideração o que pode provocar o surgimento
das doenças.
Seguindo essa linha mais abrangente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em
1946, definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e
não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.
A percepção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em comum
com a definição de saúde. Desse modo, percebe-se a necessidade de analisar o
corpo, a mente e até mesmo o contexto social no qual o indivíduo está inserido para
conceituar melhor o estado de saúde.
Afinal, um conjunto de bons hábitos, quando combinados, contribuem para o menor
risco de desenvolvimento de doenças, sejam elas físicas ou mentais. As informações
que você confere a seguir são baseadas nas recomendações e nos estudos da OMS e
do Ministério da Saúde.

Referências: O que significa ter saúde?, Saúde Brasil, 2020,


https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-exercitar-mais/o-que-significa-ter-saude, Acesso
dia 04 de outubro de 2021.

Serge, Marco, Ferraz, Flavio Carvalho, O conceito de saúde, Scielo, 2021,


https://www.scielo.br/j/rsp/a/ztHNk9hRH3TJhh5fMgDFCFj/?lang=pt, Acesso dia 07 de outubro
de 2021.

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