Você está na página 1de 11

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

KAUANY FONSECA BELTRÃO


KEMILY KRISTINE SANTOS DE SOUZA
MAIQUE PATRIK DE SOUZA MOLINA
MARIA FERNANDA D'AVILA NUNES
NATHALLY THAYANNE DA ROCHA LEÃO MAIA

SISTEMA MUSCULAR
Embriologia Humana

PORTO VELHO
2022
KAUANY FONSECA BELTRÃO
KEMILY KRISTINE SANTOS DE SOUZA
MAIQUE PATRIK DE SOUZA MOLINA
MARIA FERNANDA D'AVILA NUNES
NATHALLY THAYANNE DA ROCHA LEÃO MAIA

SISTEMA MUSCULAR
Embriologia Humana

Seminário apresentado no curso de


Bacharelado em Enfermagem no Centro
Universitário São Lucas Educacional - Afya

Orientador: Daniel Sol Sol

PORTO VELHO
2022

1
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.………………………………………………………………….…………2
2 DESENVOLVIMENTO…….……………………………………………………………....3
2.1 CAMADAS GERMINATIVAS…………………………..…………………………….….4
2.2 DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO………….……………….…..5
2.3 MIÓTOMOS………………………………...…………………..……………………….5.6
2.4 DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO LISO……...….………………………………..7
2.5 DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO CARDÍACO……………………………….….7
2.6 ANOMALIAS NO DESENVOLVIMENTO DOS MÚSCULOS………………………....8
3 CONCLUSÃO..…...…………………………………………………………………….......9
4 REFERÊNCIAS...…………………………………………………………….…………..10

2
1. INTRODUÇÃO

O tecido muscular tem origem mesodérmica sendo caracterizado pela presença de


células alongadas que são denominadas miócitos ou fibras musculares, sendo assim, o
mesoderma embrionário dá origem aos músculos e tendo também o mesênquima que também
é um tecido conjuntivo embrionário que forma as células musculares embrionárias e os
mioblastos. Além disso, esse tecido constituem três tipos:
Músculo estriado Esquelético: É constituído por células alongadas. São fundamentais para
locomoção, fala, respiração, entre outras funções. Esses filamentos estão envoltos em
invaginações da membrana, cisternas de retículo endoplasmático e mitocôndrias, formando as
miofibrilas. Tem nome de músculo estriado esquelético porque tem a presença de estriações
transversais, produzidas pela organização dos filamentos de actina e miosina no interior das
fibras musculares. Estão localizados juntos ao esqueleto e conectados através dos tendões,
esse tipo de músculo é controlado pelo sistema nervoso central e é caracterizado por
movimentos fortes e voluntários, por exemplo, os músculos dos membros inferiores e
superiores: as mãos, as pernas, os braços e os pés.
Músculo estriado cardíaco: Localizado no coração. É controlado pelo sistema nervoso
vegetativo e caracterizado por contrações vigorosas e involuntárias. É derivado do mesoderma
esplâncnico visceral que cerca o tubo cardíaco.
Músculo liso ou não estriado: É um músculo com contração lenta e involuntária, controlado
pelo sistema nervoso vegetativo, ele é fundamental no desenvolvimento das vísceras e
deriva-se do mesoderma esplâncnico visceral que cerca o intestino e do ectoderma.

3
2. DESENVOLVIMENTO

O mesoderma embrionário é responsável por dar origem aos músculos. As células


musculares embrionárias e os mioblastos, originam-se do mesênquima, que é um tecido
conjuntivo embrionário. Elas constituem três tipos de músculos: Esquelético, que é
responsável pela motricidade e mantém uma íntima relação com o esqueleto. Os músculos
esqueléticos são controlados voluntariamente pelo sistema nervoso central e são fundamentais
para locomoção, fala, respiração, entre outras funções. Eles são classificados como estriado
devido à presença de estriações transversais, produzidas pela organização dos filamentos de
actina e miosina no interior das fibras musculares. Eles são derivados do mesoderma paraxial,
que constitui os mitos da região occipital até a sacral, e os somitômeros na cabeça. Cardíaco,
que, como o nome sugere, é o músculo que forma o coração. Os músculos cardíacos são
estriados e possuem contração involuntária, controlada por marcapasso intrínseco e modulado
pelo sistema nervoso autônomo. Ele é derivado do mesoderma esplâncnico visceral que cerca
o tubo cardíaco. Liso, que não possui estriações evidentes e é controlado involuntariamente.
Esse tipo de musculatura é fundamental no desenvolvimento das vísceras e deriva-se do
mesoderma esplâncnico visceral que cerca o intestino e do ectoderma. A diferenciação
miogênica deve-se ao MyoD, que é um importante fator regulador miogênico que ativa a
transcrição dos genes músculo-específicos e induz a diferenciação do mesênquima em
mioblastos.

2.1 CAMADAS GERMINATIVAS

As camadas germinativas diferenciam-se por volta da terceira semana, durante a


gastrulação. Esses folhetos germinativos são precursores de todos os tecidos embrionários.
Um conjunto de mudanças na forma, rearranjo e movimentação das células contribui para a
ocorrência da gastrulação. Nesse estágio do desenvolvimento, o disco embrionário bilaminar
passa a ser trilaminar e a orientação axial dos embriões é estabelecida. A gastrulação marca o
início da morfogênese, que é o desenvolvimento da forma corporal. As camadas germinativas
são o ectoderma, endoderma e o mesoderma.
O Mesoderma embrionário, é o precursor dos músculos esqueléticos, das células sanguíneas e
dos revestimentos dos vasos, da musculatura lisa, da musculatura cardíaca, dos revestimentos
dos ductos, dos órgãos do sistema reprodutor e excretor e a grande parte do sistema
cardiovascular.
4
2.2 DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

Os músculos esqueléticos, que se relacionam com o esqueleto apendicular e axial, são


formados pela transformação epitélio mesenquimal das células precursoras miogênicas. Em
resposta a sinais moleculares dos tecidos vizinhos, as células precursoras miogênicas vão se
originar a partir do mesoderma somático e do dermomiótomo ventral dos somitos.
A miogênese inicia com o alongamento dos núcleos e dos corpos celulares das células
mesenquimais ao se diferenciarem em mioblastos. Elas se fundem formando estruturas
alongadas, multinucleadas e cilíndricas, chamadas de microtúbulos, o que marca o padrão
celular do miócito. O crescimento da musculatura, então, resulta da fusão contínua de
mioblastos e miotubos. Os eventos citados são precedidos pela ativação genética e expressão
da família MyoD de fatores de transcrição. Acredita-se que as moléculas de sinalização do
tubo neural ventral, da notocorda, outras do tubo neural dorsal e do ectoderma sobrejacente
regulam o início da miogênese, a indução para diferenciação.
O músculo esquelético é formado por miofibrilas e miofilamentos que se desenvolvem no
citoplasma dos miotubos durante ou depois da fusão dos mioblastos. As células musculares
vão ser revestidas por uma camada de tecido conjuntivo, denominada endomísio, que é
formado por uma lâmina externa e por fibras reticulares. Essas fibras musculares se
organizam em fascículos que são envolvidos pelo perimísio. Por sua vez, os fascículos se
agrupam e formam os músculos. Ao redor do músculo, encontramos um tecido conjuntivo
chamado de epimísio. As camadas de tecido conjuntivo organizam os feixes musculares,
permitindo um sentido de contração adequado para o movimento que aquele músculo precisa
realizar. As células responsáveis por produzir essas camadas que mantêm a dinâmica
funcional desses tecidos são os fibroblastos.
A maior parte dos músculos se desenvolve durante a gestação e apenas uma pequena parcela
remanescente se forma até o primeiro ano de vida. O crescimento muscular se dá pelo
aumento do tamanho e do diâmetro das fibras musculares resultante da formação de mais
miofilamentos. A musculatura aumenta em comprimento e espessura acompanhando o
esqueleto.

2.3 MIÓTOMOS

Os miótomos são agrupamentos celulares que dão origem a um tecido específico. O


desenvolvimento embrionário está relacionado com a dinâmica anatômica funcional da
5
musculatura. Os miótomos de um somito se ramificam em divisão epaxial, dorsal e hipaxial
ventral, sendo que esta vai estar relacionada com a musculatura com dinâmica flexora, e
aquela com a dinâmica extensora. Cada divisão do miótomo é inervada por um nervo
espinhal, que tem motricidade voluntária. O ramo dorsal primário se conecta à divisão epaxial
dorsal enquanto que o ramo ventral primário, à divisão hipaxial. Os mioblastos vão migrando
para longe do miótomo para formar os grupamentos musculares. Os mioblastos que formam a
musculatura esquelética do tronco são derivados do mesênquima das regiões dos miótomos
dos somitos. Alguns desses músculos permanecem de forma segmentada tal como os somitos
e outros, formados por mioblastos que migraram para longe do miótomo, não são
segmentados. Os mioblastos axiais dos miótomos dão origem aos músculos extensores do
pescoço e da coluna vertebral. A divisão ventral hipaxial vai dar origem aos miótomos
cervicais, torácicos e lombares. Os miótomos cervicais vão dar origem à musculatura ântero
lateral do pescoço. Os miótomos torácicos vão da origem aos músculos flexores lateral e
ventral da coluna vertebral, além disso, algumas células vão migrar para as extremidades para
formar a musculatura anterior e posterior dos membros. Já os miótomos lombares formam o
músculo quadrado lombar. Os ligamentos sacrococcígeos dorsais são os derivados adultos dos
músculos extensores embrionários derivados dos miótomos sacrais e coccígeo que se
degeneraram.
Os arcos faríngeos formam os músculos da mastigação, da expressão facial, da faringe
e da laringe. Os mioblastos derivados desses arcos se originam a partir do mesoderma paraxial
não segmentado e da placa precordal. Acredita-se que os músculos oculares se originam do
mesoderma próximo à placa precordal. O mesênquima desta área dá origem a três miótomos
pré-ópticos, que dão origem à musculatura extrínseca ocular, que é inervada pelos pares
cranianos III, IV e VI.
A musculatura da língua tem origem mesodérmica a partir de 4 miótomos occipitais
(pós-ópticos), sendo que o primeiro par desaparece. Esses músculos vão ser inervados pelo
nervo hipoglosso. A musculatura dos membros se desenvolve a partir dos mioblastos que
estão em torno dos ossos em desenvolvimento. Essas células são originárias do
dermomiótomo dos somitos e, após a transformação epitélio mesenquimal, migram para as
extremidades que são a origem dos membros. A migração dessas células é estimulada e
regulada pelo fator de crescimento peptídeo migratório (MET).

6
2.4 DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO LISO

A musculatura lisa desenvolve-se a partir do mesênquima esplâncnico, o que o faz ter


uma íntima relação com o desenvolvimento das vísceras ocas do trato gastrointestinal. Os
músculos lisos se desenvolvem ao redor do endoderma do intestino primitivo, que precede o
trato gastrointestinal, desde a boca ao ânus. Os mioblastos que originam o músculo liso são
fusiformes, com núcleo alongado e não formam estrias devido a uma organização
diferenciada dos filamentos de actina e miosina. Os mioblastos desse tipo de musculatura não
se fundem, permanecendo mononucleares. Com o tempo, a mitose dos mioblastos já
existentes vai substituindo a diferenciação de novos mioblastos. Esses músculos estão
relacionados com a motricidade do trato gastrointestinal e recebem uma inervação autônoma,
involuntária.

2.5 DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO CARDÍACO

O músculo cardíaco, assim como os outros subtipos musculares, também têm origem
mesenquimal, sendo que nesse caso é do mesênquima esplâncnico lateral. A musculatura
cardíaca se desenvolve ao redor do tubo cardíaco primitivo. O sistema circulatório primitivo é
um dos primeiros a ser desenvolvido devido à necessidade de nutrição e excreção dos
metabólitos. Dessa forma, o estímulo para a diferenciação em mioblastos que originaram a
musculatura é precoce, em torno da quarta semana de gestação através da expressão de genes
cardíaco-específicos.
Os miócitos do músculo cardíaco não surgem por fusão de células como ocorre no músculo
esquelético, mas sim por diferenciação e crescimento individual das células. Os mioblastos se
aderem uns aos outros no desenvolvimento, porém mantém as membranas celulares
intermediárias. A formação de novos miofilamentos resulta no crescimento das fibras
musculares cardíacas. Os mioblastos responsáveis por essa musculatura também vão dar
origem ao sistema de condução elétrica cardíaca. Algumas células cardíacas desenvolvem
feixes com poucas miofibrilas e diâmetro relativamente maior, que vão se diferenciar em
fibras de Purkinje que servem para rápida condução elétrica. Inicialmente, essas células
possuem uma diferenciação e crescimento isolado e, posteriormente, se unem e se organizam
na parede do coração.

7
2.6 ANOMALIAS NO DESENVOLVIMENTO DOS MÚSCULOS

A ausência parcial ou completa de um músculo é um evento relativamente frequente.


Essas alterações podem ocorrer devido a uma embriogênese inadequada, como problemas na
migração e no desenvolvimento dos mioblastos. A título de exemplos, podem ser citados
ausência da cabeça esternocostal, ausência completa dos músculos palmar longo, serrátil
anterior ou trapézio. Todos os músculos estão sujeitos a variações anatômicas, embora a
incidência de variações em alguns seja maior. Diferenças na forma, posição e inserção dos
músculos, habitualmente, são funcionalmente insignificantes. No entanto, algumas alterações
morfológicas podem constituir anomalias, que podem ser leves ou graves, configurando
alguma síndrome. A síndrome de Poland é caracterizada pela ausência do músculo peitoral
menor e pela ausência parcial do músculo peitoral maior. Indivíduos com essa má formação
podem ter mamilos e aréolas ausentes ou deslocados e, frequentemente, apresentam defeitos
nos dedos da mão, como sindactilia (dedos fusionados) e braquidactilia (dedos curtos)
ipsilateralmente. Ademais, essa síndrome pode causar anomalias mamárias. Outra síndrome
causada por anomalias no desenvolvimento muscular é a síndrome do abdome em ameixa
seca que é caracterizada pela ausência parcial ou total da musculatura abdominal. A parede
abdominal dos indivíduos portadores dessa síndrome, geralmente, é tão fina que os órgãos
abdominais são facilmente visíveis ou palpáveis. Pode estar associada a malformações do
sistema urinário e da bexiga, o que, eventualmente, acarreta em acúmulo de líquido que
distende o abdômen. A ausência congênita do diafragma causa dificuldade respiratória e,
geralmente, está associada com a expansão incompleta dos pulmões (atelectasia pulmonar) e
pneumonia.

8
3. CONCLUSÃO

O tecido muscular é formado por células alongadas com capacidade de contração que
recebem a denominação de fibras musculares. É um tipo de tecido que apresenta como
característica mais marcante sua capacidade de contração. Ele é essencial para o
funcionamento do nosso corpo, sendo ele o responsável por garantir, por exemplo, os nossos
movimentos e o batimento do coração. O tecido muscular desempenha um papel importante
no nosso corpo devido a sua capacidade de contração, extensibilidade, elasticidade e
excitabilidade. É por causa dele que conseguimos executar movimentos no nosso corpo,
garantir os batimentos cardíacos, a movimentação do sangue e de alimentos, produzir calor
para a proteção, garantir a estabilidade do corpo e muitas outras coisas.

9
4. REFERÊNCIAS

Moore KL, Persaud TVN, Torchia MG. Embriologia clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2016.

Sadler TW. Langman: Embriologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

Koeppen BM, Stanton BA. Berne & Levy: Fisiologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

10

Você também pode gostar