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Axiomas Terapêuticos
A Medicina Tradicional Chinesa é uma medicina energética. Toma como base a existência
de uma estrutura energética para além do corpo físico, cujo carácter é funcional.
Para MTC, doença equivale a desequilíbrio energético. A doença uma vez instaurada toma
um percurso evolutivo que, por seguir leis pré-estabelecidas, se pode determinar ou prever e
por isso travar. A doença é um estado de desequilíbrio energético que se pode manifestar
por uma deficiência ou por um excesso (síndromas de plenitude ou de vazio).
Há duas obras que podem ser vistas como os “pais” da Medicina Tradicional Chinesa, trata-se
de "Su Wen -素問” e "Ling Shu -靈樞”, compiladas no conhecido "Huang Di Nei Jing -黄帝内
经 ” . O ser humano é visto como indivisível do todo, da unidade, que é o mundo que o
circunda, e quem diz o mundo diz o próprio Universo.
Acupunctura
As agulhas são colocadas ao longo dos meridianos funcionando como comportas ao longo
de um rio, que controlamos utilizando técnicas e escolhendo pontos para dispersar ou
tonificar a quantidade de Qi, equivalendo ao abrir e fechar de comportas num rio para gerir
o fluxo de água.
O primeiro documento conhecido que versa sobre Acupunctura aparece com o Huang Di
Nei Jing, ou Tratado da Medicina Interna do Imperador Amarelo, comummente conhecido
por Nei Jing.
Meridianos Energéticos
Os meridianos de Acupunctura são, pois, os canais onde circula a energia, o Qi. Estas vias
de circulação energética não são palpáveis.
Moxibustão
- Planta principal ou ‘Imperador’, que vai tratar a principal causa dos sintomas;
- Planta ‘Assistente’, que reforça a acção das plantas anteriores, mas que também vai ter o
importante papel de eliminar ou reduzir a sua intensidade ou mesmo toxicidade, eliminando
possíveis efeitos secundários;
- Planta ‘Embaixador’, que dirige a acção da fórmula para o meridiano, sistema ou parte do
corpo afectada, regulando ainda a acção das outras plantas da fórmula.
Massagem Tui Na
Após a aplicação de Tui Na, o organismo terá cerca de 72 horas de reações, que é o tempo
de reequilíbrio energético.
Qi Gong
O Qi Gong ou ginástica Energética pode ser descrita como um conjunto de exercícios físico-
respiratórios lentos e pausados, com uma cadência específica que visam melhorar o estado
energético. A prática da Qi Gong regula e melhora a função dos músculos, canais
energéticos, órgãos, vísceras, circulação de sangue e sistema nervoso. Fortalece o corpo e
permite um equilíbrio da mente e do espírito.
Dietética Chinesa
É importante não só averiguar qual é o tipo de alimentação que o paciente faz, como
também prescrever a alimentação mais correta para o seu diagnóstico energético.
Isto significa identificar para cada alimento, um sabor, uma acção sobre cada órgão e uma
acção sobre cada meridiano do corpo. É igualmente necessário saber misturar os vários
ingredientes a fim de evitar efeitos contrários, tendo em linha de conta, a forma mais
conveniente de confecionar e escolher cada alimento conforme a estação do ano.
A MTC parte do princípio de que existe uma substância imaterial, invisível para nós, que se
chama Qi (Energia) e que é responsável pelas diversas mudanças biológicas (Energia/Qi
como fonte integrante e reguladora de toda a forma físico-química). O Qi é a energia vital,
que circula também nos meridianos e que está presente em todas as coisas.
O Qi (energia) é a base das funções fisiológicas e psicológicas do ser humano. Quando o seu
fluxo normal é interrompido por algum factor, surgem os distúrbios físicos, mentais e
emocionais que geram a doença.
O Qi pode ser visto como matéria a ponto de se tornar energia, ou como energia a ponto de se tornar
em matéria. A energia que nos move e que está presente em tudo o que nos rodeia.
O Qi do indivíduo pode ser definido como a energia que anima a matéria. No entanto, de
acordo com o ideograma, põe-nos perante a questão da indissociabilidade da matéria e da
energia, dos dois aspetos da mesma realidade, podendo assim considerar-se o sangue e os
líquidos orgânicos como formas Yin da Energia, pois veiculam o Qi.
Yin – Yang (parte I)
Yin e Yang são generalizados para toda a natureza, mostrando que o princípio de oposição se
encontra em todas as partes e que é, por assim dizer, a origem de todas as manifestações,
que por sua vez contêm, em proporções variáveis, ambos os princípios. Yin e Yang são
complementares pois um não existe sem o outro, e são dependentes, onde um existe também
o outro tem que existir.
- Yang caracteriza-se por menos palpável, mais ativo e funcional, mais rápido, mais ágil,
mais leve, mais quente, mais luminoso.
- Yin caracteriza-se por mais palpável ou material, mais estático, nutritivo, lento, menos
ágil , mais pesado, mais frio, mais escuro.
Zang – Fu
O Homem deve ser considerado um transformador de energia e essa transformação,
elaboração e circulação de energia é executada através da atividade combinada e
harmoniosa de órgãos e vísceras (sistema Zang-Fu).
- Zang (órgãos): são os “armazéns” onde a energia fornecida pelas vísceras é recebida e
armazenada, gerida e conduzida para a função que deve desempenhar. Os Zang têm uma
natureza Yin e são eles:
- Fígado;
- Coração;
- Mestre do Coração;
- Baço-Pâncreas;
- Pulmão;
- Rim;
Fu (vísceras): são as “oficinas”, onde se fabrica e cria a energia a partir de aportes externos.
As vísceras têm a função de manter a homeostase com o meio, proteger o órgão (Zang)
acoplado, processar os alimentos e gerar energia que vai para os órgãos (Zang). São em
geral ocas e muito ativas. São consideradas de natureza Yang.
- Vesícula Biliar;
- Intestino Delgado;
Triplo Aquecedor;
- Estômago;
- Intestino Grosso;
- Bexiga;
Mas o movimento de toda esta Energia não é possível sem a união Yin-Yang, portanto a
todo Yang corresponde um Yin para que possa acontecer o movimento e a mutação.
- Baço-pâncreas e Estômago;
- Rim e Bexiga;
O Mestre Coração também não possui manifestação física, embora muitos autores o
relacionem com o pericárdio. Ele funciona como subordinado/lacaio e ao mesmo tempo
guarda-costas do Coração.
A função dele é essa mesmo, executar as ordens do Coração e protegê-lo.
O Triplo Aquecedor reflete o nosso metabolismo (muito similar ás funções do Rim Yang), a
mobilização dos líquidos pelo organismo e a coordenação entre os 3 aquecedores:
- superior:cárdio/respiratório
- médio: digestivo
- inferior: reprodutor/excretor).
Não tem manifestação física e é considerado uma víscera.
A nossa concepção de Mente corresponde nas tradições chinesas aos "cinco espíritos",
chamados de "Cinco Shen": (residem no respetivo órgão)
Shen - Coração,
Hun - Fígado,
Po - Pulmões,
Yi - Baço e
Zhi – Rins.
Taoísmo e Medicina Chinesa
O ideograma Dao pode ser traduzido como ‘via’ ou ‘caminho’, mas neste caso interpreta-se
de forma mais profunda e abrangente: como aquilo que faz com que as coisas sejam como
são.
“O Dao produz o Um; o Um compreende o Dois e manifesta-se como Três; o Três produz
os dez mil seres.”
Do caminho (o Dao), surge uma energia base (o Um); esta energia desdobra-se em outras
energias que dela surgem (o Dois – Yin e Yang), podemos relacionar essas energias com a
organização mental/consciência e matéria/estrutura. Desta forma teremos três energias base,
estas energias em conjunto, através da harmonia do Wu Xing (teoria dos cinco elementos ou
movimentos) originam tudo o resto (os dez mil seres).
O Dao contém então o Um, ou seja, em termos de Medicina Tradicional Chinesa, o Qi que
traduziremos como energia. A energia (Qi) é bipolarizada entre Yin e Yang, que será, então o
Dois. Desta forma formam o Três e surge a multiplicidade, uma vez que tudo, sem exceções,
contém Qi.
Assim, o Dao é o vestígio deixado no mundo visível pelo princípio que o governa, e que
permite ao Homem tomar consciência dele, consciência essa expressa pelo pensamento.
Porém, o Dao não é algo palpável ou visível, é algo imaterial, é uma essência. (não está,
portanto, no estado de manifestação: do qual se vem a criar.
Conceitos de Energia Qi
Do ponto de vista etimológico, a origem do termo ‘Energia’ vem do grego ‘Energeia’,
compondo-se por ‘En’ (dentro) e ‘Ergon’ (trabalho, ação), ou seja, liberalmente poderíamos
traduzir a ideia da palavra como ‘Ação Interior’.
As energias Yin e Yang que compõe o Qi, transformam-se umas nas outras, assumindo por
conseguinte, as relações entre diferentes sistemas, que se interpenetram e se conservam
parcialmente, não existindo um circuito fechado em que a existência dos seres, vivos ou
não, é o equilíbrio dinâmico do trabalho incessante, ou seja, da energia infinita.
Consequentemente, nenhuma forma é absoluta.
Para a Medicina Tradicional Chinesa a visão do Homem é sincrética e não esquece nem o
retira do seu meio físico e social, sendo que todos os fenómenos fisiológicos e
fisiopatológicos são tidos como resultados do estado energético do paciente. O Homem é
uma entidade indivisível e indissociável do seu meio, com o qual forma um circuito
energético com trocas diversas e permanentes.
Ambos se transformam um no outro, numa oposição dinâmica. Yin e Yang são relativos, são
indissociáveis: só se define um em função do outro, um só existe contendo um pouco do
outro, “eles são causa e efeito, logo transformação”.
O Céu trata-se de um elemento de natureza Yang ; o Céu é o Yang supremo, simboliza o máximo de
qualidade Yang (masculino). O Céu é ilimitado, impalpável, não mensurável, contínuo. A sua
representação é o círculo.
O Ser Humano situa-se entre o Céu e a Terra, participando nos dois e formando o elo de
ligação entre os dois; pois é o Dois que se manifesta como Três! É o produto do Dois (o Céu
e a Terra, ou Ying e Yag).
• O meio-dia corresponde ao máximo de Yang, o sol está no seu ponto mais alto e quando
há menos sombra no chão.
• Já a meia-noite é o ponto mais Yin, pois é o pino da noite, com menos iluminação.
- Eixo das Variações, traduz-se nos momentos em que o Yin começa a entrar no Yang e em
que o Yang começa a entrar no Yin:
Conforme se lê no Nei Jing: No Yin (- -), há o Yin (==); no Yang (-), há o Yang (=).
Do meio-dia ao crepúsculo, a luz está sempre presente (Yang), mas é a altura da diminuição
(Yin) da luminosidade. Por isso, esta parte é Yin no Yang. É de natureza Yang e de evolução
Yin.
Do crepúsculo à meia-noite, é a parte não iluminada do dia (o sol está posto), por isso Yin,
mas com o aumento da noite e o afastamento do sol. Esta parte é por isso duplamente Yin,
de natureza e evolução Yin.
Da meia-noite à alvorada, a Terra não está sempre iluminada (Yin). Mas a noite vai ser
progressivamente iluminada a partir dos primeiros raios de alvorada (Yang). Esta parte é
pois Yang no Yin, ou seja, de natureza Yin, mas de evolução Yang.
O Ciclo Nictemeral desenrola-se de forma idêntica ao do decurso do ano, com as variações
sazonais. Os extremos são pontuais e que o Yang, chegado ao seu máximo, tende para o
mínimo, tornando-se ou dando lugar ao Yin, e vice-versa. Por outro lado, os estados
intermédios são pontos de inflexão, o que acentua o carácter dinâmico.
- Iguais Repelem-se: Os pólos dos ímanes mostram-nos que os opostos se atraem e que os
iguais repelem-se.
- Opostos Atraem-se: O protão atrai o electrão, o pólo negativo do íman puxa e atrai o pólo
positivo.
- Não Há Absolutos: A mulher, que é Yin, produz hormonas masculinas, que são Yang. O
homem, que é Yang, produz hormonas femininas, que são Yin.
- Não Há Idênticos: Nada é idêntico a outra coisa, nem os gémeos verdadeiros. Nenhum ser
é idêntico a outro.
Todas as coisas possuem uma natureza bipolar, cujo equilíbrio permite a coexistência e
determina a relatividade. É desta dialética Yin – Yang que nascem os ritmos energéticos
fundamentais do Universo, cujos efeitos o Homem sofre, ao mesmo tempo que é produto
deles.
O médico deve saber observar as relações entre o Homem e o mundo exterior, entre o modo
de vida e a doença. Só depois de ter reunido todos estes elementos, poderá resolver o
problema terapêutico, conforme a região, o clima e o indivíduo”, precisamente porque o
Homem é um produto do meio, do Universo, situado entre o céu e a terra.
É necessário “seguir as estações”, note-se que é “preciso cuidar a doença antes que se
manifeste”, pelo que para tal há que acompanhar os ritmos energéticos não só nictemerais
como anuais: “Na Primavera e no Verão, o sábio armazena o seu Yang; no Outono e no
Inverno, o seu Yin; segue, assim, a sua origem”.
As Vísceras Yang
Os Órgãos Yin
Podemos dizer que as Vísceras são Yang e que os Órgãos são Yin. A cada uma destas
vísceras Yang ou Yin corresponde um Meridiano Principal (MP).
/
Meridianos Principais
Tanto Vísceras como Órgãos têm, ao longo de todo o corpo, trajetos energéticos, as vias
onde a sua energia se movimenta, que são denominados de Meridianos Principais. A
circulação energética seguirá a ordem de um Yin a um Yang que o complementa, e daqui a
outro movimento, cumprindo os princípios de alternância energética.
• do Coração (C);
• do Fígado (F).
• da Bexiga (B);
• do Estômago (E);
Triplo Aquecedor:
Em Medicina Tradicional Chinesa estas são as chamadas Vísceras Curiosas, não têm
Meridiano Principal associado.
Energias que circulam no organismo
• Energia Ancestral :
Podemos também chamar-lhe Energia Jing ou Hereditária, e é aquela que serve para a
reprodução (pode ser identificada, em termos ocidentais, como a energia cromossónica).
• Energia Rong :
Energia Rong é a que tem a sua origem naquilo que é extraído dos alimentos.
Esta Energia circula nos Meridianos Principais, segundo um ciclo bem determinado, que
detalhamos abaixo:
P-->IG-->E-->BP-->C-->ID-->B-->R-->MC-->TA-->VB-->F-->P
Este ciclo é percorrido 50 vezes por dia, sendo a sua circulação feita, sobretudo, nos
Meridianos Principais.
A Energia mais degradada será eliminada sob a forma de urina, a Energia purificada, nestas
segundas núpcias, encaminha-se para as supra-renais, para originar a Energia Wei. Digamos
que a Energia Wei resulta de uma segunda extracção de energia pura dos alimentos.
É uma Energia qualificada de “guerreira”, uma vez que está encarregue de assegurar a
proteção do organismo contra as agressões externas (pode-se, em termos ocidentais,
comparar ao sistema imunitário).
Trata-se de uma Energia extremamente Yang, devido à sua rapidez de circulação e à sua localização
superficial.
Estabelecimento dos 5 Movimentos :
Este estudo relacionado com a evolução anual, isto é, a subida ou descida do sol sobre a
eclíptica:
• o sol ocupa duas posições intermediárias: uma na Primavera (Yang dentro do Yin);
uma no Outono (Yin dentro do Yang)
Estes diferentes pontos cardeais não podem existir sem que exista um centro referencial
(sem centro, nenhuma direção é possível).
Ao Inverno, associa-se o Movimento Água e ao Verão o Movimento Fogo;
O centro tem como propriedade essencial estar ao meio do eixo dos estados (ou dos
solstícios: Verão, Inverno) e ao meio do eixo das transições (ou dos equinócios: Outono,
Primavera); é um centro equilibrado energeticamente e corresponde ao meio do dia. O
círculo é o símbolo do Tempo, representa as posições sucessivas do sol durante o dia,
enquanto que o Centro é o sistema de referência para os pontos cardeais, e simboliza o
Espaço.
- Fígado associa-se o Vento (períodos ventosos ou regiões sujeitas a muito vento, as pessoas
costumam ficar mais coléricas e agressivas).
- Coração, o Calor: (a bomba cardíaca funciona mais quanto mais calor estiver).
• O Coração, em Suor.
• O Baço, em Baba.
• Os Pulmões, em Muco.
• Os Rins, em Saliva.
• O Baço, o Canto.
• Os Pulmões, os Soluços.
• Os Rins, as Lamentações.
• O Baço, o Perfumado.
• Os Rins, o Mofo.
Leis Fisiológicas e Terapêuticas:
Lei da Produção:
Movimentos:
(Uma agressão energética, isto é uma doença, ao nível de um Órgão repercute-se, a mais ou
menos longo prazo, sobre todos os outros Órgãos).
Lei Mãe-Filho:
Por exemplo se o Fígado está com excesso de Energia, será necessário dispersar o “Filho”,
isto é o Coração.
Deverá ter-se sempre presente no espírito a relatividade dos termos “Mãe” e “Filho”. Um
Órgão é “Mãe” em relação ao seguinte, dentro do ciclo de produção, e torna-se “Filho” em
relação ao precedente.
É uma lei patológica, pois determina patologias. Representa uma maximização do efeito
fisiológico da inibição.
Madeira “destrói” a Terra: um excesso de Vegetação sobre uma Terra esgota-a totalmente
dos seus recursos nutritivos.
Fogo “destrói” o Metal: um Fogo poderoso faz fundir o Metal dissociando as suas
moléculas.
A “destruição” pode fazer intervir dois mecanismos diferentes que coexistem muitas vezes:
• O Órgão “inibido” apresenta uma diminuição de Energia e sofre uma acção “destrutiva”
por parte do Órgão “que o inibe”: o Baço em défice de Energia é destruído pelo Fígado em
estado de equilíbrio energético.
• O Órgão que “inibe” apresenta um excesso de Energia e exerce uma acção “destrutiva”
sobre o Órgão “inibido”: o Fígado em excesso de Energia “destrói” o Baço.
A Madeira em excesso “despreza” o Metal: uma lamina fina ao bater num tronco muito
grosso parte-se e não o corta.
O Fogo em excesso “despreza” a Água: um copo de Água não tem efeito sobre um incêndio,
que a evapora.
O Metal em excesso “despreza” o Fogo: uma fonte de calor moderada tem pouca acção
sobre uma massa metálica que nem se funde, nem amolece e mantém a sua forma original.
Estas Leis, como as precedentes, podem fazer intervir dois mecanismos diferentes, que
muitas vezes coexistem:
• O Órgão “inibido” apresenta um excesso de energia e por isso pode “desprezar” o Órgão
que o “inibe”.
• O Órgão que “inibe” apresenta um défice de energia e sofre por parte do Órgão “inibido”
uma acção de “desprezo”.
Ácido
• refresca o corpo;
• acalmar o temperamento;
• alimentar o Yin;
Deve ser evitado este sabor quando existe presença de Vento-Frio; ou energia perversa na
camada mais superficial.
Amargo
• seca a humidade;
• endurecer/enrijecer;
• afundar;
• acalma o coração);
Consumo excessivo: efeito laxativo; desidrata (por exemplo: pele seca pelo consumo
excessivo de café e tabaco); prejudica o Estômago e o Baço-Pâncreas (pela sua relação mãe-
filho); prejudica os ossos; aquece o Coração (em especial quando se consome em excesso
sabores amargos de natureza quente); inibe o espírito.
Deve ser evitado em casos de diarreia, stress, osteoporose ou outros problemas do foro
ósseo, desidratação, úlceras, gastrite.
Doce
• aquece,
• fortalece,
• harmoniza,
• hidrata,
• nutre, suplementa.
• controla o apetite;
• estabiliza a mente.
Deve ser evitado quando haja excesso de peso, bronquite, sinusite, fadiga, peso na cabeça,
problemas renais, problemas ósseos e de dentes.
Picante
• movimenta o Qi;
• dispersa;
• produz transpiração;
• fortalece os pulmões (trata as doenças do Pulmão ⇝ Tipo Frio e tipo Quente, existem
alimentos e plantas Picantes - Quentes e Picantes - Frias),
• revigora o Qi;
• problemas respiratórios;
Salgado
• arrefece;
• hidrata;
• libertar, suavizar;
• expelir acumulações;
• Destruição.
• Desprezo.
• Mãe-Filho.
• Filho-Mãe.
Todas as leis, quer sejam fisiológicas ou patológicas, estão sob a dependência relativa dos
fatores desencadeadores:
• Terrestres: Sabores.
Além das quatro leis patológicas, uma quinta (sem nome particular) exerce ação direta sobre
o órgão a partir do qual as outras quatro leis se vão combinar.
Por exemplo, o tabaco cujo sabor é amargo logo vai agir no movimento fogo = coração:
- repercussão sobre o Filho- Terra (BP-E): diminuição do apetite, dispepsia, gengivite, cancro da língua.
- desprezo da Água (R-B): diminuição da libido, desordens menstruais, menopausa precoce, parto prematuro,
aborto espontâneo (20% dos casos).
- repercussão sobre a “Mãe” Madeira (F-VB): acção colecisto-cinética e diminuição da acuidade visual .