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LEGENDA

Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 8 (21588) Resposta correta na questão


RAYANE THAYNARA # Resposta correta - Questão Anulada
Atividade finalizada em 05/01/2024 16:16:40 (1550005 / 1)
SANTOS
X Resposta selecionada pelo Aluno

Disciplina:
PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: TEORIA LITERÁRIA [858949] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 3,33 pontos [capítulos
- 4]

Turma:
Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em Letras-Português - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A100523 [91546]

Aluno(a):
91303443 - RAYANE THAYNARA SANTOS - Respondeu 6 questões corretas, obtendo um total de 2,50 pontos como nota

As poéticas clássicas eram imanentemente normativas, ou seja, estabeleciam


[359298_1320
48] preceitos para o bom fazer literário. Na Poética de Aristóteles, por exemplo, verifica-se
Questão
001
como se deve fazer ou o como deve ser a obra literária de qualidade para que suscite
as emoções que deve suscitar. Como isso se dá nos latinos?
Nos latinos, a normatização surge da recuperação dos preceitos Platônicos sobre a
X
arte mimética.
Nos latinos, não há normatização. As poéticas latinas são meras descrições de obras
literárias de seu tempo destacando a singularidade de cada uma.
Nos latinos, a normatização surge da ideia de que para um poeta ser bem sucedido
precisa usar técnicas originais.
Nos latinos, não há normatização, posto haver o entendimento de que se um poeta foi
bem sucedido usando determinadas técnicas, o caminho para o sucesso dos que
haverão de vir é copiando-o.
Nos latinos, a normatização surge da ideia de que se um poeta foi bem sucedido
usando determinadas técnicas, o caminho para o sucesso dos que haverão de vir é
copiando-o.

[359297_1320
57]
Questão Sobre a catarse é correto afirmar:
002

Processo de purificação do espírito humano e de expurgação de suas emoções,


vivenciado pelo ator em cena.
Processo de purificação do espírito humano e de expurgação de suas emoções,
alcançado pela vivência de experiências de outrem através da representação artística,
portanto, ocorre apenas no teatro e no cinema.
Processo de purificação do espírito humano e de expurgação de suas emoções,
X alcançado pela vivência de experiências de outrem através da representação artística,
que se dá não apenas nos textos encenados.
Processo de purificação do espírito humano e de expurgação de suas emoções,
alcançado pela vivência de experiências de outrem através da representação artística
teatral, como no caso da tragédia grega.
Processo de purificação do espírito humano e de expurgação de suas emoções,
alcançado pela vivência de experiências de outrem através da representação artística
que ocorria apenas na literatura clássica.

Pincel Atômico - 05/01/2024 16:17:06 1/4


Ao que parece, duas causas, e ambas naturais, geraram a poesia. O imitar é congénito
no homem (e nisso difere dos outros viventes, pois, de todos, é ele o mais imitador e,
por imitação, apreende as primeiras noções), e os homens se comprazem no imitado.
Sinal disto é o que acontece na experiência: nós contemplamos com prazer as
imagens mais exactas daquelas mesmas coisas que olhamos com repugnância, por
[359298_1320 exemplo, [as representações de] animais ferozes e [de] cadáveres. (...) Efectivamente,
35]
Questão tal é o motivo por que se deleitam perante as imagens: olhando as, aprendem e
003 discorrem sobre o que seja cada uma delas [e dirão], por exemplo, ‘este é tal’. Porque,
se suceder que alguém não tenha visto o original, nenhum prazer lhe advirá da
imagem, como imitada, mas tão-somente da execução, da cor ou qualquer outra causa
da mesma espécie. (Aristóteles. A poética. Cap. IV – 1448b)
Segundo Aristóteles porque o homem se deleita pela representação de coisas
repugnantes nas artes?
Porque por meio delas pode sentir medo e correr riscos reais.
Porque a representação literária nunca é verossímil.
Porque arte tudo é menos repugnante que na realidade.
Porque por meio delas pode expurgar suas emoções e passar pelo fado e pela morte
X
sem que corra riscos reais.
Porque como o leitor sabe que a arte não representa a verdade.

(Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ -adaptado)


[359297_1330 “(…) a imitação da realidade, ou melhor, sua representação (...) supõe a existência de
46]
Questão dois objetos – o modelo e o objeto criado –, que mantém entre si uma relação
004 complexa de similitude e de dessemelhança.”
No trecho acima, de Marie-Claude Hubert, a autora refere-se ao conceito de
Metafísica.
Poética.
Catarse.
X Mímeses.
Verossimilhança.

Sobre as considerações tecidas por Luiz Costa Lima sobre a mimeses é correto
afirmar:
[359298_1320
42] I- A mímeses tem uma relação paradoxal com a verdade.
Questão
005
II- Mesmo os textos de natureza fantástica são miméticos.
III- A literatura de horror fantasmagórico não é mimética.
IV- A mimese é uma característica da arte literária.
Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
X Apenas as assertiva I, II e IV estão corretas.
Apenas as assertiva I, II e III estão corretas.
Apenas as assertivas I e III estão corretas.
Apenas as assertivas I e II estão corretas.

Pincel Atômico - 05/01/2024 16:17:06 2/4


A Barata
ABERTO O ENVELOPE, SUSTO: a barata dentro dele, imóvel, expectante, sobre o
cartão!
Quem foi que teve ideia dessa brincadeira repulsiva! E como conseguiu que passasse
pelo Correio sem esmagar a barata? Por que ela está viva, vivinha da silva & santos.
Não se mexe é de sabida.
-Joga fora essa imundice! Ou antes, não jogue...
Esta é uma barata de lei, com cerca de 150 anos de existência. Criação verista de
Debret, sua reprodução na capa do convite para a exposição de inéditos do artista é
de tal modo convincente que engana qualquer um.
[..]
Barata ao vivo é nojenta, chinele-se a bicha. Barata pintada é arte. Maçã na casa de
frutas, ferra-se o dente ou açucara-se em torta, vita brevis, re não se fala mais nisso! A
maça de Cézanne, mas para que a maça? As cebolas de Cézanne, e mais a garrafa
de rouge, o copo com vinho pela metade, a rolha, a faca, a toalha embolada, em
Nature morte aux Oignos, refutam o princípio de destruição inevitável das formas, pelo
menos enquanto o quadro existir.
Ideias velhas, barata nova. Debret foi mais documentarista do que criador, mas nem
por isso sua barata é menos criação. Porque Debret pegou do bicho imundo e disse:
[359297_1330
34]
-Agora vou te dar vida longa, maior que a minha, vou te representar. Representar é ser
Questão outra vez, e mais. Tudo quanto posso fazer por mim, e por nós, é fazer-te e fazer-me.
006
Representando-me, e aos objetos e cenas a que assisto (coroação, fira, inseto),
asseguro a tudo a mais valia de uma vida suplementar, que se chama vida das figuras,
das aparências, que são mais do que as essências, pois estas se evolam, e a aquelas
persistem. Entendeste?
[...] -Pensando melhor, a essência está na aparência, que nos propicia o conhecimento
imediato do cosmo. O resto é imaginação ou confirmação. Ês habitante vil de um
planeta confuso, que adotou padrões de classificação baseados em nada. Vil por quê?
Por que assim te rotularam? Que achas das criaturas que te rotulam, ó barata minha?
[...] Sei que a representação é completa e fiel, tão fiel, tão vera, que a representação
de representação, no convite, fez uma senhorita jogas fora o papel e envelope, e
correr para lavar as mãos:
-Ui, que horror! Uma baratona.
-Calma, ela é pintada.
-E daí? Pareceu mais real que uma verdadeira!
O maior elogio a Debret, que já ouvi.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Barata. In: Poesia e Prosa. Rio de Janeiro. Ed. Nova Aguilar, 1983.
P. 1438-1439).
Aristóteles defende a mímeses não como uma cópia imperfeita do real como fizera
Paltão, mas como uma representação de uma realidade. Como o conto de Drummond
ratifica esta ideia?
Ao mostrar que representação da barata não se assemelha ao real.
X Ao mostrar que a representação feita pela arte pode suplantar o modelo real.
Ao demonstrar que a essência estará sempre no real, nunca na representação.
Ao questionar o princípio da verossimilhança na representação artística.
Ao criticar a pintura realista de Debret de uma barata

[359297_1320
45]
Questão A mimese para os poetas latinos era
007

X sinônimo de catarse.
a emulação de modelos autorais.
a imitação de formas etéreas.

Pincel Atômico - 05/01/2024 16:17:06 3/4


a representação imagética do real.
sinônimo de verossimilhança.

(FCC - 2014 – TRT)


O caldo cultural do Nordeste, particularmente do sertão, foi primordial na formação do
paraibano Ariano Suassuna. A infância passada no sertão familiarizou o futuro escritor
e dramaturgo com temas e formas de expressão artística que mais tarde viriam a
influenciar o seu universo ficcional, como a literatura de cordel e o maracatu rural. Não
só histórias e casos narrados foram aproveitados para o processo de criação de suas
peças e romances, mas também todas as formas da narrativa oral e da poesia
sertaneja foram assimiladas e reelaboradas por Suassuna. Suas obras se
caracterizam justamente por isso, pelo domínio dos ritmos da poética popular
nordestina.
Com apenas 19 anos, Suassuna ligou-se a um grupo de jovens escritores e artistas.
As atividades que o grupo desenvolveu apontavam para três direções: levar o teatro ao
povo por meio de apresentações em praças públicas, instaurar entre os componentes
do conjunto uma problemática teatral e estimular a criação de uma literatura dramática
de raízes fincadas na realidade brasileira, particularmente na nordestina.
No final do século XIX, surgiu no Nordeste a chamada literatura de cordel. A primeira
publicação de folheto no Nordeste, historicamente comprovada, aconteceu em 1870.
[359297_1330 O nome cordel originou-se do fato de os folhetos serem expostos em cordões, quando
32]
Questão vendidos nas feiras livres. O principal nome do cordel foi Leandro Gomes de Barros,
008 considerado por Ariano Suassuna “o mais genial de todos os poetas do romanceiro
popular do Nordeste”.
A peça Auto da Compadecida, de Suassuna, é uma releitura do folclore nordestino em
linguagem teatral moderna. O enredo da peça é um trabalho de montagem e
moldagem baseado em uma tradição muito antiga, que remonta aos autos medievais e
mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao gênero do
cordel.
As apropriações de Suassuna tanto do folheto nordestino quanto de outras fontes
literárias são possíveis porque a palavra imitação, usada por Suassuna, remete-nos ao
conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa apenas uma repetição
à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de uma realidade. Suassuna
já fez diversos elogios da imitação como ato de criação e costuma dizer que boa parte
da obra de Shakespeare vem da recriação de histórias mais antigas.
Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é torná-la
sua, porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma vez contada,
torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio público. Autoral é apenas a
forma textual dada à história por cada um que a reescreve.
Depreende-se do contexto que o autor lança mão do conceito de “mimesis” para
retratar a obra de Suassuna como pertencente a um modelo literário propenso a ser
reproduzido em simulacros do folclore nacional.
sugerir que Suassuna valoriza autores do romanceiro nacional que, diferentemente de
Shakespeare, foram consagrados pelo gosto popular.
diferenciar o plágio do processo por meio do qual se parte de uma forma artística já
existente para parodiá-la, como fez Shakespeare.
enaltecer a erudição de autores como Suassuna, capazes de revelar a essência de
uma realidade por meio da literatura de cordel.
explicitar que, em sua obra, Suassuna se apropria da literatura sertaneja,
X
reelaborando-a com um estilo próprio.

Pincel Atômico - 05/01/2024 16:17:06 4/4

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