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Exemplo, Aplicação e Esqueleto Kuririn


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EXEMPLO, APLICAÇÃO E ESQUELETO KURIRIN

Nesta aula, serão estudados os conectivos (no geral, utilizar apenas um conectivo em
cada frase é suficiente). Por exemplo, podemos fazer uma afirmação e depois, na próxima
frase, utilizar uma conjunção como “entretanto”, para fazer uma contraposição em relação ao
que foi afirmado anteriormente.

TÉCNICA DE ORGANOGRAMA KURIRIN


1º conectivo 1ª frase 2º conectivo 2ª frase 3ª frase
conectivo
De acordo;
Confor-
me; Segundo;
Consoante
Apresen-
(para cita- Citação, Entretan- Tema com
Logo; tação das
1º §: ções). afirmação to; Contudo; posicio-
Assim ideias que
introdução No; Na; Um; ou contex- Todavia; No namento
sendo. serão desen-
Uma; O; A tualização. entanto. (tese).
volvidas.
(para afirma-
5m
ção ou con-
textuali-
zação).
Inicial- Sustentar Fecha-
mente; com expli- mento da
Apresen-
Primeira- Nesse sen- cação, Destarte; ideia com
2º §: tação e
mente; tido; Diante exemplo, Sendo uma breve
desenvolvimento 1 retomada
Mormen- disso. citação, assim. solução ou
da 1ª ideia.
te; Em aprofun- conse-
primeiro lugar. damento. quência.
Sustentar Fecha-
com expli- mento da
Além disso; Apresen- Dessa
cação, ideia com
3º §: Ademais; tação e maneira; Assim;
exemplo, uma breve
desenvolvimento 2 Outros- retomada Nesse Dessarte.
citação, solução ou
sim. da 2ª ideia. aspecto.
aprofun- conse-
damento. quência.
Solução: Fecha-
Resumo do Quem deve Por mento da
Infere-se,
tema com Nessa pers- fazer? O conse- ideia com
4º §: portanto; Em
preparo pectiva; que deve guinte; uma frase
conclusão suma; Em
para solu- Dessa forma. ser feito? Desse de efeito ou
síntese.
ção. Como? Por modo. circuito temá-
quê? tico.

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 Obs.: • Apenas um conectivo é necessário para cada frase.


 • Sempre há vírgula depois de conectivo (exceto na primeira frase, quando há citação).
 • O conectivo “segundamente” está em desuso.
 • Se utilizar o conectivo “destarte” em uma frase, não utilize “dessarte” na próxima
(eles têm a mesma função de “logo”, “assim sendo”, “por conseguinte” etc.).
 • Com todos os temas, são utilizados os mesmos princípios e as mesmas estruturas.
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 • Por exemplo, em uma redação cujo tema é violência doméstica, podemos iniciar
o texto com uma afirmação: No Brasil, existem leis que evidenciam a proteção da
mulher. Ou, ainda, com uma citação: De acordo com o art. 1º, III, da Constituição
Federal, é prevista a dignidade da pessoa humana.
 • O art. 1º, III, da CF (dignidade da pessoa humana) pode ser adaptado para vários temas,
assim como o art. 3º, IV (promover o bem de todos), o art. 5º e o art. 6º (garantia de direitos).
 • No exemplo apresentado acima (violência doméstica), continuamos: Todavia, deve-
-se pontuar que nem sempre isso ocorre como deveria, ao se notar os problemas
evidentes de violência doméstica diariamente. Logo, é importante destacar a falta de
leis punitivas aos agressores, além do machismo evidenciado.
 • É interessante, nas redações, atribuir o problema ao Estado e à sociedade.
 • Continuando o exemplo: Mormente, é importante ressaltar que as leis no Brasil quase
sempre são morosas e brandas, a se destacar, por exemplo, a violência contra a mulher.
Nesse sentido, mesmo com a existência da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006),
nota-se um avanço na violência doméstica, o que mostra que a lei em destaque não
tem sido protetiva o suficiente. Destarte, somente com mudanças no Judiciário e com
mais celeridade no julgamento é que as mulheres se sentirão protegidas.
 • Próximo parágrafo: Além disso, é preciso destacar que o machismo existente no Brasil é
um problema que precisa ser mitigado (reduzido). Dessa maneira, considera-se que, caso
não ocorra uma mudança substancial, de acordo com o pensamento do sociólogo polonês
Zygmunt Bauman, de que existe modernidade líquida nas relações sociais, essa mentali-
dade tende a crescer ainda mais entre os indivíduos. Assim, as alterações feitas no sistema
familiar, bem como na cultura, irão alterar o tratamento da mulher no século XXI.
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 • Conclusão: Infere-se, portanto, que mudanças devem acontecer para que a mulher
se sinta protegida no Brasil. Nessa perspectiva, o Estado/o Poder Público/etc. deve
ampliar as leis vigentes, além de dar proteção às mulheres que sofreram com a vio-
lência doméstica e psicológica e garantir mudanças na matriz curricular de crianças e
adolescentes para que nenhuma pessoa do gênero feminino se submeta às truculên-
cias domésticas. Por conseguinte, com as mudanças supracitadas, haverá a dignidade
da pessoa humana, conforme previsão constitucional, e todos terão mais deleite social.
 • A estrutura das redações é sempre a mesma. Portanto, os alunos devem se esfor-
çar para aprender conteúdos sobre diversos assuntos.

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EXEMPLO DE REDAÇÃO

Tema: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira


Nise da Silveira foi uma renomada psiquiatra brasileira que, indo contra a comunidade
médica tradicional da sua época, lutou a favor de um tratamento humanizado para pessoas
com transtornos psicológicos. No contexto nacional atual, indivíduos com patologias mentais
ainda sofrem com diversos estigmas criados. Isso ocorre, pois faltam informações corretas
sobre o assunto e, também, existe uma carência de representatividade desse grupo nas mídias.
Primariamente, vale ressaltar que a ignorância é uma das principais causas da criação
de preconceitos contra portadores de doenças psiquiátricas. Sob essa ótica, o pintor holan-
dês Vincent Van Gogh foi alvo de agressões físicas e psicológicas por sofrer de transtornos
neurológicos e não possuir o tratamento adequado. O ocorrido com o artista pode ser pre-
senciado no corpo social brasileiro, visto que, apesar de uma parcela significativa da popula-
ção lidar com alguma patologia mental, ainda são propagadas informações incorretas sobre
o tema. Esse processo fortalece a ideia de que integrantes não são capazes de conviver em
sociedade, reforçando estigmas antigos e criando novos. Dessa forma, a ignorância contribui
para a estigmatização desses indivíduos e prejudica o coletivo.
Ademais, a carência de representatividade nos veículos midiáticos fomenta o preconceito
contra pessoas com distúrbios psicológicos. Nesse sentido, a série de televisão da emissora
HBO, “Euphoria”, mostra as dificuldades de conviver com Transtorno Afetivo Bipolar (TAB),
ilustrado pela protagonista Rue, que possui a doença. A série é um exemplo de representa-
ção desse grupo, nas artes, falando sobre a doença de maneira responsável. Contudo, ainda
é pouca a representatividade desses indivíduos em livros, filmes e séries, que quando pos-
suem um papel, muitas vezes, são personagens secundários e não há um aprofundamento
de sua história. Desse modo, esse processo agrava os estereótipos contra essas pessoas e
afeta sua autoestima, pois eles não se sentem representados.
Portanto, faz-se imprescindível que a mídia – instrumento de ampla abrangência – informe
a sociedade a respeito dessas doenças e sobre como conviver com pessoas portadoras, por
meio de comerciais periódicos nas redes sociais e debates televisivos, a fim de formar cida-
dãos informados. Paralelamente, o Estado - principal promotor da harmonia social - deve pro-
mover a representatividade de pessoas com transtornos mentais nas artes, por intermédio de
incentivos monetários para produzir obras sobre o tema, com o fato de amenizar o problema.
Assim, o corpo civil será mais educado e os estigmas contra indivíduos com patologias men-
tais não serão uma realidade do Brasil.
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 Obs.: • Na introdução, foi apresentada uma informação positiva (“Nise da Silveira [...] lutou
a favor de um tratamento humanizado [...]”), e depois foi feito um contraponto (“No
contexto nacional atual, indivíduos com patologias mentais ainda sofrem com diver-
sos estigmas criados”). A terceira frase da introdução traz duas ideias para o desen-
volvimento (“[...] faltam informações corretas sobre o assunto e, também, existe uma
carência de representatividade desse grupo nas mídias”), criando um projeto de texto.
20m
 • Os parágrafos de desenvolvimento podem ser longos, contanto que sejam apresen-
tados uma apresentação, um aprofundamento e uma conclusão da ideia.
 • O segundo parágrafo (desenvolvimento 1) trata da falta de informações corretas,
citada anteriormente. Já o segundo parágrafo (desenvolvimento 2) aborda a carência
de representatividade, apresentando um exemplo.
25m
 • Na conclusão, os problemas são solucionados por meio de propostas direcionadas
à mídia e ao Estado. Além disso, são respondidas as seguintes questões em relação
à solução dessas problemáticas: quem? O quê? Como? Por quê?
 • O travessão serve para explicar e dar mais informações.

ESQUELETO KURIRIN

Introdução:
Segundo a premissa do [fonte], pontua-se/observa-se que [citação]. Contudo, nota-se/
analisa-se/verifica-se que ainda existem alguns [posicionamento], no que diz respeito a
[tema], tendo em vista o [explicação]. Destarte, é imprescindível destacar [ideia 1], assim
como [ideia 2].
30m
Desenvolvimento 1:
Insta ressaltar, mormente, que o [ideia 1], tendo como base o [tema], o que corrobora
[posicionamento]. Dessa forma, [afirmação] são importantes, porque a premissa [fonte] e isso
fundamenta a imperiosa função da [sustento]. Logo, é imprescindível [fechamento] para que
o indivíduo tenha seu deleite assegurado.
Desenvolvimento 2:
Outrossim, vale ressaltar que [ideia 2], quase sempre, são [tema]. Nesse viés, é válido
destacar a necessidade do [sustento], que tem como premissa [explicação]. Por conseguinte,
torna-se relevante pontuar [fechamento].
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ANOTAÇÕES

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Conclusão:
Infere-se, portanto, a necessidade de [resumo do tema]. Nesse contexto, é imperioso que
[quem?], por intermédio [como?], aumente [o quê?], como também, atribua [o quê?], com o
fito de que o [por quê?]. Assim, a perspectiva do [circuito do tema] e a máxima da [frase de
efeito] fomentarão o bem-estar social.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Paulo Faria de Paula.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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