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Capítulo W
o
, Ess nereto.
do eduçã do opera-se -n0. pensamento
ro d conte
“as (na a
história
d pensamento)
o ú nã d acor co um dire
e efetivo
o o e do m a ção
130
única, mas seguindo várias direções. A noção de número procede
Consigo mesmo. formulado com um mínimo de
referência a um conteúdo determinado, como pura forma,
válido para todo pensamento e para toda consciência. E, além
disso, é claro que esse rigor formal é vazio, e até
mesmo, em certo sentido, absur-
do, O princípio de .identidade implica a pura e simples
repetição: a tamtdlogia. Tomado absolutâmente,
permite apenas dizer: “a árvore é a árvore” (e mesmo:
esta árvore é uma árvore, pois um certo movimento de
pensamento passa então do indivíduo à es- pécie); O homem
é o homem, a vida é a vida, etc.
A tautologia é c: ' mente
inapli-cável e estéril. Em sua pura forma, fora do
conteúdo, o pensa-
mento deixa de ser pensamento.
A metafísica idealista quis sempre determinar o pensamento
como “algo”, como uma substância ou como uma atividade dotada
de "natureza interna .
A discussão, por conseguinte, travoi-se em.torno do
prin-cípio de identidade. Se o pensamento “é” alguma
coisa, seu prin-cípio rhais geral deve também “ser”
alguma coisa e, desse modo, referir-se a a i
A metafísica, portanto, considerou sempre
o princípiod"e identidade não como o. limite
dialético do
pensamento, como o “fim” desse pensamento, onde seu desapa-
reciimento coincide com sua afirmação mais geral; ela o
tomou, princípio . de” identidide -substancialmente,
como uma” verdade
eterna e, inclusive; como o protótipo das verdades eternas.
“O
seréo ser"!
6 omo«já
ser ençon-
o ser assim designado não pode
que'o princípio exclui todo
º Si.
conteúdo, é
132
fla dese
134
135
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N modo,
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o
ho- . e o a se
“absoluta”,
pensamento.
,
Su importância,
re
desse
-2 não é a diferença, mas que identidade e diferença são identidade, a contradição imanente? “o o
diferentes. Não * percebem que, ao falair assim, dizem que a
identidade é uma diferença* -. Em outras palavras: contendo aquilo que chamam os de
D es-
isso result , aauz Hegdel, que a verdade
a unidade desses dois aspectos: un da e da id nitidadde e d di-
a
(concreta) será
e a
ferença. Para penetrar pelo pensamento no concreto,
deve-se à Ss O são as pala: ue entram pas lig ações
partir da identidade, atravessar a diferença, a a lógicas, tomadas enquanto expressões verbais de um
contradição; d
conteúdo: -Bomem,
mesma forma, para penetrar pela experi ência no real,
deve-se
partir do imediato, das sensações, atravessar as diferenças oes
aspectos contraditórios do real mais profundo, mais -
essencial, pa
ra finalmente reencontrar, para além de toda
unilateralidade, a
unidade, o verdadeiro. Assim, o princípio de identidade esboça
...
em si mesmo o movimento pelo qual supera sua
unilateralidade e sua abstração. Ao contrário:
a-s
Se se mantém na identidade imóvel que se opõe
form em detemiação
e r unilaeral
n t e pri dava
à de edade trans-
diferença,
v r
Por exemplo: quando se diz que “o indivíduo é o
indivíduo" e quando se omite seu lado social, humano,
universal,
O princípio “ou A ou -A (não A)” já significa que tudo
é contraditório, Por outro lado, se se entende por isso
que, entre dois predicados, é preciso escolher
rigorosamente entre um deles ou o seu contrário, o
princípio torna-se absurdo; o espírito é doce ou
amargo, verde ou não verde? Finalmente, Hegel acres-
centa, espirituosamente, que O princípio do terceiro
excluído põe já o terceiro em questão; e isso enquanto
unidade, enquanto ne-
gação de cada negação; afirmar “A não-é -A” é colocar.
um A
que não é nem +A nem -A, € que é os dois ao mesmo
tempo ()).
É evidente, portanto, que o princípio 'de identidade,
e, mais
. princ d ainda,
contrad
são de natureza sintética...
ta
ºbéípio
o oute ição,
contendo
m ro da: identidade e, mesmo, a não- m-
mortal, cão, cavalo, vertebrado. A pa lavra“termo”:- homem é uma espécie do gênero mamífero.à :Mamiífeto: é
(terminus: <êi relação a “homem” e espécie com relação
e) essa to o e tamos ui hlimitDesexprmod muais p bemse o fat de o,qu es aq s
ropriedades,
ituados ,
“vertebrado”, signadas pelasdi stribu em-s segu ndo
palavras ma ordem fi
de
fora do conteúdo, ou pelo menos “no limite”: do eneralidade crescente e descrescente. Uma ni ão d um
puro “as qu alidades dos sere s, de- orm Par o m
i T ai in ção dee Tgaçõe
r — (omacsd ju]
sems
e u
fim u s s. a
lógi a
ça entre
co: ode ser
imob
MORTAL
142 143
Ig4 145
147
o conceito “homem” e o conceito “mortal” antes de
ligá-los
no juízo “os homens são mortais”; ou, ainda, meu juízo
explicita
A analiticamente o conceito “homem”. De acordo com a
d istinção kantiana teve sua razão de ser
.se formalis
mo lógico K.ant q s m ui oe toar segunda te-
str qu do pensamento real
na
progcrítica
redi do
ra , constato a existência de muitos seres mo rtais; e
ízo, comparo, ligo
através de uma série de juízos e, finalmente, dist ingo
a at povés
ém, danã síntese.
ixa por iAsso d
op
s e osição
ser lsade;
. erde na classe dos
espécies de ju r o de eres mortais a classe mais restrita dos s eres
natureza entre duas humanos.
fa o quando
qualquer sentid P consideramos o movimento do roc A atividade que constitui ou enriquece
o ; representa,
p ede
tapensamen-
atr separando-se, tão-somente dois conceitos
«maspectos
ednatsos do tra mo-
l
e ou vés de juízos sucessivos, de ligações
hba o do pensamento. Em suma: a
“pura” nanálise
re os ontou
eúdos dad da experiência.
de “pura” sínte e o spas anãNdãeo upoasssu“ípmuos
a”
endi t c os
noção formal de estabelecidas e compre-
m r
ficção lógica!
42. -1Í, - Goblot, Tralté, p. 43.
Idem, p. p 0.
85 a 9
- Os ló icos e p 148
g inversicólogos
so, Segundoindagam
p i iraseteseo, Os term s
juízo ou se
— uma vez definidos —o orma
ocorre a r
conceito precede o ót
me o
f m as propo
le afirma (Peri Pssições. É
iches, 1, 13.
gica formal (aristotélica). Arist e s
o geral; percebemos sobre
a tese da l6.
seguida, por-
100 a 116) que “a percepção incide conceito. De acordo
o homem em geral antes de perceber Cálias”. Em ementar da
tanto, no próprio indivíduo, apreenderíamos
o conceito. O con-
com a segunda tese (de origem Kkantiana), u“o ma at
possibilidade
inteel ligência é o juízo" 1, e não a apreensão não
ceitodo
, re
indefinem
ida si mesmo, envolve “uma virtualidad
e,
é um fa de juízos”; e não é nada mais que isso. “O
os dados conceito
to”! Somente assim é que a pesquisa das
de no ent
relações
ssa experiência nos permite — pondo ordem
. e
Unidade “o caos de nossas impressões sensíveis — agrupá-
clos em lasses, constituir conceitos. Ora, relação
significa juízo, ligação.
O juízo, assim, precede o cónceito. Segund o a primeira
tese,
mo for-
inicialmente o conceito de “árvore” nem o de “verde”, ho-mens são canhotos”. e.
isto é, antes de dizermos que “a árvore é verde”, mas, entre Pela maiúscula O, as particulares negativas:
muitos objetos coloridos e muitos seres orgânicos, “Alguns homens não são bons”.
estabelecemos uma rede de semelhanças, de analogias, de a As proposições universais e particulares diferem pela
ligações ou de incompatibilidades experimentais, e então quanti-fade.
dizemos: “A árvore é verde”.
Mas, por certo, deve-se admitir com Aristóteles que — es- 149
quematizando a operação — digo imediatamente de cada
árvore, desde que já tenha visto várias árvores, “é uma
árvore”, antes mesmo de saber que árvore. Apreendo ao mesmo
tempo o geral e o individual, um no outro e pelo outro. E, ao
fazer isso, tenho a sensação de apreender o objeto real, não
uma abstração. Se a espécie só se realiza em indivíduo, o
indivíduo também só existe na espécie. E também se pode
dizer que, desde o início do pensa- mento, existe formação
ou, antes, captação do conceito. De qualquer modo — e
deixando à psicologia o estudo detalhado des- sa questão
—, cada conceito, uma vez estabelecidos os conceitos é em
certo sentido anterior ao juízo no qual ele ingressa. A
tese
aristotélica refere-se sobretudo ao conceito já constituído; a
outra tese exprime sobretudo a formação do conceito. As
duas teses em questão, portanto, expressam dois
momentos do pensamento. O conceito determinado, por um
lado, é um centro" de pesquisa, um nó de relações na
série infinita das ligações e relações possívei;
envolve, portanto, tanto juízos já efetuados quanto
juízes “vir-tuais” (Goblot). Mas esse “nó”, esse “centro”
de juízos tem uma realidade diferente daquela dos juízos
que envolve; e, num certo sentido, uma realidade superior,
objetiva (bb).
10. O raciocínio
451
153
134
155
O silogismo da essência aplica-se constantemente silo-gismo, se explicita em objetividade ",
na prática de todas as ciências e na vida cotidiana: “A
Se nosso pensamento não estanca na forma abstrata do
água é um líquido que ferve a 100º; ora, isto é água; logo,
con-ceito, mas o compreende segundo sua verdadeira natureza
vai ferver a 1009", Todas as vezes que determinamos um tipo,
um conceito, uma essência, ex- objetiva,
“traímos deduções silogísticas que não são inúteis, embora
passem frequentemente
16. Hegel, Grande despercerbidas,
L e que têm o óg .
caráter fecundo de uma “indução”. 17. Hegel, Lógica du Enciclopédia ou
ica, II, p. 126
Nesse sentido (no qual a forma deixa de ser a “pura” Pequena Lógica, introdução.
forma para tornar-se forma de um conteúdo determinado), todo
racioci-nio concreto implica um silogismo, é silogismo, ou
seja, “um uni-versal que se une à singularidade através da
156
particularidade”. 1º
Mais que isso: todo ser determinado “é”, em certo
sentido, um silogismo em ação, ou seja, uma existência
singular que, através das particularidades que lhe são
inerentes, liga-se ao uni-versal e, inclusive, ao mundo
intçiro. Esse indivíduo é parisiense, é francês, é doente ou
sadio, e, desse modo, é homem e é ser real no mundo. Esta
água, com suas singularidades, e através das
particulariddaes do lugar de onde foi retirada, etc., é
água “em geral”,
Assim. portanto, a mais simples formação dos
conceitos (c, portanto, dos juízos, dos silogismos)
implica um certo conheci-mento — e um conhecimento que
avança em profundidade — do encadeamento universal e
objetivo.
A cópula “ser” do juízo e do silogismo ganha aqui
seu sentido
concreto. Cada um dos termos que o entendimento distingue
(in-dividual ou singular, particular, universal) deve
encontrar os ou-tros, penetrá-los, unir-se, e identificar-
se com eles, para assim reencontrar a unidade do mundo,
a conexão objetiva desses dife-. rentes aspectos do
concreto, do devir.
A lógica habitual distingue de modo formalista o
pensamento ca objetividade.
n apzras
O pensamento é e tã reconhe id o c o
camo atividade
esa
é formal;
subjetiva e qobjeivo, Oem oposição O
DP E
€ponsamênto;
E ouco Itelige E considenido
e terminaç sconto
do sb algo
tivoestável
e do e
dado em si mesmo. Mas esse dualismo não é verdadeiro Sem
jetiv
p n nt
indagar sobre suas origens. ., |
õe u je ob
Com eleito, o subjetivo é apenas
Essa subjetividade rompe dialeticamente seu limite... e, pelo
revela-se então que as leis da lózica são o reflexo, a certas modificações feitas à Iógica formal clássica:
reflexão do objetivo na consciência humana. O subjetivo a) O predicado em “todo homem é mortal” é considerado
não pode ser separa- classicamente em sua qualidade, sem se lhc atribuir uma
do do objetivo, como uma coisa pode sê-lo de outra coisa. quanti-dade determinada. !* Hamilton (em 1840) propôs
As leis do silogismo ganham então um sentido novo e quantificar o
adqui-rem todo seu alcance, ao mesmo tempo limitado e
certo. 18. CL supra, UI,&
As próprias figuras do silogismo podem ser
estudadas nesse sentido novo, segundo a função objetiva 157
do termo médio. Por exemplo: o termo médio, sendo razão de
ser, pode ser considerado como mediação e causa na
necessidade. “Todo Estado que, em seu crescimento, ultrapassa
certos limites, dirige-se para sua perda; ora, a Roma
Imperial ultrapassou esses limites; logo, a Roma Imperial
dirigiu-se para sua perda.” É o silogismo da
necessidade, que é um silogismo concreto, um silogismo
histórico. “Toda socie-
dade assolada por contradições deve desaparecer; ora, a
sociedade moderna atual está assolada por contradições;
logo...”
É possível descrever, nesse sentido, formas
silogísticas que escaparam, parcial ou completamente,
à lógica tradicional;o são-gismo induivo; o silogismo da
analogia; o silogismo da necessida-de, etc. E, além disso,
essas formas se encadeiam, constituem um todo, no qual
pode-se reencontrar os mesmos “momentos”do
Pensamento to universal, 6 particular, o singular),
mas em todas as suas Tunções E significações
objetivas possíveis,
Em outras palavras, a teoria do silogismo deve ser
retomada num nível superior, na lógica concreta. Nesse
nível, suas “formas” subsistem, porém mais ricas: elas
encontram sua verdade no concreto.
. O 164
, ee,rro
ao da
mesmetafísic
mo tempo atrfoi
ansformtranspor
ar ta bém esse
o p ser
nsamento
absoluta ,
para uma realidade
m
num “algo”,e numa substância, :
Desde o início da metafísica, da filosofia e d
a ciência, Parmê-
nides — que acabara de descobrir o ser — proclamou:
iss “O ser é;
o é tudo 0 que se pode dizer! O ser é
absolutamente”. Desse
modo, ele negava a diversidade, o moviment
o. E seu discípulo,
Zenão-de Eléia, pretendia mesmo demonstrar que o
sendo algo impossível,-não passava
movimento,
A forma lógica pura representa, exatamente, o “zero” do co-
nhecimento: a ausência de conteúdo, a redução do conteúdo a
um mínimo; mas, ao mesmo tempo, representa o começo do co-
nhecimento bem formulado e formado. (Assim. o zero não é um
número, apesar de scr um número e mesmo de iniciar a série de
números aritméticos.) Como e por que o pensamento grego
atingiu essa abstração? Como e por que a emergência do
homem acima da natureza, mais atrás mencionada, assumiu
essa forma? Era uma forma necessária ou um simples fato
histórico? Por que o pensamento grego muito cedo.
confundiu esse começo da ciência com um acabamento
(metafísico) do conhecimênto humano?
a) .O pensamento grego, — particularment e na Jônia —
berdou a elaboração confusa, mas preciosa, iniciada pelas
civili-
165
D
egípcios.
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166 h
o
a
rtesanal e pareo-lar, a separação entre trabalho prático ter
(meterial) e intelectual fornecem — desde a época grega — o envolvido no impasse metodológico; de ter gasto vários
fundamento social. Foi para resolver contradições relativamente simp les. Desse
assim que apareceram não apenas a forma do pensamento, mas modo, foi
também a consciência clara, a lucidez, que não mais estavam tão-somente na decadência grega que o pênio de
imersas no concreto, mas que não deixavam por isso de Arquimedes en- o contse
i-
momentos capitais da consciência e do pensamento. oblemas teóricos d a geometriar
treviu a solução dos pr
Assim, o princípio de ideruidade de Aristóteles foi um da teçor a
Duo), c ncoebendo ao mesmo te po amap ica ão l
evento (d —
histórico e, não obstante, essencial do pensamento, Ele se liga i matemá- a natu
mediata mas profundamente — ao poder do homem sobr Liga-
- i
í
reza, um poder que é simbolizado por esse princípio. e se
167
também à diferenciação social, à individualização, que ele trans-
(cada ser é o que é). O homem, egresso forma em verdad
finalmente da natureza, põe sua atividade num plano e
especifica- su cons
mente humano; e, antes de mais nada, seu pensamento, aum -far
da natureza. Assim, ao mesmo tempo ciênc e qu é também
o,
promulgado n nto histór inc um mome d ia es e te
pr mípio
ia
e direito”, ver necessária essencial, um “valo d um a dad , se e m
Mas, muito cedo, o pensamento grego se envolve numa rede r a e
contradições, insolúveis para ele: entre o ser dc Parmênides d
entre a imobilidade e o movimento. Entre o “péras” oe nada (
definido; o limitado, no sentido em que um seixo tem contornos , o
definidos; o mundo grego finito) e o ápeiron (o indefinido, o mó
contínuo); entre o oros (determinação lógica) ve O e o substra
-
das propriedades, o Aipocheimênon; entre a medida, métron, l, to e
essa enigmática Aibris, que representa a turbaçã a paixã O tr
gico, o devir, a desmesura, tudo o que ameaça o, o, equilíbr
o frág á-
grego; entre as ciências e o mito, etc. il io
. Deve-se acusar o pensamento grego por se ter envolvido
nes-
sas contradições, por ter muito ce do oposto Heráclito (o
devir,
ontrários, a obscuridade das realidades complexas) a Parmê- os c
zeram a iqueza ess pe samen-
nides? Não. Essas contradições fi r e d
to. E além do mais, não era nec
, essário passar por as é imitado, com m seixo. Antes de chegar à concepção
n
“p
essa
O péretapa? l o u
o onto” geométrico e do contínuo enquanto conjunto d
ncia de abstração e
de pontos,
era preciso inevitavelmente constituir a potê
ar o ponto como um pequeno seixo, a linha como uma suces- figur
são de pontos materiais (pitagóricos), e envolver-se assim na
discussão sobre o contínuo e o descontínuo.”
O que se pode reprochar ao pensamento grego (se é que se
ta de fazer “reproches”) é o fato de ter estancado; de se tra
“E
168 169
|
170
1271
verdade estabelecida de modo sólido; que desconfia das século xvtit): Quanto à ciência, e ainda
afirmações absolutas, definitivas, e as dissolve aocomo que os cientistas fossem freqiientemente 'metafísicos,
confrontá-las
Descart o Leibnientre
e si,
s Assim, desenvolvera à margem da
o- ceticismo
contr
es z, introduz
el u atrav l e no pensamento um elemento, um
“momento” metafísica,
a negati
a, indispensável.
és Mas não se deve parar aí, de métodos próprios.
a
vo esquecendo
n assim A razão parecia condenada à abstração, .à esterilidade,
cas
s a mantives
verdade. Tal como a arte da discussão, o ceticismo deve
o o s quadros da velha lógica, aprisionada
inte-
e grar-sc
se lismo metafísico.
a uma razão mais alta, E o espírito crítico,
s apen pode
negativo, u no. forma-
e as m momento.
r O ditetantismo joga com os aspectos variados -- 8) Todavia, o crescimento das ciências da
d verdad e
acdo
ompconteúdo
anhar pela
da fvida.
ormaçãoO decletismo
e um estadcontenta-se
o natureza se fazia
aeme buscar de'
um d
uascondena-se
rázões. O eassim foi chamado deespírito. histórico. E isso por
compromisso entre as teses, em misturá-las; stúdoa espírito novo, que
ignorar a verdade, ou mesmo a não ver a verdade daquelas
idéias
que ele mistura em uma grossa “sopa cslética”, como diz da natureza revela-a como uma unidade em movimento. (Teorias
ironica- já no século XVII, As biológicas da evolução: para Lamarck,
mente Engels. Nem um nem outro têm nada em comum com a espécies vivas provinham umas das outras; Buffón' e
razão, Diderot pres-sentiram a mesma teoria. Teorias físicas:
Para o pensamento vivo, nenhuma afirmação é Kant, embora fosse im-
c
indiscutível
inteiramente verdadeira; nem tampouco indiscutível e
inteiramente
fal Uma
sa. afirmação é verdadeira pelo que ela afirma
relativa-
mente (um conteúdo), e falsa pelo que afirma é
absolutamente;
verdadeira pelo que nega relativamente (sua crítica bem
funda-
mentada das teses contrárias), e falsa pelo que nega
absolutamente
(seu dogmatismo, seu caráter limitado). Confrontando as
afirma-ções, o pensamento vivo busca assim a unidade
superior, a supe-ração.
- É, por conseguinte, um pensamento que pode se
misturar à vida sem se perder; que não hesita em
pesquisar no conteúdo rico, informe, múltiplo, da
vida humana.
“ “Arépoca de Hegel apresentava as seguintes
características:
“-a). A antiga metafísica revelava, cada vez mais, sua
esteri-lidâde. Afastava-se cada vez mais da ciência; por
um lado; e, por outro, da ação, da prática, da vida. Os
filósofos só se tornavam novamente atuantes e vivos quando
eliminavam a metafísica (com o-materialismo francês do
quarto abalo histórico, eriquanto motor da
história, o período
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