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Resumo: A proposta deste trabalho é analisar a imagem de uma casa residencial da cidade
de Vilhena/Rondônia que possui o formato característico de um castelo medieval. A análise
alude ao pragmatismo pós-modernista dos arquitetos adeptos ao Desconstrutivismo dentro de
uma abordagem peirciana enfatizando os seus signos à luz das categorias fenomenológicas
de Charles Sanders Peirce.
A Casa castelo
Nem rei, nem rainha, muito menos principe encantado mora em uma casa castelo construida
há 12 anos em Vilhena.
A Casa Castelo de Vilhena é uma construção residencial na rua Floriano Peixoto, bairro 5º
BEC. O formato de sua fachada lembra um castelo medieval, daqueles predominantes na
época dos reis, príncipes e contos de fada. O imóvel teve sua construção iniciada em 1996 e
concluída em 1999.
A obra é de autoria do ex mestre de obras e proprietário da casa, Sidney Vieira de Oliveira,
53. Na residência, ele mora com a esposa e mais dois filhos.
O visual da casa nos arremete aos conceitos de poder, imponência, ludicidade, aventura,
fantasia, criatividade, entre outros, possibilitando uma viagem ao mundo imaginário dos
contos de fadas, reis e príncipes medievais. Nesse contexto, a análise busca identificar, a
partir da semiótica peirceana, a significação da arquitetura adaptativa aos moldes dos imóveis
residenciais de Vilhena, que em um primeiro momento provoca contraste visual comparativo
às arquiteturas da cidade, ou seja, a uma quebra de paradigma até então predominante nas
construções residenciais de Vilhena.
O uso de imagens em edificações associadas a monumentos históricos de épocas passadas,
como a Idade Média, tem como objetivo agregar um tipo de desconstrutivismo visual de
valores em oposição aos prédios residenciais comumente levantados em Vilhena, Rondônia
e Brasil. A obra em si sugere uma intenção do desconstrutivismo como um todo que é o de
libertar a arquitetura do que seus seguidores vêem como as "regras" constritivas do
modernismo, tais como a "forma segue a função", "pureza da forma" e a "verdade dos
materiais". O padrão imobiliário deixa de ser regra e dá espaço à criatividade com base em
elementos paradoxais de épocas remotas da sociedade moderna e até mesmo pós moderna,
dependendo da visão aplicada pelo arquiteto desconstrutivista.
Anáilse Peirciana
Essa classificação triádica das coisas do mundo alicerça a base da Semiótica de Peirce. Aqui,
a análise dos signos procura compreender a Casa Castelo do 5º BEC. O que caracteriza todo
signo é a repetição. E é justamente essa característica que faz com que seja essencial para o
signo que ele contribua à determinação de um outro signo, diferente do primeiro. Um signo
deve ser capaz de determinar um signo diferente. Quando um signo é determinado por outro
signo, Peirce o chama de interpretante deste último.
Conclusão
Desta forma podemos considerar que, segundo Peirce, na análise desse estudo sobre a Casa Castelo:
quebrando o paradigma semiótico dos imóveis residenciais de Vilhena o signo está representado
pelo:
Ícone
(Castelo medieval)
Primeiridade – o flash impactante.
Se o ícone participa da primeiridade por ser “um signo cuja qualidade significante provém meramente
da sua qualidade, então o ícone é, ao mesmo tempo, um quali-signo icônico, também chamado de ícone
puro.
Índice
(Casa Castelo – versão desconstrutivista do padrão convencional das residências de Vilhena)
Secundidade – a relação com o fenômeno impactante.
O índice participa da secundidade porque é um signo que representa relações diádicas entre
representamen e objeto. Por isso, o “indíce está fisicamente conectado com seu objeto; formam, ambos,
um par orgânico”.
Também tratado de sin-signo-indicial.
Símbolo
(Prédio residencial comumente encontrado em Vilhena)
Terceridade – interconexa os dois primeiros fenômenos em direção a uma síntese.
ZUIN, Profª. Dra. Aparecida. Apontamentos e slides da aula de: Semiótica – para uma
análise jornalística. Escola Wilson Camargo. Abril/2012.
WIKIPÉDIA – Semiótica