Você está na página 1de 65

IMAGINARIOS

• O subjetivo é absolutamente incompreensível se não


se prolonga ate alcançar o campo coletivo das
determinações históricas. Não se pode negar que
Freud pratica uma psicologia que não apenas inclui o
ser humano dentro da complexidade do mundo
atual, mas que recorre necessariamente à historia da
sua chegada para dar conta da conduta individual.
Freud abre as possibilidades de pensar a conduta do
homem no campo de maior densidade significativa
dentro da qual encontre seu sentido. E nos mostra a
psicologia incluída como ciência histórica, ou seja
constituindo o individuo como o lugar onde se
verifica e se debate o sentido da historia, sem o qual
a conduta se converte em in-significante.”
• Freud procura explicar a estrutura subjetiva como
uma organização racional do corpo da pulsão por
império da forma social. Se cada um de nos tem sido
constituído pelo sistema de produção histórico, é
evidente que o aparelho psíquico não faz senão
reproduzir e organizar esse âmbito individual, a
própria corporeidade, como adequado ao sistema
para poder viver e ser dentro dele. Muitas das
explicações que desenvolve Freud se baseiam em
modelos das instituições repressivas sociais
interiorizadas: a policia, os militares, a religião, a
economia, a família. Tudo o que vemos em ação fora
aparece e permite a construção teórica de uma
organização subjetiva dentro, que determina nosso
• A noção de significante utilizada por Lacan é
proveniente de Ferdinand de Saussure, um
linguista que propôs uma visão estruturalista
da linguagem. Para Saussurre, a linguagem
seria formada por elementos chamados
signos. ... O significante seria a parcela
material do signo linguístico (o som da
palavra, por exemplo)
• Lacan, guiado pela experiência com as formações do
inconsciente (sonhos, lapsos, chistes, atos-falhos, etc.)
reinventa a proposta original de Saussure,
argumentando que a linguagem seria constituída
essencialmente de significantes e não de signos e que o
significado não teria – ainda que arbitrariamente
produzida – uma relação fixa com o significante. Para
Lacan, a experiência psicanalítica teria demonstrado
que o significado é extremamente volátil, evanescente,
como um fluido que desliza ao longo da cadeia de
significantes. Nesse sentido, a noção de signo deveria
ser relativizada, já que uma relação mais ou menos fixa
entre significante e significado estaria restrita a um
dado contexto
• Aquilo que afeta o corpo, corresponde situa-lo
como uma modalidade de gozo; é por essa via
que a experiência analítica, na perspectiva de
Lacan, obriga a lhe dar a um corpo outra
substância -cuja modalidade ele constitui-: a
substancia gozante, para falar de maneira
cartesiana
• O Imaginário é o corpo
Poderíamos partir de três afirmações de Lacan. Uma do seminário
20 onde afirma que “O corpo é algo que se goza”. 1 Refere-se à
substancia gozante, à substancia do corpo que se define pelo que
se goza. E acrescenta “Não se goza senão corporizando de maneira
significante”. 2 A outra é aquela onde Lacan nesta mesma linha,
entende que o corpo se introduz na economia do gozo pela imagem
do corpo. “A relação do homem com o que chamamos assím, com
seu corpo, se algo deixa muito claro que é imaginaria, é o alcance
que tem nela a imagem”. 3 A terceira é do seminário 23 onde Lacan
coloca que “o parlêtre adora seu corpo porque acredita que o tem.
Na realidade, nao o tem mas seu corpo é sua única consistência”
(…) “A adoração é a única relação que o parlêtre tem com seu
corpo, mais do que quando este adora outro, outro corpo”. Então
podemos afirmar que para gozar é necessário um corpo. Segundo
Miller, neste sentido, “Somente ha gozo com a condição de que a
vida se presente como um corpo vivo”.
• A satisfação do desejo, não implica absolutamente a
satisfação da necessidade.
• A diferença essencial entre pulsão e desejo, é que o desejo
no se satisfaz e a pulsão sim.
• O desejo pela sua natureza é um desejo insatisfeito, para
Lacan o desejo histérico é insatisfeito, então o desejo
humano seria histérico. Dai dizer que todas as neuroses são
histéricas, pois tratam de desejos insatisfeitos. O neurótico
obsessivo é apenas um histérico mais exacerbado, um
histérico mais complexo. Não deixa de ser um histérico e
por isso pode fazer analise. Isto porque somente há analise
do desejo insatisfeito. Essa é a condição da análise, por para
trabalhar um desejo insatisfeito. Fazer ele falar. Mas ao não
ter nenhum significante que de nome ao desejo, ele fala
constantemente sendo assim um pedido do impossível.
• Registrar é escrever, anotar alguma coisa da qual fica o registro,
a inscrição. Registrar também é dar lugar, no sentido de que
aquilo que se registra tem lugar em algum registro. O analista é
alguém que deve registrar, levar um registro das coisas e por
esse mesmo registro atua e a analise opera. O que sobressai
destas acepções do termo registro é que na experiência analítica
e na teoria analítica as coisas não acontecem num único registro.
Por isso foram chamadas também de três claves ou três modos
do sentido como se diz na escrita musical, que está em clave de
sol, clave de fá, clave de dó. A leitura do texto, seja uma
partitura, seja o texto da experiência, ou o texto Freudiano, deve
reconhecer em que clave algo está escrito e se pode ler.
Os três registros Lacanianos
• Lacan reflete que ser bebe humano implica
num caos de emoções e percepções
incompletas, onde o complexo substitui o
instinto animal, onde há uma completa
dependência de um outro. Denomina esta
situação de desamparo primordial, origem da
fantasia ou IMAGO do corpo despedaçado e
do complexo de desmame, que na realidade
segue ao complexo de ser retirado da situação
ideal na placenta e com cordão umbilical. No
seio do complexo inconsciente reside uma
representação prototípica chamada IMAGO
• O chimpanzé não se interessa pelo espelho.
• Já o reconhecimento da imagem no espelho
permite à criança certo controle corporal, pois
experimenta os efeitos que sua ação elicia
naquela imagem, dando ensejo a brincadeiras
de se movimentar ao perceber que sua
imagem no espelho corresponde aos seus
movimentos. A imagem na qual o sujeito
vislumbra seu corpo próprio não é um avanço
no sentido do reconhecimento da realidade,
pois nada mais é senão a sua imagem.
O desenvolvimento biográfico da personalidade
onde estão fatores objetivos partir dos quais o
sujeito organiza sua história de vida
A concepção de si que marca a relação do sujeito
consigo próprio, evidenciada no aparecimento de
imagens mais ou menos ideais em que ele se
reconhece
A tensão das relações sociais que se traduz em
termos dos laços sociais que incluem o sujeito e
os outros que o afetam.
• Então a IMAGO, de modo mais especifico, diz
respeito a uma função informativa e
formadora. Isso é demonstrado especialmente
da maneira peculiar pela qual a imago
constitui o psiquismo por meio da
identificação. Num formato totalizante e não
mimético.
• Enfim, a imagem detém dois aspectos no seu
surgimento: o eu dotado de permanência e
idêntico a si mesmo, no qual o infans vislumbra
precocemente sua potencia e organiza seu
mundo; e o eu alienante que distancia
permanentemente o sujeito de um
conhecimento de si, ocultando seu desamparo
primordial. Fantasia totalizante
• O DUPLO É EFETIVAMENTE ESTA IMAGEM
FUNDAMENTAL DO HOMEM, ANTERIOR À
CONSCIENCIA INTIMA DE SI MESMO,
RECONHECIDA NO REFLEXO OU NA SOMBRA,
PROJETADA NO SONHO, NA ALUCINAÇÃO E
REPRESENTAÇÃO PINTADA OU ESCULPIDA,
FETICHIZADA E MAGNIFICADA NAS CRENÇAS,
NA SOBREVIVENCIA, OS CULTOS E AS
RELIGIOES.
• A MAGIA UNIVERSAL DO ESPELHO NÃO É
OUTRA DO QUE A DO SEU DUPLO.
• OS DOIS CORPOS DO REI
• O homem não se reduz, portanto, à imagem
refletida que tem de si, na qual se aliena, e
“somente a mentalidade antidialética de uma
cultura que, por ser dominada por fins
objetivantes, tende a reduzir ao ser do eu toda a
atividade subjetiva.” Contudo, mesmo assim,
enquanto eu, o sujeito nada sabe sobre seu ser,
graças à paixão da alma por excelência: o
narcisismo
IMAGO
• Os Romanos juntam o conceito de EIKON e EIDOLON na palavra IMAGO. O
termo designava as mascaras de cera em forma de retrato com a qual os
mortos eram expostos no Forum Romanum.
Freud trabalhará este conceito significando a
imagem interna, a representação de uma pessoa
determinada e que na maioria das vezes é
inconsciente e que permanece viva na psique e
conecta duas pessoas próximas em referencia
com a imagem. Ex. Imago Paterna Imago
materna. Estas por sua vez derivaram no
conceito de superego.
PESSOA
• A PALAVRA PESSOA, TEM ORIGEM LATINA,
Persona, significando Máscara, máscara
trágica, máscara ritual, máscara de
antepassado. Por sua vez o termo vinha do
Etrusco per-sonare = a máscara onde ressoa a
voz.

• Mascara?
Máscara mortuaria de Agammennon?
• Nos primórdios da humanidade, tudo possuía
uma razão de ser, e uma explicação plausível,
mesmo que não compreensível para nossa ratio.
Havia uma crença, quase universal, no poder das
imagens, independente de qual fosse seu suporte
ou formato; já que, ao valer-se de quaisquer
objetos retirados da natureza ou por ele
fabricados, o homem os transformava em
símbolos, o que conferia aos mesmos uma
enorme carga psicológica, levando-os não apenas
à veneração, à contemplação e ao êxtase, mas ao
substituto, a sua própria encarnação.
Essa supremacia orgânica da visão fica evidente
na relação etimológica e morfológica entre
saber e ser, no latim.

VER = SABER = CONHECER = ENTENDER

OUVIR ERA = A ENTENDER


Máscara mortuária de princesa dinastia Chen sec X
• Assim, a idéia de que a imagem sempre
foi empregada como mera cópia da
realidade, ou como representação do
mundo externo, apenas se efetivou após
um longo processo, isso porque sua
função primeira era feérica, mítica,
metafísica, mesmo que o homem ainda
não a compreendesse de maneira clara.
• Outro ponto importante que merece ser abordado em
relação à imagem é sua relação indissociável em relação
aos pictogramas, às letras e ao ιόγος (lógos), ou seja, ela foi
o primeiro passo para que o homem, por seu meio pudesse
criar mundos paralelos e não só “dominar a si mesmo, a
seus semelhantes, ao mundo físico, como também ir além
daquilo que a própria natureza lhe forneceu, adentrar no
metafísico.”
• Não por acaso as grandes civilizações da Antiguidade
também haviam descoberto mais uma faceta do poder
imagético: a da propaganda. Isso se torna mais claro,
quando nos pomos a ler o Estandarte de Ur (figura abaixo)
que, apesar de sua pequena dimensão (21,59 cm x 49,53
cm), poderia ter sido modelo ou cópia de outras
configurações maiores.
• No objeto – que não lembra um estandarte já
que é, na realidade, uma caixa de formato
trapezoidal –, as imagens são formadas por
meio da técnica musiva (conchas, cornalina,
lápis-lazúli e betume), onde é possível ler, à
semelhança de uma história em quadrinhos,
constituída de três faixas narrativas
horizontais, as ações do exército sumério em
época de guerra.
Detalhe do Estandarte de Ur, foto de Steven Zucker, c. 2600/2400 a. C.,
British Museum, London

Na faixa inferior, verifica-se a ferocidade da cavalaria que, em sua marcha,


passa sobre os vencidos É possível verificar que a idéia de passar sobre os
inimigos num carro de guerra será uma representação imagética usual no
período por diversos povos.
Detalhe do Estandarte de Ur, foto de Steven Zucker,
c. 2600/2400 a. C., British Museum, London

No outro, vêm se os soldados trazendo os prisioneiros nus e amarrados como parte do


butim
Blitz em uma favela no Rio de Janeiro,
foto de Luiz Morier, 1983
Assim como
no Estandarte
de Ur, é
possível ver a
mesma
temática em
um mural
hitita , em cuja
representação
se percebe um
inimigo,
também nu,
sob o cavalo.
• Tão ruim como comprovar que certas imagens do passado não estão
tão distantes de nós como pode parecer, é o fato de que hoje, ao
serem veiculadas de forma maciça como são, perdem seu efeito
duplamente:
• a) primeiro por não nos atingir mais, devido a sua banalidade,
“fazendo com que o horrível pareça vulgar, familiar, irremediável,
remoto (“é só uma fotografia”). Assim, como o anacronismo nos
deixa insensíveis diante das cenas de brutalidade que se encerram
nas paredes da história, o excesso de fotografias e sua massificação
também fazem o mesmo com nossa consciência, tornando-a
indiferente à desventura do outro. Isso porque, diante do acúmulo e
da intensidade imagéticos – ao contrário dos povos da Antiguidade
que as viviam intensamente, respeitando-as e sabendo ser
dominados por elas –, não temos sequer tempo de retê-las, de
degluti-las, nem conseguimos retroalimentar o manancial de nossa
própria iconofotologia, afinal seriam delas, das imagens fotográficas,
de que nos servimos para a construção de nosso próprio acervo:
Genocídio no Congo (Congo Belga à época) executado por Leopoldo III da Bélgica, cujo fim não
era uma perseguição étnica, mas de pura exploração da mão-de-obra nativa), obrigada a cumprir
metas irrealizáveis, caso contrário, seriam mortas ou mutiladas.
Congoleses posando com mãos decepadas daqueles que não conseguiram extrair
sua cota diária de seiva de borracha, 1904
• b) segundo, certas imagens que poderiam
tornar-se paradigmáticas – levando-nos à
reflexão e à compaixão –, devido a sua
dimensão, novidade e impacto, por não nos
atingirem mais, tornam-se indiferentes,
instáveis e passam despercebidas. Perde-se,
portanto, toda a excitação que o novo tende a
trazer:
Mulheres armênias crucificadas por serem cristãs, Genocídio armênio, 1915
• Verifica-se, dessa maneira, como o poder imagético é
levado às últimas conseqüências, já que tais imagens
não se restringem ao espaço em que foram geradas, elas
são lançadas no virtual, a fim de que a intimidação se
espalhe por todo o mundo. Não se deve esquecer de
que vivemos em uma sociedade do espetáculo, em que
mais que um conjunto de imagens, vivemos uma relação
midiatizada por elas.
• Não à toa, tais barbáries cometidas hoje têm apenas o
fim de entretenimento macabro, cujo pretexto é a
religião e cujos atores-vítimas não são escolhidos à
revelia, mas predeterminados, afinal o que importa é o
show, é o espetáculo: jornalistas estrangeiros, líderes
tribais, militares presos, religiosos de facções
contrárias, crianças, mulheres.
SEMIÓTICA DA IMAGEM

• O conceito de imagem se divide num campo


semântico determinado por dois pólos
opostos. Um descreve a imagem direta
perceptível ou até mesmo existente. O outro
contém a imagem mental simples, que, na
ausência de estímulos visuais, pode ser
evocada.
A imagem pode possuir uma retórica
tão ou mais poderosa que o texto.

A imagem é mais importante do que


a palavra.
Leonardo da Vinci
DUPLO DOMÍNIO DAS IMAGENS
• 1- Como representação material do mundo
que se tem ao redor, calcado no EIKON:
Desenhos, gravuras, pinturas, esculturas,
fotos, imagens televisivas e cinematográficas.
• 2- Como representação imaterial, presente em
nossa mente, calcado no EIDOLON: Sonhos,
visões,Fantasias, Imaginações, Representações
mentais, pensamentos.
DUPLA REALIDADE DAS IMAGENS
• Pela sua bi dimensionalidade, enquanto
objeto visível e tangível
• Pela sua tridimensionalidade, cuja percepção
é constituída dentro de uma demarcação
especifica em um determinado tempo e
espaço, sujeito a codificações próprias, trata-
se de um fenômeno psicológico
IMAGEM
Semelhança
Similaridade
Similitude

GRAFICA OPTICA PERCEPTIVA MENTAL VERBAL

DADOS SONHOS
PINTURAS
ESPELHOS SENSITIVOS MEMORIAS METÁFORAS
ESTATUAS
PROJEÇÕES APARENCIAS IDEIAS DESCRIÇÕES
DESENHOS
ESPECIAIS FANTASMATA
Imagens mentais pertencem à psicologia e à
epistemologia; imagens ópticas, à física; imagem
gráfica, escultórica e arquitetônica, ao historiador
da arte; imagens verbais, ao crítico literário;
imagens perceptivas ocupam uma espécie de
região fronteiriça, onde fisiologistas, neurologistas,
psicólogos, historiadores da arte e estudantes de
óptica encontram-se a colaborar com filósofos e
críticos literários.
Conteúdo é o que uma obra
delata mas não exibe
A ultima Ceia. Leonardo da Vinci realizada entre 1494 e 1497 no refeitório do
convento de Santa Maria Delle Grazie, Milao. 4.60 x 8.80

Significado Fático: Linhas e Volumes.


Percepção formal.
Apreensão simples ao
Identificar certas formas
visíveis com certos obje-
tos conhecidos por mim
Pela experiência pratica
E identificando certas
mudanças em suas rela-
ções.
Significado Expressivo:
Diferentemente do signi-
ficado fático é apreendi
do não pela identificação
E sim pela empatia.

Juntos formam o grupo de significados


Primarios ou naturais.
O significado secundário é da ordem do inteligível. Sua diferença com o primeiro é que este é
convencional, interpretativo, sendo que o primeiro é sensível.
A perspectiva linear ou cônica aparece vinculada ao conceito de ponto de fuga, concebido como aquele
ponto onde convergem todas as linhas de profundidade.

O resultado se aproxima da visão obtida se o olho estiver situado nesse ponto.

Filippo Brunelleschi foi o primeiro que formula as leis da perspectiva cónica, mostrando em seus desenhos as
construções em planta e vista, indicando as línhas de fuga
Na sua ultima ceia pintada no mural do refeitório da igreja de de Santa Maria delle
Grazie (Milano) Leonardo nos ensina claramente a perspectiva linear. Observando a
imagem percebemos um ponto de fuga bem acima da cabeça de Jesus onde tudo
converge inclusive o nosso olhar.. Diversas linhas de fuga se encarregam de conduzir
o espaço na direção desse ponto. (linha do teto-parede, bordas superiores dos
quadros da parede, etc.). O resultado é um poderoso efeito de espaço tridimensional,
acentuado ainda pelo jogo de luzes alternadas na distancia.
• A FOTOGRAFIA É PRESENÇA REAL DA PESSOA
REPRESENTADA, NA FOTOGRAFIA PODE-SE LER
A ALMA DA PESSOA, SUA DOENÇA, SEU
DESTINO, E É POSSIVEL UMA AÇÃO SOBRE
ELA.
• VUDU
• CURANDEIROS
• CARTOMANTES
• A CONSECRATIO
• A DIFUSAO DA FOTOGRAFIA NÃO REANIMOU
EM PARTE AS FORMAS ARCAICAS DA
DEVOÇÃO FAMILIAR?
• NÃO TEM ENCONTRADO NA FOTOGRAFIA A
REPRESENTAÇAO EXATA DO QUE AMULETOS E
OBJETOS REALIZAVAM DE UMA MANEIRA
IMPERFEITAMENTE SIMBOLICA: A PRESENÇA
DA AUSENCIA? LEMBRANÇA, VIDA
REENCONTRADA, PRESENÇA PERPETUADA
• A FOTOGRAFIA É IMAGEM FISICA,
ENRIQUECIDA COM A MAIS RICA QUALIDADE
PSIQUICA.
• ELA NOS OBRIGA A ACREDITAR NELA. ELA
EMBALSAMA O TEMPO
• O FANTASTICO NO CINEMA ESTA LIGADO AO
REALISMO IRRESISTIVEL DA IMAGEM
CINEMATOGRAFICA
• A IMAGEM CINEMATOGRAFICA MANTEM O
CONTATO COM A REALIDADE E A
TRANSFIGURA EM MAGIA. MOUSSINAC
• O CINEMA NÃO É MAIS DO QUE O ASPECTO
MAIS DESENVOLVIDO DO REALISMO PLASTICO
QUE COMEÇOU COM O RENASCIMENTO E
ENCONTROU SUA EXPRESSÃO LIMITE NA
PINTURA BARROCA
ESTETICA: EXPRESSAO DE UM MODELO ESPIRITUAL PELO
SIMBOLISMO DAS FORMAS

• PINTURA
DESEJO PSICOLOGICO DE SUBSTITUIR O MUNDO EXTERIOR
PELO SEU DUPLO

O REALISMO NÃO É SOMENTE O REAL, MAS A IMAGEM DO REAL


AS MENINAS
VELAZQUES
• O ESPIRITO DO TEMPO

• A segunda industrialização, aquela das


imagens e dos sonhos, trouxe a colonização da
alma humana
• A CULTURA DE MASSAS É PRODUZIDA
SEGUNDO AS NORMAS MACIÇAS DA
FABRICAÇÃO INDUSTRIAL PROPAGANDA
PELAS TÉCNICAS DE DIFUSÃO MACIÇA
MASSMIDIA DA MASS CULTURE
• UMA CULTURA CONSTITUI UM CORPO COMPLEXO DE
NORMAS, SIMBOLOS, MITOS E IMAGENS QUE PENETRAM O
INDIVIDUO EM SUA INTIMIDADE, ESTRUTURAM OS
INSTINTOS, ORIENTAM AS EMOÇÕES. ESTA PENETRAÇÃO SE
EFETUA SEGUNDO TROCAS MENTAIS DE PROJEÇÃO E DE
IDENTIFICAÇÃO POLARIZADAS NOS SIMBOLOS, MITOS E
IMAGENS DA CULTURA COMO NAS PERSONALIDADES
MITICAS OU REAIS QUE ENCARNAM OS VALORES (OS
ANCESTRAIS, OS HEROIS, OS DEUSES). UMA CULTURA
FORNECE PONTOS DE APOIO IMAGINARIOS À VIDA PRÁTICA,
PONTOS DE APOIO PRÁTICOS À VIDA IMAGINARIA; ELA
ALIMENTA O SER SEMI-REAL, SEMI-IMAGINARIO, QUE CADA
UM SECRETA NO INTERIOR DE SI (SUA ALMA), O SER SEMI-
REAL SEMI-IMAGINARIO QUE CADA UM SECRETA NO
EXTERIOR DE SI E NO QUAL SE ENVOLVE (SUA
PERSONALIDADE)
• NA FALSA CULTURA A ALIENAÇÃO DO HOMEM
NÃO SE RESTRINGE APENAS AO TRABALHO,
MAS ATINGE O CONSUMO E OS LAZERES.
• O PRODUTO CULTURAL ESTÁ ESTRITAMENTE
DETERMINADO POR SEU CARATER
INDUSTRIAL DE UM LADO, SEU CARATER DE
CONSUMAÇÃO DIÁRIA, POR OUTRO, SEM
PODER EMERGIR PARA A AUTONOMIA
ESTÉTICA.
• O VENTO QUE SE ARRASTA EM DIREÇÃO À
CULTURA É O VENTO DO LUCRO CAPITALISTA.
• ASSIM O CONSUMO CULTURAL, SEMPRE
RECLAMA UM PRODUTO INDIVIDUALIZADO, E
SEMPRE NOVO.
• SE TRATA DE UM PRODUTO ABSTRATO QUE
ATINGE UMA CERTA MATERIALIDADE NO
UIVERSO PSIQUICO
• A ORGANIZAÇÃO BUROCRATICO-INDUSTRIAL
DA CULTURA SE TORNA POSSIVEL PELA
PROPRIA ESTRUTURA DO IMAGINARIO. ELE SE
ESTRUTURA COM ARQUETIPOS: EXISTEM
FIGURINOS-MODELO DO ESPIRITO HUMANO
QUE ORDENAM OS SONHOS E,
PARTICULARMENTE, OS SONHOS
RACIONALIZADOS QUE SÃO OS TEMAS
MITICOS OU ROMANESCOS
• EM CADA CASO, PORTANTO, SE ESTABELECE UMA
RELAÇÃO ESPECIFICA ENTRE LOGICA INDUSTRIAL
– BUROCRATICA – MONOPOLISTA –
CENTRALIZADORA – PADRONIZADORA E A
CONTRA-LOGICA INDIVIDUALISTA – INVENTIVA –
CONCORRENCIAL – AUTONOMISTA –
INOVADORA.
• ESSA CONEXÃO CRUCIAL SE OPERA SEGUNDO
EQUILIBRIOS E DESEQUILIBRIOS. A
CONTRADIÇÃO DINAMICA DA CULTURA DE
MASSA. É SEU MECANISMO DE ADAPTAÇÃO AO
PUBLICO E DE ADAPTAÇÃO DO PUBLICO A ELA. É
SUA VITALIDADE
IMAGENS E VERDADE

Você também pode gostar