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A abordagem gestált[ca
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a contradição, o impasse, encarando o vazio. a culpa,
a angústia, a
morte, na incessante busca de se acha r e se transcender.
ações desta
A maneira de seguir atenta e minuciosamente as manifest
pcsr ura feno•
experiência na sua unicidade irredutível caracteriza uma
com o ··tru-
menológica e se afasta dos tecnicismos desqualificados
ques" pelo próprio Perls.
ente-
A abo rdag em gestáltica con side ra o hom em um ser iner
cret o e
men te reJ acional. dotado de singularidade, além de con
cotp0rificado.
se atua li-
O hom em é um conj unto de poss ibili dade s que pod em
?at1 se re..alizar dura nte sua ex.istencta. Tem
libe rdad e para realizar
esco lhas , vivi das con1 angú stia e mqUtetação, já que
não pode esco -
s.
lher toda s as coisas e prec isa renu ncia r a mui tas possibilidade
ci-
Ess a abordagem terapêutic.él e pedagógica valoriza a capa
e de si e
dad e cria tiva do homem e o concebe capaz de tomar poss
do muncio, responsável e po~suidor de potencial tran
sformador da
pró pria vida e do destino.
Ges-
Rib eiro (1985, p. 4l)t ao traçar convergências entre a
talt- tera pia e o existencialismo. afir ma que
nuam e
f. .. J tanto a proposta gest.altista. como a existencialista se enco
se irmanám no sentido de privilegiar o hom em com o ser que se pos-
aqui e agora
sui, como ser livre e resp onsá vel [ ... ] a crença no homem,
si próprio.. a
presente. capaz de tornar.. sc cada vez mais cons cien te de
cxte nslo para
part ir da experiência vivid a agor a e da certe za de sua
o homem e dele
depo is, dent ro de uma visã o holís tica do homem com
com o ser no mundo.
ialis -
Ass im, tanto para a Gestalt-terapia com o para o exis tenc
ro de soa
mo, o hom em é o intérprete mais fiel de si mesmo, cent
pió pria liberdade e libertação, detentor do poder sobre 11
rnEM•Nt
aind a que, mom enta nea men t~ tenha perdido eua apc
idlo ,-.
auto gov ema r-se .
O homem é um ser em projeto, fazendo-se em processo, ca-
. - ~•-:'"''l (~,1~:(• ~ ",1,; .-.(~,..,,,,.,.,,~ ~ ~;
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O inter-humano acontece no "diálogo'\ que não se. refere
. ~\_,sim~lesmente ao discurso, m~s ao fato de que a ~tên~J uma-
~ ,;J na e fundamentalmente relac1onaL "No começo e a relaçao , afir-
...._, t _l'n(,,;Y<-.·(·""',«,~,:,:<,••" ...,,,, ,_.
.·'1J
. , . "',:-,-~
A p~ayra ptjncípio EU-TU só _pode ser proferida pelo ser em sua !?.~.:-
lidade. A união e a fusão em um ser total não pode ser re,aijzada por
~~ nem pode ser efetivada sem mim.[ O EU se realiza Iia relação
com o TU; é tornando-me EU que digo TU. Toda vida atual é encontro.
(idem, ibidem, p. 13) ) ,t._ · , ,.
A palavra-prin cípio EU-ISSO jamais pode ser profe:ida pelo ser em sua
½ . ...., ..., ½.,. •-'
aquele que vive somente. com o ISSO não é homeM' (idem, ibi-
deiri;~p. 39). .
Assim sendo, a atitude EU-TU refere-se à relação com o outro
',
: valorizand o sua "alteridade" ou,
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r
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· - do que se vê mas·
gem fenomenológi~ não se trata apenas de descnçao .1 2
4 81
de uma interrogação do todo que aparece. (Loffredo, 199 , P· ) '
0
Para a fenomenologia, o homem não é propriamente um : ~-
jeto~' de conhecimento, já que é sujeito, construtor de sua propna
história e situado no mundo.
. A fenomenologia clareia, então, significados atribuídos que
constituem um fenômeno, ou seja, um fragmento da experiência
de um sujeito-no-mundo, pela descrição da experiência, da obser-
vação de "como" ela acontece. A consciência sempre é consciên-
.,......._,~
eia de alguma cois~ voltada para um objeto, e o objeto, por sua
vez, é sempre um objeto para uma consciência.
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Assim, ao realizar a descrição fenomenológica, o gestalt-tera-
peuta privilegia o "~uê" e o u~.9.!11:º", em vez do "~~rq_~~-~'.
Por meio da intencionalidade algo se constitui na consciên-
ci~ já que a consciência é sem,re consciência de alguma coisa,
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Tellegen descreve esse processo:
Ajustamento criativo
A importância desse conceito na Gestalt-terapia pode ser ob-
servada na própria definição da Psicologia de Perls, Hefferlíne e
Goodman (1977, p. 45):