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CoMP
CoMPAN~
ANHI
HIA -
A DA
DAS
S LE
LETR
TRAS
AS
E . P . Thompson
Costumes
em comum
E ST U D O S SO B R E A
C U L T U R A P O P U L A R
T R A D IC IO N A L
Até poucos ano noss atrás a m a meemór ia históri ricca da venda de de es p posas
osas na Ing
Inglater-
ra ser
ra ser ia mais bem desc scr
r ita como amné mnési siaa. Qu Queem ir ia q uerer lem br ar práticas tão
bárbar
b árbar as?
as? Por vol volta da décadadécada de 1850 50,, ququase
ase todos os co comment ntaadore
ress admi mittiam
a visãsãoo de qu quee a prát
prátiica er a a) ext extr emame
emament ntee r ara ra,, e b) totalmente of ens ensiva à
mor
mo r alid
idaade (em b boor a, de f or ma a se justif ica car r , algun unss f olclor ist istas começ meçasasssem a
br incar co com m a noção de resídu resíduos os pagãos).
pagãos).
O tom do Th Thee bo bookok of da y
da yss (1878) de Chambe mber r s é r epr
epr esent
esentaativo
vo.. O q uadr o
"é sim pl ples
esm mentntee um atent ntaado à decência [. [....)
.).. Só pode se ser
r co
connsid
ideer ado como
pr
p r ova
ova da ig ignnor ânci ciaa ap apaatetada e dos sent sentimimeentos br utai utaiss de par te de no nossa
ssa po-
pul
p ulaç
ação
ão r ura rall". E o mai maiss imp mpoortrtaante era r e p puudiar e de denun
nuncciar a pr ática,
ática, por q qu e
os "vi
"vizinhos conti ntinnent
ntais"
ais" da Gr ã-Br ã-Br etantanhha tinh inhaam not otaado os "casos fortuitofortuitoss
de ven
venda de es po possas", e "acredit ditaam ser iame iamente q ue ue é um há bit bitoo de toda
todass as clas-
ses de nosso pov ovoo, citand
tandoo-o constante temment ntee co com mo evid idêência de noss ossaa cicivvili
liza
za--
ção inf erioerior".
r".'' Com sua ha bitu bitualal fri frivvolididaade r anco cor r osa
osa, os fr anceseanceses eram os
mais agr essi e ssivo
voss a es esse
se r es p
es peeit
ito:
o: milo ilor
r de John Bull ll'' er a repr esen
esentado, de botas e
es p
poor as,
as, no merc ercadadoo de Smi mitthfie
field
ld,, gr itand ndoo " à quinze livr es mafe es mafem mmemel"
l" [m[mii-
nha mul mulhher por q uinze libr as I), e enqu
nquaant ntoo a senho nhor r a, presa por uma co cor r da,
da, se
mantinh
ntinhaa de pé num pequ queeno ce cer
r cado
cado..'
Thee book of d a y
Th yss coconnseg
segui uiuu r eun uniir a p peenas oi oitto casos,
casos, entr e 18'15 e 1839 839,, e
esse
es sess ca caso
sos,s, jun
juntoto com mais tr ês ês ou q uatr o, fo for r am po possto
toss em cir culaçã laçãoo, sem
maior es inves vesttigaç
gaçõeõess, por meio de rel relatos de j joorn rnaais ou de ant ntiiqu
quáário
rioss duran rantte
cin
inq q üent
entaa anos ou mai mais.s. À medid didaa que cr escia o esclar eciIn eciIneent
ntoo, a cur iosi iosidadadde
dimi
iminuí
nuíaa. Na pr imei imeira metade des este
te sécul
século, a memória histór ica ger alme ment ntee se
satisfa
atisfazzia com refe refer r ênci
nciaas f or tuitas
tuitas insi nsign gniific
ficaantntes
es em desc descri riçções po pul pulaar es dos
cos
ostume
tumess do p pov
ovoo no no s séc
écul
uloo xv xvu! u!.. E
Esssa
sass er am c com
omum umeent ntee of er ecidecidas as comcomoo um
element
mentoo color ido dentr o d dee um
umaa l liiturg
turgiia a antit
ntitéética que co contntra
rasstatavva a cultura
ultura a ani
ni--
malesca
male sca dosdos po br es (Gin La Lane, T Tyy burn
burn"" and nd M Moother Pr oct octor 's's Pews [a [a v
vid
idaa do
gim, ca caddaf also de T Tyy bum e os bancos da m maadr e in inss p
peetor a], a pr áti tica
ca de açul ulaar
cães c cont
ontr r a t toour os,
os, o osroj
srojõe õess a
attados os e emm anima
animais, o pugili pugilissmo co com m bota tass pre
pregagaddas
no ch chãoão,, as co corr idas nu nuaas, a ass ve
vend ndaas de de e ess p
poosas) co com m qualque
qualquer f orm rmaa es escclar eci-
eci-
da que s
que sup upoostament ntee as terite riaa s
sububsstituíd
tuído. o. J
Contr a esse fundo
esse fundo de de indindife ifer r ença
nça,, uma po poder osa influêinfluência se afirmo afirmou: a
r econ
econsstru truçção cuidado dosa sa da ve vendndaa de uma uma es p poosa, num cont nteexto humano
vero
ve rosssímil
símil,, as asssumindo um lug lugar si s ignific
nificaati tivvo na es estrutura
trutura do do enre reddo de um r o-
manc
ma ncee imp
impoort rtaante
te,, T hehe mayo ayor r o f C aster
aster bri rid ge. Th
d ge. Thoomas Hard rdyy f oi um obs obser -
vaddor ex
va extr emament mentee per s pi pica
cazz do doss c coostum
tumees po pulare pulares, s, e r ar amente seu traç traço é
mais seguro
seguro do do que
que ne
nessssee r omance ce.. Mas no e pi pissódio em que Mic Michaelhael Hencha
Henchar d
vende
ve nde s suua es p poosa Su Sussan numa numa fe feir
ir a de beib eir r a de es
de esttraradda a um mar inhe inheir o que pas pas-
sava,
sa va, Hard
Hardyy não ão p paare
recce ter se a
se a po poiiado na o na o b bseser r vação
vação (nem na na tr adi dição
ção oral
oral d dir
ir e-
ta)
a),, mamass em fo fonte
ntess jorn
jornaalí líssti
tica
cass. Essas f ont ntees (co comomo verem eremoos) são geralment eralmentee
eni
niggmáti tica
cass e o p pacas
acas.. E o epi epissódi dioo, ass ssimim co com mo es está delin
delinea eaddo no r oman mance ce,, com
sua orige
origem m ap apaar entem
ntemeente casual e sua expr essão brutal, não não se a justa
a justa às evi vi--
dência
nciass mais "tí pic picas"
as".. O leil ilão
ão de Su
de Sussan Henchard não te não tem m car acterí
acteríssti tica
cass ri-
tuaais; o co
tu compr
mpr ado dorr apar ece fortuitam rtuitameent ntee e f az sua of er er ta no impulso
impulso do
momento.
moment o. Hard rdyy conse
onseggue r econ econstr trui
uirr o e e pi
pisósódi
dioo e de dessvend
vendar ar asas s suas
uas conse
conse--
qüêência
qü nciass de f or ma ma admir ável, ao a pr esent esentaar o co connsenso po pul pulaar ger al quanto quanto à
legi
egitimi
timida dadde da da t tra
rannsação e qu quaant ntoo a seu seu ca car r áter ir revogá
revogávvel- uma con convvic icção
ção
cert
ertaament
mentee par tilha tilhada por Susa Su sann Henchard nchard'' Mas, s, e
emm última
última análi lisse, a apr esen-
tação
ação d dee H
Haard rdyy ainda r ecaíaecaía n noo m meesmo mo es ester
ter eótiptipoo do T he he boo
book of ys.. "
of d a ys "DDe mi
mi--
nha parte
parte", di dizz o bê bad badoo Hench nchaard rd,, "não ve jo ve jo por que os homen menss qu quee têm
mulher es e j jáá não as qu queer emem não dever iam se ver li livvr es delas, com omoo esses
cigan
cig anoos f azem com os cava cavallos velh lhosos [...]. Po Por que não de d everi riaam ofe ferec
recêê-I-Iaas e
vendê-Ia
ndê-Iass em leil ilão
ão a homens que es estão pr ecisand ndoo desse
desse tip tipoo d dee a
artigo?
rtigo?""
O pr essup uposostto subj
ubjaceacent ntee a amb mbos os os r elatos é que a ven endada da daees p posa
osa er er a um
umaa
compra di dir eta d dee um bem.bem. E E um
umaa v veez e esstab
tabeele leccid
idoo o es ester
ter eótip
eótipoo, é d demasiad
emasiadoo fá-
cil interp
interpret retaar a evid idêênci
nciaa p poor mei eioo d doo c cli
licchê. P Poode-se se entã
entãoo adm dmiititir
r que
que a es es p
poosa
er a leil
leiloa
oadda co com mo um anim nimaal ou me merc rcaador ia, ia, talvez contr a a s suua vovontade
ntade,, se j jaa
poorq
p rqueue o marid ridoo q ueriaria s see ver r lliv
ivr r e dela
dela,, se ja ja po
porr moti tivvos purame
puramente te mercenári
mercenários os..
Com
Co mo t taal, o cos costumtumee d deesaut utooririzava
zava q ualque
ualquer ex e xameme e esscrupul
crupulooso. Podia ia s
ser
er tom
toma-
Tyb
ybuum fo
(1 1 ) foii, até 1783
783,, o p
pri
rinnci pa
pal locacall de
de exec
execuuçõ
ções
es pú bl
blic
icaas em Lo Lonndr es.
es. "Gin Lane",
q uad
adr
r o de W.
W. H
Hogan
oganhh (1697-1
1697-17764
64)) r epr
epr esen
enttando a d deg
egr
r adação dodoss pobobr
r es alcooooli
lizzados pel
eloo gim
q ue ince
ncenntivo
vouu a ap
apr
r ovação
ovação do GiG inActe
Actem m 175 I, ta t axa
xanndo a beb
bebiida pa
par
r a ini bi
bir seu co
connsum
umoo. ( N.
N. R.)
do co com mo um exe exemplmploo mela elanc ncóólico de abje abjeta o pre pressão
ssão fe femiminina
nina,, ou co c omo ilus ilus-
tr ação
ação da le
da levviandad
ndadee com q ue o ue oss hom
homeens p poo br es
es conconsid ider
er avavam m o casa asament
mento. o.
Mass é esse est
Ma ester eóti
eóti po
po - e nã nãoo o f atoato de que que as es p es posas
osas erameram ocasion casionaal-
ment ntee vendid
endidas as - que requ requeer in invesvesti tiggaçã
çãoo. DeDe qual qualq q uer modo, par ecia ecia acon-
sel
elháve
hávell colet
coletaar r alguns
alguns dad dadoos ant antes es de a p prese
resent ntaar ex pli plicacaçções segura egurass. Na
déccada de 1960
dé 1960, c coom muitamuita a ju juda
da de a amig
migos os e c correspondente
orrespondentess, comecei a for-
mar ar
ar quiv
quivos so so br
br e as vendvendas as "ritu
"rituais" nos século uloss XVIII
XVII I e X IX ; e no fina final da dé- dé-
cada de 1960 1960 e e duran
durante te toda a d déca
écadda de 197 9700, infli
infliggi es boço
boçoss des este
te caca pítulo
pítulo a
muitass audiê
muita audiênnci cias
as na na Grã-Br etanha etanha e no noss Est
Estados os Unido
Unidoss. Em 1977, 1977, já já tinh
tinhaa un
unss
trezzento
tre entoss ca cassos em mi minhnhaas fi ficchas as,, emb mbor oraa pe pelolo memennos cinqü inqüeent ntaa sejam
'dema
demassiado vago agoss ou dovidos
dovidosos para serem serem tom tomaados como ev evididêência
ncia.. Ne Ness ssee
meio
me io tempo
tempo,, adiava
adiava a a publicaç
publicação ão de mi minhnhaas conclu
conclussõe õess, em embo borara elas f oss ssemem
suciintam
suc ntamente ente relata
relatada dass no trabalho de de outroutross pe pessqui
quissad
adoor es.
es.' Novo adiament diamentoo
f ez
ez com
com que minha pesquis pesqui sa se tornass tornassee ultr ultr apass
apassad adaa, pois
pois em 198 1981 foi publi publica-ca-
do um v
um volumeolume subs ubsttan anccial
ial,, W ive or s aZ e [E
vess f or [Ess po
possas à venda] enda],, es esccr ito
ito por Sa Samumueel
Pyeatt Menef ee.
O es
estudo etnogr áfico áfico do s do sII. Menefee foi realiz realizado co comomo disse
disser r tação junto
junto
ao De partamento de Antropolo Antropologia gia Social na Univer sid idaade de Oxfo for r d, e o as-
sunto talv talvez tenha che chegad gadoo ao con conhe heccim imeento desse departamento
departamento q uan uando dei
umaa pale
um palesstra sobre o te tema num de de s seeus seminários
eminários,, Não po podia reiv reivindi
indiccar dir ei-
toss autorai
to autoraiss sobre o tópi tóp ico, e na r ealidade a minha inten ntençção f or a de dess pert
pertaar o in in-
ter esse
esse históric
histórico e antr o p poológic
lógico. o. Ainda
Ainda as asssimim,, minha
minha prim primeir eir a r eaçã
eaçãoo fo foii
conssiderar que meu trabalho se
con se t toorn
rnaara r edundante pela açã ação de ter ceir ceir os.
os. O sr .
Menefee
Me nefee invesinvestigara
tigara o tem emaa com gr gr ande
ande diligên
diligênccia ia;; pe
pessqui
quissar a em muitas muitas bi-
bliottec
blio ecasas e repart
repartiçõ içõeses de r egi gisstr os ci civvis; reunira materia material mu muit itoo curio
curioso e às
vezees r ele
vez levvante
ante;; e ultrapa
ultrapass ssar
ar a minha nhass própria
própriass contas, com um a um a pêndic
pêndicee de 387
casos. s. A
Allém dis disso
so,, ele
e le papar tilha
ilhava va min
minhared
haredefiniefiniçãoção do ritua rituall a aoo d
dar
ar a seseuu v voolum
lumee
o subtítulo "U "Um m estud tudoo etnog
etnográficráficoo do di divórc
vórcio io po pular bri britâ
tânico
nico"". Com um
pouco de tri trisstez
ezaa - pois o tema me preocupara por alguns ano noss - deixe xeii meu
ensaaio de lado.
ens lado.
Retomo agor a o es estudo,
tudo, apres apresen enttando-o tardi ardiaamen
mente te ao pú públiblicco, porque
porque
não acho afinal que que o o s sr.
r. Menef ee e eu eu tenhamo
nhamoss no noss repetido
repetido,, nem que que as as no
noss-
sas in invvestigaçõe
estigaçõess se re re p
poor tem às mes esm mas q ues uestõetões.s. O s sII. Mene
Menef f ee escr
escr eveu
eveu o
textto c
tex como
omo aprendiz
aprendiz de etnógrafo etnógrafo,, eseu eseu c coonheciment
cimentoo da his históri riaa soci
social b brit
ritââni-
ca e
ca e de
de suas
suas di
dissciplina
ciplinass era básico. básico. Por isso, sso, tinha
tinha pouco
pouco di discscernim
ernimen entto do c coon-
texxto socia
te ciall, poucos
poucos crité ritéri
rioos para disti distinnguir entr e a e e~~idêdênncia con conf iável e a
adulterada,
adulterad a, e seuseuss ex exemplo
emploss f asc ascinant nteses a par ecem
ecem no me meio io de uma mistu stur
r a de
material irr irr elev
elevant
antee e inte inter r pr eta
taçõ
çõees contr adit ditóór ias. Seu liv livr r o é mui uitto me metticu
icu--
losso e cuida
lo cuidadosament samentee doc docuumentad
mentadoo, ao ao que
que deve
devemo moss agr ade deccer , mas ele não
pode
p ode se ser
r tom
tomado como a p a paalalavvra f inalinal so br e a v venda
enda d daas es posa
posass.
o r itual ta
talve
vezz tenh
nhaa int
inteer esse
e sse a pen
a penaas mar gin
ginal, e p
poouca r elevâ
evânci
nciaa ger
geraal
par a o comp
pa mpoort
rtaament
ntoo sexual
sexual o ouu as
as n
noorm
rmaas con j juugaiaiss. A br e a p peenas um umaa p
peq
eq ue-
na j jaanela para es essa
sass que
questões.
stões. Entr
Entr etanantto, nã
nãoo há muit
muitas as des
esssas j jaanelas as,, e nun
nu nca
ter emos
emos um umaa vi
vissão panor
panor âmi
âmica até queque t toda
odass a
ass co
corti
rtinas
nas sese j jaam a b beert
rtas
as e as
as pe
per
r s-
s-
pec
p ecti tivvas se cru
ruzzem. Des esssa ev
eviidê
dênnci
ciaa fra
fraggme
menntári riaa e eniniggmátic ticaa, dedeve
vemmos ex-
tr air toda
todas as perce p pçõe
çõess poposs
ssíívei
veiss so br e as
as n noorm
rmaas e a sen ensi
si bili
bilidade de um umaa
cultura pe perdid
rdidaa, bem
bem c com
omoo sobr
sobr e as c cri
rises
ses int
internas
ernas aos p
aos poo br es.es.
As evid
evidênci ciaas ququaantit
ntitaati
tivvas a r espei
espeito da ve vend ndaa de es es po
posa sass e sua f r re qü
qüêên-
cia sãsãoo, so b mu muitositos as p pec
ecttos, as as m
meenonoss satis atisf f atóririaas a se ser r em ofe ofer r ecidas neste
ca p
píítul
tuloo, por issoisso come
começareçarem mos po porr ela las.s. Cole
Colete teii cerca de tr t r ezent
ezentos os cas
casos, den-
tr e os qu
quaais rejeit
rejeiteei cinqü inqüeentntaa por se ser r em duvid idos
osoos. Men Menefe efeee lista 387 casos, casos,
mas es essse núm úmeer o inclui muito muitos ca cassos vagos e du duvid idos
osoos, freqüe
freqüent ntee co
contntage
agem m
duplaa d
dupl doo m
mesmo
esmo caso, e caso casos qu quee não são v são ven enddas ri rittuais "ve verd rdaadeir as"as". Va Vamomoss
dizerr qu
dize quee tenh nhoo 250 ca casos
sos aut
autêênti
nticos,
cos, e q ue Menef ee ee tem tr ezent ezentos os.. Mas cerca
de 150 ca cassos a par ecem ecem em am ba bass asas li
lisstas - casos co coliliggididoos em fo fontntees evi-
dentntes
es como
como N ot es and Queries Queries , os a arqui
rquivos vos do T he T imes , c compil
ompilaç açõões de fol- fol-
clor e etc. P Poort
rtaant
nto,
o, j unt
untosos col
coletamos un unss qu quaatr ocent
ocentoos exe exempl mplos. os.
Ain
inda
da assassim im,, acachhei necesecesssári rioo podar r esse materi riaal, es p peeci
ciaalm
lmeentntee nos
prime
pri meir
ir os anos (an anttes de 1760) e naqu naqueeles dep epoois de 188 880.0. A A v veenda ou tr oca d oca dee
es p
posa,
osa, par a serv erviiços dom doméstico coss ou sexuai uaiss, par ece ece ter oco ocor r r
r ido
ido oc ocaasional-
ment ntee na maio aiori riaa dos lu lugagar
r es e é p pocas
ocas.. Pode se ser r a p
peenas um umaa tra rannsação a b a beer -
r ant
ante, com ou ou se semm prete
pretensa base cont contr atual- é r egi egiststr
r ada, às vezes, vezes, a aind
indaa ho j jéé
em di diaa. Inf eli lizzmente te,, algun unss dos os primeir
primeir os os exempl mploos não f or or nece
ecem m qu quaase ne-
nhuma
nhu ma evid
evidêência qu quaanto à n naatu
ture
rezza da pr átic tica.a. Ass
Assim im,, o r egi
egistr o de um his histori ria-
a-
dorr loca
do ocall "
" b
baseado
aseado num num a anti
ntigo
go documen
documento to rel
relati tivvo a Bil ilsston" - "Novemb mbro ro de
1692. J
1692. Joohn
hn,, o filh
filho d
dee NaNaththaan White tehhouse se,, de T Tii pto
pton, vend ndeeu sua mulh mulheer ao s sr.
r.
Br acegi
acegirdlerdle"" - po podde não possui
possuir r , se
sem m o outr
utr as
as ev evid idênci
ênciaas, a pertin pertinêência par a s seer
cont
co ntaado co commo um caso de ven venda r itual de deees p posa
osa..6 Mas a allgununss d doos exemp
exempllos pos-
ter iores,
iores, emb emboor a mais bem doc ocument
umentaados, tamb mbém ém a pr esent
esentaam difi ficculd
uldaades.
Assssim
im,, em 1913, um umaa j jove
ovem m casa
casadda afir
afir mou
mou nu num m tr ibuna
ibunal de p peq
eq uenas contr
contr a- a-
venções de Leed Leeds (num caso de r eivindi ndiccação de sustent ntoo) qu quee o mar ido a
vennde
ve der
r a por um umaa li br
br a a um um co
colelega
ga de tr t r a b
bal
alhho q ue mor ava ava na r ua v vizi
izinh
nha.a. O fi-
lhoo fo
lh foii ado
adottado pel peloo seg egunundo
do homhomem em:: ele o acei aceittou por sei seis se sem manas, e d e depo
epoiis
manndo
ma douu q ue ela afogass
afogassee a cr ian iança. Mas ess essee homem mem já já er a ca cassado, e m maais ta tar
r de
de
voltltou
ou à su sua m
muulher . Se ess
7
esse caso foi foi uma v veenda de esposa esposa,, o costum costumee já est estava
num avançado est
num avançado estado de d decom
ecom p pos
osiição, e a pr
a pr áti
tica
ca se a
se afas
fastatando
ndo do uso a ant
nteeri
rior
or -
mente aceaceit
itoo.
Há alguns casos ant anteses de 176 7600 e depepois
ois de 1880880 qu
quee f ornecem
ornecem melhmelhore ress
evidên
idênccias. Mas,
Mas, par a fins
fins de con ontatage
gemm, decidi deixa
deixar
r os
os casos ante
antess de 1760
paara his
p histor iad
iador es
es mais be
bem m qu
quaali
lif
f ica
caddos par a int
inteerp
rpreta
retarr a ev
evid
idêência
ia,, e ign
gnoor ar
aqueeles de p
aqu poois de 188
1880. IssIssoo me redu
reduziu a 218 casos que
casos que poss
posso ace
ceititaar como
autên
aut ênti
tico
coss en
enttre 176
7600 e 1880 80:: 8
Os casos
casos vie ier
r am
am de todastodas as re reggiões da Inglaterra,
Inglaterra, mas só só tenho
tenho um cas caso da da Es
Es--
cócia ness nessee período e bem pouco poucoss ca cassos d doo Paí aíss de Gales
Gales. Os condado condadoss co comm dedezz
ou mai aiss exemplo
exemploss são: De D erb
rbysyshire
hire (10 10),), Dev
Devoon ( (12
12)), Kent (10), Lancas Lancashir e (1 (122),
Lincolnsshire (14
Lincoln 14),), Middl
iddleseseex e Londr es es (19 19)), No Nottinghamsh
ttinghamshiire (13 13), ), Staffo
Staffor r d-
d-
shire (16 16)), W
Waarwick shire (10), (10), e ( bem bem no topo da tabela ta bela)) Yo Yor r kshir
kshir e (44 44)).
Ess
ssees n
núúmer os os momosstram pouca coisa, exc coisa, exceto eto que
que a pr prát
átic
icaa cecer
r tamente
tamente oco ocor-
ria, e em muitas muitas re reggiões da Inglate
Inglaterra. Os Os números são ão de casos vis
de ca visí í vei
veis , e a visi-
bilidadde dev
bilida evee se serr conside
considerad adaa em pe pelo menos trê trêss sentido
entidoss. Pr Prim imei eir
r o, sãsãoo
ocorr ência iass cujoujoss vestí tíggios por ac acaso se to tornara
rnaram m clar os os para mim.mim. Emb mboor a
Menefeee e eu aprese
Menefe apresentemontemoss o me messmo perf il geral ral,, em certo sentido sentido ambo amboss de de--
pendemoss do que
pendemo que chamou
chamou a at ateenç
nçãão do doss fol
folcclorista
loristass ou do qu quee fo foii regis
registrado pe-
loss j joorn
lo rnaais me mettrop
ropoolitano
tanoss. Não exis existem f ontes ontes das as quai
quaiss se po poss
ssaa extrair uma
amos
mostr tr a sistem
temáática
tica,, e apenas
apenas uma pesq pesq uisuisa detalhada nos nos jornai
jornaiss pro provvinciano
incianoss
de toda dass as r egiõe
giõess poderia
poderia pr etende tender r criar tal amos amostra tra..9 Segundo
Segundo,, ha havvia ocor
ocor -
r ência
nciass que titinham de adqui adquirir uma c uma certa
erta notoriedade par a deixar algum tipo de
vestí
ves tíggio nos
nos r egi gisstr os.
os. UmUmaa venda ritual na na p
pr r aça
aça do mer cado de uma uma cidad idadee r e-
lativvam
lati ameente grande poder poder ia te ter
r esse
esse efe
efeiitoto,, ma
mass tal não não acont
acontece eceririaa nece cess
ssar
ar ia-
ia-
mente com uma venda pr pr ivada numa tav tavernaerna,, a não s
não ser er que fossfossee acompanh
companhaada
de alguma cir cun unsstânc
tânciia inusinusit itaada. Como
Como a s segund
egundaa f orma orma era a pr efer efer ida em
algun
lgunss di disstrito
tritos,
s, e ger alm lmeentntee sub ubsstituiu a prim primeeira f orma dep epoois de 1830 ou ou
184040,, não há es há es pe
per r ança
ança de r ecu pecu peera rarr quantidades
quantidades pr ecisas. ecisas.
Mas é a visibilidibilidaade num terce terceir o sentido a q ue tem ma mais im im p
poortâ
rtânncia, aq ue ue
of erece
erece restriçõe
restriçõess mai maiss ampla
amplass a qua qu aisquer quantif
quantif icaç icaçõões, e aque il iluustra a n
a na-a-
ture
ureza za escorr egadi gadiaa das ev evid
idêência
nciass com que que d deve
evemomoss lidar. Pois Pois qu quaando foi foi q ue
a venda
venda de es de es po possas se tornou visíve sívell a um públ úbliico re refi
finnado ou dou dee c classe
lasse méd édiia,
sendo
endo assi assim m digna
digna de um umaa nota na imprensimprensa? A res po res possta d~ d~vve es esttar r
r elacio
acionnada
com
co m mudamudanças in indist stinta
intass na co consciênci ênciaa social,
social, nos nos padr ões ões mor ais e nos v vaalo-
res das
res das not notííciaias.
s. A pr átic icaa se totorn
rnoou te tema
ma d dee r epo
eportartagegem m ecomen
ecomenttár ios ios mais fre- fre-
q üentes
üentes no in início do sécu século lo XIX. Duranturantee grande
grande part partee do sé século X V U I , po por
r ém,
ém, o
oss
jornaiss não se
jornai se pr
pr estavam a vei veicul ulaar come ment ntáári
rioos soc ociiaiaiss ou doméstico icoss des essse
ti po.
po. Há H á b boas
oas r r azõe
azõess para se s se supuporor q ue as v veenda
ndass de de es
es p
poosas f oss ossem am am pl plaamen entte
pra
p rati
ticadas
cadas be bem antes de 179 7900. O cos costu tume
me foi foi popouuco notic oticiiado
ado,, por q que
u e nã
nãoo er a
consider
conside r ado digno de regi registr o, a men menos que al alguma cir cun unsstânc nciia adicional
(côômica, dramát
(c dramática ica,, tr ági
ágicaca,, esca
escanndalosa
dalosa)) lhe con conferi
ferissse interes teresse se.. Esse sil ilêêncio
poode ter ac
p acontecid idoo por vári várioos motivo ivoss: ignor ância poli lida
da (a di disstâtânncia en entr e a
cultur a do pú b blilico
co de j joorn rnai
aiss e a do doss po b bres)
res),, indindiif eren
erença a um um cost
costuume tã tãoo
comuum qu
com quee n nãoex
ãoexiigia co com ment ntáár ios, ou a aver
ver sãoão.. As ve vendandass d dee e
ess posa
posass to tor
r nar
nar am-
se di
se dignas
gnas de m meenção na impr impr ensa junto junto com o r o r eflor
eflor escim
escimeent ntoo evan
evangé géli lico
co,, quque,e,
ao eleva evar r o limimiiar da toler erân
ânciciaa da class ssee médi dia,
a, redefin
redefiniu uma q ues esttão de
"ignor ância" po pul pulaar como um umaa q uest
uestão de e esscâ
când
ndaalo pú bli blico.
co.
Iss
ssoo tetem m co connse seqü
qüêências in infefeli
lize
zess. Poi oiss em bora a prá práttica se j jaa às ve vezzes re re--
latada depoidepois de 179 7900 co
com mo co com médi diaa ou caso de int intere
eressssee human anoo, é mais fr e-
qüeent
qü nteemen entte notic iciiada num to tom de desaprova
desaprovaçã çãoo mo mora rall tão f or te te a p poonto de
oblliter ar
ob r aaqu
queela evidên ênccia que
que s sóó a o bj
bjeetivid idade
ade podpoder ia ia ter produ
produzzid ido.o. As ve vennda dass
de eses p
posa
osass mos osttravam q ue um um " "ssiste
tem ma de c coomér ciocio de ca carn
rnee humhumaana" não es esta-
va "co conf
nf inado às às praias da Áfr ica"; a corda orda q q ue
ue pr endi
endia a es p poosa poder ia ia ser m
ser mai aiss
beem em
b em pr
pr egad
egada par a e enf
nf orcar
orcar ou c chi
hicocottear as as p
paar tes
tes in
intter ess
essadas na tran transaçãoação;; e
(co
comu mume mennte) er a "uma cena muito desagrad desagradável e vergonh vergonhoosa sa"" (S (Smith
mithfiefielld,
1832),
832), " "um
umaa dessas
dessas ce cennas revo
revoltant
ltanteses q ue são u são uma ma des
desgr aça par a a soci sociedade ci-
vili
iliza
zadda" ( No Nor r wich, 1823) 823),, "um umaa tr ansação indece ecent ntee e degra egraddante" (York ,
1820). ). O
O mamar ido q ue ven endidiaa a esposa er er a "
"uum anim nimaal em fo formrmaa hum umaana" ( No Nott-
tingham am,, 1844 844)), e a pr ó pri priaa es p poosa er a um umaa " "vagab
vagabuunda de dessavergoergonh nhaada", ou o b b--
j jeeto de pi pieedade senti sentimement ntaal.
Isso dific ificul
ulta ta a in inves
vesti tiggação
ção.. Um côm put putoo por d
por déca écadda dos caso asoss visív ív..ei
eiss
ent
ntre
re 1800
1800 e 186 8600 r evela:
evela: 18 18000-9,22; 1810-9,32 32;; 1820-9
820-9,3 ,333; 183 8300-9 -9,,47; 1840-9 840-9,,
22;; 1850
22 850--9, 14.'0 S See tr
tr açad
açado nu num m gr áf ico,ico, es essse c côômput
mputoo mostr
mostr ar i;l um umaa cur cur va as-
cennde
ce dent ntee de ven venda dass, atitingi
nginndo o c clím
límax ax no in início da décad década de 1830 830 ( (nov
novee ven ven--
das em 183 1833) e depois cain caindo do abruabru p pttamen entte. Mas um gr áf ico das ve vennda dass r eai
eais
pooder ia
p ia se c coontr a p por
or a um um gráfico
gráfico das das venda
vendass visíveis. Poi oiss esse
esse últi
último mo não r e-
vella as vend
ve ndas as,, mas a afront afrontaa mor al pr ovoc ovocada pelas ve vendndaas. Ess ssaa afron
afronta er a
acom pa panhnhada
ada de ude uma ma cres
crescen entte ação con contra as as ven
venddas por por part
partee d dee m mag agiistr ados,
policia
poli ciaiis, fu funncionári rios
os do mercadmercado e m moor alistas. Er a tamb ambéém ass ssoocia iadada a um umaa
cor
co r rent
rentee cada vez ma maiis fo fortrtee de de dessa pr ovação
ovação no âmbit âmbitoo da p pró
ró p pr
r ia
ia cultura po po-
pul
p ular,
ar, al alimen enttada por f onte ntess eva
evanngé gélilica
cas,s, raciona
racionalistas e rad radicaicaiis ou s siindi
ndicacaiis. É
beem po
b posssísívvel q ue as ve vendndas as r eais tenha nham m atingido o c cllímax em em alg
alguum pont ntoo no
séc
écululoo X V I Il ou b beem no in início do sécul séculoo X IX , e a publi publiccid idade
ade dad dada às às v veendas en- en-
tr e 1820 e 18 1850 pode pode ter revela
revelado do r esídu duos
os tar dio dios e u umm tatannto enverg rgoonh nhaados de
umaa pr ática já em
um em de decclínio. Ess ssaa publici
publiciddade ade,, po por r sua vez, pod pode ter ajudado ajudado a
ex pul
pulsasarr a venda de esposas da pr aça aça do do mercado
mercado,, fazend fazendo co com m qu quee a prát
prática
adota
dotassesse for
for mas
mas mais di disscret
retaas.
Algumas evidên evidências lit liteer ár ias
i as co connf irm
rmaam essa su sugestão
gestão.. AssimAssim há uma
clar
cla r a descrição de venda ritu rituaal da es p es pos osaa, com le leililão
ão públ
público e com com entre ntregaga da
mulher
mulh er pr esa
esa por
por uma
uma cor da, nu num m tratado legal legal primo
primor o so so br e Th
r oso Thee laws r es- es-
pecting women as they rega regar r d their natural rights [As lei leiss coconcnceement ntes
es às mu-
lheere
lh ress n
noo que
que d diiz r es p
es peeito a se seuus d direi
ireittos natunaturais
rais]], publ
publiicad adoo em 1777 777.. N Nemem e euu,
nem Men M eneef ee ee temos muit uitos
os casos an antes de 1777 que
1777 que indi indique quem m clar ament ntee uma
venda
ve nda ri ritu
tuaal, m
mas as o autor
autor desse
desse t tr r atataddo não te teri
riaa moti
motivos vos p paarara i innve
ventntaar a
a qu
quesestã
tão.
o.
Em se seuu Observatio
Observationns on po pu po pular lar ant antiquiquiities [Obser
[Obser vaç vações sobr sobr e an anttiguidad
iguidades es
po pul
po pulaar es]
es], JohJohnn Brand tam bém r ela latata a prát
prátic icaa em te termo
rmoss q ue suger em e m resí-
resí-
duos de um umaa tra radi
diçção mais vigor vigor osa osa: "Um Umaa sup upeer sti tiçção extraordi
extraordiná nár
r ia ainda
pr eval
evaleece ent ntrere os mais ba baixos dentre dentre os vul ulga
gar r es,
es, a de qu quee um homem pode
vendder legalm
ven lmeent ntee a su suaa mumulher para outr o, o, desde qu quee ele a e entr
ntr egu
egue co com m uma
cord
co rdaa ao red redor do pesc escooço"." Com base base ne nessssaas r ef ef erênc
erência ias,s, poder íamos sup supor or
que a vendvendaa ri rittual da es es po
posa
sa er a lu luggar-ar-com
comum um em 17 177777,, dificil
dificilme ment ntee di digna
gna de
com
co ment ntário
ário,, e que as assim o for a por um sécul éculoo ou mais mais. Ac Achho tal coisa im- im-
pr
p r ovável
ovável, e o tom dos r elatos na na i impr
mpr ensa sug ugereere uma evo evoluçlução ão di dife
fer
r ente
nte.. As-
sim, um caso
um caso de O de Oxf xf ord em
ord em 1789 1789 é r egis isttra
rado
do co com mo "o mod modo vulgar de de divó
divór r cio
cio
ado
dottado ul ulttim
imameament ntee"; em 1790, um r elato de Derb rbysyshihirere fala
falava va da entr ega ega da
mulher
mulh er pr esa
esa nu num ma co cor r da "na f orm rmaa habitual que te tem s sid
idoo p pr
r atica
aticadda no noss úl
últi
timo
moss
tem p
tem pos
os"", e n noo mesmo an ano j joornrnais
ais de Derb Derbyy e B Biirmingh
rmingham am ach achaar am necess ecessár ár io
io
o b
bservar
servar qu quee, "co "como mo casos de ven venda de es p posas
osas vinh vinhaam oc ocor or rendo
rendo com fre fre--
q üênci
nciaa entr e a classe mai mais baixa do po do povo vo"", essas vend vendas as er am "il ilegais
egais e sem
efeitto"
efei o".." Isso poderi deriaa suge geri rir
r qu
quee a ven venda de es p posas
osas,, na sua ua·· .f()
f()[[ma
marituritual
al do
leilã
ilãoo na pr aça aça do m meer cado e da mulh da mulheer pr esa esa po por r uma
uma corda corda,, em b bora
ora di dif undida
undida
em al alggumas re reggiões do p do país
aís,, esesta
tavava em 1777 a p peenas lent ntaament
mentee se espalh espalhando
par a outr as as r egiões."
egiões." Por vol olta ta da décad
década de 1800, os j os joorn rnaais se se r
r efer
efer em a ven- ven-
das "no estiloestilo ha ha bi
bittual" e a a "ce
"cennas ver ver gonh
gonhosas osas que ult ultiimamente têm se t se toor na-
na-
do cocomun
muns" s" .'. Mas a e a evvidêdênncia a res p pei
eitto dessa evoluç evolução ão é in incecerta
rta,, e a quest
questão
deve ficar
ficar em
em a a b
beer to.
to.
É se
semp
mpre re ince cer r to se os casos r elata ataddos são a ponta de um iceberg ou um
índice verdverdaadeir o de f r r eqü
qüêência. ia."" Em Em qu quaalq uer
uer moment
momentoo ant nteses de 1790 790--1830, a
visib
sibilid
ilidaade não pod
não podee ser ser tomada como indi dica
caddor da na natur ezaeza excepci
excepcional do ca-
so. Qua
Quanndo em 1819 o pároco de Cli Cli psh
psham em Rutla Rutlannd acusou acusou um um paroquia
paroquianno
de compr
compr ar a es espo
posasa,, o b bse
ser r vou
ou--se q ue "o co compmpr r ado
dor r fet
fetii escol
escolhhido para ser
puuni
p nidodo por ser ser oo maimais rico e o mais mais aprop
apropr r iad
iado para servi servir de exem exem plo plo"" - mas
Clii psha
Cl psham m naq uel uela época titinha ap apeenas 33 33 casas e 173 73 h haa b
biitantes. '6 Na Nass década
décadass
de 1
de 1830e
830e 1840,
1840, entreta
entretannto, há mais sugestões de q ue os casos visíveis eram c eram con on--
sid
iderados
erados inusit itado
adoss ou resíduos de costumes an antigos
tigos.. Em 1839, uma uma v venda
enda em
Witney f oi vista como "uma de dess
ssas
as oc ocor
or r
r ênci
ê ncias
as ve vergrgoonh
nhoosa
sass, fe fellizmente pouco
[ ...... ] f r
r eqü
qüeente
ntess"; enqua
enquanto um umaa ve vennda em Bri Bridl
dliington no an anoo ant
anter ior fofoii co
com-
m-
para
p aradda a "um umaa tr ans
ansação semelhan antte" ocorrida na mesma cida dadde dez anos
ant
ntees.'7
O co connse
sennso da opini
opinião es escclar ecida
ecida na met etad
adee do séc écuulo X IX era o de qu quee a
pr
p r áti ticca existia apenas entr e os est estr atos mai aiss in
infe
feri
rior
or es dos tr a b baalhadoreoress, es es pe-
pe-
cialment ntee nas zonas rur ais mai aiss afast
afastadas as:: como Br Br and diss ssera
era,, "os mais baixos
denntre os vul
de ulgares"
gares".. Isso pode se ser
r ver if ica
caddo pe pellas ocup
ocupaçõe
açõess at atr
r i buíd
buídas ao mar i- i-
do ou ao com p pr
r ador na m
miinh
nhaa amos ostr
tr a.
a. Emb mboor a a n naatu
tureza
reza dos r elatos não gar gar an-
ta pr ecisãoecisão de info nform
rmaçõe
açõess, sãsãoo atr i buí
buídas ocup upaçõe
açõess em 158 casos casos:
V enda
ndass de espo
esposas sas:: oc ocuu pações at r r ibu
ibuída
ídass aoao m maari
ridodo ou ao c coom p pr
r ad or
l5 Trabal
rabalhadhadoor es
es
8 M
Miineir os de ca car r vão (incluin uindo do os os m miineir osos e osos t tra
ra b
baalh
lhad
adoor es
es nos poço poçoss da dass m
mii-
nas)
7 Oper
Oper ários
ários em em es esccavaçõeaçõess (inc nclui
luindo
ndo os os q
q ue coconnstruíruíaam valas e d diique
ques)s)
6 Coch
Cocheir os os (in inccluind
luindoo po posstilhõe
ilhõess e ca cavalalaar iços)
5 Fe
F er r
r eiros; agricult
agricultoor es; e s; tr tr a b
baalh
lhadore
adoress da faz fazenda ou " "hhomen
menss do do c campo"
ampo";; sapa-
sapa-
teiiros
te ros;; so
solldado
dadoss; al alf
f aiates
4 Li
Limpado
mpador r es de c chham
amin inéé; jard rdiineiros
3 As
Asssentador es es de tij tijoolo; f abr abr ican
icante tess de ti jol jolo; açoug ouguueiro ross; carpinte nteiiros ou
mar ceneir
ceneir os;
os; o pe per r ário
rioss da fá b fá br
r ica;
ica; neg
negoc ociiantetess dede c cava
avallos ou gado gado;; fab fabr r icant
icantes
es
de pr egos;
egos; latoeir os os
2 Pade
Padeiiroross; escre
escrevvent entes;
es; condu
condutore toress de bu burr os;
os; lixeir os; os; cavalhe
cavalheiiros ros;; invenvern rnaador es
es
de gad
gado; moleir os; os; tra b baalh
lhado
ador r es em fer ro; ro; mar inhe nheir ir os;
os; fabrica
fabricant ntees de malh
malhas; as;
barq
b arq ueiroross; tecel
tecelõe õess
iFabrican
Fabricantte de c cesesttas; venvendedor amb ambul ulaante de co
de co be ber
r tor es;
es; fa br icante de de c calça
alçass;
bootoeir o; car r
b r ocei
oceiro; lim pado pador r de cin inza
zas;s; fab
fabr
r icante de lã; lã; ca
car r voe
oeir
ir o; cacavvado
ador
r ;
peeleir o; vend
p ndeedor amb mbuulant ntee de bolo de ge genngi br
br e; chape apelleiro
eiro;; ve venndedo
dedorr de
fenno; cond
fe conduuto tor r de porc
porcos os;; ac aceendedo
dedor r de lam p piiõe
õess; pedr eir o; o; f a b br
r ican
icante de
collchões; funcioná
co onár r io;
io; pint ntoor ; ta tave
vern
rneeiro
ro;; merca
ercaddor de tra trappos
os;; car regad
regador de
ar eia;
eia; ser
ser r
r ador
ador ; aceir
aceir o;o ; cor
cor tad adoor de pedra
pedra;; cor tador de de p paalh
lhaa; negoc
egociiante; gua uar
r -
da f lor estal
estal
Desig ignnad
ados
os antes pel pelo ca car r go,
go, sit ituuaçã
açãoo de vida etc., do q ue pe pella o
ocupaçã
cupaçãoo: mendimendi-
goss (2); pe
go pennsioni
ionistas
stas (2); r ecém ecém-chegado hegadoss do do e exílio
xílio (2); caçad adoor ilegal (I); e H Heen-
r y Brydg
Brydgees, 2" du duque que de Chando doss.
Deve-se ac acr
r escenta
escentar r a es
essa
sass suges
gesttõe
õess geger r ais
ais (ma
mass im pre
precisa
cisas)
s) qu
quee a vend
vendaa de
es p
posa
osass er a pr edom domiinant
antee ent ntr
r e ce
cert
rtos
os gru ru pos
pos ococup
upacaciionais, como o p peer ár ios
ios de
f er rovi
rovias, barqu rqueeiro
ros,
s, fu funnileir os am b bul
ulaant
ntees ou via j jan anttes. Mas oc o cup
upações
ações
alt
ltamen
amentte pi piccare
aressca
cas,
s, co
comm gr andndee mo bili
biliddade e muit uitoos acas
acasos
os da sor te, par ecem
ecem
ter enco
cor
r a j jaado - como acont conteece com os mar inhe inheir os e os soldados - notaç açõe
õess
difer
dife r ent
ntes
es de "c "caasame
sament nto"
o",, que eraera visto por r aamb
mbos os os lad
os lados os como um arran j arran joo
mais t tra rannsitóri
tório. o.
Essa ta b beela de ocup ocupaçõ açõees traz pouc poucas as surpr esas esas (à exc exceçãeçãoo do duque de de
Chand ndos).
os)."" Há Há um
um gr and ndee grupo (19 19)) envol olvvid
idoo de algu gum ma ma manneira com o
comoméérci rcioo de gado e tr ans ans p poort
rtee, fr eqü qüeent ntaadore
doress pr ova ovavevelm
lmeent ntee assíssíduo
duoss do doss
merca
me rcadodoss de ga gaddo. Outr o grup grupoo (14 14)) vem dos dos ofíofíccios de con
de consstru trução
ção,, que parti-
lhav
lh avaa co com m os
os tr
tr abalhad
abalhadoor es es em em es
esccavavaçõ
açõees uma gr ande mobili mobilidad dadee. Os r estant
estantes es
são os de sta tattus social
social ma mais elev evado.
ado. Dos Dos dois r e put putaados cava avalh lheeir os,
os, um co c om-
pr ou a mulh mulheer de um fabrica fabricant ntee de lã em em Mids
Midsom omeer Nort ortoon, SomSomeer set,
set, por seis
s eis
guinéuss em 1766;
guinéu 1766; não é menc mencionado ne nenhum ritua ritual públic
público, a venda f oi por con- con-
trato particula
particular , e, pel pelas as dedecclar açõe
ações da es po possa, ela nã não f oi
oi cons
consul ulttada (ve (verr p.
249-50)). No
249-50 No outr
outr o caso aso,, em Ply Plymouth em 1822 22,, o c cavalhei
avalheiro ro er a o m mar
ar ido
ido e o
vendedor da da es es posa
posa:: vo voltar
ltar emomoss a ess essee ca casso inusitadame
inusitadamente bem doc document
umentaado
( pp
pp.. 25
2533-4-4)). Ainda outro cas caso, em Smithf Smithf ieldield em 1815 15,, cham
hamoou a ate atençã çãoo pr e-
cisasam ment ntee por caus causa da riqu ri queza
eza e s sttatu
tuss dadass parte
partess envolvida olvidass: o mar ido era in-
vernador de ga de gaddo, o co compr
mpr ador um " um "famofamoso so negociante
negociante de cav caval alos"
os",, o pr eçoeço da
compr
co mpr a er a eleva elevado do (ci(cinqüenta
nqüenta guiné guinéus e "um cava avalo lo v
valio
aliosso qu quee ser
ser via d dee m
moon-
tar iaia ao compr ador") or"),, e "a dama (o objeto da venda), jove jovem m, bela e e ellegante-
mente ves vestida
tida,, foi levlevad adaa ao merca
mercado numa carruagem, e e exx po
possta aos os olh
olhos os do
compr ador com uma corda de se de sedda ao r edor dos dos ombro
o mbross, que que es estav
tavaam co co bert
bertosos
por um ric ricoo vé véuu de re renda
nda branc
branca". Ob Obse ser
r vou-
ou-sse na impr ensa em tom de de rere--
pr ovaçã
ovaçãoo que que " "at
atéé ent
e ntãão s sóó vía
víamo
moss aquele
aqueless q ue ue pertence
pertencem às class assees m
maais bai
baixas
xas
da s
da soc
ociiedade degra degrada danndo-do-sse de dessssee jeito"
jeito" .'9
O perfilrfil o ocupaci
cupacioona nall sug uger
er ido
ido por ess essaa amos
amostr a não é o dos ofí o fíccios
os de
de luxo
luxo,
nem o dos arte artessão ãoss ququaalifi
lifica
cadodos,s, ma
mass oda cultura plebéia mais mais antig
antigaa qu quee os p
os pr r e-
cededeu eu e por
por muito
muito tempo
tempo com ele eless c
cooexis
xistiu.
tiu. OsOs trab
trabaalhador es es na indús
indústr ia pro-
duto
du tora ra de f i bra
bra têxt xtiil, tecido
cidos, s, estã
estãoo b beem po p ouco r e p pr
r ese
sentad
ntados;
os; embora
embora Yo York shire
forne
fo rneça ça maimaiss exempl
exemplos os do que
do que qualquer outro condado ondado,, York shire apr esenta esenta
mineiross de car vão e of
mineiro o f íci
ícios não qualif
qualif icados
icados, mas nenhum tosq tosq uia
uiador ou car-
dador , e a penaa penass dois tecel tecelões.
ões. Há
Há ferr eiro iross na amos
amostra tra,, ma
mass nenhum enge eng enhenheiir o
ou f
ou f abric
abricant antee de inst strum
rumeentos; há o perár ios i os emem esc scavaçõ
avações,es, ma mass nenhum tr a-
baalh
b lhaadodorr do es esttale
leiir o; e apenas trê trêss tr a balhadore
balhadoress de moinho moinho ou o p peer ário
rioss de
fábrica.
fáb rica. Po Por serem
serem cas asada
adass, as mu mullhe her
r es são de desc
scr r ita
tass pela sua ua ap
apar
ar ência, com-
poortament
p rtamentoo ou sup uposta
osta condu conduta ta moral,
moral, mas as muit
muitoo r aramente
aramente pela oc ocupupaçã
açãoo.
Mas sabe abemo moss q ue ue havhavia ia duas
duas emprempreggad adas
as de minas
minas;; pelo menos menos duas eram eram
menddigas, vendid
men vendidaas par a poupar as as taxas as assiste tennciciaais da paróq uia uia; uma era
o pe
perá rári
riaa dede fá
fá bri
brica
ca,, e outra
o utra f azia
azia novnoveloeloss numa f iaçã ção.o. '
Ser
Se r ia vão ( por razõe razões que se se t toornar ão ão evident
evidentes es)) q uanantitif
f icar a elev
elevação ou
a q ueda
ueda do do pr
pr eço
eço dadass es es p
posas.
osas. No topo topo d daa lis
li sta
ta (
(um
um caso
caso ininsatisfató
sfatóririoo), um car -
voeiro de Wol Wolve ver
r ham pt
ham ptoon, em 1865 865,, t ter
er ia
ia supuposostam
tamenteente vendid
vendidoo a esposa para
um mari rinnheiro amer icano por cem li br as, mais 2 S lib
br as, librras por cada uma das das duas
criaanças.'" No out
cri utr
r o extr emo, as es po posa
sass er am ent ntreg
reguues de gra raça
ça ou por um
co p poo de cer
cer ve j
ve jaa; o vavallor mais ba baiixo negoegoci ciaado fofoii tr êsês f ar things
gs.. Talvez o pre reço
ço
médio esti tive
vess
ssee na fa faiixa de dois xe xelin
linss e seis penc encee a cin incco xe xellins, embor a
muittos exem p
mui pllos fiquem ac aciima ou ou abai
abaixxo de desse
sse vavallor . Mas o m maarid
ridoo freqü qüeente-
ment ntee exexiigia um umaa ti tiggel
elaa de po ponch
nchee ou um galão de cer ve j jaa além do pr eço eço da
comp
co mprara,, e às vezes algum outro arti rtigo
go - um r elóg ógio io de pul pulsso, uma peç eçaa de
r oup
upaa, um umaa por çãoção de ta b baaco. Um co condut
ndutoor de bu bur
r r
ros
o s de We Wesstminminsster ve vendeu
ndeu a
es po
posasa para out utro
ro con
conddut utoor por tr eze e ze xexeli
lins
ns e um bu burro. Num caso mui uitto citad adoo
em Ca rlissle (1832)
Carli 832),, um agr icultor , q ue ar rendava rendava 42 ac acr
r es, ve
venndeu a es es p
poosa par a
um pensioni ionissta por vin intte xexeli
linns e um gra grannde cac achhorr o terr a-n-noovava.. El
Elee r etiro
tirouu do
peescoço da mul
p mulher a co corrda de pa pallha co comm qu quee a con
conduzir a ao merca mercado, e colo-
cand
ca ndoo-a ao r edor do pes pescoço de sua nova aquis aquisição
ção,, dirig
dirigiu-
iu-sese à ta tave
vemma ma maisis
pr óxim
óximaa."
Iss
ssoo é bom para aque aqueles que go gosstam de fo f oca cass q uanti
antita
tattivasas,, mas deve evem mos
ago
gor
r a empre
mpreeend
ndeer tra b baalho sé sério
rio e q uesestio
tionnar : ququaal é o signi nif f ica
cado
do da for ma ma de
com
co m po
portam
rtameent
ntoo que tent entaamos cal calccul
ulaar ? O materia
material a p par
ar ece
ece na impr ensa com
bastaante fr eqü
bast qüêêncnciia, de f orm rmaa abr evi eviada ou de vez em qu quaandndoo sen enssacionali lissta,
opaaca à in
op inves
vesti
tiggaçã
çãoo. A notí tíccia pode ser br evíss evíssima: "Na ter ça- a-fe ir a, 2 S de
feir
f ever eiro
eiro,, um ce certo
rto Hud udso
sonn lev evou
ou a sua mu mulhlheer para o me mer cado de St Staf
af f
fo rd e
vendeu-
ve ndeu-aa em leilã ilãoo púpúbl
bliico
co,, depois
depois de muitas ofe fert
rtas
as,, por cinco xe xellin
inss e ci cinnco
peence".
p e".222 "U
"Umm suj ujeeito chamado Jack son vendeu a sua mulher mulher por de dez xe xellininss t <
seiss pence em R etf ord
sei rd,, sememaana passa ssadda, no mer cad adoo púpúblbliico."2
co."2]] Ou a no notítíci
ciaa po po--
dia ter um tom mais mais joco
jocoso:
so:
Segund
undaa-fei
feir
r a passa
ssadda, Jonatnathhan Heard
eard,, jardine
jardineir o em Wi Withthaam, vend
endeeu a mulher e
o filho, uma
uma ave e
ave e onze por cos, por seis guinéus, pa para
ra um a
um assse
sentad
ntadoor de tij
tijoolo
loss da
mesma loca calid
lidaade
de.. Ho j jee ele os pediu
pediu de vo volt
ltaa e os
os receb
recebeeu de bra
braço
çoss a b
bertos
ertos no
meio de uma
uma enor me multi
multidão. Os ma maiis bem inf ormado
rmadoss ac achham que o
que o as
asssen
entad
tador
or
de tijol
tijolos f ez um pés
péssimo negó egóccio."
Ou a notí
tíccia po
poddia se
serr be
b em mais co mpleeta. Em 184
compl 841 1, o Der by
by M er cur y
descreve
escreveuu um
umaa "c"cena
ena ver gonhosa
gonhosa"" no mercad
mercadoo de Staff ord
rd::
Um tr abalh
abalhaador de há há bit
bitos
os vadios e diss ssol oluutos chamad
madoo R odney Hall ll,, do
domicilia
micilia--
do em Duns
Dunstone Hea eath
th,, pe
pert
rtoo de Penk bridg
bridgee, co condu
nduzziu sua mu mullher papara a cicidade
dade
com
co m um
umaa co
cor
r da
da pre
presa
sa ao redor
redor de
de s
seu
eu co
cor r po, co
com
m o o bje
o bjettivo de de v
veend
ndêê-Ia no merc
mercaa-
do públi
p úblicco a quem f izesse a me mellhor of erta
rta.. Depoepoiis de l leevá-Ia ao mer
mer cad
cado e pagar o
im posto, ele a fez desfila
filar
r dua
uass vezes pel elaa pr aça, ququaand
ndoo veio ao ao s
seu
eu enc
encoontr o um
homem chamado Barl rlow
ow,, do
do m mes
esmmo tip ipoo d
dee vid
v idaa, qu
quee a comp
compro rouu por dezo
dezoititoo pence
pence
e um
umaa qu
quaart
rtaa de c
ceer vej
ejaa, e ela fo
foii fo
for
r malm
malmeentntee entr egue
egue ao compr
compr ador . As par testes
f or am então ao Bl
ao Bluue Post In Innn para rat
ratifica
ificar
r a t tra
rannsferê
sferênncia [...].
[...]."
Out
utro
ro ex
exeempl
mploo di
dizz res
respei
peito
to a Ba
Bart
rtoon-up
upoon- Humb
umbeer (Lincoln
Lincolnsshi
hire)
re),, 1847
47::
Na quaart
Na qu rta-
a-f
f eir a [...],
[...], o a p
a pregoado
regoador r anu
nunci
ncioou q ue a es pos posaa de Ge Geoo. W Wr r ay,
ay, de
de B
Baanow
[...], ser ia leililoa
oadda na praça
praça do m
do meer cado
cado de Barton
Barton às o onnze hor as;
as; [...]
..] p
poontu
ntuaalm
lmeentntee
na h
hoor a mar cada o com omerc
erciiant
ntee apapaar eceu
eceu com a dama, dama, es estta te
tend
ndoo uma cor cor da nova
atada ao r edoredor da cintura. Entr e os gr ito itos do
doss es p pect
ectadore
adoress, o arti rtigo
go foifoi pos
osto
to em
leil
ilãoe
ãoe [...] anematadop
matadopoorWm. Har wood wood, barqueiro
rqueiro,, pelas
pelasomad
omadee um xe x elim
lim,, c
coom
devoolu
dev lução
ção de tr ês meio
ês meio pepence " p paar a dar so
sor te"
te". Harwoarwoodod saiu de de br aços
ços dado
dadoss co comm
sua s
sor
or r
r iden
entte aquisi
quisiçção, tãtãoo tranqü
ranqüiilo com omoo se se t tive
ivessse com p pr
r ado
ado um novo c
novo caasaco
ou c
chha p
pééu."
Esse é em ge gerarall totodo
do o materi riaal que te temos. A pena penass em pouca poucass vend ndasas -
poor exe
p exempl
mplo, o, quand
quandoo alg algumum cas
caso cheg egaa ao aoss tribunais - conseguim eguimos os mais in in--
f orm
rmaçõe
açõess. Mas o ma mate teri
rial
al nãnãoo é sem va vallor e, qu quaandndoo ex examamin inaado, a p parece
arecem m ce cer r -
tos padr ões. A venda de uma uma es po possa não er a de modo alg algumum um ca casso f ortui
rtuito,
to,
sendndoo r ar ament ntee um ev event
entoo cô cômi co. Er a alt
mico. ltaament ntee ritualiz
ritualizada: dev eviia ser r eali-
eali-
zadda em pú
za públbliico e com um ce cerim
rimooniniaal esta b beelec ido. É po
ecido. possssííve
vell q ue houve vess
ssee
duaas fo
du formrmasas de venda de es p posa,
osa, pr ef erid ridas
as em reg regiões dife fer
r ent
ntees do paí paíss e
coin
co inccid
ideent
ntes
es em ce cert
rtos
os po pont
ntos
os,, o qu quee coconnf unde
unde o qu quad
adroro:: I) a fo for r ma
ma qu quee r eququeer
a publi
publiccididaade na pra praçça do mer cado e o o u
uso
so da co corda
rda;; cham
chamoo aessa f orm rmaa de "ver-
"ver-
dad
adei
eira
ra"" ve vendndaa r itua
i tuall da es po possa; 2) a fo form
rmaa qu quee envo vollve um co cont
ntraratto de venda,
firm
fi rmaado na pr esença de tes testemunh
munhaas, e u umm riritutuaal a b br
r evi
eviado de "entr ega" nu num m babar r
públlic
púb ico.
o. Dentr e meu euss 21 2188 casossos,, a ve vennda na pr aça do mer mer cado
cado é indi indica
cadda em
121, a vendvendaa dentro de uma tavern rnaa ( p peer ante tes estemun
temunhhas) em de dezz cas asoos, e um
contr ato pri priva
vaddo (s (seem men ençção àJ àJave
avern rnaa) em cin inco
co caso asoss. A co cor r da
da é menciona-
da em 108 casos, em ger eraal na prapraçaça do merc rcado
ado,, mas de vez vez em q uand ndoo de denntr o
da tavern rnaa. Não há ev evid
idêênci quanto à f orm
nciaa quanto rmaa (me merc rcado
ado,, ta tave
vem ma ou co cord
rdaa) nos
resstant
re ntees 82 casos.
casos.
Na ve verdrdaadeira ve vendndaa de es p poosa, o ritu
rituaal pr escr
escr evi
evia algumas das seg eguuintntes
es
form
fo rmaas, emb mboor a houhouvvesse variaçõe riaçõess r egi egiona naiis e nem todas todas as fo formrmaas disc scutid
utidas
as
a b
baaixo pr ecisecisasse sem
m ser obs obser vad
vadas num ca casso es p pec
ecíífic
fico.
o.
a) A ve vennda dev evia
ia oc ocor
orre
rerr nunumma pr aça aça de merc rcaado reconhec
reconhecid idaa ou outr o lo-
call se
ca semmelh lhaant
ntee de comér cio. A anti ntigguid
uidaade ou a f amiliaridade
amiliaridade in inf f lue
luenciava
avam m a
escolha
esco lha.. Freq üentemente as par tes tes intinteressa
eressaddas se se posiciona
posicionavvam dian ante
te da da anti
anti--
ga "cr uz" do mer cado ou algum mar co co im p poort
rtaante
te:: emPreston (1817) 7),, o o b beeli
liss-
co; emem Bolto tonn (183 8355), o no novovo " p pos
ostte do gás". Se a venda27 venda ocorri rriaa numa gra rannde
vila sem mer cado cado,, as par tes tes inter essssaadas execut
executava avam m a ce cerim
rimôônia na f r r ente da
tavvema pri
ta rinc
ncii pal
pal ou em qu qualq
alquer
uer luga gar
r ondndee em ge geral
ral ocor riamriam as tran transaçõe
saçõess
públicas
públic as.. Mas es essas vendaendass nas vilas par par ecem
ecem te ter
r sid
idoo raras,
raras, e at até em gra grand
ndees vi-
Ias as
as parte
partess interes
interessa saddas em gera gerall se dir iriigia
iam
m à c cid
idad
adee de me merc rcad
ado,
o, ca cami
minh
nhan
an--
do quilômetros
quilômetro s at atéé alcançar seu objetivo."
objetivo."
De vez
vez em
em ququaandndoo o ce cennár
ário
io da ven venda e r a alg algumumaa outr traa pr
praaça ou loc ocal
al de
comér cio: em Dar tmout mouthh (1817),
(1817), o cais
cais" ou ou,, como
como no ro roma
manc ncee de Ha Hard
rdy,
y, uma
feira.
feira. A opiopini
niãão popular ti nha dú dúvi
vida
dass qu quanantto à le legi
giti
timi
mida
dade
de de dess sas transaç
transaçõeõess.
Nuum confu
N onfusso caso no mer cado de Ba Bath (1 (18833
33),), uma dama " visto tossamente tr aja- aja-
da" e presa por uma uma co cord
rdaa de seda foi foi pos
postata à v
ven
enda
da,, em b boor a j á tives essse sisiddo ven-
dida noutro dia da se semana
mana,, por do dois xel
xeliins e seis pence,pence, na feir feiraa de LanLan sdown,
"mass o neg
"ma negóc
ócioio nã
nãoo fora co conn siderado legal egal;; prime
primeiir o, porq ue a ve vendndaa nãnãoo foi
foi fei-
fei-
ta n
num
um mercado públic público e, seg seguundodo,, por q qu e o com pr ador
ador já tinh inhaa uma esp esposa
osa".
". 30
A segun
segunda razão foi pr ovav o vavelelme
mentntee a qu quee mais
mais pe p esou
sou,, pois
pois cer tame ment ntee ocor riam
riam
venda
endass de es es p
poosas em ou outras feifeiras
ras.. l
l
b) A vend ndaa era às às vezes precedida por um an a núncio públ úbliico ou r eclame.
Podi
Po diaa-se usar o a p pre
reggoa
oaddor ou o sin inei
eir
r o da ci cida
dadde para dar a not notícíciia, ou o mari-
mari-
do pod
podiaia an
anddar pelo me mer r cado car regand
regando um cartaz com um av aviiso da preten
pretendidi--
da venda.
venda. Ba Bari ring
ng--Go
Goulduld regis
registra a histór ia de um tavernei averneir r o de Devons
Devonshire que
afixouu um-
afixo
AVISO
Este é para informar ao públ
púb lic
icoo qu
quee James Cole está dis d is po
possto a v
veender sua
s ua mul
mulher
em lei
leilão
lão.. Ela é uma mulher decente
decent e e limpa, com 25 anos. A venda deve ocor re ocor rer
r
em New Inn,
Inn, na pr
pr óxima
óxima q uinta-
uinta-fei
feira,
ra, às se
sette h
hoor as.'"
as.'"
A h
hiistó
tóri
riaa (e sua ortografi
ortografiaa pr oposit
opositadame amennte cômica) não nos sa satisfa
fazz, memessmo
q ue Bari rinng-Gould in insi
sisstis
tissse em co cont ntáá-Ia e af irmas
rmassse q ue a mulh mulher er aindndaa er eraa vi
vi--
va na na époc
épocaa em qu quee reredi
diggia seu manuscr ito (1 908) 908)33 2 Mas
Mas se semm dúdúvi
vida
da oc ocor
orr
r iam
algunss anúncios pr évios.
algun évios.
c) A cor
cordada er eraa es
esse
senncia
ciall pa
par
r a o ri ritua
tuall. A mulh lher
er ereraa lev
evadadaa ao memer r cado
c ado pr pre-
e-
sa por uma cor cor da, em gera gerall amar r ra da ao r edor e dor do pepesc
scoç
oço,
o, às ve vezzes ao redor
redor da
cint
ci ntur
ura.
a. Er Eraa gegera rallme
mentntee no novva e f eita de co cordrdaa me
messmo (custava em tor ornono de se seiis
pence),
pence ), mamass havhaviia co cord
rdaas de sed eda,
a, co cor
r das
das de decor
corada
adass com fit fitaas, tra
ranç
nças
as de pa palha
e s
simpl
impleses "ti tinnas que cus custtav
avaam um pe pe nny
ny"".
O s
simbo
imboli lissmo da cor da da pode te ter
r passado
passado por algu alguma evolu ção.. O ter
lução termo
mo de-
cissivo talvez se j jaa "ent
ci entr
r ega"
ega". Algun unss dos prim primeeiros relatos sugere remm q ue de vez vez
em qua quand
ndoo o ma mari riddo e o compr ado a dor che heggavam pri rime
meiir o a um acord acordoo de venda
(que poder ia ser redi rediggido num do docucume menntoto),
), e q ue só entã tão,
o, no diadia ou
ou na semana
segu
eguiinte
nte,, a es po possa er a publ ubliicamente "e "entregue
ntregue"" ao com comppr ador
ador pre pressa por uma
cord
co rda.
a. Nu
Num m ex exemempplo tardio (Stoc ock k port
port,, 1831), temos alorma das pa pallav
avr
r as es-
(m) NOTI
NOTIC
CEThherebe
herebeto
is tohin
hinf
f or
or mthepubl
mt hepubliick ash
as howJ
wJaame
mess Co
Colle be
beddis p
poozed
zedttoseUhi
eUhiss wif e
by Auction.Her be
by be a dacent, clanel
lanelyy woman
woman,, andbe of f aage tw
tweent
ntyy-f ive ears.The
ars.The sa
salebe
lebetto tak e
pla
placce in the NewInn
wInn,, Thur sda
dayy ne
neX
XI,at seven
enoo' clock.
critas. o ma
critas. mar r ido firmou um aco acordo de vender a e a ess p pososaa pa
par
r a um açougueiro,
açougueiro,
Booth Milw Milward: "Eu Eu,, Booth Milwar
Milwar d, co comp
mpre reii de Wi Willli liaam Clay aytonton a sua mul mulher
her
poor cinc
p cincoo xe xellins, a ser ent entr r egue
e gue no di diaa 25 de mar ço de 1 1838311, pre
presa
sa p poor uma
uma co cordrdaa,
na ca cassa do sr sr . Jn. Loma
Lomax". x". O O acordo,
acordo, redigido numa ce numa cerv rvee jaria
jaria,, er a firmado
firmado pelo
marido e tr tr ês t
ês tesesttemunha
munhass.3J
Mas "ent entreg
reguue" aind ndaa não adquir
adquir ir a o se sentido
ntido casual de e de entre
ntreggar mer mer cado-
riass ou
ria o u uma mensa mensaggem. Ante ntess de 1800
1800,, em
em se seuu uso comum, comum, significa
ignificavva "liberar ,
renunciar
renun ciar inteir
inteiram ameentntee a, ceder
ceder , trans
transfefer
r ir para a pos possse ou a guarda de de outr o"
(O xfo
xforrd Engli lissh dict ionar y) y).. Ass Assim,
im, ententr r egar alguém preso preso por uma co corda
simbolizzava a entr ega da es
simboli es po
possa à po poss
ssee de outro,outro, e a impo import rtâânc
nciaia do ri ritu
tual
al
ressidia ex
re exatament
atamentee na demon monsstr traçã
açãoo pú públblicicaa de qu quee o marido er a um partici-
pante
pan te voluntário
v oluntário (ou res resignado) dess dessee ato deren
de renúnc úncia ia.. Ess ssaa publicidade era tam- tam-
bém ess essencial
encial porque rev revela
elavva o co cons
nsenenti
time
ment ntoo da es po possa - ou dav avaa-lhe meios
meios
de repudiar um contrato firmado entre o marido e outro home homem se sem m o con
consesenti-
nti-
mento dela. dela.
Se j jaa qual for o modo e a época em que sur giu iu,, no final do século Xv II! o
XvII!
ritual da corda era con onssider ado em mui muita tass r egiõegiõess do país como um elemento
essencial de uma transf erência "legal legal"". Em Thame, Thame, ocorreu a revenda de uma
es po
possa em 1789: um homem que vendera a es es po
possa doisdois ou três anos antes antes por
meio guinéu foi informado informado pelo peloss vizinhos de que " que "oo negónegócio não er a válido válido,, poi
poiss
ela não f
não f oi vendida no mercado públic público". Por Por iissosso,, ele "a conduz conduziu set etee milha
milhass
puxaada por uma c
pux uma cordaorda até o mercado de Thame, Thame, onde a vendeu por dois dois xelin
xelinss e
seiis pence
se pence,, e p paagou quatr troo pepennce de impos
imposto to" " . J4
J4
A es po
es possa podia ser lev evada
ada ao mercado pux puxada por u por uma co cordarda,, ou a c corda
orda
podia apar ecer no mo mome ment ntoo da venda. (Se a mu mulh lher
er fossssee tí tími
mida
da,, talv
alveez
preferissse que ela
preferis ela fo
foss
ssee amarrada
amarrada embai mbaixxo da roupa roupa,, ao r edor da cint cintura
ura,, man-
tendoo a corda de
tend de re
resserva no bols bolso: quando
quando começa omeçava va o leilão
leilão,, o mar ido segura-
va a pont pontaa da corda. orda.)) E um ritu ritual
al dedessse tipo te tende a gerar seu euss pr ó prio
prioss
r efi
finnamento
amentoss e superst uperstiições locaislocais.. Em al algguns cas casos, acha chavva-se ne nece
cess
ssár
ár io fa
fazzer
a mulher
mulher desfi desfillar pelopelo mer cado o número mágico de de trê
trêss vezes.J5 Em outro utross caca--
sos, a a es
es po
possa er a puxa puxada por uma co corda
rda dur
dur ante
ante todo o c o caminho
aminho da s da suua casa sa até
até
o mer cado ado,, e depois
depois con onduduzzida da mesma maneira para o s o seu
eu novo
novo lar.
lar.J6 O si
sim-
m-
bolissmo era obv
boli obviame ment ntee de deri
rivvado do mer cado cado de animais animais, e aqui e ali inv inven-
tavvam-
ta am-sse f ormas ormas mai maiss elab
elaboorada
radass para confirmar a s a simu
imullação de que a mulhe ulher r
er a um anima animal. Seria ta talvez
vez,, s
sob
ob uma antiga forma popula popular , a br brininccadedeir
ir a de p pas
as--
sar a p peerna no no diabo (o (ouu em Deus)?
Deus)? Os element lementos os adic diciionai
onaiss mais freq üent ntes
es
eram
era m atar a mulh mulheer na cerc ercaa do mercado,
mercado, prendê-Ia num'ce num'cercadrcadoo de ove ovelha
lhas,s,
fazzê-Ia pass
fa ssar
ar pelos
pelos por tõe õess do ped
pedáágio (de vez vez e
em m quand
quando, o, novovaament
mentee as as má-
má-
gicas
gic as trêtrêss vezes)
vezes) e, e, muito
muito fre freqüen
qüenttemente
emente,, pa pagar gar aos
aos f unci
uncion onáár ios
i os do m
do merc ercad
adoo a
taxa pel
taxa pelaa v veenda
nda d dee u
umm a ani
nima
mall. E p par
ar ece
ece teterr sido
sido p pr r átic
ática aceita
ceita em
em algu gunns merca-
merca-
dos - inclu lussive
ve,, por alalgum tempmpoo, em Smithfie
Smithfield - qu quee os os funcion
funcionáár ios re-
cebesse
ceb essemm essa taxa. J7
d) No mer cado,
cado, alg alguém dev eviia fazer
fazer as veze
vezes de l leeil
iloe
oeiiro, e devdevia have
averr pe-
lo menos a a par ência de um leilão púb públi licco. Na maioria dos dos casos, o marid ridoo
leiloava
leiloa va a mulh
mulheer , mamass dede vez
vez em
em quando al algu
guéém de statutatuss oficial - um f un-
cionárioo do mer cado, um empr egad
cionári egadoo da assi
assisstência social ial,, um leiloei
leiloeir
r o ou um
negoc
ne gociiantntee de gad
ga do - des esemp
empeenh
nhaava o pape
papell.
Exib
Ex ibiia-se con
consid ideer ável
ável talentntoo em a adotar
dotar o estil
tiloo de
de um
um l leeiloeiro qua
qualilifi
ficca-
do. Em se seuu as pecto mai aiss mel
melaanc
ncóólico
ico,, temos as lembr anças de um velho cr o- o-
nissta de
ni de G
Gllouc
oucesestter q ue, ainda me
menino no an anoo de 183
1838, 8, es
esta
tavva andando à t toa oa p
peelo
mer cado de de animai
animaiss quand
quandoo ele e seu euss comp
compaanheiro iross vir am um lav lavr ado
ador puxaxann-
do "
do " p
poor um
umaa co corda
rda uma mulhe mulher ca
cannsada, a, cobert
cobertaa de p poe
oeir
ir a":
Um ve velhlhoo e br
br incalhão
incalhã o negoc egociiant ntee de de po
porcorcoss exclamo amouu: "Olá, meu v veelh
lhoo. O q ue se
paassa? O qu
p quee vai aiss f azer com a v veelhlhaa, af ogá- á-Ia
Ia,, en
enf f or cá-Ia, ou o qu quêê?". " Não Não,, vou
vendê-
dê-IIa", fo foii a res
res p
pos
ostta. Houve um um co cor r o de ris
risos. "Quem é e ella?", perg ergununtotouu o n nee-
gociiant
goc ntee de po por r cos
cos. "É a a m miinha es po possa", r es po ponndeu o la lavvr ado
dor r , sobr iam ameent ntee, "e
uma d
uma daas c
criat
riatuuras mais mais o ordrdeeira
ras,
s, sér
sér ias,s, diligentes
diligentes e t tra ra b
baalh
lhaadora
dorass que já já surgi u. É
rgiu.
tão limp
impaa e arrum rrumaada co com mo um umaa tlor, e é mão mão-f ech echada, fa fazz qua
quallquer coisa para
poup
po upaar seis pen
pencce; mas as t teem um umaa l lííngua e tanto,
tanto, fi
fica
ca m mee in inccomodando da da m maanhnhãã a
atté
a m
meeiaia--noit
ite.
e. Não ten tenho um momento de de p paz
az por ca causa da s suua l líng
ínguua, po por r isso con
con-
cordam
corda mos em no noss separ
separ ar , e el ela con
conco cordrdoou em pa p ar tir com
co m aqu queele q ue f ue f ize
zessse a ofe fer-
r-
ta ma
maiis alta no mer cad adoo ( .. .]" "Voc Vocêê e esstá dis
dis p
poosta a s seer ve
venndida, minha sen enhhor a?",
per gun
unttou alguém. "Sim, estou", ela r es es po
ponndeu morda rdazzmente
mente.. "En Então
tão", ", didisse
sse o
homem em,, "q uanuanto me d dãão por ela la??" Fez-se uma pausa, pausa, ent ntão
ão um vel velho toca ocaddor de
vacas,
vaca s, co
comm um umaa var a de de fr eixo na m mãão, berrou: "Se "Seis pence por ela e la!".
!". Seg egur
ur andndoo a
cord
co rdaa num
numaa da dass mão
mãoss e l leevantan ntanddo a outra utra,, o m mari
ariddo grit ritoou no es estil
tiloo es
estter eotip
eotipaado:
"Está em seis pence, qu queem dá um xe xelilim
m?". Houve outr a pausa pr olon onggadadaa, ent ntão
ão
eu, umjmjove
ovem m viva vazz (.
(...],
..], i imp
mpr r udente
udenteme mentntee ex excclamei: "U "Um m xeli lim!
m!"". "Está em um
xelim
xe lim.. Ni Ninnguém dá ma mais? s?"", gr ito itou o marido
marido ( ... ]. Os es p peectad
ctadoore ress r iramiram e
caççoar àm, um chegou a exclamar : "O lanc
ca ancee é s seeu, meu jove ovem m IEla va vaii ser ar-
rem
rematada por ti!" ti !".. Eu
Eu s suuava de a pre preeensão [...]. ..]. C
Comom r enova ovadda ser iedade, iedade, o vend vende- e-
dor grit
gritoou mai
maiss um umaa vez ez:: " "Qu
Queem dá d dez
ezooito pence
pence,, pois e ella é uma
é uma excelente
excelent e mu mullher
quee sa be ass
qu ssaar uma forna fornada de pão ou o u fa
fazzer bolinh inhoos co com mo ninguém nguém". ". Par a meu
gr ande alívio, um homem be bem ar r r umado
umado e de a de ar r r
r es p
peeit
itáável fe fezz a of erta rta,, e o
o m
maar i-
do,, batendo as
do as mãos
mãos,, ex excclam
lamoou: "Ela é s suua, memeuu ca car r o.
o. Você ganho ganhouu a pec p echhininccha e
umaa b
um booa mul ulhher , em tudo tudo a não ão s seer as
asua língua.
língua. Cuid uidee bem d del
ela".
a". O co compr ador pe-
gouu a
go a p
poont
ntaa dada co
cor r da de p poois de de p paga
agar r os de
dezzoito pe pennce ce,, e l leevou a a mu
mulh lher
er emb
mboor a."
a."
o r elatatoo
des perta sus peit
des peitas
as,, co
com
m sua recorecor r daçã
açãoo lititeera
rall de conve
conver
r sas de
cinq üenta anos os antes
antes.. Sem dúvi
dúvidada,, a hi
hisstór ia
ia foi flor ead
adaa ao ser contad
contada, mamass o
episó
episódi
dioo in
incclui ca
car
r acterí
eríssticas r ituais
ituais encont
ncontr r adas
adas na m maaioririaa das venda
endass: o co
conn-
sent
entiiment
ntoo púb
públlic
icoo da mulher ("Vo
"Voccê esestá dis
dis po
possta a s
seer vendida,
vendida, min minha senh
enhaa-
r a?",
a?", "Si
"Sim, estou
estou"), o le leiilão form
formal, al, aentr
aentr ega ega da corda corda. O mar ido p pass
assaa po
porr ci
c ima
da of er ta fr
ta fr ívol
ívola dodo menino nino,, mamass ac
aceeit
itaa l logo
ogo uma
uma ofe ofertrtaa séri
sé riaa (qu
( quee po
possiv
ssivelm
elmeente
teri
riaa vind
indoo de alg
alguém es per ado ado).
Os elogios elabor ado doss do leil
leiloeiro
oeiro so b so brere as q ualidades do ar tigo tigo à venda
venda
Celelaa é tã
tãoo limp
limpaa e arrumad
arrumadaa co com mo uma fl floor ")
" ) eram tamb ta mbéém esper esper adosados pe pello
povo
p ovo.. Er a uma tra rannsa
sação
ção altamltamen entte tea eatraltral,, e o
o m mar
ar ido
ido às às vezes re pre re presesent
ntava
ava a
suaa pa
su p arte com
com um umaa br avat
avataa côcôm mic
icaa, entr etend tendoo os os e
ess p
pec
ectador
tador es e s com
com uma uma a ar
r en-
en-
ga que era em parte tradici tradicion onaal, em par te te cuidado
dadossameamennte ensai aiad
ada.a. (Ess ssaa era
talvvez a fo
tal for
r ma
ma de en enf f r
r entar
ntar uma situ
situaçãaçãoo de ex po possição públi
públ ica.) Não se pode
confiar muito
muito n nos
os r
r elato
toss dejornai
dejornaiss r omancemanceaado doss para os os l leeitore
oress,'9 e menmenos os ain-
da na
nass bal
balaadasas e
e folhetos
folhetos sobr e a v venda
enda d dee espos
esposas, s, que
que eram r e p peert
rtóóri
rioo-pad
-padrão
rão
doss imp
do impresso
ressoreress:o Mas "Samu mueel Lett tt"", um umaa balbalaada de Bil Bilsston (Staff órd rdsshir e),
e),
transsmite pelo me
tran m enos um sentido autê autênti ntico
co das ex pectat pectativ ivas
as hu humormoríísticticas
as -
uma a
uma altemân
ltemânccia chist
chistoosa de elo e loggio
ioss e difamaçõe
difamaçõess - provocada dass pelo le l eilão:
E ste
ste épara dar dar o av
aviiso
Dee que
D o Lett
ue o Lett das
da s pern
rnas
as t or
or tas
tas
V ai
ai vendeder
r a sua es p
pos
osaa S ally
Pelo
elo pr
pr eço
eço que
que cons
conseeguir.
Às do z
Às zee ho
hor
r as
as em popont
nt o
A ve
vennda vai com começa
eçar.r.
Vocêss todos
Você todos , , r apa
apa zes alegres,
Est e j jam
am lá com
com o di dinnhe
heiiro.
Pois Sally é bo
bonita
Efort
Efo rt e co
com
mo um t ouro
ouro ,
Queem já a co
Qu conh
nhece
ece
Sabbe disso mu
Sa muito be
bem.
E la
la sabe
sabe f a ze
zer
r pã o
E come
come o pão int eiroeiro;;
Fa z
z cerveja
cerveja com
como ningué m ,
E bebe todas as as ta
taça
ças.
s. , ,'"
'"
Um leilão
leilão público
público erara,, portanto
portanto,, central pa
parra o ritual
ual,, m
maas a form
rmaa pe
per
r mitia
mitia
impr ovi
ovisações e varie
variedade. E nem nem sempr e era bem-hum
bem-humorada. Pod odia
ia se
ser
r
degradante para todas
toda s as
as p
paarte
rtess envolvida
olvidass, e prin
princi pa
palmente pa par a a espos
esposa.a.
(I V ) Thi
Thiss is ter gie not noticel
icel Th
That ban anddy lelegged
gged Le
Lennl Will sell his wif
wif e Sall
allyyl For what he can
ca n
get t .ll At 12o'
ge 12o'clo
lock
ck ser t t in l Th
Thee sa
salle'
e'll
ll beg
begin
in..l So all ye
yer
r ga
g ay felle
feller
r sl
sl Be ther e wi' yurtin
yurtin..ll For Sal-
ly's
's good
good look
look in'
in' I And sosound
und as a bell
b ell..! I
If
f you'n
you'n ony on
oncce he
heerd
erd her /Yo
Youu'n know that q uite
uite well.
well.ll
Her
He r ba
b ak es
es bread q uite hand
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yl An' eats it it a
alll up;l
up;lBre
rew
ws beeeer,
r, like a good
good 'un
un..! An' dr ink s every cu p.
e) O ri
e) O ritu
tuaal exigia a tro rocca de a allgum dinhe
dinheir o. o. Era em em ger al um um xe
xelim
lim o ouu mai maiss
que isso,
isso, emb
emboora ra às
às vez
vezes se d
se desse
esse menos. O c coompr ador co comum
mumeent ntee conco cord rda-
a-
va em pagar um umaa qu quaantididaade de be bi bidada além do pr eço eço da comp compra,ra, e às vezes vezes
acr
ac r escenta
escentava- va-sse uma som soma adi dicio
cionnal pela corda.corda. O marid ridoo fr eqü
qüeentem
ntemeent ntee de-
volvia ao co comprad
mpradoor um umaa peque
pequena f r r ação do do didinnheiro da co compr
mpr a " p paar a dar
sor
so r te"
te": nisso, as par tes tes segeguiuiaam a f or ma m a ant
antig igaa - e aind indaa em vigo gorr - dos
mer
me r cados de cavalcavalos e ga gado, a devo
devolu luçção do " "ddinh
inheeiro da sor so r te"
te".
f ) O m
mooment ntoo r eal da entr ega ega da cor da da er a às ve vezes
zes sol
soleniniza
zaddo pela tr oca oca
de j jurame
de urament ntoos análogos aos aos d
dee uma ce cer r imôni
imôniaa de cas casame
ament ntoo: " 'Você est está di diss-
poosta a m
p mee aceit itaar , min
minha ha senhenhoor a, e a me acom acom pa pannhar nas boas e nas más
hora
ras?'s?' 'Estou', di dizz ela. 'E você está está dis po possto a v veend
ndêê-Ia pelo qu quee eu ofe
ofer r ecer
ecer ,
meu se senhor
nhor ?'?' 'Es
Esttou', diz e elle, 'e lhe dadar ei a cor da como p
como paart rtee do negó
negóccio io''''''.>'
>'!! De
vez em q uando o r o r elato anota qu quee a e ess p
posa
osa devolv
devolveeu o anti antigo
go ananeel ao marid ridoo e
rece b
rece beeu um nov novoo do compr
compr ador . A tr ans ansf er ência da p poonta
nta da
da cord
cordaa do
do ve
vended
ndedoor
para
p ara o co coompmpra rador
dor tamb mbéém pod oder
er ia se
ser
r acom
aco m p paanhada de um umaa de
decclara
araçção públi-
públi-
ca p
ca poor pa part
rtee do
do pr
pr imeir
imeir o,o , afirm
afirmaando q ue renun renuncciava à mu à mullher e não seria mai aiss
res p
res poonsáve vell pepellas dív ívid
idaas e a attos dela. Tamb Tambéém pod odiia seserr um mo moment ntoo para
des
es p pedediidas se
sentim
ntimeent ntaais, co
como
mo nu num reg registr o de Sp Spaald
ldiing (LiLinco
ncollnshihire
re)) em 1786:
Hand [pegou]
[pegou] acacorda
orda e [a] colcoloc
ocoou so br e a mu mullhe
her
r , de po
poiis a entntre
rego
gouu a Har dy, pro-
nun
uncia
cianndo as s
as seeguint
uintees pa
pallavr as: "Eu a ago
gor r a, minh
inhaa querid
queridaa, a ent ntr
r ego nas m mããos de
Thomas Har dy,dy, reza
rezanndo par
par a q ue asas b
bêênçãos de Dde Deeus os acom p
acom paanhemhem,, com toda
toda a
felicidad
felicidadee". Hardy resres pon
ponddeu
eu:: "Eu a aggor a, minha qu queer ida
da,, a r eceb
ceboo co
com
m as
as bê
bênnçã
çãoos
de Deus,
Deus, r eza
zanndo pela fel felic
iciidade
dade"" elC. E r etir
etir ou a co
cor
r da,
da, di
dizzendo: "Venh nhaa, mi
minh
nhaa
querida,, eu a rec
querida recebeboo com um bei bei jo;
jo; e você
vo cê,, Han andd, ter á um bei jo jo de des
des p
peedid
dida"
a".."
A entr ega
ega e a tr oca ca p
poodi
diaam serser o f im da ceri erim
môni nia,
a, o p
par
ar recém-
recém-casado sain sain--
do r a pi
pida
damment ntee de ce cenna. Mas às vez vezes es a ce
ceri
rim
mônia er a t taam bé
bém m seg
seguuida pela ida
de t todo
odoss os os t tr
r ês e
ês ennvolvidos
vidos,, com testtestem emuunhas e am amiigos, à taver na m na maais próxi
próxima ma,,
onde a ve vennda podi podiaa ser "r ati tif
f icada" pela ass ssina
inatur
tur a de doc ocum umeento toss. É c cllar o,
haver ia tam bém novos j jur ur ame
menntos co com m d
dri
rinque
nquess (ququee, co
commo vimos mos,, e
esstavam às às
vezes incluíd ídos os no dinh inheeiro da co comp mpra ra ou na de devvolu
luçção por r ppart
rtee do vend
vendeedor
par
pa r a "
"da
dar
r so
sort rtee").
Quando a t a tro
rocca er a pré-ar r r an j jada
ada,, essa parte do pr oce cedimdimeentntoo dede p
peend
ndiia
pr
p r esu
esumi mivvelmement ntee dada q
q uant
uantida
idadde de de b boa
oa vont
vontadadee ou má vontvontade ade n noo ar
ar . Qu
Quaand
ndoo os
senntime
se ment ntoos host ostiis pre
preddomi
ominnavavamam,, ma mass era neceecessá
ssár
r io
io um "doc ocum
umeent ntoo", esse
poddia ser r edigido ant
po antes do l leeil
ilão
ão públ
público, ico, e co
com aven
avendda mari riddo e es p
es posa
osa se s
se see-
parav
p aravaam para sempr sempr e. e. Quand ndoo hav aviia b boa
oa vont
vontaade, todos os os i int
nteer essad
essados be bi biaam
e r edigiam o doc docuumenmentto juntuntoos. Ai Ainnda exi xisstem alguns exe exemplmplos os dedessses "co conn-
tr ato
toss", e o mais f
mais f reqü
reqüeentnteemen
mente te cit itaado é u uma
ma entr ada no l liv ivr r o das mer
mer cadcador ias
ias
de BelBell 1nn, Edg b basto
astonn Street
Street, Birmingh
Birmingham: "3 "311 de agos
agosto de 1773. Samu mueel
Whitehouuse, da par óq uia de Wi
Whiteho Willlenlenhhall [... ] vendeu hoje a su sua mulher , M&r y
Whitehouse, no mer cado a b
White beerto, para Th
Thoomas Gri rif
f fith,
fith, de Birmingham,
Birmingham, va valor
lor ,
um xel
xelim
im.. Aceito
eitou-
u-aa com to
todos os seus def eitos
eitos". Seg egui
uiaam-se as assinatur as de
Samueel e Mary Whitehou
Samu hitehouse,
se, e a de um umaa testemunh
stemunhaa.-w Uns oi oite
tent
ntaa anos mais
tar de, te
tem
mos um exeexemplo
mplo de Wor cester :
Thomas Midd
Tho ddlleton entr egou
egou sua mulh ulheer Mary Middl
Middleton pa par
r a Philip R osti
tinns por
um x
xeelim e u
um
ma qu
quaart
rtaa de cecerv
rvee j jaa; e o casal
casal se se
s e p
paaro
rouu def initiva
initivament
mentee par a se
sem-
m-
pr e, para nunca
nunca mamaiis se a attorm
rmeentar em um ao outr outr o.
o.
Testemunh
Tes munhaa. ThThooma
mass X Middl
Middleton
eton,, sua ma
mar r ca
ca
Testemunh
stemunhaa. Ma Maryry Mi
Midddl
dleeton, sua mulh
mulheer
Test
esteemunh
unha.
a. Philip
Philip X R ostin tinss, sua mar ca
Testem
emunh
unhaa. S. H H.. S
Sttone, Cro
Crow wn Inn,
Inn, Fri
Friaar St."
St."
Pr esu
esumive
mivellment ntee S. H. Stone era o dono da tave tavern rnaa, ond ndee o docume
document ntoo fo foii
igidoo. É int
r edigid inteer essa
santntee notar qu quee, dos tr ês ês intinteer essa
essados, a pena penass Mar y Middle Middle-
ton sa b biia ass ssiinar o nom nome. e.
Esses doc ocumumeento
ntoss eram guar dad dados co como mo "ce certi
rtidões
dões de casament
casamentoo", como
uma pr ova ova de r es p es peeitab
itabiilid
lidaade. Ass ssiim uma certa certa sr a. Du Dunnn, de Ripon Ripon,, foi cita citada
em 1881 co com mo tendo dito: "Sim im,, eu fu fuii ca cassada co com m out utro
ro homem mem,, mas ele me
venndeu para Dun
ve Dunnn po por r 2S xe xellins, e te tenh
nhoo tudo
tudo no pa p peel par a mo mosstrar , co comm se l o
de r ecib
eciboo, pois não qu quereriia qu quee as pe pessso
soaas disse sess
sseem qu quee esta tavva vi vive
vend ndoo em
adult
ad ultério"
ério".'.'66 Tão con onvevennci das estav avaam as pe pessoa
ssoass qu quaantntoo à leg egalid
alidaade do pro ro--
cedim
edimeent ntoo qu quee tentava
tentavam m conseguir a a juda de um advoga advogado par a r edigir edigir ess ssees
doccum
do umeent ntoos, ou certific ertificaavam-n m-noo com selos of iciais. Em So Soltltoou (1833 833),), dep epoioiss
do leil ilão
ão na pr aça aça do mercamercado, as tr ês ês papartrtes
es ininteter
r ess
ssaadas fo foraramm pa para
ra a tave avern rnaa
Onee Hor se Sh
On Shoeoe,, onde "o pr eço e ço da com com pra f oi pa pagogo de p poois de ter sido f orn rnec
eciido
um r eci bo bo com selo" e a es es p
posa
osa fo foii entã
ntãoo "de devvidam
idameente entre ntreggueue"". "O gru ru p
poo
mais tard rdee co com meu algun lgunss bi bif
f es junt
es juntoos, como uma r efei feição
ção de de dess pedid
pedida, a, e p pago
agouu
por du duasas q uart rtaas de cer
cer ve
ve j jaa [ ... ].].""" O ma m arirido
do e a mu mulh lheer tinham vindo de uma uma vi villa
a cicinnco milh ilhaas de dis isttância, e o co comm p
pr
r ador era um vizinh nhoo do mes esm
mo luga gar r . Vê-
se ququee o q ue poder ia par ece ecer , em um umaa notí tíccia mais bre revve ou sensaci acioonalilissta, um
leilão
leil ão a b beer to e d deeses
estruturad
truturadoo, f or a cuidadosament uidadosamentee plane j jaado.
Isso a b br
r ange as pr inci inci pa pais ca car
r act
acter ísti
ísticas da "v "veerd
rdaadeirara"" venda r itu tuaal de
es p
poosas: o me mer r cado aberto
aberto, a publi publiccid idaade, a cord ordaa, a fo formrmaa de leilão,
leilão, a troca de de
dinheeir o,
dinh o, a tr ansfe fer
r ência so sollene e, de vez em qua quand ndoo, a r atificaçã
tificaçãoo em docu-
ment ntoos. Enco conntr am-m-sse às vezes ela b boraç
oraçõe õess ou fo form
rmaas mais ex exóti
ótica
cass (como
callçar os sa p
ca paatos do prime primeir o mar ido)." Ma Mass a úni únicca for ma ma alternat
lternatiiva signi ni--
fica
fi catitivva q ue de deiixo
xouu evid idêênc ncia
iass clar as foi a da a da tr ansa saçãçãoo mà màiis pr ivad adaa no ba balcão
públicco de uma ta
públi tavverna
erna.. Em b boor a se desse perante perante testemunha munhass, era um umaa fo formrmaa
quee evit
qu evitava o clar ão ão da pu blic bliciida
dadde da venda no mer cado pú b bli
lico
co,, e por issoisso pod odee
ter sido seri riaame
ment ntee mal notici oticiaadada..'" Muit itoo fr freeqü
qüeenteme
tement ntee os casos vin inhham à lu l uz
quando alguma
qua alguma out outrara que
questão (r esid
esidêência com di dire
reit
itoo às leis de ass assistênênccia aos
poo b
p bres
res ou
ou g
guuarda dodoss fi
fillhos) os l lev
evaava p peerant
rantee as a
aut
utoor ida
idades es..
Em 182 828,8, a
ass três pa
par tes
tes inter essa
essada dass num
numaa de
dessssasas venda
vendass fo fora
ramm a ju
juiizadadas
as
nas ses
sessões
ões trimes
trimestr
tr ais do Tribun
ribunaal deWes
deWestt K ent, ac acuusasada
dass de concontr aven
avençã çãoo, e o
proces
p rocessso do tr ibunal
ibunal lança
lança um pouco de lu luzz so br e a for ma da vend venda e s soo br e as
o pini
piniõe
õess a seu r es peit
es peitoo. Os tr ês
ês int nteress
eressadoadoss par tilh
tilhava
avam m uma choup upaana da
paar óq uia (co
p connce
ceddida segund
egundoo asas l leeis d
dee assi
assistência aos p poo br es)
es) em SpeSpelldur st, e
combiinaram se en
comb e ncontr ar na t taver
aver na Geo Geor r ge
ge and
nd D
Dr r ago
agon na vi v izinh
inhaa T
Tonb
onbr r idge.
idge.
O tave
taver
r neiro de p pôôs:
Skinner chegou em prime
Skinne primeir ir o lu
luggar e pediu
pediu umauma c cane
aneca
ca de cecer ve j jaa; sentou-se na co co--
zinh
inhaa; então ve veiio a
a s
suua es p
pos
osaa, e p
poouco dep epoois Sa Savage
vage entro
entrouu; todos bebera beberam m ju junn-
tos, e dali a po pouuco Savage
Savage saiu;saiu; logo voltou, e Sk inne inner então lh lhee di
disse:
sse: "Q "Quer
compr
comp r ar a minha mulher?".
mulher?". El Ele r es
es po
pondeu:ndeu: "Qu Quanantto qu
quer
er por ela
e la?".
?". Sk inn
nnerer diss
dissee:
"Um xe xellim e uma cane necca de ce cer
r ve j jaa". Sa
Savavagge então
então lhlhee oferece
fereceuu mei eiaa co
coroa
roa,, e
Sk .inn
inneer lhe
lhe entrego
entregouu a mulh
mulher ; eleeless be
be b
bera
eram m junt
juntos, e d dee p
poois fo
for r am em b boor a; havaviia
umas as q
q uatr o pepesssoas pr esen enttes
es;; antntees de saír
s aír em,
em, a m mulh
ulher
er tir ou um lenço lenço dodo b
boolso,
q ue par ecia ter sido
sido atado
atado ao ao r
r edor
edor da
da s sua
ua c
cintur
intur a, e Sk inner o tomou e di dissse: "A
"Agogo--
r a n
nãão te
tennho mais nad nadaa a v veer com
com voc ocêê, po
podde ir ir co
com
m Savage"
Savage"..
Nesse caso
Nes aso,, tambmbéém sab abeemomoss um um po poucucoo soso br
br e a
ass r azões
azões da vend venda. a. Cor r r iam
muitoos boato
muit boatoss na vila de de q ue a sr sra.
a. Sk
Sk .in
innertom
nertomaar a Savage como como ama amant ntee. Por is-
so,, os
so os f
f isc
scais
ais dos os p
poo br es
es (q ue er am os d doono
noss da ch choup upaana) ord rdeenar amam qu quee Sk in-
ner manda dassssee Savage emb embor or a, senão ele tamb mbéém seria ex ex pul
pulsoso de de ca
cassa. Na sua
simpli
implicidade
cidade,, os os tr
tr ês par
ês par ecem
ecem ter imagi maginnado que que c coom a vend vendaa (o (ouu a
atto d dee di
d ivór -
cioo e novo
ci novo casame
casamento nto)) as auto torid
ridade
adess da par óq óq uia
uia per mit mitir iamiam que Sa Savage e a
novaa sr a.
nov a. Savage continucontinuaass sseem a ar r r end
ndaar a choup upananaa se sem m pr o bl bleemas. Ma Mass o
connselh
co lhoo paroqui
paroquiaal de T Toonb nbririddge não foi apl aplacado tão ão f f aci
acilmente. Ta Talvez todo odoss
os tr ês t teenhnhaam sido des des p pee j jaados assim que a v a vend
endaa se se t toorn
rnoou pública. Ou ta talvez
Sk .inn
inneer tenh nhaa seguido
seguido se seuu c caaminh
minhoo so solit
litáário da
da Geor
Geor ge and Drag D ragon on par a o as asilo
público
públi co,, onde ele r esidi esidiaa na época do pr oces essso no tr ibun
ibunaal.
Ao jul julggar todo doss os tr tr ês, o "muit "muitoo erudito
rudito"" pr eside dent ntee do t tr r ibuna
ibunal se p peer mi-
mi-
tiu um po pouco de hum humoor in inssí pido
pido ("a da dama
ma certame
certament ntee não tinha o se o seuu p pr
r ópri
óprioo
val
aloor em alt ltaa estim
tima,a, poi oiss um umaa caneca de ce cer r veja e um xe xelim
lim foi a ú únic
nicaa im-
poor tânci
p tância ofereci
oferecida por ess essa m meer cador ia va vallio
iossa")"),, ante tess de
de p pas
asssar a níve íveiis mais
eleva
elevaddos de exo exortação
rtação mo mor al fi fissca
calliza
izaddor a. Apr ática de de ve vend ndeer a es p posa
osa era "
era "aal-
tament ntee im imoor al e ilegallegal"" e "tinh inhaa umumaa tendên
tendênccia a m meenosp ospr r ezar o s sant
antoo sacra-
ment ntoo do m matrimô
atrimônnio io"". Mas "o cr ime me"" ter ia ia sido pi pior
or se ti tive
vessssee sid
idoo co commet etiido
no m meer cad
cado a b berto.
erto. LeLevavandndoo tam b béém em con consid idera
eraçãçãoo o f at ato de queque o delito fo fo--
ra come
ra comettido "num "num es esttado de i iggnor ânci cia"
a",, elelee ac
achhou q ue bas asttav
avaa a sent nteença de
um ano
um ano de pr pr isão
isão par a cada um dos dos e ennvo
vollvid
idos.
os. Não há registr registr os os par a saber se
as ac
acoomoda daçõções es na cade
cadeia loc ocal al er am
am mais ou me mennos sal aluu b
br
r es do q ue as do asi si--
10 loc
ocal
al.. Os infr atore
toress conde dennados não tinh nhaam quase nada a dize
dizer
r em sua def e- e-
sa.. A s
sa sr
r a.
a. Sk .inne
inner r dec
ecllar ou: "Meu mari ariddo não satisf azia
azia me
meuus dese
ese j joos, e por es-
es-
sa r azão q uis me se p paar ar
ar " [um r iso
so]].5°
Fica claro
Fica aro-embo
-embor r a não o foss fosse na décad écadaa de 196 1960, qu quaand ndoo co commece
eceii aco aco--
letar esses
esses dados - qu quee tem emos os de r etir ar a ve vendndaa das es es p
poosas da categor ia de um umaa
br
b r utal ven vendda de gado e colocá-I colocá-Iaa na do div divórc
órcio io seg eguid
uidoo de no novovo casam
casameent ntoo. Is-
so aindaindaa pode des es pe
pertrtaar ex p pececttat
atiivas impr ó pria priass, po poiis o qu quee es esttá envo vollvid
idoo é a
tr oca
o ca de de uma mulh mulheer entr e doi doiss homens num ritua ritual que hu hum milh lhaa a m muulher tr atanatan-
do-a co commo a um anima mall. Mas o simb mboolismo nã nãoo pode ser interpr etado a p peenas
dessa maneira ira,, pois a i import mportâância da pu b bllicid
idaade da pra raça
ça do mer cado cado e d daa "en-
tr ega"
ega" por uma cord cordaa tamb mbéém in intr
tr odu
duzz nas evid idêências assim f ome meccididas
as o f ato
de qu quee to toddos os três in inter
ter essa
essados co connco cor
r davam
davam co comm a tr oca ca.. O co connsenenti
tim
ment ntoo da
es posa é uma co conndição neces ecesssári riaa par a a vend ndaa. Iss ssoo não q uer di dize
zerr qu
quee o seu
connsentim
co imeent ntoo não pude dessse ser o bti btidodo so b co coer
er ção
ção - af ina inal, um marid ridoo q ue de-
se j java
ava (ou ameaç meaçaava) vend ndeer a m muulh lher
er não era gr ande a nde co coiisa co como
mo co connsosort
rtee. Uma
es p
es posa
osa qu quee f oi ven enddida em R edrut druthh (1820) e q ue f oi leva evadda, com se seuu co
compr
mpr ador ,
peer ant
p ntee as sess ssões
ões tr imes
imestr ais do tr ibuna ibunal em Tr ur o, o, "de
"decclar ou q ue o marid ridoo a
maltr atar a tantas vez ezees, e ex pr essar
essar a a s suua in inte
tençnção
ão de ve venndê-I -Ia,
a, q ue ela fora in- in-
duzida a se su b bmet
meteer à ve ver
r gon
gonha púb públlica par a se ver ver livr e dele le"". Issssoo de devve ter
ocor
oco r rid
rido em algu lgunns ca cassos. Mas não er a, a , tal
talvez, toda a v veer dade nesse caso de R e-
dr uth,
uth, pois a e ess p
pos
osaa depo epoiis admi mittiu "q ue vive ver r a com [ ... ] o o se
seuu compr ador ante ntess
de lh lhee ser publipublicamenamentte ve vendid
ndidaa".51 Em muitas vend ndas,
as, me messmo q uand ndoo hav aviaia a
a p
paar ência de um lei eillão aber to to e lance cess púb úbllico
icoss, o com pr ador f or a pr edete etermi
rmi--
nado e j jáá er a o aman mantte da es p posa.
osa.
Recuper
Rec uper ar a "v "veer dade
dade" so b br r e qu quaalqu
queer hi hisstória con ju jugal
gal não é f áci cill: tentntar
ar
recup
rec upeer á-l -laa, a part
partir ir de recort
recortees de jorn rnaais, de po poiis de I S O O anos os,, é emp mpr r eend
eendeer
uma ta tar
r efa
efa in inf
f rutífera.
rutífera. Me Messmo q uando há afir afir mativas diret diretas so br e a "má con-
dutaa" da mu
dut mullher ant ntes
es da ven endda, o qu quee nos é fo fornrnececido
ido são apena apenas as evidências
dos boatboatos ou do es esccând
ndaalo. Mas essas essas ev evid
idêência iass não nos di dizzem abs absoolutament ntee
nada - vamos exami minnar tr ês ês casos,
casos, todos do ano de 1 E 3 7 .
O pr ime
meiiro di dizz r espei
espei to to a u um ma venda no mercado de ma mannte teiiga em B ra radf
df ord
(WestYor k ks hir e).
e). O rela relatto af irm rma: a: "O motivo ale leggado da se se par
par açã
çãoo era a falta de
moderação da es p pos
osaa, cujcujosos af etos
etos ter iam sid idoo ro rouu b
bado
adoss por um vel elhho cavador ,
q ue de vez em q uan anddo alm lmooçava na resid idêência do casal al"". Quando o mar ido ido
começçou o lei
come eillão
ão,, "o prime
primeiro e único lance ban banaa fid e" fo
fide" foii um sobera oberanno do
cavador . "Foi ime
cavad medidiaatament
amentee ac aceito
eito,, e, de po
poiis de paga a q uan anti
tiaa, o novo casal
saiu caminh
caminhando em mei meioo às impr ecaçõecaçõess do pov povo. o.""
""
O segundndoo cas asoo ococoorr
rreeu no mer cadoc ado de Wa Wals lsaall
ll.. Um homem tr ouxe a mu-
lher
lher pu puxa
xadda por uma cord cordaa de uma uma vila a oi oitto ou nove milh lhaas de di disstância
cia,, e
vend
ve ndeeu- u-aa em pouco coss min inuuto
toss por doi
dois xe xellins e sei seis pen pencce. O com p pra
raddor er a um
fabr
fab r icante
icante de pr egos egos,, que viera da mesma vila la.. Seg
Segund undoo os r elato tos,s, totoooos os tr ês
ês
int
nteer essa
saddos ficar · am satisfeit
satisfeitos
os.. Na r ealid
ealidade
ade,, a es es pos
posaa vivviveera com o comp comprador
rador
duran
rantte os últim ltimoos tr ês
ês anos.53
O terce
terceiiro caso ocorreu em Wirk swort worthh, Derbysh
Derbyshire ire.. A esposa de John John
Allen f ugira co comm J amemess Tayl
Taylor no ve verã
rãoo an
antterior . Ao sab aber
er q ue o casal casal es esttav
avaa em
Whaley Br idge, o "mari ariddo magoa agoaddo" f oi at atéé lálá e
e enco
encont ntro
rouu-o
-oss junto
juntos num alo-
j jaament nto.
o. "Ele exigixigiuu tr êsês li br
br as pelas r ou pa pass dela la,, o que Tay Tayllor diss ssee que pagaria
sob a condicondição de qu quee ele os aco acompanh
mpanhaass ssee a W Wiirkswo
rksworth rth no dia do mercado ercado,,
par
pa r a entr
entr egá-
gá-IIa, segegund
undoo suas palavras avras,, de ac acor
ordodo co com m a leil ei.." Aq ui temotemos um ca-
so clar
clar o de "ent entr
r ega":
ega": Allen passou a pon ontta da cord ordaa par a Tayl Taylor , e r edi diggiu umumaa
decclaração f ormal.
de ormal.
"Eu, John All
"Eu llen,
en, tive min inhha es p pos
osaa ro
roub
ubad
adaa por Ja J ames Tayl
Taylor, dede Sho
Shotttle, no últi- últi-
modiaa II deju
modi dejulho. Eu a a t tr
r ouxe até este me
mer cad adoo para venvendê-ia por
por tr t r ês xel
xeliins e sei
seiss
pence.
pen ce. Voc ocêê quer compr á-Ia, Ja Jammes?" James r es es po
ponndeu: "Qu Queer o,o, aqui es esttá o di-
nheir
nh eir o,
o, e você é tes esttemunh
unha, a, Tho
Thom mas R iley
ley"" - cha ham mando o ca
caiixei eir r o da ta tave
ver
r na
q ue
ue fo
for
r a indicado par
par a esse fim. fim.
De p
poois que o ane anell foi
foi e enntregu
reguee a Al
Allen
en,, jun
junto
to com tr ês so be ber
r anos
anos e t trê rêss xelin
inss e
seiss pen
sei pencce, ele ap aper
er tou
tou a m mãoão da
da es po
es posa
sa e do amant ntee dela, de
desse j jaando-lhes toda a
sor te
te do mu munndo.
o.""
É po
poss
ssííve
vell af irmar
irmar q ue o pr
primeir o exemp
mpllo não ofe
ofer
r ece
ece nada além de
boatos
boa tos,, mamass o segun
segunddo e o terc rcei
eiro
ro caso soss não po pode
dem m se serr descon conssidideer ados tão
facillment
faci mente. e. Um co compr
mpr ador não chega por aca caso
so da mes esmma vila, a oi oito milh lhas
as de
disisttânci
nciaa, no momento da ve vend
nda:a: tudo f oi pr é-arran j jaadodo.. Ne Nem mé pr ováv vávelel q ue um
r e p
póórt
rteer ti
tivess
vessee inve
nvent ntaado a h hiistória da f uga e coab abit
itaação pr évia iass. Na verdade,
verdade, a
f r
r eq
eq üênci
ênciaa dos ca cassos em q ue a es posa f oi ven venddida a u umm homem co comm q uem ela j jáá
estava vivendo - e, em algun unss casos,
casos, viver a po porr três
três,, ququat
atro
ro ou ci cinc
ncoo anos l
l
-
pr opõ
opõe um umaa pergunt
perguntaa muit itoo difefer
r ent
ntee: se tan anto
to a es pos
posaa co comomo o ma mar r ido podiam
de vez em q uando re reco
corr
rr er à f uga e ao a b a bandono
andono do lar , por q ue os do doiis ai ainnda
acha
ac havvam nec eceess
ssáár io
io pa passsar pelo ri rittua
uall púb
úbllico (e ve ver r gonh
gonhooso) da vend nda?a?
Voltareii a ess
Voltare essaa pergun
perguntta per scrutad rutadora
ora,, embemboor a a r es po possta afinal só p poossssaa se
ser
r
encont ontrada
rada na his isttória pes esssoal inacessacessíível de cad cada caso
caso. A di dif
f icul
ulda
dadde com ess ssee
matter ial não é a p
ma penas
enas qu quee a evevidê
idênncia seja muit itoo in
insa
sattisfató
sfatóririaa, ma mass ta tamm bé
bém m que
não se po podde ap
apr r esentntaar dedefin
finiitivame
amennte nenhum caso com como "repre repressentat tatiivo". O
imperattivo met
impera etoodoló
dológigico
co o br igatigatóri rioo dos di diaas de hoje é qu é quanti
antif f icar
icar , mas as c as com-
om-
plexidadess da
plexidade dass relaçõ
relaçõees pe pessoa
ssoaiis são es p es pecialmen
ecialmentte resistente entess a e ess
ssaa pr áticaica.. E o
"tí pic
pico" r elato c cuurto de j joor nal não no
noss dá nenhum
nhumaa inform
informaação so b bre
re o
oss mo
mottivo
voss
das p
das paart
rtees int
inteer ess
ssaadas - não p pass
assaa d
doo r elato ár ido de
de u
um
ma vendndaa.
Entr etantoto,, tent
nteei comprimi
mprimirr os
os dad
dadoos emem c
cllassifi
ifica
caçõ
çõees gr osse
osseir as, co
com mo
seg
eguin
uintte re
ressult
ultaado
do::
V endase
dase.. Jen
Jent ativas d e vevennda, 1760-
1760-18 1880
80:: co
connse
sennt ime
ment
ntoo da es pos
posaa
Sem inf orm rmaç
açãão
Com
Co m o c coonse
senntimento da es es p
poosa
Es posa vend endiida par a o a
ammantntee
Divvór cio
Di cio ar ranj
ranjaado
Sem co connse
senntim
imeent
ntoo da es po
posa
sa
Consider o esses
Con esses núm númer os os ev
evid
idêênciciáá liter ár ia e impr ess ssiioninissta, em oposoposição
à e
evvid
idên
ência
cia "s "sóólilidda" deste ca pítul pítuloo, q ue é é a
a in
invvestiga
gação
ção minu inuccios osaa do
doss t teextos e
conte
co ntexxtos
os.. As c cllassific ficaçõe
açõess não se se a
a pli
pliccam co comm pr ecisão. Vamo amoss e exxamin inar
ar ca
ca--
da umuma por su s ua vevezz.
S em o c coonsesent
nt imento da es po posa
sa.. As n nootas mor ali lisstas na é po é pocca, bem como
gr ande part rtee d
doos cocomenmentár
tár ios histórico
ricoss sub ubsseq üentes es,, sugeger r em q ue a es p poosa e er
r a
um bem pass passiivo ou alguém qu quee se o punh
punhaa à tra rannsa
sação
ção.. Na r eal ealidade de,, três dos
q uatro casos na p pr r imeir a tabel
tabela não ão r
r esult
esultaar am em venda endas. s. Em c cada
ada um um de dessses
casosos,, te
tem
mos a in info forma
rmaçção de q ue o ne neggócóciio f oi re
reaalizado pri rivvadamente entr e o
marido
ma rido e o com com p pr r ador , por ém mais tar de de r enegado pela e ess po
possa.
A exceçã
exceçãoo se encontr a numa ca car r ta diri
diriggid
idaa por Ann Par son sons a um magis-
tr ado de So Some mer r set, em 9 de de j jaaneir o de 176 768:8: ,
Sou a f ilha de Ann Co
Sou Colllliier , q ue mo
mor r ava ao pé de de Ru
Russh Hill, e n naa pr imei
eir
r a par te
te da
minh
mi nhaa vidida,
a, pa
para
ra minh
nhaa grande mo mor
r tifi
ficação
cação,, f ui c
cas
asada
ada cocomm um homem q ue não
tinh
nhaa co
connside
ider
r ação por si
si mes
me smo, nem em pe pello meu s suustento e pepello d
dee m
meeus fi
fillhos
os.. No
início da últimtimaa guer ra,
ra, ele ent ntro
rouu par a o s seer viço do rereii, e, meu sen enhhor , não poposso
lhe r elatar ne
nem a d déc
éciima part
partee dos abu
abussos q ue dele dele r ecebi antes
antes de s
de sua
ua admi
admisssão e
de po
poiis de
de s
seeu r etomo do do E
Exé
xér
r cit
ito.
o. Po
Por r f
f im,
im, par a s suustentar os se
seuus capr ichosos,, ele me
pôss à venda
pô enda e e me
me ve
vennde
deuu por sei
se is lib
libr
r as e s sei
eiss x
xeeli
linns, e eu
eu de nada sa bi
biaa at
atéé qu
quee e
elle
me coconntou o que ti tinha
nha f eito. Ao me messmo tem p poo, ele me pediu qu quee fi
ficcass
assee co
comma
cri
riaança peq uena [......].
Para co connf ir mar
mar o se seuu r elato, ela enviava em anexo uma certi ertiddão da ve vennda r eal eali-
zada entr e o m maarido, John Par son sons de Mid Midso somemer r No Nor r ton
ton, f a b br r icant
antee de lã, e Jo John
hn
Took er da me mesma pa par r óq
óq uia
uia, cav avaalhlhei
eir r o: o doc docuume ment ntoo tr ansfe fer r ia
ia e pas assa
savava An Annn
Par
Pa r sons "c "comom todos e q uaisq uer direi reittos de pr o p pri
rieedade
dade"" a J Joohn Took er .
A histó tór r ia é bastant tantee clar a. Mas Ann Parson rsonss pass assaava então a se se q
q ueixa xar-r-
não de de ququee a ve vendndaa ti tives
vessse oco ocorr rr ido,
ido, mas de qu quee o marido
marido não ti tive
vessse ac acaatad
adoo o
acoor do. Tr ês
ac ês meses dep depoois da vend ndaa (qu quee ocorr
ocorr eu em 24 de out utububr r o de 1766) 66),, o
marid
ma ridoo "me vi visititoou e me pe peddiu mai aiss dinhe
dinheiro, tr atando a mi mim m e ao homem par a
quem
que m ele me ve venndeu com gr gr ande
ande violência, ar romba rombando a po port rtaa da casa, ju juran
ran--
do qu quee nos mat ataaria aos dois", e co contntiinu
nuouou com es esse
se com p poort
rtaamento imp impoortunrtuno, o,
até q ue ue ela ped pediiu pr oteç oteção a um ma maggistr ado q ue pr endeu John Par son sons em Shep ep--
ton Ma Mall llet
et.. A pr isão se dera no dia de são Migue Miguel, e A Ann
nn Par sons ago agor r a tememiia a
vinggança q ue ele po
vin podder ia
ia comeometter qu quandandoo f osse osse posto em li berd berdade ade.. A r azão azão de
sua pet etiiçã
çãoo ao ma magistr ado ado er a ass sseg
eguurarar r q ue o mar ido conti tinu
nuaasse deti tido
do.. Não é
fáciil sab
fác sabeer o qu quee fa fazzer dedess
ssee cacasso. An Annn Par sons pode ter sido vend ndiida (con onfoforme
rme
seuu testemunh
se munho) o) sem o se seuu co
conh nhec ecim
imeent ntoo e consent ntiimento to;; ou pod podee ter ac achhado
q ue es essa
sa seria a melho lhor r histó
istóririaa pa par
r a conconttar ao ao jui
juizz de paz a q uem estava pedin din--
do pr oteçã eçãoo. Uma vez ve venndididaa - e (not otee-se) para um homem de status social
mais eleva vadodo -, é ce cert
rtoo q ue ela de desseja
ejavva que o co conntra
tratto fo fossse acat acatado, e estava estava
exer cendo a s suua vin inga
gannça contra o ex-ma mar r ido com talent lentoo e suce cesssoso..'6
Nos
N os outr os casos de não ão--con
conssenti ntimement ntoo, há men enoos da daddos pa par
r a ex pl ploor ar .
Num
N um dos ca casos
sos ( N Noorth Bov oveey, Devon, por volt ltaa de 1866 66)), diz diz--se q ue o ma mar ido
f ez
ez um acord rdoo pri rivvado co comm o co compmpra raddor pa par
r a ve vennde
der r a mulher po por r '/" d
dee galão
de cer ve jve ja.
a. Ela r e p pudi
udioou o ac acor
or do, levo evouu os dois f ilh lhos
os par a Exeter , e só voltou a
North
No rth Bovey para o fun funeer al do ma maridrido.o.57 Out utro
ro caso ve veiio à lu luzz numj umjul ulggament ntoo
por
p or bibiga
gam mia em Bi Bir min
mingham em 1823 23.. Alego egouu-se q ue John Home omer r , ex
ex--soldado,
ter ia
ia tr atataddo a mulh mulheer bru bruttalme
ment ntee e po por r fim
fim a teria ve venndidido
do cont ntr r a a su sua vo vonntade
ade,,
pr
p r esa por um umaa co cor r da,
da, no me mer r cad
cado. Mas o com pr ador ador er a o i ir r mão da mulh ulher
er , q ue
poor tr ês xe
p xelinlinss compr ou a pos posssi bilida
bilidade de ela "sair" do cas casamen
amentto ou sua "re-
dennçã
de ção"
o".. (N (Nãoão se sa b bee se esse caso de devve ser class ssifi
ificad
cadoo co como mo sem co connsenti-
ment ntoo ou como di divvór cio
cio arr anj njaadodo.).) Home omer r en
enttão supô upôss q ue estava li livvr e para se
casar
casa r de no novvo, e cometeu o er r ro de pa passa
ssarr po porr uma cer imônia fo r mal mal na igreja reja..
Foii co
Fo conndena
denaddo por bi biga
gam mia a s sete
ete anos de deg egr r edo." No outro ca casso, na f eir a de
S wi
winndon e m 177 17755, dizia- a-sse qu quee um "ilu lusstr e sap apaatei
teir
r o" de Wo Wooott ttoon Bas Basssett f e-
chou um aco acor do f or mal com um nego negocciant ntee de ga gadodo par a que lhe vende ndessse a mu mu--
lher po por cicinqü
nqüeent ntaa libras,
libras, "ent entreregan
ganddo-a a pe pedididodo do comp mpra rado
dorr na manmanhã hã
seguinte
eguinte"" - "Sati tissfe
feiito com o neg egóócioio,, o comprador par tiu tiu numa dilio
dilio-ência
acompanhad
acomp anhadoo po por r muitos
muitos de seu euss ami migos,
gos, enfeitado
enfeitadoss com pe penachos, p; p;a de-
mand
ma ndaar o ob j jet etoo da comp compr r a,
a, quando,
quando, para desa desa pont
pontaame mento
nto de todo odos,s, nem
Crispim
rispim,, ne nem m Cri riss pini
piniaana [... [...] pude
puder am se serr encontrados".
encontrados". 59
Esses casos não co contradi
ntradizzem a reg regra,
ra, ananotada por alguns alguns cont
conteemporâneo
mporâneoss,
de que
que o consentim entimeento da esp spoosa er a essenci
essenciaal. Tal regr regr a é confirmada pelas pelas
ocasiõ
asiõeses em
em que a es es po
possa repudia
repudia com com vigo
vigorr a te tentntat
atiiva de venda.
venda. No mercado de
Smiithfield em 181
Sm 18177, um um v viisitante viu um homem lutando par a colocar uma cor-
da ao redor
redor do do pes
pescoç coçoo de uma jov jovem em de extr extraor
aordin
dinária
ária belez eza.a. No meio de uma
grande
gra nde e crecresscente multidãmultidão, a esp spoosa re ressistia à tentati
tentativva com todas as as sua
uass fo
for
r ças.
ças.
O pov
povo e os policiais
policiai s inter vieram ram,, e o ca casal foi levado pe per ante um magismagistrado. O
marido explicou que a que a mulh
mulheer fora infie infiell, e que
que e ele
le es
estatavva exexercendo o s o seu
eu direit
direito
de vendê-la.60 Na resistência da da es
es po
possa ao uso da corda, corda, temos a confirmação de
quee tanto a c
qu a corda
orda como o seu conse cons entimento eram ess essen encciai
iaiss para conferir legilegi-
timidade à tran transsação. Me Mesmo quando quando o comprador nã n ão e era
ra pré-arranjado,
pré-arranjado, quan-
dohavvia um leilão autêntico com lances
doha lances do do púbpúbliclicoo, aespo
aespossa podia ex exer cer oveto.
Assi
ssimm um relato de Mancheste Manchest er (1824 24)) af irma
irma que "
que "dde poi poiss de vários lances,
lances, ela ela
f oi arrematada por cinc cinco xelin lins;
s; ma
mas, s, com
comoo não gos gostou do comprador , foi nov nova-
mente leiloada por três trê s xelinlinss e '/ de galã
4 galão de cerveja"
cerveja".61 Num ca casso mais
mais du duvvi-
dosso em Bristol (1823
do (1823), ), a es
es po
possa estav avaa " " b
beem sa sati
tissfei
feitta" com o seu comprador , o
qual,, no entanto,
qual entanto, revendeu-a a outr o; o; "cocomomo a da damama [.. [...] não g
não goostou da mudança,
mudança ,
foii em
fo embo borara cocom m a mã mãee", ", recu
recusa sando-
ndo-sse a s ser
er reclamada pelo s pelo segundo
egundo comprador ,
anão s
anão ser
er " por
" por ordem de um mag ma gistrado
trado,, que encerrou o c o caaso".63
Devvem ter ocorrido cas
De casos de ve venda
nda for çada de es es po
possas em que a mulher
consentiu porque es e sta
tavva aterroriza
aterrorizada, da, ou porque era demas demasia iado
do simplória ou não
tinha amigos para poder r esi esistir.6] E de devevem m ter ocorrido outros outros ca cassos nas taver
taver -
nass que era
na eram m des esord
ordeens de bê bad bados os.. No poema "Os pra prazzereeress do matrimônio"
matrimônio ",
William Button recons reconstr trui
uiuu um de dessssees casos, qu quee tal
talvvez tenha ser vido de mo-
delo para a venda em Th Thee ma
ma yo
yor
r ofCasterbr
ofCasterbr idge. idge. A e ess posa entrou na cer vej ejaaria
para bubusc scar
ar o marido
marido e lev le vá-I
á-Ioo p
paar a casa, poi poiss preci
precissava de a j juda uda para cuida
cuidar do
" band
bandoo de de c cri
riaanças"; o mar ido ido fificcou for a de de s sii de raiv
raiva (e (embmboora "ele gas gastas
tassse o
dinheiiro que ela ganhav
dinhe ganhava") e vendeu-a vendeu-a para um colega coleg a de tavern tavernaa - William
Martin
rtin,, fabrican
fabricante te de m meeiaiass - por uma ca caneca
neca de de c ceer vejejaa:
A canecafoi pedid a , o ne negó
góccio fe
fecchado,
E nada devol
devolvido
vido par a dadar r sor
so r te.
te.
Os do
doiis pe
pennsa
sar r am
a m na c
na coor da,
da,
M as
as d esco
scobr
br ir am que cu cust
star
ar ia quat r r o p
pen
encce.
A idé ia da cor
cor da
da f oi logo ab
abando
donnada ,
Por ser
ser duas vezes o qu que Hannah cu
custava,
Pe L
Lam
ameesmsmaa r azã
azã o nenhum dos doi
dois qui
uiss
Pag
agar
ar os
os quatr o p
peence de imp
impost
ost o. v
Mas as u
umm d doocu
cumement
ntoo da v veenda f oi redi
redigid
idoo e ass
assininaado entr e osos d
doois homen
homenss, com
os d
os doois fi
filh
lhoos d
doo c
caasament ntoo di
divvidid
ididoos - a cri riaança maior ficaficari
riaa co
comm o pai
pai, o
o be
be--
bêê d
b dee col
colo com a m mãeãe.. Dur ant
ntee tud
tudoo iss
sso,
o, a es
es p
poosa é descrit
descritaa co
com mo alguém q ue
não es e stá de
de ac
acor
or do
do com
com a venda
venda.. Mas e ella aca b
aca baa partrtiind
ndoo co
comm o j joovem f a bri
brica
can-
n-
te d
dee m
meeias, e per ambul
mbulaa com e elle d
dee Hin
Hincckl
kleey a Loughb hboor ough
ugh:: eles s see a pai
a paixxo-
nam, vi vive
vemm f elizes po por
r um
um ano
ano e fifica
camm deso
desolladosos quand
quandoo o mar ido ido se ar r
r epende
epende
e en
envia f isca caiis de Hin
Hinccklkley
ey par a trazê
razê--Ia de vovoltlta-
a-
ELaparti u , mas d e angús
ELapartiu gústia
tia chor ava
ava ,
Oh , , qu
quee o La
Laço
ço p
puud esse
e sse ser
ser desat
desat ado.
ado. V , ,66 - -''
o p
poe
oema
ma não é evid
evidêência, mas
as t taamb
mbéém não é de to
todo fi
ficç
cçãão, poi
oiss se
se b
baaseia
nas exp
expeeri riêências do do p pooet
etaa q uand ndoo esse f oi a a pr
pr endi
ndizz num umaa f ábric
ábricaa de mei meiaas n naa dé
dé--
cada de 174 7400, e o compr
compr ador , Wi Willliliaam Martin, er a seu amigo amigo.. Mas o p poe
oemama fo fo--
ra escrito (ou r eescrit eescritoo) em 1793, e f oi ce certrtaament ntee reinv
reinvent
entaado a part rtir
ir de
lembr anç nças
as r emota
motas. s.65 Nã
Nãoo es
esttou suger indo que que as es pes posas
osas não fo fosssem às v veezes
vendid
ndidas as so b coe coer r ção,
ção, mas qu quee, se ela lass clara arament
mentee r e pudi pudiaavam a tr ansaç saçãão, a
venda nã não e er
r a con
onssidideer ada válid idaa de a acocordrdoo co com m a tr adi dição
ção e a a s
san
ançção dos co coss-
tumes.
tum es. A v viisão alternati
lternativa va - da ve vend ndaa da es p posa
osa corn rnoo uma comp ompr r a de gado
contra a vont vo ntaade da mulher mulher - apr esent ntaa difi ficculdades muito muito sé séri
rias
as.. P~Ji Jissteria
signifi
ignifica caddo in infr
fr ação da lei em v vááririoos p
poont
ntoos, e mui muitto pr ovavelm
ovavelmeente ca b beer ia
ia ur na
na
ação por estupr o. Al Alggumas es p posa
osass podia iam m ser dema massiad adoo ignorant rantees par a
r ecorr er er à le lei, sem
sem par ente ntess q ue vies esssem em s suua d deefe
fessa. Por ém, ém, me messmo no sécu- sécu-
lo X V IIIIII, os a alldeões sa bi biaam o caminh minhoo par a b baater à por ta d ta doo m maagi
gisstr ado, do p pááro
ro--
co o ouu do do f unc
uncionári rioo da par óqui quia, a, e f oge a a to
todda pr o babilidad
babilidadee que ne nenhum caso
dess
de sses
es jam jamaais ti tivvesse ocor
ocor r
rido
i do. Se al alggum dess desses caso soss tivess ssee chegegado
ado aos tr i- i-
bunaais, o
bun oss ju
juize
izess - em qu quaalquer é p poca
oca depdepoois de 1815 15 - - teri riaam a plicad
plicadoo uma
puuni
p nição
ção ex exem p pllar e c coom o máxmáxim imoo de de p puu bli
bliccidad adee, pois a o o p
piini
niãão edu duccada pa pas-
s-
sar a a a bomin
bominaar a pr átic icaa, e os juí
juízzes
es de
de pazpaz e os p pooliciai
ciaiss f reqüente
reqüentement ntee pr ocuocu-
r avam
avam inte inter vir par a evitá- á-Ia
Ia.. Ma Mass nenhum reg regiistr o de ação desse tip ipo,
o, por
inici
ciati
ativa va da es p es pos
osaa, ou p poor pa
p artrtee de s seu
euss p paarente
rentess ou am amiigo gos,
s, ve
veiio à lu luzz.
C om o o co
connsenti
sentim ment o da es possa. Ess
es po ssaa é a c a caate
tego
gor r ia
ia me
menosnos satiatissf atóri
atóriaa. A
evidêdênncia é d deer ivada
ivada de a de allguma
uma referê
referênncia expl xplíícita ao c coonsentim
ntimeentntoo na f ont ntee,
(v) The pint
(v) The pint wawass order 'd, barg rgaain stru
ruck
ck ,/ And nothi
nothinng back r etu etum'd foforr luck .lTh
Thee par ties of
a h
haalter thought ht,,/ But this
this they foun
foundd wowouuld cosostt a g
gr
r oat.!/ ThThee hal
haltter scheme was ininstant los
ostt,/ A
Ass
bein
be ingg twice what Hann nnaah cos
costt,l For ththat sa
sam me r eason
eason nei neith
theer would/ Pa Payy fo
fouurpe
rpennce that s
she
he mi
mighghtt
bee to
b toll
ll''d.
( V I ) She f oll
llow
ow''d, but i inn a
annguish cririeed,l O tha
hatt t thhe knot
knot c coould be untied
ed..
ou entã ntãoo a alguma ex pr ex pr ess ssão
ão como: a es p posa
osa partiu com o co comprador
mprador "e "emm
gra
rand ndee j júb
úbil iloo", parecia "mui uitto f eliz",z", " "muit
muitoo sa sati tissfei
feitta", ou ou "a "annsio iossa". In Incclu
luem-
em-
se alalgununss o ouutr os ca
os cassos, em em q ue a ass in
inddicações do conse onsentimntimentoento são tsão tão ão fort
forteses qu
quee
não per mit mitem nenhum humaa outr a in infefer r ência: como, po porr exemploemplo,, quandoquando o
primeeir o cas
prim asam ameento er er a a p peenas pelo dire ireititoo con onssuetudintudinár ário
io e q uand ndoo a ve vendndaa
er a seseguid
guidaa imedia mediattamente por u por um s seg
egund undoo ca cassameament ntoo na i igrej
grejaa ou no cart cartóóririo,
o,
ou naqu queeles es casos
casos em qu quee o marido logo se se arrepend
arrependia ia da venda,
venda, tent ntava
ava f azer
azer
com qu
com quee a es es po
possa vo volltass ssee papar r a ele, mas ela ela r ecu
ecusava.
S em
em in f or maç açõeões.s. NesNessses casos, as fo fontntes
es não dão nenhu nhuma ma informação
informação
q uant ntoo ao consconsen entitime
ment ntoo da es es po
possa. Ma Mass a l leeitur a fo foii ri
riggoro
orossa. Em vá vári rios
os c caasos,
ser
se r ia
ia pos osssíve
ívell inf eri rirr o con
conse senntimenmentto da es posa a par par tir de
de evi
evidências ci circ
rcun
uns-
s-
tanciaiis: as
tancia asssimim,, qu quaando to todos os t tr r ês
ês inter ess essados percor
percor rem rem vá vár r ias
ias milha
milhass para
ir de
de um umaa vil ilaa a u umama cid idade
ade--merc
mercaado; q uan uando a es po possa assin inaa o doc docuume ment ntoo da
venda da;; ququaando a es po posa sa é vendi
vendida a um inquil quiliino ou vizinh inhoo; casos os em em que que o
marido
ma rido vende (ou dá) os seu euss an aniima
maiis ou ferrame ferrament ntasas de tr a b baalho junt
juntoo com a
mulher (s (sug
ugeeri rinndo co com m isso qu quee es está tá tr ansfer indo indo ao no novovo casa
casall o s seeu meio de
vid
idaa); casos
casos em que qu e o m maar ido
ido manif
manif esta esta ciúm iúmee ag agud udo,o, ouou e emm q ue dá m dá moostrastrass de
genner osid
ge osidade ade inu inussitada pa par a com o n noovo ca cassal; ou um pu punnhado de cas casos r egis is--
tr ados
ados por hi histor iadores loca ocaiis, q ue aind indaa ac acr r esc
sceentntaam q ue o seg o segun undodo casam
casamen en--
to f oi f eliz e durado radouro uro.. Ad Adm mito pessoalmen mentte qu que, e, em muito uitoss de dess
sseses ca casososs, a
es p
poosa par tic icii pou
pou ati tiva
vam ment ntee da tr oca, oca, ma mas, como a evid evidên ênccia é t têênue ue,, reressisti à
tenntação de r etir á-I
te -Ios
os da
da pr esent
esentee class assifi ifica
caçção.
ivór cio arr anjado. Ess
Divór
D ssee pequ queno eno gru gru po inclu luii q uatr
uatr o ca cassos em em q q ue
ue a ese s-
posa foi vendid didaa par a se seuus par ent ntes
es - par a o irmã irmão, par a a mãe, e ( (do
doiis ca cassos)
paar a o cunh
p unhado ado.. O q ue isso sso indi
indicca é q ue a vend ndaa t taal vez
vez nã nãoo fosse ape apenas um umaa tr o-o-
ca entr e ma mar r idos; po poder
der ia ser igualment ntee um artifício pelo q ual a e ess p
poosa con on--
seg
eguuia anular o c casa
asam mento exi exisstetent
nte,e, ou "se ver liv ivr r e de seu eu casa
casame mennto ao ser
com
co m p pr
r ada"
ada".. Marido e mulh e mulheer sen entitiaam-
m-se se ent
então li livre
vress para ad adotar um n novo
ovo cô côn-
juge
ju ge.. Se o marido es estatavva torna rnanndo a vid idaa int
intooler áve ável para a mulh mulheer , el elaa podia
connco
co cor r dar
dar com a
com a ve venda
nda e e fa
faze
zer r se
seus próp
próprio rioss arran
arran j jos os par a a "com p pr
r a" 6ó Em pe-
lo men
menos um dess dessees caso
casos, s, ela é i inndica cadda como sua pró pró pr
pr ia cocom m prad
pradoor a, e v vere
ere--
moss como
mo como i iss ssoo foi
foi po
posssísívvel, exami aminnand ndoo um notó notór io casoem Pl Plymouth ( p. 25 253)
3)..
Também
Ta mbém parece parece q ue o com pra praddor (no leil leilãoão pú b blilico)
co) nãonão prec
preciisa sava
va ser o o hohomem
mem
com q uem a es p poosa es p peer ava
a va vi viver , poi oiss a v veenda pod odiia se ser r ef etuauadada pa parara um
"age
agent ntee" qu quee atua uavva em nome do home homem m (ou at atéé dada pr
pr ópr
ópr iaia es po possa)· ? Fin inaal-
ment
me ntee, e
ess
ssee grupo
grupo in inccluluii dois c caso
asoss em que que s somo
omoss simpl mplees,men,mentte in info
formrmaados de
q ue a venvenda da fo
foii real
realiizad adaa por um " um "ar ar r
ra n jo pr évi évio". E, em tr ês cas casoos, a es es po
possa f oi
vendid
ve ndidaa por func funcio ionnári rios
os da ass assistê tência
ncia ao aoss p
pobre
obress. 6K
Nuum dess
N de ssees ca cassos, rev revelado no Second
no Second annu nnual al r eport
eport of
of t
t hepoor
h epoor law com com-
miss
mi ioner s (183
ssioner 8366), vê-se q ue as in insstit itui
uiçõe
çõess ofi ficciaiaiis (o asilo, os fi os fiscscaiaiss dos po-
br es,
es, o co connse selh lhoo pa par r oqui
quiaal, a igre j ja) a) coexisexisti tiaam co com m ritos
ritos n nãão oficoficiaiiaiss. Em 1814, 1814,
Henr y Cook , um me mendi ndigo go com om r r esid
idêência em Eff Eff ing
ingham, Surr ey, ey, f oi " "detido
detido pe- pe-
los
os fun
funccionár ios da da pa par r óquia de de Slinf or d, d, Sussex, por se s er o p paai do f ilho ilho il ilegí
egítti-
mo"o" d dee um
umaa mulh mulheer de Slin Slinfo fordrd.. "De aco cordrdoo com om o o anti
antiggo s siistema, f oi r eali ealizazaddo
um cas casam ameent ntoo fo forçrçaado", ma mass é é po
posssíve vell inf erir que que o co casa
asall não v viiveu
veu jun junto to,, pois'
seiis meses mai
se maiss tar de a sr a. Cook e o filh o filhoo estava avam m no asil iloo par a pob obr r es
e s de
Ef fing
fingham. O ch cheefe do d o asil
asilo,o, q ue contr
contr atava aadm aadmiini nisstração da cas casaa p poor umauma so-
ma anu
anuaal fixa,fi xa, reclam reclamoou da d dees p
peesa do doss r ecém-
ecém-cchegados. Por Por isso isso,, os f isc scaais d
dos
os
poo br es lh
p lhee di disse
ssera ram m par a leva evar r a sra.
ra. Cook (com (com o co connsesentiment
ntimentoo de Hen Henry ry
Cook
Coo k ) a Cr oyd oydon, onde nde e ella f oioi de
d evidam ameent ntee vendida no no m mer er cado,
cado, pr esa p esa poor uma uma
cord
co rda,a, a John Earl rl,, d
daa par óqui quiaa de Dork ing, Surr ey. ey. Nã
Nãoo é in info
for r madadoo se Earl rl e
er
r a
o am
amant ntee da sr s r a. C
a. Coo ook k ou
o u nã não,o, nem
nem co com mo e po por que e
que elle entrou na na hi
hisstóri
tóriaa. Tudo
o qu
quee sa b
sa beemo moss é qu quee o xelim lim do do pa pagagam mento f oi pr oviden ovidencciado pelo pelo che hefe fe do a assi-
lo d
dee Ef fingfingham ham,, qu quee e evvident enteement
mentee es esttava mu muiito an anssio iososo por se ve verr li livvre des-
ses en encacar r gos.
gos. R edi diggiu-iu-se se um r ecib eciboo com um um se sello de ci cinnco xelin
xelinss, e o chef e do
asilo
as ilo fo foii uma das das tes estemunh
temunhaas do do doccumumeent ntoo. O novo casal casal r etom tomoou ent ntãão ao
asil
as iloo d
dee Ef
Ef f fing
i ngham para a noit noitee d dee núp
núpccia iass, ant nteses de s
de seer en enviadiadoo no dia seg
dia seguin uintte
paara Dor k
p king,
i ng, ond ndee (de p pois
ois da devida leitu itura ra das pr oclamas) passo assouu pela ceri- ceri-
môni niaa de cas casam ameent ntoo na igr e j jaa: "nessa ocas ocasião os f unc uncionári rioos da par óqui quiaa de
Ef fing
fingham Ihes Ihes pr ovidenovidenccia iara
ram m um umaa p peern
rnaa de de ca
carnrneeiro com como ceia de de casam
casamen-
to". Todas as d as dees p pesas
esas dess essasas tr ansaçõe açõess f oram r egis egistr adas na c coonta b bilidad
ilidadee da
paar óqui
p quiaa e "r egul egulaarm rmeent ntee apr ovad ovadas no co connse selh
lhoo paro aroqui
quiaal". A hi hisstótóri
riaa de
com
co meço inf eli lizz termin
erminoou da m mes esm ma maneir a, po poiis a a s
sr
r a. Ea
E arlrl (e
(ent ntão
ão com set etee ou
oit
itoo filh
filhoos) fo foii a
a b
baandndoonada por Earl Earl (qu quee "v "verierif
f icara
cara"" qu quee o seu c caasa
sament
mentoo "não
er a válid
válido" o",, pres presumiumivvelm elmeent ntee porqu rquee a sr a. a. Cook-Earl
Cook-Earl fo for
r a fo
for r çad
çada p poor es
esses au au-
gustos co conns pir ador es - os os fi
fisscais, o ch chefe
efe d doo as asilo
ilo e e o o co
connselh lhoo par oqui quiaal- a
vive
ver r em biga igami miaa) e le levvada de vo volt ltaa a Ef
Ef f fi ngham par a f icar icar à mer cê cê dos fun-
dos fun-
cionário rioss da ass a ssiistência aos p poo br es.
es.
Não se se p poode r ealmealmeent ntee de pr eend eendeer nada a r es pe peititoo da intimidade
intimidade dess ssee ca
ca--
so. A p
A paatern rniidad dadee do prim primeeir o fi filh
lhoo atr i buída
buída a Co Coook era era fal
falsa? Ea Earlrl e
er r a amant
mantee
da s
da sr
r a.
a. Cook
Cook ? A A ún úniica co coiisa ce cer r ta
ta é q ue a h his
isttóri riaa coconju
njuga gall dos
dos tr tr ês fo
foii muito
muito in-
fluencia
flu enciadda por funcio funcionári rioos pr eocup
eocupaados com com qu ques esttõe
õess financ
financeir as; as; e qu que,e, em
1814-5
14-5,, a l leg egit itim
imid idade
ade da v veendndaa ri rittual das es es posa
posass co cont ntiinuav
uavaa inques
inquesttio ionnávevell
nas p paar óquiquiaas de Ef E f f
f ingha
ingham e D Door kin
king.
E s posa vend ida ida ao amant e. Não se in se inccluiu nenhum nenhum ca casso nesse gr upo upo, a não
ser
r q q ue
ue houvesse um umaa al alegação
egação ex ex pl
plícit
ícitaa a e essse r es es p
peieitto na fo fontntee. Seri riaa ce
certrtaa-
mentente possíve
possívell acr escent escentaar muitos muitos ourr os ca casos t tiira raddos da dass c caategegooririaas de "c "com o
connsent
co ntiimento nto"" e " "se
sem m in infoform
rmaçõeaçõess". Ess ssaa pr ática po podde s seer co
confir mada po porr uma
uma
eviidê
ev dênncia lite iter r ári
riaa. Um dos r elat elatos mai mais co com p plletos do co coststum
umee é do gener gener al-de-
divisão P
divisão Piilllleet, q ue v viia j joou pe pella InI ngla
glatter r r a como p pririssioneir o de gu guer ra ra (s(soo b
b pa
pallavr a
de honr a) du durarant
ntee as Gu Gueerr as Na po polleô
eôniniccas. O seu ca pítul pítuloo so b br
r e o assunt
assuntoo é i inn-
titul
tulaado "Divó vór r cios entr e os ple b beeus", e n noo seseuu r elato a v veenda se sempr
mpr e co conta
ntava va com
o coconnse senti
ntimment ntoo da mulh ulheer , oco ocorrerrenndo em ge ger r al de p poois de sua "má co condut
nduta".a". O
compr
co mpr ador dev eviia ser soltesolteir ir o, e "gera
"geralm lmeentntee é o amante da mer cad adoor iaia vend endiida,
send
se ndoo bem f amil iliar
iar izado co com m ela. Ela só é l leva evadda ao me mer r cad
cado por uma qu queestão de
f orm
rmaalidade". e".6969 De q ualq uer modo, a ve vendndaa só ocor ocor r ri a - como o b bsser vou um
f olclori
lorissta de Dev Devoon - "q uand ndoo o m matrim
atrimôônio enf r re nt
ntaava uma cri risse"7(1
Como se dava avam m essa ssass cri risses ... Ne Nesste pont ntoo, dev eveemos aba aband ndoonanar r toda e
q ualqulqueer busc scaa pelo típico
típico.. Não encont ontrereii nenhu nhum m caso em que que a evi evidên
dênccia per -
mita r econ econstr uir uir uma hi hisstóri riaa conju njugagall detalh lhaada. Ma Mass há dois casos casos em q ue, por
r azõe
azões ac aciident ntaais, algu gummas inf orm rmaç ações
ões so br evi evivever r am. No pri rim meiro ro,, havia uma
diss puta de resid
di residêência entr e as par óquia quiass de S p pax
axtton e St Stoogumb mbeer em Somer set.
Em 1745, qu quaandndoo tinha
tinha q uin inze
ze ano nos,
s, Wil
Willi liaam Baco aconn o b btitive
ver r a a r esi esidê
dênncia em
Stogumbgumbeer ao se em pr egar por um ano de se ser r viço
ço.. Três an anos mais tard rdee (]748),
ele foi "deti tiddo" co comomo o p paai de uma crian riançça bast stard
ardaa de qu quee Mary Gadd dd,, da mes-
ma pa par r óqui
quiaa, es esttav
avaa en enttão gr ávid ávidaa. O casal casal f oi f or çad çado a se casar , emb mboor a
Wil illiliaam Bacon tenh nhaa declarad radoo ma maiis tar de q ue só sou soube de se seuu casa asam ment
entoo pelos
comen
menttári rioos, pois f oi "c "car
ar r
regad
e gado par a a i igr gr e j jaa de Stog ogumb
umbeer pelos funci funcionár ios
da par par óququiia", e "c "coomo estava mu muiito bê bado bado,, não sa b bee se r ealmente se casou ou
não". O c caasa
sall nun uncca vive veuu junto junto: Willia
William deixo ixouu Ma Mar r y em Sto Stoggum b beer e enco conn-
tr ou tr a b baalh
lhoo em Bridg Bridgewa watter , a algumas milh lhaas de distância. Ma Mar r y deu à lu luzz a
f ilha,
ilha, Bet ettty, em dez dezeembr o de 1748 (na ausê sênncia de Willi illiam
am)); vá vári rios
os anos mai aiss
tar de,
de, ela es esttava mo morand
randoo co com m R o be bert
rt Jones, co com m q uem teve ma maiis dez fi fillhos en-
tre 1757 e 177 7755. Nos an anosos.. qu quee se se seguiramiram,, Willi liaam viveu viveu com out utr
r a mul ulhher,
com qu quemem teve vár vár ios
ios f ilh lhos.
os.
Tudoo isso se pa
Tud se passsasar
r a sem nenhu nhum m ri rittual de ve vennda de es es p
poosa até 1784 84,, q uan-
do ta tannto Will illiam
iam como Mary já deviam es esttar na fa faiixa dos cin inq
q üent ntaa anos. Então
os f uncio
uncionári áriosos da ass assiistência ao aoss pob
pobr r es
es de Stog oguum ber int nteer vier am mais uma
vez nos se seuus assassunt
untoos co conn j juuga gaiis (o (ouu exexttr aconju
aconjuggais). Willi illiaam Baco conn melho hor
r ar a
um pouco a sua po possiçã
çãoo socia ociall, torn rnaandodo--se o ar r re nd
ndat atáár io de un unss mo moiinhnhoos de
cer eai aiss na par óq uia uia de Sp Spaxto
axtonn, a d deezes
zessseis guin inééus por ano. Ass ssiim Spa Spaxxton se
tomou a s suua par óq uia uia de resid residêência. Enqu nquaant ntoo iss sso,
o, pa par r ece
ece q ue Mary e se seus qu qua-a-
tro filh
tro filhoos menores se tor nar iam mendi diggos no f utur o, o, e u umm dos f ilhos - a j jove ovem m
Mar y - estava "gr ávi ávida de um umaa cri riaança". Ela tinha tinha cer ca ca de vin intte ano noss, e a su s ua
graravvidideez fo foii a r azão
azão da ord rdeem de re remmoção solicit itad
adaa pelos fu funncionár ios ios da
paróqui
paró quiaa de St Stog
ogumber
umber , " p paar a não de deiixar q ue ela tiv ivesessese o f ilho na p paar óqui
quiaa, po poiis
ser
se r ia um bas basttar do"
do". No di diaa 18 d dee de
dezezemm b br
r o de 178 7844, Wi Will lliiam Bacon f oi arr asta-
do pa para ra Stog
Stoguum b beer e in inteter
r r
rogad
o gado qu quaantntoo à s suua re ressidênci nciaa per ant ntee do doiis mag agiistr a-
a-
doss. A or dem
do dem de rem remoção for a r edig digididaa, não a p peenas par a a jo jove
vem m Ma Mar r y, mas
tam
ta mbém para a m a mããe e os tr ês ir mãos ãos,, emb mboor a nenhu hum m deles foss fossee então um ônu nuss
par a a par óq óq uiaia.. O d despo
espoti tismo
smo admi adminis nistr tr ati
tivo
vo das l
das leis eis de assi assistên
stênccia aos aos pobre
pobress
estava
est ava pr pr est
estes a cair scair sob obrere as du duaas farr ulias.ulias. Mary (a (a m
mããe) e se seuus quatro filhos filhos
menenoor eses ser
ser iam se parad parados os de R o b beert Jones (o pai ai d
dasas crian
criançças) e m manandado
dadoss par a
Spaxxton, ond
Spa ndee d deveveri
eriaam ser su susten enttado
adoss pelo mol moleeir o e sua fa famí
míli
liaa - e tu tuddo i issso
de p
poois dede trint
trintaa e sei s eiss anos! Dois dia diass m maais t tar
ar de
de (20 de dez dezembr o), o), William Ba-
con veio à pr aça aça do merc mercado ado de Stogumbe gumber r par a vender Mary Mary e as cri riaançaças;
s;
pediu
pe diu cincincoo x xeelin
linss por ele
eles (i (issto
to é,
é, um
um xe xelim
lim por
por ca beça
ca beça)), eRober t Jone Joness "aceitou
pagar esse pre
esse preço" ço".. Iss ssoo aconteceu no mesmo mesmo dia dia em que que foi exe executad
cutadaa a o ord
rdeem
de remo
remoçção - para expul xpulssar todos todos os cinco par a S p pax
axton
ton,, e a venda f oi usa sada
da
pela
pe lass duas f arruliarruliass como um artifíc artifício para des desafiar a remoção.
remoção.""
Esse cas asoo não é r e pr esent esentaativo de cois coisa algu lgum ma, a nã nãoo se serr da enorme
mesesquinh
quinhez ez do doss f uncioná
uncionári rios
os qu quee aplica
aplicavam vam a Le Leii dos os Pobre
Pobress. Ne Nem m William,
William,
nem Ma Mary parec receem te ter
r sentido
sentido nece necesssidade de um ritua ritual de de " "di
divvórc
órciio" at atéé o mo-
mento e
mento emm ququee o oss f iscai
caiss tent ntaaram des desfa fazezerr os seu seus lare
laress reai
reais (se n
(se nãão legais). (Se-
riaa a venda de es
ri es po
possas uma inov inovaç açãão ba basstante recenterecente em Somer set? t?)) Outro
Outro c cas
asoo
ocorr eu em Plym Plymouth em 1822 22,, tendo
tendo atraído atenção inus inusitada dev devido à rique riqueza za
e st
statu
tuss dodoss intere
interesssad sadosos.. A e esse
sse ca caso, somo somoss capa capazes zes de
de acr
acr escen
centtar alguns
alguns de de--
talhess, a r es
talhe es peit
peitoo dos quais quais o ma marido e a e a mulher
mulher concord oncordaar am - ou não se c con-
on-
tradisse
tradi sseramram.. Co Corr rreu
eu o an anúnúnccio de que uma bela e jo jovevemm dama ma,, qu quee log ogoo
r eceberi
ceberiaa uma herança herança de se seiiscentas libras libras, desfidesfilarilariaa pela cidade
cidade mont ntaada em
seu próprio cav cavalo alo,, para se serr vendida no mercado de gado. gado. Ela chegou ~ontua ~ontual-
mente, acomp compaanhad nhadaa pelo palaf palaf r r eneir o da da ta
tavverna Lo Lord Exmo Exmouth uth,, f oi rece
rece bida
pelo marid
maridoo, e o leilão já at atiingir a a som omaa de três três libr as as (um lance lance do pala laf
f rene
reneir o)
quanddo os p
quan poolicia
ciais is int
inteer vieram
ieram,, e marido e mulher f oram oram le leva
vado
doss à pr esença
esença do
pr ef eito na se sede da pre prefefeitura
itura..
Inter
Inte r roga
rogado, b marido dec declar larou
ou qu quee não pen pensava qu quee hou
houvesse
vesse "al alggum
dano"" em v
dano vender
ender a mulher . Ele e a es pos posa não viviam iam j junto
untoss há bas basttanantete tempo mpo;;
foram
fo ram casa
casado doss durante dois dois a ano
noss e meio, e ela lhe lhe d deeu um um fi filh
lhoo tr ês m
ês mes esees dep depoois
do casa
do casam mento nto,, um umaa crianç
criançaa sobr e a q ual ual (a inocência aqui sug ugeerid
ridaa é surpr een-
dente)
dent e) "at atéé o na
nasscimcimen ento
to ele nada sabi abia" a".. O bebê mor mor reureu pouc
pouco depois
depois - "Ele
arrumou um ca caixão pa parara o beb
bebêê, pagou as des des pesa
pesass do funeral,
funeral, e afa afasstou-o tr an-
q üilame
üilamente de de seu
seu c cam
amiinho
nho,, sem sem jam jamaais ce cennsur ar a es posa por su sua conduta
conduta;; ma mass
tudo
tu do iss ssoo fo foii em vão. Ela lo logo o a b baandndoonou [.. .]" - e f oi vive ver
r co
com m outro
homem,, de
homem de q
q uem
uem des desdde ent ntãão tive ver r a um f ilh i lho e estava es perando outr o. A A v veend
ndaa
f ora arr anjad
njadaa a pedido da mulhe mulher: ela ela di disse
sser r a que alg alguém esta estava
va di diss p
pos
ostto adar
vin
inte
te libr asas por el e la - tr ês libra
ês librass na hor a da compr c ompr a e dezess dezessete ete libras
libras no Nat Nataal.
Ele anunnuncciar a a venda venda em M Modb odbuur y em três dia dias di difere
ferente
ntess de mer cad cado, e v vie
iera
ra
até PlPlyymouth a pedid edidoo da esposa
esposa.. A mulher confirmou o s seu
eu r elat
lato,
o, acre ressce
cen-
n-
tando que,que, como não sa bi biaa ao c cer
er to se o amante amante cum um pri
prir r ia
ia a p pro
romemessassa de com-
pr
p r á-Ia no leilã ilão,
o, cont ntra
ratar
tar a o cavalariço da da Lord
Lord Exmou Exmoutth par a libe iber r tá-I
t á-Iaa do
cas
asamameent ntoo, co comp
mpra rand
ndoo-a co comm o s seeu pr ó p prio
rio dinhe
dinheir o, desde qu quee o p preço
reço não ul-
tr a p
paassa
ssassse vin intte li br
br as.
as. Amb mboos admitiam a leg egititiimid
midaade do r itual tual.. O marido
disse qu quee "muitas pe pesssoa
soass do campcampoo lhe disseram q ue ue pode
oderi riaa vend ndeer a mulh
mulheer ",
e a e ess p
posa
osa acr escento
escentouu q ue "vár ias pe pess
ssooas lh lhee tinha
tinham info form
rmaado q ue tal coisa
poddia se
po ser
r r eali
ealizazadda, por vend ndaa pú blica na pr aça aça num dia de mer cado ado"". " Não
havia nada de esc scuuso na ve venda
nda",", declar ou o mar ido. o.""
O ca
casso é bem at atíí pico
pico.. O voca bul buláár io do r itu itual de venda podi diaa se
serr tor cido
par
pa r a muitos
muitos fin fins.
s. Mas o ca casso ilu
ilusstra clara aramment
ntee esse vo vocca b
bul
uláár io,
io, bem co como o
a p
pooio po pul pulaar à leg egitimi
itimiddade da pr áti ca.. É um ex
tica exeem p plo
lo int nteere
resssan
antte da desa esass
sso-
o-
ciaç
açãoão de cultur as as co coeexixisstent
ntees, o qu quee permiti
rmitiaa q ue muitamuitas pess ssooas ti tive
vesssseem
acess ssoo a algum umasas das f orm rmaas e sançõe õess da lei e da Igrej rejaa, mas qu quee ainda as asssim
a pr ovass ssem
em costume tumess qu quee as ignor avam avam de vez em q uando. uando. "Que De Deus a b beençoe
Vossa Exc xceelência", di dissse um hom omeem de Wes estt Coun unttr y ao re revv. Barin
ringg-G-Goould
uld,, "o'
senh
se nhoor pode per guntar a qu quaalqu
lqueer um se isto nã nãoo é um ca casasammento, bom, sólido e
cr istão, e to todo
doss lhlhee dirão
dirão q ue é."7J
Há alguma ev evid
idêência qu
quaantntoo a ve
venndas dess essee tip
tipoo qu
quaando um mar ido há
muito tempo au ausente (ou su p pos
osttamente mor to) volta oltavva do ma mar ou da dass guerr as as
paar a encontr ar a es p
p posa
osa co
com um novo mari riddo e nova f amíli liaa.?' As Guer r ra s
Naa p
N pooleô
eôninica
cass, q uand
ndoo multi
ultiddõe
õess fo
for
r am er rad
radicadas da dass p
par
ar óq uia
uias, ter iam
iam mul ul--
ti pli
plica
caddo esesssas ocasiõ iões.
es. Muitas es p poosas, co
com mo Mar gar gar et em "The ru ruiined
cott
co ttaage" [A choup upaana devas
vasttada] de Word rdsswo
wor r th, ter iam
am s sid
idoo ab
abaandodonnadas sem
notícias as--
Ela não t ivera
Ela
Not t ícias
No ícias de seseu marido; se vivi
vivia ,
Ela n
Ela nã
ã o sab
abiia que vivi
vivia; se
se mo
morre rrer
r a,
a,
Ela n
Ela não
ão s
sab
abiia que mo
morr era.
era. v , , , "
Mas esses caso casos são ape apenas um umaa p peeq uena min minoor ia dentro de de noss ssoo co conjunt
njuntoo. A
maior ia ia da dass vendandass de de es
es p
poosa não ão f
f oi c
caausada por por guerr
guerr as.
as.
O pr inci
inci pa
pal moti tivo
vo er a o co colala p
psso dos casa casam ment ntos
os,, sendndoo a vend
vendaa um um a arti
rtif
f í-
cio q ue torn rnaava poss ssííve
vell o di divór cio púb úbllico e um nov ovoo ca
cassamento pela tr oca de oca de
uma es poes possa (e (e n
não ão d dee qu
quaalq uer mul ulhher ) entr e dois homen menss. Para ra qu
quee esse
esse ar ar tif í-
í-
cio f osse
o sse ef ef icaz, eram ne necessássári
rias
as certas
certas co condndiçiçõe
õess: o d deeclíni
línioo da vigil ilâância
punitiva
puniti va da I Iggr e j jaa e seus
seus tribun
tribunaais so br e a c coondut utaa sexuexuaal; o c coonse sent
ntiiment ntoo da
com
co munid nidaade e um umaa cert rtaa aututono
onom mia da cultu ultur r a plebebéia
éia em r elação à c cul
ultta; umumaa
autor idaidade civil dis distanciad
nciadaa, desatenta ou t tooler ant ntee. Essas co c ondi
ndições
ções exi exist stiiam na
Inglater r r a dur ant ntee gr ande nde parte
parte d doo sécu
sécullo X V I I I, quando
quando o r itua itual deitou r aíze zess e se
torn
rnoou um umaa pr átic ticaa estab
estabeelec ecid
idaa.
Nãão é pr eciso explic
N explicar ar que
que casa samment ntos
os entram em c em cririsse e qu
quee algum umaa fo for-r-
ma de d diivó
vórcio
rcio é um umaa co connve
venniênciacia.. Nessa é po pocca, não hav aviia didivó
vór r cio poss ossíívevell
paar a o pov
p ovoo i innglês ou g gaalês
ês.. A al
alter nati tiva
va talvez fo fosssseem as tr ocaocas in info
for r mai
mais e a ass
coabi
co abittações. Na pr ática, a ausência de for for malid idaade
dess tinha
tinha e emm ge
ger r al f avor
avor eciecido o
paar ceir
p ceir o masc asculino
ulino,, qu quee - co commo mos osttr am os r egis gistro
tross das le leiis de assiassistência
aoss po b
ao br r es
es e dasas s ses
essõe
sõess tr ime
imestr ais dos tribun tribunai aiss - encontra
encontrava va mais f acili aciliddade
em a a b
baand
ndoonar a mulhe mulherr e os os f ilh
lhos
os do qu quee ela e em m a bandon
bandonáá-I -Ios
os.. O h hom
omeem p poodia
leva
evar r con
consigo um ofí fíci
cioo; uma ma vez
vez escon
escondido na c cid
idaade, a sa sallvo dos f isc scaais dos
poo br es, ele podi
p diaa se esta b beelece
cer r co
com m um umaa nova par ceira pe pelo dir eito co connsue ue--
tudinári rioo. A mulh
mulheer norma normalment ntee saía d
saía dee u umm ca cassamento im p possíve
ossívell ou v viiolen-
to p
paar a a casa d doos pa paiis ou par ent ntes
es - a não ão s seer
r q
q ue j jáá ti
tives
vessse encont ntrado
rado um nov novoo
amant ntee.
(V i l) She
hadd lea
ha learne dl No tidin
rned ings
gs of her hu
hus ba
bannd; if he
h e li
livved,l She k new nO
nOlllhm he live
vedd; if
he we
wer
r e dead,/ She k new no[
no[ h
hee was d
was dead.
ead.
Entr e os os h hisisttor iadadoor es
es qu quee escr
escr everam
everam há cinqü cinqüeent ntaa ano nos,s, havi
aviaa su suges
gestõtões
es
de qu
quee um umaa grande part artee do doss traba
rabalh lhaadores do sécul séculoo XVIlI vivia num numaa pr omi mis- s-
cuidad
dadee anim nimaal sem sem n nor
ormamass e fo formal
rmaliidades, e emb emboor a ess ssaa acacuusação
sação tenh tenhaa sid idoo
bas
b asttantntee r evi
evista, a, d
deelala a
aind
indaa re resta
stam m algun unss ecos. Por P or veze
vezess a vend endaa da es p es posa
osa tem
sid
idoo a p pr
r esent
esentada ada com como um exem e xem pl ploo dedessssaa br uta
utalid
lidad
adee. Mas, cla claro,
ro, iss ssoo é exata-
exata-
ment ntee o q ue ela não é. Se o comp compoor tam ameent ntoo se sexu
xuaal e a ass norm rmaas conju njugais
gais nã nãoo
fossem
fosse m es estrutur
trutur adas,
adas, qu quaal teri riaa sido a necess
necessid idaade de desse
sse ritritoo públ
público ico tão es pa-
es pa-
lhafatoso?
lhafat oso? A ve venda
nda da da es es p
posa
osa foi foi ininve
ventntaada num numaa cu culltur a plebé
plebéia, qu quee er a às
vezzes
ve es c cré
rédul
dulaa ou sup supeer sti ticciosa, mas qu quee tinh
tinhaa em alta lta co
contntaa os r ituaituais e as a s f or-
malidades.
malid ades.
Já o b
o bse
ser r vam
vamos os b baaluluaart
rtees desse ti po po de c cultur
ultur a - aquel quelas as comunid
comunidaades es,,
às vezes des escrit
critasas com
como pr ato-industri -industriaais, densam ameent ntee un uniidadass por laç açoos de p paa-
rente
re ntesc scoo e ativid
atividaade econ econômi mica ca:: os mi mineneir ir os
os de carvão, os cut cuteeleiros, os fa bri- fa bri-
cant
ntees de de malh
malhaa, os fa b fa br r ica
cantntees de meias, os f erreir erreir os do Bl Black
ack Countr
Countr y, os
tece
ecellõeões, s, os qu quee atu tuavam
avam nos mer mer cad adoos e nos tra tranns po
portrtees. Não im p poor ta
ta se os
casam
casa mentos na igr e ja ou per ant ntee o dir eit itoo cononssuet etud
udiinário fo fosssem pr eferido eferidoss
nes
estta ou na naququeela co comun
munida idadede,,'o ne nemm se se a ass taxas d
taxas dee f ilhos
ilhos ba basstard
ardoos e co connce p pção
ção
pré-nup
pré -nupccial esti tive
vesssem em el elevação
evação.. Ess sses
es índndicicees não ão n noos d diize
zem m tud udoo o q ue po-
demos q uer er saber saber so br e as as n norma
ormas, s, as ex p
ex pececttatitivas,
vas, as as r ecipr
ecipr ocid
ocidaade dess con j juu-
gaiis e os pap
ga papééis do ca cassal, qu quaando co compr
mpr ometido co com m um la lar e filh
filhos
os.. O
cassament
ca ntoo (f or mal ou pe pelo di direreititoo co
connsuetudin tudináár io)
io) implica
implica coa oações
ções do doss p
paar en-
tes,
te s, dos vizinh inhoos, dos colega egass de de trab
trabaalh lhoo; envo voll ve
ve muit
muitos os outro tross intinteer ess
sseses
emo
moccionais alé lémm dos sent ntiimen enttos das du duas as pessoas pr imari mariaament ntee compr o- o-
metid
met idas.
as. Quand
Quandoo co connsi siddera
erarm rmoos a rou rough gh mus ic, ve
music, ver r emos q ue a ass ex p
pececttativivas
as da
comun
co muniidade penetr avam avam no l laar da da f amília,
amília, ori rieentatanndo e às às v veezes r estrin
estringin ginddo a
condut
co ndutaa conju njugal
gal.. Os olh olhos os vigil ilaant
ntes
es dos
dos p paren
arenttes e dos vizinh vizinhos os toma mavvam im-
pr
pr ovável
ovável q ue os delit litos
os con j juugai gaiss pass ssaasssseem de dess p
per
er cebid
cebidos os na comu munida
nidadde
mais am pl plaa. As dis put putaas conju njugai
gaiss er am am fr eqü qüeente tement
mentee lev evadadaas pa parara f or a de
casa e r e pr esentesentaadas com como teat atroro de ru
de ruaa, com um um ape apello l looququaz az aos v viizinh
inhoos qu quee
atuuavam
at am c coomo uma audiência de de j jura
uraddos.
Não er e r a um
umaa cultu
c ultura ra purit
puritaana, e os met metodi disstas e os reformad
reformadoor es evangé gélili--
cos f icacavvam chocados com a l licenc icencio iossidadadde q ue lh lhee atri
atri bu
buíaíam m, e es es pecia
peciallmente
com a a lib
libeerdad
rdadee sex exual
ual do doss jo
jove
venns e sol solteteiiros
ros.. Ma
Mass há muit muitas as evid idêênci ciaas de q ue
o co
connsensenso so dedesssa sass co
comunmunida idade dess er a cap capaaz de de im po
por r cert
ce rtasas con
conve vennçõe õess e nor
nor mas,
mas,
além de defen defende derr a insti titui
tuiçção do pr ó pr io io casament
casamento, ou da un unid idad
adee fa fami
milliar
[househ
usehoold ].
].
Essa uninidade
dade er a não só domésti
doméstica como eco connôm
ômiic~. Na verdad
verdade, é im-
poss
po ssííve
vell indic
ndicar
ar onde as r elaçõe
açõess "eco
econnômic
icas
as"" te
term
rmiina
navvam e ondndee co
come
meççavam
as re
as rellações " p
peessoa
ssoaiis", po
poiis a
amb
mbaas estava
estavam im bric
bricaada
dass no mesmo cont
conteexto ge-
rall. Qua
ra Quanndo os n
os namo
amor r ado
ados se cortejavam
cortejavam, eles er
er am
am "meu
"meu amo
amor
r ", ma
mass q uand
andoo se
estabele
tabelecciam na nova va u unnidade f ami milliaiar
r , pa
passsasavvam a se ser r o "
o "ccompan
ompanhheir o" o" um do
outr o, o , uma pal palavra qu quee traz
traz em seu bojo, em doses doses iguais, o s seenti
ntim mento e a
f unção
unção dom domés ésttic
icaa ou pape papell ec ecoonômi mico co.. É er r r ado
ado sup upoor q ue, como os os h
hoomens e
as mulh
mulheer es e s tinh
tinhaam necessnecessid idaade de a p pooio ec ecoonôm ômic icoo mútuo,
mútuo, ou da a jud judaa dos
filh
fi lhosos no tr a b baalh
lhoo diár io da casa, isso sso nec
neceessariam ariameent ntee ex exccluía o a afefetto e gerava
um inst str
r umentalismo inse sennsívevell. "Os se senntiment entos os podem ser mai mais, s, e e nãoão m meenos,
terno
rnoss ou int i nteensos pe pello fa fatto d
dee asas r
r elaç
açõões ser em 'eco econnômi micas'cas' e c cr r uciais para a
sobrev
sob reviivêvênncia mútua. a."""
Nesssas comun
Ne comuniidades, era im p poss
ossív íveel mu mudar dar de de par ceir ceir o conju njugal-
gal- e p pas
as--
sarr par a um novo
sa ovo l laar na
na pr óxima
óxima rua rua ou no no p próróxximimoo vil ilaar e j joo - sem se serr motivo
de esescâ cândndaalo diár io e contínu contínuo. A se p paar ação
ação, es p pec
eciialment ntee se h hoouvesvessse fi filh
lhoos,
r asgava a r a r ede d dee par ent entescos e pe e per r turbav
turbavaa a v viizinha
inhannça tr a b baalhahador
dor a.'a.'2 Par eci ecia
ameaça
ame açar r os outr os os lalar
r es.
es. Mas
Mas o novo casa casal ta tallve
vezz n não
ão p puudesse ado dottar a saíd aídaa m maais
fácil,l, mi
fáci miggr and ndoo pa par r a a cidad
idadee mais pr óxima óxima e sua ua "a
"annoni nim mid idaade" mai maiss t tooler ant nte,e,
sim pl plesesmment ntee porq ue iss ssoo não er a f áci ácil. O of ício (fa (fa bri
bricação
cação de pr egos, manu nu--
fatur
fatu r a de m maalh lhas,
as, min ineração
eração de de ca
car r vão)
vão) po poddia ser ser loca
ocall, t taalvez não não h hoouvesse ne-
nhum
nhu m outr o empr egado gador r , nenhu hum ma out utr r a chohouu p paana par a alu luggar . Se ficasse
ficassem m na
sua pr ó pri priaa co com munida dadde, era era p pr
r eci
eciso enco conntrar al algum ritu rituaal q ue r econh econheece cessssee a
tr ansação ção..
Conco cordrdoo co com m o mai aiss cui uiddados osoo hi hisstor iador do ca casasamen
mentto popul ulaar
br itânico - John Gilli Gilliss - qu quee a venda
venda da es es po
possa er a vigo gor r osa
sament
mentee à p pooiada
nessas
ne ssas c coomunid nidaade dess ple b bééias ou pr oto-in inddus ustri
triaais; q ue em em ge ger r al não er a um um cos cos--
tume camp campoonês, e qu quee "o pr pr ó p
pr
r io
io r ito
ito não se d se des esti
tinnava a l liidar co c om ca cassamento
amentoss
em q ue houvess vessee pr opriopried edaades e bens"; ";')') qu
quee a s suua f r re qü
qüêência declinava nas
gr andes cid idaades, "onde "onde as as pe
pessoas
ssoas podi podiaam se se se p
paar ar e e casar
casar de novo vo,, sesem m qu quee
ninnguém ficas
ni ficassse saben abenddo ou se se i imp
mpoort rtass
asse" e" - uma af ir maçã açãoo ex exaagerad
geradaa, poi poiss
em qu qualq
alq uer ru ruaa de
de um
umaa cid idaade as as p pessoas
essoas sa sa bi
biamam ou f aziam aziam q ues esttão de d desco-
esco-
brir o qu
o quee estava ac acontece tecenndo. Em Em s sum
umaa, pa pass ssamo
amoss de u um ma ec ecoonom omiia do u usso d daa
ter ra p
ra paar a um
umaa eco economia da m mooeda: o casame casament ntoo cocom m r esidênci ciaa é es esta b beelececiido
com as as p poou p paanças co conju
njuntantass do no noiivo e da noi noiva (t (taalvez com como cria riado
doss ou ou a a pr
pr en-
dize
zes),s), e n
e não ão comcom do dottes ou d diire
reiitos f undi
undiário rios.s. Mas aind indaa es esttamo moss num mu mund ndoo
comu
omunnal de um umaa r egião tr a b baalh
lhaadora co com m seu nexo de m meer cad cado. E se a comu comu--
niddade é un
ni uniida pelos laç açosos de p paar entesco e p peleloo tr a b baalho co comummum,, po poss ssuiui igual-
mente element ntos
os de cul ulttur a co com mum, f eit itos
os de f ort rtes
es tr adiçõe çõess orai
orais (qu quee são
esse
ssennciais par a tran transsmitir os os ritu
rituaais po pu pullar es)es) e de u de um ma h heer ança de de cos
costu tumemess e
históri riaas f r re qü
qüeentnteeme
mennte co codifi
dificacaddos no d diiale
aletto do p povo.
ovo.
Outr a r azão azão para a p a pooss
ssííve
vell ne necess
cessid idadadee do ri ritto q ue m maar cavacava o di divvór cio ne ness-
sas co com munid nidadesades poderia leva levarr ao exame exame dos r dos r ecur
ecur sos
sos psíqui íquicos cos desses homen menss
e mu
mullher es ma maiis a a fu
funndo do do do q ue nos per mite a noss no ssaa ca ca p
pacaciida dadede de análise. Mas
pode-se
pode- se ar risca
riscarr que,que, mesmo qua quand ndoo o casal tr ocava de p paar ceir
ceir osos e se mudava
para outr o di
pa disstri
ritto, os mais "simplóri implórioos" (com omoo Hard rdyy descr eveu Su Susasann Hen-
char d) d) continu
ntinuar ar iam a s seent
ntiir um um de dessco
connfofort
rtoo mora rall agudgudo, o, se n
se nãoão h hoouves
vessse al-
gum r ito qu quee os lib libeerarassse da da f f idelid
idelidaade oujur amentos an anteter r ior
ior es. U m jur ament amentoo
poodia cau
p causar um umaa san ançção terrív erríveel, um umaa ob obri riga
gaçção ine inexoxor r ável
ável, ao aoss homhomeens e às
mulheer es daqu
mulh queela é p poca;
oca; e os vot votos d dee cas
casament ntoo co continh
ntinhaam toda um umaa car ca r ga
ga de
sa b
beer tr adiciona
icionall.
Tudo
Tu do iss ssoo af irma
irma a neces ecesssida dadde de algum rito, rito, e o pr ó pr io io rit ritoo fo
foii sufi-
cientem
ntemeent ntee descri critto. Pode se ser r visto co com mo um umaa tran
transação soturn turnaa, co com mo teatr o
de ru
rua,a, ou c com
omoo um ritua ritual de de humilh
humilhaç açãão. A de desc scri
riçção mais dens densaa que te temos de
todo o r itua itual é a r econ onsstitui
tituiçã çãoo fe feiita por or uum jorn
jornaali lissta o b bsser vad adoor, que o
que o viu iu c
co-
o-
mo um umaa co com médi diaa de
de cos
costum tumees no Bla lackck Countr
Countr y (A pêndi pêndice ce,, pp.pp. 3 349-
49-52 52)). Mas a
form
fo rmaa era bas bastan antte fl flexí
exívvel par a co com m po
port
rtaar dif er ent ntes
es menmensage genns, seg egund
undoo as
peessoas envol
p envolvvidas e o o jul
julgagam ment ntoo do públic
público.
Iss
ssoo pod odee ser ilu ilustra rado
do pela f unção unção do dinh dinheeir o pago ago na na tr oca.
oca. A soma pa-
ga var
var iava da
iava da mais s simpl
implees f orm rmaalida idadde a pr eços eços sub ubsstan
tancciais. Ei Eiss a allgununss exexem-m-
plos
pl os tir ados de minha minhass anot anotaç açõões. Em Stow towm mar k k et, em 1787, 1787, um f azen azende deir
ir o
vend
ve ndeeu a es p es posa
osa por por ci cinnco gui uinénéuus. Depo epoiis el elee lhe deu de de pre presesente
nte um guinéu
par
pa r a co
compr
mpr ar um um ves
vesttido novo, e m e maand ndoou q ue os sino inoss r e pi
picass
cassem em par a ce celle br ar
a ocas
ocasiião. ão.'"'" Em S Shhef f f ield
ld,, em 1796 796,, um ma marid ridoo ve vendeu
ndeu a es es po
posa sa por se seis pe
pennce.
De poi
poiss pago agouu um guin uinééu par a q ue um umaa car r ru age
agem m a l levaevass ssee junt
juntoo co com m o com-
com-
pra
p rador
dor até Manche hesster '5 '5 Em Hull, Hull, em 1806, um home homem ve vendeu
ndeu a mulh mulheer por
vinte gui uiné
néuus a um suj ujeeito q ue fo fora
ra inquilino
inquilino do ca casasall durante
durante q uatr uatr o anos:
pare
pa recece um
um pr eço eço punpuniitivo Em Smithfie
H6
Smithfield, em 1832, a es es p
pos osaa fofoii vendida por por
dez xelixelinns, co com m do doiis xelin inss de com omiissão para para o o negoci
negociant ntee de ga gaddo. A es p pos
osaa
pôôde sai
p airr do
do ce
cer r cado
cado na f r re nte da tav tavememaa Half Moo oonn, ond ndee os tr ês ês int nteer essados
essados
ent
ntãão e entr
ntr aram
aram, tendo ndo o o pr
pr imeir
imeir o ma marid
ridoo gast
gasto a maior parte arte do do di dinh
nheeiro da da com-
com-
pr a com ág águua e c coonh
nhaq aq ue.'7 '7 Em
Em Bost Boston (Linc incooln lnsshir e),
e), 1821 21,, o preço
preço pago foi foi
um xe xelim
lim,, tend ndoo o mar ido devolvid idoo onze pence ao co compra
mprado dor r " p
para
ara da dar r
sorte
rte". "."" Mas no mesm mesmo lu lugagar r , em l817, uma es posa f or a vendid ndidaa por trê rêss fa
far r -
things,
thing s, e o m
o maaridridoo "ent ntrego
regouu na b bar
ar ganha
ganha to todada a a pa
par r af ern
rnááliliaa da es es p pos
osaa, o qu quaar-
to di
to diaantnteeiro de u
de um m carneiro, um umaa cest cesta etc.etc.". 89
Quee er a um r itu
Qu tuaal de humilh
humilhação ação par par a a es es posa
posa,, está ex ex p plí
líccito no simboli
simboliss-
mo.. A maioria
mo maioria da dass es
es p poosas (co com mo a de de " "R
R ough
ugh Moey"
Moey",, no A pêndi pêndice ce)) emem algu
algum m
momento se desma mannchava em lág ágrim
rimaas. Mas só por que que di dizziac
iacsse q ue ue a es p pos
osaa
"mal po podidiaa se ser
r carrega
rregadda po por r caus
causaa do doss desma
desmaios ios"", enqu nquaanto es estatavva sesenndo
"arra
rrasstada" por um umaa c coor da até o m meer cado
cado (Darrm arrmoouth, 18 1817 17)), n não
ão podem
podemos os ne-
cessar
cess ar iament
iamentee in infe
feririr
r q ue ela era uma pa par
r ticipipan
antte contr ár ia ia à t tr r oca.
oca. Sa b bemos
emos,,
naququeleele caso,
caso, q ue ela la fo
foii v
veendid
ndidaa ao ao " "se
seuu primrimeiro
eiro am amor ", e a sua re relut
lutânc
ânciia po-
diaa ig
di iguualment
lmentee pr ovi vir r da humi umillhaçã açãoo da ex p poosi
siçção pú b bllica
ica.."" A v veer gon
gonha tam tam--
bém
bé m pod
podiia se e esstender ao ma mar r ido q ue estava admi mittindndoo q ue fo for
r a e
ennga ganad
nadoo. Se o
relato é co confi
nfiáá vel, J onath
nathaan Jowett, um f aze zend
ndeeiro pert rtoo de Rothe
Rotherham (1775),
enfr entntoou os tr âmit
mites
es da trarannsa
saçã
çãoo com um umaa " b
br
r incade
incadeir a ridridíícul
ula"
a".. Con
Conco
cord
rdoou
em ven vendder a mulher por 21 guin uinééus pa para
ra Wi
Will
llia
iam m Tayayllor, oleir o,o, que ele sus-
peeit
p itaava ser o a am
mant
ntee da es p poosa, e e
enntr egou-
egou-aa dev evidam
idameente com uma " pr oci ocissã
ssãoo
ordei
rdeira ra"":
Jowe wett tt segui uiaa à f r
re nt
nte,
e, com
com a cabe cabeça ça ornrnaament ntaada
da,, por sua pr ó p pri
riaa vo
vont ntaade, com
um gr gr ande par
par de ch
de chifr
ifr es de
es de car neir o do dour
ur ados
ados, diant iantee dodoss qu
quaais estava esc scrit
ritaa com
letr as dour
as dour adas
adas a seguint
seguintee sen entten
ença
ça,, "co
coro
roead
eadoo por William
William Taylor "; um umaa gr ande
ande
coleira for for a co
collocad
cadaa ao ao r
r edor de se seuu pe
pescoço,
scoço, com com um anel e um umaa cord rdaa nela afi-
xad
ados os,, pel
eloos q uais um um d dos
os vizin inhhos o pupuxava
xava.. E a a es
es p
poosa cocomm uma cor da ao ao redo
redor r
do pe pesscoço f oi lev evad adaa pe
pello marid ridoo ao luluga
gar r ma
mar r cad
adoo em meio ao aoss g
gri
rittos de enco co--
ra j jaament
mentoo de de mil
mil es es p
peectado
ador r es - Jowett devo devollveveuu ao ao co
compr
mpr ador um guin guinééu pa par
r a
dar sort
so rtee, e a
amb
mbaas as partes
partes par eci eciam sat atiisf eitas co comm a barganh
barganhaa"
o cacasso estava sendoo r e p
send pres
resent
entaado aos olh lhoos do públic
públi co. Assim com omoo o c coon-
denadoo antes da
denad da exec
execução, as as part
partees des esemp
empeenhavam os pap papééis es perad
perados os.. Ma Mass
tinh
ti nhamam li liccenç
nçaa par a impr ovi ovisa sar
r as suas pr ó pr ias ias fal falas
as.. Para o marid rido,o, o tea eatr
tr o
pro
p rovviden
idenccia
iavva a o p o poortuni
rtunidadadde de sa sall v
vaar a su sua dig ignidad
nidade. e. ElElee podi diaa ridicula
ridiculari rizzar
e huhumi milh
lhar
ar a es p pos
osaa com a ar enga do leiloeiro iloeiro;; ou podi podiaa sug uger
erir
ir ququee estestaava feli lizz
poor se
p se ver
ver livivr
r e de
della pedpediind
ndoo um pr eço e ço r idíidícul
ulo;o; ou podia q uer uer er conquinquisstar uma
r e put
putaação de de ge
genner osid
osidadeade,, mos ostr
tr ando a sua boa vont ontaade ao mand ndaar que.os sino noss
r e pic
picas asssem, ao des pejar pr ese senntes so b br
r e o novo ca casasall, ou ao aluga
alugar r uma car rua- rua-
gem
ge m. Ou podi diaa, cocommo "R ough Mo Moey ey"", demonstr ar um umaa r esign
ignaação cômi mica ca:: "To-
dos nós sa bem bemoos em qu quee pé está a sit itua
uaççãoão.. Não há nada a fa faze
zer
r , por is isso não
adiant
diantaa ser bár ba baroro"".
Neem todas as sep
N epaar açõe
õess er am am suave avess. Em alguns alguns caso asos,s, comentmentaa-se q ue ue
o marid ridoo teria manife fesstado rai raivva ou ciúm iúmee em re rela
laçã
çãoo ao r iva vall. Em ou outr tr os ca-
sos, el ele "s"see ar rere p
peendia
ndia"" da vend endaa e atorm tormeent ntav
avaa o novo ca casa
sall. Um tece ecellão de
meiaas em An
mei Anssty (Le Leiice
cesster shir e) ven
enddeu a mu mullher para outr o fa fa bri
briccantntee de
meiaas em 1829. Algum
mei umaas semanas de poi pois, s, ao pa passa
ssarr pela casa
casa do novo casal al,,
ele "viu a mulh mulheer trabalh lhaando no tea ear
r , apapaar ent
nteement
mentee bem sati tissfeita
feita".". Ess ssaa
visisãão de sua anti antigaga co compmpaanhnheeira a ju juddand
ndoo o seu ri riva
vall o e
enfur
nfur eceu
eceu de ciúm iúmee, ele
volt ltoou co com m um umaa arma ca car
r r
re gad
adaa e já estava mirando mirando a ex ex--es p
poosa pel pelaa janela
quandoo um tra
quand rannseunte inter veio veio..92 Outr o ca casso que ter minou em se para paração
ção in inf f e-
e-
lizz ocorr
li ocorr eu no mer cado de Go Gooole (1849 49)). Um barqu rqueeir o chamhamaado As Asht
htoon f or a
internaado no hos pit
intern pitaal de Hu Hulll com um umaa in inf
f ecção no joe oelho
lho;; enqunquaant ntoo iss ssoo (s(see-
gununddo a notíci
notícia) a) a mulh
mulher er f ugiu
ugiu com se seuu amante nte,, le leva
vanndo gr and ndee parte
parte dos o b-
jeto
je toss do marido arido.. Ao r eceber
eceber alt ltaa do hos pit pitaal, As Asht htoon de dessco briu o par adeir o do
cassal, e os três acert
ca acertara
aram m a vend ndaa da es po possa. A mulh mulheer fo foii ob
obririggada a s sub
ubiir nu-
ma ca caddeir a na pr aça aça do mer cad adoo co comm um umaa cor orda
da ao re reddor da cin inttur a. Depo epoiis de
algun unss lance cess "ani nim
mad adoos",
A mulhulheer fo
foii f inalm
inalment
entee ar r r ematada pelo amant ntee por cin
incco xe
xelin
linss e n
nove
ove pence,
q uandodo,, esta
estalando
lando os os d
dedo
edoss na car car a d
doo m
maar ido, elala exc
excllam
amoou: "Está ve venndo, seu
seu im-
pr est
estáv
ável
el,, issssoo é m
maais do q ue vo voccê co connseguiuir
r ia". E par tiutiu, a p
pare
arennte
teme
mennte co com m
gr and
ndee alegegr
r ia,
ia, ao lado
lado de s
de seeu n novo
ovo senh
senhoor e m meestr e, o mar ido lhe es esttendendo a mão
quaando passa
qu assar
r am po
por
r el
e le e
e d
diize
zend
ndo:
o: "Um a p peert
rtoo de m mão,
ão, mi
minha vevellha, a ant
ntees de
de n
noos
separa
eparar r mos"
mos" .'''
Iss
ssoo pode
pode ter co contntrribuído para "di dimi
minunuiir as ve venndadass de es po possas", embo mbor r a sese--
j jaa mais pr ováv váveel q ue as tenh nhaa ex pu pullsa
sadodo da pra praçaça do merc rcado
ado par a as taver nas.
A maio
maior infl fluuênci ciaa no dec eclíni
línioo do ritu ritual ter á sid idoo o d dececllíni
nioo de sua leg egitim
itimiidadadede
no conconsesennso po p pul
ulaar - a ant ntiiga cultur a ple b bééia es esttava perd rdeendndoo r apidam
apidameent ntee a
sua au auttoridad
ridade, e, tend ndoo de lid lidaar cocom m cr íti tica
cass int nteerna
rnass e com in ince
cer
r tez
teza qu quaantntoo às
suas pr ó pri priaas san ançõ ções
es e có códdigogoss. A impr ensa r adi diccal e ca cartirtissta via a pr áti ticca co-
mo escand
escandaalosa. 'O'O?? A Atté Eliza Sh Shaar p
plles, a es e s p
pososaa "mor al" al" (isto é, é, pe
pello dir eiteito co conn-
sue
uetu
tuddinár io)
io) de Ri Ricchard Carli rlille, q ue r eco econhec eciia a f unção unção da ve vennda como
divór cio, achava a pr áti tica
ca ofen fenssiva e br utal: utal: "Seri riaa mui
muito to melho horr um umaa sese p
paar ação
disc
di scr
r eta, cada um po podend
dendoo fa faze
zerr uma no novva e livr e escolh escolha. a. En Enq q uan
antto as mulh mulhe- e-
r es
es con
conse sentir
ntir em em ser tr atadas co com mo inf eri rioor es aos homens, é de es perar que os
hom
ho mens sej ejaam br utos" utos"..'o'o,,
Pela meta
metade do sé sécu
cullo, na agit agitação qu quee pr ovoco
ovocou a L Leei das Cau Causas Matri-
Matri-
monianiaiis de 1857 (a que esta b beelece
eceuu pe pella pr imeir a vez pr ocessos de di divó
vór r cio se-
cular ), hav aviia co comen
menttári rios
os mai aiss freqü
freqüeente ntess so so br
br e o d duu p
pllo pa paddr ãoão ququee per mit itia
ia um
divó
di vór
r cio di dif
f ícil e di diss pendi
pendios osoo pa par r a os rico
ricos,s, por meio dos tr ibuna ibunais ec ecllesiás
ástico
ticoss
e da Câma mar r a dos Lorde rdess, ma mass qu quee o neg egaava aos po b br
r es. Emb mboora - co commo a pon pon--
tava Pun Puncch - o m mes esm mo pr oce cesso
sso também fosse per miti itiddo aos pobr es: es:
No Tr ibuna
ibunal Cent ntra
rall, um certo Step tephhen Cum umminmins,s, pi
pinto
ntol'l';; é jul
ulgad
gadoo cul pa pado de
biigamia. El
b Elee vende a mulh
mulherer por
por se
s eis xe
xellin
inss, mai aiss "um xeleliim pa par
r a beber
beber à s
saaúde
de".
".
Par a q ue a tr ansação te tenha
nha a f orm
rmaa dedevvida
ida,, Cum
Cummin minss dá um
um reci reci bo.
bo. Ao conde dennar
Cummin
umminss à pr isão e aos tra btra baalh
lhoos fofor
r çados
çados dura rant
ntee um ano, o j jui uizz de
decclara
ara:: "Em
quaalq uer circun
qu rcunsstância, ser ia ia um gran
grande del delit
itoo púb
úbllico um
um ho hom mem re reaaliza
izar
r a ceri
ceri--
môn
ôniia de casame
casament ntoo co
comm out
outr r a mul ulhher , enq uanto su suaa esp
espos
osaa ainda f oss
osse viva".
Mas o pr o b bllema é q ue os po b br
r es sã sãoo tão depravados - tão analfabe fabettos! Eles não
pr ocur am
am o Tr i buna
bunall Ecles esiiás
ásti
tico-e
co-elles não
ão r
r ecorr
ecorr em à Câ
Câmmar a dosos L
Loor des
es.. Se
Sem-
m-
pr
pr e é p
poss
ossív
íveel obter uma uma sese p
paar ação
ação lega gall, q ue coconfe
nfer
r e o dir eit
eito de cacassamento f u-
tur o, co
comm a a pr esent ntaç
ação
ão de ev eviidêdênncias a p proro pri
priada
adass - por ém, ém, os pobr es não
querem
qu erem comcom p pr
r ar o se
s eu rem
remédédiio.'"'"''
Car oline Nor ton
Car ton pr o p
pôs
ôs o mesmo ar gumento em ter mos igualmente ir ados os..
Des
esde
de a é p
poca
oca de Henr y VIIIII,I, o méto
étoddo inglês de di
divvór cio "continu
ntinuaa uma indu
ndull-
gênncia co
gê connsag
sagrada
rada à ar istoc
ocr
r aci
acia":
As c cllass
ssees mais po po br
br es
es não têm ntêm neenh nhuuma fo for r ma de de d diivór cio. O h hoomem r ico co r r eali
liza
za
um no novovo cas
casame
amennto, de p poois dede s see di
divo
vor r ciar r da
da esposa
esposa na Câma Câmar r a dos L Loor des: o s o seeu
novo cas casament
mentoo é l lega egall, os filh filhoos são ão l legí
egíttimo
imoss [...]. O h hoome
mem m po br e realrealiza um no-
vo cas casamento, sem te ter
r se
se divo vor
r ciado da es posa na Câma âmar r a dos
dos L Loord
rdeses;; o s seeu novo
casam
casa mento é nulo, os filh filhos os são bas asttar dos
dos, e el e le pr ó pr io
io está su j jeeit itoo a ser
ser jul
julgagaddo
poor biga
p gammia [ .....]]. E Elles nem se sempr
mpr e inf r ringe
i ngem m a le leii co
com m coconhnheecimento de causa-
poiis nad
po nadaa é maio
maiorr do q ue a i iggnorânc orânciia dos po b br
r es
es a esse
esse r espe
espeito. Eles acreditacreditaam
q ue u umm magis
ma gistratraddo pode di divo
vor
r ciá
iá--Ios, q ue um umaa ausê sênncia de s seete an
a nos co
connstititui
tui uma
uma
anulnulaação dos dos la laços ços matr imoniais, ou q ue podem dar um a aoo outr o per miss ssãoão r ecí-
pr
p r oca
oca par
par a se
se d
diivorc rciiar . E entre par par te das p poo p
pul
ulações
ações r urais
urais pr eva vallece a cr cr ença mai mais
gr osseir
osseir a,a, de qu quee um homem pode lega egallment ntee vend ndeer a e ess p
poosa, e assim r om p per
er os
J i IÇ O S dada u
unnião
ão!! Eles ac acr r edi
dittam em q ualq uer r coisa,
coisa, menos
menos no q ue é fat fato - isto é,
q ue eles não ão p poodem em faze
fazer r lega
egallmente o q ue sa b beem ser legalm lmeente f eito nás cla c lass
ssees
su pe per r ior es [ ... ] . " 0
N a dé
décacadda de 18 185050,, a ven enda
da da es es p
pos
osaa er a um r esídu esíduoo nos bolsães onde a
anttiga cultur a " p
an pllebéia" ainda per sist sistia. Há um ca casso tardio de 1858, em Br ad-
f or d (Yo (Yor r ksh
kshir e),e), que suge ger
r e um moment ntoo de inse segguran
urança
ça cultu ultur
r al, qu quaando a
tr ansmissão or al da dass f ormrmaas já está se dete teri
rioor ando. Ha Har r tley Thomp hompsson pôs à
vend
ve ndaa a es p poosa, "de a pa par
r ência atr aente", na f r re nte de um umaa cer ve j ve jaar ia num su-
búr
b úr bi
bioo de Br adfo for r d. Se Seggund
undoo um r elato, os cônju njugges, amb mboos o p peer ári
rios
os de uma
fá b
fá br r ica,
ica, "tin inhham se ca cannsado mutu utuaament ntee um do outr o, o, e, er a o q ue se dizia, ti ti--
nham
nh am sid idoo mutuamente in inf
f iéis a seus vo vottos de casamen casamentto" o".. Aco Aconnte teccer a uma
vennda (não é ex
ve ex p pli
liccado de q ue fo for r ma) par a o am amaant ntee da mulh lheer, Ike Dunca cann,
tamb
mbéém ope oper r ár io da fáb ábr
r ica. "Entr etan antto, desco co br
br iu-se mais tard rdee q ue alguma
f orm
rmaalid lidade
ade,, co cons nsid
ideer ada ess ssen
encia
ciall, não for for a o b bsser vadadaa." Nessa nova oc ocas
asiião,
cuididoou-u-se
se de toda possív possível fo for
r mali
liddade. O a p pr
r egoa
egoado dor r f oi enviado pela ci ciddade
paara anun
p nuncciar a venda. A es po posa
sa a p paar ece
eceu co com m uma cor da nova ova,, enfe feiitada com
banndei
ba eiro
rollas ver melh melhaas, bra brannca
cass e az azuuis. Ar rumo rumou-se um leilo loei
eir
r o a cava avallo.
Uma gr and ndee multidão
multidão se fo for
r mou
mou. Mas os do donnos da fá fá br
br ica
ica onde os tr ês tr a b ba-
a-
lhava
lh avam m im im pedira
pediram m a ven endda, ame ameaça
açanndo de dess p
pedi
edir r q uem participa
participasse do ritual al..
Ike Dun unca
cann não te teve
ve perm rmiissão par a deixa eixar r o tr a b baalho
ho,, e a es es p
pos
osaa decla lar
r ou q ue
"não seri riaa ve
vendid
ndidaa par a nenhum nhumaa outr a pess ssoa
oa [ ...] a n a nãão ser Ik Ik e".
e". A v veendndaa foi
cannce
ca cellada. I
I I
E pode
odem
mos id
ideentifi
ficcar pelo menos uma es po possa vendid
ndidaa (no me merc
rcaaoo de Here-
f ord bem no in
iníício do sécul
séculoo X IX) q ue co
corr
rr es pond
es pondee a e
ess
ssee tipo:
tipo:
Ela era a ma muulhe
her r q ue carr egav
egavaa o p pãão ensa sanngüentado nos motin tinss do pão. ViVi tudo
tudo..
Eu a vi à fre frent
ntee das mulmulhere
eres,
s, in
inccit
itaand
ndo-
o-as as a s
see apode
apoder
r arem
arem da carga de de gr ãos. O
vellho dr . S
ve Syymo
mondndss lhe diss ssee para tirar
tirar a l liga
iga d
daa perna direireiita
ta,, ama
amarrá-
rrá-IIa no
no ca
cava
vallo
dianteir o,
o, e dedeiixa
xar
r a
a parelh
parelhaa avan
anççar . Fo
Foii o ququee fizer am [...
[...]. Ele
Eless compumpuseser
r am
a m uma
bella c
be can
ançã
çãoo so br e todo o gr gr upo,
upo, ququee co com
meç eçaava ass
assim
im--
V ocê não ouvouviu fa
fallar de
de n
noss
ossas
as mulh
mulher es d e H er efor
efor d
ds hire?
Dee c
D coomo elas s
elas saíam
aíam co cor
r rend
rend o e d eixavam
eixavam a r oca oca d efiar
efiar -
Dee como
D co mo saíam co corr
rr end o se
sem
m chapéu ,
chapéu , nem plum plumasas
Para lutar
lutar po
por pã o,
o, lutav
tavaam sob qu
qualque
alquer r t empo
mpo--
Oh , , as
as nossas br avas
avas mu mullher es de
de H
H eref
eref ord shir e!'X '"
Não te
tem
mos meioeioss de sa b
ber
er se ela fo
foii ve
vendid
ndidaa ante
tess ou de poi
poiss des
essse con-
fr ont
nto.
o. '29 Ma
Mass ela não par ece alguém q ue seri eriaa ve
vendid
ndidaa co
contr
ntr a a sua vo
vont
ntaade.
(VIII
III)) Her r wea
wear
r s menen's
's br
br eech
eechesl So ali lhe fo folk
lk s say:l Bu
Butt Leu shouldn ldnal
alethe
ether
r l Havea
aveali
li he
her
r
ownn wa
ow wa y y..ll Her r sswea
ear r s líke a l lr
r oo p
per
er l An
Andd f ights li
lik
k e a coc
cock
k ,l An
Andd has gln herol
heroldd fe
fell
lleer l Ma
Manny a
har d k nock .
( I X ) Haveaveyyou nol hear d of f oour Her efor
efor dshi
hire
re wo
wom men ?1 Howthe
en?1 wtheyy [an and lefltheir s p pin
innin
ningg
- IHoHow w the heyy ran withou
ithoutt hahatt or feath
featheer l To f ight fo
for
r bread,
bread, 'twa
wass t thr
hr ough ali weat
weathher "':"
"':"lOh. our
br
b r ave He
Her r ef
ef or dshir ewo
ew omen'
Outr a es p
posa,
osa, vend
vendiida no mer cad adoo de
de Wenl
Wenlock ock por
por do
dois xelin
elinss e sei
seiss p
peence
na déc
décaada de 183 8300, tinh
tinhaa p
pososiç
ição
ão bem defin finiida soso b
bre
re a qu
quesesttão. Qua
Quando chego egouu
à "
" pra
praça
ça do m
do meer cado,
cado, o m mar ar ido
ido fico
ficouu tímido
tímido e t teent
ntoou sa
sair
ir da
d a hi
hisstóri
ria,
a, ma
mass Mattie
Ma ttie
f ez
ez com que manti ntivvesse a vend vendaa. Deu um pipapipar ote na ca car
r a do bom homem, e
disse
di sse:: 'De
'Deiixa, seu
seu pati tife,
fe,'' E u vou
ou se
serr vendida.
vendida. QuQueer o uma
uma m mududaança'" .130
o se
seguint
guintee r ela
latto é ti
tira
raddo da
da o
o bra de Fr eder ick W. Hack wood
wood, Staffor
Staffor dshir
dshir e
cust oms, su p
perst
erst it ions and folklo
klor
r e [Costum tumees, super sti tiçções e f olclo clor r e de
Staf
Sta f fords
fordshir e] (L (Lichfield
ichfield,, 192 9244),), pp.
pp. 71-3
71-3. El Elee o a pres
preseentntaa com omoo "um r elato
desescriti
critivovo de um umaa vend endaa de es p pososaa em We Wedn dneses bur y,
y, há mais de um séc sécululoo,
rediigid
red gidoo e publ publica icado do por um eum ess p pec
ectador
tador ", mas não for nece outr os os detalh lheses so-
br
b r e a fon
fonte.
Colocaocand ndo-se
o-se diante
diante de um umaa ta tavver na
na humi
humild lde,e, oapr egoado
egoado r d r da cid
cidaade toca
o sino
sino pa par a atra rair
ir a aten
atenção, e d e dee p
poois dá a no notítíccia com fras frases lent ntaas, de delliberad
iberadaas,
deque "
deque "um
umaa mulh mulheer - e se seuu be
be b bêê - serã erãoo p
posto
ostoss - à vend endaa - na pr aça aça do mer mer -
cado - ho j jee à t taarde rde - - pelo mar ido - Moses Maggs aggs"".
A notí tíccia f oi recebida
recebida co com m gran randdes gar gar galh
galhaadas, seg eguida
uidass por grito gritoss de
"hurra
hurra"", pois o her ói nomeado er a um dos d os p
peer sonageagenns mais n nootóri rioos da cidcidade,
com
co mument ntee co conhnheecido como Rou Rough Moey oey.. Er a um
um s suje
ujeiito fofortrtee, co
corpul
rpuleentnto,
o, de
uns 45 ano anos. O r osto a pr esent ntava
ava out outr r ora pr of of undos
undos bu buracos
racos de v de varío
aríolala,, mas a ass
mar cas cas da do doeença for for am liter alme ment ntee ap apaga
agaddas por r ssul
ulcos
cos az azuis-e -esscuro
uross, o r e-
sulta
ultaddo de um umaa ex p pllosã
osãoo no poço da
poço da mina. mina. El Elee p
peerdera um do dos o ollhos, e o o lu
lugar
gar
de u um ma pe pern rnaa fo for r a sup
upr r ido
ido por
or umum toco de mad madeira. Nem Nem s suuas f eições
eições, nem em s suua
f igura
igura e er
r am atrae atraententess.
Os l loo j jiistas vieram até a port rtaa das lo j jaas para come comenntar a notíci íciaa do ap apr
r e-
e-
goaddor , e as m
goa mulh
ulheer eses com as m mãoãoss nana c ciintu
tura
ra se reureuniam na rua em gru gru pos de
duas ou tr ês ês par a mexeri mexerica car
r so
so br
br e o a ass
ssunt
unto. o. Out
Outros
ros vavaga bu bundos
ndos intere ressa
ssaddos
leva
evaram ram a a didisc scuussão par a o b bar
ar mamais pr óxi óximo. O apr O apr egoad
egoadoo r r sse af ast
astou p par
ar a re p
re pee-
tir aa not
tir notííci
ciaa em o out
utroro lugar , seseguido p poor uma
uma mul ulttidão
idão de
de m~
m~lequlequees e essfar ra
ra pa
paddos.
Poucucoo ant ntes
es da da h hor
or a mar cada,
cada, formo
formou-se um umaa mul
multtidão na pr pr aça
aça do mer -
cado
ca do,, na f r r entntee da White
White Lion on,, uma tave avern rnaa bem fr eqü qüeenta tadda, onde qu quaatr o
su j jeeito
toss alalttos os,, ar mados
mados com porr ete tess, a br iram
iram es p paaço e impedi
impediam que os es es--
pectador es
pec es cur iosos esm esmaagasse ssem m um home mem m, um umaa mulhe
mulher e um be b bêê - os
her óis do dia.
A mulh
mulheer er a mais jove ovem m q ue o hom omeem, pr ovave velm lmeentntee 23 anos, e tinh tinhaa
uma a p paar ência tão bela q uan antto lh lhee permi rmittia a sua situ tuaçã
açãoo na vida da,, casada ou
"aluluga
gadda" par a um homem co com mo o seu co compmpaanh nheieir
r o. No Noss bra raçços, ela tinha tinha um
beb
b ebêê de uns
uns doz ozee mes esees, que não não se per turb turbav avaa co com m a b baalbú
lbúr r dia
dia ao r edor . A mu-
lheer es
lh esttav
avaa ev eviident nteement ntee com sua uass melh lhoor es
es r oup upaas, o r ost osto bem lav avaado, o c ca-
a-
beelo pre
b reso
so atr ás ás da cab abeeça e atado por u m pe pedaço de f ita ita azul ul,, cuj
cujas as pont ntaas
flutuaavam co
flutu com mo band ndeeir olas graci graciosa sass, sem dúv úvidaida em honra da ocasião.
Emb
mboor a um umaa co cordrdaa comum de câ cânhnhaamo pende desse
sse fr ouxament ntee ao r edo edor do
peesco
p coçço da es p poosa, e o mar ido e senh nhoor seg segur
ur asse na mão a pont pontaa dess ssaa cor da, a
mulheer - a jul
mulh julggar pela sua a p paar ência - não estava ac achhando a s siitua
tuaçção penosa
ou desagesagr r adável. E aos grit gritos de a p poi
oioo como "Não fa fazz mal al,, Sal, co corag
rageem, levan antte
a ca
ca b
beeça, não des esaanime nunc nca'a'''', ela res res p poondi
ndiaa com um riso riso alegr e e co comm algun unss
com
co ment ntár
ár ios qu quee asse sseggur avam aos ouvint intes
es qu quee ela f ica icaririaa fefelilizz de se ve verr li
livvr e do
velh
ve lhoo patifetife,, e qu quee er a bem-f eit itoo por ter se casado com um velh elhoo va vagga bund
bundoo.
Depepoois q ue se f ez algum umaa ord rdeem, mand ndoou-se bu bussca car r a cer ve ja ja.. Qu Quaatr o su-
j jeeitos f or tes tr ouxe xer r am du duaas ti tina
nass par a f or a e as vir aram aram de ca b beeça par á baixo.
Num
N umaa delas mont ntaar am a mulh mulheer e o b bebebêê, e na outr a o m maar ido tomou o s seeu lu luga
gar
r .
Enquantoo os pa
Enquant parti
rticcip
ipaantntees be bi biaam a cer ve j ve jaa, convocou- u-sese um ra b bequ
equiista par a
anima
an imar r o e ess pet
petáácul
culoo com uma uma ou duas melodi diaas al alegre
egress.
Dur ant ntee o in inte
terlú
rlúddio, as in infoform
rmaaçõe õess q ue o in inss p
peetor de r egis egisttroross colh lheeu en-
tr e a multid
multidão ão tro rouuxe ram à ton
xeram tonaa os se segguint
uintees f atos. Qu Quee R ough Moe oeyy der a a um umaa
fort
fo rtee moça da mina, que tinha tinha mais mais ou menos a meta metade de da sua ida idade, um vestid tidoo
novo e outr os arti rtigo
goss de ve vesstu
tuáár io, junto
junto com uma f esta esta de du duas as se sem manas, par a
q ue ela se casass ssee com ele. Qu Quee de p poois de algum temp mpoo ela tran ranssf erir a o se seuu afe-
to paparara um jov ovemem mineir o de bela a p paar ência; o qu quee natu tur
r alm
lmeent ntee provoco ocouu o
ciúm
ciú me do mar ido, ido, qu quee começ eçoou a b baater na mulh mulheer . Em vez de cur á-I -Iaa, isso só des es--
peert
p rtoou pensament amentoos de r etaliaçã açãoo; e, co com mo Moe oeyy em ger al chegava em ca casasa de
noititee num estado de irr emedi diáável embr iagu iaguez ez,, ela ge gentilm
ntilmeent ntee desat
desatava a p per
er na
de pau do bê b baado adorme rmeci ciddo e bati tiaa no mar ido ido até fi fica
car r satisf eit itaa. Por f im, im,
cansado dess ssaa situ
ituação
ação,, o m maar ido contr ar iad iado re ressolve ver r a aca b baar com o p pro
ro bl
bleema
pella ún
pe úniica ma manneir a qu quee co conhe
nheccia, a d dee r eali
ealizazar r a t tra
rannsf er ência "lega egall" de uma uma es es--
poosa inde
p ndesse j jaada
da,, vendendo do--a ao seu ad admimira raddor no me mer r cad
adoo a b beert
rto.
o.
A música cessa sar r a,
a, a atenção da multid multidãão es esttava conce centrad
ntradaa nos pr inci pa pais
ator es da cena. Com a c coord
rdaa na mão es esq q uerdrda,
a, o h hoomem leva evannto touu be bem m alt ltoo cocom m
a ou
outr a mão uma gr and ndee caneca che heiia de ce cer r vej
ejaa, e c coom uma piscade adella mali lici
ciosa
osa
do úni nico
co olh lhoo, didisse
sse co com um umaa voz r ouca e fo for r te:
te: "Senh nhoor as e senh nhor
or es,
es, um bri brinnde
à s
sua
ua saúd údee!". E toma tomand ndoo um gole bem demor ado, termin rminoou co com m um longo sus-
piir o de sat
p atiisfaçã
façãoo: "Ah-h-h I",enqu quaant
ntoo vir ava a va a ca canec ecaa par a mostrar q ue ue es esttava
vazia. Alguns de seus seu s amigo
amigoss (ou "camarad camaradas as"", como ele ele o oss chamava) respon-
dera
de ramm co com m "O "Obr brigigad
ado,
o, Mo Moey ey",
", enquan
enquanto to algalguma
umass da dass mulhere
mulheress gritavam:
gritavam:
"Ótimo, meu v meu velho!".
elho!".
Perto da mulher es e stava um jovem r o bu bussto, ev evid
ideent
nteemen
mente te o futfuturo
uro com-
prador , que lhe s lhe ser
er via cerveja. Ela estava mantendo um a con convver sa animada com
as mulhere
mulheress ao redor; mas, ma s, apesar
apesar desde ssa atit atitude
ude de de desasafio
fio,, todos
todos v viram
iram que seu se us
olhoss entã
olho entãoo se encheram de lágrimas, lágrimas , e os seio eioss come
começçar aram
am a ar arf
f ar como se o
coração es esti tivvesse bat bateendo furios
furiosamameent ntee sob a ten enssão da emoçã emoção reprimida
reprimid a. Sua
vozz vacil
vo acilou,
ou, e entre
entregand
gandoo rapirapidamen
damente te a crian
criançaça na s mão mãoss dojovem
dojovem,, ela se sen-
tou sobre a tina, ente ent errou o ros rosto nasnas mãos e chorou amargamente. N D mesmo
insstante
in tante,, todo
todoss o oss riso
risoss c
cess
essaram
aram,, o clamor foi abafado, abafado , e um ar de indign indignação
ação se
espalhou pelos pelo s semblan
semblanttes de todas todas as mulheres. Até alguns algun s dos homens pare-
ciam incapaz
incapazes de r e primir uma se sennsação de afronta, afronta , a que o futuro comprador
deu vozvoz, impre
imprecand candoo com voz voz fur
fur iosa: "Vamos Vamos,, ca camarada,
marada, acabe com ess es sa pa-
lhaççada e comece
lha comece a venda!" venda! ".
Ass
ssim
im o velhove lho RougRough Mo Moeey co come meççou no s no seguinte
eguinte estilo: "Senhoras e s e se-
e-
nhores",
nhore s", didissssee ele, "
ele, "todos
todos nós s
nós sabeabemos
mos em que pé está está a s ituação. Não há nada a
fazzer, por iss
fa issoo não adianta ser bárbaro". bárbaro". Depois
Depois,, fortal
fortaleecendo-
cendo-sse com out outro
ro gole
gole
e piscando me m edondonham hamententee o olhoolho quequ e lhe restava, continuou: "Senhoras e se-
nhores,
nhore s, pe
peçço permiss
permissão ão para lhes lhes a pre
pressen enta
tarr um
umaa jo jovvem muito bela, bela , e um boni-
to beb
bebê, ê, que per perten
tence ce a mim ou a alg algumum out outroro"". NeNessse ponto, todos todo s riram
riram,, o bom
humor cr esc escia novanovamente entr e os e ess pectadore
pectadoress.
"Ela é uma boa c boa criatura
riatura"", conti
ontinuonuouu o leil leiloeir
oeiroo amadamador or , "e trabalha muito
bem,, com algumas chicotadas
bem chicotada s. Sa be co cozizinhar
nhar uma cabeça de ovelha como um
cri
risstã
tãoo, e f azer
azer uma sopa tão boa qua qu anto Lord Dartmou Dartmouth. th. Con
Conssegue carr egar
150 pedaços
pedaço s de carvão da mina por umas uma s boa boass tr ês milhas;
milhas; sab abee vender bem,bem , e
comer o que ganhou em menos menos de três três minutos.
minutos.""
Esse chischiste provoc
provocou novos novos ri rissos, e o orador foi r ecompen compenssado com mais mai s
cer veja. Ass ssiim reanimado, Moey pro pross sseguiu:
eguiu: "Agora Agora,, meus cam camaraarada
das,s,
cheguem mais mais perto
perto,, e fa faççam
am s seu
euss lance
lancess com animação.
animação. Está tudo certo de d e acor-
do com a lei lei. Eu a fiz pas passsar pelos
pelos portões do pedág pedá gio io,, e pagu
pagueei ao h homem
omem o tri-
buto por ela la.. Eu a tro troux
uxee pu puxa
xadada pe pelala cocordrdaa , e mand
mandei ei ququee a ve vend
ndaa fofossse
anunciaada; as
anunci assim es está tudo direito de acordo com om a a lei
lei,, e nã
nãoo há nada a paga pagar r . Va-
moss ver os
mo o s seu
seuss lance
lancess, e s see me derem um bom pr eço eço pela mulher , o bebê entr ent r a
de graç
graça na barganha. Agora, cava valheiro
lheiros, s, quem vai faz fazer u~ la lanc
ncee? Quem dá
mais,, quem dá
mais dá m
maais, s, quem
quem dá mais? mai s? Não Não posspossoo ficar es
ficar es perando - com comoo di dizz o
leiloeir o,o, não po poss ssoo perder tempo só com com es estete lote!".
lote!".
O o orad
rador or parou
parou de d e falar
falar , e aplau
aplausos sos recompen
recompensa saram
ram os seu se us e essf or ços. Uma
voz den
denttr e a multidã
multidãoo gr itou "de dezzoito pence ence"".
"Dezoezoiito pen pence",
ce", r epetiu
epetiu Moey,
Moey, "só dezoi ezoitto pen
pencece por uma ma j jovem
ovem f or te te e
beem de
b desesennvolvida! Or Or a,a, você teri
você teriaa dede p
pagagar
ar ao
ao p
páár oco
oco set
sete ou se seiis par a s see casar,
casar,
eu lhe
lhe of
of er eço
eço uma ma e ess p
poosa j jáá pr ont
ntaa nas suas as m mããos -e vocêfaz um l lan ance
ce d dee a pe-
nas dezoit
dezoitoo pencel"
"Eu lhe do douu meia co cor
r oa,
oa, velh
velhoo brut
bruto",
o", foifoi a pr o p
poosta do j jove
ovem m qu quee totoddos
sabi
abiaam qu quee seri
eriaa o co compr
mpr ador .
"Vou lh lhee dizer uma coi oisa,
sa, Jac
ack k ",
", disse Mo Moeyey,, "se vococêê int
inteeira
rarr tr ês
ês gal
galões
de be
be bid
bida,a, ela é sua, n nãão v vou
ou pe
pedi
dir
r nada p peelo be b bêê, e a corda va valele u
uma
ma q q uart
rta.
a. Va-
mosos,, di
diga
ga s seeis xexellininss!"
De p poois dede r r egate
egateaar um pou poucoco,, o jove
ovem m co conncor dou em paga
pagarr tr ês ga gallõe
õess de
cer ve ja
ve ja,, ququee se es estti pul
puloou f ossemossem log ogoo se
ser
r vid
vidos, par a qu quee a es p poosa r ecé
ecém-m-ccom-
pr
pr ada, o pr pr ó pri
prioo j jove
ovem m, e a allguns "ca cammar ada dass" esco scolhi
lhidos,
dos, sem es esq
q uececer
r o am
amáá-
vel r a b
beeq uista, pa par r tic
ticip
ipass
assem em do br br inde
inde ra rattif icad
icador .
Assssim
im co connclu luídídaa a b baar ganh
ganha, a, a cor da da f oi co collocada na m mão ão do j jovovemem,, e a
moça rece b beeu os cump cumpr r iment
mentos os de num
numeer osas matr onas en enca
cardid
rdidaas. Ela l liim p poou
os olh
o lhosos e sor
sor r
ri u alegr ement mentee; o n nov
ovoo mar ido lhe p pespeg
espegouou um be beijijoo bem e essta-
lado na boch checechha r edonda à g gui
uisa
sa de r atif icaçã
caçãoo, e q uand ndoo o n novo
ovo cacasal se afa a fass-
tou, a multi ultiddão se d des
esf f ez
ez e lentam tameentntee sese d
diis p
perso
ersouu. A t trag
ragiico
comédi
médiaa da vid vidaa rud
rudee
do B
Bllacack
k Co
Couunt ntryry esta
estava va fi finnda.