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-

CoMP
CoMPAN~
ANHI
HIA -
A DA
DAS
S LE
LETR
TRAS
AS

E . P .   Thompson

Costumes
em comum
E ST U D O S SO B R E A
C U L T U R A P O P U L A R 
T R A D IC IO N A L
Até poucos ano noss atrás a m a  meemór ia históri ricca da venda de de es p posas
osas   na Ing
Inglater-
ra ser 
ra  ser ia mais bem desc scr 
r ita como amné mnési siaa. Qu Queem ir ia q uerer  lem br ar práticas tão
 bárbar 
 b árbar as?
as? Por vol volta da décadadécada de 1850 50,, ququase
ase todos os co comment ntaadore
ress admi mittiam
a visãsãoo de qu quee a  prát
 prátiica er a a) ext extr emame
emament ntee r ara ra,, e b) totalmente of ens ensiva à
mor 
mo r alid
idaade (em b  boor a, de f or ma a se justif ica car r , algun unss f olclor ist istas começ meçasasssem a
 br incar  co com m a noção de resídu resíduos os   pagãos).
pagãos).
O tom do Th Thee bo bookok of da y
da yss (1878) de Chambe mber  r s é  r epr 
epr esent
esentaativo
vo.. O q uadr o
"é sim pl  ples
esm mentntee um atent ntaado à decência [. [....)
.).. Só   pode se ser 
r  co
connsid
ideer ado como
 pr 
 p r ova
ova da ig ignnor ânci ciaa ap apaatetada e   dos sent sentimimeentos br utai utaiss de par te de no nossa
ssa po-
 pul
 p ulaç
ação
ão r ura rall". E o mai maiss imp mpoortrtaante era r e p  puudiar e  de  denun
nuncciar  a pr ática,
ática, por q  qu  e
os "vi
"vizinhos conti ntinnent
ntais"
ais" da Gr ã-Br  ã-Br etantanhha tinh inhaam not otaado os "casos   fortuitofortuitoss
de ven
venda de es po  possas", e "acredit ditaam ser iame iamente q ue ue é um há bit  bitoo   de toda
todass as clas-
ses de nosso pov ovoo, citand
tandoo-o constante temment ntee co com mo evid idêência de noss ossaa cicivvili
liza
za--
ção inf erioerior".
r".'' Com sua ha bitu  bitualal fri frivvolididaade r anco cor  r osa
osa, os fr anceseanceses eram os
mais agr essi e ssivo
voss a es esse
se r es p
es peeit
ito:
o: milo ilor 
r de John Bull ll'' er a repr esen
esentado, de botas e
es p
 poor as,
as, no merc ercadadoo de Smi mitthfie
field
ld,, gr itand ndoo " à quinze livr es mafe es mafem mmemel" 
l"  [m[mii-
nha mul mulhher por q uinze   libr as I), e  enqu
nquaant ntoo a senho nhor  r a, presa   por  uma co cor r da,
da, se
mantinh
ntinhaa de pé num pequ queeno ce cer 
r cado
cado..'
Thee book of d a y
Th  yss coconnseg
segui uiuu r eun uniir  a p peenas oi oitto casos,
casos, entr e 18'15  e 1839 839,, e
esse
es sess ca caso
sos,s, jun
juntoto com mais tr ês ês ou q uatr o, fo for r am po possto
toss em cir culaçã laçãoo, sem
maior es inves vesttigaç
gaçõeõess, por meio   de rel relatos de  j joorn rnaais ou de ant ntiiqu
quáário
rioss duran rantte
cin
inq q üent
entaa anos ou mai mais.s. À medid didaa que cr escia o esclar eciIn eciIneent
ntoo, a cur iosi iosidadadde
dimi
iminuí
nuíaa. Na pr imei imeira metade des este
te   sécul
século, a memória histór ica ger alme ment ntee se
satisfa
atisfazzia com refe  refer r ênci
nciaas f or tuitas
tuitas insi nsign gniific
ficaantntes
es em desc descri riçções po pul  pulaar es dos
cos
ostume
tumess do p  pov
ovoo no no s séc
écul
uloo xv xvu! u!..  E
 Esssa
sass er am  c  com
omum umeent ntee of er ecidecidas as comcomoo um
element
mentoo color ido dentr o d  dee um
 umaa l liiturg
turgiia  a  antit
ntitéética  que co contntra
rasstatavva a cultura
ultura a  ani
ni--
malesca
male sca dosdos po br es  (Gin La Lane,  T  Tyy burn
 burn"" and nd M  Moother Pr oct octor 's's Pews [a [a v
 vid
idaa do
gim, ca caddaf also de T  Tyy bum e  os bancos da  m  maadr e in inss p
 peetor a], a pr áti tica
ca de açul ulaar 
cães c  cont
ontr r a  t toour os,
os, o osroj
srojõe õess  a
 attados os e  emm anima
animais, o pugili  pugilissmo co com m bota tass pre
 pregagaddas
no ch chãoão,, as co corr idas nu nuaas, a  ass ve
 vend ndaas de de e ess p
 poosas) co com m qualque
qualquer  f orm rmaa es escclar eci-
eci-
da que s
que  sup upoostament ntee as terite riaa  s
 sububsstituíd
tuído. o. J
Contr a esse fundo
esse  fundo de de indindife ifer r ença
nça,,  uma po poder osa influêinfluência se afirmo afirmou: a
r econ
econsstru truçção cuidado dosa sa da ve vendndaa   de uma uma es p  poosa, num cont nteexto humano
vero
ve rosssímil
símil,, as asssumindo um lug lugar  si  s ignific
nificaati tivvo na es estrutura
trutura do do enre reddo  de um r o-
manc
ma ncee imp
impoort rtaante
te,, T hehe mayo ayor  r  o f  C aster 
aster bri rid  ge. Th
d ge. Thoomas Hard rdyy f oi um obs obser -
vaddor  ex
va  extr emament mentee per s pi  pica
cazz do doss c  coostum
tumees po pulare pulares, s, e r ar amente seu traç traço é
mais seguro
seguro do  do que
que  ne
 nessssee r omance ce.. Mas no e pi  pissódio em que Mic Michaelhael Hencha
Henchar d
vende
ve nde s  suua es p  poosa Su Sussan numa numa fe feir 
ir a de beib eir  r a de es
de esttraradda a um mar inhe inheir o  que pas pas-
sava,
sa va, Hard
 Hardyy não ão p paare
recce ter  se a
 se a po poiiado na o na o b  bseser r vação
vação (nem na na tr adi dição
ção oral
 oral d  dir 
ir e-
ta)
a),, mamass em  fo  fonte
ntess  jorn
 jornaalí líssti
tica
cass. Essas f ont ntees (co comomo verem eremoos) são geralment eralmentee
eni
niggmáti tica
cass e o p  pacas
acas.. E o epi epissódi dioo, ass ssimim co com mo es está delin
 delinea eaddo no r oman mance ce,, com
sua orige
origem m ap apaar entem
ntemeente casual e sua expr essão   brutal, não não se a justa
a justa às evi vi--
dência
nciass mais "tí pic  picas"
as".. O leil ilão
ão de Su
de  Sussan Henchard não te não  tem m car acterí
acteríssti tica
cass ri-
tuaais; o co
tu compr 
mpr ado dorr apar ece fortuitam rtuitameent ntee e f az sua of er  er ta no   impulso
impulso do
momento.
moment o. Hard rdyy conse
onseggue r econ econstr trui
uirr o  e  e pi
 pisósódi
dioo e de dessvend
vendar  ar  asas s suas
uas conse
conse--
qüêência
qü nciass de  f or ma ma admir ável, ao a pr esent esentaar  o co  connsenso po pul  pulaar  ger al quanto quanto à
legi
egitimi
timida dadde da da t tra
rannsação e qu  quaant ntoo a seu seu ca  car  r áter ir revogá
revogávvel- uma con convvic icção
ção
cert
ertaament
mentee par tilha tilhada por Susa Su sann Henchard nchard'' Mas, s, e
 emm última
última análi lisse, a apr esen-
tação
ação d  dee H
 Haard rdyy ainda r ecaíaecaía n  noo m  meesmo mo es ester 
ter eótiptipoo do  T he he boo
book  of  ys..  "
 of d a ys  "DDe  mi
 mi--
nha parte
parte", di dizz o bê bad badoo Hench nchaard rd,, "não ve jo ve jo por que os homen menss qu quee têm
mulher es e j jáá não as qu queer emem não dever iam se ver li livvr es delas, com omoo esses
cigan
cig anoos f azem com  os cava cavallos velh lhosos [...]. Po Por que não de d everi riaam ofe ferec
recêê-I-Iaas e
vendê-Ia
ndê-Iass em leil ilão
ão a homens  que es estão pr ecisand ndoo   desse
desse tip tipoo  d dee a
 artigo?
rtigo?""
O pr essup uposostto subj
ubjaceacent ntee a amb mbos os os r elatos é que a ven endada da daees p posa
osa er er a um
 umaa
compra di dir eta d  dee  um bem.bem. E  E um
 umaa v  veez e esstab
tabeele leccid
idoo o es ester 
ter eótip
eótipoo, é d  demasiad
emasiadoo fá-
cil interp
 interpret retaar  a evid idêênci
nciaa  p poor mei eioo d doo c cli
licchê. P  Poode-se se entã
 entãoo adm dmiititir 
r  que
 que a es es p
 poosa
er a  leil
 leiloa
oadda co com mo um anim nimaal ou me merc rcaador ia, ia, talvez  contr a a  s  suua vovontade
ntade,, se j jaa
 poorq
 p rqueue o marid ridoo q ueriaria s see ver  r lliv
ivr r e dela
dela,, se ja  ja po
 porr moti tivvos purame
puramente te mercenári
 mercenários os..
Com
Co mo  t taal, o cos costumtumee  d deesaut utooririzava
zava q ualque
ualquer  ex  e xameme e  esscrupul
crupulooso. Podia ia s
 ser 
er  tom
 toma-

Tyb
ybuum fo
(1 1 ) foii, até 1783
783,, o  p
 pri
rinnci pa
 pal locacall de
de exec
 execuuçõ
ções
es pú bl
 blic
icaas em Lo Lonndr es.
es. "Gin Lane",
q uad
adr 
r o de W.
W. H
 Hogan
oganhh (1697-1
1697-17764
64)) r epr 
epr esen
enttando a d  deg
egr 
r adação dodoss pobobr 
r es alcooooli
lizzados pel
eloo gim
q ue ince
ncenntivo
vouu a ap
 apr 
r ovação
ovação do GiG inActe
Actem m 175 I, ta t axa
xanndo a beb
 bebiida pa
par 
r a ini bi
 bir  seu  co
 connsum
umoo. ( N.
 N. R.)
do co com mo um exe exemplmploo mela elanc ncóólico de abje abjeta o pre  pressão
ssão fe femiminina
nina,, ou co c omo ilus ilus-
tr ação
ação da le
da levviandad
ndadee com q ue o ue oss hom
 homeens  p  poo br es
es conconsid ider 
er avavam m o casa asament
mento. o.
Mass  é esse est
Ma ester eóti
eóti po
 po - e nã nãoo o f atoato de que que as es p es posas
osas erameram ocasion casionaal-
ment ntee vendid
endidas as - que requ requeer in invesvesti tiggaçã
çãoo. DeDe qual qualq q uer modo, par ecia ecia acon-
sel
elháve
hávell colet
coletaar  r    alguns
alguns dad dadoos ant antes es de a p  prese
resent ntaar ex pli  plicacaçções segura egurass. Na
déccada de 1960
dé 1960,  c  coom muitamuita a ju  juda
da de  a  amig
migos os e c  correspondente
orrespondentess, comecei a for-
mar  ar 
 ar quiv
quivos so so br 
 br e as vendvendas as "ritu
"rituais" nos século uloss   XVIII
XVII I e X IX ;  e no fina final da dé- dé-
cada de  1960  1960 e  e duran
 durante te   toda a d  déca
écadda de 197 9700, infli
 infliggi es boço
 boçoss des este
te caca pítulo
 pítulo a
muitass audiê
muita  audiênnci cias
as na na Grã-Br etanha etanha e no noss Est
Estados os Unido
 Unidoss. Em 1977, 1977, já  já tinh
tinhaa  un
 unss
trezzento
tre entoss ca cassos em mi minhnhaas fi ficchas as,, emb mbor oraa pe pelolo memennos cinqü inqüeent ntaa sejam
'dema
demassiado vago agoss  ou dovidos
dovidosos   para serem serem tom tomaados   como ev evididêência
ncia.. Ne Ness ssee
meio
me io tempo
 tempo,,   adiava
adiava a  a publicaç
publicação ão de mi minhnhaas  conclu
 conclussõe õess, em embo borara elas f oss ssemem
suciintam
suc ntamente ente relata
relatada dass  no trabalho de de outroutross pe pessqui
quissad
adoor es.
es.'   Novo adiament diamentoo
f ez
ez com
com que minha pesquis pesqui sa se tornass tornassee ultr  ultr apass
apassad adaa, pois
pois em 198 1981 foi publi publica-ca-
do um v
um volumeolume subs ubsttan anccial
ial,, W ive or  s aZ e  [E
vess f or   [Ess po
 possas à venda] enda],,  es esccr ito
ito por Sa Samumueel
Pyeatt Menef ee.
O es
estudo etnogr áfico áfico do s do  sII. Menefee foi realiz realizado co comomo disse
disser  r tação junto
junto
ao De partamento de Antropolo Antropologia gia   Social na Univer sid idaade de Oxfo for r d, e o as-
sunto talv talvez  tenha che chegad gadoo ao con conhe heccim imeento desse departamento
departamento q uan uando dei
umaa pale
um  palesstra sobre o te tema  num de de s  seeus seminários
eminários,,  Não po podia reiv reivindi
indiccar dir ei-
toss autorai
to  autoraiss  sobre o tópi tóp ico, e na r ealidade a minha inten ntençção f or a  de  dess pert
 pertaar  o in in-
ter esse
esse   históric
histórico e antr o p  poológic
lógico. o.   Ainda
Ainda as asssimim,,   minha
minha prim primeir eir a r eaçã
eaçãoo fo foii
conssiderar que meu trabalho se
con se t toorn
rnaara r edundante pela açã ação de ter ceir  ceir os.
os. O sr .
Menefee
Me nefee invesinvestigara
tigara o tem emaa  com gr  gr ande
ande  diligên
 diligênccia ia;; pe
pessqui
quissar a   em muitas muitas bi-
 bliottec
 blio ecasas   e repart
repartiçõ içõeses de r egi gisstr os ci civvis; reunira materia material mu muit itoo curio
curioso e às
vezees r ele
vez levvante
ante;; e ultrapa
ultrapass ssar 
ar a minha nhass  própria
 própriass  contas, com um a um a pêndic
 pêndicee de 387
casos. s. A
 Allém dis disso
so,, ele
e le papar tilha
ilhava va min
 minhared
haredefiniefiniçãoção do ritua rituall  a aoo d
 dar
ar a seseuu v voolum
lumee
o subtítulo "U "Um m estud tudoo   etnog
etnográficráficoo do di divórc
vórcio io po pular bri britâ
tânico
nico"". Com um
 pouco de tri  trisstez
ezaa - pois o tema me preocupara por alguns ano noss - deixe xeii meu
ensaaio de lado.
ens lado.
Retomo agor a o es  estudo,
tudo, apres apresen enttando-o tardi ardiaamen
mente te ao pú públiblicco,   porque
porque
não acho afinal que que  o o s sr.
r. Menef ee e eu eu tenhamo
nhamoss no noss repetido
 repetido,,  nem que que as as no
 noss-
sas in invvestigaçõe
estigaçõess se  re  re p
 poor tem às mes esm mas q ues uestõetões.s. O  s  sII. Mene
 Menef  f ee escr 
escr eveu
eveu o
textto c
tex  como
omo aprendiz
aprendiz de etnógrafo etnógrafo,, eseu eseu c  coonheciment
cimentoo  da his históri riaa soci
social  b  brit
ritââni-
ca e
ca  e de
 de suas
suas  di
 dissciplina
ciplinass  era básico. básico. Por isso, sso, tinha
 tinha pouco
pouco di discscernim
ernimen entto do c  coon-
texxto socia
te ciall,   poucos
poucos crité ritéri
rioos   para disti distinnguir  entr e a e  e~~idêdênncia con conf iável e a
adulterada,
adulterad a, e seuseuss ex exemplo
emploss f asc ascinant nteses a par ecem
ecem no me meio io de uma mistu stur 
r a de
material irr  irr elev
elevant
antee e  inte inter r  pr eta
taçõ
çõees contr adit ditóór ias.   Seu liv livr r o é mui uitto me metticu
icu--
losso e cuida
lo cuidadosament samentee doc docuumentad
mentadoo, ao ao que
 que deve
devemo moss agr ade deccer ,  mas ele não
 pode
 p ode se ser 
r  tom
 tomado como a p a paalalavvra f inalinal so br e a v  venda
enda d  daas es posa
 posass.
o r itual ta
talve
vezz tenh
nhaa int
inteer esse
e sse a pen
a penaas mar gin
ginal, e p
 poouca r elevâ
evânci
nciaa ger
geraal
 par a o comp
 pa mpoort
rtaament
ntoo sexual
sexual o ouu as
 as n
 noorm
rmaas con j juugaiaiss. A br e a p  peenas um umaa p
 peq 
eq ue-
na j jaanela para es essa
sass  que
 questões.
stões. Entr 
Entr etanantto, nã
nãoo há muit
 muitas as des
esssas j jaanelas as,, e nun
nu nca
ter emos
emos um umaa vi
vissão panor 
panor âmi
âmica até queque t toda
odass  a
 ass co
corti
rtinas
nas sese j jaam a b beert
rtas
as e as
as pe
 per 
r s-
s-
 pec
 p ecti tivvas se cru
ruzzem. Des esssa ev
eviidê
dênnci
ciaa fra
fraggme
menntári riaa e eniniggmátic ticaa, dedeve
vemmos ex-
tr air toda
todas as perce p pçõe
çõess poposs
ssíívei
veiss so br e as
as n noorm
rmaas e a sen ensi
si bili
 bilidade de um umaa
cultura pe perdid
rdidaa, bem
bem c  com
omoo sobr 
sobr e as c cri
rises
ses int
internas
ernas aos p
aos  poo br es.es.

As evid
evidênci ciaas ququaantit
ntitaati
tivvas a r espei
espeito da ve vend ndaa de es es po
 posa sass e sua f r  re  qü
qüêên-
cia sãsãoo, so b mu muitositos as p  pec
ecttos, as as  m
 meenonoss satis atisf  f atóririaas a se ser r em ofe ofer r ecidas neste
ca p
 píítul
tuloo,  por issoisso come
começareçarem mos po porr ela las.s. Cole
Colete teii  cerca de tr  t r ezent
ezentos os cas
casos, den-
tr e os  qu
 quaais rejeit
rejeiteei cinqü inqüeentntaa por  se ser r em duvid idos
osoos. Men Menefe efeee lista 387 casos, casos,
mas es essse núm úmeer o inclui muito muitos ca cassos  vagos e du duvid idos
osoos, freqüe
freqüent ntee co
contntage
agem m
duplaa  d
dupl  doo m
 mesmo
esmo caso, e caso casos qu quee não são v são ven enddas ri rittuais "ve verd rdaadeir as"as". Va Vamomoss
dizerr qu
dize quee tenh nhoo 250 ca casos
sos aut
autêênti
nticos,
cos, e q ue Menef ee ee tem tr ezent ezentos os.. Mas cerca
de 150  ca  cassos a par ecem ecem em am ba  bass asas li
 lisstas - casos co coliliggididoos em fo fontntees evi-
dentntes
es como
como N ot es and  Queries   Queries , os a  arqui
rquivos vos do  T he T imes ,  c  compil
ompilaç açõões de fol- fol-
clor e etc.  P  Poort
rtaant
nto,
o, j unt
untosos col
coletamos un unss qu quaatr ocent
ocentoos exe exempl mplos. os.
Ain
inda
da assassim im,, acachhei necesecesssári rioo podar  r    esse materi riaal, es p  peeci
ciaalm
lmeentntee nos
 prime
 pri meir 
ir os anos (an anttes de 1760) e naqu naqueeles dep epoois de 188 880.0. A A v  veenda ou tr oca d oca  dee
es p
 posa,
osa, par a serv erviiços dom doméstico coss ou sexuai uaiss, par ece ece ter  oco ocor  r r 
r ido
ido oc ocaasional-
ment ntee na maio aiori riaa dos lu lugagar 
r es e é p pocas
ocas.. Pode se ser r  a p
 peenas um umaa tra rannsação a b a beer -
r ant
ante, com ou ou se semm prete
pretensa base cont contr atual- é r egi egiststr 
r ada, às vezes, vezes,  a  aind
indaa ho j jéé
em di diaa. Inf eli lizzmente te,, algun unss dos os primeir 
 primeir os os exempl mploos não f or  or nece
ecem m qu quaase ne-
nhuma
nhu ma evid
evidêência qu quaanto à n  naatu
ture
rezza da pr átic tica.a. Ass
Assim im,, o r egi
egistr o de um his histori ria-
a-
dorr loca
do ocall  "
 " b
 baseado
aseado num num a  anti
ntigo
go documen
documento to rel
relati tivvo a Bil ilsston" - "Novemb mbro ro de
1692. J
1692.  Joohn
hn,, o filh
filho  d
 dee NaNaththaan White tehhouse se,, de T  Tii pto
 pton, vend ndeeu sua  mulh  mulheer ao s  sr.
r.
Br acegi
acegirdlerdle"" - po podde não possui
possuir  r , se
sem m o outr 
utr as
as ev evid idênci
ênciaas, a pertin pertinêência par a  s  seer 
cont
co ntaado co commo  um caso de ven venda r itual de  deees p  posa
osa..6 Mas a  allgununss  d doos exemp
 exempllos pos-
ter iores,
iores, emb emboor a mais bem doc ocument
umentaados, tamb mbém ém a pr esent
esentaam difi ficculd
uldaades.
Assssim
im,, em 1913, um  umaa j jove
ovem m  casa
 casadda afir 
afir mou
mou nu num m tr ibuna
ibunal de  p  peq 
eq uenas contr 
contr a- a-
venções de Leed Leeds (num caso de r eivindi ndiccação de sustent ntoo) qu quee o mar ido a
vennde
ve der 
r a por um umaa li br 
 br a a um um co
 colelega
ga de tr  t r a b
 bal
alhho q ue mor ava ava na r ua  v  vizi
izinh
nha.a. O fi-
lhoo fo
lh foii ado
adottado pel peloo seg egunundo
do homhomem em:: ele o acei  aceittou por sei seis se sem manas, e d e  depo
epoiis
manndo
ma douu q ue ela afogass
afogassee a cr ian iança. Mas ess essee homem mem já  já er a ca cassado, e m  maais ta tar 
r de
de
voltltou
ou à su sua  m
 muulher . Se ess
7
esse caso foi foi uma v  veenda de esposa  esposa,,  o costum costumee já est estava
num avançado est
num avançado estado de d decom
ecom p pos
osiição, e a pr 
a pr áti
tica
ca se a
se afas
fastatando
ndo do uso a  ant
nteeri
rior 
or -
mente aceaceit
itoo.
Há alguns casos ant anteses de 176 7600 e depepois
ois de 1880880 qu
 quee f ornecem
ornecem melhmelhore ress
evidên
idênccias. Mas,
Mas, par a fins
fins de con ontatage
gemm,   decidi deixa
deixar 
r  os
  os casos ante
antess de 1760
 paara his
 p histor iad
iador es
es mais be
bem m  qu
 quaali
lif 
f ica
caddos par a int
inteerp
rpreta
retarr a ev
evid
idêência
ia,, e ign
gnoor ar 
aqueeles de p
aqu  poois  de 188
1880. IssIssoo me redu
reduziu a 218 casos que
casos  que poss
posso ace
ceititaar como
autên
aut ênti
tico
coss en
enttre 176
7600 e 1880 80:: 8

Venndas de esposas: casos visí veis


Ve
176
760-
0- 1
 188 00 42
180
800-
0- 1840 121
1840- 1880
1880 55

Os casos
casos vie ier 
r am
am de todastodas as re  reggiões  da Inglaterra,
Inglaterra, mas só só tenho
 tenho um cas caso da da Es
 Es--
cócia ness nessee período e bem pouco poucoss ca cassos  d  doo Paí aíss  de Gales
Gales. Os condado condadoss co comm dedezz
ou mai aiss exemplo
exemploss são: De D erb
rbysyshire
hire (10 10),), Dev
 Devoon  (  (12
12)), Kent (10), Lancas Lancashir e (1 (122),
Lincolnsshire (14
Lincoln 14),), Middl
iddleseseex e Londr es es (19 19)), No Nottinghamsh
ttinghamshiire (13 13), ), Staffo
 Staffor  r d-
d-
shire (16 16)), W
 Waarwick shire (10), (10), e ( bem bem no topo da tabela ta bela)) Yo Yor  r kshir 
kshir e (44 44)).
Ess
ssees  n
 núúmer os os momosstram pouca coisa, exc coisa, exceto eto que
que a pr prát
átic
icaa cecer 
r tamente
tamente oco ocor-
ria, e em muitas muitas re reggiões da Inglate
Inglaterra. Os Os números são ão de casos vis
 de ca visí í vei
veis ,  e a visi-
 bilidadde dev
 bilida evee se serr conside
considerad adaa em pe pelo menos trê trêss sentido
entidoss. Pr Prim imei eir 
r o, sãsãoo
ocorr ência iass cujoujoss vestí tíggios   por ac acaso se to tornara
rnaram m clar os os   para mim.mim. Emb mboor a
Menefeee e eu aprese
Menefe apresentemontemoss o me messmo perf il geral ral,,  em certo sentido sentido  ambo amboss de de--
 pendemoss  do que
 pendemo que chamou
chamou a at ateenç
nçãão do doss  fol
 folcclorista
loristass ou do qu quee fo foii regis
registrado pe-
loss j joorn
lo rnaais me mettrop
ropoolitano
tanoss. Não exis existem f ontes ontes das as quai
 quaiss se po poss
ssaa extrair uma
amos
mostr  tr a sistem
temáática
tica,,  e apenas
apenas  uma pesq  pesq uisuisa detalhada nos nos jornai
 jornaiss pro provvinciano
incianoss
de toda dass as  r egiõe
giõess   poderia
poderia pr etende tender  r   criar  tal amos amostra tra..9 Segundo
Segundo,, ha havvia ocor 
ocor -
r ência
nciass  que titinham de adqui adquirir uma c uma  certa
erta notoriedade par a deixar algum tipo de
vestí
ves tíggio nos
nos r egi gisstr os.
os. UmUmaa venda ritual na na p
 pr r aça
aça do mer cado de uma uma cidad idadee  r e-
lativvam
lati ameente grande poder  poder ia te ter 
r  esse
  esse efe
efeiitoto,, ma
mass  tal não não  acont
 acontece eceririaa nece cess
ssar 
ar ia-
ia-
mente com uma venda pr  pr ivada numa tav tavernaerna,,  a não s
não ser er que fossfossee acompanh
companhaada
de alguma cir cun unsstânc
tânciia inusinusit itaada. Como
Como a s  segund
egundaa f orma orma era a pr efer  efer ida em
algun
lgunss di disstrito
tritos,
s, e ger alm lmeentntee sub ubsstituiu a prim  primeeira f orma dep epoois de 1830 ou ou
184040,, não há es há es pe
 per r ança
ança de r ecu pecu peera rarr quantidades
quantidades pr ecisas. ecisas.
Mas é a visibilidibilidaade num terce terceir o sentido a q ue tem ma mais im  im p
 poortâ
rtânncia, aq ue ue
of erece
erece restriçõe
restriçõess mai maiss  ampla
 amplass a qua qu aisquer quantif 
quantif icaç icaçõões,  e aque il iluustra a n
a na-a-
ture
ureza za escorr egadi gadiaa das ev evid
idêência
nciass  com que que d  deve
evemomoss  lidar. Pois Pois qu quaando foi foi q ue
a venda
venda de es de es po possas se tornou visíve sívell a um públ úbliico re refi
finnado ou dou dee c  classe
lasse méd édiia,
sendo
endo assi assim m digna
digna de um  umaa  nota na imprensimprensa? A res po res possta d~ d~vve es esttar  r 
 r elacio
acionnada
com
co m mudamudanças in indist stinta
intass na co consciênci ênciaa social,
social, nos nos padr ões ões mor ais e nos v  vaalo-
res das
res  das not notííciaias.
s. A pr átic icaa se totorn
rnoou te tema
ma d  dee r epo
eportartagegem m   ecomen
ecomenttár ios ios  mais fre- fre-
q üentes
üentes no in início do sécu século lo   XIX. Duranturantee grande
grande part partee do sé século X V U I , po por 
r ém,
ém,  o
 oss
 jornaiss não se
 jornai se pr 
 pr estavam a vei veicul ulaar come ment ntáári
rioos soc ociiaiaiss ou doméstico icoss des essse
ti po.
 po. Há H á b boas
oas r  r azõe
azõess  para se s se supuporor q ue as v  veenda
ndass de de es
 es p
 poosas f oss ossem am am pl plaamen entte
 pra
 p rati
ticadas
cadas be bem antes de 179 7900. O cos costu tume
me foi foi popouuco notic oticiiado
ado,, por q  que
u  e nã
nãoo er a
consider 
conside r ado digno de regi registr o, a men menos   que al alguma cir cun unsstânc nciia adicional
(côômica, dramát
(c dramática ica,, tr ági
ágicaca,,  esca
 escanndalosa
dalosa)) lhe con conferi
ferissse interes teresse se.. Esse sil ilêêncio
 poode ter ac
 p acontecid idoo por vári várioos motivo ivoss: ignor ância poli lida
da (a di disstâtânncia en entr e a
cultur a do pú b  blilico
co de j joorn rnai
aiss e a do doss po b  bres)
res),, indindiif eren
erença a um um cost
 costuume tã tãoo
comuum qu
com quee n  nãoex
ãoexiigia co  com ment ntáár ios, ou a  aver 
ver sãoão.. As ve vendandass d  dee e
 ess posa
 posass to tor 
r nar 
nar am-
se di
se  dignas
gnas de m  meenção na impr  impr ensa junto junto com o r  o r eflor 
eflor escim
escimeent ntoo evan
evangé géli lico
co,, quque,e,
ao eleva evar  r  o limimiiar  da toler erân
ânciciaa da class ssee médi dia,
a, redefin
redefiniu uma q ues esttão de
"ignor ância" po pul  pulaar  como um umaa  q uest
uestão de e  esscâ
când
ndaalo pú bli  blico.
co.
Iss
ssoo tetem m co connse seqü
qüêências in infefeli
lize
zess. Poi oiss em bora a prá práttica se j jaa às ve vezzes re re--
latada depoidepois de 179 7900 co
 com mo co com médi diaa ou  caso de int intere
eressssee human anoo, é mais fr e-
qüeent
qü nteemen entte notic iciiada   num to tom  de desaprova
desaprovaçã çãoo mo mora rall tão f or te te a p  poonto de
oblliter ar 
ob r aaqu
queela evidên ênccia  que
 que s  sóó a o bj
 bjeetivid idade
ade podpoder ia ia ter  produ
 produzzid ido.o. As ve vennda dass
de eses p
 posa
osass mos osttravam q ue um  um "  "ssiste
tem ma de c  coomér ciocio de ca carn
rnee humhumaana"  não es esta-
va "co conf 
nf inado às às praias da Áfr ica"; a corda orda q  q ue
ue pr endi
endia a es p  poosa poder ia ia ser m
ser mai aiss
 beem em
 b  em pr 
 pr egad
egada par a e  enf 
nf orcar 
orcar  ou c  chi
hicocottear as as p
 paar tes
tes in
 intter ess
essadas na tran transaçãoação;; e
(co
comu mume mennte) er a "uma cena muito desagrad desagradável   e vergonh vergonhoosa sa"" (S (Smith
mithfiefielld,
1832),
832), "  "um
umaa dessas
dessas ce cennas  revo
 revoltant
ltanteses q ue são u são uma ma des
desgr aça par a a soci sociedade ci-
vili
iliza
zadda" ( No  Nor  r wich, 1823) 823),, "um umaa tr ansação indece ecent ntee e degra egraddante" (York ,
1820). ). O
 O mamar ido q ue ven endidiaa a esposa er  er a  "
 "uum anim nimaal em fo formrmaa hum umaana" ( No  Nott-
tingham am,, 1844 844)), e a pr ó pri  priaa es p  poosa er a um  umaa "  "vagab
vagabuunda de dessavergoergonh nhaada", ou o b  b--
 j jeeto de pi  pieedade senti sentimement ntaal.
Isso dific ificul
ulta ta a in inves
vesti tiggação
ção..  Um côm put  putoo por d
por  déca écadda dos caso asoss visív ív..ei
eiss
ent
ntre
re 1800
1800 e 186 8600 r evela:
evela: 18  18000-9,22; 1810-9,32 32;; 1820-9
820-9,3 ,333; 183 8300-9 -9,,47; 1840-9 840-9,,
22;; 1850
22 850--9, 14.'0  S  See tr 
tr açad
açado nu num m gr áf ico,ico, es essse c côômput
mputoo mostr 
mostr ar i;l um umaa cur  cur va as-
cennde
ce dent ntee de ven venda dass, atitingi
nginndo o c  clím
límax ax no in início da décad década de 1830 830 (  (nov
novee ven ven--
das  em 183 1833)  e depois cain caindo do abruabru p pttamen entte. Mas um gr áf ico das ve vennda dass r eai
eais
 pooder ia
 p ia se c  coontr a p  por
or a um um gráfico
 gráfico das das venda
vendass visíveis. Poi oiss esse
esse  últi
 último mo não r e-
vella as vend
ve ndas as,,  mas a afront afrontaa mor al pr ovoc ovocada pelas ve vendndaas. Ess ssaa afron
afronta er a
acom pa  panhnhada
ada de ude uma ma cres
crescen entte ação con contra as as ven
 venddas por  por  part
 partee d  dee m mag agiistr ados,
 policia
 poli ciaiis, fu funncionári rios
os do mercadmercado e m  moor alistas. Er a tamb ambéém ass ssoocia iadada a um  umaa
cor 
co r rent
rentee cada vez ma maiis fo fortrtee de  de dessa pr ovação
ovação no âmbit âmbitoo da p  pró
ró p pr 
r ia
ia cultura po po-
 pul
 p ular,
ar, al alimen enttada por f onte ntess eva
evanngé gélilica
cas,s,   raciona
racionalistas e rad radicaicaiis ou s  siindi
ndicacaiis. É
 beem  po
 b  posssísívvel q ue as ve  vendndas as r eais tenha nham m atingido o c  cllímax em em alg
 alguum pont ntoo no
séc
écululoo X V I Il ou b  beem no in início do sécul séculoo X IX , e a publi publiccid idade
ade dad dada às às v veendas en- en-
tr e 1820 e 18 1850 pode pode  ter revela
revelado do r esídu duos
os tar dio dios e u  umm tatannto enverg rgoonh nhaados de
umaa pr ática já em
um em de decclínio. Ess ssaa   publici
publiciddade ade,, po por r  sua vez, pod pode ter  ajudado  ajudado a
ex pul
 pulsasarr a venda de esposas da pr aça aça do do mercado
 mercado,,   fazend fazendo co com m qu quee  a prát
prática
adota
dotassesse for 
for mas
mas mais di disscret
retaas.
Algumas evidên evidências lit liteer ár ias
i as co connf irm
rmaam   essa su sugestão
gestão..   AssimAssim há uma
clar 
cla r a descrição de venda ritu rituaal  da es p es pos osaa, com le leililão
ão públ
público e com com entre ntregaga da
mulher 
mulh er  pr esa
esa por 
por  uma
  uma cor da, nu num m tratado legal legal primo
 primor  o so so br e Th
r oso Thee laws r es- es-
 pecting women as they rega regar  r d their natural rights [As lei  leiss coconcnceement ntes
es às mu-
lheere
lh ress n
 noo que
que d  diiz r es p
es peeito a se seuus d  direi
ireittos natunaturais
rais]],  publ
 publiicad adoo em 1777 777.. N Nemem e  euu,
nem Men M eneef ee ee temos muit uitos
os casos an antes de 1777 que
1777 que indi indique quem m clar ament ntee uma
venda
ve nda ri ritu
tuaal, m
 mas as o autor
autor desse
desse t tr  r atataddo não te  teri
riaa moti
 motivos vos p  paarara i innve
ventntaar  a
 a qu
quesestã
tão.
o.
Em se  seuu  Observatio
 Observationns on po pu po pular lar ant antiquiquiities   [Obser 
[Obser vaç vações sobr  sobr e an anttiguidad
iguidades es
 po pul
 po  pulaar es]
es], JohJohnn Brand tam bém r ela latata a prát
prátic icaa em te termo
rmoss q ue suger em e m resí-
resí-
duos de um umaa tra radi
diçção mais vigor  vigor osa osa: "Um Umaa sup upeer sti tiçção   extraordi
extraordiná nár 
r ia ainda
 pr eval
evaleece ent ntrere os mais ba baixos dentre dentre os vul ulga
gar r es,
es, a  de qu quee um homem   pode
vendder  legalm
ven lmeent ntee a su suaa mumulher  para outr o, o, desde qu quee ele a e  entr 
ntr egu
egue co com m uma
cord
co rdaa ao red redor do pesc escooço"." Com base base ne nessssaas r ef ef erênc
erência ias,s, poder íamos sup supor or 
que a vendvendaa ri rittual da es es po
 posa
sa er a lu luggar-ar-com
comum um em 17 177777,,  dificil
 dificilme ment ntee di digna
gna de
com
co ment ntário
ário,, e  que as assim o for a por um sécul éculoo ou mais mais. Ac Achho tal  coisa im- im-
 pr 
 p r ovável
ovável, e  o tom dos r elatos na na i impr 
mpr ensa sug ugereere uma evo evoluçlução ão di dife
fer 
r ente
nte.. As-
sim, um caso
um caso de O de Oxf  xf ord em
ord  em 1789 1789 é r egis isttra
rado
do co com mo "o mod modo vulgar de de divó
 divór  r cio
cio
ado
dottado ul ulttim
imameament ntee"; em 1790, um r elato de Derb rbysyshihirere fala
falava va da entr ega ega da
mulher
mulh er pr esa
esa nu num ma co cor r da "na f orm rmaa  habitual que te tem s  sid
idoo p  pr 
r atica
aticadda no noss úl
 últi
timo
moss
tem p
tem  pos
os"", e n  noo mesmo an ano j joornrnais
ais de Derb  Derbyy e B  Biirmingh
rmingham am ach achaar am necess ecessár  ár io
io
o b
 bservar 
servar  qu quee, "co "como mo   casos de ven venda de es p  posas
osas vinh vinhaam oc ocor  or rendo
rendo com fre fre--
q üênci
nciaa entr e a classe mai mais baixa do po do povo vo"", essas vend vendas as er am "il ilegais
egais e sem
efeitto"
efei o".." Isso poderi deriaa suge geri rir 
r  qu
quee a ven venda  de es p  posas
osas,, na sua ua·· .f()
f()[[ma
marituritual
al do
leilã
ilãoo na pr aça aça do m  meer cado e da mulh da mulheer  pr esa esa po por  r  uma
 uma corda corda,, em b  bora
ora di dif undida
undida
em al alggumas re reggiões do p do  país
aís,, esesta
tavava em 1777 a p  peenas lent ntaament
mentee se espalh espalhando
 par a outr as as r egiões."
egiões." Por vol olta ta da décad
década de 1800, os j os joorn rnaais se se r 
 r efer 
efer em a ven- ven-
das "no estiloestilo ha ha bi
 bittual" e a  a "ce
 "cennas ver  ver gonh
gonhosas osas que ult ultiimamente  têm se t se toor na-
na-
do cocomun
muns" s" .'. Mas a e a evvidêdênncia a res p  pei
eitto dessa evoluç evolução ão é in  incecerta
rta,,  e a quest
questão
deve ficar 
ficar  em
 em  a a b
 beer to.
to.
É se
 semp
mpre re ince cer r to se os casos r elata ataddos são a ponta de um iceberg ou um
índice verdverdaadeir o de f r  r eqü
qüêência. ia."" Em Em qu  quaalq uer 
uer  moment
  momentoo ant nteses de 1790 790--1830, a
visib
sibilid
ilidaade não pod
não podee ser ser tomada como indi dica
caddor  da na natur ezaeza excepci
excepcional do ca-
so. Qua
Quanndo em 1819 o pároco de Cli Cli psh
 psham em Rutla Rutlannd acusou acusou um um paroquia
 paroquianno
de compr 
compr ar  a es espo
posasa,, o b  bse
ser  r vou
ou--se q ue "o co compmpr  r ado
dor  r  fet
fetii escol
escolhhido para ser 
 puuni
 p nidodo por ser  ser oo maimais rico e o mais mais  aprop
 apropr  r iad
iado para servi servir de exem exem plo  plo"" - mas
Clii psha
Cl  psham m naq uel uela época titinha ap apeenas 33 33 casas e 173 73 h haa b
 biitantes. '6 Na  Nass  década
 décadass
de 1
de  1830e
830e 1840,
1840, entreta
 entretannto, há mais sugestões de q ue os casos visíveis eram c eram con on--
sid
iderados
erados inusit itado
adoss ou  resíduos de costumes an antigos
tigos.. Em 1839, uma  uma v  venda
enda em
Witney f oi vista como "uma de dess
ssas
as oc ocor 
or r 
r ênci
ê ncias
as ve vergrgoonh
nhoosa
sass, fe fellizmente pouco
[ ...... ] f r 
r eqü
qüeente
ntess";   enqua
enquanto um umaa ve vennda em Bri Bridl
dliington no an anoo ant
anter ior  fofoii co
com-
m-
 para
 p aradda a "um umaa tr ans
ansação semelhan antte" ocorrida na mesma cida dadde dez anos
ant
ntees.'7
O co connse
sennso da opini
opinião es escclar ecida
ecida na met etad
adee do séc écuulo X IX   era o de qu quee a
 pr 
 p r áti ticca existia apenas   entr e os est estr atos mai aiss in
infe
feri
rior 
or es dos tr a b  baalhadoreoress, es es pe-
 pe-
cialment ntee nas zonas rur ais mai aiss afast
afastadas as:: como Br  Br and diss ssera
era,, "os   mais baixos
denntre os vul
de ulgares"
gares".. Isso pode se ser 
r  ver if ica
caddo pe pellas ocup
ocupaçõe
açõess at atr 
r i buíd
 buídas ao mar i- i-
do ou ao com p  pr 
r ador na  m
 miinh
nhaa amos ostr 
tr a.
a. Emb mboor a a n  naatu
tureza
reza dos r elatos não gar  gar an-
ta pr ecisãoecisão de info nform
rmaçõe
açõess, sãsãoo atr i buí
 buídas ocup upaçõe
açõess em 158 casos casos:
V enda
ndass de espo
esposas sas:: oc ocuu pações at r  r ibu
ibuída
ídass aoao m maari
ridodo ou ao c  coom p pr 
r ad or 
l5 Trabal
rabalhadhadoor es
es
8 M
 Miineir os de ca  car r vão (incluin uindo do os os m miineir osos e osos t tra
ra b
 baalh
lhad
adoor es
es nos poço  poçoss da dass  m
 mii-
nas)
7 Oper 
Oper ários
ários em em es  esccavaçõeaçõess (inc nclui
luindo
ndo os os q 
 q ue coconnstruíruíaam valas e d  diique
ques)s)
6 Coch
Cocheir os os (in inccluind
luindoo po posstilhõe
ilhõess e ca cavalalaar iços)
5 Fe
F er r 
r eiros; agricult
agricultoor es; e s; tr tr a b
 baalh
lhadore
adoress  da faz fazenda ou "  "hhomen
menss do do c  campo"
ampo";;   sapa-
sapa-
teiiros
te ros;; so
solldado
dadoss; al alf 
f aiates
4 Li
Limpado
mpador  r es de c  chham
amin inéé; jard rdiineiros
3 As
Asssentador es es de tij tijoolo; f abr  abr ican
icante tess de ti jol jolo; açoug ouguueiro ross; carpinte nteiiros ou
mar ceneir 
ceneir os;
os; o pe  per r ário
rioss da fá b fá br 
r ica;
ica; neg
negoc ociiantetess dede c cava
avallos ou gado  gado;; fab fabr r icant
icantes
es
de pr egos;
egos;   latoeir os os
2 Pade
 Padeiiroross; escre
escrevvent entes;
es; condu
condutore toress de bu burr os;
os; lixeir os; os; cavalhe
cavalheiiros ros;; invenvern rnaador es
es
de gad
gado; moleir os; os; tra b  baalh
lhado
ador  r es   em fer ro; ro; mar inhe nheir ir os;
os;   fabrica
fabricant ntees  de malh
malhas; as;
 barq 
 b arq ueiroross; tecel
tecelõe õess
iFabrican
Fabricantte de  c  cesesttas; venvendedor  amb ambul ulaante de co
de  co be ber 
r tor es;
es; fa br icante de de c calça
alçass;
 bootoeir o; car r 
 b r ocei
oceiro; lim pado  pador  r  de cin inza
zas;s; fab
fabr 
r icante de lã; lã; ca
 car r voe
oeir 
ir o; cacavvado
ador 
r ;
 peeleir o; vend
 p ndeedor  amb mbuulant ntee de bolo de ge genngi br 
 br e; chape apelleiro
eiro;; ve venndedo
dedorr de
fenno; cond
fe conduuto tor r    de porc
porcos os;; ac aceendedo
dedor r  de lam p  piiõe
õess; pedr eir o; o; f a b  br 
r ican
icante de
collchões; funcioná
co onár  r io;
io; pint ntoor ; ta tave
vern
rneeiro
ro;; merca
ercaddor de tra trappos
os;; car regad
regador de
ar eia;
eia; ser 
ser r 
r ador 
ador ; aceir 
aceir o;o ; cor 
cor tad adoor  de  pedra
 pedra;; cor tador  de de p paalh
lhaa; negoc
egociiante; gua uar 
r -
da f lor estal
estal
Desig ignnad
ados
os antes pel pelo ca car r go,
go, sit ituuaçã
açãoo de vida etc., do q ue pe pella  o
 ocupaçã
cupaçãoo:   mendimendi-
goss (2); pe
go pennsioni
ionistas
stas (2); r ecém ecém-chegado hegadoss do do e exílio
xílio (2); caçad adoor ilegal (I); e H  Heen-
r y Brydg
 Brydgees, 2" du duque que de Chando doss.
Deve-se ac acr 
r escenta
escentar r  a es
essa
sass suges
gesttõe
õess geger r ais
ais (ma
mass im pre
 precisa
cisas)
s) qu
quee a vend
vendaa de
es p
 posa
osass er a pr edom domiinant
antee ent ntr 
r e ce
cert
rtos
os gru ru pos
 pos ococup
upacaciionais, como o p  peer ár ios
ios de
f er rovi
rovias, barqu rqueeiro
ros,
s, fu funnileir os am b  bul
ulaant
ntees ou via j jan anttes. Mas oc o cup
upações
ações
alt
ltamen
amentte pi piccare
aressca
cas,
s, co
comm gr andndee mo bili
 biliddade e muit uitoos   acas
acasos
os da sor te, par ecem
ecem
ter  enco
cor 
r a j jaado   - como acont conteece com os mar inhe inheir os e os soldados - notaç açõe
õess
difer 
dife r ent
ntes
es de "c "caasame
sament nto"
o",,   que eraera visto por  r aamb
mbos os os lad
os  lados os como um arran j arran joo
mais  t tra rannsitóri
tório. o.
Essa ta b  beela de  ocup ocupaçõ açõees traz  pouc  poucas as surpr esas esas (à exc exceçãeçãoo do duque de de
Chand ndos).
os)."" Há Há um
 um gr and ndee grupo (19 19)) envol olvvid
idoo de algu gum ma ma manneira com o
comoméérci rcioo de gado e tr ans ans p  poort
rtee, fr eqü qüeent ntaadore
doress pr ova ovavevelm
lmeent ntee assíssíduo
duoss do doss
merca
me rcadodoss de ga gaddo. Outr o  grup  grupoo (14 14)) vem dos dos ofíofíccios de con
de  consstru trução
ção,, que parti-
lhav
lh avaa co com m os
 os tr 
 tr abalhad
abalhadoor es es em em es
 esccavavaçõ
açõees uma gr ande mobili mobilidad dadee. Os r estant
estantes es
são os de sta tattus social
social ma mais elev evado.
ado. Dos Dos dois r e put  putaados cava avalh lheeir os,
os, um co c om-
 pr ou a mulh  mulheer de um fabrica fabricant ntee de lã em em Mids
Midsom omeer  Nort ortoon, SomSomeer set,
set, por  seis
 s eis
guinéuss  em 1766;
guinéu 1766; não é menc mencionado ne nenhum ritua ritual públic
público, a venda f oi por con- con-
trato particula
particular , e, pel pelas as dedecclar açõe
ações da es po  possa,  ela nã não f oi
oi cons
consul ulttada (ve (verr p.
249-50)). No
249-50 No outr 
 outr o caso aso,,  em Ply Plymouth em 1822 22,, o c  cavalhei
avalheiro ro er a o m  mar 
ar ido
ido e  o
vendedor da da es es posa
 posa:: vo voltar 
ltar emomoss a ess essee ca casso inusitadame
inusitadamente bem doc document
umentaado
( pp
 pp..  25
 2533-4-4)). Ainda outro cas caso,  em Smithf Smithf ieldield em 1815 15,, cham
hamoou a ate atençã çãoo pr e-
cisasam ment ntee por caus causa da riqu ri queza
eza e s  sttatu
tuss dadass  parte
 partess envolvida olvidass: o mar ido era in-
vernador de ga de gaddo, o co  compr 
mpr ador um " um "famofamoso so negociante
 negociante de cav caval alos"
os",, o pr eçoeço da
compr 
co mpr a er a eleva elevado do (ci(cinqüenta
nqüenta guiné guinéus e "um cava avalo lo v
 valio
aliosso qu quee ser 
ser via d  dee m
 moon-
tar iaia ao compr ador") or"),, e "a dama (o objeto da venda), jove jovem m, bela e  e  ellegante-
mente ves vestida
tida,,  foi levlevad adaa  ao merca
mercado numa carruagem, e e  exx po
 possta aos os olh
 olhos os do
compr ador  com uma  corda de se de  sedda ao r edor dos dos ombro
o mbross, que que es  estav
tavaam co co bert
 bertosos
 por um ric ricoo vé véuu de re renda
nda branc
branca". Ob Obse ser 
r vou-
ou-sse na impr ensa em tom de de rere--
 pr ovaçã
ovaçãoo que que "  "at
atéé ent
e ntãão s  sóó vía
 víamo
moss  aquele
 aqueless q ue ue pertence
pertencem às class assees  m
 maais bai
 baixas
xas
da s
da  soc
ociiedade degra degrada danndo-do-sse de dessssee jeito"
jeito" .'9
O perfilrfil o ocupaci
cupacioona nall sug uger 
er ido
ido  por ess essaa amos
amostr a não é o dos ofí o fíccios
os de
 de luxo
luxo,
nem o dos arte  artessão ãoss ququaalifi
lifica
cadodos,s, ma
mass oda cultura plebéia mais mais antig
antigaa qu quee os p
os pr r e-
cededeu eu e por 
por  muito
  muito tempo
tempo com ele eless  c
 cooexis
xistiu.
tiu. OsOs trab
trabaalhador es es  na indús
indústr ia pro-
duto
du tora ra de f i bra
 bra têxt xtiil, tecido
cidos, s, estã
estãoo b  beem po p ouco r e p  pr 
r ese
sentad
ntados;
os; embora
embora Yo York shire
forne
fo rneça ça maimaiss exempl
exemplos os do que
do  que qualquer  outro condado ondado,,   York shire apr esenta esenta
mineiross  de car vão e of 
mineiro o f íci
ícios  não qualif 
qualif icados
icados,  mas nenhum tosq  tosq uia
uiador ou car-
dador , e a penaa penass dois tecel tecelões.
ões. Há
 Há ferr eiro iross  na amos
amostra tra,, ma
mass  nenhum enge eng enhenheiir o
ou f 
ou  f abric
abricant antee de inst strum
rumeentos; há o perár ios i os emem esc scavaçõ
avações,es, ma mass  nenhum tr a-
 baalh
 b lhaadodorr do es esttale
leiir o;  e apenas trê trêss tr a balhadore
 balhadoress de moinho moinho ou o p  peer ário
rioss de
fábrica.
fáb rica. Po Por  serem
  serem cas asada
adass, as  mu mullhe her 
r es são de  desc
scr r ita
tass pela sua ua ap
 apar 
ar ência, com-
 poortament
 p rtamentoo ou sup uposta
osta condu conduta ta   moral,
moral, mas as muit
 muitoo r aramente
aramente pela oc ocupupaçã
açãoo.
Mas sabe abemo moss q ue ue havhavia ia duas
duas emprempreggad adas
as   de minas
minas;;   pelo menos menos duas eram eram
menddigas, vendid
men vendidaas par a   poupar as as taxas as assiste tennciciaais da paróq uia uia;   uma era
o pe
 perá rári
riaa dede fá
 fá bri
 brica
ca,, e outra
o utra f azia
azia novnoveloeloss  numa f iaçã ção.o. '
Ser 
Se r ia vão ( por  razõe   razões que se se t toornar ão ão evident
evidentes es)) q uanantitif 
f icar a elev
elevação ou
a q ueda
ueda do do pr 
 pr eço
eço dadass es es p
 posas.
osas. No topo topo  d  daa lis
li sta
ta (
 (um
um caso
 caso ininsatisfató
sfatóririoo), um car -
voeiro de Wol Wolve ver 
r ham pt
ham ptoon, em 1865 865,,  t ter 
er ia
ia supuposostam
tamenteente vendid
vendidoo a esposa para
um mari rinnheiro amer icano por  cem li br  as, mais 2 S  lib
 br as, librras por cada uma das das duas
criaanças.'" No out
cri utr 
r o extr emo, as es po  posa
sass er am ent ntreg
reguues de gra raça
ça ou por um
co p poo de cer 
cer ve j
ve jaa; o vavallor  mais ba baiixo negoegoci ciaado fofoii tr êsês f ar things
gs.. Talvez o pre reço
ço
médio esti tive
vess
ssee na fa faiixa de dois xe xelin
linss e seis penc encee a cin incco xe xellins, embor a
muittos exem p
mui  pllos   fiquem ac aciima ou ou abai
 abaixxo de desse
sse vavallor . Mas o  m  maarid
ridoo freqü qüeente-
ment ntee exexiigia um umaa ti tiggel
elaa de po ponch
nchee ou um galão de cer ve j jaa além do pr eço eço da
comp
co mprara,, e às vezes   algum outro arti rtigo
go - um r elóg ógio io de pul pulsso, uma peç eçaa de
r oup
upaa, um umaa por çãoção de ta b  baaco. Um co condut
ndutoor de bu bur 
r r 
ros
o  s de We Wesstminminsster  ve vendeu
ndeu a
es po
 posasa   para out utro
ro con
conddut utoor por tr eze e ze xexeli
lins
ns   e um bu burro. Num caso mui uitto citad adoo
em Ca rlissle (1832)
Carli 832),, um agr icultor , q ue ar rendava rendava 42  ac  acr 
r es, ve
venndeu a  es  es p
 poosa par a
um pensioni ionissta por vin intte xexeli
linns e um gra grannde cac achhorr o   terr a-n-noovava.. El
Elee r etiro
tirouu do
 peescoço   da mul
 p mulher a co corrda de pa pallha co comm qu quee a con
conduzir a ao   merca mercado, e colo-
cand
ca ndoo-a ao r edor do pes pescoço de sua nova   aquis aquisição
ção,,   dirig
dirigiu-
iu-sese à ta tave
vemma ma maisis
 pr óxim
óximaa."

Iss
ssoo é bom para aque aqueles que go gosstam de fo  f oca cass q uanti
antita
tattivasas,, mas deve evem mos
ago
gor 
r a empre
mpreeend
ndeer tra b  baalho sé sério
rio e q uesestio
tionnar : ququaal é o signi nif f ica
cado
do da for ma ma de
com
co m po
 portam
rtameent
ntoo que tent entaamos cal calccul
ulaar ?   O materia
material a p  par 
ar ece
ece na impr ensa com
 bastaante fr eqü
 bast qüêêncnciia, de f orm rmaa abr evi eviada ou de vez em qu quaandndoo sen enssacionali lissta,
opaaca à in
op inves
vesti
tiggaçã
çãoo. A notí tíccia pode ser br evíss evíssima: "Na ter ça- a-fe ir a, 2 S  de
feir 
f ever eiro
eiro,, um ce certo
rto Hud udso
sonn lev evou
ou a sua mu mulhlheer para o me mer cado de St Staf 
af f 
fo  rd e
vendeu-
ve ndeu-aa em leilã ilãoo púpúbl
bliico
co,,   depois
depois de muitas ofe fert
rtas
as,, por  cinco xe xellin
inss e ci cinnco
 peence".
 p e".222 "U
"Umm suj ujeeito chamado Jack son vendeu a sua mulher  mulher    por de dez xe xellininss t <
seiss pence em R etf ord
sei rd,, sememaana passa ssadda, no mer cad adoo púpúblbliico."2
co."2]]  Ou a no notítíci
ciaa po po--
dia ter um tom mais mais joco
 jocoso:
so:
Segund
undaa-fei
feir 
r a passa
ssadda, Jonatnathhan Heard
eard,, jardine
 jardineir o em Wi Withthaam, vend
endeeu a mulher  e
o filho, uma
uma ave e
ave e onze por cos, por  seis guinéus, pa para
ra um a
um  assse
sentad
ntadoor de  tij
 tijoolo
loss da
mesma loca calid
lidaade
de.. Ho j jee ele os pediu
pediu de vo volt
ltaa e os
os receb
 recebeeu de bra
braço
çoss a b
 bertos
ertos no
meio de uma
uma enor me   multi
multidão. Os  ma  maiis bem inf ormado
rmadoss ac achham que o
que  o as
asssen
entad
tador 
or 
de tijol
tijolos f ez  um pés
péssimo negó egóccio."
Ou a notí
tíccia po
poddia se
serr be
b em mais co mpleeta. Em 184
compl 841 1, o Der by
by M er cur  y
descreve
escreveuu um
umaa "c"cena
ena ver gonhosa
gonhosa"" no  mercad
 mercadoo de Staff ord
rd::
Um tr abalh
abalhaador de há há bit
 bitos
os vadios e diss ssol oluutos chamad
madoo R odney Hall ll,, do
domicilia
micilia--
do em Duns
Dunstone Hea eath
th,, pe
pert
rtoo de Penk  bridg
 bridgee, co condu
nduzziu sua mu mullher papara a cicidade
dade
com
co m um
umaa co
 cor 
r da
da pre
presa
sa ao redor 
redor  de
de s
 seu
eu co
 cor r  po, co
com
m o o bje
o bjettivo de de v
 veend
ndêê-Ia no merc
 mercaa-
do públi
p úblicco a quem f izesse a me  mellhor  of erta
rta.. Depoepoiis de  l leevá-Ia ao mer 
mer cad
cado e pagar  o
im posto, ele a fez desfila
filar 
r  dua
uass vezes pel elaa pr aça, ququaand
ndoo veio ao ao s
 seu
eu enc
encoontr o um
homem chamado Barl rlow
ow,,  do
 do m mes
esmmo tip ipoo d
 dee vid
v idaa, qu
 quee a comp
compro rouu por  dezo
 dezoititoo pence
pence
e um
umaa qu
quaart
rtaa de  c
 ceer vej
ejaa, e ela fo
foii fo
for 
r malm
malmeentntee entr egue
egue  ao compr 
compr ador . As par testes
f or am então ao Bl
ao Bluue Post In Innn para rat
ratifica
ificar 
r  a t tra
rannsferê
sferênncia   [...].
[...]."
Out
utro
ro ex
exeempl
mploo di
dizz res
respei
peito
to a Ba
Bart
rtoon-up
upoon- Humb
umbeer  (Lincoln
Lincolnsshi
hire)
re),, 1847
47::
 Na quaart
 Na qu rta-
a-f 
f eir a [...],
[...], o a p
a pregoado
regoador  r  anu
nunci
ncioou q ue a es pos posaa de Ge Geoo. W Wr r ay,
ay, de
 de B
 Baanow
[...], ser ia leililoa
oadda  na praça
praça do m
do meer cado
cado  de Barton
Barton às o  onnze hor as;
as; [...]
..] p
 poontu
ntuaalm
lmeentntee
na  h
 hoor a mar cada o com omerc
erciiant
ntee apapaar eceu
eceu com a dama, dama, es estta te
tend
ndoo uma cor cor da nova
atada ao r edoredor da cintura. Entr e  os gr ito itos do
doss es p  pect
ectadore
adoress, o arti rtigo
go foifoi pos
osto
to em
leil
ilãoe
ãoe [...] anematadop
matadopoorWm. Har wood wood, barqueiro
rqueiro,,   pelas
pelasomad
omadee um xe x elim
lim,,  c
 coom
devoolu
dev lução
ção de tr ês meio
ês  meio pepence " p  paar a dar  so
 sor te"
te". Harwoarwoodod saiu de de br aços
ços dado
 dadoss co comm
sua  s
 sor 
or r 
r iden
entte aquisi
quisiçção, tãtãoo tranqü
ranqüiilo com omoo se se t tive
ivessse com p  pr 
r ado
ado um novo c
novo caasaco
ou c
 chha p
 pééu."
Esse é em ge gerarall totodo
do o materi riaal que te temos. A pena  penass   em pouca poucass vend ndasas -
 poor  exe
 p exempl
mplo, o,   quand
quandoo alg algumum   cas
caso cheg egaa ao aoss tribunais - conseguim eguimos os mais in in--
f orm
rmaçõe
açõess. Mas o ma mate teri
rial
al nãnãoo é sem va vallor  e, qu quaandndoo ex examamin inaado, a p  parece
arecem m ce cer r -
tos padr ões. A venda de uma uma es po  possa não er a de modo   alg algumum um ca casso f ortui
rtuito,
to,
sendndoo r ar ament ntee um ev event
entoo cô cômi co. Er a alt
mico. ltaament ntee   ritualiz
ritualizada: dev eviia ser r eali-
eali-
zadda   em pú
za públbliico e com um ce cerim
rimooniniaal esta b  beelec ido. É po
ecido.  possssííve
vell q ue houve vess
ssee
duaas fo
du formrmasas de venda de es p  posa,
osa, pr ef erid ridas
as em reg regiões dife fer 
r ent
ntees do paí paíss e
coin
co inccid
ideent
ntes
es em ce cert
rtos
os po pont
ntos
os,, o qu quee coconnf unde
unde o qu quad
adroro:: I) a fo for r ma
ma qu quee r eququeer 
a publi
 publiccididaade na pra praçça do mer cado e o  o u
 uso
so da co corda
rda;;   cham
chamoo aessa f orm rmaa de "ver-
"ver-
dad
adei
eira
ra"" ve vendndaa r itua
i tuall da es po  possa; 2) a fo form
rmaa qu quee envo vollve um co cont
ntraratto de venda,
firm
fi rmaado na pr esença   de tes testemunh
munhaas, e u  umm riritutuaal a b br 
r evi
eviado de "entr ega" nu num m babar  r 
 públlic
 púb ico.
o. Dentr e meu euss 21 2188 casossos,, a ve vennda na pr aça do mer  mer cado
cado é  indi  indica
cadda em
121, a vendvendaa dentro de uma tavern rnaa ( p peer ante tes estemun
temunhhas) em de dezz cas asoos, e um
contr ato pri priva
vaddo (s (seem men ençção àJ àJave
avern rnaa) em cin inco
co caso asoss. A co cor r da
da é menciona-
da em 108 casos, em ger eraal na prapraçaça do merc rcado
ado,, mas   de vez vez em q uand ndoo de denntr o
da tavern rnaa. Não há ev evid
idêênci quanto à f orm
nciaa   quanto rmaa (me merc rcado
ado,, ta tave
vem ma ou co cord
rdaa) nos
resstant
re ntees   82 casos.
casos.
 Na ve verdrdaadeira ve vendndaa de es p  poosa, o  ritu
 rituaal pr escr 
escr evi
evia algumas das seg eguuintntes
es
form
fo rmaas, emb mboor a houhouvvesse variaçõe riaçõess r egi egiona naiis e nem todas todas as fo formrmaas disc scutid
utidas
as
a b
 baaixo pr ecisecisasse sem
m ser obs obser vad
vadas num ca casso es p  pec
ecíífic
fico.
o.
a) A ve vennda dev evia
ia oc ocor
orre
rerr nunumma pr aça aça de merc rcaado   reconhec
reconhecid idaa ou outr o lo-
call se
ca semmelh lhaant
ntee de comér cio. A anti ntigguid
uidaade ou a f amiliaridade
amiliaridade in inf f lue
luenciava
avam m a
escolha
esco lha.. Freq üentemente as par tes tes intinteressa
eressaddas se se posiciona
 posicionavvam dian ante
te da da anti
 anti--
ga "cr uz" do mer cado ou algum mar co co im p  poort
rtaante
te:: emPreston (1817) 7),, o o b beeli
liss-
co; emem Bolto tonn (183 8355), o no novovo " p pos
ostte do gás".  Se a venda27 venda ocorri rriaa numa gra rannde
vila sem mer cado cado,, as par tes tes   inter essssaadas   execut
executava avam m a ce cerim
rimôônia na f r  r ente da
tavvema pri
ta rinc
ncii pal
 pal ou em qu qualq
alquer 
uer  luga gar 
r  ondndee em ge geral
ral ocor riamriam   as tran transaçõe
saçõess
 públicas
 públic as.. Mas es essas vendaendass nas vilas par  par ecem
ecem te ter 
r  sid
idoo   raras,
raras, e at até em gra grand
ndees vi-
Ias as
as  parte
 partess   interes
interessa saddas em gera gerall se dir iriigia
iam
m à  c  cid
idad
adee de me merc rcad
ado,
o, ca cami
minh
nhan
an--
do quilômetros
quilômetro s at atéé alcançar  seu objetivo."
objetivo."
De vez
vez   em
em ququaandndoo o ce cennár
ário
io da ven venda e r a alg algumumaa outr traa pr
praaça ou loc ocal
al de
comér cio:   em Dar tmout mouthh   (1817),
(1817),   o cais
cais" ou ou,, como
como no ro roma
manc ncee de Ha Hard
rdy,
y, uma
feira.
feira. A opiopini
niãão popular ti nha dú dúvi
vida
dass qu quanantto à le legi
giti
timi
mida
dade
de de dess sas   transaç
transaçõeõess.
 Nuum confu
 N onfusso caso no mer cado de Ba Bath (1 (18833
33),), uma dama " visto tossamente tr aja- aja-
da" e  presa por uma uma co cord
rdaa de seda foi foi   pos
postata à  v
 ven
enda
da,, em b boor a j á tives essse sisiddo ven-
dida noutro dia da se semana
mana,,   por do dois xel
xeliins e seis pence,pence, na feir feiraa de LanLan sdown,
"mass   o neg
"ma negóc
ócioio nã
nãoo fora co conn siderado legal egal;; prime
primeiir o, porq ue a ve vendndaa nãnãoo foi
foi fei-
fei-
ta n
 num
um mercado   públic público e,  seg seguundodo,, por q  qu  e o com pr ador 
ador  já tinh inhaa uma esp esposa
osa".
". 30
A segun
segunda razão foi pr ovav o vavelelme
mentntee a qu quee mais
mais pe p esou
sou,,   pois
pois cer tame ment ntee ocor riam
riam
venda
endass de es es p
 poosas em ou outras feifeiras
ras.. l
l

 b) A vend ndaa era às às vezes precedida por um an a núncio públ úbliico ou r eclame.
Podi
Po diaa-se usar o a p  pre
reggoa
oaddor ou o sin inei
eir 
r o da ci cida
dadde para dar a not notícíciia, ou  o mari-
mari-
do pod
podiaia an
anddar pelo me mer r cado car regand
regando um cartaz com um av aviiso da preten
pretendidi--
da venda.
venda. Ba Bari ring
ng--Go
Goulduld   regis
registra a histór ia de um tavernei averneir  r o de Devons
Devonshire que
afixouu um-
afixo
AVISO
Este é para informar ao públ
púb lic
icoo qu
quee  James Cole está dis d is po
 possto a v
 veender  sua
 s ua mul
mulher 
em lei
leilão
lão.. Ela é uma mulher decente
decent e e  limpa, com 25 anos. A venda deve ocor re ocor rer 

em New Inn,
Inn, na pr 
pr óxima
óxima q uinta-
uinta-fei
feira,
ra, às se
 sette  h
 hoor as.'"
as.'"
A  h
 hiistó
tóri
riaa (e sua ortografi
ortografiaa pr oposit
opositadame amennte cômica) não nos sa satisfa
fazz, memessmo
q ue Bari rinng-Gould in insi
sisstis
tissse em co cont ntáá-Ia e af irmas
rmassse q ue a mulh mulher er aindndaa er eraa vi
vi--
va na na époc
épocaa em qu quee reredi
diggia seu   manuscr ito (1 908) 908)33 2   Mas
Mas se semm dúdúvi
vida
da oc ocor
orr 
r iam
algunss anúncios pr évios.
algun évios.
c) A cor
cordada er eraa es
esse
senncia
ciall pa
par 
r a o ri  ritua
tuall. A mulh lher
er ereraa lev
evadadaa ao memer  r cado
c ado pr pre-
e-
sa por  uma cor  cor da, em gera gerall amar r ra  da ao r edor e dor do pepesc
scoç
oço,
o, às ve vezzes   ao redor 
redor  da
cint
ci ntur
ura.
a. Er Eraa gegera rallme
mentntee no novva e f eita de co cordrdaa me
messmo (custava em tor ornono de se seiis
 pence),
 pence ), mamass havhaviia co cord
rdaas de sed eda,
a, co cor 
r das
das de decor
corada
adass com fit fitaas, tra
ranç
nças
as de pa palha
e  s
 simpl
impleses "ti tinnas que cus custtav
avaam um pe pe nny
ny"".
O s
 simbo
imboli lissmo da cor da da pode te ter 
r  passado
 passado por algu alguma evolu ção.. O ter
lução termo
mo de-
cissivo talvez se j jaa "ent
ci entr 
r ega"
ega". Algun unss dos prim primeeiros relatos sugere remm q ue de vez vez
em qua quand
ndoo o ma mari riddo e o compr ado a dor che heggavam pri rime
meiir o a um acord acordoo de venda
(que poder ia ser redi rediggido num do docucume menntoto),
), e q ue só entã tão,
o, no diadia ou
ou  na semana
segu
eguiinte
nte,, a es po  possa er a publ ubliicamente "e "entregue
ntregue"" ao com comppr ador 
ador  pre pressa por  uma
cord
co rda.
a. Nu
Num m ex exemempplo tardio (Stoc ock k  port
 port,, 1831), temos alorma das pa pallav
avr 
r as es-

(m)  NOTI
 NOTIC
CEThherebe
herebeto
is tohin
hinf 
f or 
or mthepubl
mt hepubliick ash
as howJ
wJaame
mess Co
Colle be
beddis p
 poozed
zedttoseUhi
eUhiss wif e
 by Auction.Her  be
 by  be a dacent, clanel
lanelyy woman
woman,, andbe of  f aage tw
 tweent
ntyy-f ive ears.The
ars.The sa
 salebe
lebetto tak e
 pla
 placce in the NewInn
wInn,, Thur sda
dayy ne
neX
XI,at seven
enoo' clock.
critas. o ma
critas. mar  r ido firmou um aco acordo de vender a e a  ess p pososaa pa
par 
r a um açougueiro,
açougueiro,
Booth Milw Milward: "Eu Eu,,  Booth Milwar 
Milwar d,  co  comp
mpre reii de Wi Willli liaam Clay aytonton a sua mul mulher 
her 
 poor  cinc
 p  cincoo xe xellins, a ser  ent entr r egue
e gue no di diaa 25 de mar ço de 1  1838311, pre
 presa
sa p poor uma
uma co cordrdaa,
na ca cassa do sr  sr . Jn. Loma
Lomax". x". O  O acordo,
acordo,  redigido numa ce numa cerv rvee jaria
 jaria,, er a firmado
firmado pelo
marido e tr  tr ês t
ês tesesttemunha
munhass.3J
Mas "ent entreg
reguue" aind ndaa  não adquir 
adquir ir a o se  sentido
ntido casual de e de entre
ntreggar mer mer cado-
riass ou
ria o u uma mensa mensaggem. Ante ntess de  1800
 1800,, em
 em se seuu uso comum, comum, significa
ignificavva "liberar ,
renunciar
renun ciar inteir
inteiram ameentntee   a, ceder 
ceder ,  trans
 transfefer 
r ir para a pos possse ou a guarda de de  outr o"
(O xfo
 xforrd Engli lissh dict ionar  y)  y).. Ass Assim,
im, ententr  r egar alguém preso preso por uma co corda
simbolizzava   a entr ega da es
simboli es po
 possa à po poss
ssee de outro,outro, e  a impo import rtâânc
nciaia do ri ritu
tual
al
ressidia ex
re exatament
atamentee na demon monsstr traçã
açãoo pú públblicicaa de qu quee o marido er a  um partici-
 pante
 pan te voluntário
v oluntário (ou res resignado) dess dessee ato deren
de renúnc úncia ia.. Ess ssaa publicidade era tam- tam-
 bém ess essencial
encial porque rev revela
elavva o co cons
nsenenti
time
ment ntoo da es po  possa - ou dav avaa-lhe meios
meios
de repudiar um contrato firmado entre o marido e outro home homem se sem m o con
consesenti-
nti-
mento dela. dela.
Se j jaa  qual for o modo e a época em que sur giu iu,,  no final do século Xv II! o
XvII!
ritual da corda era con onssider ado em mui muita tass r egiõegiõess do país  como um elemento
essencial de uma transf erência "legal legal"".  Em Thame, Thame,  ocorreu a revenda de uma
es po
 possa em 1789: um homem que vendera a es es po
 possa doisdois  ou três anos antes antes por 
meio guinéu foi informado informado pelo peloss vizinhos de que " que "oo negónegócio não er a válido válido,,  poi
 poiss
ela não f 
não f oi vendida no mercado públic público". Por  Por iissosso,, ele "a conduz conduziu set etee  milha
 milhass
 puxaada por uma c
 pux uma  cordaorda até o mercado de Thame, Thame,  onde a vendeu por dois dois  xelin
 xelinss e
seiis  pence
se  pence,, e p  paagou quatr troo pepennce   de impos
imposto to" " . J4
 J4
A es po
es possa podia ser lev evada
ada ao mercado pux puxada por u por  uma co cordarda,, ou a c  corda
orda
 podia apar ecer no mo mome ment ntoo da venda. (Se a mu mulh lher
er fossssee tí tími
mida
da,, talv
alveez
 preferissse que ela
 preferis ela fo
 foss
ssee amarrada
amarrada embai mbaixxo da  roupa  roupa,, ao r edor da cint cintura
ura,,  man-
tendoo a corda de
tend de re
 resserva no bols bolso: quando
quando começa omeçava va o leilão
 leilão,,  o mar ido segura-
va a pont pontaa da corda. orda.)) E um ritu ritual
al dedessse   tipo te tende a gerar  seu euss pr ó prio
 prioss
r efi
finnamento
amentoss e superst uperstiições locaislocais.. Em al algguns cas casos, acha chavva-se ne nece
cess
ssár 
ár io fa
fazzer 
a mulher
mulher desfi desfillar pelopelo  mer cado o número mágico de de trê
 trêss vezes.J5 Em outro utross caca--
sos,  a  a es
 es po
 possa er a puxa puxada por uma co corda
rda dur 
dur ante
ante todo o c o caminho
aminho da s da suua casa sa até
 até
o mer cado ado,,  e depois
depois con onduduzzida da mesma maneira para o s o seu
eu novo
novo lar.
 lar.J6 O si
 sim-
m-
 bolissmo era obv
 boli obviame ment ntee de deri
rivvado do mer cado cado de animais animais, e aqui e  ali inv inven-
tavvam-
ta am-sse f ormas ormas mai maiss  elab
 elaboorada
radass  para confirmar a s a simu
imullação  de que a mulhe ulher r 
er a um anima animal.  Seria ta talvez
vez,,  s
 sob
ob uma antiga forma popula popular ,  a br brininccadedeir 
ir a de p pas
as--
sar a p  peerna no no  diabo (o (ouu em Deus)?
Deus)? Os element lementos os adic diciionai
onaiss mais freq üent ntes
es
eram
era m atar a  mulh  mulheer na cerc ercaa  do mercado,
mercado,   prendê-Ia num'ce num'cercadrcadoo de ove ovelha
lhas,s,
fazzê-Ia pass
fa ssar
ar pelos
pelos por tõe õess do  ped
 pedáágio (de vez vez e
 em m  quand
 quando, o, novovaament
mentee as as má-
 má-
gicas
gic as trêtrêss vezes)
vezes) e,  e, muito
 muito fre freqüen
qüenttemente
emente,, pa pagar gar  aos
  aos f unci
uncion onáár ios
i os do m
do merc ercad
adoo a
taxa pel
taxa  pelaa v  veenda
nda d  dee u
 umm a ani
nima
mall. E p  par 
ar ece
ece teterr sido
sido p  pr r átic
ática aceita
ceita em
 em algu gunns merca-
merca-
dos - inclu lussive
ve,,  por alalgum tempmpoo, em Smithfie
Smithfield - qu quee os os funcion
 funcionáár ios re-
cebesse
ceb essemm  essa taxa. J7
d) No mer cado,
cado, alg alguém dev eviia fazer
fazer as veze
vezes de l leeil
iloe
oeiiro, e devdevia have
averr pe-
lo menos a a par ência de um leilão púb públi licco. Na maioria dos dos casos, o marid ridoo
leiloava
leiloa va a mulh
 mulheer , mamass dede vez
 vez em
em quando al algu
guéém de statutatuss oficial - um f un-
cionárioo do mer cado, um empr egad
cionári egadoo da  assi
 assisstência social ial,,  um leiloei
leiloeir 
r o ou um
negoc
ne gociiantntee de gad
ga do - des esemp
empeenh
nhaava o pape
 papell.
Exib
Ex ibiia-se con
consid ideer ável
ável talentntoo em a  adotar
dotar o estil
tiloo de
de um
 um l leeiloeiro qua
qualilifi
ficca-
do. Em se seuu as pecto mai aiss mel
melaanc
ncóólico
ico,, temos as lembr anças de um velho cr o- o-
nissta de
ni de G
 Gllouc
oucesestter  q ue, ainda me
menino no an anoo de 183
 1838, 8, es
esta
tavva andando à t toa oa p
 peelo
mer cado de de animai
 animaiss  quand
 quandoo ele e seu euss  comp
 compaanheiro iross vir am um lav lavr ado
ador puxaxann-
do "
do  " p
 poor um
umaa co corda
rda uma mulhe mulher  ca
cannsada, a, cobert
 cobertaa de p  poe
oeir 
ir a":
Um ve velhlhoo e br 
br incalhão
incalhã o negoc egociiant ntee de de po
 porcorcoss exclamo amouu: "Olá, meu  v  veelh
lhoo. O q ue se
 paassa? O  qu
 p  quee vai aiss f azer  com a  v  veelhlhaa, af ogá- á-Ia
Ia,, en
enf  f or cá-Ia, ou o  qu  quêê?". " Não  Não,, vou
vendê-
dê-IIa", fo foii a res
res p
 pos
ostta. Houve um um co cor r o  de ris
risos. "Quem é e  ella?", perg ergununtotouu o n  nee-
gociiant
goc ntee de po por r cos
cos. "É a  a m miinha es po  possa", r es po  ponndeu o la lavvr ado
dor  r , sobr iam ameent ntee, "e
uma d
uma  daas  c
 criat
riatuuras mais mais  o  ordrdeeira
ras,
s, sér 
sér ias,s,   diligentes
diligentes e t tra ra b
 baalh
lhaadora
dorass  que já já surgi u. É
rgiu.
tão limp
impaa e arrum rrumaada co com mo um umaa tlor, e é mão mão-f ech echada, fa fazz qua
quallquer  coisa para
 poup
 po upaar  seis pen
 pencce; mas as t teem um umaa  l lííngua e tanto,
tanto,  fi
 fica
ca m mee in inccomodando da da m  maanhnhãã  a
 atté
a m
 meeiaia--noit
ite.
e.  Não ten tenho um momento de de p  paz
az por  ca  causa da s  suua l líng
ínguua,  po por  r  isso con
con-
cordam
corda mos em no noss separ 
separ ar , e el ela con
conco cordrdoou em pa p ar tir  com
 co m aqu queele q ue f ue  f ize
zessse a ofe fer-
r-
ta ma
maiis alta no mer cad adoo ( .. .]" "Voc Vocêê e  esstá dis
dis p
 poosta a s  seer  ve
venndida,  minha sen enhhor a?",
 per gun
unttou alguém. "Sim, estou", ela r es es po
 ponndeu morda rdazzmente
mente.. "En Então
tão", ", didisse
sse o
homem em,, "q uanuanto me d  dãão por  ela la??" Fez-se uma pausa, pausa, ent ntão
ão  um vel velho toca ocaddor de
vacas,
vaca s, co
 comm um umaa var a de de fr eixo na m  mãão,  berrou: "Se "Seis pence por  ela  e la!".
!". Seg egur 
ur andndoo a
cord
co rdaa num
numaa  da dass  mão
 mãoss e l leevantan ntanddo a outra utra,, o m  mari
ariddo grit ritoou no es estil
tiloo es
estter eotip
eotipaado:
"Está em seis pence, qu queem dá um xe xelilim
m?". Houve outr a pausa pr olon onggadadaa, ent ntão
ão
eu, umjmjove
ovem m viva vazz (.
(...],
..], i imp
mpr  r udente
udenteme mentntee ex excclamei: "U "Um m xeli lim!
m!"". "Está em um
xelim
xe lim.. Ni Ninnguém dá ma mais? s?"", gr ito itou o   marido
marido ( ... ]. Os es p  peectad
ctadoore ress r iramiram e
caççoar àm, um chegou a exclamar : "O lanc
ca ancee é  s  seeu, meu jove ovem m IEla va vaii ser  ar-
rem
rematada por  ti!"  ti !".. Eu
Eu s  suuava de a pre  preeensão [...]. ..]. C
 Comom r enova ovadda ser iedade, iedade, o vend vende- e-
dor  grit
 gritoou mai
maiss  um umaa vez ez:: " "Qu
Queem dá d  dez
ezooito pence
pence,, pois e  ella é uma
é uma excelente
excelent e mu mullher 
quee sa be ass
qu ssaar uma forna fornada de pão ou o u fa
fazzer bolinh inhoos co com mo ninguém nguém". ". Par a meu
gr ande alívio, um homem be bem ar r  r umado
umado e de a de  ar  r  r 
 r es p
 peeit
itáável fe fezz  a of erta rta,, e  o
 o m
 maar i-
do,, batendo as
do as mãos
 mãos,, ex excclam
lamoou: "Ela é s  suua, memeuu ca car r o.
o. Você ganho ganhouu a pec p echhininccha e
umaa b
um  booa mul ulhher , em tudo tudo  a não ão s  seer  as
 asua língua.
língua. Cuid uidee bem d  del
ela".
a". O co compr ador  pe-
gouu  a
go  a p
 poont
ntaa dada co
 cor r da de p poois de de p paga
agar  r  os de
 dezzoito pe pennce ce,, e l leevou a  a mu
 mulh lher 
er  emb
mboor a."
a."
o r elatatoo
des perta sus peit
des  peitas
as,, co
com
m sua recorecor r daçã
açãoo lititeera
rall  de conve
conver 
r sas de
cinq üenta anos os antes
 antes..  Sem dúvi
dúvidada,, a hi
 hisstór ia
ia foi flor ead
adaa ao ser contad
contada, mamass o
episó
episódi
dioo in
incclui ca
car 
r acterí
eríssticas r ituais
ituais encont
ncontr  r adas
adas na m maaioririaa das venda
endass: o co
conn-
sent
entiiment
ntoo púb
públlic
icoo  da mulher  ("Vo
"Voccê esestá dis
dis po
 possta a s
 seer  vendida,
 vendida, min minha senh
enhaa-
r a?",
a?", "Si
"Sim, estou
estou"), o le leiilão form
formal, al, aentr 
aentr ega ega da corda corda.  O mar ido  p  pass
assaa po
 porr ci
c ima
da of er ta fr 
ta fr ívol
ívola dodo menino nino,, mamass ac
 aceeit
itaa  l logo
ogo uma
 uma ofe ofertrtaa séri
sé riaa (qu
( quee po
 possiv
ssivelm
elmeente
teri
riaa vind
indoo  de alg
alguém es per ado ado).
Os elogios  elabor ado doss do  leil
 leiloeiro
oeiro so b so brere as q ualidades do ar tigo tigo à venda
venda
Celelaa é  tã
 tãoo  limp
 limpaa e  arrumad
 arrumadaa co com mo uma fl floor ")
" ) eram tamb ta mbéém esper esper adosados pe pello
 povo
 p ovo..  Er a uma tra rannsa
sação
ção altamltamen entte tea eatraltral,, e o
 o m mar 
ar ido
ido às às vezes re pre re presesent
ntava
ava a
suaa pa
su p arte com
com um umaa  br avat
avataa côcôm mic
icaa, entr etend tendoo os os e
 ess p
 pec
ectador 
tador es e s com
com  uma uma a  ar 
r en-
en-
ga que era em parte tradici tradicion onaal, em par te te cuidado
dadossameamennte ensai aiad
ada.a. (Ess ssaa era
talvvez a fo
tal  for 
r ma
ma de  en enf f r 
r entar 
ntar    uma situ
situaçãaçãoo de ex po  possição públi
públ ica.) Não se pode
confiar muito
muito  n  nos
os r 
 r elato
toss  dejornai
 dejornaiss r omancemanceaado doss  para os os l leeitore
oress,'9 e menmenos os ain-
da na
 nass bal
 balaadasas e
 e folhetos
folhetos sobr e a v  venda
enda d  dee espos
esposas, s, que
 que eram r e p  peert
rtóóri
rioo-pad
-padrão
rão
doss imp
do impresso
ressoreress:o Mas "Samu mueel Lett tt"", um umaa balbalaada de  Bil  Bilsston (Staff órd rdsshir e),
e),
transsmite pelo me
tran m enos um sentido autê autênti ntico
co das ex pectat pectativ ivas
as hu humormoríísticticas
as -
uma a
uma  altemân
ltemânccia chist
chistoosa de elo e loggio
ioss e difamaçõe
 difamaçõess - provocada dass  pelo le l eilão:
E ste
ste épara dar dar  o av
 aviiso
 Dee que
 D  o Lett 
ue o  Lett  das
 da s pern
rnas
as t or 
or tas
tas
V ai
ai vendeder 
r  a sua es p
 pos
osaa S ally
Pelo
elo pr 
 pr eço
eço que
que cons
 conseeguir.
 Às do z
 Às  zee ho
hor 
r as
as em popont 
nt o
 A ve
vennda vai com começa
eçar.r.
Vocêss todos
Você  todos , , r apa
apa zes alegres,
Est e j jam
am  lá com
com o di dinnhe
heiiro.
Pois Sally é  bo
 bonita
Efort 
Efo rt e co
com
mo um t ouro
ouro ,
Queem já a co
Qu  conh
nhece
ece
Sabbe disso mu
Sa muito be
bem.
E la
la sabe
sabe f a ze
 zer 
r  pã o
E  come
 come o pão int eiroeiro;;
Fa z
 z cerveja
 cerveja com
como ningué m ,
E bebe todas as as ta
taça
ças.
s. , ,'" 
'" 
Um leilão
leilão público
 público erara,, portanto
 portanto,,  central pa
parra o ritual
ual,,  m
 maas a form
rmaa  pe
 per 
r mitia
mitia
impr ovi
ovisações e   varie
variedade. E nem nem sempr e era bem-hum
bem-humorada. Pod odia
ia se
ser 

degradante para todas
toda s as
as p
 paarte
rtess envolvida
olvidass,  e prin
princi pa
 palmente pa par a a espos
esposa.a.

(I V ) Thi
Thiss is ter gie not noticel
icel Th
That ban anddy lelegged
gged Le
Lennl Will sell  his wif 
wif e Sall
allyyl  For what he can
ca n
get t .ll   At 12o'
ge 12o'clo
lock 
ck  ser t t in l Th
Thee sa
salle'
e'll
ll beg
begin
in..l So all ye
yer 
r  ga
 g ay felle
feller 
r sl
sl Be ther e wi' yurtin
yurtin..ll For  Sal-
ly's
's good
 good look 
look in'
in' I And sosound
und  as a bell
b ell..!  I
 If 
f  you'n
 you'n ony on
oncce he
heerd
erd her /Yo
Youu'n know that  q uite
uite well.
well.ll
Her 
He r  ba
 b ak es
es bread q uite hand
uite  handyl
yl An'  eats it it a
 alll up;l
up;lBre
rew
ws beeeer,
r, like a good
good 'un
un..! An' dr ink s every cu p.
e) O ri
e) O ritu
tuaal exigia a tro rocca de a  allgum dinhe
dinheir o. o. Era em em ger al um um xe
 xelim
lim o  ouu mai maiss
que isso,
isso, emb
 emboora ra às
 às vez
vezes se d
se desse
esse menos. O c  coompr ador  co comum
mumeent ntee conco cord rda-
a-
va em pagar  um umaa qu quaantididaade de be bi  bidada além do pr eço eço da comp compra,ra, e  às vezes vezes
acr 
ac r escenta
escentava- va-sse uma som soma adi dicio
cionnal pela corda.corda. O marid ridoo fr eqü
qüeentem
ntemeent ntee de-
volvia ao co comprad
mpradoor um umaa   peque
pequena f r  r ação do do didinnheiro da co compr 
mpr a " p  paar a dar 
sor 
so r te"
te": nisso, as par tes tes segeguiuiaam a  f or ma m a ant
antig igaa - e aind indaa em vigo gorr - dos
mer 
me r cados de cavalcavalos e ga gado, a devo
 devolu luçção do  "  "ddinh
inheeiro da sor so r te"
te".
f ) O m
 mooment ntoo r eal da entr ega ega da cor da da er a às ve vezes
zes sol
soleniniza
zaddo pela tr oca oca
de j jurame
de urament ntoos análogos aos aos  d
 dee uma ce cer r imôni
imôniaa de cas casame
ament ntoo: " 'Você est está di diss-
 poosta a  m
 p  mee aceit itaar , min
minha ha senhenhoor a, e a me acom acom pa  pannhar nas boas e nas más
hora
ras?'s?' 'Estou', di dizz ela. 'E você está está dis po possto a  v veend
ndêê-Ia pelo qu quee eu  ofe
 ofer  r ecer 
ecer ,
meu se  senhor 
nhor ?'?' 'Es
Esttou', diz e  elle, 'e  lhe dadar ei  a cor da como p
como paart rtee do negó
negóccio io''''''.>'
>'!! De
vez em q uando o r  o r elato anota qu quee a e  ess p
 posa
osa devolv
devolveeu o anti  antigo
go ananeel ao marid ridoo e
rece b
rece  beeu um nov novoo do compr 
compr ador . A tr ans ansf er ência da p  poonta
nta da
 da cord
cordaa do
do ve
 vended
ndedoor 
 para
 p ara o co coompmpra rador 
dor  tamb mbéém pod oder 
er ia se
ser 
r  acom
 aco m p paanhada de um umaa  de
 decclara
araçção   públi-
públi-
ca p
ca  poor  pa part
rtee do
do pr 
 pr imeir 
imeir o,o , afirm
afirmaando q ue  renun  renuncciava à mu à  mullher  e não seria mai aiss
res p
res poonsáve vell pepellas dív ívid
idaas e  a attos dela. Tamb Tambéém pod odiia seserr um mo moment ntoo para
des
es p pedediidas  se
 sentim
ntimeent ntaais, co
como
mo nu num reg registr o de Sp Spaald
ldiing (LiLinco
ncollnshihire
re)) em   1786:
Hand [pegou]
[pegou] acacorda
orda e [a] colcoloc
ocoou so br e a mu  mullhe
her 
r , de po
 poiis a entntre
rego
gouu a Har dy, pro-
nun
uncia
cianndo as s
as seeguint
uintees pa
pallavr as: "Eu  a  ago
gor r a, minh
inhaa querid
queridaa, a ent ntr 
r ego nas m mããos de
Thomas Har dy,dy,  reza
 rezanndo par 
par a q ue asas b
 bêênçãos de Dde  Deeus  os acom p
acom paanhemhem,,   com toda
toda a
felicidad
felicidadee". Hardy resres pon
 ponddeu
eu:: "Eu  a aggor a,  minha qu queer ida
da,, a r eceb
ceboo co
com
m  as
 as bê
 bênnçã
çãoos
de Deus,
Deus, r eza
zanndo pela fel felic
iciidade
dade""   elC. E r etir 
etir ou a co
 cor 
r da,
da, di
dizzendo: "Venh nhaa, mi
minh
nhaa
querida,, eu a rec
querida recebeboo com um bei bei jo;
 jo; e você
vo cê,, Han andd, ter á  um bei jo  jo de des
des p
 peedid
dida"
a".."
A entr ega
ega e a tr oca ca p
 poodi
diaam serser o f im da ceri erim
môni nia,
a, o p
 par
ar recém-
recém-casado sain sain--
do r a pi
 pida
damment ntee de ce cenna. Mas às vez vezes es a ce
ceri
rim
mônia er a  t taam bé
 bém m seg
seguuida pela ida
de t todo
odoss os os t tr 
r ês e
ês ennvolvidos
vidos,,  com testtestem emuunhas e am amiigos, à taver na m na  maais próxi
próxima ma,,
onde a ve vennda podi podiaa ser  "r ati tif 
f icada" pela ass ssina
inatur 
tur a de doc ocum umeento toss. É c  cllar o,
haver ia tam bém novos j jur  ur ame
menntos co com m d
 dri
rinque
nquess (ququee,  co
 commo vimos mos,,  e
 esstavam às às
vezes incluíd ídos os no dinh inheeiro da co comp mpra ra ou na de devvolu
luçção por  r ppart
rtee do vend
vendeedor 
 par 
 pa r a  "
 "da
dar 
r so
sort rtee").
Quando a t a tro
rocca er a pré-ar r  r an j jada
ada,, essa parte do pr oce cedimdimeentntoo dede p
 peend
ndiia
 pr 
 p r esu
esumi mivvelmement ntee dada q 
 q uant
uantida
idadde de de b  boa
oa vont
vontadadee ou má vontvontade ade n noo ar 
ar . Qu
Quaand
ndoo os
senntime
se ment ntoos host ostiis pre
preddomi
ominnavavamam,, ma mass era neceecessá
ssár 
r io
io um "doc ocum
umeent ntoo", esse
 poddia ser r edigido ant
 po antes do l leeil
ilão
ão públ
 público, ico, e co
com  aven
 avendda mari riddo e es p
es posa
osa se s
se see-
 parav
 p aravaam  para sempr  sempr e. e. Quand ndoo hav aviia  b  boa
oa vont
vontaade,  todos os os i int
nteer essad
essados be bi  biaam
e  r edigiam o  doc  docuumenmentto juntuntoos. Ai Ainnda exi xisstem alguns exe exemplmplos os dedessses "co conn-
tr ato
toss",  e o mais f 
mais  f reqü
reqüeentnteemen
mente te cit itaado é u uma
ma entr ada no l liv ivr r o das mer 
mer cadcador ias
ias
de BelBell 1nn, Edg b  basto
astonn   Street
Street,   Birmingh
Birmingham: "3 "311 de agos
agosto de 1773. Samu mueel
Whitehouuse,   da par óq uia de  Wi
Whiteho  Willlenlenhhall [... ]  vendeu hoje a su sua mulher , M&r y
Whitehouse, no mer cado a b
White  beerto, para Th
Thoomas Gri rif 
f fith,
fith, de   Birmingham,
Birmingham, va valor 
lor ,
um   xel
xelim
im.. Aceito
eitou-
u-aa   com to
todos os seus def eitos
eitos". Seg egui
uiaam-se as  assinatur as de
Samueel e Mary Whitehou
Samu hitehouse,
se, e a de um umaa testemunh
stemunhaa.-w Uns oi oite
tent
ntaa anos mais
tar de, te
tem
mos um exeexemplo
mplo   de Wor cester :
Thomas Midd
Tho ddlleton entr egou
egou sua mulh ulheer Mary Middl
Middleton pa par 
r a  Philip R osti
tinns por 
um  x
 xeelim e u
 um
ma  qu
 quaart
rtaa de cecerv
rvee j jaa;  e o casal
casal se se
s e p
 paaro
rouu def initiva
initivament
mentee par a se
sem-
m-
 pr e,  para nunca
nunca mamaiis se a  attorm
rmeentar em um ao outr  outr o.
o.
Testemunh
Tes munhaa. ThThooma
mass X  Middl
 Middleton
eton,, sua  ma
 mar r ca
ca
Testemunh
stemunhaa. Ma Maryry Mi
Midddl
dleeton, sua  mulh
 mulheer 
Test
esteemunh
unha.
a.   Philip
Philip X R ostin tinss, sua mar ca
Testem
emunh
unhaa. S. H H..  S
 Sttone, Cro
Crow wn Inn,
Inn,  Fri
 Friaar St."
St."
Pr esu
esumive
mivellment ntee S. H. Stone era o dono da tave tavern rnaa, ond ndee   o docume
document ntoo fo foii
igidoo. É int
r edigid inteer essa
santntee notar qu quee, dos tr ês ês intinteer essa
essados, a pena  penass Mar y   Middle Middle-
ton sa b  biia ass ssiinar o nom nome. e.
Esses doc ocumumeento
ntoss eram guar dad dados co como mo "ce certi
rtidões
dões de casament
casamentoo", como
uma pr ova ova de r es p es peeitab
itabiilid
lidaade. Ass ssiim uma certa certa sr a. Du Dunnn, de  Ripon Ripon,,   foi cita citada
em 1881 co com mo tendo dito: "Sim im,, eu fu  fuii ca cassada co com m out utro
ro homem mem,, mas ele me
venndeu para   Dun
ve Dunnn po por r  2S  xe xellins, e te tenh
nhoo   tudo
tudo no pa p  peel par a mo mosstrar , co comm se l o
de r ecib
eciboo, pois não qu quereriia qu quee as pe pessso
soaas disse sess
sseem qu quee esta tavva vi vive
vend ndoo em
adult
ad ultério"
ério".'.'66 Tão con onvevennci das estav avaam as pe pessoa
ssoass qu quaantntoo à leg egalid
alidaade do pro ro--
cedim
edimeent ntoo qu quee   tentava
tentavam m conseguir  a a juda de um   advoga advogado par a r edigir  edigir  ess ssees
doccum
do umeent ntoos, ou certific ertificaavam-n m-noo com selos of iciais. Em So Soltltoou (1833 833),), dep epoioiss
do leil ilão
ão na pr aça aça   do mercamercado, as tr ês ês papartrtes
es ininteter 
r ess
ssaadas fo foraramm pa para
ra a tave avern rnaa
Onee Hor se Sh
On Shoeoe,, onde "o pr eço e ço da com com pra f oi pa pagogo de p  poois de ter  sido f orn rnec
eciido
um r eci bo  bo com selo" e a es es p
 posa
osa fo foii entã
ntãoo "de devvidam
idameente entre ntreggueue"". "O gru ru p
 poo
mais tard rdee co com meu algun lgunss bi bif 
f es junt
es  juntoos, como uma r efei feição
ção de de dess pedid
 pedida, a, e p  pago
agouu
 por du duasas q uart rtaas   de cer 
cer ve
ve j jaa [ ... ].].""" O ma m arirido
do e a mu mulh lheer tinham vindo de uma uma vi villa
a cicinnco milh ilhaas de dis isttância, e o co comm p
 pr 
r ador  era um vizinh nhoo do mes esm
mo luga gar r . Vê-
se ququee o q ue   poder ia par ece ecer , em um umaa notí tíccia mais bre revve ou sensaci acioonalilissta, um
leilão
leil ão a b  beer to e  d  deeses
estruturad
truturadoo, f or a cuidadosament uidadosamentee plane j jaado.
Isso a b  br 
r ange as pr inci inci pa pais ca car 
r act
acter ísti
ísticas da "v "veerd
rdaadeirara"" venda r itu tuaal de
es p
 poosas: o me mer  r cado   aberto
aberto, a  publi  publiccid idaade, a cord ordaa, a fo formrmaa de   leilão,
leilão, a troca de de
dinheeir o,
dinh o, a tr ansfe fer 
r ência so sollene e, de vez   em qua quand ndoo, a r atificaçã
tificaçãoo em docu-
ment ntoos. Enco conntr am-m-sse às vezes ela b  boraç
oraçõe õess ou fo form
rmaas mais ex exóti
ótica
cass (como
callçar  os sa p
ca  paatos do   prime primeir o mar ido)." Ma Mass a úni únicca for ma ma alternat
lternatiiva signi ni--
fica
fi catitivva q ue de deiixo
xouu evid idêênc ncia
iass clar as   foi a da a  da tr ansa saçãçãoo mà màiis pr ivad adaa no ba balcão
 públicco de uma ta
 públi tavverna
erna.. Em b  boor a se desse   perante perante testemunha munhass, era  um umaa fo formrmaa
quee evit
qu evitava o clar ão ão da pu blic  bliciida
dadde da venda no mer cado pú b  bli
lico
co,,  e por issoisso pod odee
ter  sido seri riaame
ment ntee mal notici oticiaadada..'" Muit itoo fr freeqü
qüeenteme
tement ntee os casos vin inhham à lu l uz
quando alguma
qua alguma out outrara que
questão (r esid
esidêência com di dire
reit
itoo às leis de ass assistênênccia aos
 poo b
 p  bres
res ou
ou g
 guuarda dodoss fi
 fillhos) os l lev
evaava p  peerant
rantee as a
 aut
utoor ida
idades es..
Em 182 828,8, a
 ass três pa
par tes
tes inter essa
essada dass num
numaa de
dessssasas venda
vendass fo fora
ramm a ju
 juiizadadas
as
nas ses
sessões
ões trimes
 trimestr 
tr ais do Tribun
ribunaal  deWes
 deWestt K ent, ac  acuusasada
dass de concontr aven
avençã çãoo, e o
 proces
 p rocessso do tr ibunal
ibunal lança
lança um pouco de lu  luzz so br e a  for ma da vend venda e  s  soo br e as
o pini
 piniõe
õess a seu r es peit
es peitoo. Os tr ês
ês int nteress
eressadoadoss par tilh
tilhava
avam m uma choup upaana da
 paar óq uia (co
 p connce
ceddida segund
egundoo asas l leeis  d
 dee assi
assistência aos p  poo br es)
es) em SpeSpelldur st, e
combiinaram se en
comb e ncontr ar  na t taver 
aver na Geo Geor  r ge
ge and
nd D
 Dr r ago
agon na vi v izinh
inhaa  T
 Tonb
onbr  r idge.
idge.
O tave
 taver 
r neiro de p pôôs:
Skinner  chegou em prime
Skinne primeir ir o lu
luggar e pediu
pediu umauma c  cane
aneca
ca de cecer ve j jaa; sentou-se na co co--
zinh
inhaa; então ve veiio  a
 a s
 suua es p
 pos
osaa, e p
 poouco dep epoois Sa Savage
vage entro
 entrouu; todos bebera beberam m ju junn-
tos, e  dali a  po pouuco Savage
Savage saiu;saiu; logo voltou, e Sk inne inner  então lh lhee di
disse:
sse: "Q "Quer 
compr 
comp r ar a minha mulher?".
mulher?". El Ele r es
es po
 pondeu:ndeu: "Qu Quanantto qu
quer 
er  por  ela
 e la?".
?". Sk inn
nnerer diss
dissee:
"Um xe xellim e uma cane necca de ce cer 
r ve j jaa". Sa
Savavagge então
então lhlhee oferece
fereceuu mei eiaa co
coroa
roa,, e
Sk .inn
inneer  lhe
 lhe entrego
 entregouu  a mulh
mulher ; eleeless  be
 be b
 bera
eram m junt
juntos, e d dee p
 poois fo
for r am em b boor a; havaviia
umas as q 
 q uatr o pepesssoas pr esen enttes
es;; antntees de saír 
s aír em,
em, a m  mulh
ulher 
er  tir ou um lenço lenço dodo b
 boolso,
q ue par ecia ter  sido
 sido atado
atado ao ao r 
 r edor 
edor  da
da s  sua
ua c
 cintur 
intur a, e Sk inner o tomou e di  dissse: "A
"Agogo--
r a n
 nãão  te
 tennho mais nad nadaa a v veer  com
 com voc ocêê,  po
 podde ir ir co
com
m Savage"
Savage"..
 Nesse caso
 Nes aso,, tambmbéém sab abeemomoss um um po poucucoo soso br 
 br e a
 ass r azões
azões da vend venda. a. Cor r  r iam
muitoos  boato
muit  boatoss na vila de de q ue a sr sra.
a. Sk 
 Sk .in
innertom
nertomaar a Savage como como ama amant ntee. Por is-
so,, os
so  os f 
 f isc
scais
ais dos os p
 poo br es
es (q ue er am os d  doono
noss da ch choup upaana) ord rdeenar amam qu quee  Sk in-
ner manda dassssee Savage emb embor  or a, senão ele tamb mbéém seria ex ex pul
 pulsoso de de ca
 cassa. Na sua
simpli
implicidade
cidade,, os os tr 
 tr ês par 
ês  par ecem
ecem ter imagi maginnado que que  c coom a vend vendaa (o (ouu  a
 atto d dee di
d ivór -
cioo e novo
ci novo casame
 casamento nto)) as auto torid
ridade
adess da  par óq  óq uia
uia per mit mitir iamiam que Sa Savage e  a
novaa sr a.
nov a. Savage continucontinuaass sseem a ar r  r end
ndaar  a choup upananaa se sem m pr o bl bleemas. Ma Mass o
connselh
co lhoo paroqui
paroquiaal de T  Toonb nbririddge não foi apl aplacado tão ão f  f aci
acilmente. Ta Talvez todo odoss
os tr ês  t teenhnhaam sido des des p pee j jaados assim que a v a  vend
endaa se se t toorn
rnoou pública. Ou ta talvez
Sk .inn
inneer tenh nhaa seguido
seguido se seuu c  caaminh
minhoo so solit
litáário da
da Geor 
Geor ge and Drag D ragon on par a o as asilo
 público
 públi co,, onde ele r esidi esidiaa na época do pr oces essso no  tr ibun
ibunaal.
Ao jul julggar todo doss os tr  tr ês, o "muit "muitoo erudito
rudito"" pr eside dent ntee do t tr  r ibuna
ibunal se p  peer mi-
mi-
tiu um po pouco de  hum  humoor in inssí pido
 pido ("a da dama
ma certame
certament ntee não  tinha o se o  seuu  p pr 
r ópri
óprioo
val
aloor  em alt ltaa estim
tima,a, poi oiss um umaa caneca de ce cer r veja e um xe xelim
lim foi a  ú  únic
nicaa im-
 poor tânci
 p tância ofereci
oferecida por  ess  essa  m  meer cador ia va vallio
iossa")"),, ante tess de
 de p pas
asssar a níve íveiis mais
eleva
elevaddos de exo exortação
rtação mo mor al  fi  fissca
calliza
izaddor a. Apr ática de de ve vend ndeer a es p  posa
osa era "
era  "aal-
tament ntee im imoor al e ilegallegal"" e "tinh inhaa umumaa  tendên
 tendênccia a  m  meenosp ospr  r ezar o  s  sant
antoo sacra-
ment ntoo do  m  matrimô
atrimônnio io"". Mas "o cr ime me"" ter ia ia sido pi pior 
or  se ti tive
vessssee sid
idoo co commet etiido
no m meer cad
cado a b  berto.
erto. LeLevavandndoo tam b  béém  em con consid idera
eraçãçãoo o f at ato de queque o delito fo fo--
ra come
ra  comettido "num "num es esttado de i iggnor ânci cia"
a",, elelee ac
achhou q ue bas asttav
avaa a sent nteença de
um ano
um  ano de pr  pr isão
isão par a cada um dos dos  e ennvo
vollvid
idos.
os. Não há registr  registr os os par a saber  se
as ac
 acoomoda daçõções es na cade
cadeia loc ocal al er am
am mais ou me  mennos sal aluu b
 br 
r es do q ue as do asi si--
10 loc
ocal
al.. Os   infr atore
toress conde dennados não tinh nhaam quase nada a dize
dizer 
r  em sua def e- e-
sa.. A  s
sa  sr 
r a.
a. Sk .inne
inner r  dec
ecllar ou: "Meu mari ariddo não satisf azia
azia me
meuus dese
ese j joos, e por es-
es-
sa r azão q uis me se p  paar ar 
ar " [um r iso
so]].5°

Fica claro
Fica aro-embo
-embor  r a não o foss fosse na décad écadaa de 196 1960, qu quaand ndoo co commece
eceii aco aco--
letar  esses
  esses dados - qu quee tem emos os de r etir ar a ve  vendndaa das es es p
 poosas da categor ia de um umaa
 br 
 b r utal ven vendda de  gado e  colocá-I  colocá-Iaa na do div divórc
órcio io seg eguid
uidoo de no novovo casam
casameent ntoo. Is-
so aindaindaa pode des es pe
 pertrtaar ex p  pececttat
atiivas   impr ó pria  priass, po poiis o qu quee es esttá envo vollvid
idoo é a
tr oca
o ca de de   uma mulh mulheer entr e doi doiss homens num ritua ritual que hu hum milh lhaa a m  muulher  tr atanatan-
do-a co commo a um anima mall. Mas o simb mboolismo nã nãoo   pode ser interpr etado a p  peenas
dessa maneira ira,, pois a i import mportâância da pu b  bllicid
idaade da pra raça
ça do mer cado cado e d  daa "en-
tr ega"
ega" por uma cord cordaa tamb mbéém in intr 
tr odu
duzz nas evid idêências assim f ome meccididas
as o f ato
de qu quee to toddos os três in inter 
ter essa
essados co connco cor 
r davam
davam co comm a tr oca ca.. O co connsenenti
tim
ment ntoo da
es posa é uma co conndição neces ecesssári riaa par a a vend ndaa. Iss ssoo não q uer di dize
zerr qu
quee o seu
connsentim
co imeent ntoo não pude dessse ser o bti  btidodo so b co coer 
er ção
ção - af ina inal, um marid ridoo q ue de-
se j java
ava (ou ameaç meaçaava) vend ndeer  a m  muulh lher 
er  não era gr ande a nde co coiisa co como
mo co connsosort
rtee. Uma
es p
es  posa
osa qu quee f oi ven enddida em R edrut druthh (1820) e q ue f oi leva evadda, com se seuu co
compr 
mpr ador ,
 peer ant
 p ntee as sess ssões
ões tr imes
imestr ais do tr ibuna ibunal em Tr ur o, o, "de
"decclar ou q ue o marid ridoo a
maltr atar a tantas vez ezees, e ex pr essar 
essar a a  s  suua in inte
tençnção
ão de ve venndê-I -Ia,
a, q ue ela fora in- in-
duzida a se su b  bmet
meteer  à ve ver 
r gon
gonha púb públlica par a se ver  ver  livr e dele le"". Issssoo de devve ter 
ocor 
oco r rid
rido em algu lgunns ca cassos. Mas não er a, a , tal
talvez, toda a v  veer dade nesse caso de R e-
dr uth,
uth, pois a  e  ess p
 pos
osaa depo epoiis admi mittiu "q ue vive ver r a com [ ... ] o  o se
 seuu compr ador  ante ntess
de lh lhee ser publipublicamenamentte ve vendid
ndidaa".51 Em muitas vend ndas,
as, me messmo q uand ndoo hav aviaia a
a p
 paar ência de um lei eillão aber to to e lance cess púb úbllico
icoss, o com pr ador  f or a pr edete etermi
rmi--
nado e j jáá er a o aman mantte da es p  posa.
osa.
Recuper 
Rec uper ar a "v "veer dade
dade" so b  br r e qu quaalqu
queer hi hisstória con ju  jugal
gal não é  f áci cill: tentntar 
ar 
recup
rec upeer á-l -laa, a  part
 partir ir  de   recort
recortees de jorn rnaais, de po  poiis de I S  O O anos os,, é emp mpr r eend
eendeer 
uma ta tar 
r efa
efa in inf 
f rutífera.
rutífera. Me Messmo q uando há afir  afir mativas   diret diretas so br e a "má con-
dutaa" da mu
dut mullher  ant ntes
es da ven endda, o qu quee nos é  fo  fornrnececido
ido são   apena apenas as evidências
dos boatboatos ou do es esccând
ndaalo. Mas essas essas ev evid
idêência iass não nos di dizzem abs absoolutament ntee
nada - vamos exami minnar  tr ês ês casos,
casos, todos do ano de 1 E 3 7 .
O  pr ime
meiiro di dizz r espei
espei to to a u  um ma venda no mercado de ma mannte teiiga em B ra radf 
df ord
(WestYor k  ks  hir e).
e). O rela relatto af irm rma: a: "O motivo ale leggado da se se par 
 par açã
çãoo era a falta de
moderação da es p  pos
osaa, cujcujosos af etos
etos ter iam sid idoo ro rouu b
 bado
adoss por  um vel elhho cavador ,
q ue de vez em q uan anddo alm lmooçava na resid idêência do casal al"". Quando o mar ido ido
começçou o lei
come eillão
ão,, "o   prime
primeiro e único lance ban banaa fid e"  fo
fide"  foii um sobera oberanno do
cavador . "Foi ime
cavad medidiaatament
amentee ac aceito
eito,, e, de po
 poiis de paga a q uan anti
tiaa, o novo casal
saiu   caminh
caminhando em   mei meioo às impr ecaçõecaçõess do pov povo. o.""
""
O segundndoo cas asoo ococoorr
rreeu no mer cadoc ado de Wa Wals lsaall
ll.. Um homem tr ouxe a mu-
lher 
lher  pu puxa
xadda por  uma   cord cordaa de uma uma vila a oi oitto ou nove milh lhaas de di disstância
cia,, e
vend
ve ndeeu- u-aa em pouco coss min inuuto
toss   por doi
dois xe xellins e sei seis pen pencce. O com p  pra
raddor er a um
fabr 
fab r icante
icante de pr egos egos,,   que viera da mesma vila la.. Seg
Segund undoo os r elato tos,s, totoooos os tr ês
ês
int
nteer essa
saddos ficar · am   satisfeit
satisfeitos
os.. Na r ealid
ealidade
ade,, a es es pos
 posaa vivviveera com o comp comprador 
rador 
duran
rantte os últim ltimoos tr ês
ês anos.53
O  terce
 terceiiro caso ocorreu em Wirk swort worthh,   Derbysh
Derbyshire ire.. A esposa de John John
Allen f ugira co comm J amemess Tayl
Taylor  no ve verã
rãoo an
antterior . Ao sab aber
er q ue o casal casal es esttav
avaa em
Whaley Br idge, o "mari ariddo magoa agoaddo" f oi at atéé lálá e
 e enco
 encont ntro
rouu-o
-oss   junto
juntos num alo-
 j jaament nto.
o. "Ele exigixigiuu tr êsês li br 
 br as pelas r ou pa pass dela la,, o que Tay Tayllor diss ssee que  pagaria
sob a condicondição de qu quee ele os aco acompanh
mpanhaass ssee a  W  Wiirkswo
rksworth rth no dia do mercado ercado,,
 par 
 pa r a entr 
entr egá-
gá-IIa, segegund
undoo suas palavras avras,, de ac acor
ordodo co com m a leil ei.." Aq ui temotemos um ca-
so clar 
clar o de "ent entr 
r ega":
ega": Allen passou a pon ontta da cord ordaa par a Tayl Taylor , e r edi diggiu umumaa
decclaração f ormal.
de ormal.
"Eu, John All
"Eu llen,
en, tive min inhha es p pos
osaa ro
roub
ubad
adaa por  Ja J ames Tayl
Taylor, dede  Sho
 Shotttle, no últi- últi-
modiaa  II deju
modi dejulho. Eu a  a t tr 
r ouxe até este me
mer cad adoo  para venvendê-ia por 
por  tr  t r ês  xel
 xeliins e sei
seiss
 pence.
 pen ce. Voc ocêê quer compr á-Ia, Ja Jammes?" James r es es po
 ponndeu: "Qu Queer o,o, aqui es esttá o  di-
nheir 
nh eir o,
o, e  você é tes esttemunh
unha, a, Tho
Thom mas R iley
ley"" - cha ham mando o  ca
 caiixei eir r o da ta tave
ver 
r na
q ue
ue fo
for 
r a  indicado par 
par a esse fim. fim.
De p
 poois que o ane anell foi
foi e  enntregu
reguee a Al
Allen
en,,  jun
 junto
to com tr ês so be ber 
r anos
anos e t trê rêss xelin
inss e
seiss pen
sei pencce, ele ap aper 
er tou
tou a  m  mãoão da
 da es po
es posa
sa e  do amant ntee dela, de
desse j jaando-lhes toda a
sor te
te do mu munndo.
o.""
É po
 poss
ssííve
vell af irmar
irmar q ue o pr
primeir o exemp
mpllo não ofe
ofer 
r ece
ece nada além de
 boatos
 boa tos,, mamass o  segun
 segunddo e o terc rcei
eiro
ro caso soss não   po pode
dem m se serr descon conssidideer ados tão
facillment
faci mente. e. Um co compr 
mpr ador não chega por  aca caso
so da mes esmma vila, a oi oito milh lhas
as de
disisttânci
nciaa, no momento da ve vend
nda:a:   tudo f oi pr é-arran j jaadodo.. Ne Nem mé pr ováv vávelel q ue um
r e p
 póórt
rteer  ti
tivess
vessee inve
nvent ntaado a  h  hiistória da f uga e coab abit
itaação pr évia iass.   Na verdade,
verdade, a
f r 
r eq 
eq üênci
ênciaa dos ca cassos em q ue a es posa f oi ven venddida a u  umm homem co comm q uem ela j jáá
estava vivendo - e, em algun unss   casos,
casos, viver a po porr três
três,, ququat
atro
ro ou ci cinc
ncoo anos l
l
-

 pr opõ
opõe um umaa pergunt
perguntaa muit itoo difefer 
r ent
ntee: se tan anto
to a es pos
 posaa co comomo o ma mar  r ido podiam
de vez em q uando re reco
corr 
rr er  à f uga e ao a b a bandono
andono do lar ,   por q ue os do doiis ai ainnda
acha
ac havvam nec eceess
ssáár io
io pa passsar pelo ri rittua
uall púb
úbllico (e ve ver r gonh
gonhooso) da vend nda?a?
Voltareii a ess
Voltare essaa pergun
perguntta per scrutad rutadora
ora,, embemboor a a r es po possta afinal só  p  poossssaa se
ser 

encont ontrada
rada na his isttória pes esssoal inacessacessíível   de cad cada caso
caso. A di dif 
f icul
ulda
dadde com ess ssee
matter ial não é a p
ma  penas
enas qu quee a evevidê
idênncia seja muit itoo in
insa
sattisfató
sfatóririaa, ma mass ta tamm bé
 bém m que
não se po podde ap
apr r esentntaar  dedefin
finiitivame
amennte nenhum caso com como "repre repressentat tatiivo". O
imperattivo met
impera etoodoló
dológigico
co o br igatigatóri rioo dos di diaas de hoje é qu é quanti
antif f icar 
icar ,   mas as c as  com-
om-
 plexidadess da
 plexidade dass  relaçõ
 relaçõees pe pessoa
ssoaiis são es p es pecialmen
ecialmentte resistente entess a e  ess
ssaa pr áticaica.. E  o
"tí pic
 pico" r elato  c cuurto de j joor nal não no
 noss dá nenhum
nhumaa  inform
 informaação so b bre
re o
 oss mo
 mottivo
voss
das p
das  paart
rtees int
inteer ess
ssaadas - não  p  pass
assaa  d
 doo r elato ár ido  de
 de u
 um
ma vendndaa.
Entr etantoto,, tent
nteei comprimi
mprimirr os
os dad
 dadoos emem c
 cllassifi
ifica
caçõ
çõees gr osse
osseir as, co
com mo
seg
eguin
uintte re
ressult
ultaado
do::
V endase
dase.. Jen
 Jent ativas d e vevennda,  1760-
 1760-18 1880
80:: co
connse
sennt ime
ment
ntoo da es pos
 posaa
Sem inf orm rmaç
açãão
Com
Co m o c coonse
senntimento da es es p
 poosa
Es posa vend endiida par a o a
 ammantntee
Divvór cio
Di cio ar ranj
ranjaado
Sem co connse
senntim
imeent
ntoo da es po
 posa
sa

Como "sem info


Como informa
rmaçção" signifinifica
ca nenenh
nhuuma inf ormaçãrmaçãoo a r es p peeit
itoo do p  poonto  e
 emm
quesstã
que tãoo,  atab
 atabeela mostr a 91 caso casoss que têtêm o o co
 connsentiment
ntimentoo ou a p  paarti
rtici
ci pa
 pação ati-
va d
va  daa es
 es po
 posa
sa cont ntra
ra qu
quaatr o sem ess ssee co
connsentimimen
ento to.. Se
Se exa
 examin
minaamos as ve vend
ndaas
ent
ntr 
r e 183 8311 e  1
 18850 (
 (aa é p
 poc
ocaa em q ue os
o s r elatos dos
os j joor nais ten
enddem a se ser 
r  mai
 mais com
 com--
 plleto
 p etos)s),, encont ntr 
r amo
moss:
Vendas, 183
Vendas, 1831-
1-550: co
connse senl
nliiment o da
da e
 esp
sposa
osa
Sem
Se m inf orm rmaação 27
Com
Co m o c  coonsentitim
ment
ntoo da es p  poosa 10
Es po
 possa vendindidda par a o a
 amant
mantee 19
Divó
Di vór 
r cio ar ranj
ranjaado 4
Sem o conconsesent
ntiiment
ntoo da
da e
 ess p
 poosa

Consider o esses
Con esses núm númer os os ev
evid
idêênciciáá liter ár ia e impr ess ssiioninissta, em oposoposição
à  e
 evvid
idên
ência
cia "s "sóólilidda" deste ca pítul pítuloo, q ue  é  é a
 a in
invvestiga
gação
ção minu inuccios osaa do
doss t teextos e
conte
co ntexxtos
os.. As c  cllassific ficaçõe
açõess não  se  se a
 a pli
 pliccam co comm  pr ecisão. Vamo amoss e  exxamin inar 
ar  ca
ca--
da umuma por  su  s ua vevezz.
S em o c  coonsesent 
nt imento da es po  posa
sa.. As  n  nootas mor ali lisstas na é po é pocca, bem como
gr ande part rtee d
 doos cocomenmentár 
tár ios histórico
ricoss sub ubsseq üentes es,, sugeger r em q ue a es p  poosa e  er 
r a
um  bem pass passiivo ou alguém qu quee se o punh
 punhaa à tra rannsa
sação
ção.. Na r eal ealidade de,, três dos
q uatro casos na p  pr r imeir a tabel
tabela não ão r 
 r esult
esultaar am em venda endas. s. Em  c  cada
ada um um de  dessses
casosos,, te
tem
mos a in  info forma
rmaçção de q ue o ne  neggócóciio f oi re
reaalizado pri rivvadamente entr e o
marido
ma rido e o com com p  pr r ador , por ém mais tar de de r enegado pela e  ess po
 possa.
A exceçã
exceçãoo se encontr a numa ca car  r ta  diri
 diriggid
idaa por Ann Par son sons a um magis-
tr ado de So Some mer  r set, em 9 de  de j jaaneir o de 176 768:8: ,
Sou a f ilha de Ann Co
Sou Colllliier , q ue mo
mor r ava ao pé de de Ru
 Russh Hill, e  n  naa pr imei
eir 
r a par te
te da
minh
mi nhaa vidida,
a, pa
para
ra minh
nhaa grande mo mor 
r tifi
ficação
cação,, f ui  c
 cas
asada
ada cocomm um homem q ue não
tinh
nhaa  co
 connside
ider 
r ação por  si
 si mes
me smo, nem em pe pello meu s  suustento e pepello d
 dee  m
 meeus fi
fillhos
os.. No
início da últimtimaa guer ra,
ra, ele ent ntro
rouu par a o s seer viço do rereii, e, meu sen enhhor ,  não poposso
lhe r elatar ne
nem a d  déc
éciima  part
 partee dos abu
abussos q ue dele dele r ecebi antes
antes de s
de sua
ua admi
 admisssão e
de po
 poiis de
de s
 seeu r etomo do do E
 Exé
xér 
r cit
ito.
o. Po
Por r  f 
 f im,
im, par a  s suustentar  os se
 seuus capr ichosos,, ele  me
 pôss à venda
 pô enda e  e me
 me ve
 vennde
deuu por  sei
 se is lib
libr 
r as e s sei
eiss  x
 xeeli
linns, e eu
eu  de nada sa bi
 biaa at
atéé qu
 quee  e
 elle
me coconntou o  que ti tinha
nha f eito. Ao me messmo tem p  poo, ele me pediu qu quee fi
ficcass
assee co
comma
cri
riaança peq uena [......].
Para co connf ir mar 
mar  o se seuu r elato, ela enviava em anexo uma certi ertiddão da ve vennda r eal eali-
zada entr e o  m  maarido, John Par son sons de Mid Midso somemer  r  No Nor  r ton
ton, f a b  br r icant
antee de lã, e  Jo  John
hn
Took er da me mesma pa par r óq 
óq uia
uia, cav avaalhlhei
eir r o: o doc docuume ment ntoo tr ansfe fer r ia
ia e pas assa
savava An Annn
Par 
Pa r sons "c "comom todos e  q uaisq uer direi reittos de pr o p  pri
rieedade
dade"" a J  Joohn Took er .
A histó tór r ia é bastant tantee clar a. Mas Ann Parson rsonss pass assaava então a se se q 
 q ueixa xar-r-
não de de ququee a  ve  vendndaa ti tives
vessse oco ocorr rr ido,
ido, mas de qu quee o marido
marido não ti tive
vessse ac acaatad
adoo o
acoor do. Tr ês
ac ês meses dep depoois da vend ndaa (qu quee ocorr 
ocorr eu em 24 de out utububr  r o de 1766) 66),, o
marid
ma ridoo "me vi visititoou e me pe peddiu mai aiss   dinhe
dinheiro, tr atando a mi mim m e ao homem par a
quem
que m ele me ve venndeu   com gr  gr ande
ande violência, ar romba rombando a po port rtaa da casa, ju juran
ran--
do qu quee nos mat ataaria aos dois", e  co  contntiinu
nuouou com es esse
se com p  poort
rtaamento imp impoortunrtuno, o,
até q ue ue ela ped pediiu pr oteç oteção a um ma maggistr ado q ue pr endeu John Par son sons em Shep ep--
ton Ma Mall llet
et.. A pr isão se dera no dia de são   Migue Miguel, e A  Ann
nn Par sons ago agor r a tememiia a
vinggança q ue ele po
vin podder ia
ia comeometter  qu quandandoo f osse osse posto em li berd  berdade ade.. A  r azão azão de
sua pet etiiçã
çãoo ao ma magistr ado ado er a ass sseg
eguurarar r  q ue o mar ido conti tinu
nuaasse deti tido
do..   Não é
fáciil sab
fác sabeer o qu  quee fa fazzer  dedess
ssee cacasso. An Annn Par sons pode ter  sido vend ndiida (con onfoforme
rme
seuu testemunh
se munho) o) sem o se seuu co
conh nhec ecim
imeent ntoo e consent ntiimento to;; ou pod podee ter  ac achhado
q ue es essa
sa seria a melho lhor  r  histó
istóririaa pa par 
r a conconttar ao ao jui
 juizz de paz a  q uem estava pedin din--
do pr oteçã eçãoo. Uma vez ve venndididaa - e (not otee-se) para um homem de status social
mais eleva vadodo -, é ce cert
rtoo q ue ela de desseja
ejavva   que o co conntra
tratto fo fossse acat acatado,   e estava estava
exer cendo a  s  suua vin inga
gannça contra o ex-ma mar  r ido com talent lentoo e suce cesssoso..'6
 Nos
 N os outr os casos de não ão--con
conssenti ntimement ntoo, há men enoos da daddos pa par 
r a ex pl ploor ar .
 Num
 N um dos ca casos
sos ( N  Noorth Bov oveey, Devon, por  volt ltaa de 1866 66)), diz diz--se q ue o ma mar ido
f ez
ez um acord rdoo pri rivvado co comm o co compmpra raddor  pa par 
r a ve vennde
der  r  a mulher  po por r  '/"  d
 dee galão
de cer ve jve ja.
a. Ela r e p  pudi
udioou o  ac  acor 
or do, levo evouu os dois f ilh lhos
os par a   Exeter , e  só voltou a
 North
 No rth   Bovey para o fun funeer al do ma maridrido.o.57 Out utro
ro caso ve veiio à  lu  luzz numj umjul ulggament ntoo
 por 
 p or  bibiga
gam mia em Bi Bir min
mingham em 1823 23.. Alego egouu-se q ue John Home omer  r , ex
ex--soldado,
ter ia
ia tr atataddo a mulh  mulheer  bru bruttalme
ment ntee e  po  por  r  fim
  fim a teria ve venndidido
do cont ntr r a a su sua vo vonntade
ade,,
 pr 
 p r esa por  um umaa co cor  r da,
da, no me mer  r cad
cado. Mas o com pr ador  ador  er a o  i ir  r mão da mulh ulher 
er , q ue
 poor tr ês xe
 p xelinlinss compr ou a pos posssi bilida
 bilidade de ela "sair" do cas casamen
amentto ou sua "re-
dennçã
de ção"
o".. (N (Nãoão se sa b  bee se esse caso de devve ser  class ssifi
ificad
cadoo co como mo sem co connsenti-
ment ntoo ou como di divvór cio
cio arr anj njaadodo.).) Home omer  r  en
enttão supô upôss q ue estava li livvr e para se
casar 
casa r  de no novvo, e cometeu o er r  ro  de pa passa
ssarr po porr uma cer imônia fo  r mal mal na igreja reja..
Foii co
Fo conndena
denaddo por bi biga
gam mia a  s  sete
ete anos de deg egr  r edo." No outro ca casso, na f eir a de
S wi
winndon e m 177 17755, dizia- a-sse qu quee um "ilu lusstr e sap apaatei
teir 
r o" de Wo Wooott ttoon Bas Basssett f e-
chou um aco acor do f or mal com um nego negocciant ntee de ga gadodo par a   que lhe vende ndessse a mu  mu--
lher po por  cicinqü
nqüeent ntaa   libras,
libras, "ent entreregan
ganddo-a a pe pedididodo do comp mpra rado
dorr na manmanhã hã
seguinte
eguinte"" - "Sati tissfe
feiito com o neg egóócioio,, o  comprador  par tiu tiu numa dilio
dilio-ência
acompanhad
acomp anhadoo po por r  muitos
  muitos de seu euss ami migos,
gos, enfeitado
enfeitadoss   com pe penachos, p; p;a de-
mand
ma ndaar o ob j jet etoo da comp compr  r a,
a,   quando,
quando,   para desa desa pont
 pontaame mento
nto de todo odos,s, nem
Crispim
rispim,, ne nem m Cri riss pini
 piniaana [... [...] pude
puder am se serr encontrados".
encontrados". 59
Esses casos não  co  contradi
ntradizzem a reg  regra,
ra, ananotada  por alguns alguns  cont
 conteemporâneo
mporâneoss,
de que
que o consentim entimeento da esp spoosa er a essenci
essenciaal.  Tal regr  regr a é confirmada pelas pelas
ocasiõ
asiõeses em
 em que a es es po
 possa repudia
repudia com com vigo
 vigorr a te tentntat
atiiva de venda.
venda. No mercado de
Smiithfield em 181
Sm 18177, um  um v  viisitante viu um homem lutando par a  colocar uma cor-
da ao redor 
redor  do  do pes
pescoç coçoo de uma jov jovem em de extr extraor
aordin
dinária
ária belez eza.a. No meio de uma
grande
gra nde e crecresscente multidãmultidão, a esp spoosa re ressistia à tentati
tentativva com todas as as sua
uass fo
for 
r ças.
ças.
O pov
povo e os policiais
policiai s  inter vieram ram,, e o ca casal foi levado pe per ante um magismagistrado. O
marido explicou que a que  a mulh
 mulheer fora infie infiell, e que
que e  ele
le es
 estatavva exexercendo o s o seu
eu direit
direito
de vendê-la.60 Na resistência da da es
 es po
 possa ao uso da corda, corda,  temos a confirmação de
quee  tanto a c
qu a  corda
orda como o seu conse cons entimento eram ess essen encciai
iaiss  para conferir legilegi-
timidade à tran  transsação. Me Mesmo quando quando  o comprador nã n ão e  era
ra pré-arranjado,
pré-arranjado,   quan-
dohavvia um leilão autêntico com lances
doha lances do  do púbpúbliclicoo,  aespo
 aespossa podia ex exer cer oveto.
Assi
ssimm um relato de Mancheste Manchest er  (1824 24)) af irma
irma que "
que  "dde poi poiss de vários lances,
lances, ela ela
f oi arrematada por cinc cinco xelin lins;
s; ma
mas, s, com
 comoo  não gos gostou do comprador ,  foi nov nova-
mente leiloada por três trê s xelinlinss e '/  de galã
4 galão de cerveja"
cerveja".61 Num ca casso mais
mais du duvvi-
dosso em Bristol  (1823
do  (1823), ), a es
es po
 possa estav avaa " " b
 beem sa sati
tissfei
feitta"  com o seu comprador , o
qual,,  no entanto,
qual entanto,  revendeu-a a outr o; o; "cocomomo a da damama [.. [...] não g
não goostou da mudança,
mudança ,
foii em
fo  embo borara cocom m a mã mãee", ", recu
 recusa sando-
ndo-sse a s  ser
er reclamada pelo s pelo  segundo
egundo comprador ,
anão s
anão  ser 
er  " por
 " por ordem de um mag ma gistrado
trado,,  que encerrou o c o caaso".63
Devvem ter ocorrido cas
De casos de ve venda
nda for çada de es es po
 possas  em que a mulher 
consentiu porque es e sta
tavva aterroriza
aterrorizada, da, ou porque era demas demasia iado
do simplória ou não
tinha amigos para poder r esi esistir.6] E de devevem m ter ocorrido outros outros ca cassos  nas taver 
taver -
nass  que era
na eram m des esord
ordeens de bê bad  bados os.. No poema "Os pra prazzereeress  do matrimônio"
matrimônio ",
William Button recons reconstr trui
uiuu um de dessssees casos, qu quee tal
talvvez tenha ser vido de mo-
delo para a venda em Th Thee ma
 ma yo
 yor 
r  ofCasterbr 
  ofCasterbr idge. idge. A e  ess posa entrou na cer vej ejaaria
 para bubusc scar
ar o marido
marido e lev le vá-I
á-Ioo  p
 paar a casa, poi poiss preci
 precissava de a j juda uda para cuida
cuidar do
" band
 bandoo de de c cri
riaanças"; o mar ido ido fificcou for a de de s sii de raiv
raiva  (e (embmboora "ele gas gastas
tassse o
dinheiiro que ela ganhav
dinhe ganhava") e vendeu-a vendeu-a para um colega coleg a de  tavern tavernaa - William
Martin
rtin,,  fabrican
 fabricante te de m  meeiaiass - por uma ca caneca
neca de de c ceer vejejaa:
 A canecafoi pedid a , o ne  negó
góccio fe
 fecchado,
E nada devol
devolvido
vido par a dadar r  sor 
 so r te.
te.
Os do
 doiis pe
pennsa
sar r am
a m na c
na  coor da,
da,
 M as
as d esco
scobr 
br ir am que cu cust
star 
ar ia quat r r o p
 pen
encce.
 A idé ia da cor 
cor da
da f oi   logo ab
abando
donnada ,
Por ser
ser duas vezes o qu que Hannah cu
custava,
Pe L
 Lam
ameesmsmaa r azã 
azã o nenhum  dos doi
dois qui
uiss
Pag
agar 
ar  os
 os quatr o  p
 peence de imp
impost 
ost o. v

Mas as u
 umm d doocu
cumement
ntoo da v  veenda f oi redi
redigid
idoo e ass
assininaado entr e osos d
 doois  homen
 homenss, com
os d
os  doois fi
 filh
lhoos d
 doo c
 caasament ntoo di
divvidid
ididoos - a cri riaança maior ficaficari
riaa co
comm  o pai
pai, o
 o be
 be--
 bêê d
 b  dee col
colo com a m  mãeãe.. Dur ant
ntee tud
tudoo iss
sso,
o, a es
es p
 poosa é descrit
descritaa co
com mo alguém q ue
não es e stá  de
 de ac
 acor 
or do
do com
com a venda
venda.. Mas  e  ella aca b
aca baa partrtiind
ndoo co
comm o j joovem f a bri
 brica
can-
n-
te d
 dee m
 meeias, e per ambul
mbulaa com  e  elle d
 dee Hin
 Hincckl
kleey a Loughb hboor ough
ugh:: eles  s see a pai
a paixxo-
nam, vi  vive
vemm f elizes po por 
r  um
 um ano
ano e fifica
camm  deso
 desolladosos quand
 quandoo o mar ido ido se ar r 
r epende
epende
e en
envia  f isca caiis de Hin
 Hinccklkley
ey par a trazê
razê--Ia de vovoltlta-
a-
ELaparti u , mas d e angús
ELapartiu gústia
tia chor ava
ava ,
Oh , , qu
 quee o La
 Laço
ço p
 puud esse
e sse ser 
ser  desat 
 desat ado.
ado. V , ,66 - -''

o p
 poe
oema
ma não é evid
evidêência, mas
as t taamb
mbéém não é de to
todo  fi
 ficç
cçãão, poi
oiss  se
 se b
 baaseia
nas exp
expeeri riêências do do p  pooet
etaa q uand ndoo esse f oi a  a pr 
 pr endi
ndizz num umaa f ábric
ábricaa de mei meiaas n  naa dé
dé--
cada  de 174 7400, e o compr 
compr ador , Wi Willliliaam Martin, er a seu amigo amigo.. Mas o p  poe
oemama fo fo--
ra escrito (ou r eescrit eescritoo) em 1793, e f oi ce certrtaament ntee   reinv
reinvent
entaado a part rtir
ir de
lembr anç nças
as r emota
motas. s.65  Nã
 Nãoo  es
 esttou suger indo que que as es pes posas
osas não fo fosssem às v  veezes
vendid
ndidas as so b coe coer r ção,
ção, mas qu quee, se ela lass clara arament
mentee r e pudi  pudiaavam a  tr ansaç saçãão, a
venda nã não e  er 
r a con
onssidideer ada válid idaa de a  acocordrdoo co com m a tr adi dição
ção e a  a s
 san
ançção dos  co  coss-
tumes.
tum es. A v  viisão alternati
lternativa va - da ve vend ndaa da es p  posa
osa corn rnoo uma comp ompr  r a de gado
contra a vont vo ntaade  da mulher mulher - apr esent ntaa difi ficculdades   muito muito sé séri
rias
as.. P~Ji Jissteria
signifi
ignifica caddo in infr 
fr ação da lei em v  vááririoos  p
 poont
ntoos, e mui muitto pr ovavelm
ovavelmeente ca b  beer ia
ia ur na
na
ação por  estupr o. Al Alggumas es p  posa
osass podia iam m ser dema massiad adoo ignorant rantees par a
r ecorr er  er  à le lei, sem
sem par ente ntess q ue vies esssem em  s  suua d  deefe
fessa. Por ém, ém, me messmo no sécu- sécu-
lo X V IIIIII, os a  alldeões sa bi  biaam o caminh minhoo par a  b  baater à por ta d ta doo m maagi
gisstr ado, do p  pááro
ro--
co o ouu do do f unc
uncionári rioo da par óqui quia, a, e f oge  a  a to
 todda pr o babilidad
 babilidadee  que ne nenhum caso
dess
de sses
es jam jamaais ti tivvesse ocor 
ocor r 
rido
i  do. Se al alggum dess desses caso soss tivess ssee chegegado
ado aos tr i- i-
 bunaais,  o
 bun  oss ju
 juize
izess - em qu quaalquer  é p  poca
oca depdepoois de 1815 15 -  - teri riaam a plicad
 plicadoo uma
 puuni
 p nição
ção ex exem p  pllar  e c coom o máxmáxim imoo de de p puu bli
 bliccidad adee, pois a o  o p
 piini
niãão edu duccada pa pas-
s-
sar a a a bomin
 bominaar  a pr átic icaa, e os juí
 juízzes
es de
 de pazpaz e os p  pooliciai
ciaiss f reqüente
reqüentement ntee pr ocuocu-
r avam
avam inte inter vir par a evitá- á-Ia
Ia.. Ma Mass nenhum reg regiistr o de ação desse tip ipo,
o, por 
inici
ciati
ativa va da es p es pos
osaa, ou p  poor  pa
 p artrtee de s  seu
euss  p paarente
rentess ou am  amiigo gos,
s, ve
veiio à lu luzz.
C om  o  o co
 connsenti
sentim ment o da es  possa. Ess
es po ssaa é a c a  caate
tego
gor  r ia
ia me
menosnos satiatissf atóri
atóriaa. A
evidêdênncia é d  deer ivada
ivada de a de  allguma
uma referê
 referênncia expl xplíícita ao c  coonsentim
ntimeentntoo na f ont ntee,

(v) The pint
(v) The pint wawass order 'd, barg rgaain stru
ruck 
ck ,/  And nothi
nothinng back  r etu etum'd foforr luck .lTh
Thee par ties of 
a h
 haalter  thought ht,,/ But this
this they foun
foundd wowouuld cosostt a  g
 gr 
r oat.!/ ThThee hal
haltter  scheme   was ininstant los
ostt,/  A
 Ass
 bein
 be ingg twice what Hann nnaah cos
costt,l  For ththat sa
sam me r eason
eason nei neith
theer  would/ Pa Payy fo
fouurpe
rpennce that  s
 she
he mi
 mighghtt
 bee  to
 b  toll
ll''d.
( V I ) She f oll
llow
ow''d, but  i inn a
 annguish cririeed,l O tha
hatt  t thhe knot
knot  c coould be untied
ed..
ou entã ntãoo a alguma ex pr  ex pr ess ssão
ão como: a es p  posa
osa partiu com o co comprador 
mprador  "e "emm
gra
rand ndee j júb
úbil iloo", parecia "mui uitto f eliz",z", "  "muit
muitoo sa sati tissfei
feitta", ou ou "a "annsio iossa". In Incclu
luem-
em-
se alalgununss o  ouutr os ca
os cassos, em em q ue a  ass in
inddicações do conse onsentimntimentoento são tsão tão ão fort
forteses qu
 quee
não per mit mitem nenhum humaa outr a in infefer  r ência: como, po porr exemploemplo,,   quandoquando o
 primeeir o cas
 prim asam ameento er  er a a p peenas pelo dire ireititoo con onssuetudintudinár ário
io e q uand ndoo a ve  vendndaa
er a seseguid
guidaa imedia mediattamente por u por  um s  seg
egund undoo ca cassameament ntoo na i igrej
grejaa ou no cart cartóóririo,
o,
ou naqu queeles es casos
 casos em qu quee o marido logo se se arrepend
 arrependia ia da venda,
venda, tent ntava
ava f azer 
azer 
com qu
com  quee a es es po
 possa vo volltass ssee papar r a ele,  mas ela ela  r ecu
ecusava.
S em
em in f or maç açõeões.s. NesNessses casos, as fo fontntes
es não dão nenhu nhuma ma   informação
informação
q uant ntoo ao consconsen entitime
ment ntoo da es  es po
 possa. Ma Mass a l leeitur a fo foii ri
riggoro
orossa. Em vá vári rios
os c caasos,
ser 
se r ia
ia pos osssíve
ívell inf eri rirr o con
conse senntimenmentto da es posa a par  par tir  de
  de evi
evidências ci circ
rcun
uns-
s-
tanciaiis: as
tancia asssimim,, qu quaando to todos os t tr  r ês
ês inter ess essados   percor 
percor rem rem vá vár r ias
ias  milha
 milhass para
ir  de
 de um umaa vil ilaa a u umama cid idade
ade--merc
mercaado; q uan uando a es po  possa assin inaa o doc docuume ment ntoo da
venda da;; ququaando a es po  posa sa é vendi
vendida a  um inquil quiliino ou vizinh inhoo; casos os em em que que o
marido
ma rido vende (ou dá) os seu euss an aniima
maiis ou  ferrame ferrament ntasas de tr a b  baalho  junt
 juntoo com a
mulher  (s (sug
ugeeri rinndo co com m isso qu quee es está tá tr ansfer indo indo ao no  novovo casa
 casall o s  seeu meio de
vid
idaa); casos
casos em que qu e o m  maar ido
ido manif 
manif esta esta ciúm iúmee ag agud udo,o, ouou e emm  q ue dá m dá  moostrastrass de
genner osid
ge osidade ade inu inussitada pa par a com o n  noovo ca cassal; ou um pu  punnhado de cas casos r egis is--
tr ados
ados por  hi  histor iadores loca ocaiis, q ue aind indaa ac acr r esc
sceentntaam q ue o seg o  segun undodo casam
casamen en--
to f oi f eliz e durado radouro uro.. Ad Adm mito pessoalmen mentte qu que, e, em muito uitoss de dess
sseses ca casososs, a
es p
 poosa par tic icii pou
 pou ati tiva
vam ment ntee da tr oca, oca, ma mas, como a evid evidên ênccia é  t têênue ue,, reressisti à
tenntação de r etir á-I
te -Ios
os da
 da pr esent
esentee class assifi ifica
caçção.
ivór cio arr anjado. Ess
 Divór 
 D ssee pequ queno eno gru gru po inclu luii q uatr 
uatr o ca cassos em em q   q ue
ue a ese s-
 posa foi vendid didaa par a se seuus par ent ntes
es - par a  o irmã irmão, par a a mãe, e (  (do
doiis ca cassos)
 paar a o cunh
 p unhado ado.. O q ue isso sso indi
 indicca é q ue a vend ndaa  t taal vez
vez nã nãoo fosse ape apenas um umaa tr o-o-
ca entr e ma mar  r idos; po poder 
der ia ser  igualment ntee um artifício pelo q ual a  e  ess p
 poosa con on--
seg
eguuia anular  o c  casa
asam mento exi exisstetent
nte,e, ou "se ver liv ivr r e de seu eu casa
 casame mennto ao ser 
com
co m p pr 
r ada"
ada".. Marido e mulh e mulheer  sen entitiaam-
m-se se ent
então li livre
vress para ad adotar  um n  novo
ovo cô côn-
 juge
 ju ge.. Se o marido es estatavva torna rnanndo a vid idaa int
intooler áve ável para a mulh mulheer , el elaa podia
connco
co cor r dar
dar com a
com  a ve  venda
nda e  e fa
faze
zer r  se
 seus  próp
 próprio rioss  arran
 arran j jos os par a a "com p  pr 
r a" 6ó Em pe-
lo men
menos um dess dessees  caso
 casos, s, ela é i inndica cadda como sua  pró  pró pr 
 pr ia cocom m prad
 pradoor a, e v  vere
ere--
moss como
mo  como i iss ssoo foi
foi po
 posssísívvel, exami aminnand ndoo um notó notór io casoem Pl Plymouth ( p. 25 253)
3)..
Também
Ta mbém parece  parece q ue o com pra  praddor  (no leil  leilãoão pú b  blilico)
co) nãonão prec
preciisa sava
va ser  o  o hohomem
mem
com q uem a es p  poosa es p  peer ava
a va vi viver , poi oiss a  v veenda pod odiia se ser r  ef etuauadada pa parara um
"age
agent ntee" qu quee atua uavva em nome do  home  homem m (ou at atéé dada pr 
 pr ópr 
ópr iaia es po possa)· ? Fin inaal-
ment
me ntee,  e
 ess
ssee grupo
grupo in inccluluii dois c  caso
asoss em que que  s  somo
omoss simpl mplees,men,mentte in  info
formrmaados de
q ue a venvenda da fo
 foii real
 realiizad adaa por um " um "ar  ar r 
ra  n jo pr évi évio". E, em tr ês cas  casoos, a es es po
 possa f oi
vendid
ve ndidaa por  func  funcio ionnári rios
os da ass assistê tência
ncia ao aoss  p
 pobre
obress. 6K

 Nuum dess
 N de ssees ca cassos, rev revelado no Second 
no Second  annu nnual al r eport 
eport  of 
 of  t 
 t hepoor 
h epoor  law com com-
miss
mi ioner s (183
ssioner  8366), vê-se q ue as in insstit itui
uiçõe
çõess ofi ficciaiaiis (o asilo, os fi os  fiscscaiaiss  dos po-
 br es,
es, o co connse selh lhoo pa par  r oqui
quiaal, a igre j ja) a) coexisexisti tiaam co com m ritos
ritos n  nãão oficoficiaiiaiss. Em 1814, 1814,
Henr y Cook , um me mendi ndigo go com om r   r esid
idêência em Eff  Eff ing
ingham, Surr ey, ey, f oi "  "detido
detido pe- pe-
los
os fun
 funccionár ios da da pa par  r óquia de de  Slinf or d, d, Sussex, por  se  s er o p  paai do f ilho ilho il ilegí
egítti-
mo"o" d  dee um
 umaa  mulh  mulheer de Slin  Slinfo fordrd.. "De aco cordrdoo com om o  o anti
antiggo  s  siistema, f oi r eali ealizazaddo
um cas casam ameent ntoo fo forçrçaado", ma mass  é é po
 posssíve vell inf erir que que o co  casa
asall não  v  viiveu
veu jun junto to,, pois'
seiis meses mai
se maiss tar de a sr a. Cook e o filh o filhoo estava avam m no asil iloo par a pob obr r es
e s de
Ef fing
fingham. O ch cheefe do d o asil
asilo,o, q ue contr 
contr atava aadm aadmiini nisstração da cas casaa p poor umauma so-
ma anu
 anuaal fixa,fi xa, reclam reclamoou da d  dees p
 peesa do doss r ecém-
ecém-cchegados. Por Por isso isso,,  os f isc scaais  d
 dos
os
 poo br es lh
 p lhee di disse
ssera ram m par a leva evar  r  a sra.
ra.   Cook (com (com o co connsesentiment
ntimentoo de Hen Henry ry
Cook 
Coo k ) a Cr oyd oydon, onde nde e  ella f oioi de
d evidam ameent ntee vendida no no m  mer er cado,
cado, pr esa p esa  poor uma uma
cord
co rda,a, a John Earl rl,,  d
 daa par óqui quiaa de Dork ing,   Surr ey. ey. Nã
 Nãoo  é in info
for  r madadoo se Earl rl e
 er 
r a
o am
amant ntee da sr  s r a. C
a.  Coo ook  k  ou
 o u nã não,o, nem
 nem co  com mo e po por que e
que  elle entrou na na hi
 hisstóri
tóriaa. Tudo
o qu
quee sa b
sa beemo moss é qu  quee o xelim lim do do pa pagagam mento f oi pr oviden ovidencciado pelo pelo che hefe fe do a  assi-
lo  d
 dee Ef fingfingham ham,, qu quee  e evvident enteement
mentee es esttava mu muiito an anssio iososo por  se  ve  verr li livvre des-
ses en encacar  r gos.
gos. R edi diggiu-iu-se se um r ecib eciboo com um um se  sello de ci cinnco xelin
xelinss, e o chef e do
asilo
as ilo fo foii uma das das tes estemunh
temunhaas do do doccumumeent ntoo. O novo casal casal r etom tomoou ent ntãão ao
asil
as iloo  d
 dee Ef 
Ef f  fing
i  ngham para a noit  noitee  d  dee núp
 núpccia iass, ant nteses de s
de seer  en enviadiadoo  no dia seg
dia  seguin uintte
 paara Dor k 
 p king,
i  ng, ond ndee (de p  pois
ois da devida leitu itura ra das pr oclamas) passo assouu pela ceri- ceri-
môni niaa de cas casam ameent ntoo na igr e j jaa: "nessa ocas ocasião os  f unc uncionári rioos da par óqui quiaa de
Ef fing
fingham Ihes Ihes pr ovidenovidenccia iara
ram m um umaa  p  peern
rnaa de de ca
 carnrneeiro com como ceia de de casam
casamen-
to". Todas as d as  dees p  pesas
esas dess essasas tr ansaçõe açõess f oram r egis egistr adas na c  coonta b bilidad
ilidadee da
 paar óqui
 p quiaa e "r egul egulaarm rmeent ntee apr ovad ovadas no co connse selh
lhoo paro aroqui
quiaal". A hi hisstótóri
riaa de
com
co meço inf eli lizz termin
erminoou da  m  mes esm ma maneir a, po poiis  a a s
 sr 
r a. Ea
E arlrl (e
 (ent ntão
ão com set etee ou
oit
itoo filh
 filhoos) fo foii a
 a b
 baandndoonada por  Earl  Earl (qu quee "v "verierif 
f icara
cara"" qu quee o seu  c  caasa
sament
mentoo "não
er a válid
válido" o",, pres presumiumivvelm elmeent ntee porqu rquee a sr a. a. Cook-Earl
Cook-Earl fo for 
r a fo
for  r çad
çada  p  poor  es
 esses au au-
gustos co conns pir ador es - os os fi
 fisscais, o ch chefe
efe d  doo as asilo
ilo e e o o co
 connselh lhoo par oqui quiaal- a
vive
ver  r  em biga igami miaa) e  le  levvada de vo volt ltaa a Ef 
Ef f fi  ngham par a f icar  icar  à mer cê cê dos fun-
dos  fun-
cionário rioss da ass a ssiistência aos  p  poo br es.
es.
 Não se se p  poode  r ealmealmeent ntee de pr eend eendeer nada a r es pe  peititoo da intimidade
intimidade dess ssee ca
ca--
so. A p
A paatern rniidad dadee do  prim  primeeir o fi filh
lhoo atr i buída
 buída a Co Coook  era  era fal
falsa? Ea Earlrl e
 er r a amant
mantee
da s
da  sr 
r a.
a. Cook 
Cook ?  A  A ún úniica co coiisa  ce  cer r ta
ta é q ue a h  his
isttóri riaa coconju
njuga gall dos
dos tr  tr ês fo
 foii muito
muito in-
fluencia
flu enciadda por funcio funcionári rioos pr eocup
eocupaados com com qu ques esttõe
õess   financ
financeir as; as; e qu  que,e, em
1814-5
14-5,, a  l leg egit itim
imid idade
ade da  v  veendndaa ri rittual  das es es posa
 posass co cont ntiinuav
uavaa inques
inquesttio ionnávevell
nas  p paar óquiquiaas de Ef  E f f 
f ingha
ingham e D  Door kin
king.
E s posa vend ida ida ao amant e.   Não se in se inccluiu nenhum nenhum ca casso nesse gr upo upo, a não
ser 
r q q ue
ue houvesse um umaa al alegação
egação ex ex pl
 plícit
ícitaa a e  essse r es es p
 peieitto na fo fontntee. Seri riaa ce
certrtaa-
mentente possíve
 possívell acr escent escentaar muitos muitos ourr os ca casos  t tiira raddos da  dass c caategegooririaas de "c "com  o
connsent
co ntiimento nto"" e "  "se
sem m in infoform
rmaçõeaçõess". Ess ssaa pr ática po podde s  seer  co
 confir mada po porr uma
uma
eviidê
ev dênncia lite iter  r ári
riaa. Um dos r elat elatos mai mais co com p  plletos do co  coststum
umee é do gener  gener al-de-
divisão P
divisão  Piilllleet,  q ue v  viia j joou pe pella InI ngla
glatter r r a como  p  pririssioneir o de gu guer ra ra (s(soo b
 b pa
 pallavr a
de honr a) du durarant
ntee as Gu Gueerr as Na po  polleô
eôniniccas. O seu ca pítul  pítuloo so b  br 
r e o assunt
assuntoo é  i inn-
titul
tulaado "Divó vór r cios entr e os ple b  beeus", e n  noo seseuu r elato a v  veenda se sempr 
mpr e co conta
ntava va com
o coconnse senti
ntimment ntoo da mulh ulheer , oco ocorrerrenndo em ge ger r al de p  poois de sua "má co condut
nduta".a". O
compr 
co mpr ador  dev eviia ser soltesolteir ir o,   e "gera
"geralm lmeentntee é o amante da mer cad adoor iaia vend endiida,
send
se ndoo bem f amil iliar 
iar izado co com m ela. Ela só é l leva evadda ao me mer  r cad
cado por  uma qu queestão de
f orm
rmaalidade". e".6969 De q ualq uer modo, a ve vendndaa só ocor  ocor r  ri  a - como o b  bsser vou um
f olclori
lorissta de Dev Devoon - "q uand ndoo o  m  matrim
atrimôônio enf r  re  nt
ntaava uma cri risse"7(1

Como se dava avam m essa ssass cri risses ... Ne Nesste pont ntoo, dev eveemos aba aband ndoonanar r  toda e
q ualqulqueer  busc scaa pelo   típico
típico.. Não encont ontrereii nenhu nhum m caso   em que que a evi evidên
dênccia per -
mita r econ econstr uir uir  uma hi hisstóri riaa conju njugagall detalh lhaada. Ma Mass há dois   casos casos em q ue, por 
r azõe
azões ac aciident ntaais, algu gummas inf orm rmaç ações
ões so br evi evivever r am. No pri rim meiro ro,, havia uma
diss puta de resid
di residêência   entr e as par óquia quiass de S p  pax
axtton e  St  Stoogumb mbeer  em Somer set.
Em 1745, qu quaandndoo   tinha
tinha q uin inze
ze ano nos,
s, Wil
Willi liaam Baco aconn o b  btitive
ver r a a r esi esidê
dênncia em
Stogumbgumbeer  ao se em pr egar  por um ano de se ser  r viço
ço.. Três an anos mais tard rdee   (]748),
ele foi "deti tiddo" co comomo o p  paai de uma crian riançça bast stard
ardaa de qu quee Mary Gadd dd,, da mes-
ma pa par r óqui
quiaa, es esttav
avaa en enttão gr ávid ávidaa. O   casal casal f oi f or çad çado a se casar , emb mboor a
Wil illiliaam Bacon tenh nhaa declarad radoo ma maiis tar de q ue só sou soube de se seuu casa asam ment
entoo pelos
comen
menttári rioos, pois f oi "c "car 
ar r 
regad
e  gado par a a  i igr  gr e j jaa de Stog ogumb
umbeer  pelos   funci funcionár ios
da par par óququiia", e "c "coomo estava mu muiito bê bado  bado,, não sa b  bee se r ealmente se casou ou
não". O  c  caasa
sall nun uncca vive veuu junto junto:   Willia
William deixo ixouu Ma Mar  r y em Sto Stoggum b  beer  e enco conn-
tr ou tr a b  baalh
lhoo em Bridg Bridgewa watter , a algumas milh lhaas de distância. Ma Mar  r y deu à lu luzz a
f ilha,
ilha, Bet ettty, em dez dezeembr o de 1748 (na ausê sênncia de Willi illiam
am)); vá vári rios
os anos mai aiss
tar de,
de, ela es esttava mo morand
randoo co com m R o be  bert
rt Jones, co com m q uem teve ma maiis dez fi fillhos en-
tre 1757 e 177 7755. Nos an anosos.. qu quee se se seguiramiram,, Willi liaam   viveu viveu com out utr 
r a mul ulhher,
com qu quemem teve vár  vár ios
ios f ilh lhos.
os.
Tudoo isso se pa
Tud se  passsasar 
r a sem nenhu nhum m ri rittual de ve vennda de  es  es p
 poosa até 1784 84,, q uan-
do ta tannto Will illiam
iam como Mary já deviam es esttar na fa faiixa dos cin inq 
q üent ntaa anos. Então
os f uncio
uncionári áriosos da ass assiistência ao aoss pob
pobr  r es
es de Stog oguum ber  int nteer vier am mais uma
vez nos se seuus assassunt
untoos co conn j juuga gaiis (o (ouu exexttr aconju
aconjuggais). Willi illiaam Baco conn melho hor 
r ar a
um pouco a sua po possiçã
çãoo socia ociall, torn rnaandodo--se o ar r  re  nd
ndat atáár io de un unss mo moiinhnhoos de
cer eai aiss na par óq uia uia de Sp Spaxto
axtonn, a  d  deezes
zessseis guin inééus por  ano. Ass ssiim Spa Spaxxton se
tomou a s  suua par óq uia uia de resid residêência. Enqu nquaant ntoo iss sso,
o, pa par  r ece
ece q ue Mary e se seus qu qua-a-
tro filh
tro  filhoos menores se tor nar iam mendi diggos no f utur o, o, e  u  umm dos f ilhos - a j jove ovem m
Mar y - estava "gr ávi ávida de um umaa cri riaança". Ela   tinha tinha cer ca ca de vin intte ano noss, e a su s ua
graravvidideez fo foii a r azão
azão da ord rdeem de re remmoção solicit itad
adaa pelos fu funncionár ios ios da
 paróqui
 paró quiaa de  St  Stog
ogumber 
umber , " p  paar a não de deiixar q ue ela tiv ivesessese o f ilho na p  paar óqui
quiaa, po poiis
ser 
se r ia um bas basttar do"
do". No di diaa 18 d  dee de
dezezemm b br 
r o de 178 7844, Wi Will lliiam Bacon f oi arr asta-
do pa para ra Stog
Stoguum b  beer  e in inteter 
r r 
rogad
o  gado qu quaantntoo à  s  suua re ressidênci nciaa per ant ntee do doiis mag agiistr a-
a-
doss. A or dem
do dem   de rem remoção for a r edig digididaa, não a p  peenas par a a jo jove
vem m Ma Mar  r y, mas
tam
ta mbém para a m a  mããe e  os tr ês ir mãos ãos,, emb mboor a nenhu hum m deles foss fossee então um ônu nuss
 par a a par óq  óq uiaia.. O d  despo
espoti tismo
smo admi adminis nistr tr ati
tivo
vo das l
das leis eis de assi assistên
stênccia aos aos pobre
 pobress
estava
est ava pr pr est
estes a cair scair  sob obrere as  du  duaas  farr ulias.ulias. Mary (a (a m
 mããe) e se seuus  quatro filhos filhos
menenoor eses ser 
ser iam se parad parados os de R o b  beert Jones (o pai ai d
 dasas crian
 criançças) e m  manandado
dadoss par a
Spaxxton, ond
Spa ndee d deveveri
eriaam ser  su  susten enttado
adoss pelo  mol  moleeir o e sua fa famí
míli
liaa - e tu tuddo i issso
de p
 poois dede trint
 trintaa e sei s eiss anos! Dois  dia  diass  m maais  t tar 
ar de
de (20 de dez dezembr o), o), William Ba-
con veio à pr aça aça do merc mercado ado de Stogumbe gumber  r  par a vender Mary Mary e as cri riaançaças;
s;
 pediu
 pe diu cincincoo  x xeelin
linss por  ele
 eles (i (issto
to é,
 é, um
 um xe xelim
lim por 
por  ca beça
 ca beça)),  eRober t  Jone  Joness "aceitou
 pagar  esse pre
  esse  preço" ço".. Iss ssoo aconteceu no mesmo mesmo dia  dia em que que  foi exe executad
cutadaa a o  ord
rdeem
de remo
 remoçção - para expul xpulssar todos todos os cinco par a S p  pax
axton
ton,,  e a venda f oi usa sada
da
 pela
 pe lass duas f arruliarruliass  como um artifíc artifício  para des desafiar  a remoção.
remoção.""
Esse cas asoo não é r e pr esent esentaativo   de cois coisa algu lgum ma, a nã nãoo se serr da enorme
mesesquinh
quinhez ez do doss f uncioná
uncionári rios
os qu quee  aplica
 aplicavam vam a Le Leii dos os Pobre
 Pobress. Ne Nem m William,
William,
nem Ma Mary parec receem te ter 
r  sentido
 sentido nece necesssidade de um ritua ritual de de " "di
divvórc
órciio" at atéé o mo-
mento e
mento  emm ququee o oss f iscai
caiss tent ntaaram des desfa fazezerr os seu seus  lare
 laress reai
reais (se n
(se nãão legais). (Se-
riaa a venda de es
ri es po
 possas uma inov inovaç açãão ba basstante recenterecente em Somer set? t?)) Outro
Outro c  cas
asoo
ocorr eu em Plym Plymouth em 1822 22,, tendo
tendo atraído atenção inus inusitada dev devido à rique  riqueza za
e st
statu
tuss dodoss intere
 interesssad sadosos.. A e  esse
sse ca caso, somo somoss  capa capazes zes de
 de acr 
acr escen
centtar alguns
alguns de de--
talhess, a r es
talhe es peit
 peitoo  dos quais quais o ma marido e a e a mulher 
 mulher  concord oncordaar am - ou não se c  con-
on-
tradisse
tradi sseramram.. Co Corr rreu
eu o an anúnúnccio de   que uma bela e jo jovevemm dama ma,, qu quee log ogoo
r eceberi
ceberiaa  uma herança herança de se seiiscentas libras libras, desfidesfilarilariaa   pela cidade
cidade mont ntaada em
seu próprio cav cavalo alo,,  para se serr vendida no mercado de gado. gado. Ela chegou ~ontua ~ontual-
mente, acomp compaanhad nhadaa   pelo palaf  palaf r  r eneir o da da ta
 tavverna Lo Lord Exmo Exmouth uth,, f oi rece
rece bida
 pelo marid
maridoo, e o leilão já at atiingir a a som omaa  de três três libr as as (um lance lance  do pala laf 
f rene
reneir o)
quanddo os p
quan  poolicia
ciais is int
inteer vieram
ieram,, e marido e mulher f oram oram le leva
vado
doss à pr esença
esença do
 pr ef eito na se sede da pre  prefefeitura
itura..
Inter 
Inte r roga
rogado, b   marido dec declar larou
ou qu quee não pen pensava qu quee hou
houvesse
vesse "al alggum
dano"" em v
dano  vender
ender a mulher . Ele e a es pos  posa não viviam iam j junto
untoss há bas basttanantete tempo mpo;;
foram
fo ram casa
 casado doss  durante dois dois a  ano
noss  e meio, e ela lhe lhe d deeu um um fi filh
lhoo tr ês m
ês mes esees dep depoois
do casa
do  casam mento nto,, um umaa  crianç
 criançaa sobr e a q ual ual (a inocência aqui sug ugeerid
ridaa é surpr een-
dente)
dent e) "at atéé o na
 nasscimcimen ento
to ele  nada sabi abia" a".. O  bebê mor  mor reureu pouc
pouco depois
depois - "Ele
arrumou um ca caixão pa parara o beb
 bebêê, pagou as des des pesa
 pesass  do funeral,
funeral, e afa  afasstou-o tr an-
q üilame
üilamente de de seu
seu c  cam
amiinho
nho,, sem sem jam jamaais ce cennsur ar a es posa por  su  sua  conduta
 conduta;; ma mass
tudo
tu do iss ssoo fo foii em vão. Ela lo logo o a b  baandndoonou [.. .]" - e f oi vive ver 
r  co
com m outro
homem,, de
homem de q 
 q uem
uem des desdde ent ntãão tive ver r a um f ilh i lho e estava es perando outr o. A  A v  veend
ndaa
f ora arr anjad
njadaa a pedido da mulhe mulher: ela ela di disse
sser r a  que alg alguém esta estava
va di diss p
 pos
ostto  adar 
vin
inte
te libr asas por  el  e la - tr ês libra
ês librass na hor a da compr  c ompr a e dezess dezessete ete libras
libras no Nat Nataal.
Ele anunnuncciar a a venda venda em M  Modb odbuur y em três dia dias di difere
ferente
ntess de mer cad cado, e v  vie
iera
ra
até PlPlyymouth a pedid edidoo da  esposa
 esposa.. A mulher  confirmou o  s  seu
eu r elat
lato,
o, acre ressce
cen-
n-
tando que,que, como não sa bi  biaa ao c  cer 
er to se o amante amante cum um pri
 prir r ia
ia a p  pro
romemessassa de com-
 pr 
 p r á-Ia no leilã ilão,
o, cont ntra
ratar 
tar a o cavalariço da da Lord
 Lord Exmou Exmoutth par a libe iber r tá-I
t á-Iaa do
cas
asamameent ntoo, co comp
mpra rand
ndoo-a co comm o  s  seeu pr ó p prio
rio   dinhe
dinheir o, desde qu quee o  p  preço
reço não ul-
tr a p
 paassa
ssassse vin intte li br 
 br as.
as. Amb mboos admitiam a leg egititiimid
midaade do r itual tual.. O marido
disse qu quee "muitas pe pesssoa
soass   do campcampoo lhe disseram q ue ue pode
oderi riaa vend ndeer  a mulh
 mulheer ",
e a  e ess p
 posa
osa acr escento
escentouu q ue "vár ias pe pess
ssooas lh lhee   tinha
tinham info form
rmaado q ue tal coisa
 poddia se
 po ser 
r  r eali
ealizazadda, por  vend ndaa pú blica na pr aça aça num dia de mer cado ado"". " Não
havia nada de esc scuuso na ve venda
nda",", declar ou o mar ido. o.""
O ca
casso é bem at atíí pico
 pico.. O voca bul  buláár io do r itu itual de venda podi diaa se
serr tor cido
 par 
 pa r a   muitos
muitos fin fins.
s. Mas o ca casso ilu
ilusstra clara aramment
ntee esse vo vocca b
 bul
uláár io,
io, bem   co como o
a p
 pooio po pul  pulaar  à leg egitimi
itimiddade da pr áti ca.. É um ex
tica exeem p  plo
lo int nteere
resssan
antte da desa esass
sso-
o-
ciaç
açãoão de cultur as as co coeexixisstent
ntees, o qu quee permiti
rmitiaa q ue   muitamuitas pess ssooas ti tive
vesssseem
acess ssoo a algum umasas das f orm rmaas e sançõe õess da lei e da Igrej rejaa, mas qu quee ainda as asssim
a pr ovass ssem
em costume tumess qu quee as ignor avam avam de vez em q uando. uando. "Que De Deus a b  beençoe
Vossa Exc xceelência", di dissse um hom omeem de Wes estt Coun unttr y ao re revv. Barin
ringg-G-Goould
uld,, "o'
senh
se nhoor pode per guntar  a  qu  quaalqu
lqueer um se isto nã nãoo é um ca casasammento, bom, sólido e
cr istão, e to todo
doss lhlhee   dirão
dirão q ue é."7J

O r itutuaal da venda da es es p


 poosa er a pro provvave velmlmeentntee um umaa "tr adiç diçãoão in invventntaada". 7"
Tallvez só tenha sid
Ta idoo ininvvent
ntaada no f ina inal do sé séccul
uloo X V IIII,,  e poss
possivelm elmeent
ntee at atéé ma
maiis
tardee. Sem dú
tard dúvi vidda, hav aviia exemp mpllos de ve vend
ndaa de es po  possas ant ntees de 166 660 0,  m
 mas as não
sei de nenhum caso qu quee fofor r neça
neça ev eviidênci
nciaa clar a do leilão pú b  bli
lico
co e  d  daa cor da.75
O sim bol bolis ism
mo er a deri rivvado do mer cado, mas não nece cesssa
sar 
r iam
iament ntee (a
 pr 
 p r inc
incípi
ípio)
o) do mer cad cado de anim nimaais. Vá Vári rioos casos an antterior eses são de ve vend ndaa por  pe-
so, e o mais bem doc ocum
umeentado (q ue está r egistr ado em q ueixa xass fo for r mai
mais de fa fa--
 br icári
icárioos ao bi biss p
 poo) vem de Chinn hinnoor  (Oxfo xfor r dshir e) em 1696, qu quan
anddo Th Thoomas
Heath th,, um ven enddedor  de malte te,, f oi dedenunnuncciado (e cum umpr priu
iu pena) por ter  vendido   vendido
a es
es p
 poosa por  "' "'//" de penpencce" a  libr a. a.76 Isso sugere que a  t tr  r ansaç
ansaçãão pr imeir o tomou
emp
mpr  r estadas as fo for 
r mas
mas do mer cado de malte, qu queiei jo
 jo ou man antteigaga,, e só mai aiss tard
ardee
(a cocordrdaa, o  l leeil
ilãão, os por tões de pedá dággio, os im im p poostos, os ce cer 
r cados) os do mer ca-
do de ga gado ou da f eir a de ca cavvalos os..
Iss
ssoo não suge ger 
r e um cos costum tumee ant ntigo
igo de orig rigem
em es esque
queccida aol oloongo do doss sécu-
sécu-
los, mas a pr essão de novas necess ecessid idaades qu quee bubusscacavavamm um r itua itual par a se
ex p
ex  pr 
r essa
essar r em. Um Umaa ex ex p
 pli
licaçã
caçãoo, suge ger 
r ida por  o b  bsser vado
ador  r es do séc écul
uloo X I X , er a q ue
a vend ndaa de es es p
 poosas sur gir a como co connseq üênci ciaa das gu guerr 
err as~ com a se pa  par r ação e
as novaovass ligaçõe açõess amo mor r osa
sass q ue ue daí advi vinh
nhamam.. Fat atoo es p pec
ecia
iallme
ment ntee notado no f i-
nal da dass Gue uer r ras
ras Na p  pooleônicascas::   "Nos di disstri
rittos manu nuf f atur eir 
eir os,
os, em 1815 e 18 18116,
dif icilme
icilmente se passava um dia  de mer  mer cadcado sem ve venndas de dess
ssee   tipo mês
mês a p  pós
ós mês ês..
As aut utori
oriddades fefecchavam os  o  olh
lhos
os na é é p
 poca,
oca, e as pe pess
ssoaoass fi
ficcava
avam m coconnve
vennci
ciddas
da pep erf eit
eita lega
gali
lida
dadde do pr oce
ocedim
dimeento". 77

Há alguma ev evid
idêência qu
quaantntoo a ve
venndas dess essee tip
tipoo qu
quaando um mar ido há
muito tempo au ausente (ou su p  pos
osttamente mor to) volta oltavva do ma mar  ou da dass guerr as as
 paar a encontr ar a es p
 p  posa
osa co
com um novo mari riddo e nova f amíli liaa.?' As Guer r  ra  s
 Naa p
 N  pooleô
eôninica
cass, q uand
ndoo multi
ultiddõe
õess fo
for 
r am er rad
radicadas da dass p
 par 
ar óq uia
uias, ter iam
iam mul ul--
ti pli
 plica
caddo esesssas ocasiõ iões.
es. Muitas es p  poosas, co
com mo Mar gar gar et em "The ru ruiined
cott
co ttaage" [A choup upaana devas
vasttada] de Word rdsswo
wor r th, ter iam
am s sid
idoo ab
 abaandodonnadas sem
notícias as--
Ela não t ivera
Ela
 Not t ícias
 No ícias de seseu marido; se vivi
vivia ,
Ela n
Ela  nã 
ã o sab
abiia que vivi
vivia; se
se mo
 morre rrer 
r a,
a,
Ela n
Ela  não
ão s
 sab
abiia que mo
morr era.
era.  v , , , "

Mas esses caso casos são ape apenas um umaa  p peeq uena min minoor ia dentro de de noss ssoo co conjunt
njuntoo. A
maior ia ia da dass vendandass de de es
 es p
 poosa não ão f 
 f oi c
 caausada por  por  guerr 
 guerr as.
as.
O pr inci
inci pa
 pal moti tivo
vo er a o co colala p
 psso dos casa casam ment ntos
os,, sendndoo a vend
vendaa um um a  arti
rtif 
f í-
cio  q ue torn rnaava poss ssííve
vell o di divór cio púb úbllico e um nov ovoo ca
cassamento pela tr oca de oca  de
uma es poes possa (e (e n
 não ão d  dee qu
 quaalq uer mul ulhher ) entr e dois homen menss. Para ra qu
 quee esse
 esse ar  ar tif í-
í-
cio f osse
o sse ef  ef icaz,   eram ne necessássári
rias
as   certas
certas co condndiçiçõe
õess: o  d  deeclíni
línioo da vigil ilâância
 punitiva
 puniti va da I  Iggr e j jaa  e seus
seus  tribun
 tribunaais so br e a c  coondut utaa sexuexuaal; o c  coonse sent
ntiiment ntoo da
com
co munid nidaade e um  umaa cert rtaa aututono
onom mia da cultu ultur  r a plebebéia
éia em r elação à c  cul
ultta; umumaa
autor idaidade civil dis distanciad
nciadaa, desatenta ou t tooler ant ntee. Essas co c ondi
ndições
ções exi exist stiiam na
Inglater r  r a dur ant ntee gr ande nde parte
 parte d doo sécu
sécullo X V I I I,   quando
quando o r itua itual deitou  r aíze zess e se
torn
rnoou um umaa pr átic ticaa  estab
 estabeelec ecid
idaa.
 Nãão é pr eciso explic
 N explicar ar que
que casa samment ntos
os entram em c em cririsse e qu
 quee algum umaa fo for-r-
ma de  d  diivó
vórcio
rcio é um umaa co connve
venniênciacia..   Nessa é po  pocca, não hav aviia didivó
vór  r cio poss ossíívevell
 paar a  o pov
 p ovoo i innglês ou g  gaalês
ês.. A al
alter nati tiva
va talvez  fo  fosssseem as tr ocaocas in info
for r mai
mais e a  ass
coabi
co abittações. Na pr ática, a ausência de for  for malid idaade
dess   tinha
tinha e emm ge
 ger r al f avor 
avor eciecido o
 paar ceir 
 p ceir o masc asculino
ulino,, qu quee - co commo mos osttr am os r egis gistro
tross das le leiis de assiassistência
aoss po b
ao  br r es
es e dasas s  ses
essõe
sõess tr ime
imestr ais dos  tribun tribunai aiss -   encontra
encontrava va mais f acili aciliddade
em a  a b
 baand
ndoonar  a mulhe mulherr e os os f ilh
lhos
os do qu  quee ela e  em m a bandon
 bandonáá-I -Ios
os.. O h  hom
omeem  p  poodia
leva
evar  r  con
 consigo um ofí fíci
cioo; uma ma vez
 vez escon
escondido na c  cid
idaade, a sa sallvo dos f isc scaais dos
 poo br es, ele podi
 p diaa se esta b  beelece
cer r  co
com m um umaa nova par ceira pe pelo dir eito co connsue ue--
tudinári rioo. A mulh
mulheer norma normalment ntee   saía d
saía dee u  umm ca cassamento im p  possíve
ossívell ou  v  viiolen-
to p
 paar a a casa d  doos pa  paiis ou par ent ntes
es - a não ão s seer 
r q 
q ue j jáá ti
tives
vessse encont ntrado
rado um nov novoo
amant ntee.

(V i l)   She
hadd lea
ha learne dl No tidin
rned ings
gs of her hu
hus ba
 bannd; if  he
 h e li
livved,l She k new nO
nOlllhm he live
vedd; if 
he we
wer 
r e dead,/ She k new no[
no[ h
 hee was d
was  dead.
ead.
Entr e os os h hisisttor iadadoor es
es qu quee escr 
escr everam
everam há cinqü cinqüeent ntaa ano nos,s, havi
aviaa su suges
gestõtões
es
de  qu
 quee um umaa grande part artee do doss traba
rabalh lhaadores do sécul séculoo XVIlI   vivia num numaa pr omi mis- s-
cuidad
dadee anim nimaal sem sem n  nor
ormamass e fo formal
rmaliidades, e emb emboor a ess ssaa acacuusação
sação tenh  tenhaa sid idoo
 bas
 b asttantntee r evi
evista, a, d
 deelala a
 aind
indaa  re resta
stam m algun unss ecos. Por P or veze
vezess a vend endaa da es p es posa
osa tem
sid
idoo a p  pr 
r esent
esentada ada com como um exem e xem pl  ploo dedessssaa br uta
utalid
lidad
adee. Mas, cla claro,
ro, iss ssoo é exata-
exata-
ment ntee o q ue ela não é.  Se o comp compoor tam ameent ntoo se sexu
xuaal e a  ass norm rmaas conju njugais
gais nã nãoo
fossem
fosse m es estrutur 
trutur adas,
adas, qu quaal teri riaa sido a  necess
 necessid idaade de desse
sse ritritoo  públ
 público ico tão es pa-
es pa-
lhafatoso?
lhafat oso? A ve venda
nda da da es es p
 posa
osa foi foi ininve
ventntaada num numaa cu culltur a   plebé
plebéia, qu quee er a às
vezzes
ve es c cré
rédul
dulaa ou sup supeer sti ticciosa, mas qu quee  tinh
 tinhaa em alta lta co
 contntaa os r ituaituais e as a s  f or-
malidades.
malid ades.
Já o b
o bse
ser r vam
vamos os b  baaluluaart
rtees desse ti po  po de c  cultur 
ultur a - aquel quelas as comunid
comunidaades es,,
às vezes des escrit
critasas com
como pr ato-industri -industriaais, densam ameent ntee un uniidadass por laç açoos de  p  paa-
rente
re ntesc scoo e ativid
 atividaade econ econômi mica ca:: os  mi  mineneir ir os
os de carvão, os cut cuteeleiros, os fa bri- fa bri-
cant
ntees de de malh
 malhaa,  os fa b fa br r ica
cantntees de meias, os f erreir  erreir os do Bl Black 
ack    Countr 
Countr y, os
tece
ecellõeões, s, os qu quee atu tuavam
avam nos mer  mer cad adoos e nos tra tranns po
 portrtees. Não im p  poor ta
ta se os
casam
casa mentos na igr e ja ou per ant ntee o  dir eit itoo cononssuet etud
udiinário fo fosssem pr eferido eferidoss
nes
estta ou na naququeela co comun
munida idadede,,'o ne nemm se se a ass taxas d
taxas  dee f ilhos
ilhos ba basstard
ardoos e co connce p pção
ção
 pré-nup
 pré -nupccial esti tive
vesssem em el elevação
evação.. Ess sses
es índndicicees não ão n noos d diize
zem m tud udoo o q ue po-
demos q uer er  saber    saber  so br e as as n norma
ormas, s,  as ex p
ex pececttatitivas,
vas, as as r ecipr 
ecipr ocid
ocidaade dess con j juu-
gaiis e os pap
ga papééis do ca cassal, qu quaando co compr 
mpr ometido co com m um la lar  e  filh
 filhos
os.. O
cassament
ca ntoo (f or mal ou pe pelo  di direreititoo co
connsuetudin tudináár io)
io)   implica
implica coa oações
ções do doss p
 paar en-
tes,
te s, dos vizinh inhoos, dos colega egass de de trab
 trabaalh lhoo; envo voll ve
 ve muit
 muitos os outro tross intinteer ess
sseses
emo
moccionais alé lémm dos sent ntiimen enttos das du duas as pessoas pr imari mariaament ntee compr o- o-
metid
met idas.
as. Quand
Quandoo co connsi siddera
erarm rmoos a rou rough gh mus ic, ve
music, ver r emos q ue a  ass ex p
 pececttativivas
as da
comun
co muniidade penetr avam avam no l laar  da  da f amília,
amília, ori rieentatanndo e às às v veezes r estrin
estringin ginddo a
condut
co ndutaa conju njugal
gal.. Os olh olhos os vigil ilaant
ntes
es dos
dos p  paren
arenttes e dos vizinh vizinhos os toma mavvam im-
 pr 
 pr ovável
ovável q ue os delit litos
os con j juugai gaiss pass ssaasssseem de dess p
 per 
er cebid
cebidos os na comu munida
nidadde
mais am pl  plaa. As dis put  putaas conju njugai
gaiss er am am fr eqü qüeente tement
mentee lev evadadaas pa parara f or a de
casa e r e pr esentesentaadas com como teat atroro de ru
de ruaa, com um um ape apello l looququaz az aos v  viizinh
inhoos qu quee
atuuavam
at am c  coomo uma audiência de de j jura
uraddos.
 Não er  e r a  um
 umaa cultu
c ultura ra purit
 puritaana,  e os met metodi disstas  e os reformad
reformadoor es evangé gélili--
cos f icacavvam chocados com a l licenc icencio iossidadadde q ue lh lhee atri
atri bu
 buíaíam m, e es  es pecia
 peciallmente
com  a  a lib
 libeerdad
rdadee sex exual
ual do doss jo
 jove
venns e sol solteteiiros
ros.. Ma
Mass há muit  muitas as evid idêênci ciaas de q ue
o co
connsensenso so dedesssa sass  co
 comunmunida idade dess er a cap capaaz de de im po
 por r  cert
 ce rtasas con
conve vennçõe õess e nor 
nor mas,
mas,
além de defen defende derr a insti titui
tuiçção do pr ó pr io io casament
casamento, ou da un unid idad
adee fa fami
milliar 
[househ
usehoold ].
].
Essa uninidade
dade er a não só domésti
doméstica como eco connôm
ômiic~. Na verdad
verdade, é im-
 poss
 po ssííve
vell indic
ndicar
ar onde as r elaçõe
açõess "eco
econnômic
icas
as"" te
term
rmiina
navvam e ondndee co
 come
meççavam
as re
as  rellações " p
 peessoa
ssoaiis", po
poiis  a
 amb
mbaas estava
estavam im bric
 bricaada
dass no mesmo cont
conteexto ge-
rall. Qua
ra  Quanndo os n
os namo
amor  r ado
ados se cortejavam
cortejavam, eles er 
er am
am "meu
"meu amo
amor 
r ", ma
mass q uand
andoo se
estabele
tabelecciam na nova va u  unnidade f ami milliaiar 
r , pa
passsasavvam a se  ser r  o "
 o "ccompan
ompanhheir o" o" um do
outr o, o , uma pal palavra qu quee traz
traz em seu  bojo, em doses doses iguais, o  s  seenti
ntim mento e a
f unção
unção dom domés ésttic
icaa ou pape papell ec ecoonômi mico co.. É er r  r ado
ado sup upoor q ue, como os os  h
 hoomens e
as  mulh
 mulheer es e s tinh
tinhaam necessnecessid idaade de a p  pooio ec ecoonôm ômic icoo   mútuo,
mútuo, ou da a jud  judaa dos
filh
fi lhosos no  tr a b  baalh
lhoo  diár io da casa, isso sso nec
 neceessariam ariameent ntee ex exccluía o a  afefetto  e gerava
um inst str 
r umentalismo inse sennsívevell. "Os se senntiment entos os podem  ser  mai  mais, s, e e nãoão m meenos,
terno
rnoss ou int i nteensos pe pello fa fatto  d
 dee asas r 
 r elaç
açõões ser em 'eco econnômi micas'cas' e c  cr r uciais para a
sobrev
sob reviivêvênncia mútua. a."""
 Nesssas comun
 Ne comuniidades, era im p  poss
ossív íveel mu mudar dar de de par ceir ceir o conju njugal-
gal- e p  pas
as--
sarr par a um novo
sa ovo l laar  na
  na pr óxima
óxima rua rua ou no no p próróxximimoo vil ilaar e j joo - sem se serr motivo
de esescâ cândndaalo diár io  e contínu contínuo. A se p  paar ação
ação, es p  pec
eciialment ntee se h  hoouvesvessse fi filh
lhoos,
r asgava a r  a r ede d  dee par ent entescos e pe e per  r turbav
turbavaa a v  viizinha
inhannça tr a b  baalhahador 
dor a.'a.'2 Par eci ecia
ameaça
ame açar  r  os outr os os lalar 
r es.
es. Mas
Mas o novo casa casal  ta  tallve
vezz n  não
ão p  puudesse ado dottar  a saíd aídaa  m maais
fácil,l, mi
fáci  miggr and ndoo pa par r a a cidad
idadee mais pr óxima óxima e sua ua "a
 "annoni nim mid idaade" mai maiss  t tooler ant nte,e,
sim pl plesesmment ntee   porq ue iss ssoo não er a f áci ácil. O of ício (fa (fa bri
 bricação
cação de pr egos, manu nu--
fatur 
fatu r a de m  maalh lhas,
as, min ineração
eração de de ca
 car r vão)
vão) po poddia ser ser loca
ocall,  t taalvez não não h  hoouvesse ne-
nhum
nhu m outr o empr egado gador  r , nenhu hum ma out utr r a chohouu p  paana par a alu luggar .  Se ficasse
ficassem m na
sua pr ó pri  priaa co com munida dadde, era era p pr 
r eci
eciso enco conntrar al algum  ritu rituaal q ue  r econh econheece cessssee a
tr ansação ção..
Conco cordrdoo co com m o mai aiss cui uiddados osoo hi hisstor iador do ca casasamen
mentto popul ulaar 
 br itânico - John Gilli Gilliss - qu quee a venda
venda da es es po
 possa er a vigo gor  r osa
sament
mentee à p  pooiada
nessas
ne ssas c  coomunid nidaade dess ple b  bééias ou pr oto-in inddus ustri
triaais; q ue em em ge  ger  r al não er a um  um cos cos--
tume  camp campoonês, e qu  quee "o pr  pr ó p
 pr 
r io
io r ito
ito não se d se  des esti
tinnava a l liidar  co  c om ca cassamento
amentoss
em q ue houvess vessee pr opriopried edaades e bens"; ";')') qu
quee a  s  suua f r  re  qü
qüêência declinava nas
gr andes cid idaades, "onde "onde as as pe
 pessoas
ssoas podi  podiaam se se  se p
 paar ar  e  e casar
casar de novo vo,, sesem m qu quee
ninnguém  ficas
ni  ficassse saben abenddo ou se se i imp
mpoort rtass
asse" e" - uma af ir maçã açãoo ex exaagerad
geradaa, poi poiss
em qu qualq 
alq uer ru ruaa de
 de um
 umaa cid idaade as as p pessoas
essoas sa sa bi
 biamam ou f aziam aziam q ues esttão de d  desco-
esco-
 brir  o qu
 o quee estava ac acontece tecenndo. Em Em s  sum
umaa,  pa pass ssamo
amoss de u  um ma ec ecoonom omiia do  u  usso d daa
ter ra p
ra  paar a  um
 umaa eco economia da m  mooeda: o casame casament ntoo cocom m r esidênci ciaa é es esta b beelececiido
com as as p poou p paanças co conju
njuntantass do no noiivo  e da noi noiva (t  (taalvez com como cria riado
doss ou ou a  a pr 
 pr en-
dize
zes),s), e n
e não ão comcom do dottes ou d  diire
reiitos f undi
undiário rios.s. Mas aind indaa es esttamo moss  num mu mund ndoo
comu
omunnal de um umaa r egião tr a b  baalh
lhaadora co com m seu nexo de  m  meer cad cado. E se a comu comu--
niddade é un
ni  uniida pelos laç açosos de  p  paar entesco e p  peleloo tr a b baalho co comummum,, po poss ssuiui igual-
mente element ntos
os de cul ulttur a co com mum, f eit itos
os de f ort rtes
es tr adiçõe çõess orai
orais (qu quee são
esse
ssennciais par a  tran  transsmitir  os os ritu
 rituaais po pu  pullar es)es) e de u de um ma  h  heer ança de de cos
 costu tumemess e
históri riaas f r re  qü
qüeentnteeme
mennte co codifi
dificacaddos no d  diiale
aletto do p  povo.
ovo.
Outr a r azão azão para a p a pooss
ssííve
vell ne necess
cessid idadadee do ri ritto q ue  m  maar cavacava o di divvór cio ne ness-
sas co com munid nidadesades   poderia leva levarr ao exame exame dos r  dos r ecur 
ecur sos
sos psíqui íquicos cos desses homen menss
e mu
 mullher es ma maiis  a  a fu
 funndo do do do q ue nos per mite a noss no ssaa ca ca p
 pacaciida dadede de análise. Mas
 pode-se
 pode- se ar risca
riscarr que,que, mesmo qua quand ndoo o casal tr ocava de  p  paar ceir 
ceir osos e se mudava
 para outr o di
 pa disstri
ritto, os mais "simplóri implórioos" (com omoo Hard rdyy descr eveu Su Susasann Hen-
char d) d) continu
ntinuar  ar iam a s  seent
ntiir um um de  dessco
connfofort
rtoo mora rall agudgudo, o, se n
se  nãoão h  hoouves
vessse al-
gum r ito qu  quee os lib libeerarassse da da f  f idelid
idelidaade oujur amentos an anteter r ior 
ior es. U m jur ament amentoo
 poodia cau
 p causar  um umaa san ançção terrív erríveel, um umaa ob obri riga
gaçção ine inexoxor  r ável
ável, ao aoss homhomeens e às
mulheer es daqu
mulh queela é p  poca;
oca; e os vot votos  d  dee cas
casament ntoo co continh
ntinhaam toda  um  umaa car ca r ga
ga de
sa b
 beer tr adiciona
icionall.
Tudo
Tu do iss ssoo af irma
irma a neces ecesssida dadde de algum rito, rito, e o pr ó pr io io rit ritoo fo
foii sufi-
cientem
ntemeent ntee descri critto. Pode se ser r  visto co com mo um umaa tran
transação soturn turnaa, co com mo teatr o
de ru
 rua,a, ou c  com
omoo  um ritua ritual de de humilh
 humilhaç açãão. A de  desc scri
riçção mais dens  densaa  que te temos de
todo o r itua itual é a r econ onsstitui
tituiçã çãoo fe feiita por  or uum jorn
 jornaali lissta o b  bsser vad adoor, que o
que  o viu iu c
 co-
o-
mo um  umaa co com médi diaa de
de cos
 costum tumees no Bla lackck Countr 
Countr y (A pêndi  pêndice ce,, pp.pp. 3 349-
49-52 52)). Mas a
form
fo rmaa era bas bastan antte fl flexí
exívvel par a co com m po
 port
rtaar dif er ent ntes
es menmensage genns, seg egund
undoo as
 peessoas envol
 p envolvvidas e o  o jul
 julgagam ment ntoo  do públic
público.
Iss
ssoo pod odee ser ilu ilustra rado
do pela f unção unção do  dinh  dinheeir o pago ago na  na tr oca.
oca.  A soma pa-
ga var 
var iava da
iava da mais s  simpl
implees f orm rmaalida idadde a pr eços eços sub ubsstan
tancciais. Ei Eiss a allgununss exexem-m-
 plos
 pl os tir ados de  minha  minhass anot anotaç açõões. Em Stow towm mar k k et, em   1787, 1787, um f azen azende deir 
ir o
vend
ve ndeeu a es p es posa
osa por por  ci cinnco gui uinénéuus. Depo epoiis el elee lhe  deu de de pre presesente
nte um guinéu
 par 
 pa r a co
compr 
mpr ar um um ves
 vesttido novo, e m e maand ndoou q ue os sino inoss  r e pi
 picass
cassem em par a ce celle br ar 
a ocas
 ocasiião. ão.'"'" Em S  Shhef f  f ield
ld,, em 1796 796,, um ma marid ridoo ve vendeu
ndeu a es es po
 posa sa por  se  seis  pe
 pennce.
De poi
 poiss pago agouu um guin uinééu par a q ue um umaa car r  ru  age
agem m a l levaevass ssee junt
 juntoo co com m o com-
com-
 pra
 p rador 
dor  até Manche hesster '5 '5 Em Hull, Hull, em 1806, um home homem ve vendeu
ndeu a  mulh  mulheer por 
vinte gui uiné
néuus a um suj ujeeito q ue fo fora
ra inquilino
inquilino do ca casasall durante
durante q uatr  uatr o anos:
 pare
 pa recece um
 um pr eço eço punpuniitivo Em Smithfie
H6
Smithfield, em 1832, a es es p
 pos osaa fofoii vendida por  por 
dez xelixelinns, co com m do doiis xelin inss de com omiissão para para o  o negoci
negociant ntee de ga gaddo. A es p  pos
osaa
 pôôde sai
 p airr do
do ce
 cer r cado
cado na f r  re  nte da tav tavememaa Half Moo oonn, ond ndee os tr ês ês int nteer essados
essados
ent
ntãão e  entr 
ntr aram
aram, tendo ndo o  o pr 
 pr imeir 
imeir o ma marid
ridoo gast
gasto a maior parte arte do  do di dinh
nheeiro da da com-
com-
 pr a com ág águua e c  coonh
nhaq aq ue.'7 '7 Em
 Em Bost Boston (Linc incooln lnsshir e),
e), 1821 21,, o preço
preço pago foi foi
um xe xelim
lim,, tend ndoo o mar ido devolvid idoo onze pence ao co compra
mprado dor  r  " p
 para
ara da dar r 
sorte
rte". "."" Mas no mesm mesmo lu lugagar r ,  em l817, uma es posa f or a vendid ndidaa por trê rêss fa
far r -
things,
thing s, e o m
o  maaridridoo "ent ntrego
regouu na b  bar 
ar ganha
ganha to todada a  a pa
par  r af ern
rnááliliaa da es es p pos
osaa, o qu quaar-
to di
to  diaantnteeiro de u
de  um m carneiro, um umaa cest cesta etc.etc.". 89
Quee er a um  r itu
Qu tuaal de humilh
 humilhação ação par  par a a es es posa
 posa,,  está ex ex p plí
líccito no simboli
simboliss-
mo.. A maioria
mo maioria da dass es
 es p poosas (co com mo a de de "  "R 
R ough
ugh Moey"
 Moey",, no A pêndi  pêndice ce)) emem algu
 algum m
momento se desma mannchava em lág ágrim
rimaas. Mas só por que que di dizziac
iacsse q ue ue a es p  pos
osaa
"mal po podidiaa se ser 
r  carrega
rregadda po por  r   caus
causaa do doss   desma
desmaios ios"", enqu nquaanto es estatavva sesenndo
"arra
rrasstada" por um umaa  c  coor da até o m  meer cado
cado (Darrm arrmoouth, 18 1817 17)), n  não
ão podem
podemos os ne-
cessar 
cess ar iament
iamentee in infe
feririr 
r  q ue ela era uma pa par 
r ticipipan
antte contr ár ia ia à t tr r oca.
oca. Sa b  bemos
emos,,
naququeleele caso,
caso, q ue ela la fo
 foii v
 veendid
ndidaa ao ao " "se
seuu primrimeiro
eiro am amor ", e a sua re relut
lutânc
ânciia po-
diaa ig
di iguualment
lmentee pr ovi vir r  da humi umillhaçã açãoo da ex p  poosi
siçção pú b  bllica
ica.."" A  v  veer gon
gonha tam tam--
 bém
 bé m pod
 podiia se e  esstender  ao ma mar  r ido q ue estava admi mittindndoo q ue fo for 
r a e
 ennga ganad
nadoo. Se o
relato é co confi
nfiáá vel, J onath
nathaan Jowett, um f aze zend
ndeeiro pert rtoo de   Rothe
Rotherham (1775),
enfr entntoou os tr âmit
mites
es da trarannsa
saçã
çãoo com um umaa " b
 br 
r incade
incadeir a ridridíícul
ula"
a".. Con
Conco
cord
rdoou
em ven vendder a mulher  por  21 guin uinééus pa para
ra Wi
Will
llia
iam m Tayayllor, oleir o,o, que ele sus-
 peeit
 p itaava ser o  a  am
mant
ntee da es p poosa, e  e
 enntr egou-
egou-aa dev evidam
idameente com uma " pr oci ocissã
ssãoo
ordei
rdeira ra"":
Jowe wett tt segui uiaa à  f r 
re  nt
nte,
e, com
com a cabe cabeça ça ornrnaament ntaada
da,, por  sua pr ó p  pri
riaa vo
vont ntaade, com
um gr  gr ande par 
par  de ch
 de  chifr 
ifr es de
es  de car neir o do dour 
ur ados
ados, diant iantee dodoss  qu
 quaais estava esc scrit
ritaa com
letr as dour 
as  dour adas
adas  a seguint
seguintee sen entten
ença
ça,, "co
coro
roead
eadoo   por William
William Taylor "; um umaa gr ande
ande
coleira for  for a co
collocad
cadaa ao ao r 
 r edor  de se seuu pe
pescoço,
scoço, com com um anel e um  umaa cord rdaa nela afi-
xad
ados os,, pel
eloos q uais um um d  dos
os vizin inhhos o pupuxava
xava.. E a  a es
 es p
 poosa cocomm uma cor da ao ao redo
 redor r 
do pe pesscoço f oi lev evad adaa pe
pello marid ridoo ao luluga
gar r  ma
mar r cad
adoo em meio ao aoss  g
 gri
rittos de enco co--
ra j jaament
mentoo de de mil
 mil es es p
 peectado
ador r es - Jowett devo devollveveuu ao ao co
 compr 
mpr ador  um  guin guinééu pa par 
r a
dar  sort
 so rtee, e a
 amb
mbaas as partes
partes par eci eciam sat atiisf eitas co comm  a barganh
barganhaa"
o cacasso estava sendoo r e p
send  pres
resent
entaado aos olh lhoos   do públic
públi co. Assim com omoo o c  coon-
denadoo   antes da
denad da exec
execução, as as part
 partees des esemp
empeenhavam os pap papééis es perad
 perados os.. Ma Mass
tinh
ti nhamam li liccenç
nçaa par a   impr ovi ovisa sar 
r  as suas pr ó pr ias ias fal falas
as.. Para o marid rido,o, o tea eatr 
tr o
 pro
 p rovviden
idenccia
iavva a o p o poortuni
rtunidadadde de sa sall v
 vaar a su sua dig ignidad
nidade. e. ElElee podi diaa   ridicula
ridiculari rizzar 
e huhumi milh
lhar
ar a es p  pos
osaa com a ar enga do leiloeiro iloeiro;; ou  podi  podiaa sug uger
erir
ir ququee estestaava feli lizz
 poor  se
 p   se ver 
ver  livivr 
r e de
della pedpediind
ndoo   um pr eço e ço r idíidícul
ulo;o; ou podia q uer  uer er  conquinquisstar uma
r e put
 putaação de de ge
 genner osid
osidadeade,, mos ostr 
tr ando a sua boa vont ontaade ao mand ndaar que.os sino noss
r e pic
 picas asssem, ao des pejar  pr ese senntes so b  br 
r e o novo ca casasall, ou ao aluga
alugar  r  uma car rua- rua-
gem
ge m. Ou podi diaa, cocommo "R ough Mo Moey ey"", demonstr ar um umaa r esign
ignaação cômi mica ca:: "To-
dos nós sa bem  bemoos em qu quee pé está a sit itua
uaççãoão.. Não há nada a fa faze
zer 
r ,   por is isso não
adiant
diantaa ser bár  ba  baroro"".
 Neem todas as sep
 N epaar açõe
õess er am am suave avess. Em alguns alguns caso asos,s, comentmentaa-se q ue ue
o marid ridoo teria manife fesstado rai raivva ou ciúm iúmee em re rela
laçã
çãoo ao r iva vall.   Em ou outr tr os ca-
sos, el ele "s"see ar rere p
 peendia
ndia"" da vend endaa e atorm tormeent ntav
avaa o novo ca casa
sall. Um tece ecellão de
meiaas em An
mei Anssty (Le Leiice
cesster shir e) ven
enddeu a mu mullher para outr o fa fa bri
 briccantntee de
meiaas em 1829. Algum
mei umaas semanas de poi  pois, s, ao pa passa
ssarr pela   casa
casa do novo casal al,,
ele "viu a  mulh  mulheer trabalh lhaando no tea ear 
r , apapaar ent
nteement
mentee bem sati tissfeita
feita".". Ess ssaa
visisãão de sua anti antigaga co compmpaanhnheeira a ju  juddand
ndoo o seu ri riva
vall o  e
 enfur 
nfur eceu
eceu de ciúm iúmee, ele
volt ltoou co com m um umaa arma ca car 
r r 
re  gad
adaa e já estava   mirando mirando a ex ex--es p
 poosa pel pelaa janela
quandoo um tra
quand rannseunte inter veio veio..92 Outr o ca casso   que ter minou em se para  paração
ção in inf f e-
e-
lizz ocorr 
li ocorr eu no mer cado de Go Gooole (1849 49)). Um barqu rqueeir o chamhamaado As Asht
htoon f or a
internaado no hos pit
intern  pitaal de Hu Hulll com um umaa in inf 
f ecção no joe oelho
lho;; enqunquaant ntoo iss ssoo (s(see-
gununddo a  notíci
 notícia) a) a  mulh
 mulher er f ugiu
ugiu com se seuu amante nte,, le leva
vanndo gr and ndee   parte
parte dos o b-
 jeto
 je toss do marido arido.. Ao r eceber 
eceber  alt ltaa do hos pit  pitaal, As Asht htoon de dessco briu o par adeir o do
cassal, e os três acert
ca acertara
aram m a vend ndaa da es po  possa. A  mulh mulheer  fo foii ob
obririggada a  s  sub
ubiir nu-
ma ca caddeir a na pr aça aça do mer cad adoo co comm um umaa cor orda
da ao re reddor  da cin inttur a. Depo epoiis de
algun unss lance cess "ani nim
mad adoos",
A mulhulheer  fo
foii f inalm
inalment
entee ar r  r ematada pelo amant ntee por  cin
incco xe
xelin
linss e  n
 nove
ove pence,
q uandodo,,  esta
 estalando
lando os os d
 dedo
edoss na car car a  d
 doo  m
 maar ido, elala exc
 excllam
amoou: "Está ve venndo, seu
seu im-
 pr est
estáv
ável
el,, issssoo é  m
 maais do q ue vo voccê co connseguiuir 
r ia". E par tiutiu, a p
 pare
arennte
teme
mennte co com m
gr and
ndee alegegr 
r ia,
ia, ao lado
lado de s
de  seeu  n novo
ovo senh
senhoor  e m meestr e, o mar ido lhe es esttendendo a mão
quaando passa
qu assar 
r am po
por 
r  el
 e le e
 e d
 diize
zend
ndo:
o: "Um a p  peert
rtoo de m mão,
ão, mi
minha vevellha, a ant
ntees  de
 de n
 noos
separa
eparar r mos"
mos" .'''

Mas o caso não é a  ass


ssiim tão " b  báárba
rbar 
r o",
o", e se sem
m dúvididaa alguma é menos bár -
 bar 
 ba r o do q ue as cenas
cenas q ue co comu
mum mente oco corr 
rr em nos  tribun
 tribunaais de divó
vór 
r cio do sécu-
sécu-
lo  xx
 xx.. Na vever 
r dad
dade, é a ling
linguage gemm dodoss r e p
 póórt
rteer es
es   moral
moralista
stass q ue po
por 
r  vez
vezees par ece
ece
mais bárb rbaara do  que o co compmpoortrtaament
ntoo r elatado. Como exe exemp
mpllo, eis umumaa notí-
cia de um jorna rnall de  Y
 Yoor k 
ks  hir e em 1829:
Segundoo o costume ha bitu
Segund  bituaal [o [o m
 mar 
ar ido]
ido] com p  pr 
r ou umauma c  coord
rdaa novovaa,  pela q ual pago
pagou
seis pepennce, e tendo
e tendo--a ama amar r r 
ra  do ao redredor do pescoço
pescoço da mul ulhher , o br igo
gouu-a a desdesf i-
lar pela ru rua,
a, a s
 siir igaita   impude
impudent ntee não se vex exaando dess dessaa exib ibiição púbpúbllica de  s  seu
euss
atra
rattivo
ivoss. Logo a p  par 
ar eceu
eceu um  co  comm pr ador , q ue of er ece ceuu de dezzoito pence pela mulh ulheer 
e a cor da,
da, e o mar 
mar idoi do não
não d demo
emor  r ou  a aceit
aceitar
ar a p  pr r o p
 pos
osta
ta.. A ba
bar ganh nhaa f oi r eal
ealiza
zadda, e
os tr 
os  tr ês
ês de
dessave
aver 
r gonhados se  r etir aram aram em meio aos grit gritoos da mult ltiidão par 
par a um
umaa  ta
 ta--
vern
rna,a, onde o  d  dinh
inheeir o fofoii gasto sto,, e o antigo pr o pr ietáriietárioo da vaga vaga b buunda be b  beeu à
saúd
údee do co compra
mprado dor 
r , te
tenndo a vadi diaa dec
ecllar ado q ue estava bem sat satiisf eit
itaa co
comm a
mud
udaança, pois  tinh tinhaa "co
"connseg
seguuido o h  hoomem qu quee ela amav
amava". a".""
So b essa linguagem estro p  piiada, po podde- e-sse de dettec
ecttar  humor , gener osid osidaade e m  meent
ntes
es
indepeepend ndeentes.
Quand ndoo a ve venda se tr ansf orm rmaava em teatr o de ru ruaa, qu
quaal er a o pa p  peel do pú bli-
co?? As multi
co ultiddões eram às vezes nu numer 
mer osas - menciona ionava-
va-sse de  vez em em q uan-
do "muitas cen entetennas de pess ssooas" -, mas o mai maiss comum er a a ag agllomer açãoação do
dia do me mer r cad
cado. Tanto qua quant ntoo se  p  poode inf er ir , a  r es p  poosta do povo er a dit ditaada pela
sua o p  piinião so b  br 
r e os acert rtos
os e  e  er 
r r 
ros
o  s do ca casso conju njuga
gall es p  peecíf ico r e p  pr 
r esentntaado à
sua f r  re  nte. Quand ndoo se sa bi biaa q ue o ma mar r ido maltr atava a es p  poosa
sa,, o novo casal casal po-
dia ser  a p  pllaudididoo ao pa pass
ssaar ; qu quaando o  mar ido era po pular  e a  acchava-se qu  e ele f o-
r a tr aído pela   mulher  e seu am amaante, a  m  mult
ultiidão podi diaa asasssistir  à  c ceena co com m va vaiias e
 pr 
 p r agas.
agas. Em Ferr y br idge (York shi hir r e),
e), em 18 1815
15,, o pov povoo atir ou bolas de ne neve
ve e
lama no co compr 
mpr ador 
ador  e  n naa es p
 posa
osa..95 Um   caso em em No Nor r th
th Yor k ks  hi
hir 
r e, q uando o pú  pú bli-
 bli-
co achachou q ue um vel velhho f or a tr aíd aído pela jove ovem m mulh ulheer , reressul
ulttou na qu queeima das
ef ígies do no novo
vo casa
casal no pradpradoo da aldeia.96 E há out utro
ross cacassos de ro rouugh mu mussic co con-
n-
tr a o  n
 noovo casa casal, a maiori
 maioriaa de p  poois de 18 1850
50,, ququaando o rito es esttav
avaa cai aind
ndoo em desu-
S O .9 7 Em out utr 
r as
as ocas casiiõe
ões,
s, o púb públlico par ece ece ter def endi ndiddo o dir eit itoo de os
int
nteer essados
essados r eali ealizzare
arem
m a venda. Em Ashb hburn
urn (Der  b  bys
yshhire
re),), dur ante as Guerras
 Napolleô
 Napo eônnic
icas
as,, o gener al Pi Pilllleet   assis
assisti tiuu a  um e p  piisó
sódi
dioo em q ue um ju  juiiz de paz ten-
touu im pe
to  pedir 
dir  a vend ndaa e os polici iciaais f or am atacados e apedr eja ejados pela mu mulltidão
dão..
De fo for  r rna
rna seme emelh lhaante, o p o povo
ovo pr  pr otegeu a vend venda da int inteer ven
venção das das au auttor ida
idades
em Bo Bolt ltoon (183 8355)98
Tem em--se a i im m pre
 press ssãão de que, que, até o in início do sécul séculoo XIX, nem as a  aututoorid
ridaades
seccul
se ulares
ares,, nem as cleric lericaais demonstr avam avam gr ande zelo em ce cennsurar  qu quaalqu
lqueer 
uma da dass pa par 
r tes
tes   interes
interesssadas. Alguns cléri riggos e magistrad gistrados os r urai raiss  tinha
 tinham m co-
nheecimento da pr áti
nh tica
ca,, sendo poss ssíívevell en enccontr ar  entr adas adas nos r egistr os de
 baatismo: "Am
 b "Amie, ie, fil
 filhha de de M Mooses Stebb ebbin ingg, cocomm u  umma e ess po
 posasa compr 
compr ada ada q ue lh  lhee fo foii
ent
ntreg
reguue pr esa  por uma co uma  cord rdaa" (Per leig leigh, Ess ssex,
ex, 1782)99 O mag  magiistr ado ado qu quee  t teen-
tou e emm vão  vão int inteer viremA
iremAsshburn co connfesso
fessouu  ao gen general que que o  oss m
 mootivoivoss de su sua ação
eram
era m ince ncert rtos.
os. El Elee po poddia tomar med ediida dass contr a as  parte partess intinteres
eresssadas por  or pper-
tur  barem a pa pazz ( (""entr and ndoo no m  meer cado
cado em mei meio a u a umma es péci
 péciee de tu tumumullto" o")), mas
"q uantntoo ao ato da vend vendaa em si, ac achho que não tenho o dir eit itoo de imped mpedi-I i-Iaa [...]
 porq 
 p orq ue está fu funndament mentada ada num co cosstumtumee pres preser vado pe pelo povo ovo,, do q ual ser ia ia
tal
alvvez  p  peeririgoso
goso pri privvá-lo
á-lo"" . Um tom discipl
1 < X I
X I ipliinar  sese torn
 tornaa mais  evide evident ntee de p  poois
das guer ras, ras, co com m fortes
fortes e  i inndi digna
gnaddas censur as as do doss  tribun
 tribunaais e  da  impr ensa, as
venda
endass sendo int inteer r rompidas
o  mpidas por poli licciais e os p  paart
rtic
icipant
ipantes es ar rasrastataddos par a o tr i- i-
 bun
 bunal.al.'o'oll Mas  não era era de  t todo
odo clar o o qu  quee os tr ibunai
ibunaiss podi diaam fa fazezer  r ccom eles. 102
Pois, aos olh o lhos
os da l
da leei, o  o ri
 ritto dada v  veenda  d  daa es
 es p
 poosa não er  e r a um
 um f 
 f ato.
to. ( (Se
Se foss
fosse aceit
aceitoo
com
co mo fa fatto, a co connseqü eqüêência se seri riaa bi
bigam
gamiia. a.)) Lega
egalmente
lmente,, os os int
 inteer ess ssados
ados podi diamam
ter partirticcip ipado
ado de  de uma panto pant omim mimaa. Na ve verdrdaade,  quando uma um a dis put  putaa entr e du duas as
 paró
 paróqu quia iass sob obr  r e a gu guaard rdaa dede tr 
 tr ês  c
 cri
riaança çass chegoegouu perant rantee as se s ess
ssõe õess em Boston
(Linco
Lincoln lnsshir e) em 1819, co connside der r ou-se q ue, pel pelaa lei, a  p  pate
aternrniidade d evi evia se ser r 
atribuíd
tribuídaa ao ma marid ridoo le lega
gall da
da mulh
 mulheer ,  J  Joohn Fo Forrn
rrnan,
an, mes esmmo q ue el e le  a tive vess
ssee veven- n-
dido
dido par a out utroro homem
 homem,, Josep osephh Holm lmees,   dezessete
dezessete anos anos ant ntees, não co coaa b
 bita
itassssee
com
co m ela, e  d  doois dos tr ês filh ês  filhoos (o m  maais ve velhlhoo  tinha doze anos) anos) ti tive
vesssem sid idoo r e-
gistr ados
ados no bat ba tisismo
mo com omoo  filh
 filhoos de J  Jose
ose ph e Prud Prudeence Holmes.
Holmes. Os Os a  addvogados
arguume
arg ment ntaar am q ue a ven venda da es es p
 poosa era "um "umaa ação   escand escandaalosa" a",, qu quee se
devviam considera
de derarr legí egíttimo
imoss os f ilho ilhos de pa paiis   unido
unidos   legallegalme ment ntee pelo
matr imôni
imônioo, e q ue "seri "seriaa monst stru
ruooso admitiadmitir  r  qu
quee um mar  mar ido
ido tomass ssee a inic
iniciati-
va d
va  dee  t tra
rannsfo
sform rmaar os f ilho ilhos da pr ó pr ia ia mulh ulher er em bastardos"
bastardos".. O tri bun  bunaal r ati tifi
fi--
couu essa
co sass op opini
iniõões.,o 3
Com
Co mo todos
todos  c  conc
oncoor davadavam qu quee as ve venda dass de es po
es posa sa eram "mons "monstr uosas" e
"esc
escaandndalosa alosas", s", os os tribun
 tribunaais pod podiiam in insstaur ar 
ar  pr ocecesso
sso por  co  c ontr aven
avenção, mas
nãoo po
nã por  r  delito
  delito gr  gr ave.
ave. Já acomp acompaanh nhamamos os o de desstino dos os inf 
 inf eli
lizezess ChChaar les les e Ma Mar  r y
Sk .inn
inner er e John hn Sav
 Savag age, e, q ue  s  saíra
aíram m da ch c houpupaana da assi assistência ao aoss  p  poo br es
es ou do do
asil
iloo par a a pr isã isão, via tave tavern rnaa Geor 
Geor ge ge and Dr agon em Tonbr idge ( pp  pp.. 322
322--3) 3)..
For 
Fo r am
am levado evadoss à pri prisãosão por 
por  uma
  uma acu acusaç ação
ão gr graandi
ndios
osaa, redredigi
igidda (v armis) à
(vii et armi
maneira do Tri bunal  bunal Su pe  per r ior 
ior  dede Ju Jusstiç içaa-
Sendo pesso
Sen ssoaasdeme
demennte p
 peer ver sae de pra
 pravvada
ada,c
,com
om p  plletame
tamenntedes p  pr 
r ovida
ovidassdeum
devvid
de idose
osennsodedec
odedecêência
cia,, mor alidade
idadeee r eligião(.
ião(.....],
], eles
es,, pela
 pelafo
for 
r çada
adass ar mas,
s,aas-
sociar am-
sociar  m-sse, cocoligar 
ligar am- m-sese e fi fize
zeram
ram um aco
um acord rdoo par a  de  dessr es
es peit
 peitaar o s  sagra
agraddo estado
do m
do  maatr imônio [.....] .],, p
 paar a co
cor r r 
ro  mp
mpeer a mor al dos súd údiitos le leaais  d
 dee  Sua Ma Ma je
 jesstade, e
 paar a estim
 p timul
ular 
ar  o esesttado de adul dultér 
tér io, per ver 
ver sid
idaade e dev devass
assidã
idãoo [... ...]] iss
ssoo e  a
 aq  q uilo
[...
...]]  v
 vendeu
endeu to todos os seu seuss dir eit itos
os conju
conjuga gaiis [...] et
etcc. etc. [...] ...] p
 poor  um ce cenno pr eço
vallioso, (a sab
va abeer ) asoma de de u
 um m xelim
xelim e  e uma can ca neca de cer veja [.. [ ....] etc. e tal
tal [.
[ .....]] para
o gran
grande de dess pr azer
azer de  D  Deeus Todo- o-PPoder osooso, para ra o
 o gran
grande escâ cânndalo e sub subversão
versão
do sagr adoa do est
estado do matrimôn rimôniio, da re reli
ligião
gião,, da mor al id idade
ade,, da da d
 deecênc
ênciia e boa
or dem
dem, em em d
 deesr es pe
 peititoo ao
ao r 
 r ei, nosso so s soo b
 beer ano etc.c.'('()).l
Esses vilões mo
Esse monnstr uosos f or am pri rivi
villegiados em seu indiciament mento. o. Um
compr ado dor r  de R utla tlannd tev evee de se se cont
 conteent ntaar com a  a  accusasaçã
çãoo de ser  "uma pessoa
de mente e índ ndoole perver sa, sa, ind ndeecent ntee, lasciva,   depravaddepravadaa e disso ssolulutta, e  c comp
omplle-
tame
ta mentntee de dess p
 pr 
r ovida de q ualq uer  se sennso de decê cênncia
cia,,   moral
moralidad idadee e re relligião
ião",",
r azã
azão pela q ual teve   de pag pagarar a mult ltaa de um xe xellim
im..  E
10'  Er r a menos
menos co commum q ue as
es p
 poosas fo  sse ssem m inc ncoomodada dadass pelos tr i buna  bunais is,, pois a lei su p  puunha que ag agiissessemm
sob as ord rdenenss ou co conntr ole dos   maridosmaridos.. Como Menef ee demonstr ou, a qu ques esttão
só entr 
só  entr ou nos ma mannua uaiis de consul ulta
ta dos ma maggistradtradosos na década de 1830, é p  pooca em
quee foram
qu foram im impoposstas sent enteenças de pr isão (de um, tr ês, ê s, e até
até de se seiis mes esees). '06
'06

Iss
ssoo pode
pode ter  co contntrribuído para "di dimi
minunuiir  as ve venndadass de es po  possas", embo mbor  r a sese--
 j jaa mais pr ováv váveel q ue as tenh nhaa ex pu  pullsa
sadodo da pra praçaça do merc rcado
ado par a as taver nas.
A maio
maior  infl fluuênci ciaa no dec eclíni
línioo do ritu ritual ter á sid idoo o  d dececllíni
nioo de sua leg egitim
itimiidadadede
no conconsesennso po p  pul
ulaar  - a ant ntiiga cultur a ple b  bééia es esttava perd rdeendndoo r apidam
apidameent ntee a
sua au auttoridad
ridade, e, tend ndoo de lid lidaar  cocom m cr íti tica
cass int nteerna
rnass e com in ince
cer 
r tez
teza qu quaantntoo às
suas pr ó pri priaas san ançõ ções
es e có códdigogoss. A impr ensa r adi diccal e ca cartirtissta via a pr áti ticca co-
mo escand
escandaalosa. 'O'O?? A  Atté Eliza Sh Shaar  p
 plles, a es e s p
 pososaa "mor al" al" (isto é, é, pe
 pello dir eiteito co conn-
sue
uetu
tuddinár io)
io) de Ri Ricchard Carli rlille, q ue r eco econhec eciia a f unção unção da ve vennda como
divór cio, achava a pr áti tica
ca ofen fenssiva e  br utal: utal: "Seri riaa mui
muito to melho horr um umaa sese p
 paar ação
disc
di scr 
r eta, cada um po podend
dendoo fa faze
zerr uma no novva e livr e escolh escolha. a. En Enq q uan
antto as  mulh mulhe- e-
r es
es con
conse sentir 
ntir em em ser tr atadas co com mo inf eri rioor es aos homens, é de es perar que os
hom
ho mens sej ejaam br utos" utos"..'o'o,,
Pela meta
metade do sé sécu
cullo, na agit agitação qu quee pr ovoco
ovocou a  L  Leei das Cau Causas   Matri-
Matri-
monianiaiis de 1857 (a que esta b  beelece
eceuu pe pella pr imeir a vez pr ocessos de di divó
vór r cio se-
cular ), hav aviia co comen
menttári rios
os mai aiss freqü
freqüeente ntess so so br 
 br e o d duu p
 pllo pa paddr ãoão ququee per mit itia
ia um
divó
di vór 
r cio di dif 
f ícil e  di diss pendi
 pendios osoo pa par r a   os rico
ricos,s, por  meio dos tr ibuna ibunais ec ecllesiás
ástico
ticoss
e da Câma mar r a dos Lorde rdess, ma mass qu quee o neg egaava aos po b  br 
r es. Emb mboora - co commo a pon  pon--
tava Pun Puncch - o  m  mes esm mo pr oce cesso
sso   também   fosse per miti itiddo aos   pobr es: es:
 No Tr ibuna
ibunal Cent ntra
rall, um certo Step tephhen Cum umminmins,s, pi
pinto
ntol'l';;  é jul
ulgad
gadoo cul pa pado de
 biigamia. El
 b Elee vende a mulh
 mulherer por 
por  se
 s eis xe
xellin
inss, mai aiss "um xeleliim pa par 
r a beber 
beber  à  s
 saaúde
de".
".
Par a q ue a tr ansação te tenha
nha a  f orm
rmaa dedevvida
ida,, Cum
Cummin minss dá um
um reci  reci bo.
 bo. Ao conde dennar 
Cummin
umminss à pr isão e aos tra btra baalh
lhoos fofor 
r çados
çados dura rant
ntee um ano, o j jui uizz de
decclara
ara:: "Em
quaalq uer  circun
qu rcunsstância, ser ia ia um gran
grande del delit
itoo púb
úbllico um
um ho  hom mem re reaaliza
izar 
r  a ceri
ceri--
môn
ôniia de casame
casament ntoo co
comm out
outr  r a mul ulhher , enq uanto su suaa esp
espos
osaa ainda f oss
osse viva".
Mas o pr o b  bllema é q ue os po b  br 
r es sã sãoo tão depravados - tão analfabe fabettos! Eles não
 pr ocur am
am o Tr i buna
 bunall Ecles esiiás
ásti
tico-e
co-elles não
ão r 
 r ecorr 
ecorr em à Câ
 Câmmar a dosos L
 Loor des
es.. Se
Sem-
m-
 pr 
 pr e é  p
 poss
ossív
íveel obter uma uma sese p
 paar ação
ação lega gall, q ue coconfe
nfer 
r e  o dir eit
eito de cacassamento f u-
tur o, co
comm a a pr esent ntaç
ação
ão de ev eviidêdênncias a p proro pri
 priada
adass - por ém, ém, os pobr es não
querem
qu erem comcom p  pr 
r ar  o se
s eu  rem
 remédédiio.'"'"''
Car oline Nor ton
Car  ton pr o p
 pôs
ôs o mesmo ar gumento em ter mos igualmente ir ados os..
Des
esde
de a é p
 poca
oca de Henr y VIIIII,I, o méto
étoddo inglês de di
divvór cio "continu
ntinuaa uma indu
ndull-
gênncia co
gê connsag
sagrada
rada à ar istoc
ocr 
r aci
acia":
As c  cllass
ssees mais  po  po br 
 br es
es não têm ntêm  neenh nhuuma fo for r ma de de d diivór cio. O h  hoomem r ico co r  r eali
liza
za
um no  novovo cas
casame
amennto, de p  poois dede s see di
 divo
vor r ciar  r  da
 da esposa
esposa na Câma  Câmar  r a dos  L  Loor des: o s o seeu
novo cas casament
mentoo é l lega egall, os filh filhoos são ão l legí
egíttimo
imoss [...]. O h  hoome
mem m po br e realrealiza um no-
vo cas casamento, sem te ter 
r  se
 se divo vor 
r ciado da es posa na Câma âmar  r a dos
dos L Loord
rdeses;; o s seeu novo
casam
casa mento é nulo, os  filh  filhos os são bas asttar dos
dos, e el e le pr ó pr io
io está su j jeeit itoo a ser
ser jul
julgagaddo
 poor biga
 p gammia [ .....]]. E  Elles nem se sempr 
mpr e inf r  ringe
i  ngem m a  le  leii co
 com m coconhnheecimento de causa-
 poiis nad
 po nadaa é  maio
 maiorr do q ue a  i iggnorânc orânciia dos po b  br 
r es
es a esse
esse r espe
espeito. Eles acreditacreditaam
q ue  u  umm magis
ma gistratraddo pode di divo
vor 
r ciá
iá--Ios, q ue  um  umaa ausê sênncia de s  seete an
a nos  co
 connstititui
tui uma
uma
anulnulaação dos dos la laços ços matr imoniais, ou  q ue podem dar um  a  aoo outr o per miss ssãoão r ecí-
 pr 
 p r oca
oca par 
par a se
se d
 diivorc rciiar . E entre par  par te das p  poo p
 pul
ulações
ações r urais
urais pr eva vallece a cr  cr ença mai mais
gr osseir 
osseir a,a, de qu quee um homem pode lega egallment ntee vend ndeer a e  ess p
 poosa, e assim r om p  per
er os
J i IÇ O S dada u
 unnião
ão!! Eles ac acr r edi
dittam em q ualq uer  r    coisa,
coisa,   menos
menos no q ue é fat fato  - isto é,
q ue eles não ão p poodem em faze
 fazer  r  lega
egallmente o q ue sa b  beem ser legalm lmeente f eito nás cla c lass
ssees
su pe per r ior es [ ... ] . " 0

 N a  dé
 décacadda de 18 185050,, a ven enda
da da es es p
 pos
osaa er a um r esídu esíduoo nos bolsães onde a
anttiga cultur a " p
an  pllebéia" ainda per sist sistia. Há um ca casso tardio de 1858, em Br ad-
f or d (Yo (Yor  r ksh
kshir e),e), que suge ger 
r e um moment ntoo de inse segguran
urança
ça cultu ultur 
r al, qu quaando a
tr ansmissão or al da dass f ormrmaas já está se dete teri
rioor ando. Ha Har  r tley Thomp hompsson pôs à
vend
ve ndaa a es p  poosa, "de a pa  par 
r ência atr aente", na f r  re  nte de um umaa cer ve j ve jaar ia num su-
 búr 
 b úr  bi
 bioo de Br adfo for r d. Se Seggund
undoo um r elato, os cônju njugges, amb mboos o p  peer ári
rios
os de uma
fá b
fá br r ica,
ica, "tin inhham se ca cannsado mutu utuaament ntee um do outr o, o, e, er a o q ue se dizia, ti ti--
nham
nh am sid idoo mutuamente in inf 
f iéis a seus vo vottos de casamen casamentto" o".. Aco Aconnte teccer a uma
vennda (não é ex
ve ex p pli
liccado de q ue fo for r ma) par a o am amaant ntee da mulh lheer, Ike  Dunca cann,
tamb
mbéém ope oper  r ár io da fáb ábr 
  r ica. "Entr etan antto, desco co br 
 br iu-se mais tard rdee q ue alguma
f orm
rmaalid lidade
ade,, co cons nsid
ideer ada ess ssen
encia
ciall, não for  for a o b  bsser vadadaa." Nessa nova oc ocas
asiião,
cuididoou-u-se
se de toda   possív possível fo for 
r mali
liddade. O a p  pr 
r egoa
egoado dor r  f oi enviado pela ci ciddade
 paara anun
 p nuncciar  a venda. A es po  posa
sa a p paar ece
eceu co com m uma cor da nova ova,, enfe feiitada com
 banndei
 ba eiro
rollas ver melh melhaas, bra brannca
cass e az azuuis. Ar rumo rumou-se um leilo loei
eir 
r o a cava avallo.
Uma gr and ndee   multidão
multidão se fo for 
r mou
mou. Mas os do donnos da fá fá br 
 br ica
ica onde os tr ês tr a b  ba-
a-
lhava
lh avam m im im pedira
 pediram m a ven endda, ame ameaça
açanndo de dess p
 pedi
edir  r  q uem   participa
participasse do ritual al..
Ike Dun unca
cann não te teve
ve perm rmiissão par a deixa eixar r  o tr a b  baalho
ho,, e a es  es p
 pos
osaa decla lar 
r ou q ue
"não seri riaa ve
vendid
ndidaa par a nenhum nhumaa outr a pess ssoa
oa [ ...] a n a  nãão ser  Ik   Ik e".
e". A  v  veendndaa foi
cannce
ca cellada. I
I I

Da década de 1850 em  d  diiantntee, a pr áti ticca r ecuou par a as as fo


 for r mas
mas mais di  disscre
cre--
tas d dee contr 
contr atos ass ssiinados per ant ntee tes esttemunh
munhaas no bar  bar . O  O ca
 casso m  maais  t tar 
ar dio io na
 na mi-
nhaa sé
nh séri riee de ex exeemplmploos, em que se  m  meencio cionna es p  peecifica
ficamentmentee um umaa  c  coordrdaa, é  o  o d
 dee
Huccknall To
Hu Tor  r k 
ka  r d, per to to de Sh Sheeffie
ffielld, 1889 89,,  quand
 quandoo "um membr o ilu ilusstr e do
Exér cit itoo da S  Saalvavação"
ção" ve vende deuu a es p  poosasa p
 paar a  um
 um a  ammigo
igo p  poor um xe
um xelim lim e  e condu nduzziu-
a amarr ada por uma um a cor da  a  atté a cas asaa dodo co compr 
mpr ador . Os co 112 contr 
ntr atos  a  asssinado
inadoss vê vêm m
à  lu
 luzz com mais fr eqü qüêência: um alde deãoão de Lin Linco colnlnsshir e fo foii à r e parti
 partiçã çãoo do sel eloo
 paar a  c
 p  coolocaocarr um um se  sello  n noo seu d
seu doocumentcumentoo. iJ A I  Ass tro
 trocascas er  er am  c  caaso
soss tri
trisste
tess e às às v veezes
f urtivo
urtivoss,  f or a o  ouu dedentro das as t taavern rnaas. Uma  t teestemunh munhaa lembr ou um umaa  v  veendndaa dian
 dian--
te d dee  u umama tav tavern rnaa emem Whit
 Whitec echha pel
 pel:: o m  maaridridoo, "um sujeit ujeitoo de a p  paar ência mis miserá erá--
vel"; a es p  poosa, "um umaa  mulh
 mulheer  vestida r es p  peeititaavelm lmeent ntee, mais ou meno menos com c om trinta trinta
anos"os";; o s  seenh
nhoorio fa fazzend
endoo as vez vezes de  l leeil iloe
oeir 
ir o,
o, e  umj
 umjove ovem m que "todo doss sa bi  biaam
quee se
qu seririaa o autor do do ma maiior  lan lance ce"". O par r ecém ecém-unid unidoo saiu caminhand minhandoo, "o
homem com um ar de bra  brava vatta, e a mulh mulheer  com  c om o  o nar iz no ar ", enqu ", enquaant ntoo o ex-mari mari--
do " p  paar ecia triste, e os vizi zinh
nhoos [d [deele] não demon monsstr avam avam ne nem m pena, nem
apr 
ap r ovaçã
ovaçãoo" .". . ". N
 Naas  Midl
 Midlaands e n  noo Nort
 Nortee, di dizzia-se qu quee  o  ococorriam
rriam vend endas as ent
 entr  r e  tra-
 baalhad
 b lhadore oress de e  essca
cava
vaçõe ções, s, algun unss min mineeiro iross de c  caar vão ão,,  barqu
 barqueeir os, os, alguns tr a b  ba-a-
lhaador es.   Public
lh Publicid idaade era tud tudoo o  qu  quee o rit  ritua
uall ent ntão
ão par ecia exigi gir r . A  imp
 impre rennsa
noti ticciou (1882 882)) qu quee um umaa mulh mulheer  for   for a v  veend
ndiida pel peloo m maarid ridoo por  um  um co p co poo d  dee c ceer ve-
ve-
 j jaa num
numaa tave vernrnaa em em A  Alfr 
lfr eton num num sá  sá b
 baado à noit itee. "Diant
Diantee de de um
 umaa s  saala r e pl pleeta  d  dee
homens, ele pro ro p
 pôôs ve vendndêê-I -Iaa por  um um co  co p
 poo de c  ceer ve
ve j jaa, e co com mo a of  of er tata foi
foi a  aceceititaa
 poor um
 p um jovem em,, ela pr ont ntam
ameent ntee co connco cordou
rdou,, tir ou a ali aliaança, e d  daaququeele moment ntoo
em  d  diant
iantee  con
 conssideidero rouu-se pr o pri  pried edaade do comprad comprador  or ." I  1 5

Os f olclor istas e os j joorn rnaalilisstas nas d  déca


écaddas de  1  187 8700 e 1  18880 in indicam que qu e p  peer-
sistia  o se sennso de de le
 legigitimid
timidaade  da pr ática. No No S   S tand 
tand ar d  d ,  um
um e  edit
ditoorial afir mava ava em  em
188
8811 que que aind indaa ocoocor  r r 
r iam ve vendndaas nos P  Poott
tteer ies,
ies, em c  ceer tos distri rittos mi minnerad radoore res,s,
e emem Sh  Shef ef fie
field entr e os os a ace
ceiiroros.s. A co  cord rdaa er a  r ar ament ntee usada. ada. " "O O vendedor ", es-
cr evia
evia o edit ditooririaali
lissta, "a 'cabeça de de g gaado
do'' e o co com m pr ador, todos ac acr r edi
editam f irme- irme-
ment ntee q ue estão par tici tici pa
 pando de um ato de divó divór  r cio e de novo casam casameent ntoo
 peer f 
 p fe  it
itaament ntee legaegall."  N116  Noo me messmo dia, a, o
 o mini inisstr o do I  Int
nteer ior 
ior , SiSir r  Will
 Willia iam m Har -
couurt, fo
co foii ququeestio ionnado so br e a  que  quesstão na Câmara dos Com Comun unss por um na-
cionali
nalissta irl irlaandê
ndêss memb mbr  r o do Parl rlame
amennto. A sua r es po es possta f oi sec ecaa: "Todo
mundoo sa
mund sa b
 bee  qu
 quee  es
 esssa pr áti tica
ca não ão e  exxiste. ['O ['Ohh"] Bem, m, se  se os e
os excxceelentíss íssiimos ca ca--
valh lheeir os os  da Irla Irland ndaa acham qu quee o  ca  casoso é d  dif 
if eren
rentte com r efer ência àq uele uele paí aís,s,
nada tenho a di dizezer r  [..
[....]". Mas, na  o  o pin
 piniião do mini nisstr o do  Int  Inter 
er ior , a pr áti tica
ca era
"des escconhec ecid
idaa" na na I Innglaterr a. li?
As ve venndas de es es p poosas ser vira iramm par a in inss pir ar  eloqü qüeent ntees exer cíci cícioos de
mor 
mo r alismo. No séc século ulo X IX , os f r  r ance
ncesesses e out outr 
r os vizinh
vizinhoos cont ontiinent ntaais usa sar 
r am
as ve vend ndasas para ataca car  r  os in inggleses com com indi indiggnanaçção ou zomb mbariariaa. Tam b  béém os
nor te-a -am meri rica
cano
noss (e (esc scr  r eveu a f emini inissta Car oli linne DalI lI)) "est
"estão an anssioso soss po por r  com-
 com-
 pr 
 p r een
endder  essa af  af r 
r onta. Ser  Ser á poss ossíível qu quee um go govvern rnoo ququee  proíb
 proíbee a v  veendndaa  d
 dee um
negegr  r o  não possa
possa p  proroibir 
ibir  a ve  vennda  de uma uma es p es poosa saxô xônnica
ica?"?"..'" At Atéé a co c omunida
munidadde
anglo-in -indidiaana ou "e "eur ur asiana", des p  peeit
itaada   pelo dec decllíni
nioo de seu status r acia acial,
tr azia ia o o tema à b à baaila acu  acussadoram orament entee.' As class
'9 assees edu duccadas
adas da  da IngInglaterr a - co-
mo vim imoos em muit itos
os exe xempmpllos - acusava avam m por s
por  sua vez os  tr a b  baalhador es po-
 br es br 
es  br uta
utalilizzado
adoss.
Comoo a esca
Com escass ssaa ev eviidência não " p  paar ecia" ap apoontntar
ar ex exatataament ntee ness ssaa di-
r eção,
eção, com comec eceei a  minh
 minhaa pes esqu
quiisa e, no no se
 seuu deveviido temp mpo, o, papasssei a d  diivulgar  os
r ascunh unhoos des estte ca
ca pítul
 pítuloo em pales esttr as eventu
eventuaais.  No fim fim da déc décaada de 19 19770, eu eu
 j jáá lame menntava a minha minha es esco colh lha,
a, e  teri
 teriaa par ado  de apre apressent ntaar  o tem
 temaa em c  coonf er ên-
cias,
as, m  meesmo q ue n  nãoão tivetivess ssee a atenção desv desviiada pa para ra o
 outr 
utr as ququeestões. Pois al  alggu-
mas  femini
 feminisstas decidir am qu quee a  minh
 minhaa pale lesstr a er a uma lei eitur 
tur a masc ascuulin inaa das
eviidênc
ev ncia ias,
s, e  q ue er a of ensivo corr igir  igir  vis
visõões da "hi hisstór iaia das  mulh mulheer es" es". As
f emini inisstatass nor te-a -ameri
mericcanas da tra traddição de Ca Car r oline Dali for  for am as as q  q ue mani-
f estar am mais f or tement ntee ess essaa cr ítica
ítica.. Num
Numaa uni univver sid idaade qu quee poss ossui ui alguma
r e put
 putaçã açãoo (Ya (Yalle),
e), q 
 q uand ndoo saí da
saí da s  sala
ala de de co
conf er ênc nciias, uma ma prof 
 prof essor 
essor a gr ito itou  q ue
a minha pa palestra f ora ra "  "um
um truque
truque suj ujo".
o". E Em m o out
utr 
r a  oca
 ocassião, o, uma
 uma pes pesqu quiisador a por 
queem tenh
qu nhoo gr ande re ress p peeito me acu acuso souu de s  sup
upri
rimmir o fa fatto de q ue a es p  pososaa, ququaan-
do  ve
 vendidndida, a, est
estava send endoo r oub ubaada de se seuu dodotte e dos direi reittos a p  penenssos. Ma Mass evi-
dênc nciias nesse sen sentido ain indda não m  mee  c chhegar am às às m mãos
ãos.. 12"
Em sum umaa, es es palh
 palhoou- u-sese o rum rumoor  de que eu es esttava ap apr r esent
esentaando uma
 paales
 p estr tr a ant ntiife
femminiinissta ta,, e r ece ce p
 pçõe
çõess er am pr e p  paar adasas.. Emb Emboor a as pl plaatéias
 br itânica nicass f osse ssemm ma mais is bem em--humor adas, eu me ca cannsei do do tom
 tom ho hosti till  das pe per-
gunt
untaas - co com mo se se e  euu  e esstivesse tenta tanndo im pin  pingi girr uma f r  r aud
udee ao ao pú pú b bllico - e
tam b  béém f iqueiquei um  po  pouuco mag agoaoadodo,, pois  tinha su p  poosto es estar
tar dodo  l lado
ado dos di dir 
r ei-
tos das as mulh
 mulheer es es (uma su p  pos
osiição qu quee mi minnhas qu queestionado dorarass dese ese j jav
avaam an an--
sio
iosasament
mentee contradi ntradize zer  r ). Por  iss ssoo deixei a pal paleestr a de lad lado.o. Esse   tipo de de
char 
cha ivar i int
r iva nteelec
ectual
tual é d  dee s see e
 espe
sperar 
rar  de poi
 poiss dede muit
 muitaas ge ger r ações de hi hisstóri riaa cocom m
inf 
in f lexãxãoo masc ulina.. É me
asculina mere reccididoo,  um pr eço eço pequenquenoo a p  paagar pe pelolo rá pid
rá pidoo avan ançoço
nas leitura rass e d deefi
fininiçõe
çõess fe femin
miniinanass.
O me meuu er ro ro fo foii des p  peer tar
t ar cert
certaas ex pe  peccta
tattivas, e de p  poois de dessapapoontá tá--Ias. O
meuu t tíítul
me ulo,o, "A vendvendaa de es  es p
 posas",
osas", le levvar a  o o púb
 públlico a es p  peer ar  umumaa p  pes
esqu quiisa er u-
ditta so
di so br 
 br e mamaiis um um ex  exeempl mploo da mi miseser r ável o pr ess ssãão das mulher es. es. Ma Mass o meu
mateeria
mat riall não ão s see aju
ajustava (e n  não
ão se aj
se ajuusta) ex exaatamen
mentte aesse est ester eót
eótip ipoo. Na ver-
dade, a ITÚnh
dade, Únhaa intinteençã
nçãoo er a deco ecodifica
dificar  r  o comportam
omportameento (e até as r elações in in--
ter  pessoa
 pessoaiis) qu quee ti tinha
nha sid idoo es estter eot
eotipado pelos mora rallista
tass da class classee médi diaa
(principaalment
(princip ntee   mascumasculin linoos). A  que  quesstãtãoo da op opreresssão feminin inaa er a um tema su-
 boordin
 b rdinaado.
Talvez demas asiiada subor din inaado. Talvez não tenh nhaa sid idoo suficientem
uficientemeent ntee r e-
conhec
conh ecididoo neste   capít capítulo. Não se pode es esta
tar 
r  sempr e r eitera ranndo a orga gan
  nizaçã çãoo
element ntaar da sociedad dadee e suas r elações   de gên gêner o, o, ass ssiim como não se pode es es--
tar  sesempr 
mpr e analisa isandndoo os el eleement ntos
os do dis disccur so,
so, pois isso   imp imped edee qu quee se ou ouça o
sentid
entidoo da f r  r ase
ase. Se a p  pen
enasas vem vemoos pa patrtria
iar 
r cado nas  rela  relações
ções   entre os os homens e as
mullher es,
mu es, podemos estar perd rdeendo outr os dados import mportaant ntes
es - e important rtanteses
tanto par a as mu mullhe her r es co commo par a os os home
 homenns. A ve vennda da es po  possa ce certrtam
ameente no noss
f ala de domi minaçã
naçãoo ma mascscuulininaa, ma mass isso é algo q ue já co connhecemo
ecemos. s. O qu quee não
 podía
 pod íammos sa b  beer , sem a pes esqq uiuissa, é o peq 
o  peq ueno es pa  paçoço para afi firmrmaçaçãoão pess essooal qu quee
a pr áti tica
ca podi diaa pr o p  por 
or cionar  à es p  posa.
osa.
AdITÚtTÚtaamos, sem sem nenhum nhumaa r eserva eserva,, q ue a vend vendaa de es p  pos
osas
as oco ocorrrriia numnumaa
sociedade em que a l a lei
ei,, a I
 Iggr e j ja,
a, a ec ecoonoITÚa e o  o cos
 costumtumee atrib tribuuíaíam
m à mul mulhher um umaa
 possição inf erior  ou  (forma
 po  (formallment nte)e) impo mpottente. Se qui quisser mos,
mos, po poddemo
emoss dar  a   a esse
f ato o nome de   patriar cad cado, embora um homem não ti tive
vessse de ser  chefe de
farr 
fa rr ulia
ulia par a es esttar nu numa ma pos posição pr ivil ivileegiada em r elaçã açãoo à  ma  maiior ia da dass mu
mullher es
(de sua pr ó pr ia ia classe)
asse).. Os homens de todas as class ssees usavam um   vocabul vocabulário
de aut utoorid
ridaade e  pro  pro pri
 prieedade com r es peito es peito às esp espoosas e filho  filhoss, e a I  Igreja
greja e a l leei en-
cor ajav
ajavam essa atit ituude. A ve vend ndaa das es po es possas, port rtaant
nto,
o, ap apaarec
recee   como
como um exe exem m-
 ploo ex
 pl extr 
tr emo do ca casso ger al. A es p  poosa é ve venndida co com mo um bem bem, e o r itual ual,, ququee a
tr ansfo
ansform rmava
ava numa égua ou nu numa vaca, er a de degra
graddante e tin inhha a int intenção de
degra
de graddar . Ela f icava ex po  posta
sta,, no qu quee di dizzia r eses p itoo à sua natureza sexual, aos
 peeit
olhoos e às
olh às b
 br 
r inca
incade deiira
rass rud rudees de um umaa mu multid
ltidãão de descscononhhecid
ecidaa. Embora f oss o sse ven-
did
idaa co comm o se seu pró pri  prioo con onse sent ntime
imennto, era uma ex p  peeri
riêência   profund
profundaament mentee hu hu--
milhante,
milhant e, qu quee à s ve vezes pr ovocavaovocava rai raivva'" na nass outr as as mul mulhher es, e às ve veze
zess
invovoca cava
va a sua simp impaatia: " Não faz mal, Sal, cor agem agem, lev evanantete a ca cabebeça
ça,, não de-
san
aniime nunca! ca!"" ( p. 350 350)).
Mes esmo
mo se r edef inim imosos a  ve  vend
ndaa das   esposesposas como di divó
vór r cio consentid ntidoo, era
a t troca
roca de um umaa   mulher  entr e dois homen menss, '" e n  não
ão a de de um homem en enttre duduaas mu-
lhere
lh eress. (Há na ver dade dade r egistr 
egistr os os de ve vendndasas de mar ido idos, mas ele less   podem
podem ser con con-
tados
tad os nonoss dedos   de uma das das mãos ãos..)'" Não se põe em dú dúvvididaa o f atoato de que o ritu  rituaal
ocorr ia ia no âmb mbit itoo da dass f ormrmaas e voca bulário de um umaa socisociedade em que as r elaçõe açõess
de gêner o er am es esttrut
rutuur adas em modo doss de doITÚn ITÚnação/s
ação/sub uboordinaç
rdinação. ão.
Mass hav
Ma aviia algo em func funcionamen mentto no interi nterior or  da f orma q ue às veze vezes co conn-
tradizzia a sua in
tradi intetenç
nção ão.. As ve vend ndasas não pr ecisavaecisavam m f avor avor ecer 
ecer  o  mar ido do.. Nem de de--
vem
emoos su po  por r  q ue as   normas normas desse essess tr abalhado
abalhador es fossem idêntic dênticaas àqu queelas
 pr escr itas pe pella Igr eja eja e pela lei - o que pr ovoca ovoca er r  r os
os gra ravves de inte inter  p
 pr 
r etação.
etação.
 Nessas comunid
 Ne munidaades tr a b  baalhad
lhadoor asas " pr ato- o-indu
indusstr iais", as r ela laçõe
çõess entr e os se se-
xos estav avamam passa assand ndoo por mu muda dannças as.. Aind indaa não é  a  a pr 
 pr o pr iado usa sarr um voc vocaa-
 buláár io de "dir eito
 bul tos";
s"; ta tallvez "v "vaalor " ou "re ress pei
 peitto" se se j jaam os term rmosos de q ue
 pr 
 p r ecise
ecisem mos. O va vallor da das mulher es es ness ssees l laareress d
 dee mu
 muito ito tr a b  baalho er a sub subsstancial,
ass
ssim im co
 como mo e  er 
r a a sua r es p  poonsabilabiliidade de,, cr iando um uma á  ár r ea d
ea dee corr  corr es po
es pond ndeent
ntee au-
tor idade e ind indee p penenddência. Qua Quanndo con conssid ideer ar 
ar mos a  rou  rough gh music , vou suge ger r ir 
q ue
ue a inseginseguranurança ça masc sculin
ulinaa em f ace ce d dessa
essa cr  cr esce
scent ntee in inddep epeend ndêência talvez ex- ex-
 pliqu
 p liquee algun unss dos "d "desf ile
iles" [sk immi imminngto tonns] no Oes Oestte tr adi dicicioonal, com a sua o  o b-
 b-
sesssão pelos corn
ses rnosos e o s o  seeu medo da dass  mulher es "em po possiçã çãoo sup upeerior ". E as
mulher es r o bu  busstas qu quee vimos à fr ent ntee dos motin tinss da fo fom me dif icil cilme
ment ntee se ad ada p-
tam ao ao p paa p
 peel  d
 dee ví
vítima
timass a b  b je
 jeta
tass  - um pa p  peel  q ue lh  lheses fo
 foii atriburibuíído há al algun
unss anos
 peela ort
 p rtoodoxia de c  cert
ertaas fe femini
minisstas acad cadêêmicamicass.
Ler r aa hi
 hisstóri riaa dadass  mulh
 mulheere ress cocomomo uma hi hisstór ia de de v  vít
ítiima
mass ab abso
soluta
lutass, como
se qualqu
se  qualqueer  co~ co~aa ant ntees de 1970 f oss ssee pr é-hié-hisstór ia f eminin mininaa, pod podee dar um umaa boa
 pollêmi
 po micca. Ma Mass  n  não
ão é e  ellogio par a as as mulh
 mulheer es. es. Fui alert rtad
adoo so br e esse err o logo
no  iní
 iníccio de  m  miinhnhaa ca carr 
rr eir a, qu quaando, como pr of esso essor de adu dulltos, fa fallava  numa
esco
es colla diur na na da Assoc Associação Ed Eduucacacicioonal do doss Tr a balh
 balhaadore ress   numa ci ciddade-
mer 
me r cado
cado na r egião  nort  nortee de Lin  Linccoln lnsshir e,e, e m  mee deixdeixava ar  ar r 
re  b
 bat
ataar por um umaa elo-
qüêênc
qü nciia co cond
ndeesce cendndeentntee so br e a  o  o pr 
 pr essão
essão da dass mu mullher es. Uma alde deãã ididosa
osa e
autodi
utodiddata, co com m um um r   r osto per s pi  picaz
caz mar cado pel peloo temp mpoo, f icou tensa e po por f im
exp
xpllodiu
odiu:: " N  Nóós   mulhe
mulher es es conh onheecíamo moss os no nosssos dir eit itoos, sab sabee. Sa b  bíam
íamoos o
q ue no  noss e era
ra d
 devevidido"o".. E co compre
mpreeendi com om e  emm b baar aço
aço qu quee e  ella e outr os  membr os da
 platé
 pl atéiia   tinha
tinham escutad utadoo a minh  minhaa ênfa nfasese in inexex p
 peeririeent
ntee so br e o c  caar áter de vítima
das  mulh
 mulher  er es
e s como
como  um ins insult
ulto.
o. Elas me in insstruí
truír r am qu quee as as t tra
ra b
 baalhad
lhadoraorass ha-
viam cr iado iado seu euss  p
 própri
róprioos es es p
 paç
açosos cu culltu
tur r ais, possuía íam m meios de fazer  fazer  va valler  as
 as
suas nor mas, e cu cuidadavavam m para r ece ece ber  o que lh lheses er a  "  "ddevi
eviddo". Talvez não ão f 
 f os-
os-
sem
se m os "dir eitos tos"" de ho j jee em dia dia,, mas elas não er am suj ujeeititoos pass ssiivos da
históri riaa.
Muiitos an
Mu anoos  m  maiaiss tar de,de, esesttav
avaa numnumaa con onfer 
fer ência em algum lugar na na No-
No-
va In Inglglaaterra q uand ndoo um co conf 
nf er encista come meço çouu a de  denunnuncciar  com gr and ndee vi vi--
vac
acid idaade, e mui muittos ap aplalauuso soss, os  peca
 pecaddos do auto torr de A fo formrmação
ação da cla lassesse
o p
 peerárár  ia inglesa "masc
r ia sculin
ulinaa ent ntrere as p  pas",
as", ind ndica
icand ndoo as as minh
 minhas as omi missõ
ssõees.
Eram co com ment ntáár ios ju jusstos, ma mass meu ami miggo, o fal falecido He Herbert Gut utmman, ac achhou
quee eu pr eci
qu ecisava de al  alggum a poi  poioo e su sussur r  ro  u no m  meeu o  ouuvido: "Sa b  bee, essa
ssa g geentntee
está fa fazzendndoo o mes mesmo err o de algun unss hi hisstor iadiador es es dos neg egr r os.
os. Ele less sempr e
q uer iamiam mostr ar  os s  suj
ujeeitos como vítim timas.as. Ne Negavgavaam-Ihm-Ihees ativid idaade própr ia" ia"."4
Como o suss ssur 
ur r 
ro  de Her  b f oi oi mais um r esmun mungo, go, o s  seeu co comemenntário pe per 
r turbo
turbou
cin
incco ou s  seeis fil
fileiras
eiras na  fre  frentente e atr 
a tr ás de n  nós
ós.. Não f az  m  mal al,, ele
ele tinh
 tinhaa rarazã
zãoo.
A venda da es p  poosa er a um umaa aç açãoão pos osssível (ainda q ue extr ema) na p  poolítiticca
da v
da  viida pesso ssoaal dos tr a b  baalhlhaador eses do do s sééculo XV XVII! II!.. Simim,, as as r  r egrarass dessa polí líttica
ser viam à  d
ser   doomina
minaçãoção mamascsculin
ulina,
a, emb mboora as  mulh mulheer es
es na comunidadmunidadee fo fosse
ssemm as
guardiããs parti
guardi rticcul
ulaares das in insstitui
tituições
ções da  família
 família.. Mas de vez em quand quandoo as mu mu--
lher es par eci eciam ter  o dom de alt lteer ar  os lanlancces em pr oveit oveito pr óprio.
óprio. Nã Nãoo ve
vejojo
r azão
a zão papar 
r a qu
quee essa
essa co
connclu
lussão se j jaa co connsid
ider 
er ada
ada "anti ntife
femini
minissta".
Há cecer 
r tament
tamentee vítim ítimaas entre as es p  pos
osaas vevend
ndiidas, mas  é muito
'25 muito mais f r  re-
e  -
qüeent
qü ntee que os os r elatos sugi gir 
r am a sua ind indee p
 peendên
ndênccia e vitali italida
dade
de sexuexuaal. As mu mu--
lheer es são descr ita
lh itas cocommo " be bellas"
as",, "v "viiçosas"s",, "de boa a p  paar ência", "um umaa ga gar 
r ota
 bonitaa do campo
 bonit ampo"", ou co com
mo alguém q ue estav estava "gosgosttando   muitomuito   do dive
diverti
rtime
menn-
to e
to  e d
 daa br inca
incaddeir a".  Sallyy, na balada de "Samu
 Sall
12. Samueel Lett tt"" de BilBilsston
ton,, nos dá o  tip
 tipoo
 populaar  da es po
 popul  possa ququee poderi riaa se
serr ve vendid
ndidaa:
Ela é  que
Ela  que  mand a nana casa
 casa
É  o q
 quue t od 
od o mundo d i z;
 z;
 M as Leu
as  Leu não devde via de
deii xá- Ia
 xá- Ia
Fa z
 zeer tad o  o que que
quer .
Ela prag
Ela  praguueja com
omoo um
um so
 soldado
ldado
E br iga cocom
mo um
um ga
 gallo,
E  já de
deuu no seu ve
vellho camarada
 M uit os golpe
os  golpess viol
ioleent os.
os. VIII'"

E pode
odem
mos id
ideentifi
ficcar pelo menos uma es po  possa vendid
ndidaa (no me merc
rcaaoo de Here-
f ord bem no in
iníício do sécul
séculoo X IX) q ue co
corr 
rr es pond
es pondee a  e
 ess
ssee tipo:
tipo:
Ela era a ma  muulhe
her r  q ue carr egav
egavaa o  p  pãão ensa sanngüentado nos motin tinss do pão. ViVi tudo
 tudo..
Eu a vi à fre frent
ntee  das mulmulhere
eres,
s, in
inccit
itaand
ndo-
o-as as a  s
 see  apode
 apoder 
r arem
arem da carga de de gr ãos. O
vellho dr .  S
ve  Syymo
mondndss lhe diss ssee para tirar 
tirar  a  l liga
iga d
 daa perna direireiita
ta,, ama
amarrá-
rrá-IIa no
no ca
 cava
vallo
dianteir o,
o, e dedeiixa
xar 
r  a
  a parelh
parelhaa avan
anççar .  Fo
 Foii o ququee fizer am [...
[...]. Ele
Eless compumpuseser 
r am
a m uma
 bella  c
 be  can
ançã
çãoo so br e todo o gr  gr upo,
upo, ququee co com
meç eçaava ass
assim
im--
V ocê não ouvouviu fa
 fallar  de
de n
 noss
ossas
as mulh
mulher es d e  H er efor 
efor d 
ds  hire?
 Dee  c
 D  coomo elas s
elas  saíam
aíam co cor 
r rend 
rend o e d eixavam
eixavam a  r oca oca d efiar 
efiar -
 Dee como
 D co mo saíam co corr 
rr end o se
sem
m chapéu ,
chapéu , nem plum plumasas
Para lutar
lutar po
por  pã o,
o, lutav
tavaam sob qu
qualque
alquer r  t empo
mpo--
Oh , , as
 as nossas br avas
avas mu mullher es de
de H 
 H eref 
eref ord shir e!'X '" 
 Não te
tem
mos meioeioss de sa b
 ber 
er  se ela fo
foii ve
vendid
ndidaa ante
tess ou de poi
 poiss des
essse con-
fr ont
nto.
o. '29 Ma
 Mass ela não par ece alguém q ue seri eriaa ve
vendid
ndidaa co
contr 
ntr a a sua vo
vont
ntaade.

(VIII
III)) Her r wea
wear 
r s menen's
's br 
 br eech
eechesl So ali lhe fo folk 
lk s say:l Bu
Butt Leu shouldn ldnal
alethe
ether 
r l Havea
aveali
li he
her 

ownn wa
ow wa y  y..ll Her  r sswea
ear r s líke a l lr 
r oo p
 per 
er l An
Andd f ights li
lik 
k e a coc
cock 
k ,l An
Andd has gln herol
heroldd fe
 fell
lleer l Ma
Manny a
har d k nock .
( I X ) Haveaveyyou nol hear d of  f oour Her efor 
efor dshi
hire
re wo
wom men ?1 Howthe
en?1 wtheyy [an and lefltheir s p  pin
innin
ningg
- IHoHow w the heyy ran withou
ithoutt hahatt or  feath
 featheer l To f ight fo
for 
r  bread,
 bread, 'twa
wass t thr 
hr ough ali weat
weathher "':"
"':"lOh. our 
 br 
 b r ave He
Her  r ef 
ef or dshir ewo
ew omen'
Outr a es p
 posa,
osa, vend
vendiida no mer cad adoo de
de Wenl
 Wenlock  ock  por 
 por  do
 dois xelin
elinss e sei
seiss p
 peence
na déc
 décaada de 183 8300, tinh
 tinhaa p
 pososiç
ição
ão bem defin finiida soso b
 bre
re a qu
quesesttão. Qua
Quando chego egouu
à "
 " pra
 praça
ça do m
do meer cado,
cado, o m  mar ar ido
ido fico
ficouu tímido
tímido e t teent
ntoou sa
sair
ir da
d a hi
 hisstóri
ria,
a, ma
mass Mattie
Ma ttie
f ez
ez com que manti ntivvesse a vend vendaa.  Deu um pipapipar ote na ca car 
r a do bom homem, e
disse
di sse:: 'De
'Deiixa, seu
seu pati tife,
fe,'' E u vou
ou se
 serr vendida.
vendida. QuQueer o uma
uma m  mududaança'" .130
o se
seguint
guintee r ela
latto é ti
tira
raddo da
 da o
 o bra de Fr eder ick W. Hack wood
wood,   Staffor 
Staffor dshir 
dshir e
cust oms, su p
 perst 
erst it ions and folklo
klor 
r e [Costum tumees, super sti tiçções e f olclo clor r e de
Staf 
Sta f fords
fordshir e] (L (Lichfield
ichfield,, 192 9244),), pp.
 pp. 71-3
71-3. El Elee o a pres
 preseentntaa com omoo "um r elato
desescriti
critivovo de um umaa vend endaa de es p  pososaa em We Wedn dneses bur y,
y, há mais de um séc sécululoo,
rediigid
red gidoo e  publ  publica icado do por um eum  ess p pec
ectador 
tador ", mas não for nece outr os os detalh lheses so-
 br 
 b r e a fon
fonte.
Colocaocand ndo-se
o-se   diante
diante de um  umaa ta  tavver na
na humi
humild lde,e,  oapr egoado
egoado r d r da cid
cidaade toca
o sino
sino pa par a atra rair
ir a aten
atenção, e d e dee p
 poois dá a no notítíccia com fras frases lent ntaas, de delliberad
iberadaas,
deque "
deque  "um
umaa  mulh  mulheer - e se seuu be
be b bêê - serã erãoo  p
 posto
ostoss - à vend endaa - na pr aça aça do mer mer -
cado - ho j jee à t taarde rde -  - pelo mar ido - Moses Maggs aggs"".
A notí tíccia f oi recebida
recebida co com m gran randdes gar  gar galh
galhaadas, seg eguida
uidass por grito gritoss de
"hurra
hurra"", pois  o her ói nomeado er a um dos d os p
 peer sonageagenns mais  n  nootóri rioos da cidcidade,
com
co mument ntee co conhnheecido como Rou Rough Moey oey.. Er a  um
 um s  suje
ujeiito fofortrtee,  co
 corpul
rpuleentnto,
o, de
uns  45 ano anos. O r osto a pr esent ntava
ava out outr r ora pr of of undos
undos bu buracos
racos de v de  varío
aríolala,, mas  a  ass
mar cas cas da do doeença for  for am liter alme ment ntee ap apaga
agaddas por  r ssul
ulcos
cos az azuis-e -esscuro
uross, o r e-
sulta
ultaddo de um  umaa ex p  pllosã
osãoo no poço da
poço  da mina. mina. El Elee  p
 peerdera um do dos  o ollhos, e o  o lu
 lugar 
gar 
de u  um ma pe pern rnaa fo for r a sup
upr r ido
ido por 
or umum toco de mad madeira. Nem Nem  s  suuas f eições
eições, nem em s  suua
f igura
igura e  er 
r am  atrae atraententess.
Os  l loo j jiistas vieram até a port rtaa das lo j jaas para come comenntar  a notíci íciaa do ap apr 
r e-
e-
goaddor , e as m
goa  mulh
ulheer eses com as  m  mãoãoss nana c  ciintu
tura
ra se reureuniam na  rua em gru gru pos de
duas ou tr ês ês par a  mexeri mexerica car 
r  so
so br 
 br e o  a  ass
ssunt
unto. o. Out
Outros
ros vavaga bu bundos
ndos intere ressa
ssaddos
leva
evaram ram a  a didisc scuussão par a o b  bar
ar mamais pr óxi óximo. O apr O apr egoad
egoadoo r   r sse af ast
astou  p par 
ar a re p
re pee-
tir aa not
tir  notííci
ciaa em o  out
utroro lugar , seseguido  p  poor uma
uma mul ulttidão
idão de
 de m~
 m~lequlequees  e  essfar ra
ra pa
 paddos.
Poucucoo ant ntes
es da da h hor 
or a mar cada,
cada,   formo
formou-se um umaa  mul
 multtidão na pr  pr aça
aça do mer -
cado
ca do,, na f r  r entntee da White
White Lion on,, uma tave avern rnaa bem fr eqü qüeenta tadda, onde qu quaatr o
su j jeeito
toss alalttos os,, ar mados
mados com porr ete tess, a br iram
iram es p  paaço  e impedi
impediam que os es es--
 pectador es
 pec es cur iosos esm esmaagasse ssem m um home mem m, um umaa   mulhe
mulher  e um be b  bêê - os
her óis do dia.
A  mulh
 mulheer  er a mais jove ovem m q ue o hom omeem, pr ovave velm lmeentntee 23 anos, e  tinh  tinhaa
uma a p  paar ência tão bela q uan antto lh lhee permi rmittia a sua situ tuaçã
açãoo na vida da,, casada ou
"aluluga
gadda" par a um homem co com mo o seu co compmpaanh nheieir 
r o. No Noss bra raçços, ela   tinha tinha um
 beb
 b ebêê   de uns
uns doz ozee mes esees,   que não não se per turb turbav avaa co com m a  b  baalbú
lbúr r dia
dia ao r edor . A mu-
lheer  es
lh esttav
avaa ev eviident nteement ntee com sua uass melh lhoor es
es r oup upaas, o r ost osto bem lav avaado, o  c  ca-
a-
 beelo pre
 b reso
so atr ás ás da cab abeeça e atado por u m pe pedaço de f ita ita azul ul,, cuj
cujas as pont ntaas
flutuaavam co
flutu com mo band ndeeir olas   graci graciosa sass, sem dúv úvidaida em honra da ocasião.
Emb
mboor a um umaa co cordrdaa comum de câ cânhnhaamo pende desse
sse fr ouxament ntee ao r edo edor do
 peesco
 p coçço da es p  poosa, e o mar ido e senh nhoor  seg segur 
ur asse na mão a  pont  pontaa dess ssaa cor da, a
mulheer  - a jul
mulh  julggar pela sua a p  paar ência - não estava ac achhando a  s  siitua
tuaçção penosa
ou desagesagr  r adável. E aos grit gritos de a p  poi
oioo como   "Não fa fazz mal al,, Sal, co corag
rageem, levan antte
a  ca
 ca b
 beeça, não des esaanime nunc nca'a'''', ela res res p poondi
ndiaa com um riso riso alegr e e  co  comm algun unss
com
co ment ntár 
ár ios qu quee asse sseggur avam aos ouvint intes
es qu quee ela f ica icaririaa fefelilizz de se ve verr li
livvr e do
velh
ve lhoo patifetife,, e  qu quee er a bem-f eit itoo por ter  se casado com um velh elhoo va vagga bund
 bundoo.
Depepoois q ue se f ez algum umaa ord rdeem, mand ndoou-se bu bussca car r  a cer ve ja  ja.. Qu Quaatr o su-
 j jeeitos f or tes tr ouxe xer r am du duaas ti tina
nass par a f or a e as vir aram aram de ca b  beeça par á baixo.
 Num
 N umaa delas mont ntaar am a  mulh  mulheer e o  b  bebebêê, e na outr a o  m  maar ido   tomou o s  seeu lu luga
gar 
r .
Enquantoo os pa
Enquant parti
rticcip
ipaantntees be bi  biaam   a cer ve j ve jaa, convocou- u-sese um ra b  bequ
equiista par a
anima
an imar  r  o e  ess pet
 petáácul
culoo com uma uma ou duas melodi diaas al alegre
egress.
Dur ant ntee o in  inte
terlú
rlúddio, as in infoform
rmaaçõe õess q ue o  in  inss p
 peetor  de r egis egisttroross colh lheeu en-
tr e a  multid
 multidão ão tro rouuxe ram à  ton
xeram  tonaa os se segguint
uintees f atos. Qu Quee R ough Moe oeyy der a a  um  umaa
fort
fo rtee moça da mina,   que tinha tinha mais mais ou menos a  meta  metade de da sua ida idade, um vestid tidoo
novo e outr os arti rtigo
goss de ve vesstu
tuáár io,   junto
junto com uma f esta esta de du duas as se sem manas, par a
q ue ela se casass ssee com ele. Qu Quee de p  poois de algum temp mpoo ela tran ranssf erir a o  se  seuu   afe-
to paparara um jov ovemem mineir o de bela a p  paar ência; o qu quee natu tur 
r alm
lmeent ntee provoco ocouu o
ciúm
ciú me do mar ido, ido, qu quee começ eçoou a b  baater na  mulh  mulheer . Em vez de cur á-I -Iaa, isso só des es--
 peert
 p rtoou pensament amentoos de r etaliaçã açãoo; e, co com mo Moe oeyy em ger al chegava em ca casasa de
noititee num estado de irr emedi diáável embr iagu iaguez ez,, ela ge gentilm
ntilmeent ntee   desat
desatava a  p  per 
er na
de pau do bê b  baado adorme rmeci ciddo e bati tiaa no mar ido ido até fi fica
car r  satisf eit itaa. Por f im, im,
cansado dess ssaa situ
ituação
ação,, o  m  maar ido contr ar iad iado re ressolve ver r a aca b  baar  com o p  pro
ro bl
 bleema
 pella ún
 pe úniica ma manneir a qu quee co conhe
nheccia, a d  dee r eali
ealizazar r  a t tra
rannsf er ência "lega egall"   de uma uma es es--
 poosa inde
 p ndesse j jaada
da,, vendendo do--a ao seu ad admimira raddor  no me mer  r cad
adoo a b  beert
rto.
o.
A música cessa sar r a,
a, a atenção da  multid  multidãão es esttava conce centrad
ntradaa nos pr inci pa  pais
ator es da cena. Com a c  coord
rdaa na mão es esq  q uerdrda,
a, o  h  hoomem leva evannto touu be bem m alt ltoo cocom m
a ou
outr a mão uma gr and ndee caneca che heiia de ce cer r vej
ejaa, e c  coom uma piscade adella mali lici
ciosa
osa
do úni nico
co olh lhoo, didisse
sse co com um umaa voz r ouca e  fo  for r te:
te: "Senh nhoor as e senh nhor 
or es,
es, um bri brinnde
à  s
 sua
ua saúd údee!".   E toma tomand ndoo um gole bem demor ado, termin rminoou co com m um longo sus-
 piir o de sat
 p atiisfaçã
façãoo: "Ah-h-h I",enqu quaant
ntoo vir ava a va a ca canec ecaa par a mostrar q ue ue es esttava
vazia. Alguns de seus seu s  amigo
 amigoss (ou "camarad camaradas as"",   como ele ele  o oss chamava) respon-
dera
de ramm co com m "O "Obr brigigad
ado,
o, Mo Moey ey",
",   enquan
enquanto to algalguma
umass da dass  mulhere
 mulheress   gritavam:
gritavam:
"Ótimo, meu v meu  velho!".
elho!".
Perto da mulher es e stava um jovem r o bu  bussto, ev evid
ideent
nteemen
mente te o futfuturo
uro com-
 prador ,  que lhe s lhe  ser 
er via cerveja. Ela estava mantendo um a con  convver sa animada com
as mulhere
 mulheress  ao redor; mas, ma s, apesar
 apesar desde ssa atit atitude
ude de de desasafio
fio,,  todos
 todos v  viram
iram que seu se us
olhoss  entã
olho  entãoo  se encheram de lágrimas, lágrimas , e os seio eioss  come
 começçar aram
am a ar arf 
f ar como se o
coração es esti tivvesse bat bateendo furios
furiosamameent ntee sob a ten enssão da emoçã emoção reprimida
reprimid a. Sua
vozz vacil
vo acilou,
ou, e entre
entregand
gandoo rapirapidamen
damente te a crian
criançaça na s mão  mãoss  dojovem
 dojovem,, ela se sen-
tou sobre a tina, ente ent errou o ros rosto nasnas  mãos e chorou amargamente. N D   mesmo
insstante
in tante,,  todo
 todoss  o  oss riso
 risoss  c
 cess
essaram
aram,, o clamor foi abafado, abafado ,  e um ar de indign indignação
ação se
espalhou pelos pelo s  semblan
 semblanttes de todas todas as mulheres. Até alguns algun s  dos homens pare-
ciam incapaz
incapazes de r e primir uma se sennsação de afronta, afronta , a que o futuro comprador 
deu vozvoz, impre
imprecand candoo com voz voz fur 
 fur iosa: "Vamos Vamos,, ca camarada,
marada, acabe com ess es sa pa-
lhaççada e comece
lha comece a venda!" venda! ".
Ass
ssim
im o velhove lho RougRough Mo Moeey co come meççou no s no  seguinte
eguinte estilo: "Senhoras e s e  se-
e-
nhores",
nhore s", didissssee ele, "
ele,  "todos
todos nós s
nós  sabeabemos
mos em que pé está está a s ituação. Não há nada a
fazzer, por iss
fa issoo não adianta ser bárbaro". bárbaro".  Depois
 Depois,,  fortal
 fortaleecendo-
cendo-sse com out outro
ro gole
gole
e piscando me m edondonham hamententee o olhoolho quequ e  lhe restava, continuou: "Senhoras e se-
nhores,
nhore s, pe
peçço permiss
permissão ão para lhes lhes a pre
 pressen enta
tarr um
umaa jo jovvem muito bela, bela , e um boni-
to beb
bebê, ê, que per perten
tence ce a mim ou a alg algumum out outroro"". NeNessse  ponto, todos todo s riram
 riram,,  o bom
humor cr esc escia novanovamente entr e os e  ess pectadore
 pectadoress.
"Ela é uma boa c boa  criatura
riatura"", conti
ontinuonuouu o leil leiloeir
oeiroo amadamador  or , "e trabalha muito
 bem,, com algumas chicotadas
 bem chicotada s. Sa be co cozizinhar
nhar uma cabeça de ovelha como um
cri
risstã
tãoo, e  f azer
azer uma sopa tão boa qua qu anto Lord Dartmou Dartmouth. th. Con
Conssegue carr egar 
150 pedaços
pedaço s de carvão da mina por umas uma s boa boass tr ês milhas;
milhas; sab abee  vender bem,bem , e
comer o que ganhou em menos menos  de três três minutos.
 minutos.""
Esse chischiste provoc
provocou novos novos ri  rissos, e o orador foi r ecompen compenssado com mais mai s
cer veja. Ass ssiim reanimado, Moey pro pross sseguiu:
eguiu: "Agora Agora,,   meus cam camaraarada
das,s,
cheguem mais mais perto
 perto,, e fa faççam
am s  seu
euss lance
 lancess  com animação.
animação. Está tudo certo de d e acor-
do com a lei lei. Eu a fiz pas passsar pelos
pelos  portões do pedág pedá gio io,, e pagu
 pagueei ao h  homem
omem o tri-
 buto por  ela la..   Eu a tro troux
uxee pu puxa
xadada pe pelala cocordrdaa ,   e mand
mandei ei ququee a ve vend
ndaa fofossse
anunciaada; as
anunci assim es está tudo direito de acordo com om a  a lei
lei,, e nã
nãoo há nada a paga pagar r . Va-
moss ver os
mo o s seu
seuss  lance
 lancess, e s  see me derem um bom pr eço eço pela mulher ,  o bebê entr  ent r a
de graç
graça na barganha. Agora, cava valheiro
lheiros, s,   quem vai faz fazer u~ la lanc
ncee?  Quem dá
mais,,  quem dá
mais dá  m
 maais, s, quem
 quem dá mais? mai s? Não Não posspossoo ficar es
ficar  es perando - com comoo di dizz o
leiloeir o,o, não po  poss ssoo perder tempo só com com es estete lote!".
lote!".
O o orad
rador or  parou
  parou de d e falar 
falar , e aplau
 aplausos sos recompen
 recompensa saram
ram  os seu se us e essf or ços. Uma
voz den
 denttr e a multidã
 multidãoo gr itou "de dezzoito pence ence"".
"Dezoezoiito pen pence",
ce", r epetiu
epetiu Moey,
Moey, "só dezoi ezoitto pen
pencece por uma ma j jovem
ovem f or te te e
 beem de
 b desesennvolvida! Or  Or a,a, você teri
você  teriaa dede p
 pagagar 
ar  ao
ao p
 páár oco
oco set
sete ou se seiis par a  s see casar,
casar,
eu lhe
lhe of 
of er eço
eço uma ma e  ess p
 poosa j jáá pr ont
ntaa nas suas as m mããos -e vocêfaz um  l lan ance
ce d dee a pe-
nas dezoit
dezoitoo pencel"
"Eu lhe do douu meia co cor 
r oa,
oa, velh
velhoo  brut
 bruto",
o", foifoi a pr o p
 poosta do j jove
ovem m qu quee totoddos
sabi
abiaam qu quee seri
eriaa o co  compr 
mpr ador .
"Vou  lh  lhee dizer  uma coi oisa,
sa, Jac
ack k ",
", disse Mo Moeyey,, "se vococêê  int
 inteeira
rarr tr ês
ês gal
galões
de be
be bid
 bida,a, ela é sua,  n  nãão v  vou
ou pe
pedi
dir 
r  nada p  peelo be b bêê, e a corda va valele u
 uma
ma q  q uart
rta.
a. Va-
mosos,, di
diga
ga s seeis xexellininss!"
De p poois dede r  r egate
egateaar um pou poucoco,, o jove
ovem m co conncor dou em  paga
 pagarr tr ês ga gallõe
õess de
cer ve ja
ve ja,, ququee se es estti pul
 puloou f ossemossem log ogoo  se
 ser 
r vid
vidos, par a qu quee a es p poosa r ecé
ecém-m-ccom-
 pr 
 pr ada, o pr  pr ó pri
 prioo j jove
ovem m, e a  allguns "ca cammar ada dass" esco scolhi
lhidos,
dos, sem es  esq 
q uececer 
r  o am
 amáá-
vel r a b
 beeq uista, pa par r tic
ticip
ipass
assem em do br  br inde
inde ra rattif icad
icador .
Assssim
im co connclu luídídaa a b  baar ganh
ganha, a, a cor da da f oi co collocada na  m  mão ão do j jovovemem,, e a
moça rece b  beeu os cump cumpr  r iment
mentos os de num
 numeer osas matr onas en enca
cardid
rdidaas. Ela l liim p  poou
os olh
o lhosos e sor 
sor r 
ri  u alegr ement mentee; o n  nov
ovoo mar ido lhe p  pespeg
espegouou um be beijijoo bem e  essta-
lado na boch checechha r edonda à g  gui
uisa
sa de r atif icaçã
caçãoo, e q uand ndoo o n novo
ovo cacasal se afa a fass-
tou, a multi ultiddão se d  des
esf f ez
ez e lentam tameentntee sese d
 diis p
 perso
ersouu. A t trag
ragiico
comédi
médiaa da vid vidaa rud
rudee
do B
 Bllacack 
k  Co
Couunt ntryry esta
estava va fi finnda.

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