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ROBERTO PIVA

FEIRA DE POESIA
ROBERTO PIVA

\ COXAS

r e ,1
FEIRA DE POESIA
1979
COXAS
Sex f·ict-ion & delírios

Ilustrações de MATY VITART

li
1

"Eliminarás a doença e o bário.


Restará o deleite dos homens
Porque foste o andrógino. "

Oswald de Andrade
1- OS ESCORPIÕES DO SOL
O adolescente a1oelhou- se abriu a braguzlha da calça de
Pólen & começou a chupar.
Eram 4 horas da tarde do mês de junho é!! o sol batia no
topo do Edifíczo Copan suas ra1adas paulistanas onde Pólem
& Lui'zinho foram Jazer amor é!! tomar vinho.
O adolesceT!te vestia uma camiseta preta com o desenho no
peito d(} um punho fechado socialista, calças Lee desbotadas
& calçava tênis branco com listras azws Você é mmha
putinha, disse Pólen. Isso, gTltou Luizinho, gosto de ser
chamado de putznha, puto, Vládo, bichmha, viadinho ah
acho que vou gozar todo o esperma do Un'lverso!
Neste instante um hellcóptero do City Bank aproximava- se
pedindo pouso & os dozs nem lzgaram contz'n uando com
suas blasfêmzas erótzcas heróz'cas & assassúias.
O guarda que estava no helicóptero então mirou & abnu
fogo
Luzúnho ficou morto lá 110 topo do Edifício Copan com

• • uma bala no coração .


Por onde é preciso começar!
Pólem não sabia, mas seu olho sabia, sua mão sabza, sua
política cósmica sabia.
Hermafrodita morto no musgo mais alto. Suas ba/ezaJ de
temura, suas tra11ças do mais j,uro ouro, suas sardw em
tomo do narizinlw meio arrebitado & iusolentr.
ª'lJºS da verd ade pens ou póle m em sua calm a eçar as
ção anar quzs ta estra ngul ador a dt- babu mos agor a det·e m com
Luzú nho era uma somb ra dent ro do seu cora
r am o aço dos eleva dore s com ã & delic ados
(J râp,do suas lágn m as queb ra_ quer mess es com leitõ es colo ndos purê de maç
de refle xos das .s,·n·idas
seus guin chos de múm ias eletrifica das ond_as tutú s à mme ira ostra s de Cana néia ap1m rnta
rosto s pzca dos a da pa1:-.::iio)
polar6ide em f rent e à Igre;a da Consolaç ao com retu mba ntes batid as de Maracu1á (a frut
amo r torre smin lws com
nos escrztonos & seus 1/lolt nos enfa donh os, o codo mmh as rech eada s com ui,as passas &
com seu perf ume
começarza. por uma p erda ? quelJO ralad o o i rrão bem pode na cheg ar
1

A atmo sfera cor de azeitona era um alí1ll·


o para o cora ção adol esce ntes
de acaraJé mva dind o os colégios faze ndo o.s
doen te em dese jo com .seus
metralhado pela dor construíd a ao crep úscu lo tere m erec ções & as garo tas desm aiar em de
f etlas de velu do & espln ha.s de
cargas elétricas fJ surdas pequ enin os seios latej ante s.
s crzsp ou o rosto de Póle m
peixe um rodízto de a berraçõe agor a
& perc orre u São Paul o num
que agora tomo u um ônib us um an10 pous ou
aque la mass a cinz enta do
suspiro rodando & rodando por asas em seu omb ro
atória. & .suas gran des
capitalismo periférico sem escap & póle n ador mec eu
cobriam o Sol fJ seus escor piões. Qua ndo acor dou algu ém tmh a deix ado em suas meios o
ínuo s de
Enqu anto zsso os cme ma.s sofri am ataq ues cont lzvro As Amé rzca s ,. a Cit•ilizaçào de Darc y
Ribe iro & e/1
bolm has de gude &
office- boys armados com estin llgues &
dnc eu do ônib us para sent ar na jJraç a Bt;e nos , ltn's & /i>r
de T erro r com
part1lha1,.a m da turb ulên cia do Gran A bnu na pági na 503 & leu:
udas
máscaras f eitas de f olhas de bana neiras & berm "Os Guer reiro s do A fwcali'pse .
s & lmdo s pés
Justíssimas onde podi a .se ver mag nificas coxa Uma vez. 1mpla11tadas as ba.H'S do estad o- m1bt
ar1sta na
s ama relas
descalços com tornozelos rodeados com florz inha A mt'rzca do Nort e, uma sfrie dl' aco11l<"c1
mc11tos e orno u ram
rada na
& muzt os traziam a palavra COM A - ME costu an•\ , e 011duzi111Jo
berm uda na altura do cú. a op ini<io públ ica, os got'e man t,•s, os milit
s suce smcu d1'
ade de nada r toda a classe dirig ente do país a rr1s,•
Naquela tarde todo mundo estav a com i,ont
em sangue. apat 'ora men to ,, histe ria."
APAV ORAM ENTO N.0 1
dezoito garotos & dezoito ga rotas fo ram empareda dos vzvos
em caixas construíd as com chicletes que só Adams fabnca &
tostados dentro de um porão de arsênico & cascat•ézs.

APAV ORAM ENTO N.° 2


qwnze adolescen tes de ambos os sexos foram chicotead os nn
bunda por batalhões ela TFP quf' os insultatm n enquanto
trezentos rapau:, & moças cfr seita imp erialista //are
Kris/111a cortawm rodelas d, e 1•bvla & colarnm em seus
olhos.
'

Pó~en costumava organizar sua vlda às qulntas-feiras mas


estava.mos numa quarta & sua loucura era da pesada sem
distmção de raça credo ou cor & uivava pelas ruas com
duas panteras pintadas em seu peito falando com os amzgos
HISTERIA N.O 1 sobre as poesias de Maquiavel, Cesar Borgza, Castruccio
Castracanz o herói das galáxz'as medievais no iníczo da era
a confraria reaczonána Umdos em Série promovedora de
burguesa dos chinelos & pmcenê agora devidamente
festzvazs de telenovelas nas fábricas jogou uma substâncza
catalogad~ na R uína Absoluta sem permeios Kennedyanos
crúzdora de histeria CBK7 no reserwtóno de água de um
na mexenca & suas pompas fúnebres.
colégio de frezras & as alunas peidaram 3 dzas & 3 noztes O trombadinha quis saber se Pólen acredüava no lumpen.
sem parar & depozs se flagelaram & crucijz·caram O tr?mbadinha tinha sido descabaçado por um esquimó
bolsista da P. U. C. Polén declamou doze poemas escritos
contra a C. I A. O trombadznha quena dar
HISTERIA N.° 2 Pólem comeu- o alf mesmo, depois de roubar sua camisa
O trom badmha queria mais
setenta adolescentes fascistas do Colégio Ob;etivo cnaram pólem então chamou seu amzgo economista. sádico &
no laboratórzo de químzca (com o auxilzo de alguns cl~sicista & fez ele comer o trombadznha que swpirava
professores) uma substâncza hipnótica cuja finahdade é dizia palavrões inflamados pedza para czntado & chamado de
levar a vitima ao arrependimento seguido de crises de Arlete & toda a lmagznaçâo delirante de Ero9 irrompeu no
misticismo histérico cérebro do econonusta que queria t·er a vertzgem d1J perto
Esta substância foi testada n o bairro operáno da Moóca & antes de se converter para sempre ao a.leismo nulztante
durante 2 m eses às 6 h oras da tarde na At!eruda Paes de soltando suas farpas contra a figura de Nonô o Curandeiro
Barros os op erários se reuniram para rezar. padroeiro do trombadinha.
2 - OSSO & LIBERDA DE
olhos ,u•grol fa1scanle:; & agre.s.swos d1.sst qw· sun
O mfemo de Dante é um paraíso Isto era o slogan de> Club Vamos ouv,r f.',la- Lobos? perguntou Lmdo Olhar
fechado Osso lJ Liberdade cuja ba11dnra era um osso branco dzngmdo-se para o andar de cima do sobrado onde
num campo negro funcwnai:a o club Todos o seguiram
Adolescentes vestidos de t·eludo negro & rosa sentados em Pólen fzcou no andar de baixo com a secretána do club,
almofadões também negros & de veludo escutavam seu uma garota chamada Onça Humana
chefe Lindo Olhar declamar as estrófes finais do Onça H umana quzs saber se Pólen conhecia um garoto meio
Purgatório de Dante pirado chamado Oscar A msterdam que tmha uicios
Eles eram especialzzados em Dante & Mário de Andrade. requintados & que gostava de ser comido po1 mulheres
Para ser admitido no club Osso & Liberdade o garoto aparelhadas com falus de borracha & que gostava de se
deveria saber de cor 2 ou 3 capítulos de Macunaíma. banquetear com carne de Tatú assado no restaurante
Queri·am a destruição marat'llhosa do Caráter, como o Supnho aos sábados & colecionar amantes revtSwnista.s para
entendia W Re1ch. Estes adolescentes vindos da Penha, envenená los (mfluêncza dos personagens de O Princzpe) &
Vila Dwa & Jardim j apão fundaram o club Osso & Jogá- los no rio Tietê depois de ter sanado feito uma
Liberdade com a finalldade de dlt,idgar Márzo de Andrade, Messalma adolescente seu apetite sexual louco & ter a cara
Dante & iiczos requintados dura de ir ;antar frango com polenta & declamar poemas
Lm do Olhar olhou para seu querido amigo Pólen & de Lorenzo de Medzcz bebendo cerve;a ou lendo algum
acanciou a cabeça morena de Coxas A rdentes sentados ao art,go sobre a Iugoslávia ou trabalhando em algum
seu lado manifesto de Política Cósmica batendo sua linda mão na
Coxas Ardmtes queria saber se Virgílio no Inferno de Dante mesa com manchas de vmho na toalha branca & coberta
poderia ser interpretado como o símbolo da sabedoria com alguns restos de salsa.
humana Um garoto mecâmco chamado R abo L ouco com Pólen dtSse que szm
r

Onça Humana agarrou Pólen & foram trepar atrás da Rabo Louco enquanto Coxas Ardentes sodomizaw Lábzos
cortina, porque Onça Humana gostava dos mocós dignos da de Cereja. Lindo Olhar contorcia seu corpo imberbe &
sabedoria felina da Onça animal totem de muitas tnbos de maravz'lhoso debaixo de Rabo Louco que o det•orava
índzos brasileiros & com eles ameaçada de desaparecer sem Coxas Ardentes beijava Lábios de Cere1a & o pedia em
que ninguém fale nisso ou poucos falem msso & Onça casamento.
Humana queria que isso vivesse na mente permanente dos No andar de bai.x o Pólen & Onça Humana t•iam um filme
garotos do club & eles gostavam de Onça Humana que os sobre sociedades secretas & se beijavam
observava gulosa quando os via enrabarem- se mutuamênte Lindo Olhar juntou- se aos dois & começou lamentar seu
oumndo a Nona Sinfonia ou Chico do Calabar ou Guerra grande amor perdido Mário que foi fuzilado por rebelião &
Peixe. destilou sua amargura com a cabeça no peito de Pólen que
Onça Humana tinha lido Thalassa - Psychanalyse des passava a mão em seus cabelos & Onça Humana chorou &
origenes de la vze sexuelle do Dr Ferenczi & achava que Lindo Olhar queria que Márzo renascesse em forma de um
toda mulher devza querer se apropnar do sexo do homem pássaro Etrusco voando fora do túmulo & acumulando
engolindo- o com a t'agina úmzda simbolizando a grande mnhos amorosos na Lua ou num planeta solitário onde ele
caverna feliz onde nadamos despreocupados. Os garotos do Lindo Olhar iria encontrá- lo & beijar suas mãos nor:amente
clu b não transavam com Onça Humana. & ser sua escrat'a enlouquectda & se irestzr de carcital
Eles queriam revzver o ideal grego da Polis. O Eros grego adolescente renascentista & aparecer diante de uma imensa,
com seus cabelos cacheados & seus relâmpagos sexuais. fogueira na praia com uma tanga de pele de leopardo
Transai-am entre si, com Pólen & alguns conuedados enquanto as gaivotas botariam ovos de veludo nos rochedos
especiais do amor
No andar de Clma Lindo Olhar estava sendo enrabado por ,,J 1e1wb1'1dade d( Pólen estaira sem andaimes
3- CHIANTI TENUTA DI MARSANO

·• La bocca e le parole son


!'arco e le saene che tu ha1. .. "
Canzone
Nzcollõ Machiavellz

Pântanos petrolíferos refletiam o olhar parado de Pólen t$


quando alguém atravessa a floresta cai o pano do grande seus dois amzgos ·
teatro as unhas tllram fogo & começa a destruição em nome Lindo Olhar & Onça Humana
da Fruta da Paixão suave pele de maracu;á gigante vagina Lmdo Olhar quer enlouquecer suavemente
amarela dentro do luar a pequena cot,a geme no nmho o Onça Humana quer tomar Vlnho italiano & dançar samba
cardume de piranhas devora as margens do grande no as Lindo Olhar diz que os vampiros serão mortos esta noite
sombras da noite de lua mzczam uma nom relzgzão Um adolescente ruzvo de olhos verdes chamado Entrega em
a Boiúna & o Dragão de Rosqumhas atraessaram o sistema Profundz·dade acha que vzu um Saci galopando um Touro.
nervoso transformado em geléia viscosa refeita & carregada Suas mãos tremem seus láblos zdem Bom dza boa norte lua
de espuma Orgon deitando por terra o Chefe da tnbo das doente de luz mortiça & inflamada de desespero solar onde
pequenas hordas Tzgrana preparava o 'rltual sangrento num passeiam tamanduás flutuantes sussurra Entrega cm
altar onde ardiam dez archotes. Dez garotos da tnbo senam Profundidade Coxas Ardentes roz uma azeitona ~ toma
castrados em homenagem ao deus Tibenus Tzgrana vinho do Porto Rabo Louco acancza os mamzlos rosados de
agarrou a tesoura sagrada & começou com um menino de Entrega em Profundidade Pólen folhrta um tratado sobre
olhos negros & profundos Seus grãozmhos pularam fora & esqutzofrema nas costas nuas de Lindo Olhar que se rira às
foram zmedi'atamente devorados por Ferfax, o gato- do vezes para beyá lo longamente & mordiscar suas coxas &
mato que 1untamente com a aranha Tarântula Mortis tomar um gole de Chzanll & 1m1tar um pequeno leoj>ardo
encomendaram uma grande bacia de Cauim & se chew de mel lambendo com doçura sua.1 longal mãos ele
embebedaram. mármore brando
- O MANIFESTO DE LINDO OLHAR

Múmia iadia
Dei~-.:a a pirâmide pegar Jogo & ouça o l'enlo da noite onde
Anúbrs domma
o Faraó morreu na org1a ao pôr do sol roxo de t'lnho
J"1úmia vadia
o amor atratcssou seu cammho de ataduras e11louquec1das
colhe o frênes1 na língua caótzca dos deuses & peça
o abraço de Osms deus da a~ncllltura subdesent>vh·1da
1\-Iolha a alma ,w Jangut• da rebelião
t·olta a adorar os deuses seml'adorcs de d1scórdraç
Pólen carregou Lmdo Olhar até o andar de cima colocou o
sobre as almofadas de uludo 11t'l{r0 & se be17ara111 alt
amanhecer, quando o l{randt rro eh/atou .suas á~1ws até o
fim do mundo & I.zndo Olhai f1t'Tcebt u qw o amor Ja:.w
uma IIOt'<l ronda cm .ma carne m11ltrpl1cczcla 011dt <H
gwtarra:i ela pa1:-:ào deixaram marcas de d1•t1tcs & /'t quenas
gotas de suor.
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4 - FEST IVAL DO ROCK


DA NECE SSID ADE e11qua11to a ~arota ae othos cor de l.aran;a gemia 110
mzcrofo ne sua balada SEU CORPO ERA A1/NIIA
Flor obscena quemzam lo os vllws das cobras com sua pasta BÚSSO LA APONJ 'A ,'\.'DO A DIREÇ ÃO
fosfores cente, abre cammho att• estes e abt ludo.s Jod1dos da & a.s.szm prdza o amparo trágzco de algum pirado cretino
i,zda com seus bari1os de alucmaç ào (J a menma de olhos
DE \1/ \1 O <:hapado de encontr o a um pmhe,ro com as mãos meladas
1 or de larar!Ja canta um rock pesado FAÇA

que p1•di: entre outras coisas que toei• de unho & fumo
Q( 'E VOCE QLJ_llER
Os manl)ru tos de l.mdo Olhar se dirigiam aos cozmhe1Tu:,
a duxe ,"\LA REBAD A \'A ESTRAD A DAS Il.l SOES stm
aos funzlezr os às numzcur es distraíd as aos Jabnca ntes de
as Jrontezras entre acaso & necessidade
Jormicz âa aos garotos 110 cba posterio r ao dc:.caba çamento
Pólen comia uma maçã- do amor em cumJmnl11a de Lmdo
às ràs (!J às manifes tações do pule,ro
Olhar que acompa1 1ham o ritmo do rock com os ,ltdos
batendo na pt•le do ornJLorn11co Coxas Ardente s era sru porta- wz & secretar io geral do club
As primeira s Joguezras foram actsa.s Osso & Liberda de
Rabo Louco era espectali'sta em bbtzkrte g
Pintou uma roda de samba- chmts- dodt, afô111< o i•w E:::ra
Lábzos d1• Cere1a organzza1-a as .sessõ,s de orgasmo colt t1vo
Pound l1 um mulatmh o que tocat,a pande,r o se trcmsjor mou
(!/ cruelda des r.nstalm as
11u111a borbolet a tiermelh a com pt rfumc•s raros
Suas asas bailam contra o coraçao do mu11do um ,w110 Entrega em Prof1111d1dade .St' r.m:arn•g cwa dos debates &
chamad o Aurora /01 rtceb1do com 21 tiros de canhiio dú1.,1das metafisi cas
p

A1VTRO POLÍT ICA DE ENTRE GA A agulha de tricô carismática


EM PROFU NDIDA D E (rock balada lt'tra & música
clt ( ,.\a, lrcl1nt1,)
pelt d1 foca \ zbuco,ltcan duras
St horta coletwa & ganhou uma lt brt• ao am,111h1 n r
J J ran!iformar a praça da t m
g, /ou wa.s patmhaJ wz < m,tn da onda
pubhca
e.s/>t•tou .H'U coraçao 110 p1mhal
2 Acelerar o J1roccsso de de.s1111b1ção
J Proi ocar focos ret•oluczoná rws na confraria reacwnána elo 111grnxat1
agora a co1tl'la c.scot1•1ra corri· a /111gw1
U111dos em Série
na bunda adcnm1•,1ci a
4 Outrtr musica tentando conceber u Uniur.so Paralelo
~ Pmlar desenhos obsCl'nos 11aj ruas o /JUnhal ,. a11/1bw
6 Desmauara r os Imutes do m1sthw Coxa:, li rtl, 11t1:, t"mou um go!t d, lúnch & s, u.s olhos
P6lcn amou Lmdo Olhar debaixo de. um zpê ruxo 1unto à nrd<'Tam , m lagumas jJ111sa11do 110 hamb11rg1 , com baco11
fugueira por , ""'''r & ,H ll5 am,n,•1 passados & a rnlu/no /ir, s, 11tt , m
O Agente CarteS1a1w tentou ganhar Coxas Arcfr11tt•s 110 marcha ag,;11ua cl, U'agn,•r 111so do ,a/ao \1,t:,h(<l1lt 1
papo /11up1cwd" r t!r omc/t't,·s d, q111110 e (11/1 unho n rei, &
O Agr.11te CarteJiano queria um festim/ dt /m1\'.11es & batuuulas p0111ow111ba.s d1 l 111.:: ll da Bm11ra & Pd,r ,;ast
sorihaoo com ma,wjuturn s t,u ando/., 'I u111ha c/1 I hn ,, 110 /nmw , nqwmto e oum,, H ª/!,'lt r
U Agente Carlesza,w trenua a,,
011i•1r Jmlat•r<1!> e 1111111 uoga /11t,1t,1 :,11/w ho,:, t'll'IICII\I .1 /iara II g, 11/m d, /1/ulogo\ &
de e pmafre, gai,zao bera/ma, fundo da flor, Í"'h", 116111,uit, \,e t:..schc w11l111ta com ,, cur/>o d, mla111a11dra rifo 1 d,
ac, pranche/a, colarmho de gorda, 1wsc1do "" 111,1111, 11 1" I 1111 I udn a, \alvm, º"''' n, 1 11dc 11 1, li jogo /1 ,11,swc o
de turcu /11t<1µ,m1111 /mru ai, 111 do ho11·,111/t dt j,,rlrn•,as 1110,ta clt
O Age,ite Cartesiano /01 morto /10, Cm:as ,lrd{'f1tf'J ,w ( o, o I ui, 11/1 'I'" , , /1 rn de '"' w q1u111do , ltl,, ,w
melhor e.sttlo remuce11lista com,,,,,, de ve 11 c,io & tudo h1a\ 111 do 111d10J!.lll!1 l •1l1"/m1 o II u,
5 - O AND RÓG INO
ANT ROP OCÓ SMI CO
"A l'andro gyne primor dial,
sunou t à l'andro gyne !>phêrique
décrit par Platon ,
rorrrsp ondt•n t, sur k plan
rn~miquc, l'Oeuf co,mo goniqu l'
ou le Gt•am anthro pornsm iqut·
primo1díal".

Mhphi stojJhé les I t l'A 11drOE{ )ll1'


M1rcea Elwde
Coxas Ardentes era impl<1cât•el
Coxas .Ardenlo < rn uma riyada clt 1111 tranca I rúll<I/
escreverei um tratado sobre o amor & o ódlo Coxas Ardentes sabia onde w dn t arancmr & como
e.scret,·erei um pornosamba na montanha mágica dorn11r ;untos
escreterez mmha gula em Coxas Ardentes Momento algum l'Oct lerá
esta geléia de garças esta luva de pele de lontra esta curva o m.omento
de luas ancas eu alimento os dctt.st·s
olhas em minha direção & o cachalote do desespero morde com pedras & que11admhas
tua alma antes de ,mm o d1lúvw
Agarrado naJ palhoças o mvemo bate os dentes das fcwda!> dej>cns de mm1 a t'ldraça & a pedra pomc
onde o 1;aroto i·om1tando fezes cai com olhos re1.r1rados j)nlo você mordisca meu
dos nmhoJ f PdoTPntos da Usura & pare um ser mortal de peSCO('Oexpo!>tO
olhos lt/aus como as figuras de Modzgbam enquanto (l 110ma.to csp1•sso
chum se d1r11;e para os lim1fl's da Cidade você me ama ncHc·
O Andr6gmo Antropocósmtco era como um menino na chão flgrc•ste
brzra d,., um lago. Al1ra pedra Ja1. xixi & p ede peixinho Ele antes & cfrj,01s das clubs
a t ra,•f's.sa as florestas durantP a noite & ronda as ndades fuhados omfr J li g, / ,•rlfrou
bmszlnras jauncio os adoles(('n/es .H' contorcerem t m seus fan1ou. j,lwllou & ltllll
mr,renO!> iTfJ'l.!( S5PlTOS com rWt'O\ cometas
Lu gosta na dr fazer a l h sturw dúsP Coxas l'I rdn1/Ps a Pólen dt1mentes & /1wd" "1
'I ur. mri$< rwa uma J1erna de e Nzlop('{a o l1•1tor ,. um
i·r1(i> ama o Pxta!,e que tondu1. a luz tran1Jmrt•ntc rnbmari11a puto
com<J ,i fllr;1r1 de um rorulor na flor, sla sue rti<·ya aqw & o l,•1tor q111 r tlm
"J!."'ª pi!rder1 mos 11 tflhcça , u gostarm d,· aHtHHnar o (JJ tem 1111 do
l 1ulr1111,mo 1l11troj mflhmuo s1·m j)tslaw 1ar (Jf t·od ru1a1m o l,·1tor , w11 h1/1tlf r1t11
I111111go eritrw. f-Jií/rm' li /11(/() c/1• n,wdf'l,u11
pc

6- BA R CA ZZO D 'OR O
" ... la physi onum ie 11 ' c:.l q'un
assem blagt : dt• trait!> .iuxc1 uels
nous a\'ou s lié des iclc'.'·e!> ... "
Cond ,llac

O adol esan te estai a senta do na mesin ha com a maçã


e une des
aura i·ada 110 mew . De /'assassmat cons1dérée comm
Beau x-Ar ts
11egros
Navio s atrat essav am sua cabeç a- aqua nus cabtl os
1

de 11ut·, m no
ate os ombr os seti: brace letes em form a
anteb raço d, marf im
O relóg w que bate as paixõ es dehra .
1 ogol & Praxzs O adolesce11lt sabe que o.s ll71JOS
estão

.
sol louco
morto s Suas coxas lateja m de tesão & calm a Gtras

V
I
de
ela manh ã 110 Bar Ca:z:zo D Oro onde pequ enass gotas
e
chuta .sen•cm de mund o ao outon o enqu anto a cidad
de coca cola crdad e de .\ao
d,•sjJC ria seus parda is bêba dos
gasol ina lin, ar &
"-r ( Paulo 77 um rw coax ando na mem
/"'dre gosa no coraç ão de 200 U'att s à
óna
derit a sem baca
ca
ntes

/~ nas t scada s cime ntada s d, dor & ódzo fulig em mfsti


garot os
dobr ando os 1oclh os nos telha dos onde brinc am
a d<
gulos os de pão com mant ezga seus carn·nhos de rolem
s pés
sonh o mars icono clast a uma dose exns sita de lindo
os encar didos Gam mede s Antm ous
púba es com dedã oz.mh
praze r cresc endo na bolha do
ma1s velou s qw o sal do
ntes
orgas mo mazs fund o mt us olhos danç am como serpe
. outon al semp re
fascm adas t rovoe s anun ciam uma chu.t,10
com seu sax alto
Prop1czadora de um suavt Paul Dcsm ond
com ama1 1t,•s
flore ando em stacc ato meu. apar tame nto
Paolo
folhe ando algun s álbu ns de H ierom mus Bosc h &
fadas de ceie braçã o parad 1Síac a mo11
l,'cccllo entre as almo
p,•t1t more no ama11tc da penu mbra olhos de onça
seu suco df'
consa grada corJ,o dr caj1í .suma rento e:.correndo
d, ~atu nw 1w
verão Nozt<' do Pana ma t•cli'pw dos a11,·1:.
1da e11t1c
colch a mexz cana 111011111110 cio resga te Jorç a, 1Corr
d,•us Ji>::.
as coxa s.& sua boca cor ,fr pitan ga ,oJI<> 011,ft. um
o nmho
7- SBORNIA FILAMENTOSA
"Moi, ma routc me l>Uit. Sans
douce
Elle me suivra n'impoll<' ou."
Tnstan Corbzhc

"Imenso trabalho no~ cuMa


a 001 "
Carlos Drummond de Andradt•

O Pztecantropus as ádades gregas as doces cobc21a1


requentadas & comidas nas Jai•elas o d1tiã. da lwtcrra
relembrando sonhos trzbazs fux1co do chefe sandáltas
desafiveladas na casa das máqumas o prédfo é de Mar1a -
Mole onde roncam cascavéis humanas minha mão é dt us
passo decwvo para el tránsilo dcl mono ai hombr1•
mmzatura da lmguagem rubon"zada Macunaíma Pop
aventats de luxo balançam nos t'<lrais de Cobra Noroto
v Panú Angellcus você sabza qu,• Simão o- caolho t·cm para
;antar.'! porque mio o bispo de Berlim? a ncuta é grátis o

~
con.10 nada entende de polít1ca o jaburú comt• /ucad111lw &
ttra a bengala do ar zgapo!> .sonham com coalhada a mcnma
o ficou atrapalhada na rasa das máqumas ft ncbrmo
zmpeachml'nt do caos Engd~ dt' lliTbantc & w Dwfrct1rn d,•
la Naturalcza (que Pólc•n l,•u clw/mdo nas montanha.5 d<'
Atzbata) cantando um agente da C l . A . dl' rlwturas
cidades de mt'ial pruár,o um qwmo110 juna o prmct/11• das
tri•vas dos Ot'OS saltaram clua.s anãs obsc1 11as q11E' cuNiaram
1

frnços alara,yaclos & pa1t11am para w111p11 ,·m d1n•ç<i.c1 a


cun1a de nfrt'l Deu.s ,~ qwmbc111clezro
Lemur zano antrop ocentr ado na palma onde o mar engole a
8- QUE M GIR A? ilha surdez rolada contra o clamo r do sabzá merda geral
para quem não explor ou nada a loucur a a doi's passos da
"Um em milium anoite s? Toda morte mais dóczl a seu gênio onde você está & suas asas de
minha vida entre eles, mas Jogo tirânic o fede sua morte nos goles da represa em fome
agora nãusea ". univer sal & simple s fomen tando o mfern o cormti ano de suas
James Joyce coxas branca s no futebo l de várzea onde andam os
nenúfa res de outrora? musgo difteri a lagartos repous ando
paleol zúcam ente a cabeça nos caroços. manad as de
•·o verme lho da tua boca selou
relâmp agos na taça mais alta seus olhos chora m orquid cas
a em trevas"
sua entrad carcarás & cochzlos mastig ando o galeio na brasa do
Geor14 Trakl crepús culo entre as novas constelações assobi ando nos
Jardin s Pólen deztava seu corpo num único sono com Lmdo
Olhar samam baias proteg zám este doce par de deu.ses
Egípczos, boome rangs lançados ao luar, na barca acesa no
porto de tartaru gas elétrzcas choi•e cowboys na A mérzca
Latma , dmosa uros t•oltam para suas mmas de estanh o
floraçõ es de amênd oas nos braços de Lindo Olhar qul' geme
bazxm ho & abre as pernas naque la escund ào telepá t,ca
rastros de zcebergs maluc os sucule ntos & Jemmi rws corações
embal ados c1dade profet1zada longe em seus manan cwH de
chocol ate & talco Acord a pás.saro cego amald 1çoad o m
espécie dores do zmenso parto levado até o fim da n01te
corpos fugind o toda a fadiga do mundo cm scu.s lt 11ç01s d,•
sonho os cabt•los longos das algas tudo aconte r.cndn al,
pertm ho os nomes descon hecido s a ehpse o a:ul da
garga nta
9 - NORTE/SUL

A ('ararmia ladra & os cães passam Hitler sacudindo seu pau mole para os Capitães de Areia
r•oré mija na boca aberta da bicha locomotivas nas planícies bêbadas de vmho
0 .1 anjo.1 quebraram suas coxas no muro do hotel todo ilhas magnéticas rolando pelos mares
vnmelho de susto com seus pássaros exóticos tocando banjo & flauta doce
o leitão blindado dança no zzg- zag de Heronimus Bosch o garoto sofreu o ataque da ave de rapina chamada Zeus &
seu tango de petúnias seus testículos hipnotizaram a luz do sol vedando a
o botão de controle da Sala das Torturas adoração da luz para os patriotas do pornosamba & suas
no porão do hospital é um olho parado amarelo matracas tatuadas
vozes cachos de tâmaras tafetás rasgados de onde salta a noite La terra trema
gritos de garotos de botas & biquinis a toca do coelho paranóico & sua Baviera de folhas verdes
sendo flagelados por vinte putas alucinadas de cocaína ronronando até o ponto máximo da febre amarela
corredores apinhados de gerentes de banco Muchachos ragazzi garçons boys garotos com vaselinas- antenas
dando o cú para druz·das com os paus embrulhados em duplas mãos na escadaria da Pensão Coração Adormendo pés
celofane descalços pisam bocas entreabertas dos zrmãos
prldos sintonizados de vinte mil pombas no telhado transbzOlógicos
La terra trema travesseiros recheados de penas pornográficas
galáxzas alvejadas derramando seu suco sobre nossas vôo rasante da última senzala iluminada gargalhando de
cabeças esplendor.
10 - ANTINOO & ADRIANO Esta é a zona batida pelos afogados
Esta é a t•eloczdade máxzma de quem submerge
" L'énigme du labyrinthe est aqui as romãs romanas não crescerão mais
celle-ci: Comment desci odre & duas águias de névoa on'<llhando sandálws
jusqu'à Dionysos sans perdre la adolescentes na grama de przmavera escret:em
connaissancc d u chemin?" a palavra: R emember
L 'homme et ses labyrmthes o doce Antinoo com seu arco carregando
corações maduros na aijava na f enda essência
A Kremer- M anettz
da hzstória
os semáforos do tempo acendem seu sinal
"The rain o utside was cold in verde por cima de sua
Hadrian's sou!" longa cabeleira
este doce garoto
A ntm ous
partw o coração do imperador r.
Fernan do Pessoa 0 1 m pérw adorando um deus adolescente afogado no /1.. zlo
sem esp erar a Manhã egípcia chegar
Adn ano chorou o rest o de sua
vzda na t11lla ao sul de Roma
as paredes rachavam p elas tardes
deixando entrar as lembranças
houve um tempo nas montanhas da
Bztmia quando as caçadas se prolongavam
até a hora do amor
o i mho Falerno aderindo aos estômagos
1

i,auos enquanto os olhares se


cruzamm sobre o 1ai,ali assado rodeado
de frutas
este amor construiu seu império na
memóna & as escamas d e
meu cérebro caem ao contato de
seus dedos
os poetas latinos ouviram proi,aram
entenderam este tesouro afundado
nas tripas do tempo
resta o vento de verão nos caminhos
onde eles andaram
11 - BICHO-PREGUIÇA
flores cafras
calmas
colunas de fumaça
dançando
na lua nua
seus belJOS dançam
em minha boca vermelha a boca che,a de mm/arda todo mundo quer parl1c1par do
estrelas azuz..s folhas calcz'nadas dolce std ,\uoro assm1 chamado por aparuztar um alt1pla110
o parque é um son h o vegetal & seus oihos zumbem no centro imaculado dos fios de- oi·os & suas grutas de
iocês atravessam a p ont e do defino cere;as crzstabzadas bem 110 final da At•enida Paulzsta num
Bem• te- t,z bebendo o orvalho barzmho onde se reu11c um pessoal bem disposto escreicndo
na palmeira poemas como fl.ec/zas me, nd,adas mcrn <'l sexo lambuzado
correrias de cnanças crzan do o caos com flores & sua nota traf!.1ca & perjc1ta cntrt <H
colorido alambrados de carne crua l>t m ,zo alto da .s, rra da
o parque espreguzça Mantzquezra os nomes con;urados em ro111u11to bo1 A Jm
onde iocê estiver esta tarde de janezro 77 reserva de quatís defmhados I m Pam & BnlJ1/ôma f01ztr de
gostana de receber seu coração por Vza Aérea Nova York descendo a cn.sta da onda lzílús mccamzados de
com todas as pérolas d o amor com mãos dadas Istambul fundo da fruta- pão no cacau ,·.xtrnvr ond,, 1n mos
percorrendo as ruas a procura do R umo parar nesta selva de silhuetas obscuras.1 Acelerando seu ft m
andazmes pnrtzdos na alma amassada na pela tempestade sexto rosto desaparendo no cm1•11w m, ntal
mesma hora h ora de Kmg Kong cheio de excrementos de Walkyrun rmd,
tudo feito sob med ida de um terremoto a~corar seu trzángulo amoroso mais prateado do qw todos
seus dentes brzfham na no,tr nos'
A VIDA ME CARREGA NO AR
COMO UM GIGANTESCOABUTRJ:

A t•erdade dot deuses


carnais como nós & lânguidos
não provém do nada
mas do dese10 trove1ante do coração
partzdo pelo amor
em sua disparada pelo rosto de um
adolescente
com sua fúna delzcada
cruzo aventdas msones & corroidas
de chuva.
mznha mão alcança minha dor
presente
& me preparo para um dia duro
amargo & pega1oso
a tarde desaba seu azul sobre
os telhados do mundo
você não velo ao nosso encontro & eu
morro um pouco & me encontro só
numa cidade de muros
você talvez não sazba do ritual
do amor como uma fonte
a água que corre não correrá
1amais a mesma até o po1•ntc
mmha dor é um anjo ferzdo
de morte
você é um pequeno deus terdt
& rigoroso
horárto:i de morte ndadc•s e 1•m1tc110~
a mortt• é a ordem do dw
a noite t•C!m rapta, o ql/(
sobro de um ..soluço
PORN OSAM BA PARA
O MAR QUÊ S DE SADE

esta homena gem comcide com a detenora çâo da Bastilha


Sul-Ame ricana mmada pela cri.se de corações & balagan da
econômicos onde se mata de tédio o poeta ~ de fom o
camponê s & sobre os pés fenwuno s se calça a bota de
chumbo de várias cores gamada s com lhtlers de f,lantao
cada esquma recob, ria d( sa1,ms ~ amores escancar ados
como túmulos onde tuas coxa.s Marquts , srn.cm de ampar
delicado para o garoto que chupa teu pau enqua,110 uma
mulher ruwa te cat,a/ga Awm, a11otemos o nome da
t1tzma orgasmo- blasfênun. antes que as araras r11trcm na
orgia com .seus estimula ntes bicos r« cuno.s & um
estratage ma de ni,ós afague os sóú da d e.solação
quotuba na <m 11frel de i'arazso A 110,te é 110.ssa C,dadao
Afarquh,, com csJ,oras d,• gelutma f>asths de esp rma &
t•mhos raros <mde sabcrem o1 /oca/11:.ar o tremor a saraban da
dl' rom,•tris u 11Hp1ro da canze

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