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PÉ G A D A S
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VÍCIOS — ULTIMO LANCE
O IMPENITENTÈ — PELO C A M I N H O — RESPOSTA
HERANÇAS — A SERPENTE •— NO MARANHÃO
FORA D'HORAS — INVEJA — DEMÔNIOS — DAS NOTAS
DE UMA VIUVA — INSEPULTOS
O MADEIREIRO — MÚSCULOS E NERVOS
NOVA EDIÇA0
RIO DE JANEIRO
H. GARNIER, LIVREIRO-EDITOR
•„ 71, RUA MOREIRA CÉSAR, 71
• e
6, RUA DÊS SAINTS-PÈRES,, 6 ,
PARIS ~
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PEGADAS
DO MESMO AUCTOR
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ROMANCES
0 CORUJA. 1 > » «
0 HOMEM. 1 » a »
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M E M Ó R I A S DE U M ' C O N D E M N A D O . 1 >> »
PIULOMENA BORGES. 1 » » »
UMA LAGRIMA DE M U L H E R . 1 » » »
A M O R T A L H A DE A L Z I R A . 1 i>
M Y S T E R I O DA T I J U C A . 1 » in-4° » »
L I V R O DE UMA S O G R A 1 - -Í,n-8 0 » »
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NOVELLAS E CONTOS
DEMÔNIOS . 1 vol. ifl-8».
PEGADAS .- 1 » yt
THEATRO
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ALUIZIO AZEVKDO
ALUIZIO AZEVEDO
PEGADAS
VICIÕS '•—' U L T I M O LANCE
O IMPENITENTE ——[jfBXJÒ ' CAMINHO — RESPOSTA
HERANÇAS —'- Ai SERPENTE - r - NO MARANHÃO^
FORA DE HORAS , — IN*VEJA — ,1>EM0NI0S — . DAS NOTAS
- ^p*E *UMA;YIUVJ»Í-^ Í INSE.PULTOS'"
, ;•--- O MADÉrREÍROí-^—^MÜS£ULOS E NERVOS.
O AUCTOR.
VÍCIOS
vícios
II
III
IV
3.
RESPOSTA
RESPOSTA
— Não dou!
— Minha Dindinha...
— Não ! não!
— Abra a sua poria ao menos...
li esta suppliea foi já toda embotada de lagrimas
e soluços.
A velha veiu á poria e eu então pude espiar lá
para dentro. Era um pequeno aposento, bem arru-
mado e limpo. Havia uma conimoda com um ora-
tório, onde luzia uma lâmpada que era única a
illuminar o honesto e Iranquillo dormitório. Petas
paredes aprumavam-se quadros de santos, con-
trastando com o retrato a óleo de um leueiile de
cavallaría, mal pintado, mas de olhinhos vivos e
que parecia sorrir lá da sua moldura [tara a viu-
vinha, com o ar csearninho assim de (piem diz:
« Tu então, pequena, fizeste a tua falcatrua c toste
apanhada, hein?... Itois é bem feito! »
A'velha, assentada de novo na sua rode, con-
servava a pliysionomia fechada e parecia impla-
cável.
A afilhada, procurando esconder nos braços
nús a peeeadora nudez do colo, desfazia-se cm
lagrimas e nellas repisava as suas supplicas,
jurando que nunca mais, nunca mais! por tudo
que houvesse de sagrado ! reincidiria naquellaleia
culpa!
— Não!
—- Tenha pena de mim, Dindinha !... 4
— Quem é que eslava nhi com a senhora?! í
FORA DV HORAS 99
II
"fe
Meu Deus!. o nascente continuava fechado e
negro; a cidade deserta e muda. As estrellas ti-
nham empallidecido ainda mais, e.as luzes dos
1-ampeôes transpareciam apenas, atravez da espes-
sura da noite) como sinistros olhos que me pis-
avam da tréva.
Meu Deus! meu Deus, que teria acontecido?!...
Accendi novas velas, e notei que as suas cham-
mas eram mais lividas que o fogo fatuo das se-
pulturas. Concheei a mão contra o ouvido e fiquei
longo tempo a esperar inutilmente que do pro-
fundo e gelado silencio lá de fora me viesse um
signal de vida. «%
., Nada ! Nada !
Fui á varanda; .apalpei as minhas queridas,
plantas; estavam faria das, e as suas tristes-'folhas'
pendiam mollcmente para fora dos vasos, como
embambecidos membros de um cadáver, ainda
quente. Debrucei-me sobre as minhas extreme-
.cidas violetas e procurei respirar-lhes a alma em-
balsamada. Já não tinham perfume!
Attonito e ancioso volvi os olhos para o espaço.
As estrellas, já sem contornos, derramavam-se na
tinta negra do céo.,. como indecisas nodoas lumi-
nosas que fugiam lentamente.
Meu Deus! meu Deus, que iria acontecer ainda?
Voltei ao quarto e consultei o relógio. Marcava
dez horas.
. Oh! Pois já dez horas se tinham passado de-
pois que eu abrira os olhos?.!. Porque então não
122 PECADAS
III
IV
VI
VII
VIII
cr
IX
XI
XII
JU
INSEPULTOS
ti' •
FIM
ÍNDICE
Vícios. . . . . 1
Ultimo lance . . . . . . .'., . 13
O impenitentc. . . . 23
Pelo caminho. . v.._. . . . 35
Resposta . . ; -tff
Heranças . . . . ... 55
A serpente . . '66
No Maranhão. ... . . 81
Fora de horas. . . . . ; ..-. . 91
Inveja. "'. . . . . . 103
Demônios . . . . ... m
Das notas de uma viuva .-. .' 159
Insepultos. • -^ - • - • •?*• 169
O madeireiro ""&•*. • • • • 179'
Músculos e nervos . . '. . ,'J**. , '. 191
•y
ROMANCES
DE
ALUIZIO AZEVEDO
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