Este resumo descreve o primeiro ato da peça O Leque de Lady Windermere de Oscar Wilde. Lady Windermere recebe Lord Darlington em seu terraço no dia de seu aniversário. Eles discutem sobre fidelidade conjugal e os padrões morais da sociedade vitoriana, com Lady Windermere defendendo uma visão mais rígida e Lord Darlington argumentando por uma abordagem mais flexível.
Este resumo descreve o primeiro ato da peça O Leque de Lady Windermere de Oscar Wilde. Lady Windermere recebe Lord Darlington em seu terraço no dia de seu aniversário. Eles discutem sobre fidelidade conjugal e os padrões morais da sociedade vitoriana, com Lady Windermere defendendo uma visão mais rígida e Lord Darlington argumentando por uma abordagem mais flexível.
Este resumo descreve o primeiro ato da peça O Leque de Lady Windermere de Oscar Wilde. Lady Windermere recebe Lord Darlington em seu terraço no dia de seu aniversário. Eles discutem sobre fidelidade conjugal e os padrões morais da sociedade vitoriana, com Lady Windermere defendendo uma visão mais rígida e Lord Darlington argumentando por uma abordagem mais flexível.
OS PERSONAGENS Lord Windermere Lord Darlington Lord Augustus Lorton Mr. Dumby Mr. Cecil Graham Mr. Hopper Parker, o Mordomo Lady Windermere The Duchess of Berwick Lady Agatha Carlisle [[Lady Ruby Carlisle]] Lady Plymdale Lady Stutfield Lady Jedburgh Mrs. Cowper-Cowper Mrs. Erlynne Rosalie, a Faxineira/Empregada. AS CENAS ATO 1 Terrao de Lord Windermere ATO 2 Sala de estar de Lord Windermere ATO 3 Aposentos de Lord Darlington ATO 4 Mesmo do ATO 1 POCA: Sculo XIX LOCAL: Londres NOTA: Toda a pea acontece em um intervalo de 24h, comeando s 17h de um quinta-feira e terminando no dia seguinte, s 13h30.
ATO I Terrao no Palcio de Lord Windermere. Portas C. e D, prateleira com livros e papis D. Sof com uma pequena mesa de ch E. Mesa D. [LADY WINDERMERE sentada na mesa D., arrumando flores em um vaso] [Entra PARKER] PARKER: Estaria Vossa Senhoria em casa neste momento? LADY WINDERMERE: Sim, quem pergunta? PARKER: Lord Darlington, Senhora. LADY WINDERMERE: [Aps hesitar por um instante] Pode deixa-lo entrar. E eu estou em casa para qualquer um que pergunte, Parker. PARKER: Como desejar, Senhora. [Sai pela porta C.] LADY WINDERMERE: [para o pblico] melhor mesmo v-lo antes de anoitecer. Estou grata que tenha vindo. [Entra PARKER por C.] PARKER: Lord Darlington, Senhora. [Entra Lord Darlington por C.] [Sai PARKER] LORD DARLINGTON: Como anda, Lady Windermere? LADY WINDERMERE: Como anda voc, Lord Darlington? No, no posso cumprimenta- lo direito agora, minhas mos esto completamente encharcadas por culpa destas rosas. No so adorveis? Chegaram essa manh mesmo de Selby. LORD DARLINGTON: So realmente perfeitas. [v um leque sobre a mesa] E que leque incrvel! Importa-se se eu olh-lo mais de perto? LADY WINDERMERE: claro que no, a beleza merece ser apreciada. Tem meu nome cunhado a ouro, veja. Acabei de receb-lo, foi o presente de aniversrio de meu marido. Est ciente de que meu aniversrio hoje, no? LORD DARLINGTON: Meu Deus, no. LADY WINDERMERE: Estou completando a maioridade hoje. Um dia ridiculamente importante na minha vida, e por isso estou organizando uma festa hoje noite. Sente-se. [ainda organizando as flores] LORD DARLINGTON: [sentando-se] Queria ter sido avisado disso antes, Lady Windermere. Eu teria mandado cobrirem toda a rua em frente de sua casa com as mais belas flores para voc pisar sobre... Elas foram feitas para voc. LADY WINDERMERE: Lord Darlington, voc me irritou profundamente ontem noite e estou com medo que venha a me irritar novamente. LORD DARLINGTON: Eu? [Entra Parker e o Lacaio* por C., trazendo utenslios para o ch.] LADY WINDERMERE: Ponha a mesmo, Parker. [Limpa as mos com um leno de bolso e vai sentar-se mesa de ch.] No vai me acompanhar, Lord Darlington? [Saem Parker e o Lacaio por C.] LORD DARLINGTON: [Arrasta a cadeira por C. at E.] Estou chocado, Lady. Por favor, diga-me o que fiz. [Senta-se na mesa E.] LADY WINDERMERE: Bem, voc ficou me fazendo elogios a noite inteira. LORD DARLINGTON: [Rindo] Ah, hoje em dia todos estamos to mal das pernas que a nico presente que podemos dar so os elogios. LADY WINDERMERE: No, eu estou falando srio. No gosto de elogios, e no vejo por que um homem pensaria que est agradando uma mulher ao lhe dizer um monte de besteiras nas quais ele no acredita. LORD DARLINGTON: Mas eu acredito piamente em todos os elogios que te fiz at hoje, Milady.[Pega a xcara de ch oferecida por LyW]
* - No sei quem raios esse criado. Estava no masculino, logo no a Rosalie. Oscar Wilde devia estar meio crazy quando escreveu essa parte D: LADY WINDERMERE: E eu espero sinceramente que no. Odiaria ter que me afastar do senhor, Lord Darlington. O tenho com muita estima, como bem sabe, mas no gostaria nem um pouco de descobrir que voc como todos os outros homens. Acredite, sei que voc muito melhor do que eles, mas s vezes tenho a impresso de que finge ser pior. LORD DARLINGTON: Todos temos nossas pequenas vaidades. LADY WINDERMERE: E porque voc faz desta a sua principal? LORD DARLINGTON: Oh, hoje em dia tantas pessoas importantes fazem sermes sobre a sociedade fingindo ser boa, que para mim isso mostra uma doce e modesta pr- disposio para a maldade. Alm disso existe o fato de que o mundo te encara mais seriamente quando voc finge ser bom. LADY WINDERMERE: Ento voc no quer que o mundo o leve a srio? LORD DARLINGTON: Pouco me importa a opinio do mundo. Quem so as pessoas levadas a srio? Apenas os estpidos e os bispos. No, eu quero apenas que voc, mais do que qualquer um, me leve a srio. LADY WINDERMERE: Eu? E por que isso? LORD DARLINGTON: Porque tenho a impresso de que seramos grandes amigos se voc apenas tentasse me suportar um pouco mais. Voc pode vir a precisar de amigos algum dia. LADY WINDERMERE: Poderamos ser timos amigos se voc no estragasse tudo dizendo coisas to ridculas a meu respeito. Acha que sou o qu, uma Puritana? Tenho algum Puritanismo (?) em mim, fui criada deste jeito. Minha me morreu quando eu era pequena e desde ento fui viver com Lady Julie, a irm mais velha de meu pai. Ela era austera, mas me ensinou o que o mundo parece estar esquecendo: A diferena entre o certo e o errado. Ela no apoiava a falta de compromisso. Eu no permito. LORD DARLINGTON: Mas, Lady Windermere... LADY WINDERMERE: [inclinando-se no sof] Voc me olha como se minha conduta fosse ultrapassada. Acha que eu deveria parar de me comportar como uma mulher trinta anos mais velha do que sou? LORD DARLINGTON: Acha a idade um fator to determinante assim? LADY WINDERMERE: claro. Hoje em dia as pessoas parecem ver a vida como uma especulao. No uma especulao, o sacramento. Nosso ideal o amor, e nossa purificao o sacrifcio. LORD DARLINGTON: [rindo] Qualquer coisa melhor do que ser sacrificado. Voc no acredita em uma palavra do que disse. LADY WINDERMERE: [inclinando-se para a frente] No diga isso. LORD DARLINGTON: Digo sim o que eu sinto. o que eu sei. [Entra Parker por C.] PARKER: Os homens querem saber se precisam colocar carpetes no salo, Milady. LADY WINDERMERE: Acha que vai chover, Lord Darlington? LORD DARLINGTON: No fale sobre chuvas no dia do seu aniversrio! LADY WINDERMERE: Ah, pea para colocarem, Parker. [Sai PARKER por C.] LORD DARLINGTON: Ento voc acha que claro que no passa de uma hiptese Voc acha que no caso de um casal de jovens, juntos por uns dois anos, se o marido de repente vira amigo ntimo de uma mulher de ndole mais do que questionvel sempre almoando com ela e at pagando suas contas voc acha que a esposa no tem o direito de consolar a si mesma? LADY WINDERMERE: [franzindo as sobrancelhas] Consolar-se? LORD DARLINGTON: Eu acredito que sim, acredito que ela tenha esse direito. LADY WINDERMERE: Se o marido indigno, deveria a esposa ser indigna tambm? LORD DARLINGTON: Dignidade um conceito muito amplo. E indignidade uma palavra horrvel. LADY WINDERMERE: um ato horrvel, Lord.