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Um Livro de Referência para Personagens deLobisomem: O Apocalipse

Por Matt McFarland, Deena McKinney e Julian Mensch


criado por Mark Rein Hagen

Crditos Dedicat—ria Especial
Autores: Matt McFarland ( Legends of the Garou e  Jessica $anna, %rande Ao%adora e ainda ami%a ainda
Galliard), Deena McKinney ( Ragabash e Philodox) e maior. BCs sem're sentiremos sua alta, $eather, e
Julian Mensch (Introdução, Theurge e Ahroun). *en!amin.
Lobisomem e o Mundo das Trevas são criaçes de Mar!
"ein#$a%en
&istema &toryteller desenvolvido 'or Mar! "ein#$a%en
Desenvolvimento: than &!em'
Editoria: ileen . Miles
Direção de Arte: ileen . Miles
Arte: John *rid%es, &teve +rescott, Je "ebner, "on
&'encer e Melissa -ran
Arte da Capa: &teve +rescott
Design, Layout e Diagramação: ileen . Miles

Há um mundo maravilhoso
Crditos da Edi‹o Brasileira para ser salvo!
Título Original: *oo! o us'ices
Equipe de Tradução:
sse livro oi eito 'or 'essoas ue nem se
Introdução  Folha do utono
conheciam no inEcio, mas ue tinham um deseAo
Lendas dos !arou  /ho!os
comum e isso oi o bastante 'ara nos reunirmos
Capítulo "  /ho!os, Die%o, rtur, ndr0 e $ooli%an
em torno de al%o maior. &C ueremos e a3emos, e
Capítulo #  /ho!os, Joison, "onaldo e *one
isso d certo.  sabe 'oruG9
Capítulo $  /ho!os, %ni e 1ustavo
+orue o mundo H cada ve3 mais H 'recisa de
Capítulo %  /ho!os, Moonlover, ndr0 e "onaldo
%ente como nCs, 'essoas ca'a3es de a3er
Capítulo %  /ho!os, 2i3ir, Moonlover, $iro e K
verdadeiros mila%resI
&evisão do Te'to: 1ustavo, Folha do utono, /ho!os e
+rovavelmente vocG tem um com'utador 'ara
4nsane.2i3ir
estar lendo isso, deve ter internet 'ara ter bai8ado
Capas: "1T Folha do utono
Diagramação: esse 'd, uem sabe at0 uma im'ressora. &C ue
tem %ente ue não tem nada disso e sC 'recisa do
(ossa Comunidade no Or)ut*
mais bsico. &endo assim, aAude o uanto 'uderI
htt'566777.or!ut.com6/ommunity.as'89cmm:;<=><?@> sse ser nosso 'a%amento.
ntão 'orue não se unir a nCs e 'ara a3ermos
Auntos a dierença9

ui'e do Bação 1arou


(ste 0 nosso = livro e oi 'ublicado em ;<6bril6<)

 ? Nhite Nol +ublishin%, 4nc. Todos os Direitos "eservados.  re'rodução sem a
'ermissão escrita do editor 0 e8'ressamente 'roibida, e8ceto 'ara o 'ro'Csito de resenhas
e das 'lanilhas de 'ersona%em, ue 'odem ser ser re'rodu3idas 'ara uso 'essoal a'enas.
Nhite Nol, 2am'iro a Mscara, 2am'iro a 4dade das Trevas, Ma%o a scensão e
Mundo das Trevas são marcas re%istradas da Nhite Nol +ublishin%, 4nc. Todos os
direitos reservados. Lobisomem o 'ocali'se, Nraith the blivion, /han%elin% o
&onhar, $unter the "ec!onin%, Nere7ol the Nild Nest, Ma%o /rusada dos Feiticeiros,
Nraith the 1reat Nar, *oo! o Nyrm, *oo! o Neaver, "a%e cross the $eavens, 1host To7ns, 8is Mundi the *oo!
o &'irits, $en%eyo!ai Metamoros do riente, Tribeboo! *lac! Furies e *oo! o Norlds são marcas re%istradas da Nhite
Nol +ublishin%, 4nc. Todos os direitos reservados. Todos os 'ersona%ens, nomes, lu%ares e te8tos são re%istrados 'ela
Nhite Nol +ublishin%, 4nc.
 menção de ualuer reerGncia a ualuer com'anhia ou 'roduto nessas '%inas não 0 uma aronta a marca
re%istrada ou direitos autorais dos mesmos.
sse livro usa o sobrenatural como mecOnica, 'ersona%ens e temas. Todos os elementos mEsticos são ictEcios e
direcionados a'enas 'ara diversão. "ecomendaHse cautela ao leitor.

4M+"&& BD F" M4& M /BT

2 Livro dos Augúrios


Conteœdo
Lendas dos Garou: Quatro de Cinco 05
Introdu‹o: Amados por Luna 13
Cap’tulo Um: er!untas "em #espostas $#a!a%as&' 1(
Cap’tulo )ois: Guardi*es dos +ist,rios "a!rados $-&eur!e' 3(
Cap’tulo -r.s: Lei e /rdem $&ilodo' 5
Cap’tulo Quatro: 2el&os Contos e o4as Can*es $Galliard' (
Cap’tulo Cinco: 2in!adores da +‹e "a!rada $A&roun' 113

Conteúdo 3
Quatro de Cinco
“De qualquer forma, esse é o trato. A tribo está herbalista — e 8o9e.”
disposta a nos patrocinar — e por ‘patrocinar’, eu quero Al!o errado por aqui.
dizer ‘nos dar muito dinheiro’ — se nós concordarmos.” “#o apenas quarto, lton.” le deu de ombros.
le bateu a cinza de seu ci!arro e me deu aquele sorriso “#o, eu di!o, isso n#o é uma matilha completa.” u
com os lábios apertados no"amente. u n#o fa$o idéia de mostrei meus cinco dedos. “u sou uma :alliard, "oc6
como ele faz isso — o cara conse!ue dar um sorriso de um 8a!abash, 7ac3 é um ;heur!e e 8o9e é um 'hilodo4.
orelha a orelha sem separar seus lábios. % !rotesco. <nde está o nosso lua cheia5” obrou apenas meu dedo
u abanei a fuma$a e olhei pela &anela. u estou médio er!uido, mas ele n#o percebeu.
considerando sua oferta e n#o é pela !rana. 'orra, eu fiz lton apa!ou seu ci!arro. “=em, nós t(nhamos
dinheiro suficiente — minha linha de outono está indo informa$+es sobre um !aroto, mas ele foi morto
muito bem. % a idéia de participar de uma matilha. u defendendo um caern fora de 'hoeni4. % duro, mas eu
sinto falta disso.  com o patroc(nio da tribo, nós realmente acho que nós podemos prosse!uir sem um
pro"a"elmente poderemos "ia&ar. )sso seria um ótimo Ahroun.” le sorriu for$osamente. “#o é como se todos
b*nus — uma das muitas raz+es pela qual eu sempre fui n#o soubessem como lutar, certo5”
receosa em participar de uma no"a matilha é que eu fico u balancei minha cabe$a. “%, é parecido com o que
tensa quanto a me en"ol"er demais com uma seita. nós diz(amos também e isso quase nos matou. ‘#o é
le n#o ali"iou. “eria ótimo, -orina. ós ser(amos como se todos n#o conhec6ssemos a >itania.’ -risto,
praticamente a /nica matilha uni0tribal operando no como em um desenho animado,”
pa(s. u &á ou"i de "ários l(deres de seita em quatro “Do que "oc6 está falando, -orina5”
diferentes cidades que eles ficariam muito satisfeitos que u me le"antei e pe!uei uma !arrafa d’á!ua da
nós os "isitássemos, a&udássemos,” ele pausou para dar um !eladeira dele. ?inha "oz n#o está acostumada a
maior-retino.
efeito, “compartilhássemos histórias.” discursos, o que écontar
“Dei4e0me muitouma
embara$oso.
história.”
u nunca contei muitas histórias em minha anti!a @@@
matilha. #o sei o moti"o. 'ro"a"elmente porque nossa “;udo bem, caras, escutem.” oe ?cBenna saiu das

base era na 1unda$#o 2al3enber!, n#o um caern, ent#o !rades principais da 2al3enber!. < resto de sua matilha
nós n#o t(nhamos uma assembléia mensal, o que sentada sobre um toldo na sombra. -orina e te"en
si!nifica"a que n#o t(nhamos um horário fi4o para ui"ar esta"am &o!ando 9ar, com >Csistrata obser"ando e
para a lua. tentando descobrir as re!ras.
“nt#o, quem ser(amos5” le se e4citou com a oe entre!ou uma foto!rafia de um &apon6s para
per!unta -orina. “-omo é o seu &apon6s5”
“er(amos eu, "oc6, 7ac3 — "oc6 sabe , o cara “3oshi,” ela respondeu. oe assentiu.

Lendas Garou: Quatro de Cinco 5


“=om. -aras, nós estamos procurando por iro que ela n#o tinha se importado de aprender essas re!ras5
atsu3o. n!enheiro de soft9ares em eattle.” te"e “Gmm... oi. ós somos a ?atilha de =usca. Aqui é
sorriu — eattle era sua cidade natal. “;em uma seita -orina =laine.”
por lá chamada -éus de 'edra. m sua maioria composta Gm suspiro irritado. la se esqueceu de al!o.
por Andarilhos do Asfalto e al!uns enhores das “A ?atilha de =usca da eita da...bem, n#o é bem
ombras, eu acho. #o podemos abrir uma ponte da lua uma seita, nós somos da 2al3 — ”
até lá — eles s#o cautelosos com o uso de pontes, e4ceto “Aqui é 'ere!rino0da0scurid#o, um Ahroun dos
em emer!6ncias — mas eles disseram que nós podemos enhores das ombras e :uardi#o da eita dos -éus de
che!ar até lá.” 'edra.  "oc6s s#o5” -orina sentiu a humilha$#o crescer
>Csistrata colocou seu quei4o no colo de te"en. em seu interior e transformar em f/ria. la de"eria saber
“ós sabemos se ele é :arou5” o que ele iria querer.
oe en4u!ou sua testa — mesmo na sombra, o calor “'resas0na0=orda0Afiada, :alliard dos Andarilhos
de EComin! era imenso. “im, com certeza. 8elatos de do Asfalto e membro da ?atilha de =usca.”
um 'arente dos 8oedores de <ssos bisbilhoteiro. < pobre <utro lon!o e sofrido suspiro. “<nde está o seu
!aroto "iu iro sair de seu carro, se "irar e come$ar a alfa5”
perse!uir um cara que caminha"a com seu cachorro. “Diri!indo,” -orina ran!eu os dentes. oe olhou
Disse que ele corria em quatro patas, mas ele n#o passou com se"eridade.
de sua forma :labro.” il6ncio por um momento, ent#o a "oz disse a eles
“=em, isso é uma b6n$#o.” te"en se espre!ui$ou. para "irar em um estacionamento na pró4ima esquina.
“nt#o ele ainda é funcional5 Ainda "ai ao trabalho5” -orina conduziu a "an H esquerda e desceu uma rampa.
“im, e"identemente ele n#o está em uma situa$#o les estacionaram no n("el mais bai4o, com nenhum
t#o ruim quanto o primeiro >unático que nós outro carro H "ista. <s quatro sa(ram da "an e olharam H
perse!uimos.” la cutucou -orina com o ded#o. “Di!a sua "olta. -orina tentou o celular no"amente, mas
al!uma coisa, !arota.” esta"a fora de área.
-orina se le"antou. “2oc6 sabe o que eu "ou dizer. % “=em, e a!ora5” per!untou oe.
estranho, apenas quatro de nós.” “u n#o sei,” respondeu -orina. le n#o me disse
“Fual a lua do filhote perdido5” >Csistrata nada. Ele deveria ter dito? la pensou.
no"amente, a!ora sentada em seus quadris para encarar < ar tremulou e um homem &o"em apareceu "indo
seus companheiros de matilha. da Gmbra. le parecia ter cerca de "inte anos e tinha
“#o sei, >Cs,” respondeu oe. “;al"ez ele se&a um suas man!as enroladas para mostrar as cicatrizes em seus
meia0lua,
la &o!ou eseu
nóscabelo
possamos
parafazer
trás -orina se sentir
e amarrou melhor.”
com uma ombros. lequem
per!untou olhou
eraa omatilha
alfa. de cima a bai4o e ent#o
bandana. “De qualquer forma, "amos nos me4er. osso oe deu um passo H frente. “u. oe ?cBenna.” <
"*o sai em tr6s horas.” nome comum n#o caiu muito bem. oe tinha um nome
@@@ :arou, é claro, mas raramente o usa"a.
“nt#o "oc6s eram apenas quatro também5” le “;udo bem, oe, "oc6 e sua matilha, si!am0me. <
acendeu outro ci!arro. u assenti. u achei que ti"esse l(der da seita quer falar com "oc6s.”
dei4ado isso bem claro. les subiram a rampa e atra"essaram a rua. >Csistrata
“im, nós n#o t(nhamos um 'hilodo4. A 1unda$#o pendurada nos ombros de te"en, assustada com a cidade
2al3enber! n#o se permitia ser e4i!ente. u nem mesmo mas mara"ilhada com as no"as perspecti"as que a forma
estou certa se atualmente eles possuem uma ?atilha de omin(dea lhe da"a. oe papeou com “'ere!rino0da0
=usca, dei4ada de lado mesmo com cinco componentes. scurid#o,” na tentati"a de retirá0lo do modo :uardi#o
“ ent#o, "oc6s acharam esse tal de iro5” cara fechada.  -orina tenta"a lembrar dos métodos
u olhei para a &anela desconforta"elmente. “im, apropriados para os cumprimentos. )sso n#o de"ia ser
nós achamos.” papel de oe5
@@@ < :uardi#o os conduziu por um prédio de escritórios
< a"i#o che!ou sem problemas. les foram até o até um ele"ador. le e oe esta"a con"ersando,
caern em uma "an alu!ada, oe diri!indo, -orina com comparando notas sobre a melhor forma de causar dano
sua escopeta ensaia"a seu &apon6s, te"en e >Csistrata má4imo a um oponente sem sair da forma >upina.
luta"am amistosamente no assento de trás. les >Csistrata obser"ou a con"ersa al!umas "ezes, mas te"e
atra"essaram as di"isas da eita dos -éus de 'edra lo!o muitos problemas em acompanhar a con"ersa em in!l6s e
depois do sol se p*r e -orina discou um n/mero em seu come$ou a resmun!ar com a m/sica do ele "ador. As
celular. portas se abriram e re"elaram "ários lobisomens em um
“im5” sal#o aparentemente confortá"el.
la se esfor$ou para lembrar o método apropriado de Al!uém — uma mulher loira "estindo um terninho
apresenta$#o. A maioria das seitas de Andarilhos do "ioleta — se le"antou e caminhou na dire$#o deles. A
Asfalto n#o era muito formal, mas essa tinha um escolta deles permaneceu no ele"ador, e a ?atilha de
considerá"el contin!ente de enhores das ombras. 'or =usca ficou desconfortá"el, se sentindo como intrusos.

6 Livro dos Augúrios


te"en le"antou sua cabe$a H medida que se esfor$a"a uma pequena li$#o de procedimentos apropriados para
para ou"ir um som que sumia. les ha"iam cruzado a apresenta$+es, mas em tom de brincadeira.”
barreira em al!um lu!ar entre aqui e a rua. “im, e da(5 u di!o, soa como o fato de que "oc6s
A mulher loira olhou para eles de cima a bai4o e n#o tinham um 'hilodo4 n#o deu muito trabalho. 2oc6s
esperou. oe e -orina se entreolharam ner"osas e ambas passaram um pouco de "er!onha por estarem mal
deram um passo a frente simultaneamente. -orina deu "estidos, mas quem li!a pra isso5
um passo para trás. u suspirei. “1icou pior. ós passamos a noite na
“<bri!ada por sua hospitalidade.” -orina podia dizer seita — n#o fomos le"ados para "isitar o caern, o que foi
que oe esta"a tentando n#o rir. 1ormalidades faziam um pouco desapontador, mas eles n#o confia"am na
com que a Ahroun ficasse ner"osa e insolente. “u sou !ente o suficiente. 'ela manh#, nós sa(mos e decidimos
o...er, =ri!id Alma obre, uma Ahroun dos 1ianna e nos focar no escritório de atsu3o e a!arrá0lo quando
alfa da ?atilha de =usca.” la pausou. enhuma resposta nós sa(mos aquela noite. eria muito mais fácil com um
da mulher loira. -orina silenciosamente dese&ou que sua 'hilodo4 para confirmar que ele realmente era :arou.”
alfa n#o dissesse nada est/pido. lton le"antou sua cabe$a. “Achei que "oc6 poderia
#o funcionou. oe er!ueu e balan$ou sua m#o na fazer isso.”
frente da lobisomem loira. “<i5” u dei um !ole na minha á!ua. ?inha !ar!anta
A mulher deu um passo para trás e enroscou seus esta"a ferida. “A!ora eu posso. ssa foi a se!unda miss#o
lábios em um resmun!o. “<lá, filhotes. Gma pena que que recebemos como uma matilha. u ti"e que enfrentar
n#o há muitos meia0luas em 2al3enber!.” Diabos, uma busca espiritual para aprender esse Dom e le"ou um
-orina pensou, o que nós esqu ecemos? A mulher m6s inteiro.” u sorri com a lembran$a. Aquele pequeno
continuou. “u sou Eanda Gdin, ou <lhar do Assassino, esp(rito me fez passar por maus bocados, mas "aleu a
se preferirem. u sou uma Ahroun. Andarilha do Asfalto. pena. “u parti nessa miss#o lo!o quando "oltamos H
 sou a "i!ia desse caern.” la olhou para cada um deles 1unda$#o.”
de cima a bai4o. “'ara refer6ncias futuras, nós preferimos “-om atsu3o5”
pessoas que se "istam como se esti"essem a ne!ócios “2oc6 quer ou"ir o resto da história5”
aqui. Fuando nós recebemos "isitantes "estidos como “im, desculpa. -ontinue.”
"oc6s, é estranho. e os an!uessu!as ti"erem a!entes @@@
espionando nossos prédios, um !rupo de pessoas em &eans A corpora$#o em que atsu3o trabalha"a fica"a em
e roupas des!astadas parece... fora do lu!ar.” la parou um pequeno área de ne!ócios nos arredores de eattle.
seus olhos em -orina, que era o /nico membro da te"en conhecia bem a área, ent#o oe dei4o u ele
matilhan#o
=laine, emé5”"estimentas apropriadas. “2oc6 é -orina diri!ir, mas la
lamenta"a. olha"a
fica"apara a &anela
en&oada com ecarros
ocasionalmente
rapidamente.se
-orina assentiu. “im, sou eu. <u ‘'resas0na0=orda0 -orina senta"a no banco de trás e obser"a"a o
Afiada’, se "oc6 preferir.” pequeno peda$o de "idro amarrado no espelho retro"isor
Eanda sorriu for$osamente. “u amo o seu !irar, apanhando a luz do sol. le aponta"a para iro
trabalho.” atsu3o, !ra$as Hs habilidades de te"en com rituais. A
-orina sorriu de "olta. “<bri!ada. a "erdade eu "an che!ou até o estacionamento do local e o peda$o de
desenhei esse top.” oe olhou para -orina — a Ahroun "idro aponta"a direto para a porta. “=em,” disse te"en,
sentia !rande pesar pela profiss#o dela e a quantidade de “parece que ele está no escritório.”
tempo e esfor$o que requeria. ;odos os quatro membros oe abriu a porta. )sso dei4o u -orina ner"osa —
da ?atilha de =usca tinham passado pela 'rimeira oe era impetuosa em seus melhores dias. “<nde "oc6
?udan$a relati"amente tarde em suas "idas e se "iram está indo5”
entre suas carreiras, escola ou Ino caso de >CsistrataJ A alfa da matilha pu4ou seu cabelo para trás e
apenas "i"endo a "ida quando foram chamados para amarrou com sua sempre presente bandana, um sinal
ser"ir :aia. -orina simplesmente n#o esta"a disposta a claro de que ela esta"a preparada para a$#o. “u "ou ter
dei4ar sua anti!a "ida para trás — mesmo com todos os umas pala"rinhas com ele.”
peri!os que andar entre os humanos oferece. -orina abriu a porta e se p*s na frente da Ahroun.
Eanda fez um !esto em dire$#o ao sal#o. “ir"am0se “oe, "oc6 tá maluca5 >embra do que aconteceu da
de café ou o que preferirem. 7ules estará aqui em /ltima "ez5 ós ti"emos que perse!uir aquele pobre lobo
instantes.” por tr6s milhas porque ele poderia sentir que nós éramos
• • • diferentes de al!uma forma. uponha que ele se
“7ules5” enfure$a5”
lton esta"a ou"indo, mas n#o de forma e4tasiada. oe sorriu. “Azar o dele.”
u decidi pular um pouco H frente. “im. le era um -orina olhou em busca de a&uda para a "an. te"en
enhor das ombras, ent#o está"amos todos nós esta"a obser"ando, mas -orina sabia que ele n#o diria
esperando que ele fosse escorre!adio e no !eral um cuz#o. nada. le odia"a confronta$+es. >Csistrata n#o tinha
o entanto, ele foi um cara bem bacana. 1alou aos idéia das implica$+es do que oe esta"a su!erindo. u
outros al!umas merdas de como está"amos "estidos e estou sozinha aqui, eu acho . -orina buscou em sua

Lendas Garou: Quatro de Cinco 7


mente uma história ou parábola sobre ser meio est/pido, que ele saia.”
mas n#o "eio nada na cabe$a. “2oc6 n#o pode ir lá como >Csistrata pulou na "an e encostou seu quei4o na
se — ” perna de te"en. Gm momento depois, eles
“'osso. % muito mais rápido dessa forma. u "ou desapareceram. oe olhou para -orina. “Apenas fique de
fazer ele "ir aqui falar com a !ente. ós podemos "i!ia. Acha que pode lidar com isso5” -orina n#o se deu
derrubá0lo se for necessário.” o trabalho de responder, ela apenas bateu a porta da "an.
-orina olhou em "olta do estacionamento. la n#o oe se "irou e caminhou na dire$#o do prédio.
"iu nin!uém por lá, mas ainda era cedo. “?erda, oe, -orina se sentou no banco da frente da "an,
esse cara n#o está fora de controle, &á que ele ainda olhando para ela mesma pelo retro"isor. A f/ria tinha
trabalha. le pro"a"elmente está t#o assustado quanto passado e a!ora ela se sentia amar!a. la tinha uma
nós está"amos.” la se encheu de inspira$#o. “>embra sensa$#o de que esta"a errada, de que ela de"eria
quando "oc6 me disse da "ez em que perdeu a cabe$a na simplesmente ter acompanhado o plano de oe Ida
mercearia e come$ou a masti!ar um bife no armário de forma como eraJ desde o in(cio, mas n#o conse!uia
carnes5” entender o porqu6. la mudou desconforta"elmente em
oe se en"er!onhou e -orina percebeu suas seu assento, dese&ando que te"en ti"esse estacionado a
sobrancelhas repentinamente se tornando mais escuras e "an de frente para a porta. la procurou pelas cha"es e
mais !rossas. Oops. Talvez tenha sido a coisa errada a descobriu que elas se foram, te"en de"e t60las colocado
dizer. “2oc6 "ai sair do caminho, -orina5” A "oz tinha no bolso.
um som distinto. oe esta"a perto de seu limite. la pensou em espiar na Gmbra, apenas para "er se
-orina en!oliu em seco. “#o. 2oc6 "ai colocar conse!uia saber onde >Csistrata e te"en esta"am, mas
todos nós em peri!o.” >Csistrata, percebendo a tens#o dei4ou para lá. la pe!ou uma a!enda e olhou seus
entre elas pulou da "an e sentou em sua forma >upina, compromissos para a pró4ima semana — o"a )orque na
olhando de uma para a outra. te"en desafi"elou seu quinta0feira, que dro!a. la pensou sobre a linha de
cinto de se!uran$a e sentou, ner"osamente, obser"ando o outono e qu#o pouco trabalho ela colocou nisso. ;oda
espelho. "ez que tenta"a desenhar roupas, ela "ia p6los e san!ue.
“;udo bem.” oe atacou e -orina lo!o esta"a no la se tornara lobisomem demais.
ch#o tentando respirar. la lutou contra a f/ria crescente -orina sorriu melancolicamente e retocou sua
em seu interior, mas ou"iu seus li!amentos se romperem maquia!em. la ansia"a por al!uma história, al!uma
enquanto passa"a para :labro. oe, claro, assumiu isso parábola que a&udaria isso fazer al!um sentido, mas todas
como um desafio. la fincou suas botas nas costelas de as histórias que ela conhecia aconteceram a milhares de

-orina.
em sua Aforma
dor rapidamente
omin(dea sumiu oe ainda
e n#o esta"a esta"a
realmente anos atrás.
Asfalto, mas#o
elaera t#o ruimapenas
conheceu entre outros Andarilhos
um :alliard de suado
tentando ferir sua companheira de matilha — mas tribo e ele tinha um &eito de “primiti"o urbano”. la n#o
-orina esta"a tendo problemas em permanecer no conse!uia estabelecer uma li!a$#o.
controle. la sabia que podia tentar se le"antar, o que A "an balan$ou repentinamente quando >Csistrata
oe encararia como um desafio, ou se sub&u!ar, o que apareceu da Gmbra. “'roblemas,” ela resmun!ou.
si!nifica"a que a quest#o esta"a encerrada. -orina se "irou em seu assento. “< que aconteceu5”
-orina sentiu seus dentes se alon!arem e seus “< irm#o perdido nos teme. e trancou em uma
m/sculos tencionarem. Porcaria, mantenha calma, ela ca"erna. ;odo mundo !rita.”
pensou. oe pro"a"elmente a mataria e, mesmo se n#o -orina bateu sua m#o na testa. “:rande.” -om
che!asse nesse ponto, a bri!a poderia atrair aten$#o. la certeza, a porta do escritório se abriu e as pessoas
contou até dez e come$ou se er!uendo em uma posi$#o come$aram a sair. Gm momento depois, te"en apareceu
de &oelhos. oe se afastou com o punho cerrado, mas na "an.
-orina instinti"amente mostrou sua !ar!anta. oe “#o funcionou e4atamente como o plane&ado.”
rela4ou. “Acabou5” “?erda,” resmun!ou -orina. “ a!ora5”
-orina se le"antou. “2oc6 come$ou com isso. ?as “2amos esperar por oe, eu acho. la foi até ele,
se "oc6 quer causar todo esse estardalha$o, certo, é o seu pediu com um &eito de flerte para ele sair e con"ersar
sho9. ?as eu n#o "ou entrar lá nessa forma.” com ela, e ent#o, ele entrou em pKnico. -orreu para o
“'or que n#o, diabos5” almo4arifado e se trancou, !ritando em &apon6s.” te"en
A Andarilha do Asfalto apontou para suas roupas. apontou com a cabe$a para as pessoas que se a!rupa"am
“'orque eu sou uma pessoa relati"amente famosa, esse é ao redor das &anelas, obser"ando atentamente. “les
o porqu6. Al!uém me reconhece e eu perderei toda a ficam falando dele estar enlouquecendo. A pol(cia
minha carreira e, francamente, eu n#o acho certo perder pro"a"elmente &á está a caminho — todo mundo está
tudo isso porque — ” ela parou. oe n#o esperou que ela paranóico com os disparos no escritório.”
terminasse de falar. “%, bem, isso pode ficar pior do que um tiroteio.
“=om. Dei4e0me dizer. >Cs, te"en, "#o pela Gmbra ?erdaL” -orina socou o "olante em frustra$#o. oe
e "e&am se conse!uem achar o cara. -orina, espere aqui poderia ainda estar no prédio... ou n#o. Ainda assim,
na "an. u "ou entrar lá para "er se consi!o fazer com atsu3o ob"iamente tinha rea!ido de forma ne!ati"a a

8 Livro dos Augúrios


ela Ioe e"identemente n#o conse!uia mascarar o efeito Deve ter sido aqui que Zoe o encontrou . la se
de sua f/ria nas pessoasJ e entraria em pKnico — ou pior per!untou para onde teria ido sua alfa.
— se ela o confrontasse no"amente. -orina se le"antou. Gm !rito s/bito chamou sua aten$#o. la se!uiu o
“u "ou entrar.” som até o fundo do escritório e a"istou uma porta escrita
>Csistrata olhou ner"osa para ela. “-om a alfa ainda “uprimentos”. Al!uém do outro lado !rita"a em
lá dentro5” &apon6s. -orina n#o entendeu muito, mas o que ela
-orina resmun!ou. “#o importa. e esse cara está entendeu n#o a surpreendeu. < homem !rita"a a respeito
em pKnico, eu de"o ser capaz de acalmá0lo. u n#o de “monstros” e “noite”. e o cara n#o fosse um
assusto as pessoas tanto quanto oe e eu falo um pouco lobisomem >unático, ele certamente a!ia como um.
de &apon6s e além disso, eu me encai4o um pouco melhor “Fue porcaria "oc6 está fazendo aqui5”
do que "oc6s.” la saiu da "an e foi na dire$#o do !rupo -orina se "irou para encontrar oe lo!o atrás dela.
de pessoas. la ha"ia perdido sua camisa e seus trapos, esta"a lá com
<s empre!ados obser"aram0na H medida que ela se sua bandana, um suti# esporti"o e um par de botas. la
apro4ima"a da porta, mas nin!uém tinha cora!em de parecia rid(cula. “<nde est#o suas roupas5”
dizer nada. la empurrou a porta e deu de cara com um “;i"e que mudar de formas e as perdi. las est#o por
&o"em carre!ando uma caneca onde se lia “=lac3 Do! a(. A!ora, me responda.”
:ame 1actorC.” le olhou para ela e se ruborizou, e “-omo é o seu &apon6s5 u achei que eu teria uma
apontou para dentro do escritório. “;em um cara... e... eu chance melhor de falar com ele do que "oc6.”
acho — oe "irou seus olhos. “Fue bom que pensou isso
“;udo bem,” disse -orina. “u "ou tentar falar com a!ora. Achei que n#o queria ser reconhecida.”
ele. u falo &apon6s.” < homem sorriu, de maneira < ru!ido dei4ou a !ar!anta de -orina antes que ela
ner"osa e se esqui"ou dela e saiu pela porta. Pobre nerd, pudesse impedi0lo. “;udo bem, &á che!a. #o temos
ela pensou. coisas mais importantes pra fazer5”
< escritório era um labirinto de cub(culos, n#o alto oe apontou para o armário. “1ique H "ontade.”
o suficiente para obstruir sua "is#o. la percebeu que -orina bateu !entilmente na porta. “iro0san5 ?r.
al!umas das paredes dos cub(culos tinham sido atsu3o5” Gma série de baques, como se ele esti"esse
derrubadas, papéis e li4o de escritório esta"a pelo ch#o. chutando a porta repetidamente. “ós estamos aqui para

Lendas Garou: Quatro de Cinco 9


a&udar.” de matilha e ent#o para sua alfa, para apro"a$#o. oe
“'ro inferno com isso,” sussurrou oe. “2amos consentiu e raste&ou ao redor como se fosse flanquear
derrubar a porta, pe!á0lo e percorrer atalhos.” iro.
“2oc6 &á tentou fazer isso com um >unático5” < >unático se!uiu a amea$a mais ób"ia, e por um
-orina n#o se importou em "irar para responder a se!undo, ele deu as costas H >Csistrata. la lan$ou0se H
per!unta. frente e cra"ou a pata em seu flanco. -orina "iu sua
“#o” e4press#o mudar de medo e f/ria para serenidade, mas ela
“nt#o, como "oc6 sabe que isso "ai funcionar5” sabia que isso n#o ia durar muito. la a"an$ou e colocou
“?erda, eu n#o sei.” oe chutou uma cadeira. “% sua m#o em seu !i!antesco ombro.
apenas uma tentati"a. Fuem de"eria saber sobre esse tipo la con"ersou com ele calmamente, em &apon6s,
de coisa5” tentando confortá0lo. oe se afastou um pouco e "oltou H
-orina n#o se importou em responder. la esta"a sua forma humana para falar com te"en. >Csistrata
pensando na sua 'rimeira ?udan$a. “<u$a, al!uém resmun!ou com ur!6ncia. “-arros se apro4imam.”
tentou uma apro4ima$#o direta comi!o na minha -orina se apoiou no peito de iro, sabendo que
primeira "ez, também. ra meu pai. u &á te disse o que enquanto esti"esse na forma omin(dea, ele poderia
aconteceu com ele5” matá0la com uma mordida. m :arou, tranquilamente,
“ós n#o temos tempo para uma história, -orina.” ela disse, “2olte, iro. 8ela4e seu corpo e "olte H sua
“Apenas escute. le tentou ser um “pai moderno” forma.”
comi!o, mas isso apenas me dei4ou ainda mais maluca. “'assos se apro4imam a!ora,” rosnou >Csistrata. oe
Fuando ele fala"a comi! o como meu pai, como se ele foi H frente.
esti"esse tentando me intimidar, eu recua"a. “ós temos que ir. Dei4e o >unático se ele n#o pode
'ro"a"elmente esse é o moti"o pelo qual ele ainda está nos se!uir, nós o pe!aremos depois, em um asilo ou al!o
"i"o, coitado.” do tipo.”
“<3, eu entendi.” oe bateu na porta. “iroL aia -orina permaneceu calma, mas olhou para sua alfa.
da(L ós estamos aqui para a&udar, nós n#o temos muito “ós n#o nos dei4amos para trás.”
tempos antes que —” la n#o te"e a chance de terminar “Desde quando isso é parte da >itania5”
antes que a porta fosse pelos ares, arremessando oe nas -orina fez uma zombaria. “ $oc% é capaz de recitá0
paredes dos cub(culos. iro saiu do almo4arifado, a!ora la5”
em sua forma -rinos. eu p6lo era completamente ne!ro “A >itania5” <s :arou "oltaram seus olhares para
e seu peito bem !rande, mas ele se mo"ia com uma !ra$a iro. le esta"a de pé, nu, em sua forma omin(dea. ua
que -orina
para nuncado
a Andarilha "iraAsfalto
em ume lobisomem.
mostrou suasle!arras
se "irou
em facevai
ele esta"a corada
direto para de "er!onha
o "renesi e ele-orina.
, pensou tremia. &m susto e
desafio. Oh, Deus , ela pensou. Ele deve pensar que eu oe olhou para sua matilha. “;udo bem, "amos
sou uma presa, uma parceira ou algo do tipo. Ele  esperar que isso funcione, "amos tirar esses caras daqui.
puro instinto. !ue merda eu "a#o? te"en, tente o que puder para colocar o filhote na
Gm ru!ido feroz do outro lado do escritório decidiu Gmbra — tal"ez o seu unicórnio de estima$#o possa
isso. oe saiu do meio das paredes dos cub(culos a&udar. te"en se enfureceu, mas n#o respondeu. “u "ou
derrubadas em sua forma ispo e !olpeou o corpo do se!urar a pol(cia do lado de fora.”
>unático. la o derrubou e a!arrou seu pesco$o com suas -orina balan$ou a cabe$a. A pol(cia n#o precisava
presas. ser contida, se a ?atilha de =usca pudesse desaparecer na
-orina ou"iu sirenes. Desesperada, ela falou na Gmbra, eles poderia ir até a eita dos -éus de 'edra. oe
l(n!ua :arou. “oe, nós temos que sair daquiL” n#o esta"a pensando na matilha ou na se!uran$a deles,
iro compreendeu a lin!ua!em, se n#o o ela esta"a apenas ali"iando a tens#o. ?as te"en e
si!nificado. ntretanto, essa compreens#o pareceu >Csistrata &á esta"am desaparecendo, te"en se!urando a
assustá0lo ainda mais. le colocou as palmas de suas m#os m#o do >unático assustado e murmurando calmamente
no ch#o e se le"antou. oe, surpreendida e distra(da por coisas para ele.
sua companheira de matilha soltou a mand(bula. iro “oeL” -orina n#o sabia o que ela iria dizer, ela
recuou e mostrou os dentes para as duas. tinha que impro"isar.
“?uito obri!ado,” resmun!ou oe. A 'el(cula se “< qu65” A Ahroun n#o se deu o trabalho de "irar
ras!ou e te"en e >Csistrata apareceram ao lado de seus para ela.
companheiros de matilha. >Csistrata se quei4ouM as “Dei4e os policiais em paz.”
sirenes a dei4a"am desconfortá"el. te"en olhou por oe esticou a cabe$a e lentamente se "irou. “stá me
cima de seu ombro, para as pessoas boquiabertas na desafiando de no"o5”
&anela. les pro"a"elmente n#o podiam "er claramente “#o. u estou te dando um conselho. Dei4e0os em
para perceber o que esta"a acontecendo, mas as not(cias paz. ós podemos simplesmente sair.”
locais certamente teriam histórias sobre isso. Do lado de fora, a "oz de um policial, ampliada por
-orina sussurrou em :arou. “>Csistrata, seu Dom. um me!afone, fez com que as duas despertassem. “ós
Acalme0o.” A 1/ria e!ra olhou para sua companheira estamos entrando. -oloquem suas armas no ch#o.” 'e

10 Livro dos Augúrios


pergunto que bobeira contaram para eles, pensou tinham um 'hilodo4, mas "oc6s se sa(ram bem. u di!o,
-orina. fale o que quiser, mas "oc6 realmente conhecia a >itania
oe olhou sua companheira de matilha de cima a — ”

bai4o. “'or que eu de"eria5” “2oc6 está perdendo o foco,” eu disse. u n#o sou
A inspira$#o che!ara. “u "ou lhe dizer por qu6. uma contadora de histórias muito boa. u prefiro lidar
>embra o que 2ictor disse antes de nós sairmos5 obre a com multim(dia para contar histórias o que, claro, limita
outra ?atilha de =usca e como eles se muda"am meu apelo quando estou fora de minha tribo. “ós
contando apenas com o 2éu, ent#o aquele enhor das está"amos por um fio de cabelo para nos matarmos. e os
ombras idiota apareceu do nada quando eles esta"am policiais ti"essem nos "isto, ou se oe e eu ti"éssemos
em o"a )n!laterra e colocou todos eles em &ul!amento bri!ado, quem sabe o que poderia ter acontecido5 ?as se
por ras!ar o 2éu5 % contra a merda da >itania, oe.  ti"éssemos conosco al!uém que soubesse a >itania,
ainda se aplica a nós. Especialmente a nós. ós somos al!uém que ti"esse sido treinado para isso, nós ter(amos
um e4emplo para esses caras.” la apontou para fora. ido bem, porque ele teria mencionado0a e nin!uém iria
oe respirou fundo e ent#o estendeu sua m#o. dar as costas para isso. % um trabalho importante. ;odos
“?elhor acreditar que nós iremos acertar isso depois.” os au!/rios possuem papéis importantes.” u estou me
-orina n#o respondeu, apenas a!arrou a m#o de sua alfa irritando a!ora. lton ainda tem aquele sorrisinho
e passou pela 'el(cula. protetor no rosto e eu n#o sei se ele faz isso de propósito
@@@ ou n#o.
u bebi o final da á!ua. lton olhou para mim. “u sei que nós temos. < meu é questionar as coisas,
?uitos :alliards que eu &á "i possuem essas pausas certo5 1azer com que as tradi$+es n#o nos atrase e, n#o
dramáticas nos finais de suas histórias, antes de contar o "e&o porqu6, com uma matilha de profissionais, nós
cl(ma4. Al!uns dizem que é para aumentar a tens#o precisamos de um Ahroun.”
dramática, mas na "erdade, é apenas para molhar a u respondi de imediato. “Fuem "ai nos liderar5
!ar!anta. Fuem "ai nos inspirar5 u di!o, posso com isso
le me interrompeu antes que eu come$asse a falar momentaneamente e com o equipamento correto, mas
no"amente. :rosseiro, mas nós está"amos apenas n#o em um aperto. < que acontece quando nossa
papeando. “nt#o, o que aconteceu5” matilha se "6 rodeada por Dan$arinos ou al!o assim e nós
“=em, no final iro era um enhor das ombras — temos que pensar rápido5 #o é suficiente que todos nós
um a33en, um dos caras do <riente. Depois de trazer &á tenhamos passado por matilhas antes, porque nenhum
ele de "olta, seu 'o"o no 7ap#o esta"a bri!ando por ele de nós quatro foi escolhido por (una para sermos
com os enhores
permaneceu das por
na 1unda$#o ombras de eattle.
um tempo, ent#o se le
foi :uerreiros ou
machuque spirituais.
morra e eu'ode
n#o si!nificar que aal!uém
estou disposta arriscarse
para BCoto, eu acho.” minha sorte nisso mais.”
“< que a pol(cia disse sobre o escritório5” < sorrisinho protetor de lton se foi. 'arece que ele
u dei de ombros. “#o sei. u n#o "i. A eita dos está considerando o que eu disse, o que é bom. u respiro
-éus de 'edra n#o esta"a muito contente conosco, é fundo. u me sinto um pouco machucadaM acho que eu
ób"io, ent#o nós n#o acompanhamos. u tenho certeza me esquentei com tudo isso.
de que se ti"esse ha"ido problemas maiores, nós ter(amos “=em, ent#o me responda o se!uinte,” ele disse. “<
ou"ido a respeito.” que acontecerá quando o Apocalipse finalmente che!ar e
le se inclinou para frente. “;udo bem, o fato é esse. todo mundo disser, ‘esse n#o é o meu papel’5”
u compreendo que "oc6s ti"eram problemas porque n#o 'uta merda, essa eu n#o sei responder.

Lendas Garou: Quatro de Cinco 11


Esse é o verdadeiro erro da lua;
Ela se aproxima mais perto da terra que de costume,
E deixa os homens loucos.
— William Shakespeare, Otelo

diis%o de grupos sociais de lobisome#s. Augúrios t$m


O que  um Augœrio? dime#s)es m+sticas, espirituais e psicológicas que t$m
impacto #a perso#alidade do !arou, #a difere#ça de
Pra começar, é bem mais que uma escolha de perspectia, #a si#gularidade de cada po#to de ista do
carreira ou estereótipo. O Augúrio afeta cada aspecto da augúrio e #as caracter+sticas que eles compartilham. Os
ida do !arou" isso tem um profu#do e sutil impacto *ogadores e#t%o deem ser e#cora*ados a e0plorar o
sobre quem ele é e o porqu$. Augúrios #%o ape#as arquétipo além de qualquer amputadora ou escraiadora
determi#am a forma pela qual o !arou ser& isto pela is%o de estereótipo — e0iste mais perersidade que
'aç%o, como também de que modo ele ir& i#teragir com criatiidade #uma completo pacifista Ahrou# ou #um
o mu#do
as ao seu
(radiç)es de redor.
magos,Assim como os
a #egatia cl%s depoderia
padr%o ampiros
ser e !alliard que se
1isto queimporta me#os com
os Augúrios #%oco#tos e história.
s%o ape#as grupos
posta #a mesa isto que o !arou #%o é defi#ido por seu sociais, o que s%o e0atame#te2 -les podem ser
Augúrio e os *ogadores #%o deeriam esperar que cada comparados a certos sistemas sociais da ida real 3como o
!alliard se*a um *oial me#estrel ou cada Ahrou# um sistema de castas da 4#dia5, mas tais comparaç)es quase
sa#gui#&rio desco#trolado. Os !arous s%o i#di+duos e sempre s%o superficiais. As castas te#tam forçar
suas #atureas tra#sce#dem a combi#aç%o t+pica de raça, i#di+duos de#tro de regras espec+ficas, *& os augúrios
tribo e augúrio que est& listada em sua pla#ilha. e#olem i#di+duos para serem #ascidos com uma
-#treta#to, #esse caso, #ós equilibrar+amos isso com imposiç%o m+stica para dada tarefa ou posiç%o social.
a #egaç%o #outra direç%o  o Augúrio é importa#te. - 6eido ao compo#e#te m+stico e aos laços espirituais que
muito. /m Augúrio não é ape#as um estereótipo ou uma um augúrio represe#ta, #%o e0iste literalme#te #ada

Introdução: Amados por Luna 13


semelha#te em #osso mu#do real, e os augúrios #%o
podem ser *ulgados adequadame#te da mesma ma#eira Mudando de Augœrio
como #ós podemos *ulgar qualquer i#stituiç%o da ida Os aspectos mec?#icos da muda#ça de augúrio
real. 7ertame#te, eles podem parecer durame#te de alguém s%o discutidos #o @itual de @e#ú#cia
restritios 8s se#sibilidades moder#as — e muitos *oe#s 3Lobisomem, pg. BC5, mas as implicaç)es sociais
!arous das tribos urba#as como os A#darilhos do Asfalto disso deeriam ser e0ami#adas mais profu#dame#te.
diem com o mesmo se#time#to que o sistema est& Predesti#aç%o é uma realidade ob*etia para os
ultrapassado e precisa ser liberado. 9as e#qua#to algu#s !arous e re*eitar o augúrio que a astrologia co#cedeu
!arous se#tem que os augúrios s%o restritios em sua a um !arou é e0atame#te como dar um palpite #os
teoria, outros ao i#és disso se#tem si#cerame#te que pla#os de !aia e :u#a. > claro que, e0istem muitas
suas perso#alidades s%o i#adequadas para o papel que ra)es para um lobisomem querer faer isso —
:u#a apo#tou para eles. ;sso soa como absurdo e muitos astrologia 8 parte, os !arous ai#da s%o seres de lire<
!arous se#tem<se gratos por terem uma posiç%o o#de eles arb+trio que eoluem atraés do tempo e mudam de
e#co#tram uma realiaç%o ge#u+#a além da raia de ser acordo com suas e0peri$#cias. /m augúrio pode se
forçado para um papel que eles #%o cabem. 6e fato, a tor#ar um fardo, um peso morto sob as costas de um
própria ra%o de se ter um augúrio, é que #um grau !arou trae#do<lhe sofrime#to, amargura e
m+stico isso é o papel da ida que é mais #atural e fi#alme#te corrupç%o — isso é bem erdadeiro em
realiador ao ser que o possui. As estrelas e os ciclos de relaç%o aos augúrios rigorosos tal qual a :ua 7heia.
#ascime#to #u#ca cometem erros. Além do que, #esses tempos desagrad&eis #%o
/m claro efeito colateral #isso é que a me#os que e0istem eid$#cias reais que :u#a, sempre um
ha*a algum fator prepo#dera#teme#te i#comum prese#te esp+rito caprichoso, realme#te co#heça o melhor #o
#a situaç%o 3tal como doe#ça me#tal, m&cula da W=rm des+g#io das trilhas da ida para suas cria#ças
ou sofrime#to catastrófico5 um !arou pode, 8s ees, metamorfas. - mesmo se ela fosse, bem, a grama do
e#co#trar realiaç%o ge#u+#a em carregar os deeres de ii#ho sempre parece ser mais erde.
seu augúrio. > literalme#te o propósito para que ele foi A pol+tica dessa muda#ça pode ariar ta#to
criado e #ada #o u#ierso trar& t%o profu#da satisfaç%o e qua#to alguém possa imagi#ar — as tribos
orgulho dig#o em ser um e0emplo para seu sig#o lu#ar. co#seradoras $em isso como um aba#do#o
Um Augúrio é uma profis são . 7ertame#te #%o é blasfemo do deer, *& as mais moder#as e#caram
ape#as uma profiss%o, mas esse é o melhor po#to de como uma Descolha pessoalE sobre o modo de er as
partida mu#da#o. Se uma tribo é compar&el a uma et#ia coisas — e os @oedores de Ossos, como de costume,

a#acarreira
ida real, e#t%o oAssim
escolhida. augúrio se iguala
como i#timame#te
e#ge#heiros, com
professores realme#te
os #%o d%o afae#do
!arous estierem m+#imaalguma
import?#cia
coisa dee#qua#to
útil para
ou policiais, membros de um augúrio compartilham uma defe#der !aia co#tra a W=rm. -#treta#to, a
ocupaç%o e um co#*u#to comum de per+cias, da#do<lhes di#?mica social do perso#agem muda para sempre
certo coleguismo e e#te#dime#to com os outros de sua para aqueles que co#hecem sua decis%o. A is%o dos
classe. /m !arou #ecessita trei#ar #os primeiros a#os lobisome#s sobre moralidade #%o é ta#to uma
para cumprir o papel que seu augúrio reserou para ele" dicotomia de bem e mal como é de #atural e #%o<
e#qua#to algumas tribos particularme#te #acio#alistas #atural — e o que pode ser mais #%o<#atural que
quebram esse modelo, #o geral filhotes recebem muito de re*eitar um papel que a própria :u#a lhe reserou2
seu trei#ame#to de um grupo de seu augúrio, #%o de sua (al arrog?#cia cosmológica é ista por muitos
tribo. /m !alliard precisa apre#der as le#das, um tradicio#alistas como uma fraquea dos homi#+deos
Ahrou# precisa domi#ar cada aspecto da arte da guerra e moder#os — e essa idéia é suste#tada pelo fato de
um (heurge precisa apre#der as formalidades dos mu#dos que muito poucos lupus mudam de augúrio, mesmo
espirituais. compara#do com o mi#úsculo #úmero de !arou que
Um Augúrio é uma mentalidade. 1isto que o deer o faem.
est& i#culado a tudo que o co#some, um sig#o lu#ar de /ma boa a#alogia para muda#ça de augúrio #a
um !arou molda sua is%o do mu#do. Para um Ahrou#, sociedade !arou é a muda#ça de se0o #a sociedade
o mu#do é feito de coisas que ameaçam !aia, o caer#, huma#a — é amplame#te dr&stico, i#compree#dido
sua matilha e a ele mesmo" o (heurge ao i#és disso $ o e estigmatiado socialme#te. '%o importa o qu%o
mu#do como uma série de mistérios a serem i#estigados, dogm&ticos ou tolera#tes se*am os po#tos de ista de
co#templados, compree#didos e fi#alme#te e0plorados. um !arou, e0iste alguma coisa profu#dame#te
!alliards, atraés de seu estudo de co#tos le#d&rios, i#quieta#te para eles sobre alguém decidir assumir
começam a er o mu#do como algo io, uma história que sabe mais do que os 7elesti#os sobre o que é
em eoluç%o, ao passo que o Philodo0 $ esse co#*u#to melhor para si mesmo, e re*eitar suas decis)es sobre
pera#te os termos de respo#sabilidade, *ustiça e seu desti#o. A #ecessidade de alguém trocar de
reer$#cia. ;sso #%o quer dier que os augúrios se*am augúrio #%o é #ecessariame#te ética ou moralme#te
#ecessariame#te uma r+gida doutri#a para os !arous — errada — mas isso #%o sig#ifica que os !arous #%o
muito pelo co#tr&rio, de fato. Por ter uma perspectia achem que se*a.

14 Livro dos Augúrios


defi#ida sobre o mu#do e uma compree#s%o fi0a de seu amadurece#do de#tro de seu papel e ee#tualme#te se
lugar #ele, o !arou recebe uma facilidade maior para tor#a#do co#fi&el para a 'aç%o !arou. Lobisomem é de
bala#cear seu *ulgame#to e a clarea de seus atos, do que muitas ma#eiras um *ogo sobre e#co#trar seu lugar e
se ele fosse de uma cultura i#diidualista de auto< apre#der a ser aceito pela sua sociedade, se#do essa
defi#iç%o. @eco#hecidame#te, algumas ees esse *or#ada fu#dame#tal para a represe#taç%o do augúrio #o
*ulgame#to simplesme#te se amo#toa e se tor#a um *ogo. 9as #em todo !arou age de acordo com as
problema pra os especialistas — um !alliard 3reco#hecidame#te seeras e rigorosas5 dema#das de seu
#ormalme#te ir& e#co#trar um (heurge qua#do augúrio. -#t%o, o que faer com os !arous que falham2
co#fro#tado com um mistério espiritual — mas o fato é -#tre os @oedores de Ossos, 9argaret D9agsE
que os augúrios s%o uma das coisas que os permitem A#darilha<dos<Gecos #%o apre#deu #e#huma liç%o mais
sobreier com a te#acidade que possuem. profu#da do que a *ustiça é uma piada" como ela pode
Um augúrio é uma origa!ão. Os !arous possuem impelir um Philodo0, qua#do ela #u#ca iu um por si
uma profu#da ligaç%o pessoal com sua matilha ou seu mesma para crer que ele e0iste2 Sa#gre#to é um Ahrou#
totem de seita, mas seus laços com :u#a, por serem mais que tem iido luta#do por !aia, ai#da que ele #%o
+#timos, s%o mais fortes. A própria lua é uma profu#da compree#da isso. Agora, ele luta ape#as por sua glória
imagem eocatia para o !arou — isso #%o ape#as pessoal, usa#do sua força f+sica superior para domi#ar
abastece a sua Fúria" isso reafirma seu lugar #o u#ierso, cada um ao redor dele. Sama#tha 6uas<Hrores é uma
da#do<lhe força para co#ti#uar luta#do #um mu#do bru0a #o se#tido cl&ssico — para ela, os esp+ritos s%o um
deastado e simbolia sua própria olatilidade, sua recurso a ser usado e abusado, se#do assim ela ma#tém
#aturea mut&el. Se !aia é um +dolo de adoraç%o, a todos ao seu redor ig#ora#tes de seus mistérios, assim
irgem imaculada sob cu*o esta#darte os !arous lutam, como ela acha que um bom (heurge faria. Piotr 1o<dos<
e#t%o :u#a é como uma #obre susera#a, madri#ha de :e)es $ a erdade ape#as como um sig#ificado para um
criaç%o e ama#te passio#al de todos protegidos por ela. fim" a promoç%o dos Presas de Prata e a calú#ia de
Os lobisome#s se#tem um i#cr+el pare#tesco e deoç%o quaisquer tribos que buscam tomar seu poder. Woe pode
para com ela, e simplifica#do, a erdade é que e#qua#to ser um @oedor de Ossos busca#do @e#ome em seu caer#
os tote#s d%o 6o#s úteis associados com uma proibiç%o, !alliard" ele é mais traiçoeiro que um Sa#guessuga
:u#a d& a eles a erdadeira ess$#cia de suas #atureas a#ci%o.
metamorfose, Fúria e todos os poderes do Augúrio. (odos esses co#ceitos s%o &lidos e i#teressa#tes
O custo desses 6o#s impressio#a#tes é um terr+el para um *ogador, mesmo que se*am rarame#te membros
fardo, um deer que #u#ca ir& ter fim, mas #%o me#os ideais de seus augúrios. > apropriado *ogar com um
cheio de/m
!arous. uma!alliard
alegria #u#ca
e#tusi&stica
dei0ar&pela maioriaoudosa
o legado perso#agem
algumas comoque
coisas esses2 Semprecisa
oc$ dúida ter
— mas
em e0istem
me#te.
sabedoria de seus a#cestrais serem esquecidas. /m Lobisomem é um ce#&rio o#de o carma é uma força real,
Philodo0 preserar& a *ustiça e a tradiç%o até seu último
ao me#os e#qua#to os débitos para com os esp+ritos
suspiro, se preciso for. /m Ahrou# literalme#te dar& sua
forem pagos — e aqueles que quebram suas promessas 3o
ida para defe#der !aia qua#do a #ecessidade surgir. que esse#cialme#te o augúrio é5 ee#tualme#te ir%o
Além disso, eles est%o repara#do um débito t%o pesado receber a isita deles. 9esmo sem isso, a #ecessidade
qua#to aquele se#tido pelos huma#os para com seus dram&tica pede que os traidores e per*uros
ab#egados pais amados. 7omo os caaleiros medieais, oco#seqIe#teme#te paguem pelos erros. 1ia*ar por uma
ideal de deoç%o dos !arous ao seu orde#ado deer é meteórica derrocada até a corrupç%o e a loucura pode ser
absoluto. > claro, o 9u#do das (reas est& lo#ge do ideal
uma idéia fasci#a#te, assim como cami#har pelo limite
e e0iste um #úmero cresce#te de !arou que traem seu do precip+cio a#tes de ser esbofeteado #o rosto pelos seus
deer de um modo ou de outro. (ambém como os pecados e chorar por sua rede#ç%o #a espera#ça de que
caaleiros medieais, a ades%o dos deeres de um augúrio
#%o se*a tarde demais.
é muito estiliada e formal #a cultura !arou. O sistema O que realme#te #%o é tematicame#te apropriado
de @e#ome demo#stra o gra#de impacto que o augúrio para Lobisomem, por outro lado, é esperar que seu
tem #o prest+gio de#tro da sociedade !arou e o 'arrador
perso#agem possa ma#dar 8 merda as suas obrigaç)es
que dese*e e#fatiar os aspectos caalheirescos dos espirituais e Jsair limpo dessaJ ai#da por cima, história
augúrios deeria aplicar seerame#te as perdas de após história. Afi#al de co#tas, que tipo de história seria
@e#ome por alguém a agir fora de seu augúrio. 9acbeth se o sa#gre#to casal termi#asse o co#to como
i#co#testados por toda a -scócia, sem as co#seqI$#cias2
Falhando com seu Augœrio Gasicame#te, #este caso, se oc$ quer *ogar com um
perso#agem que trai seu augúrio, este*a preparado para as
9uito #esse liro é direcio#ado para abra#ger os co#seqI$#cias de ser uma figura tr&gica e #%o eite o
deeres de um lobisomem de um dado augúrio e como ele fracasso 3como um *ogador5 qua#do ele em. Ao i#és
pode se ali#har a ele. A suposiç%o #atural ser& que o disso, abrace<o, e reire<se com todo o drama arde#te da
*ogador ir& *ogar com um perso#agem que te#ta agir de ru+#a de seu perso#agem 3ou rede#ç%o humilha#te5 que
acordo com seu augúrio, apre#de#do com seus erros, puder. Ape#as #%o espere a recompe#sa do 'arrador pela

Introdução: Amados por Luna 15


sua traiç%o auto<imposta — que #%o é a tem&tica de ser impositias — elas prete#dem for#ecer i#spiraç%o,
Lobisomem. #%o limitaç)es. Ao ler a sess%o sobre os arquétipos dos
> claro, a repree#s%o que em com qualquer tipo de (heurges, por e0emplo, oc$ pode reco#hecer seu
forte muda#ça emocio#al se aplica aqui também te#ha próprio perso#agem ou, se #%o, e#co#trar uma direç%o
certea que oc$ #%o este*a aacalha#do demais e que possa se adequar aos seus pla#os para o dese#ol$<
i#terferi#do com a i#terpretaç%o dos *ogadores. lo. (ale muitos arquétipos chamem sua ate#ç%o e for*ar
Lobisomem #%o é ape#as um *ogo sobre um #%o< uma am&lgama deles é mais i#teressa#te que uma is%o
huma#o, mas sobre cultura social que acredita #a especialiada. 'o fim, esses arquétipos s%o ape#as peças
obrigaç%o do i#di+duo para o bem maior — é um *ogo de de mo#tar, #ada mais.
grupo, que t$m que se diertir como um grupo. -#t%o leia o liro e compartilhe isso com seus
*ogadores. ;magi#e o qu%o perto oc$ quer chegar do
Como Usar Esse Livro membro ideal de seu augúrio, e o qua#to oc$ quer ser
mais realista do lobisomem padr%o #ascido sob seu sig#o
O Livroquerer
um poderia
dos Augúrios tem a estrutura que qualquer
— cada cap+tulo detalha um augúrio,
lu#ar. Procure #a i#ter#et um daqueles programas que
diem a oc$ a que sig#o lu#ar oc$ perte#ce, se quiser.
das ge#eralidades de propósito até as ariaç)es de cada 7om espera#ça, oc$ ir& e#co#trar alguma coisa #oa
tribo, até o a#e0o de #oos 6o#s e outras regras sobre o augúrio de seu perso#agem que ir& adicio#ar um
apropriadas para cada sig#o lu#ar. ;sso é amplame#te #oo eleme#to ao seu *ogo.
auto<e0plicatio. - se tudo der errado, é claro, e0iste sempre o @itual
A i#formaç%o co#tida #essas p&gi#as #%o prete#dem de @e#ú#cia...

16 Livro dos Augúrios


Introdução: Amados por Luna 17
A natureza nunca faz uma tolice; quando ela cria um tolo,
era essa a intenção.
— Josh Billings

Instru‹o rapidamente para escutar. $N2s temos uma forte


tradição de ensinamento aqui na 8eita da 3enção de
3ridet, e essa é uma hist2ria de aprendizado e de
Nenhuma luz da lua brilhava no caern, e apenas lições. 6uitos de voc's sem d9vida pensam que o )ovem
os olhos brilhantes da multidão reunida brilhavam na 3rilho0nos0:lhos reuniu sua sabedoria primeiro aos
luz das tochas. As coisas aconteceram como de pés de um +ua 6inuante, como ele pr2prio.( la deu
costume na assembléia, com cerimônia, canções e uma r&pida olhada para sua companheira lupina, que
bebidas. Aora vinha uma das melhores partes, pelo sorriu, sabendo o que estava por vir. $u estou aqui
menos na cabeça da maioria dos !ianna" o conto. #m para dizer que por suas pr2prias razões, seu primeiro
dos lupinos cutucou sua companheira de matilha com l5der de seita o entreou a um dos +ua Nova, da tribo
um nariz elado. dos 7oedores de :ssos. u ve)o d9vidas em seus olhos.
$%& em frente. %oc' conta.( -orque um s&bio 6eia +ua faria alo tão tolo : que
A )ovem *ançarina da +ua deu de ombros. $u poderia aluém que tem fama como questionador e
não sei. -arece que precisa de mais aluns detalhes, rebelde ensinar a um filhote cu)o destino era via)ar,
e...($onte,( e/iiu sua companheira, uma loba de cantar
A e*ançarina
contar nossas
da lendas(
+ua se sentou, todos os olhos
p'los marrom0amarelado com olhos castanhos. $1 sobre ela. $ntão ouçam, e eu tecerei o conto.(
aora. A lua est& nova. onte a hist2ria.(
$3em... tudo bem.( A 4alliard então se levantou, Na Escurid‹o da Lua
e seus companheiros de seita olharam para ela. Ian acordou com o cutucão incômodo de um bico
$u tenho um conto para compartilhar,( ela afiado da bota de vaqueiro em suas costelas. Piscando
começou, $um sobre nosso s&bio l5der, quand o ele era contra o sol que entrava pela janela, ele viu Andrea em
apenas um filhote, recém sa5do de sua -rimeira p, pr!"ima a ele. #roga, ela nunca dorme$ %oite
6udança, ainda cheirando a leite(. 7isadas passada, ela contou piadas ao redor da fogueira at altas
apareceram na multidão, mas elas se encerraram horas, e nessa manhã, parecia que ela nunca tinha sequer

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 19


tirado um breve cochilo. &le resmungou. pe4as$( Ian tentou se esfor4ar para lembrar as coisas que
'#e p, garotinho,( ela riu, seu sotaque te"ano havia aprendido antes de seu 5itual de Passagem, mas ele
acertando suas orelhas. ')ue fracote. *enha, n!s temos não se lembrava de nada.
coisas pra fa+er, pessoas para encontrar, lugares para Andrea consentiu. '%ada mal. Isso certamente 
visitar.( parte do que significa ser um ?ua %ova. -as  uma
'nhhh. )ue horas são$( Ian resmungou. pequena fra4ão do todo. Pegue o seu pr!prio aug@rio, por
'-ais de meiodia, e voc/ teve pelo menos quatro e"emplo. 9odos os 7alliards são m@sicos$ #e jeito
horas de sono. Acorde.( 0 p o cutucou novamente, nenhum. #a mesma forma, nem todos n!s somos
muito mais severo agora. 1#eus, eu j2 ouvi que os 3ianna comediantes.(
eram um bando de b/bados pregui4osos, mas voc/ ganha 'Aqui vai uma hist!ria para voc/, o nascimento do
de todos, garoto.( primeiro 5agabash. 2 muito tempo, quando o mundo
Ian sentia um breve fio de raiva, mas o dei"ou de era jovem e tudo mais, 7aia ficou entediada. &la tinha
lado. <erto, eu levanto, eu levanto.< &le se pôs de p e feito as coisas que queria, mas tudo era muito perfeito.
esfregou o sono de seu rosto. ')ue porcaria  tão )uem  aquela que as 3@rias %egras estão sempre
importante assim para acordarmos tão cedo$( A falando... oh, sim, Arachne. 0 fato , quando algo 
5agabash se pôs a pensar sobre a no4ão de 'cedo( do falho,  uma afronta  nature+a. Assim, 7aia decidiu,
jovem. junto com sua amiga ?una, que os lobisomens nascidos
'm passeio pela cidade. %osso ilustre l6der te sob a lua nova iriam simboli+ar as pessoas que tentam ser
entregou a mim esse m/s, e  hora de voc/ come4ar a perfeitas, enfe+adas, impressionadas consigo mesmo, e
aprender algumas coisas sobre a vida.( recebem um bom chute no traseiro.(
0 jovem parecia confuso. '&u não entendo. &u '&u pensei que a honra da imperfei4ão fosse dos
achei que iria come4ar o aprendi+ado com outro 7alliard. impuros(, Ian observou secamente. -arece que ela tirou
8em ofensas,( ele adicionou rapidamente, 'mas voc/ não essa hist2ria de paredes de banheiros , ele pensou
nasceu na mesma lua que eu. &ntão, porque voc/ vai me consigo mesmo.
ensinar$( Andrea balan4ou a cabe4a. 'Pare de interromper o
A 5agabash riu. '9alve+ eles tiveram pena de voc/ e meu conto. *oc/ pode ser o 7alliard, mas eu ainda estou
dei"aram as milh:es de can4:es, dan4as e cantos para acima de voc/. 0nde eu estava$ 0h, o prop!sito dos ?ua
depois. 0u pode ser que eles querem te torturar um %ova. ;erto. #e forma geral, n!s somos o que se
pouco, dei"ando voc/ nas mãos minhas e de meus chamam de Cquestionador de modosD. %!s levamos um
companheiros. ;aralho, eu não sei. -as quando Bla+e d2 pouco de leviandade para a coisa toda, tambm. -eu
uma ordem,
esteja eu geralmente
claro que tento
ela não esteja obedecer,
pensando a não ser&que
claramente. eu #eus, n!s nos matar6amos
ocasionalmente. *oc/ e eusesabemos
não tivssemos nada
que  um para rir
trabalho
nunca vi isso acontecer.( &la jogou pra ele um moletom e srio ser um dos guerreiros de 7aia, mas muito dessa
um jeans no chão. '%ão que voc/ não seja bonito, mas severidade e outras baboseiras acabam com a nossa for4a.
não  o -ardi 7ras, e a pol6cia de %ova 0rleans talve+ %!s podemos tra+er a pa+, ou lev2la para outro lugar.
tenha algo a di+er sobre um adolescente pelado. &u te %!s podemos apontar falhas nos melhores planos dos
espero l2 fora.( Ahroun e dos -eia ?ua, e ainda assim salvar o rabo de
Ian balan4ou sua cabe4a e se vestiu. todo mundo no processo.(
Ian pensou por um minuto. '&ntão voc/s meio que
Comeo asseguram que as matilhas não se levem a srio demais
Ian não tinha imaginado que um lobisomem enquanto estão planejando e tomando decis:es.(
dirigisse um carro, mas Andrea o fe+, num feio e verde Andrea sorriu. '&"atamente. *oc/  um garoto
ervilha *ol<s=agen. &la estacionou na Pra4a Jac<son, brilhante. Pega as coisas r2pido.(
nem se importando em trancar as portas. 8em problemas,
pensou Ian> algum teria que estar louco para roubar algo Famosa Esperteza
tão horr6vel. 'Bem, eu acho que  melhor eu te apresentar a
'&u estou morrendo de fome. *amos comer alguma alguns ?ua %ova bem conhecidos, porque se voc/ não
coisa,( disse Andrea, e logo eles estavam mergulhados em puder responder um punhado de perguntas sobre hist!ria
grandes sandu6ches e bebendo mil<sha<es #i"ie e eventos atuais, serei eu quem estar2 em problemas.(
Blac<ened *oodos, sentados em um banco isolado, na Andrea terminou sua cerveja e jogou a garrafa no li"o.
margem do rio. '*enha, n!s vamos encontrar com um amigo meu. *oc/
'Bem, vejamos. &u acho que eu devo come4ar vai gostar dele, mesmo ele sendo um nerd.(
falando sobre mim. &u sou uma ?ua %ova, uma Ian caminhou junto a ela, absorvendo o ambiente da
5agabash. Isso voc/ j2 sabe. -as eu aposto que voc/ velha cidade. Parecia que havia mais do que seis meses
ainda não tem nenhuma pista do que  que estamos que ele viera aqui com seus pais, apenas para descobrir
fa+endo pelo nosso povo como um todo, tem$1 que havia mais em sua heran4a gentica do que ele
'h, eu acho que voc/s pegam leve com as coisas e pensava ser poss6vel. & muito mais imund6cie no mundo
param as brigas e coisas assim, certo$ & voc/s pregam do que ele podia lidar.

20 Livro dos Augúrios


'J2 leu A ai/a 6&ica$( perguntou Andrea, similar de trabalho est2 um dos seus 3ianna, com o nome
interrompendo seus pensamentos sobre o passado. de 8tuart Bro=n, apesar de que os lobisomens o chamam
'h, não posso di+er que j2 li,( disse Ian. de Perseguea*erdade. &le  um tipo de jornalista que
'Isso  ruim. &u encontrei uma c!pia na mochila de mostra algumas boas hist!rias sensacionalistas e
um pirralho riquinho nessa mesma rua. &le com certe+a conspira4:es de ve+ em quando.(
não estava lendo, então, eu peguei emprestado. -uito '& não se esque4a que ?una tambm nos ensinou a
bom, deveria ser uma leitura obrigat!ria para qualquer tradi4ão de interpretar o trapaceiro, mesmo que esse não
?ua %ova. &nfim, voc/ pode pensar nisso como sua seja o @nico modo de conseguir que as coisas sejam
jornada mitopotica. *oc/ não vai conhecer nenhum feitas,( disse &ddie. '&u ouvi muitas coisas sobre esse
cachorro chamado 9oc<, mas eu garanto que voc/ achar2 ancião Fendigo chamado Ataquedo9ouro.
as pessoas com que ir2 encontrar muito interessantes. Aparentemente, ele tem uma grande reputa4ão não
;ombust6vel para hist!rias futuras.( &les viraram em apenas como um malandro, mas tambm como algum
mais algumas esquinas e entraram em um beco. Andrea que possui um momento impec2vel. Alguns di+em que
bateu na porta de metal e aguardou. ns minutos depois, ele pode acabar com o seu ego, merecidamente, claro, de
a porta abriu com um rangido. Ian a seguiu no que forma tão esperta que voc/ não percebe at horas
parecia ser o controle de alguma missão da %A8A. depois.(
;omputadores ocupavam praticamente cada Andrea limpou uma mesa e se sentou, com as pernas
cent6metro quadrado do lugar, e o que os hard=ares não dobradas. '9ravessuras são parte do jogo, como Julisha
ocupavam, os papis tomavam conta, junto com uma das -il -2scaras pode lhe di+er. &la  uma 3@ria %egra
substEncia seca, que cheirava como pi++a velha. 0s africana que, aparentemente, nunca apareceu da mesma
computadores não eram os normais que se v/ por a6, e forma duas ve+es. &la  surpreendente como uma
sim grandes servidores com v2rias lu+es piscantes. Ian vigarista. Algum que eu odiaria conversar  com esse
conseguia manusear um computador comum, mas não ;ria de 3enris chamado 8tigghalf )uebradorde0ssos,
esse tipo de coisa. 0 quarto retangular era escuro, com as ou algum traval6ngua pr!"imo disso. Para ele, perguntar
paredes cobertas por jornais e artigos de revistas. Ian como os lobisomens se comportam  pedir por uma briga
observou o sujeito que se apro"imou, vindo do outro lado com quem quer que esteja ao seu redor.(
do escrit!rio, se  que se podia chamar disso. 8eus 'Poupeme dos ;rias e de seus modos,( interrompeu
cabelos brancos engrenhados e seus olhos rosados o &ddie. '*oc/ tambm precisa falar pra ele sobre aquele
identificavam como um impuro, e sua escassa aprecia4ão outro maldito escandinavo, *igiados-ortos. m ?ua
pelos seus convidados era incômoda. &le dei"ou Andrea %ova, talve+, mas ele ficou maluco, se voc/ entende o
dar um r2pido
'Ian, beijo um
conhe4a em sua bochecha.
amigo de muito tempo, &duardo. que quero
Andreadi+er, e deusua
limpou trabalho para';erto,
garganta. toda a tribo.(
eu não disse
&ddie, este  meu mais novo fardo, Ian. &ddie  um que eles eram perfeitos. & antes de voc/ tra+er isto  tona,
Andarilho do Asfalto,( ela completou. 'm 5agabash, eu sei que os pobres Peregrinos 8ilenciosos tinham um
como eu.( dos seus enlouquecido tambm. &les o chamam de
'*oc/ poupou as melhores partes$( perguntou o Abnatha o 5isonho. -as olhe, são apenas dois de uma
Andarilho do Asfalto. 8ua vo+ era alta e estridente. lista inteira de ?ua %ova her!icos.(
'Porque se voc/ tiver come4ado os detalhes sem mim...( *oc/ pode di+er que aquele 5agabash 7arra
'%ah, nada de importante. Apenas algumas coisas *ermelha, Pata9orta,  são, Andi$( replicou &ddie.
sobre ?una. &u guardei as hist!rias sobre os her!is ?ua '%ão, mas considerando por tudo o que os 7arras
%ova e as coisas tribais para quando voc/ estivesse *ermelhas t/m que passar. & Pata9orta  um impuro,
conosco.( para come4ar. Por isso ele  um pouco e"tremo. Pelo
&ddie acenou com a cabe4a. 'Bom, bom. Bem, menos ele est2 fa+endo algo, mordendo os traseiros dos
vamos come4ar. &u tenho certe+a e aposto os meus dois lobos e os envolvendo. &u não me importo de um pouco
centavos que voc/ est2 estragando tudo.( de crdito ser dado a ele por isso.( &la bufou com raiva.
Andrea levantou os olhos. '9udo bem. )ue seja. &u '-uito obrigada, eu perdi completamente minha linha
quero lhe falar sobre alguns nomes para voc/ saber, de racioc6nio.(
alguns bons, outros ruins. 0s primeiros de minha lista  &ddie sorriu. '&ntão me dei"e participar da
um 5oedor de 0ssos —( conversa. 8e não mencion2ssemos ;eleste Percorrea
'Imagine,( murmurou &ddie. &spiral5eversa, nossa amiga Gophia se magoaria. ;eleste
')uem est2 falando agora, hein$ ;omo eu di+ia, supostamente  uma Presa de Prata que arrebenta, srio.
antes de ser rudemente interrompida, um dos ?ua %ova &la  famosa no mundo todo, e algumas pessoas di+em
mais conhecidos da minha tribo  um cara de que ela destruiu um caern infestado pela FHrm so+inha.
Fashington chamado #entes )uebrados. Alguns &u adoraria conhec/la. #e qualquer forma, n!s
5agabash, como voc/ vai notar, assumem o lado pol6tico, provavelmente dei"amos de lado alguns famosos ?ua
e eu reconhe4o que ele tem muita e"peri/ncia. &le %ova, mas a6 estão alguns para voc/ come4ar, caso voc/
trabalha junto com comit/s de a4:es pol6ticas assim sinta o desejo de criar uma can4ão ou algo do tipo. 0 que
como com sindicalistas protestantes. &m uma linha eu quero que voc/ lembre  que mesmo estando em

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 21


poucos n@meros, n!s somos tão importantes quanto possibilidades. *eja, n!s somos uma ra4a que est2
qualquer Ahroun.( encolhendo. %ão precisamos cometer erros e nos
Interpretando o Papel matarmos, não agora.(
'Alm disso, não vamos nos esquecer da parte
'*oc/ gosta de filmes, garoto$ J2 assistiu o 7uerra humana de nossas nature+as,( ele continuou. '&u hesito
nas &strelas srcinal$  algo antigo agora, então at chamar alguns dos humanos de her!is e divindades
mesmo alguns anci:es j2 ouviram falar> eles não vão com trapaceiras, por si. Alguns deles eram apenas
freq/ncia at esse tipo de coisa, veja bem, porque  surpreendentemente espertos. 9alve+, pensando neles
muito dif6cil para a maioria de n!s sair por a6 ap!s a como uma for4a de mudan4a, um elemento de caos em
Primeira -udan4a. %ão h2 d@vidas de que an 8olo uma cultura est2tica seja uma analogia melhor. Alguns
seria um 5agabash. Ahhh, que sujeitoK &le tinha desses personagens sa6ram de lendas, e provavelmente
coragem, esperte+a e apar/ncia para detonar. Bem, como possu6ram um fundamento. 0utros eram, talve+,
ele, muitos de n!s, ?ua %ova, são ardilosos. %!s inven4:es da mente humana como uma forma de
desfrutamos da intelig/ncia e nunca dei"amos as pessoas e"plicar o ine"plic2vel. #e quem eu estou falando$ Bem,
saberem o que vamos fa+er em seguida. Isso fa+ com que e"istem os caras em espec6ficos, dos quais falaremos mais
todo mundo fique alerta. & o que aposto que Andi não te tarde, como ?o<i das sagas n!rdicas, 0disseu dos mitos
contou  que n!s ajudamos a servir como v2lvula de gregos e o ;oiote dos 6ndios americanos. -as alguma ve+
escape para a vol2til nature+a de nossa sociedade. 0 que voc/ ouviu falar do 8r. Aranha$ &le  da Mfrica
eu quero di+er com isso$  simplesL quando um ocidental, e os descendentes desses povos espalharam
lobisomem se empolga, s ve+es leviandade  necess2ria seus nomes para os Nndias 0cidentais e na Amrica do
para redu+ir a pressão, ao invs de toda essa raiva ser solta 8ul. 0 8r. Aranha tem muitos nomes, como Anansi ou
sobre um Parente ou em algum inocente. m 5agabash AnnencH. &le fa+ trapa4as, com certe+a, mas  mais
pode ajudar a ameni+ar o ambiente e a manter as cabe4as conhecido por sua sabedoria e criatividade. Aqui est2 um
frias. %ão ache que para isso não seja necess2rio nervos mote, CA sabedoria da aranha  maior do que a de todo o
de a4o. Alguma ve+ j2 esteve entre dois Ahroun que mundo junta.D & isso est2 diretamente ligado com os
estavam prontos para rasgarem um ao outro sem contos do 8r. Aranha.(
nenhuma ra+ão$ &u j2, e apesar de não ter sido muito 'm de meus favoritos  anuman, o #eus
divertido para mim, certamente me mostrou outras -acaco(, disse Andrea. 1&le  o e"plorador definitivo e

22 Livro dos Augúrios


tem uma importante posi4ão no leste, em terras tão m 5agabash  de grande ajuda em fa+er o ;onselho ver
diversas quanto a ;hina, Nndia e Japão. As maiores todos os lados de um problema. Alm disso, um 5agabash
habilidades de anuman são sua coragem e vontade de pode ajudar um Ahroun que est2 servindo como *igia,
tentar qualquer feito, sem importar quão selvagem ou atuando como um 7uardião> ele pode ser os olhos e
perigoso, para ajudar seus amigos.  um bom e"emplo ouvidos do ?ua ;heia quando patrulha. #a mesma
para seguirmos.( forma, os ?ua %ova são bons Inimigos da FHrm e *igias
&ddie bateu sua caneta nos dentes e sentouse em da 9erra.(
uma cadeira quebrada. ';erto, de volta aos nossos egos 'Para um 5agabash com uma certa quantidade de
espirituais. &u tambm deveria mencionar toda a idia charme e racioc6nio, sempre h2 o papel de *igia do
por tr2s dos ciclos crescentes e minguantes da lua. A Portão,( acrescentou &ddie. 'Algumas ve+es, eles acharão
verdadeira lua nova não  nenhum dos dois —  uma mais f2cil encontrar e entrar em acordo com outras seitas
noite de ciclo minguante, uma noite da 'verdadeira( lua e outros lobisomens devido ao fato deles serem ps no
nova e então uma noite do ciclo crescente, j2 que ?una chão e comunicativos. Agora, algumas matilhas nos
come4a a crescer novamente.  claro que  imposs6vel dei"am de p/los em p devido a sua reputa4ão de pregar
di+er o que a lua nova est2 fa+endo> voc/ tem que pe4as, mas n!s temos mais no4ão em não fa+er isso
conhecer todo o ciclo. -as os 9heurges geralmente enquanto agimos como liga4ão com outras seitas.(
sabem di+er, e são r2pidos em di+er em que ciclo se
encontra a lua quando um dos nossos nasce. 0s nascidos A Alma da Matilha
quando o ciclo não est2 nem crescendo nem minguando, ')uando dentro de uma matilha,( continuou
são os 5agabash 'mais puros(, ou assim di+em os Andrea, 'o 5agabash geralmente tem que agir como um
9heurges — sem tend/ncias para agir em qualquer 2rbitro. At mesmo os melhores companheiros de
maneira. 8e voc/ for como Andi, um 5agabash do ciclo matilha brigam e discutem, e de uma boa quantidade
crescente, voc/ tem a reputa4ão de ser do tipo feli+, do disso  saud2vel. -as isso pode ultrapassar os limites
tipo que se mantm bemhumorado, o que pode ser um muito r2pido. %!s podemos dar um pu"ão nos
problema se voc/ estiver tentando levar uma questão encrenqueiros e dei"ar que o l6der da matilha, ou o
sria aos anci:es. )uanto a mim, eu nasci no ciclo Philodo", cuide dos detalhes. Alm disso, manter os
minguante, e injustamente, eu devo di+er, n!s somos esp6ritos dos membros da matilha elevado  um trabalho
considerados a ter um tipo de visão seca e deprimida importante. 8em d@vida  trabalho do ?ua -inguante
sobre as coisas, algo como &d=ard 7oreH. ;omo um ?ua cantar e fa+er todos saudar as hist!rias, mas se todos estão
%ova disse tão eloquentemente uma ve+, um 5agabash deprimidos, n!s podemos alegr2los tambm.(
do ciclo
uma crescente
cat2strofe compode avisar
grandes o l6der
doses de seitamas
de humor, a impedir
um do 'm dever
a lembrar maistempos
os bons triste que
dos os
que?uaca6ram
%ova ap!s
t/m uma
ajudar
ciclo minguante iria levar muito tempo para descrever batalha,( suspirou &ddie. ' natural e correto que n!s
cada possibilidade devastadora antes de di+er que as fiquemos de luto, mas não at um ponto em que n!s nos
coisas não são tão ruins quanto parecem. %ão  a mais desesperamos ou esquecemos porque ainda estamos vivos.
pura verdade, mas essa  a hist!ria que voc/ ouvir2.( Algumas ve+es, somos n!s, os 5agabash, que temos que
chutar o traseiro de nossos companheiros de matilha que
O Cora‹o da Seita estão com o cora4ão partido, para que levantem e
Andrea notou a chance e entrou na conversa. 'Bem, continuem a viver.  muito dif6cil fa+er isso quando voc/
&ddie tem um certo jeito com as palavras. Bem, dei"eme tambm quer se deitar e chorar. -as a vida continua. 8e
di+er a voc/ um pouco sobre o que os 5agabash fa+em na n!s pudermos nos lembrar dos bons momentos das
seita. *oc/ j2 esteve em algumas assemblias, participou pessoas, isso ajuda a superar a dor e a triste+a.( &le sorriu
de alguns rituais. *oc/ sabe como essas coisas são para Ian. '&spero que demore muito at que voc/ tenha
importantes para n!s. -as voc/ provavelmente viu que se preocupar com isso.(
bastante do que acontece nas nossas cerimônias
condu+idas pelos 9heurges, 7alliards e -eia ?uas.( ånulos
'8im, eu estava justamente me perguntando isso,( 'Bom, vamos agora come4ar a falar sobre as tribos.
disse';laroK
Ian. 'm 5agabash
Para ser maispode ter um
preciso, elescargo na seita$(
podem possuir &u
queacho
ele que ele sabe
saiba os nomes
alguma coisae tudo
sobremais,
os mas
?uaeu%ova
quero
praticamente qualquer cargo, mas  um pouco raro v/ especificamente,( disse Andrea.( '*2 em frente, &ddie,
los como 7randes Anci:es, -estres de 5ituais, -estres isso  o que voc/ queria fa+er. Por que não come4a com
do ivo, ;onjuradores da FHld, ;a4adores da *erdade as 3@rias$( &ddie deu a ela um sorriso malandro.
ou -enestris. 9odos esses cargos são melhores
adequados para os 7arou nascido para apoiar certas F!rias Neras
tradi4:es, e não para for42los.( As ?ua %ova das 3@rias %egras muitas ve+es
'h, então o que sobra$( perguntou Ian. parecem ser muito depressivas. Algumas acham que por
'-uita coisa. %ormalmente, um ?ua %ova de posto terem nascido sem a lu+ de ?una, elas precisam descobrir
avan4ado assume uma cadeira no ;onselho de Anci:es. o que elas fi+eram para terem a desagradado, então, elas

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 23


passam muito de seu tempo tentando consertar qualquer eles questionam a idia de que a que pa+ ou negocia4:es
coisa que tenham feito errado. A 3@ria tambm parece são respostas necess2rias para o que quer que se tenha em
mais prop6cia  mudan4a do que a maioria das ?uas mãos. J2 viu um 3ilho de 7aia defender a guerra$ &u j2> 
%ova. 9alve+ por que sua perspectiva de protetoras de mais uma coisa para se ver quão afiado pode ser o chifre
todas as f/meas, elas tenham muito a mudar. &u nunca do nic!rnio. & com um bom 5agabash defendendo o
passei muito tempo com qualquer 3@ria, para ser honesto caso,  assustador ver os outros 3ilhos concordando com
— eu sempre as dei"o nervosas — mas eu ouvi di+er que seus argumentos.(
elas podem ser mais cruis do que suas companheiras de
tribo. )uando uma Ahroun simplesmente rasgaria um
Fianna
estuprador, a vingan4a de uma 5agabash ser2 certamente '*oc/ j2 conhece um 5agabash de sua pr!pria tribo,
prolongada, mais dolorosa e com menos ind6cios de um Ian$( &ddie perguntou. 0 jovem 3ianna balan4ou
ataque de lobisomens. &las dei"am suas presas loucas negativamente sua cabe4a.
antes de mat2las, caso a desafortunada v6tima não tirar '%ada bom. &les t/m um trabalho ra+oavelmente
sua pr!pria vida antes. interessante,
m embora
termo veio nãodaseja
at n!s o @nico
hist!ria que eu eaprecie.
BritEnica, esse 
"oedores de Ossos Ccriador de reisD. 0s ?ua %ova 3ianna tem como um de
'Agora, dei"eme contar um pouco sobre a tradi4ão seus deveres, observar seus anci:es e mant/los em alerta.
5agabash de minha tribo,( interrompeu Andrea. '%!s 0s mais famosos, ou assim  dito, podem criar ou
temos muitos ?uas %ova infames e amantes de diversão, derrubar os maiores l6deres apenas questionandoos e se
juntamente com ladr:es, batedores de carteiras, patifes e intrometendo. Alguns golpes bem colocados, podem
vagabundos. -as embora voc/ não os veja muito, por gerar d@vidas e, bem, um l6der deveria estar acima de
ra+:es !bvias, um 5agabash 5oedor de 0ssos reprova4:es. %ão que aqueles que ca6ram, não
frequentemente  um artista do subterf@gio e da merecessem por isso, naturalmente.(
furtividade. %!s somos grandes espi:es em territ!rios '*oc/ provavelmente tambm conheceria um
inimigos e fa+emos um e"celente trabalho de 5agabash de sua pr!pria tribo em tempos de guerra,(
reconhecimento. Isso tudo  parte de facilitar o trabalho completou Andrea. ')uando voc/ come4ar a aprender
dos ?ua ;heia e dos -eia ?ua. &les são respectivamente um milhão de hist!rias que eu lhe disse antes, eu estou
os melhores m@sculos e os mais refinados estrategistas . certo de que uma grande parte delas ser2 sobre coisas
%ão discutimos isso. -as sem informa4:es inteligentes, inteligentes que os ?ua %ova dos 3ianna fi+eram atravs
os melhores planos vão direto para a lata de li"o.( das eras.(
'%ão esque4a os ativistas tambm, Andi,( disse
&ddie. '&sses garotos podem se rivali+ar conosco nesse
aspecto. &u sei que a maioria dos lobisomens evita se Crias
'&ude
sereiFenris
o primeiro a admitir que acho os ;rias de
envolver nos assuntos humanos, mas os 5oedores e 3enris um pouco, ah, e"tremistas,( e"plicou Andrea,
Andarilhos são duas e"ce4:es. Pense em qualquer grande ignorando o bufar de &ddie. '-as eles são o que sãoL
revolu4ão, e voc/ pode apostar que um 5oedor de 0ssos totalmente dedicados a destruir seus inimigos, da forma
observava bem de perto, no m6nimo.  algo que os Presas que puderem.  por isso que eles não consideram um
de Prata não pensam, saca$( 5agabash sorrateiro como uma coisa m2. Apesar do que
&ddie aqui pode di+er, meus companheiros t/m muito em
Filhos de #aia comum com eles quando se trata de um trabalho de
'Agora, eu não pretendo ser injusto ou indelicado,( reconhecimento. &les são e"celentes estrategistas, que
come4ou &ddie, enquanto Andrea recuava, 'mas os ?uas nem sempre t/m o respeito que eles merecem de seus
%ovas dos 3ilhos de 7aia o dei"ariam enjoado, de tão companheiros de tribo> afinal de contas, eles usam
orgulhosos e idealistas que são suas metas. ?una que me esperte+a e fraudes para derrotar seus inimigos. -as os
ajude, mas voc/ não pode evitar de gostar e admir2los. anci:es certificamse de que eles sejam tolerados at
&les t/m ideais elevados e inten4:es nobres. A tribo deles mesmo pelos mais novos 7arou, para que eles saibam que
lhes d2 um pouco de respeito tambm, porque muitos todos que usam sua for4a contra a FHrm são dignos de
3ilhos de 7aia possuem mentes abertas, e o principal respeito — e a esperte+a aumenta sua for4a. &u conheci
prop!sito dos&ddie
'0 que 5agabash  propor novascontinuou
não mencionou,( idias e pr2ticas.
Andrea, um
uns 5agabash
contra os que criou
outros, uma arte de voltar
enfraquecendo seus inimigos
os inimigos, antes
' que grande parte dos ?ua %ova dos 3ilhos de 7aia são que os ?ua ;heia finalmente os atacassem.(
pacificadores. &les fa+em isso em n6veis elevados e de 'Provavelmente não  por acidente que alguns
uma forma que dei"aria seu cabelo em p, apenas para desses 5agabash comecem a honrar ?o<i,( completou
assegurar uma trgua ou amolecer alguns egos. &u posso &ddie. '&u não sei o quanto voc/ sabe sobre ele, mas uma
não me sentir da mesma forma, mas eles t/m coragem. coisa importante que voc/ precisa saber  que ele não foi
9alve+ não tenh a muito sen tido, mas devemos dar apenas algum que pregava pe4as. 8e não fosse por ele,
crdito  sua sagacidade.( 0din não teria 8leipnir, seu cavalo de oito patas. %a
';ertamente, por outro lado, temos aqueles que verdade, de uma certa maneira, ele ajudou a tra+er uma
questionam as tradi4:es — e no caso dos 3ilhos de 7aia, nova era para o mundo, onde tudo seja verde e tranqilo.

24 Livro dos Augúrios


Alimento para a imagina4ão, de qualquer forma. interesse em seus servi4os, e por isso servem a seus l6deres
tribais como rivais e advers2rios. Agora, a maioria deles
Andarilhos do As$alto nunca tem nenhuma d@vida de que irão se erguer a altas
';ontinuando,( &ddie entrou na conversa, 'voc/ posi4:es> mas isso não  o real objetivo. 0u pelo menos,
provavelmente percebeu que o meu neg!cio  com  o que eles di+em... Bem, vamos peg2los em um n6vel
computadores.  uma maneira simples de di+er, porque superficial por um momento. ;onsidere todos os grandes
tem horas que eu sinto que trabalhar com meus l6deres da hist!ria. A maioria sempre teve um segundo
computadores  quase, bem, sagrado. ;omo uma em comando ou at mesmo um competidor amig2vel
e"peri/ncia fora do corpo, eu suponho. Isto  uma pr2tica para mant/los no auge para melhorar o que quer que
comum entre os ?ua %ova dos Andarilhos do Asfalto, seja que fa4am. & isso  do que  feito um 5agabash dos
mas isto  apenas a ponta do iceberg. &m um sentido 8enhores das 8ombras — se assegurar que são l6deres são
mais amplo, o que fa+emos  encontrar as fraque+as dos os melhores. &u acho que esse  um papel bem ingrato.(
inimigos e a e"por para nossas matilhas en"ergarem. A '*oc/ fa+ soar pra+eroso,( sorriu Andrea. '*amos
falha fatal pode ser qualquer coisa, desde transa4:es sujas continuar com —(
no mundo mortal  corrup4ão da FHrm. #e qualquer
forma, conhecer o calcanhar de Aquiles do inimigo, pode Pererinos Silenciosos
ajudar a derrot2lo de forma mais eficiente. Algumas '92 bom, t2 bom,( disse &ddie. '*amos discutir
ve+es n!s temos algo para indicar para nossas pr!prias sobre os Peregrinos 8ilenciosos. &u não acho que voc/
fraque+as tambm — testar medidas de seguran4as, esse encontrar2 muitos perambulando entre as seitas, mas eu
tipo de coisa. %!s tambm temos uma reputa4ão de aposto que voc/ encontrar2 um mais cedo ou mais tarde.
ativistas honrados. ;omo mencionamos anteriormente, e ;omo voc/ sabe, eles gostam de viajar. Assim, eles
tambm de inovadores. %os d/ uma chance e n!s ouvem todo tipo de coisa interessante. 9alve+ seus
apareceremos com uma nova solu4ão para o problema. 7alliards possuam os mais estranhos e menos ouvidos
Algo como enigmas de pensamentos laterais, se  que contos de todos, mas são os ?ua %ova que t/m as
voc/ j2 trabalhou com algo disso.( melhores fofocas e not6cias.  como se eles coletassem
todas essas not6cias e as arma+enassem para uso futuro.(
#arras %ermelhas 'Alguns dos ?ua %ova se v/em como solucionadores
&ddie olhou para Andrea. ')uer falar com ele um de problemas ambulantes,( disse Andrea. '&les estão
pouco sobre os 7arras$( dispostos a se envolver e ajudar, fa+endo o que for
Andrea suspirou. 'Ian j2 ouviu como eles são necess2rio, onde quer que isso aconte4a. #e tudo em
pressionados nosda dias
desenvolvimento terra de hoje,
e tudo mais.com
&ntãoo eugrande
vou tudo, um &m
amigos. bando de carasnodecentes
batalha, entanto,para seuma
ter como
hist!ria
tentar esquecer isso um pouco. m pouco parecido com diferente. &les são assustadores. ;omo um esp6rito da
os ;rias, os 7arras *ermelhas são um pouco, hmm, vingan4a, eles aparecem do nada, espalhando a morte
fan2ticos. & nessa mesma linha, os 5agabash nunca são sem remorso, e se vão como o vento da noite. ma ve+
l6deres. 0 que eles fa+em, no entanto,  dar os passos que algum enfurece um Peregrino ?ua %ova,  melhor
necess2rios para manter o alfa na ponta dos ps. Isso que ele vigie suas costas pelo resto de seus dias, pois
significa que eles tiram sarro e +ombam de sua eventualmente ele encontrar2 seu destino.(
autoridade... apenas para mais tarde mostrar suas
gargantas.( Presas de Prata
'*oc/ quer di+er que eles querem que o alfa os '%!s vamos encontrar um 5agabash Presa de Prata
ataquem$( perguntou Ian, intrigado. mais tarde,( continuou Andrea, 'então voc/ j2 est2
'%ão e"atamente. 0 que eles fa+em  refor4ar o avisado antes, eles são um pouco diferentes. &"c/ntricos,
dom6nio do alfa, dando a ele a chance de subjug2lo. &u voc/ diria. Alguns deles possuem surtos de
sei,  um pouco estranho, mas não se esque4a de que personalidades interessantes, e estranhas manias. -as em
mesmo na forma humana, n!s temos uma linguagem um conte"to geral, os ?ua %ova dos Presas são acess6veis.
corporal e isso mostra quem  o chefe. 0s 7arras %ovamente, eles são algo entre a foice e o martelo, j2
*ermelhas, se nada mais, nos ajudam a compreender o que eles estão em uma tribo que louva o passado e as
mesmo conceito nas formas quadr@pedes.( tradi4:es acima de tudo... e ali est2 o 5agabash cujo
trabalho  questionar esses modos e tra+er novas idias e
Senhores das Som&ras cren4as. -udan4as acontecem lentamente entre os
&ddie assentiu. 'Bem colocado. 9udo bem, indo em Presas de Prata, mas as inova4:es que acontecessem, sem
frente, vamos falar sobre os 8enhores das 8ombras. &r, d@vida são devido  esperte+a dos ?ua %ova.(
ele j2 conhece esses caras, certo$( ele perguntou. '-e pergunto se Gophia sabe alguma coisa sobre seu
Andrea piscou. 'Ah sim, ele at mesmo conheceu o Presa de Prata coroado e se seu l6der de cabe4a quente
velho -anto;in+a na seita. &les se deram muito bem.( tem um 5agabash falando em seus ombros$( perguntou
';erto,( disse &ddie. '#e qualquer forma, os ?ua &ddie.
%ova dos 8enhores das 8ombras possuem um grande Andrea deu de ombros. '%ão sei, mas se ele  tão

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 25


esperto como todos di+em, ele deve ter.( perspectiva particular
geralmente t/m os ?ua deles.
%ova em0 que eu sei
grande  que
estima eles da
dentro
'(tena tribo. &sque4a os estere!tipos dos nativos americanos
'&m uma multidão de povos que amam seus como r6gidos e sem humor>  tudo besteira. %a verdade, o
segredos, os ?ua %ova dos <ten a são os melhores trabalho do Fendigo 5agabash  tra+er a risada quando
guardi:es de segredo,( disse Andrea com um sorriso. '&u necess2ria, para quebrar as regras e manter a vida
não vou ao ponto de cham2los de interrogadores, mas se interessante ao invs da mesmice de sempre.(
voc/ j2 conversou com um 5agabash dessa tribo, voc/ Ian assentiu, esperando que tivesse absorvido tanta
saiu de l2 sem saber onde estava com a cabe4a. &les fa+em informa4ão. '&i, posso fa+er uma pergunta$(
jogos da mente e coisas assim, mas o que eles realmente 0s dois ?ua %ova olharam para ele com surpresa.
gostam de fa+er  se aventurar pelo mundo e coletar todo ';laro,( disse &ddie. 'Porra, n!s não te demos muita
tipo de informa4ão, e então tra+er de volta para casa chance de falar, não $(
para, hmmm, vamos chamar de prote4ão.( '9udo bem. -inha d@vida L se as tribos são tão
&ddie dei"ou uma gargalhada escapar. '0 que minha afastadas uma da outra, como voc/s sabem tanto sobre
amada amiga est2 tentando di+er diplomaticamente  que elas$(
eles irão te enganar, descobrir o qu/ voc/ sabe e então Andrea sorriu amplamente. '%ão  uma m2
levar para seus anci:es, que irão guardar aquilo para um observa4ão. 9udo bem, j2 que voc/ perguntou, eu vou te
uso no futuro. &les provavelmente possuem todos tipos di+er. #iferente de alguns outros aug@rios, n!s, 5agabash,
de segredos escondidos em seus caerns. m pouco conversamos uns com os outros. %!s somos muito
assustador, se quer minha opinião.( abertos aos outros. %!s imaginamos que, se um de nossos
trabalhos  saber como evitar que nosso povo se mate em
)endio momentos de loucura,  melhor que n!s tenhamos
'Bem, então, vamos finali+ar a coisa com os algumas informa4:es nas mãos. Isso responde sua
Fendigo,( disse &ddie. 'Assim como os <tena eles se pergunta$(
consideram como os CPurosD, voc/ sabe, um povo de '&u acho que sim,( disse a jovem 7alliard. '0 que
origem não europia que chegaram e tomaram suas mais voc/ queria que eu soubesse$(
terras. 9alve+ seja verdade que eles tenham um tipo de 'Porque voc/ não nos di+ o que gostaria de ouvir em
cone"ão especial com a -ãe 9erra> eu não sei sobre a seguida$( respondeu Andrea.

26 Livro dos Augúrios


*ora da Escola seria curiosidade,( disse &ddie. ';laro,  um choque f6sico
e mental da pior forma poss6vel, mas  um pouco hil2rio,
Ian pensou um minuto. '& sobre os jovens ?ua tambm. %ovo e diferente, ampliando seus sentidos, todo
%ova$ *oc/s os dei"am com os outros aug@rios, ou os esse tipo de coisa. Alguns outros aug@rios se dão bem mal
mantm com voc/s o todo o tempo, ou o qu/$ nessa situa4ão, mas os ?ua %ova absorvem tudo isso e se
&ddie procurou um minuto em sua escrivaninha e divertem. &les irão brincar um pouco, testando suas
pu"ou outra cai"a de pi++a. 'mm, essa est2 nova.( &le novas formas, novos sentidos. 0 ponto principal  que
abriua, e claramente estava, uma fumegante torta de eles irão aprender a se adaptar rapidamente.(
pepperoni l2 dentro. '&u acho que a maioria dos anci:es, 'Ainda assim(, avisou Andrea, 'os lobisomens locais
e com isso eu digo qualquer um com algum posto, vai devem tentar encontrar o novato o mais cedo poss6vel.
perceber que n!s temos que contribuir na educa4ão de &u j2 ouvi rumores de jovens ?ua %ova ficando um
nossos jovens. *oc/ conhece aquele antigo ditado pouco e"ultantes demais, e então voc/ v/ todo tipo de
africano que precisase de uma vila para criar uma hist!ria nos tabl!ides que te fa+em pensar.(
crian4a$ &ntão, n!s encorajamos nossos filhotes a sair, '0u pior, em programas como :s 6ais -rocurados
brincar, viver, aprender uma coisa ou outra.( da América . %ingum quer que isso aconte4a, certo$(
Andrea trou"e cerveja gelada da arruinada geladeira disse &ddie.
no canto. 'Bem, vamos parar apenas um segundo e falar '%unca,( sorriu Andrea.
sobre filhotes e tudo isso.( O "itual de Passaem
Crianas e Parentes '?embra de seu 5itual de Passagem$( continuou
';erto, qualquer 9heurge digno ser2 capa+ de saber Andrea. '*oc/ provavelmente se pergunta das vari2veis
se um recmnascido ir2 ser um 7arou ou um Parente. & tarefas que os outros aug@rios recebemL um Ahroun tem
com alguns poucos c2lculos, ou apenas mera observa4ão que enfrentar um servo da FHrm, um 9heurge tem que
ele saber2 o aug@rio tambm. 0 comunicado do negociar com um esp6rito, e por a6 vai. Bem, no meu
nascimento de um ?ua %ova  sempre recebido com 5itual, eu tive que fa+er tr/s coisasL fa+er uma crian4a que
algumas risadas antecipadas e algumas sobrancelhas chorava rir, convencer um ancião que eu falava a
levantadas. &u fico triste em admitir que nesses dias e verdade e fa+er dois guerreiros mostrarem a garganta. %ão
nesses anos, nascimentos de Ahroun parecem ser o que foi f2cil. ?evoume duas semanas, mas eu consegui
todos querem.( &la jogou fora a tampa de sua garrafa ' completar tudo.(
um mal sinal. %!s não podemos ser todos ?ua ;heia.( ', o meu foi mais ou menos do mesmo tipo, voc/
'*oc/ mencionou algo antes sobre não termos
muitos ?ua %ova mais,( disse Ian. 'Por que isso$( sabe,
s! mostrar
tinha que eu eraumesperto,(
que inventar jeito deacrescentou &ddie. '&u
entrar na fortale+a de
'%ingum sabe,( disse &ddie. '&u digo, não  por um dos anci:es sem ser pego. ;Emeras de seguran4a por
termos menos noites de ?ua %ova no m/s. &m todas as todos os lados, isso pra não mencionar todos os guardas
hist!rias, sempre  dito que e"iste uma chance igual de armados com balas de prata. -eu deus.(
qualquer uma das cinco faces de ?una aparecer em sua '0 5itual de Passagem, no geral, para os 5agabash
sele4ão de guerreiros, como demonstra4ão de sua vai tentar colocar sua ess/ncia  tona,( e"plicou Andrea.
vontade, mas não  isso.( '0 ponto  usar suas capacidades pra provar seu valor.
'&u tenho ouvido aqui e ali que e"is te um outro %ão  f2cil, mas  necess2rio, j2 que isso mostra a todos
impedimento, um sinal do 3im dos 9empos,( respondeu os lobisomens presentes que voc/ acrescenta algo  seita
Andrea. '-as, novamente, o que não $ Algumas ve+es e j2 est2 pronto para assumir responsabilidades de
eu acho que se um ancião tem uma unha encravada, ele adultos.(
acha que isso  um mau press2gio.( +empo de Crescer
'& os Parentes$( perguntou Ian. '%ossos Parentes
tem aug@rios tambm$( '9udo bem, de volta  sua pergunta srcinal,( ela
'%ão, na verdade não. &u digo, eles podem ter continuou. ';omo n!s ensinamos nossos 5agabash$ 
algumas tend/ncias, mas eu diria que eles se ap!iam mais surpreendentemente f2cil. %!s simplesmente os jogamos
em dire4ão s atitudes de seus irmãos e irmãs lobisomens na piscina e dei"amos que eles absorvam tudo.(
do que a ter qualquer inclina4ão particular deles mesmos. '0 que interrompeu
eloq/ncia,( ela est2 tentando di+er,
&ddie, ' que com sua t6pica
a melhor forma
&u tenho um bom n@mero de Parentes no 9e"as, e eu
digo que n!s somos mais parecidos que diferentes. de ensinar um 5agabash  com a pr!pria vida. 8em
Parecidas prefer/ncias por humor, mudan4as e tudo mais. pergaminhos, sem livros, li4:es. ;laro, n!s conversamos
8ua irmã provavelmente tem talento para cantar e com eles, mas normalmente no conte"to de reali+ar
contar hist!rias, certo$ Provavelmente porque voc/  um alguma coisa a mais. %!s levamos nossos jovens ?ua
7alliard, mas isto não pode ser dito como certo.( %ova conosco quando viajamos, lutamos ou e"ecutamos
nossos deveres regulares na seita. &les observam, e
Primeira Mudana aprendem. Pouco a pouco, suas tarefas aumentam 
'8e eu tivesse que escolher uma palavra para medida que suas habilidades melhoram. 8eria !timo se
descrever como um 5agabash reage  Primeira -udan4a, n!s tivssemos todo o tempo do mundo, mas

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 27


infeli+mente, o aprendi+ado, se assim prefere,  mais que qualquer outro aug@rio o que n!s somos, pois
terrivelmente curto. &"istem muitas responsabilidades são muito pr!"imos aos ?ua %ova em ess/ncia.
que precisam ser assumidas por nossos jovens para que &ntretanto, suas mentes freqentemente se voltam para
eles realmente se divirtam antes de se jogarem no meio outro mundo, a terra dos esp6ritos. &ntão, uma de nossas
das batalhas.( tarefas est2 em ancor2los no presente, neste lugar e
neste momento. -uitas ve+es, os 9heurges apreciam
Os Outros nosso estilo @nico de sabedoria, e estão mais do que
dispostos em ouvir nossas palavras.(
A porta foi escancarada. 'Atrasada, estou atrasada$
&ste rel!gio que voc/ me deu, quebrou. &u não consigo Meia Lua
consert2lo. 3oi de prop!sito$( '&m nosso desejo de assegurar a pa+, temos os -eia
Ian viu a mulher delicada, com cabelos prateados, ?ua como aliados. ;omo eles normalmente são nossos
vestida com uma saia surrada e uma blusa ondulada l6deres em tempos de pa+, n!s focamos muito de nossa
branca brilhar dentro da sala. 8eus olhos a+uis fi"os nele.
'0 que  isso$ ma galinha rejeitada$ &la parece aten4ão
alfa que em
est2seu comportamento.
sempre %ingumdosadmira
distante e separado outros.um
muito magra para estar vivaK &duardo, voc/ não tem &ntão, os encorajamos a ouvir as palavras de seus
alimentado ela$( subordinados, passando seu tempo entre seu povo ao
Andrea deu uma gargalhada e abra4ou a mulher. invs de gastar esse tempo entre os anci:es. &m algumas
'Gophia, voc/ est2 terr6vel. &stou contente em ver que tribos,  fun4ão do ?ua %ova provocar e ati4ar o -eia
voc/ pegou as roupas que compramos. &u não queria ter ?ua a se superarL alguns o fa+em com bom humor, outros
que lidar com uma por4ão de turistas observando de com desafios e discuss:es. Basta isso para di+er que eles
novo.( &la levoua em sua prote4ão. 'Ian ;orrigan, não comandariam tão bem se não fosse por n!s.
conhe4a Gophia 5osmarvo. &la  uma ?ua %ova dos &ntretanto, esse  um relacionamento desconfort2vel,
Presas de Prata, e uma velha amiga.( com o tempo. m -eia ?ua pode não gostar de ser
Gophia cheirou Ian. 'Ah. 0utro duaspernas. &le  questionado ou de ter suas estratgias desfeitas. Portanto,
um ?ua %ova tambm$( devemos ter muito cuidado nos meios que usamos para
'%ão. m 7alliard. -as eu estou tentando lhe cumprir nossos deveres.(
ensinar uma coisa ou outra. Gophia  uma lupina que
andou tendo uns problemas por a6. &u tive que dar uma Lua Minuante
ajudinha e n!s nos tornamos companheiras desde então. '&u ouvi outros ?ua %ova di+erem que os 7alliards
&la gosta de andar conosco, quase tanto quanto correr são grosseiros e e"altados. Bem, isso pode at ser verdade,
pelos pEntanos.( mas at que vale a pena ouvir as palavras deles. m
'Apenas não diga para os companheiros Presas de 5agabash sempre precisa saber as @ltimas fofocas e
Prata dela,( bufou &ddie. '&u não quero saber o que eles hist!rias, para entender o ambiente das seitas e tribos.
pensam sobre ela perambular com a ral.( Agora, eu preciso di+er que  particularmente divertido
Gophia simulou um tapa no rosto dele. '%ão insulte dar corda para os egos inflados dos #an4arinos da ?ua,
voc/ mesmo, que não  nada bonito.' &la pegou um mas lembrese das suas garras. #epois dos ?ua ;heia, seu
peda4o de pi++a. ')ue mentiras eles te contaram, temperamento  o mais e"plosivo de todos.(
garoto$(
'h, nem tantas(, gaguejou Ian. 'Principalmente
Lua Cheia
sobre os ?ua %ova, e quem eles são e como são.( '0s ?ua ;heia são nossos opostos ou n!s somos a
'&u cheguei na hora certa,( disse Gophia entre uma pr!"ima face deles no ciclo de ?una$ #if6cil di+er. &m
mordida e outra. '0 que eles t/m dito sobre as outras muitos os casos, n!s os encontramos raivosos, a f@ria 
diferentes faces de ?una$( forte demais dentro deles, para qualquer demonstra4ão de
'Bem, nada na verdade,( disse Ian. ra+ão ou discernimento... -as, n!s não somos um ra4a de
'%!s est2vamos justamente falando disso quando guerreiros, gerada para ca4ar$ %ão podemos esperar deles
voc/ chegou aqui(, respondeu &ddie. qualquer coisa menor do que eles são. 0 que podemos
'ahK &u vou falar agora. & voc/s dois podem fechar fa+er  servir como suas sombras lembrandoos de guardar
um resqu6cio de sabedoria em seus cora4:es mesmo
aPresa
bocadepor umsemomento.(
Prata Jogando
sentou pr!"imo sua pi++a pro lado, a
a Andrea. quando eles massacram nossos inimigos. 9alve+ seja por
'%!s temos um relacionamento diferente com cada isso que ?una nos colocou lado a lado, como sombra e
um dos outros aug@rios,( e"plicou Gophia. '3alarei sobre lu+.
todos( Gophia terminou seu relato e bebeu vigorosamente
da garrafa que &ddie tinha aberto para ela.
Lua Crescente 'au,( bufou Ian. '#eus. Isso foi... realmente legal.(
')uando ?una come4a a se movimentar ap!s o 'Gophia tem uma encantadora habilidade de contar
per6odo sem lua, sua lu+  fraca e delicada. & nessa hist!rias e um sotaque legal que não atrapalha, tambm.(
escuridão, n!s podemos ver pela primeira ve+, e então, eis 5eplicou Andrea. '-as não dei"e ela te enganar> &la não
que encontramos os ?ua ;rescente. &les compreendem  7alliard(

28 Livro dos Augúrios


'9alve+ fui, em outra vida,( replicou a Presa de centro da cidade. Gophia e &u suspeitamos que h2 mais
Prata. 'Os ve+es eu sonho com isso. 3alando nisso, n!s do que aparece aos olhos.
precisamos falar a ele sobre os ?ua %ova e os esp6ritos. A 'm de nossos Parentes est2 esperando um filhote,(
educa4ão de nenhum novato poderia ser completada de disse Gophia, 'e ela foi enviada para l2 para alguns Ctestes
outra maneira. especiaisD. &ssa mulher, ela sabe bem pouco sobre os
O Outro Mundo modos 7arou, apenas que seus primos t/m Cmodos
esquisitosD. %!s queremos lhe ensinar mais, tra+er ela
'&u continuo com isso,( disse &ddie. 'j2 que eu para mais perto de n!s, mas agora... ela pode ser um
tenho alguns esp6ritos por a6 me ajudando. m e"celente risco.(
benef6cio de ser um 5aga bash em um relacionamento 'Independente disso, n!s não achamos que tudo 
com esp6ritos  que eles meio que te entendem. &u penso aconchegante e confort2vel nessa empresa,( continuou
que isso  quase uma coisa natural ou inata a eles. Alguns &ddie. '%!s rastreamos v2rias mulheres de fam6lia sendo
esp6ritos poder ser muito caprichosos, voc/ sabe, e talve+ enviadas para l2 para testes prnatais, e quando elas
por isso n!s nos damos tão bem.( retornam, elas estão um pouco diferentes. %ada que
'&les costumam nos perdoar,( acrescentou Gophia, possamos apontar precisamente, mas o l6der da minha
'pois eles não rejeitam o que significa ser um ?ua %ova. seita e de Gophia querem algumas informa4:es de dentro,
&les nos v/em como aquilo que n!s somos, e admiram agora que envolve um Parente. &ntão vamos fa+er um
que n!s não negamos nossos instintos fundamentais, reconhecimento. oje, eles fecham s cinco, então n!s
mesmo quando os outros se irritam conosco.( pensamos que seria a hora perfeita.( &le apontou para seu
'ma outra coisa a ser dita sobre os esp6ritos  que rel!gio. 'J2 são sete, e est2 ficando escuro mais cedo
eles gostam de aten4ão, e, com e"ce4ão dos 9heurges, nessa poca do ano.(
n!s somos os seus maiores pu"a sacos,( disse Andrea. '0s Andrea tirou sua jaqueta e apontou para Ian. '?ivre
t6picos Ahroun estão rosnando e procurando alguma se de tudo que não for dedicado. Parece que vamos dar
batalha, mas n!s não nos importamos de sentar um uma caminhada.(
pouco e conversar. %!s lembramos aquilo que os esp6ritos &ddie se levantou e abriu a porta que dava para seu
nos di+em, e guardamos seus segredos, criando um bom banheiro. m grande espelho ficava pendurado atr2s da
relacionamento entre n!s.( porta. '9alve+ isso fa4a ficar mais f2cil, se voc/ ainda for
Ian estava perdido com tanta informa4ão e se novo nisso, Ian. %!s vamos na frente, voc/ e Andrea nos
mostrou confuso, Andrea teve que rir. 'Pobre #an4arino dão cobertura.( &le manteve seu laptop com ele, Ian
da ?ua, talve+ voc/ devesse ter aprendido todos aqueles notou. Gophia j2 havia retirado suas roupas e
cantos e dan4as
voc/, não 7alicas. %!s jogamos muita coisa sobre
jogamos$( rapidamente,
um de uma lobo
forte e platinado maneira pr2tica,
branco comtransformouse
brilhantes olhosem
'%ão, tudo bem. &u apenas não tinha idia sobre a+uis. &la olhou para o espelho, &ddie logo atr2s dela.
essas coisas. %ão se preocupem, mas eu tenho que ir,( ele Andrea apontou para que Ian seguisse.
balan4ou sua cabe4a. Nunca vou me acostumar com isso , ele pensou,
';laro, claro. #ei"eme pegar o meu laptop e irei sentindo o frio da passagem entre mundos. &le chegou no
com voc/. Ian, pra+er em conhec/lo. %ão somos mais prdio de &ddie, agora um refle"o de paredes e
estranhos.( #isse &ddie dando um aceno. computadores, cobertos por teias. &sp6ritos com v2rias
'8im, voc/ precisa visitar nossa seita e contar um pernas e olhos verdes brilhantes olhavam para ele, e o
daqueles contos pelos quais sua tribo  tão famosa,( 7alliard ficou satisfeito em correr atr2s dos outros e sair
acrescentou Gophia. 'Andrea vai levar voc/.( daquele lugar.
'?ev2lo$( disse Andrea. 'Porra, caras, n!s &les caminharam pelas ruas de %ova 0rleans, e Ian
planej2vamos ir com voc/s em suas pequenas sabotagens. percebeu que muitos prdios pareciam bastante s!lidos.
8e voc/s não se importarem, claro.( Gophia e &ddie Ao observar seu olhar, Andrea falou. ' um lugar antigo.
levantaram as sobrancelhas, e então o Andarilho do Preste aten4ão por onde anda> nem tudo por aqui 
Asfalto deu de ombros. bonito e maravilhoso.(
'*ai ser bom ter mais um bra4o forte. &u não espero #epois de algum tempo, eles estavam diante de um
problemas, mas nunca se sabe.( prdio que brilhava com uma p2lida lu+. 9eias de aranha
Ian engoliu nervoso, mas não pode esconder a Ensia o cobriam, e Ian viu mais das horrendas aranhas do que
em sua vo+. '&u farei o que puder para ajudar.( viu no prdio de &ddie.
Andrea socou o ombro dele. '%!s sabemos disso, ' aqui,( resmungou o Andarilho do Asfalto.
garoto. *amos ver o que &ddie e Gophia t/m em mente.( '*amos checar o per6metro e nos encontrar do outro
'%!s ainda estamos no escuro,( respondeu &ddie, lado.( &les se separaram em duas duplas e percorreram
'mas não por muito tempo.( &le retirou o sofisticado e cuidadosamente os arredores da empresa. Ian estava
fino laptop de sua mochila. -omentos depois, um tanto desapontado quanto aliviado em perceber que nada
programa de mapeamento mostrava parte de uma planta. parecia fora do esperado enquanto seguia Andr e
'&sse  o esbo4o da armon Biolife 5esearch ;enter.( mantinha seus olhos atentos. Pouco minutos depois, eles
0u o que est2 nos arquivos do escrit!rio de inspe4ão no se reagruparam.

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 29


'8em guardas. 8em perigo,( sussurrou Gophia. agarr2la, como se a loba prateada não pesasse nada em
'*amos entrar$( seus imensos bra4os. ;om sua mão livre, ele agarrou uma
&ddie fran+iu a testa. 'Parece muito simples e f2cil. pilha de discos de computador que ele viu em uma das
-as, pro diabo. #ei"eme tomar conta de algo estantes.
rapidinho.( &le abriu sua mochila e tirou o laptop. 0 '8aiam daqui,( ele disse. '&u estou bem. &u levo
laptop +uniu brevemente, e Ian viu algumas centelhas ao ela.( 8ua garganta balbuciava as palavras, mas Ian podia
redor do prdio. 'Aqui, isso vai nos dar alguns minutos entend/las bem o suficiente. Andrea o empurrou rumo
sem ter que preocupar com as malditas cEmeras. 3iquem ao objeto brilhante na parede que segurava o papel
pr!"imos.( 5apidamente, ele se moveu para uma porta higi/nico, e antes que ele percebesse, ele estava no
lateral, e então desapareceu, Gophia e Andrea o mundo das sombras de novo. &ddie j2 havia passado, e
seguindo. ele estava correndo tão r2pido ele podia pelo caminho
Ian levou alguns segundos para seguir, e quando ele que eles vieram. 0fegando, eles sa6ram do per6metro do
sentiu o vento do mundo real me"er nos seus cabelos, prdio, se esquivando das aranhas que agora estavam
&ddie j2 tinha aberto a porta que ficava no lado sudoeste despertas e alertas gra4as ao cheiro de sangue. Apenas
do prdio. 6erda, isso foi r&pido , pensou Ian. &le quando eles estavam alguns quarteir:es de distEncia que
percebeu que as dobradi4as da porta tinham sido eles diminu6ram o passo.
arrancadas. '-erdaK( "ingou &ddie. ';omo eles sabiam que n!s
Gophia farejou o ar e então sussurrou, ';heiro da est2vamos por l2$(
Feaver.( &la atravessou o solado da porta e pisou '&u acho que tem mais coisa do que salta aos olhos,(
vagarosamente no hall  direita deles. &ddie olhou  sua resmungou Andrea, 'especialmente por eles terem
volta e seguiu, parando momentaneamente diante de conseguido manter aquela merda fora do seu alcance, e
uma porta. deram alguns bons tiros com muni4ão de prata.( &la
'&sperem. Aqui  um laborat!rio. &u quero chec2 acariciou Gophia. ';omo ela est2$(
lo.( &le sussurrou algo para a porta, e em poucos Para a surpresa de todos, a loba falou com vo+ bai"a.
segundos, ela se abriu. 0s quatro se viram em um '9udo bem. -e coloquem no chão.( 9odos eles
pesadelo. arregalaram os olhos enquanto ela ficava de p, um
Arma+enados em gigantescos frascos estavam ovos pouco vacilante mas ainda em p, e cuspiu um pouco de
inchados, transparentes, que continham algo que parecia erva. '-eu dia de sorte. &u trou"e minha pr!pria
ser fetos — coisas deformadas com v2rios membros e medica4ão.( Gophia lambeu a ferida que tinha parado de
!rgãos. Ian teve que engolir o vômito. sangrar, logo acima de seus quadris. 'Ai.(
'0h, merda,(
um problema aqui.disse &ddie.pegar
#ei"eme '&u acho
algunsque n!s temos
discos, e n!s voc/&ddie usava novamente
me assustouK suavoc/
&u achei que forma humana.
tinha ';acete,
morrido.(
voltamos e falamos com a seita que esse lugar precisa ser Gophia segurou a dor um pouco. '%ão  o primeiro.
derrubado.( &le foi para um dos computadores presentes %em o @ltimo. ;asa, agora.(
quando, de repente, uma porta do outro lado da sala 
abriu de uma ve+. #ois homens vestidos em uniformes da -ais tarde naquela noite, Andrea e Ian caminharam
seguran4a armada entraram na sala, apontando o que de volta ao carro, onde o 7alliard se surpreendeu ao
parecia submetralhadoras para os lobisomens. perceber que ningum havia se incomodado com o carro.
Gophia gritou e saltou em um deles, atacando sua 8ua amiga deu a ele uma piscadela enquanto ela entrou e
garganta. 0 outro apontou e disparou em &ddie, que girou a chave, e Ian podia jurar que ela tirou uns insetos
dei"ou um grito escapar enquanto seu corpo crescia para da ma4aneta da porta. &la arrancou e foi rumo  seita.
a gigantesca forma homemlobo, com p/los branco e '*oc/ foi bem, garoto, para seu primeiro ataque com
brilhantes olhos escarlates. &le demonstrou dor quando alguns ?ua %ova. 7ostei de voc/ ter estado na batalha.(
uma das balas o acerto. Ian resmungou. 'Por que n!s não voltamos, e
'PrataK( ele rugiu. '-atemnosK( acabamos com eles$(
Andrea deu um aviso a Ian. '&les sabem de n!s, 'Bem... era o chamado de &ddie, e ele queria mais
estão armados com prata. #errubeos rapidamente.( &le juntar informa4ão do que chutar traseiros. -as fique
então deu um grito, como um p2ssaro, um ganso talve+, e tranqilo, n!s não terminamos com aquele lugar ainda.
o homem que atirou em &ddie subitamente caiu no chão, Algumas ve+es, n!s temos que recuar, pensar melhor,
se contorcendo em um tipo de ataque, espumando pela antes de forjar um bom plano. Pelo menos,  no que n!s,
boca e cuspindo em si mesmo. Ian não hesitou> ele saltou 5agabash, acreditamos. &le ir2 ver aqueles discos e passar
sobre o homem e come4ou a espanc2lo, quase que feli+ a informa4ão. & então, n!s voltamos l2 e limpamos o
com isso. 8angue espirrou de onde Gophia estava lugar. Armados com detalhes, n!s podemos fa+er um
ocupadamente rasgando a laringe do homem sobre o qual trabalho muito melhor do que simplesmente tentar
ela saltou, mas em seus movimentos finais, ele deu um e"termin2los.(
tiro que acertou bem em sua barriga. 7emendo de dor,
ela largou o corpo dele e deu alguns passos vacilantes. N,s Mesmos
?evou a &ddie apenas um @nico passo para alcan42la e &les dirigiram por um longo tempo em sil/ncio. Não

30 Livro dos Augúrios


era um dia tão ruim , pensou o 3ianna. &le tinha um dia de diversão na %ova 0rleans.( ;om isso, sua
conhecido um Andarilho do Asfalto e uma Presa de seriedade se foi, o olhar s!brio de repente brilhou com
Prata, ambos mais ou menos como ele havia presumido. vida e risadas.
Por alguma ra+ão, Ian pensava que a altiva Presa de Prata A 4alliard, nfrenta0o0-erio, encarou o foo
não falaria com uma humilde 5oedora de 0ssos, mas silenciosamente por um momento enquanto se
Gophia parecia ter uma afei4ão sincera por Andrea. #o preparava para concluir a narração. $Aqui neste
mesmo modo, ele pensava que o Andarilho do Asfalto mesmo caern, h& não muitas luas atr&s, meu mentor
estaria coberto por arames e eletrodos ou algo do tipo, me deu a =laive que um dia pertenceu a Andrea. le a
mas &ddie parecia um tanto normal, apesar de ser um descreveu como a que possu5a >a destreza de um
impuro. 9udo ainda era estranho para ele. A uerreiro, a paci'ncia de um )uiz, e a habilidade com
oportunidade de libertar um pouco de sua f@ria no as palavras de um *ançarino da +ua.> u o ouvi falar
homem que atirara em &ddie havia lhe dado um arrepio sobre outras tribos, outros au9rios, outros
de pra+er, e ele se surpreendeu ao descobrir que queria metamorfos, até mesmo da pr2pria Andrea, e eu sei
voltar e fa+er algo mais danoso a ele. que ele se mantém na tradição de ensinar o que ela lhe
'm centavo pelos seus pensamentos, garoto.( A ensinou. 6as o que 3rilho0nos0:lhos não foi capaz de
vo+ suave de Andrea interrompeu seus devaneios. afirmar era como ele a amava como sua pr2pria irmã, e
'%ada demais ,( Ian respondeu. '0brigado por me que tinha tentado durante muitos meses declamar um
dei"ar falar com alguns ?ua %ova. &les eram muito conto de sua l2ria, sua honra e sabedoria, porém
legais. & por me dei"ar fa+er parte de alguma coisa.( sentia a dor muito profundamente. u sentia a dor
'Imaginei que gostaria deles. 8em d@vida, não  dele pela sua morte, e eu pensei muito em como
coincid/ncia eu tambm querer que voc/ conhecesse um poderia prestar homenaem ? mem2ria dela. 6inha
lupino e um impuro. &u sei que voc/ conheceu alguns na narração foi apenas um breve vislumbre na vida desta
seita, mas eram todos 3ianna. 3ora de sua tribo, as coisas +ua Nova, mas talvez possa ser uma porta aberta para
podem ser bem diferentes. 8e voc/ vai servir sua matilha convidar nosso estimado ancião a começar sua pr2pria
como um mensageiro, essa carinha bonita e essa l6ngua hist2ria, sua pr2pria cura.(
doce s! vão lhe manter afastado.( &la suspirou. '-inha #m sil'ncio firme e penetrante abateu0se ao redor
questão não  sobre ser apenas lobo ou humano.  sobre do c5rculo naquele momento, e rin permaneceu
ser lobo e humano. 9alve+ não entendamos a coisa de quieta como se visse um vulto em movimento ficando de
equil6brio perfeito tão bem quanto um Philodo", mas pé a sua frente. la havia ultrapassado seus limites
voc/ gasta algum tempo observando quaisquer das tr/s #m olpe de vista percebeu um semblante robusto
ra4as. %ae at
filhotes nature+a,
mesmooscomo
lobosadultos.
brincam&les
entre si, como
gostam de se olhando fi/amente do alto de seu cicatrizado e
musculoso corpo. 6as mesmo com a cabeça
divertir, e a ast@cia fa+ parte do seu estilo de vida. 0 instintivamente imersa em busca de )ustificativas, ela
mesmo vale para os humanos, e embora eu saiba que viu que não era f9ria que contorcia a face da criatura,
realmente não seja do feitio dos 3ianna, acho que voc/ mas aflição.
deveria olhar para os impuros, tambm. A maioria deles $%oc' me honra com o conto de uma *ançarino
necessita de uma pequena alegria e de risadas. 7aia sabe
da +ua,( ele sussurrou para sua aluna, $aora me
o quanto isso  raro em suas vidas. &ntão, jovem
#an4arino da ?ua, fa4a a esta velha mentora um favor,
resuma a uma reprovação de um 8em +ua.( le
me prometa que pelo menos uma ve+ em sua vida, acenou em neação, então observou, enquanto
cantar2 uma can4ão alegre para um impuro arruinado.( e/aminava a assembléia através de olhos viilantes. <1
Ian acenou com a cabe4a. '&u prometo.( como ela diz, embora eu acredite que ninuém fora da
'Justo.( A conversa cessou por um longo per6odo de minha antia seita conheça a hist2ria da vida e morte
tempo, mas assim que passaram para a estrada de terra dela. onforme as luas se estendiam pelos anos, eu
batida que se estendia at o caern, ela falou novamente. acumulei a mem2ria dos 8em0+ua, não compartilhando
Ian poderia não estar certo, mas achou ter ouvido algo de nada da randeza dela, e isso é um dos tr's randes
estranho na vo+ dela, um tremor talve+, ou uma nota de pecados de um *ançarino da +ua.
melancolia. &ntão ela prosseguiu. $u ouvi a morte uivar muitas vezes em minha
'Bla+e me contou um pouco sobre voc/, Brilhonos vida, mas foi
quando ela uivou para
0lhos. )uando retornou de seu 5itual de Passagem, ela professora como prata afiada. Na aminha
minha
dor,primeira
eu não
disse que #ana confidenciou para ela em um sonho. &u tive a coraem de declarar...( ele pausou, curvou a
não sei a hist!ria toda, mas pelo que ficou subentendido, cabeça, antes de continuar. <u desonrei seu esp5rito,
eu acho que voc/ ser2 um dos grandiosos. 3a4ame outro enfraqueci sua mem2ria. 6as,( a voz dele tornou0se
favor, hum$ )uando estiver liderando uma grande mais potente, $minha promessa ainda não foi
matilha e fa+endo feitos grandiosos, cante uma can4ão quebrada. u )uro perante todos voc's, da pr2/ima vez
para mim. 5ecorde minhas fa4anhas, grandes e pequenas que nos encontrarmos, uivaremos para Andrea, 8orri0
da mesma maneira. %ão se esque4a que passamos mais de -ara0A06adruada@(

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 31


-oos e .i/ers‹o0 hist!ria como um todo. 0 desafie a propor alguns
e"emplos ou idias do que ele gostaria que o personagem
fi+esse dentro do grupo. ;omo %arrador, crie algumas
Perspecti/as do Narrador situa4:es onde ele possa tentar usar o humor assim como
Nunca08&bia, a +ua Nova, caminhou pelo prado, um 5agabash usaria, como meio de tra+er um novo modo
momentos antes de amanhecer, seu sorriso laro de pensar, mantendo a pa+ ou acalmando
esticou0se mais que o habitual, apesar da boca cheia. temperamentos.
8ua companheira de matilha *ançarino da +ua Peruntas Encora3adoras
conhecia o seu )eito de burlar uma narração, e ela 0 papel tradicional do 5agabash  servir como um
estava obstinada a desenterrar a su)eira... uma vez 'questionador dos modos(. 3urto e trapa4a t/m um lugar
que ela sabia onde estava o que deveria encontrar, e importante em suas vidas, mas a responsabilidade
aonde procurar. rin sabia que era melhor peruntar fundamental do 5agabash  desafiar suposi4:es e tra+er
aonde Nunca08&bia adquiriu a informação, porém teve
que aprender a seuir as pistas que ela dei/ou. #m novas idias.
Qchamado de m bompelos
lisses e"emplo liter2rio&le não
romanosR. 0disseu
era
favor coletado em Nova :rleans, uma visita ? seita comediante — era um tipo de pensador revolucion2rio.
3aou ndormi, alumas escutas )udiciosas... e aora 8em d@vida, foi trapa4a esconder um bando de gregos em
uma velha ferida poderia cicatrizar, a seita teria um um ;avalo de 9r!ia, mas havia mais sabedoria ali do que
nome novo para inspirar e um esp5rito poderia humor. &ste pode ser um modo realmente @til para um
descansar um pouco mais aliviado. ncontrando um jogador novo se envolver. 9alve+ o l6der da seita tenha
local apropriado, a +ua Nova lupina cavou no fresco nomeado o ?ua %ova  matilha dos jogadores como um
solo pedreoso. No momento o nascer do sol meio de instigarlhes em alguma a4ão e os manter agindo
transfiurava as nuvens acima em chamas, ela )oou a contra a FHrm ou a Feaver. &m outras palavras, o
bota de caub2i rasada e manchada no buraco e 5agabash pode acender o entusiasmo em seus alvos e os
rapidamente preencheu a abertura, tapando0a com manter agindo. %arradores inteligentes tambm podem
uma dança circular. la uivou uma vez, e esticou sua usar os 5agabash para envolver os outros jogadores em
cabeça. B distCncia, ela teve certeza de escutar um v2rios ganchos de hist!ria pondo um fim na pulga atr2s
fraco uivo de resposta que acabou e terminou em uma da orelha do ?ua %ova. 8e ele ouvir rumores sobre
sincera risada. 8orrindo ainda mais, a +ua Nova fomori perambulando em volta do local de alimenta4ão,
retornou a seus companheiros de matilha, empolada ele pode passar a informa4ão para sua matilha... e a
pela noção de que aluns professores não aceitam a aventura se inicia.
morte como uma resposta.
Bemvindo ao um tanto quanto louco e il!gico 4uando N‹o Funciona
mundo dos 5agabash, um lugar onde bons jogadores e Indiscutivelmente, o 5agabash  um dos aug@rios
%arradores engenhosos podem tra+er alguns sorrisos para mais dif6cil de se interpretar bem. Apesar de que eles
o normalmente severo mundo dos ?obisomens, assim possam possuir importantes posi4:es na seita,  incomum
como provocar algumas refle":es tambm. Jogar com um que eles sejam os melhores l6deres ou os mais bravos
?ua %ova permite um conjunto singular de desafios e guerreiros. Alguns jogadores alegramse com a chance de
recompensas. Aqui estão algumas diretri+es para os interpretar um personagem sem todas as
%arradores apresentarem o que h2 de melhor nos responsabilidades de estar na frente de todo luta ou
5agabash para todos os jogadores. assemblia> h2 muito para ser dito sobre ficar ativo de
outras formas alm de atacar inimigos e planejar o futuro.
"esistindo 1 S2ndrome dos +olos Porm, muitos jogadores podem não ter paci/ncia ou a
A maior armadilha na qual os jogadores e sutile+a de fa+er justi4a aos 5agabash. &les podem di+er
%arradores podem cair  tratar os 5agabash como algum que esse aug@rio não encai"a muito bem com eles... ou
tipo tolo divertido e idiota. 8im, certamente  verdade voc/ pode chegar  mesma conclusão. ;onsidere tambm
que este aug@rio tem o dever e a obriga4ão de tra+er o tipo de crônica que voc/ tem nas mãos. ma que 
humor e aliviar a tensão, mas isso não quer di+er que ele uma combina4ão de 'tipos( de aventuras provavelmente
tenha que
tempo agir intencionalmente
todo. comosão
%a verdade, essas um est@pido o
obriga4:es tem mais
pilhar( a oferecer ao 5agabash do que um 'matar e
semanal.
secund2rias, na melhor das hip!teses. 8er alegre e Algumas op4:es estão dispon6veis. 8e o jogador
travesso não  sinônimo de se fa+er de bobo> de fato, gosta do personagem, mas não do aug@rio, sempre h2 o
muitos atores di+em que fa+er comdia  muito mais 5itual de 5en@ncia. ;om a mudan4a para qualquer outro
dif6cil e requer um pensamento muito mais p no chão aug@rio, e"istir2 certa quantidade de esc2rnio e
do que drama. 8endo assim, como equilibrar leviandade e desconfian4a associadas com tal feito, não ser2 o menor
as li4:es que os 5agabash são condu+idos a ensinar$ deles os problemas com ?una que surgiram da rejei4ão
&m primeiro lugar, dispense algum tempo para falar das vontades dela. 0utra possibilidade  permitir o
com o jogador que quer e"perimentar um ?ua %ova. jogador a recome4ar com um personagem que seja mais
Pergunte como ele prev/ o personagem na matilha e na de seu agrado e interesse. 0 que quer que voc/ decida,

32 Livro dos Augúrios


tente fa+er uma escolha que encai"e com o jogador, com apontando as falhas de uma estratgia que se esquece de
o grupo de jogadores e com a crônica. comentar as partes boas.
Ar5u6tipos 0 ?0I nascido no ciclo minguante da lua  um
pessimista. &le ainda tem um senso de humor e um
9alve+ mais do que os outros aug@rios, o 5agabash racioc6nio afiado, mas nos momentos cruciais seu humor
possui uma imagem prdefinida, de um palha4o, varia. &le  mais do tipo que resmunga e di+ '&u te disse(.
trapaceiro e comediante. %a realidade, ele  muito mais Por contraste, o ?0I do ciclo crescente  um ambicioso>
comple"o do que isso. Aqui est2 uma apresenta4ão tanto ele s ve+es pensa tr/s passos  frente e espera que todos o
da imagem t6pica como dos outros caminhos que o ?ua acompanhem.  dif6cil de se enfurecer com algum tão
%ova pode seguir. entusiasmado, mesmo quando ele est2 mostrando
O L2der de Oposi‹o Interna problemas e erros.
0 ?6der de 0posi4ão Interna Q?0IR assume seu O Apaziuador
papel
&le como
não tenta'questionador dos modos(
virar o lobo l6der, muito
mas para seriamente.
algum de fora, Apesar dos
prerrogativa da -eia
manuten4ão
?ua, esseda5agabash
pa+ geralmente
assume o ser
papela
certamente parece que sim. 9oda ve+ que o l6der fa+ uma de carregar o fardo dos problemas de todos, e assim
proposta ou mostra um plano, esse 5agabash est2 bem manter a harmonia da matilha ou seita intacta. &le 
aos seus calcanhares para mostrar as falhas. &le e"aure tanto lastimoso quanto impressionante porque est2
v2rios cen2rios para en"ergar todas as possibilidades — e sempre se desculpando pelos erros de todos. 0
então ele as descreve repetidamente em detalhes. %ote Apa+iguador  tambm um 'sofredor por uma causa( j2
que o ?0I não  desrespeitoso, mas ele sem d@vida não que ele est2 disposto algumas ve+es a assumir a culpa
tem medo de se levantar e mostrar seus pontos de vista. pelas transgress:es dos outros para manter a seita ou
0 que o ?0I precisa  de um pouco mais de tato. matilha no rumo certo — o cl2ssico lobo ômega.
8uas idias geralmente são e"celentes, e suas inten4:es 7eralmente, o resto dos lobisomens não tem nada
são verdadeiras> gra4as  sua perspic2cia, muitos de sua contra o Apa+iguador. -as eles sem d@vida o
matilha e seita sobreviveram a situa4:es potencialmente respeitariam mais se ele tivesse mais determina4ão e se
mortais. -as ele descobrir2 que mais dos anci:es iriam erguesse e defendesse suas cren4as e pontos de vista do
receb/lo bem se ele não fosse tão unilateral e não se que apenas tentasse acalmar humores conturbados. Para
impusesse tanto> no geral, ele est2 tão ocupado ser melhor sucedido, o Apa+iguador necessita

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 33


desenvolver uma espinha e tambm a sabedoria de saber equipamentos roubados para seus companheiros de
quando ser humilde e quando defender o que ele acha matilha usarem contra seus inimigos.
que  certo e justo. Ao invs de sempre pedir por perdão Algumas ve+es, o Batedor 8orrateiro fica tão preso
pelos outros, ele precisa ser mais ativo em fa+er com que no papel de espião, que ele se esquece do quadro geral e
aqueles que discordam trabalhem entre eles, com o da tarefa que se segue. )uando os companheiros de
Apa+iguador servindo como um mediador que mantm as matilha estão esperando ansiosamente por informa4:es
coisas amenas. vitais, ele pode estar juntando mais coisa do que
0 Apa+iguador do ciclo crescente da lua surpreende realmente  necess2rio. Para ser o mais prestativo para
alguns lobisomens como falsamente animado. &le est2 sua matilha, o Batedor 8orrateiro precisa de um pouco
sempre com um rosto feli+, mesmo nas piores situa4:es, e mais de foco e de autodisciplina.
sempre disposto a suportar raivosos safan:es quando )uando um 7arou nascido no ciclo crescente serve
outros ficam frustrados com seus esp6ritos sempre feli+es. como um batedor, ele realmente assume o papel,
0 Apa+iguador nascido sobre o ciclo minguante da lua  infiltrandose nas fileiras advers2rias e, dependendo da
mais melanc!lico. &le se culpa por coisas que deram tribo, usando v2rios equipamentos hightech e
errado e  um disposto bode e"piat!rio. Apesar de sua bugigangas. 0 nascido no ciclo minguante parece gostar
atitude redu+ir as tens:es, seus companheiros de seita de infligir dano colateral mais do que os outros, e mais do
estão definitivamente cheios de sua depressão e que constantemente, suas miss:es de batedor terminam
melancolia. com um pouco de sangue derramado, normalmente do
O Ino/ador lado do inimigo. Alguns 5agabash do ciclo minguante
possuem 'cart:es de visitas( registrados que são um tipo
0 Inovador  o mais moderno 'da vanguarda( de assinatura que eles dei"am quando e"ecutam suas
dentre os lobisomens. 8ua idia de dei"ar as coisas a destrui4:es.
salvo  um pouco radical, em tudo desde pr2ticas sociais
at o tempo ocioso que passa na seita. ;laro que ele não
quebra nenhuma das tradi4:es sagradas, mas ele est2
O +rapaceiro +2pico
disposto a encontrar novas maneiras de fa+er as coisas. %egar que a reputa4ão do 5agabash como trapaceiro
Por e"emplo, ele pode propor que todos os cargos da seita e comediante  merecida  um descrdito ao papel
sejam compostos por ?ua %ova por um m/s, para ver se destinado por ?una para o aug@rio. -itos e lendas estão
algum inova4ão surge, ou que o Ahroun que vem at ele repletos de e"emplos de trapaceiros que, com suas pe4as,
para um 5itual da ;onquista parta em uma busca compartilharam grande sabedoria. Para os %!rdicos
espiritual. e"iste ?o<i> para as v2rias tribos nativas americanas
7eralmente, o Inovador tem grandes idias, mas sua temos
96pico acarrega
5aposa,essa
o ;oiote
grande etradi4ão.
a 7ralha. 0 9rapaceiro
;om suas trapa4as,
reputa4ão como 5agabash e um pouco da esquisitice
trabalha contra ele. ?obisomens são firmes em suas ele mostra a matilha novos meios de lidar com um
tradi4:es e muitos são relutantes em considerar novas problema. 8ua risada pode aliviar o fardo da triste+a, e
formas de pensar. Para ganhar confian4a e respeito, o sua disposi4ão em servir como um bode e"piat!rio alivia
Inovador não precisa apenas aparecer com planos tens:es.
inovadores, ele tambm deve servir como e"emplo e ;laro que, todas essas trapa4as fa+em como que os
mostrar que podem servir e trabalhar a um prop!sito @til. outros fiquem cautelosos com o 5agabash. -embros da
0 Inovador nascido sobre o ciclo minguante acha seita s ve+es não sabem di+er quando ele est2 tentando
muito mais f2cil quebrar as regras do que o nascido no ser srio ou sincero, então eles voltam ao estere!tipo para
ciclo crescente. &le não ir2 necessariamente desafiar a saber como reagir. )uando conhecem um 5agabash pela
?itania, mas ele não tem medo de question2la primeira ve+, os outros fa+em suposi4:es sobre seu
abertamente e sugerir que ela foi criada em outro tempo, comportamento, e provavelmente e"istem alguns
para um outro tipo de lobisomem. 0 Inovador do ciclo fragmentos de desconfian4a escondidos abai"o da
crescente se foca em problemas menos sagrados, tais superf6cie. A tarefa do 9rapaceiro 96pico  permanecer
como o tratamento dado a Parentes ou o relacionamento fiel a ele mesmo e a suas fun4:es na sociedade 7arou
entre tribos. enquanto convence os outros de que ele pode e ir2 ser

O 7atedor Sorrateiro
0 papel secund2rio do 5agabash por muito tempo
carrancudo e necess2rio.
verdadeiramente srio quando tal humor for
8e o Drapaceiro D5pico é nascido no ciclo
foi de um rastreador e infiltrador e"periente>  medida crescente da lua nova, ele é mais contente e feliz. 8uas
que a situa4ão dos 7arou se torna mais desesperada trapaças e peças são de boa natureza e normalmente
nesses anos sombrios, muitos ?ua %ova passam mais não envolvem nada terrivelmente mau ou secreto. :
tempo como batedores atr2s das linhas inimigas do que Drapaceiro do ciclo minuante possui um senso de
questionando os anci:es no caern. 0 5agabash corre  humor mais sinistro. 8uas trapaças são brutas e
frente da matilha, prestando aten4ão em obst2culos e rossas, e ao invés de entilmente ensinar uma lição ou
oportunidades> ele entra e sai de instala4:es bem compartilhar sabedoria, ele não est& acima de ameaças
guardadas, tra+endo informa4:es e bugigangas e e intimidação para mostrar seu ponto.

34 Livro dos Augúrios


No/os .ons de "aa&ash ?ua, mas os trapaceiros são peritos em obter admiss:es de
culpa, sempre de forma acidental. #urante uma conversa
• Silenciar (Nível Um) — Apesar de os 5agabash Qacalorada, ou qualquer outraR, o usu2rio desse #om pode
serem professores, uma coisa eles nem sempre podem fa+er o alvo acidentalmente di+er aquilo que ele deseja
ensinar,  quando manter a boca fechada. Os ve+es algum esconder Q';laro que eu tenho tudo a ver com a morte
impulsivo Ahroun di+ algo infeli+ sobre outro grandioso dele... quero di+er, não tenho nada com isso( ou '0 colar
Ahroun, ou talve+ um filhote tagarela est2 prestes a não est2 aqui, procure onde desejar, mas não perca tempo
revelar muitas coisas sobre o que ele sabe. %esses casos, no escrit!rio. 8eria muito !bvio.R A falha do alvo pode
este #om age como um silenciador tempor2rio. &le fa+ o despertar imediatamente mentes suspeitosas, mas ele
alvo esquecer as palavras, perder sua linha de racioc6nio pode atrapalhar o alvo o bastante para causar uma real
ou cria uma distra4ão tempor2ria. Alm de evitar que admissão de culpa, como uma confissão ou um ataque.
amigos digam coisas est@pidas, o #om pode tambm ser &ste #om  ensinado por um 7affling do 3alcão ou por
usado contra insultos de inimigos ou contra fomori um esp6ritodaverdade.
chamado por refor4os. Por causa do v6nculo entre os Sistema: 0 5agabash deve estar em uma conversa
membros da matilha, esse #om  usado mais facilmente com o alvo relacionado a suas suspeitas sobre o crime ou
com eles — afinal de contas, isso foi feito pra um bem a a4ão. 0 jogador e o alvo fa+em um teste resistido de
maior, certo$ m esp6ritodosabi2 ensina esse #om. -anipula4ão S ?2bia, dificuldade igual a 3or4a de
Sistema: 0 Jogador testa 5acioc6nio S ?2bia *ontade do oponente. m sucesso permite uma sutil
Q#ificuldade igual ao 5acioc6nio do alvo S T> para informa4ão, apenas confirmando uma suspeita j2
companheiros de matilha, redu+a a dificuldade em umR> e"istente. ;inco sucessos fa+em o alvo contar qualquer
;ada sucesso silencia o alvo por um turno, impedindoo informa4ão conden2vel, sem poder esconder nada.
de manter qualquer comunica4ão verbal Qentretanto, • mpuni!a!e (Nível Tr"s) — m dos trabalhos
outras formas de comunica4ão, como a linguagem de de um 5agabash  ser o portavo+ de verdades
sinais e a escrita, ainda são poss6veisR. incômodas. Infeli+mente, nem todos toleram essa fun4ão
• Ímã Trapaceiro (Nível Dois) — ;onhecido e muitas ve+es os que mais precisam ouvir a verdade, são
como '#om do ;huteme( pelos particularmente aqueles que menos demonstram vontade em fa+/lo. 0s
irreverentes ?ua %ova, esse #om cria um 6mã espiritual ?ua %ova devem ser r2pidos para evitar a f@ria de um
em uma 2rea ao redor de um alvo inconsciente do #om, ancião que est2 sendo repreendido por um subordinado.
atraindo para o local esp6ritos baderneiros. Apesar de ;om esse #om, o 7arou pode di+er a um respeitado l6der
brincadeiras letais estarem fora dos limites, qualquer que ele ferrou tudo, sem se tornar um mensageiro morto.
outra coisa  v2lidaL
temporariamente, o alvo6tens
podesão
ser movidos ou esp6ritos
cercado por perdidos 0 #om  ensinado
Sistema: 8e forpor
bemumsucedido
esp6ritodogato.
num teste de ;arisma
brincalh:es na mbra, ou momentaneamente perder seu S ?2bia Qdificuldade WR, o 5agabash pode evitar as piores
caminho num territ!rio familiar. 0 6mã não pode ser repercuss:es dos seus discursos. 0 alvo precisa fa+er um
removido ou escondido Qo alvo não pode v/lo, embora teste de 3or4a de *ontade Qdificuldade W mais os sucessos
todos os esp6ritos e 7arou perceptivos possamR, embora do ?ua %ovaR para punir, ou atacar o orador pelo resto
uma v6tima convincente ou sortuda seja capa+ de da cena. ;ada tentativa de usar esse #om em um mesmo
'comprar sua liberdade( com os esp6ritos com o per6odo lunar, adiciona SX a dificuldade do 5agabash.
apropriado chiminage. &sse #om  ensinado por qualquer %ote que tudo o que o 5agabash disser tem que ser clara
esp6rito trapaceiro. e nitidamente verdade do seu ponto de vista — mentiras
Sistema: 0 5agabash gasta um ponto de 7nose e ou duplos sentidos não são poss6veis. Por e"emplo. '8eu
toca o alvo Qum tapa nas costas ou um aperto de mão sobrinho quebrou a ?itania(, funcionaria se o 7arou
funcionam tão bem quanto um socoR. 0 jogador testa mencionado tivesse devorado um guarda, mas não se ele
5acioc6nio S &nigmas Qdificuldade  o Posto do alvo S U> houvesse fracassado em respeitar um territ!rio dos
dificuldade V para não -etamorfosR. 0s efeitos do #om #an4arinos da &spinal %egra. QIsso  uma simples
duram um dia por sucesso. ma falha cr6tica joga o efeito opinião, e assim como '*oc/  um grande idiota(, s! 
contra o 5agabash. Qo infeli+ fa+ o teste contra si mesmo aceit2vel se for sinceroR. 0 %arrado d2 a palavra final. 8e
para determinar quanto tempo ser2 atormentado pelos o 5agabash fi+er mau uso desse #om, ele não apenas
esp6ritos e uma falha cr6tica nesse segundo teste fa+ os perceber2 ap!s ter falado, como o 7ato tornar2 sua falha
efeitos durarem um m/s lunar inteiroR. At mesmo os vidente.
esp6ritos concordam que h2 brincadeiras que vão longe • # Suspeito $omum (Nível Tr"s) — 0s
demais. 0 5agabash que usar esse #om mais de uma ve+ desconfiados 5agabash s ve+es precisam colocar uma
por m/s ?unar, ou contra um mesmo indiv6duo mais de marca em algum, seja para saber a locali+a4ão de um
uma ve+ por sessão, corre o risco de se tornar alvo da filhote ou rastrear um agente do governo suspeito. 0
aten4ão dos esp6ritos Qsubtraia um sucesso da Parada de 8uspeito ;omum permite ao usu2rio ter uma idia geral
#ados a cada uso consecutivo desse #omR. da locali+a4ão de v2rios suspeitos a qualquer momento.
• Língua nos Dentes (Nível Dois) — 8entir a m esp6rito da coruja ou um esp6rito urbano da
verdade, costuma fa+er parte das fun4:es de um -eia 8abedoria ensina esse #om.

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 35


Sistema: 0 5agabash pode colocar uma marca em ?ua %ova pode adentrar os cora4:es e mentes dos
um n@mero de indiv6duos igual a seu valor de 7nose. membros de uma determinada matilha. &le pode sentir os
Para escolher o alvo, o ?ua %ova precisa, ou ter uma medos e preocupa4:es de alguns amigos ou inimigos para
visão desobstru6da ou ter um forte rastro com o cheiro do melhor ajud2los ou atac2los. -unido desse
alvo e fa+er um teste de 7nose Qdificuldade YR. 8e bem conhecimento, o 5agabash pode guiar sua pr!pria
sucedido, ele precisa gastar um ponto de 7nose e se matilha em ataques ao inimigo ou utili+ar sua estranha
concentrar por tr/s turnos. Qo jogador rola Percep4ão S marca de sabedoria para facilitar a pa+ e acordo. )ualquer
&nigmas, dificuldade Z para alvos f6sicos e o valor de esp6rito da Feaver pode ensinar esse #om.
7nose para esp6ritosR. 0 5agabash pode sentir a dire4ão Sistema: Ap!s gastar um ponto de 3or4a de
geral de um alvo. 8ucessos aumentam a precisãoL um *ontade, o jogador testa Percep4ão S &nigmas. ;ada
sucesso diria '8udoeste, a dois quilômetros ou tr/s (, sucesso ap!s o primeiro permite a procura de uma
enquanto cinco sucessos mostraria '8udoeste, U<m, na informa4ão crucial em dois membros de uma matilha por
varanda de sua casa(. 8e o 7arou j2 tiver o n@mero sucesso. Por e"emplo, com dois sucesso, ele ter2 dois
m2"imo de alvos, ele deve 'abandonar( um antes de membros da matilha, e com tr/s sucessos ele pode
adquirir outro. descobrir sobre quatro. 0 %arrador d2 as informa4:es de
• Tempora!a !e Loucura (Nível %uatro) — &"iste forma descritiva. &le não precisa di+er especificamente
um pequena linha entre um humor insano e o precip6cio Posto ou aug@rio, por e"emplo, mas pode apontar quem 
da loucura. A compreensão desse limite por parte do ?ua o mais d2 as ordens e quem as segue. Alm disso, esse
%ova o permite fa+er com que seus inimigos cheguem #om pode dar dicas ao 5agabash dos medos e fobias que
perto da loucura. Apesar desse #om não fa+er nenhum ele pode melhor usar em sua vantagem. ;om a
dano real  v6tima, ele pode fa+er dela um objeto de aprova4ão do %arrador, ele tambm pode descobrir o
esc2rnio e +ombaria... e dar uma quantidade de respeito Posto dos membros da -atilha, quem tem mais 3@ria e
ao 5agabash que us2lo. )ualquer esp6rito de ?una 7nose, e possivelmente, certas )ualidades ou #efeitos.
ensina esse #om. %arradores devem ser generosos, pois esse  um raro e
Sistema: 0 jogador gasta um ponto de 7nose e fa+ poderoso #om.
um teste resistido de -anipula4ão S ?2bia contra a 3or4a • Dom !e rometeu (Nível Seis) — &ste poderoso
de *ontade do alvo. m sucesso fa+ com que a v6tima se #om permite ao 5agabash fa+er a proe+a final, roubar um
torne desarticulada e tenha ataques de loucura por um poder sobrenatural e transform2lo em um #om. Alm
n@mero de turnos igual  7nose do 5agabash> tr/s disso, o novo #om pode ser ensinado a outros, como se o
sucessos fa+em a loucura durar pelo restante da cena. O ?ua %ova fosse esp6rito tutor. A parte dif6cil  que o
discri4ãoadov6tima
colocar %arrador,
em quatro ou mais
um estado sucessos por
incoerente podem
um 5agabash
disso, ele deve ser alvo odo poder,
transforma poder primeiro,
que agoramas,pode
depois
ser
per6odo ainda maior. ensinado a outros, mas ele mesmo não pode usar . m
• Trocar a Lua (Nível $inco) — &sse #om poderoso esp6rito, como o avatar de um Incarna
essencialmente fa+ um lobisomem 'caminhar atravs dos trapaceiro ensina esse #om.
ps de outra pessoa(. Por um curto per6odo de tempo, o Sistema: 8obreviver, sofrer e se sacrificar são os
?ua %ova pode alterar o aug@rio de outro lobisomem, meios de se adquirir esse #om, apesar de nenhum teste
para qualquer outro que ele considerar apropriado. ser necess2rio. 0 5agabash precisa sofrer os efeitos do
)ualquer esp6rito de ?una pode ensinar esse #om. poder Qcomo uma disciplina vamp6rica ou uma rotina de
Sistema: 0 5agabash gasta um ponto de 3or4a de um magoR usado sobre ele. &ntão ele pode usar sua
*ontade e o jogador testa -anipula4ão S Instinto e"peri/ncia, trabalhando com o esp6rito apropriado e
Primitivo. Para cada sucesso, o alvo deve ficar um dia transformar o poder em um #om. que pode ser ensinado
com seu novo aug@rio. 0 5agabash pode terminar os a outros. 0 5agabash não pode ele mesmo usar o #om e
efeitos previamente, se assim desejar. 0 alvo perde acesso agora est2 vulner2vel aos seus efeitos. A pr!"ima ve+ que
aos #ons espec6ficos do Aug@rio, ganha ou perde pontos encontrar um oponente usando esse poder, o inimigo tem
tempor2rios de 3@ria, tra+endo sua base para o m6nimo do a dificuldade redu+ida em X para afetar o ?ua %ova Qo
aug@rio apropriado e, repentinamente sentese poder afeta mais facilmente o 5agabashR. )ualquer poder
influenciado a pensar pelos deveres de seu novo aug@rio. sobrenatural pode ser copiado dessa maneira inclusive os
Por e"emplo, se um 5agabash altera um Ahroun em um maculados pela FHrm. #essa forma os lobisomens podem
Philodo", ele come4ar2 a tentar dar o e"emplo, sentindo devolver o poder da FHrm para ela mesma. &m vista do
um impulso em ameni+ar disputas, e tra+endo coisas para sacrif6cio envolvido, os ?ua %ova normalmente ganham
o seu julgamento. Quma oportunidade de interpreta4:es consider2veis n6veis de 5enome, não apenas por 'roubar(
engra4adas e criativasR. 0s ?ua %ova de posto avan4ado o poder, mas tambm por ensinar a outros. 0 %arrador
usam esse #om para ensinar uma li4ão para aqueles que deve se sentir livre para criar e inovar na cria4ão de
assumem o papel de seu aug@rio muito severamente, o poderes de outros jogos Qcomo *ampiro e +agoR dentro
que pode realmente ser efetivo ao mostrar uma do universo de Loisomem. 0 %arrador determina o
perspectiva diferente. %6vel de qualquer #om adquirido desse modo, como
• &lo 'rgil (Nível $inco) — ;om esse #om, o achar apropriado.

36 Livro dos Augúrios


No/o "itual de Pacto No/os Fetiches
"itual do 8mea Insetos 7elisc9es
%6vel 9r/s %6vel X, 7nose \
7eralmente  fun4ão do 5agabash adicionar 7randes Insetos são fetiches que parecem ser algum
frivolidade e desviar uma situa4ão tensa. )uando a tipo de um grande inseto — joaninhas, abelhas ou louva
divisão e a f@ria amea4am a unidade da seita, alguns adeus, por e"emplo — feitos de argila e pintados em
5agabash escolhem o perigoso e sacrificante 5itual do cores berrantes. m lobisomem pode colocar um desses
[mega. ma ve+ que sua e"ecu4ão seja bem sucedida, o pequenos insetos em objetos que ele queira proteger de
mestre de rituais se torna insultuoso> tudo que ele di+ ou bisbilhoteiros casuais, ativando o fetiche quando o
fa+ acerta no nervo de todos da seita Qe dos visitantes que coloca sobre o objeto. )uando qualquer um alm do
estiverem por l2 quando o ritual come4aR. Anci:es lobisomem tenta abrir ou perturbar o item em questão, o
colocam ele pra trabalhar e o punem por ser folgado, e os grande inseto ganha vida e 'ferroa( o ofensor. Isso não 
Ahroun querem praticar suas habilidades de arremesso de letal, mas  e"cessivamente doloroso, como o pior ferrão
5agabash. At mesmo o impuro mais bai"o di+, '#eve ser imagin2vel. ;aso o ofensor tenha alguma ra+ão que o
muito ruim ser voc/(. 0 mestre de rituais ser2 levado fa4a ficar em sil/ncio, ele deve fa+er um teste de 3or4a de
para matan4as, espancamentos caso não seja r2pido o *ontade, dificuldade Z, para evitar gritar com todo ar de
suficiente e pode at ter seu equipamento roubado ou seus pulm:es.
danificado em nome do !dio. At mesmo a sua pr!pria
matilha o trata como li"o. 9oda a tensão, !dio e f@ria
Foo de Lo(i
que amea4avam dividir a seita agora são direcionados %6vel T, 7nose Y
para um indiv6duo, tra+endo unidade e purga4ão aos &sse fetiche normalmente parece como um pedra
7arou. 0s efeitos duram no m6nimo um dia, apesar de vermelha flamejante, do tamanho apro"imado da palma
que para uma melhor situa4ão o 5agabash possa de uma mão humana, similar em cor a uma cornalina.
continuar a interpretar o papel de ômega indesej2vel, )uando ativado com o gasto de um ponto de 7nose Qum
para assegurar a harmonia. teste comum não ativa um fetiche desse poderR, ele
Sistema: sando seu pr!prio sangue misturado com permite ao portador aumentar sua -anipula4ão em dois
o solo do caern, o mestre de rituais inscreve o glifo 7arou pontos pela dura4ão de uma cena. &m condi4:es ideais, o
para *ergonha em seu peito e entoa um canto. 8e bem usu2rio assume essa oportunidade para e"ecutar um
sucedido,
ritual. o 5agabash cai para Posto m pela dura4ão do truque
que ou de alguma
o homônimo da forma
pedra tirar vantagem
aprovaria. m de uma forma
esp6rito da
;aso a tensão na seita seja resultado de um evento engana4ão normalmente  a fonte do poder do fetiche.
singular Quma morte, um desafio de divisas, etcR, o ritual
dura um @nico dia. %o caso de uma crise mais duradoura No/o Amuleto
Qnegocia4:es entre seitas ou um conclave acaloradoR, o
ritual pode demorar uma semana. %o final do ritual, o Pintura Facial
glifo desaparece e o Posto do 5agabash volta ao normal, 7nose Y
adicinados de \ pontos tempor2rios de onra Qat V para Pintura 3acial pode assumir v2rias apar/ncias, desde
um ritual e"tensoR e ele volta a ter um tratamento uma maquiagem de panquecas at uma rica lama ocre,
decente para compensar o sacrif6cio. 0s membros da seita normalmente dependendo da cultura de onde vem o seu
estarão mais inclinados a se comprometer e ter uma criador.  um fetiche e"tremamente @til, j2 que ele
maior compreensão dos pontos de vistas opostos, temporariamente ofusca a apar/ncia do usu2rio. )uando
permanecendo unificados por um tempo. ativada, a pintura pode simplesmente fa+er o usu2rio
0 mestre de rituais pode encerrar o ritual antes do parecer mais ou menos bonito Qaumentando ou
tempo, apagando o glifo e gritando 'J2 chegaK(, mas ele diminuindo a Apar/nciaR, ou dar ao usu2rio diferentes
perde U pontos de onra e X de 8abedoria, e pior, a seita caracter6sticas faciais. ma pessoa de pele escura e olhos
perde todos os benef6cios do ritual. castanhos pode, por e"emplo, escolher ter olhos a+uis e
&sse  um ritual espec6fico dos 5agabash> qualquer uma pele bron+eada. As mudan4as não ocorrem pelo
outro aug@rio Qassumindo que eles achem um professorR corpo todo, apenas na face, mas  um item bastante @til
tem SU de dificuldade no teste e ganha ou perde apenas X para quando se precisa passar por outra pessoa. 0s efeitos
ponto de onra. duram uma cena.

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 37


A natureza, para ser comandada, precisa ser obedecida.
— Francis Bacon

lo&isomens sugando seus poucos recursos como


Os Luas Crescentes carrapatos gordos. Rapidamente' ela se puniu. Ela j) viu
os 0arou a!erem muitas coisas corajosas em suas vidas'
Anjou ‘Annie’ Patchquilt odeia estereótipos étnicos ajudando as pessoas e se doando. 1%o que todos eles
com uma intensidade passional. Ela odeia o vago cheiro sejam como Fala23om2as2#om&ras. #eus dedos
de gordura no ar da Reserva que a!ia todo mundo suar tencionaram e ent%o ela perce&eu quando se arranhou
mais do que naturalmente deveria. Ela odeia a roupa com a esponja de a$o' mas n%o se importou. Arrogantes'
esarrapada do E"ército da #alva$%o que ela conseguiu paternalistas' intimidadores' cruéis e manipulativos —
para seus ilhos e so&rinhos. Ela odeia o papel de parede isso era verdade. Ela odiava a todos os malditos /heurges
descascado e a mancha marrom de goteira no orro de e seus amigos esp*ritos tam&ém.
gesso de sua casa apertada. Acima de tudo' ela odeia e qualquer orma' ela pensou' isso insultava sua
quando qualquer homem &ranco olha pra ela e v( apenas intelig(ncia. Anjou nunca oi particularmente uma
uma mulher nativa repugnante em roupas po&res. Ent%o amante da nature!a e ela encarou como uma
ela tra&alha' com um desespero calado' para manter sua estereotipa$%o enquanto os lo&isomens esperavam que
casa em ordem' limpa e ha&it)vel' dentro do poss*vel ela respeitasse seus esp*ritos da nature!a só por que ela
com o que ela tem. +sto era como tentar segurar uma
avalanche com uma "*cara de ch)' mas ela nunca parou tinha uma
onde todo pele marrom
nativo como a tem
americano deles.uma
3omoprounda
na /4' e
de tentar. emp)tica liga$%o com os animais e com o 5Esp*rito da
Agora mesmo' ela est) esregando compulsivamente /erra6 — junto com sua machadinha e seu cocar de
sua mesa de jantar com uma esponja de a$o' tentando penas. Anjou se considerava uma mulher pr)tica —
remover as manchas do molho ,rat -acaroni que mesmo por que ela sa&ia mais so&re o uturo do seu povo
secaram como esmalte h) meio ano atr)s. e uma orma' do que so&re o passado dele. 7s 89tena nunca
isso era puriicador — esse movimento repetitivo aceitariam isso' é claro' mas o m*nimo que eles poderiam
acalmava os nervos dela. +sso a ajudou a esquecer a!er era cuidar da sua própria vida e dei"ar a sua maldita
algumas coisas. /udo isso poderia ser acilitado' ela espiritualidade para si mesmos' em ve! de or$)2la nos
ponderou' se a sua gente n%o tivesse uma tri&o de outros.

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 39


1%o pense so&re isso' ela disse a si mesma. 4oc( só ao que eu ui ao &ar. Agora' eu n%o posso nem mesmo
vai icar deprimida e tem tra&alho a ser eito. 7 &arulho sorer em pa! — todos os que eu pensava serem meus
estridente da porta interrompeu suas rele":es. amigos est%o cochichando so&re qu%o tola eu ui' por n%o
54) em&ora6' ela gritou' sua vo! revelando mais da ter me calado e o&edecido aos esp*ritos como uma &oa
sua ang;stia do que ela normalmente se permitiria. criada. E eu perdi meu uturo' aquele que parecia t%o
51ós precisamos conversar' Anjou.6 Ela conhecia &rilhante. Essa é minha triste história preiro n%o entrar
aquela vo! — era Aaron <uatro2Patas' um dos Philodo" nos detalhes mais sangrentos. /udo que aquela maldita
da #eita do Rio. Ela pensou em pedir para dei")2la em velha tinha de a!er era me dar alguma e"plica$%o' uma
pa!' mas a ;ltima coisa que ela queria era dei"ar mais justiicativa' além de ‘seu amante é sujo’.6
0arou nervosos com ela' ent%o ela suspirou 54eja' esse é o meu ponto. Eu respeito a maioria do
proundamente' ajeitando seu ca&elo preto e dei"ando seu povo' realmente respeito. -as eu acho que seus
que seu convidado entrasse com toda a rie!a que ela /heurges s%o completos merdas. -eu av oi criado em
possu*a. uma dessas escolas católicas ‘especiais’ que eles t(m para
5As coisas que voc( disse no Bar do =omem os nativos — com certe!a voc( j) ouviu alar delas. Eu
Prateado na ;ltima noite' so&re Fala23om2as2#om&ras e ouvi por tudo que ele passou' como eles usavam a religi%o
os 89tena' elas est%o se espalhando.6 para golpear nosso povo e nos manter na ignorCncia' eu
5> uma sociedade livre' n%o é? Eu posso di!er o que vejo a mesma coisa acontecendo com nossos /heurges.
eu &em entender@6 4oc( j) ouviu isso de outros 0arou' como eles se
51%o'6 disse Aaron' com uma vaga triste!a em sua interessam por coisas que n%o deveriam e eventualmente
vo!' 5n%o é' pelo menos' n%o completamente. E e"istem se queimam. Eu tive que sacriicar muito na minha vida
muitas' muitas coisas que a seita n%o tolerar) que voc( porque os 0arou estavam em guerra com a Drm. #e a
diga em p;&lico. Eu sinto muito. 7 que aconteceu' de guerra é t%o importante' por que voc(s gastam tantos
qualquer orma' para que voc( dissesse tamanho veneno recursos pagando dé&itos a esp*ritos e guardando locais
so&re #om&ras e seus esp*ritos?6 sagrados? /alve! seja dierente para voc(' mas eu digo
Anjou suspirou' estava cheia de humilha$%o. Aaron que tudo que voc( est) a!endo é prostrar2se para um
queria oerecer conorto a ela' mas ele n%o sa&ia como. &ando de dogm)ticos e tiranos deuses2parasitas. Ent%o
5Eu vou lhe contar ainal de contas' se voc( n%o ouvir de sim' eu conirmo tudo o que eu disse no &ar.6
mim' vai ouvir de um dos meus ‘amigos’. 8m ano e meio
atr)s' eu conheci um &elo e gentil homem' chamado O Primeiro Theurge
Phillipe Rouchard' nós nos apai"onamos.6 Aaron a&riu sua &oca para alar' mas as palavras
e seuAnjou
rosto colocou suas m%os
era de triste!a calejadas
e miséria. 5Eleentre os ca&elos
me achava icaram
algo comopresas. 1%o+sso
aquilo. havia muito
seria maisa di*cil
ser ditodepara responder
resolver do
&onita' Aaron. Ele era meu sonho' minha pai"%o e a que ele pensara inicialmente. -entalmente' ele "ingou
minha ;nica oportunidade de viver uma vida com mais Fala23om2as2#om&ras' mas ele n%o admitiria isso.
dignidade do que eu tenho agora. #om&ras veio até mim. 5Por avor' n%o pense em nós como ditadores ou
Ela literalmente apareceu do nada uma noite enquanto tiranos' Anjou. Eu estimo sua dor' compreendo porque
eu assistia /4' sem d;vida esperando me assustar com a voc( se sente erida por Fala23om2as2#om&ras. Acredite'
m)gica de percorrer atalhos' como se eu osse uma eu quero tentar consertar essa &agun$a' n%o apenas varr(2
ignorante. Eu nunca me senti so!inha desde ent%o' voc( la para de&ai"o do tapete. 3ertamente voc( n%o é a
sa&e — eu sempre sou&e que um de voc(s poderiam estar primeira pessoa a se sentir re&ai"ada por um /heurge ou
em minha casa pela 8m&ra' me espiando e eu nunca a sentir que os uas 3rescentes i!eram mal a voc(.
serei capa! de perce&er isso. Aquela vaga&unda levou /heurges s%o conhecidos por serem enigm)ticos'
minha seguran$a em&ora para sempre. Enim' ela nem manipulativos e até mesmo enganadores. -as eles t(m
sequer se incomodou em se apresentar. Ela apenas me suas ra!:es para serem assim e espero poder ajud)2la a
disse que a -%e 89tena olhara para o ruto da minha entend(2los melhor. Ent%o por que nós temos /heurges'
uni%o com Phillipe e achou que ela osse de mau agouro' voc( pergunta? 7 que eles a!em por nós? ei"e2me
que eu tinha que me separar dele imediatamente e come$ar desde o in*cio ent%o.6
escolher um companheiro dierente' da Reserva. Ent%o' 5/odas as tri&os possuem lendas so&re o primeiro
ela desapareceu. #em nenhuma e"plica$%o' nenhum /heurge e muitas clamam ele ou ela para si. 1o entanto'
conselho' só uma imposi$%o. Eu acho que todos os o é e"traordin)rio é que' apesar dos detalhes de cada
humanos devem se sujeitar a um /heurge' certo?6 lenda serem dierentes' o molde &)sico é e"atamente o
51%o. 1em todos' eu juro. -as continue' por avor.6 mesmo. Eu acredito que haja um pouco de verdade nessas
Anjou olhou com uma cara eia para ele. lendas' mas eu n%o espero que voc( a$a o mesmo. Por
53ertamente voc( j) ouviu o resto. Esse lugar é pior do enquanto' por avor' apenas escute. E"istem sempre seis
que a menor das cidades. Eu iquei com Phillipe e ui est)gios para a históriaG Aliena$%o' /ransgress%o' #inais e
criticada. Ele desapareceu no ar quando eu estava gr)vida Proecias' 3omunica$%o' #acri*cio e Restaura$%o. 7
de cinco meses. As crian$as nasceram deeituosas e a 0arou descrito como o primeiro /heurge varia
;ltima morreu na unidade de tratamento no dia anterior amplamente de lenda para lenda — algumas ve!es é um

40 Livro dos Augúrios


grande guerreiro' outras um simples impuro. -as ele é predadores. Eventualmente' j) que isso ocorreu em
sempre separado de sua tri&o' sua matilha' seu c*rculo tempos quando o mundo era mais pró"imo da magia' a
social. Algumas ve!es ele é um vision)rio que v( coisas maldi$%o espiritual se tornou insuport)velG os dias se
que os outros n%o en"ergam' outras ve!es ele é doente ou tornaram mais quentes so&re o olhar de =élios e as noites
até mesmo louco. -as ele sempre est) separado' so!inho ainda mais rias que o v)cuo do espa$o. /empestades
e n%o é completamente normal.6 violentas seguiam os 0arou primitivos como um legado
5A /ransgress%o é de longe a parte mais vari)vel da do Av /rov%o. /odas as eridas se tornaram inectadas'
história. 7s outros 0arou' em sua arrogCncia' conseguem todas as crian$as mortas ao nascer e a trama so&renatural
oender o mundo espiritual — na lenda dos 89tena' por da realidade come$ou a ativamente ustigar os 0arou.6
e"emplo' eles levam um re&anho de cari&us H morte e 5Apenas o 0arou que era o Primeiro /heurge podia
matam todos eles' dei"ando quase toda a carne e pele perce&er a causa disso e seus avisos reca*am so&re ouvidos
para apodrecer. 7 desrespeito undamental mostrado ao surdos. em&re2se que isso oi antes do esta&elecimento
Pai Animal do cari&u demonstra a hu&ris desses 0arou da maioria da espiritualidade 0arou e ninguém sa&ia
primitivos muito &em. 7utras tri&os possuem outras como alar com os esp*ritos. -as o Primeiro /heurge
transgress:es' por e"emplo' os Presas de Prata alam do partiu na 8m&ra para tentar acertar as coisas. Agora ele
assassinato de um rei' enquanto as lendas dos Andarilhos deve passar por v)rios ord)lios e testes antes que os
do Asalto alam so&re o e"term*nio dos humanos pré2 esp*ritos compartilhem seus segredos a ele' e assim ele o
históricos cada tri&o coloca sua moral preerida na a!' demonstrando grande esperte!a e sa&edoria no
história. -esmo assim'osa arrogCncia
oender mortalmente dos 0arou
mundos espirituais e' conseguiu
enquanto processo.
ha&ilidadePor
desua coragemem
conversar e vis%o' os esp*ritos
sua l*ngua' d%o a ele
e inicia2se a a
isso persistir' nada de &om surgir) das &uscas de nossa verdadeira comunica$%o entre as ra$as. 8ma ve! criada'
ra$a. essa ponte n%o é acilmente que&rada muito tempo
5+sso nos leva para a pró"ima se$%o do mito' #inais e depois do Primeiro /heurge ter morrido' os espiritualistas
Proecias. entamente' os maiores poderes tornaram2se 0arou carregam o acordo dele no aprendi!ado de um
conhecidos. Fetiches se despeda$avam quando usados em simples om. -as só palavras n%o eram suicientes para
&atalha. -) sorte e coincid(ncias estranhas assolavam recuperar o equil*&rio' j) que a hu&ris dos 0arou oendeu
esses 0arou primitivos. As colheitas de seus Parentes os esp*ritos em grande escala. 8ma grande reden$%o era
humanos ca*am esta$%o após esta$%o' enquanto seus necess)ria.6
Parentes lupinos eram presas para ca$adores e 57 #acri*cio é sempre mortal. As lendas 0arou n%o

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 41


s%o histórias &onitinhas' Anjou' e a verdade é
que apenas com sua morte o "am% podia
apa!iguar o mundo espiritual. 1enhum outro
sacri*cio era grande suiciente. 1as tri&os mais
guerreiras' sua ang;stia é aumentada muitas
ve!es' para enati!ar o aspecto do m)rtir — o
/heurge 3ria de Fenris é acorrentado em uma
montanha enquanto #urtur joga pedras
e"tremamente quentes so&re sua orma
destru*da por toda a eternidade' por e"emplo.
4oc( acredita que o 3ristianismo oi a primeira
religi%o a ter um #alvador que a&solvesse
transgress:es com sua própria vida? -uitas das
mitologias das religi:es humanas possuem suas
&ases ou paralelos nas histórias dos 0arou. A
morte do Primeiro /heurge ecoa a pequena
morte que a maioria dos /heurges e"perimenta
durante seu Ritual de Passagem — é uma
correspond(ncia sim&ólica' isso conta muito em
um mundo m*stico.6
5Assim' o equil*&rio entre os mundos dos
esp*ritos e da carne oi restaurado' as pragas e
tragédias so&renaturais aca&aram — essa é a
Restaura$%o. 7s 0arou' agora capa!es de
compreender os esp*ritos' se a&ateram ao
ouvirem do sacri*cio do Primeiro /heurge. 7s
lo&isomens primitivos juraram que esse tipo de
oensa a 0aia nunca deveria chegar a se tornar
t%o rude novamente e para mostrar sua
dedica$%o a isso' eles i!eram um pacto com

unaG todoso seus


crescente' sinalilhotes nascidos
de una para so&re a lua
os maiores
mistérios' seriam direcionados aos mundos
espirituais' para agirem como emiss)rios e
mensageiros para os esp*ritos' garantindo que os
0arou nunca alhem em pagar seus dé&itos
novamente.6

As Mil Faces
Anjou &alan$ou a ca&e$a lentamente
enquanto ela digeria a lenda. 5+sto é' hum...
evocativo' eu acho' num sentido primitivo' mas
ainda n%o icou claro para mim o que os
/heurges a!em nas quest:es pr)ticas' reais
enquanto seus guerreiros est%o morrendo nas
linhas de rente e seus ju*!es est%o reor$ando a
lei tri&al.6
51%o soando depreciativo' eu iquei
cansada de ver o povo tentando usar as lendas
como justiicativa para as quest:es da vida real
desde a primeira ve! que um dos meus anci:es
tri&ais veio com toda aquela rotina de 5voc(
n%o entende os 3aminhos 1ativos' sua crian$a
da cidade ignorante6 so&re mim. Apelar para
um precedente m*tico n%o é uma orma v)lida
de argumento6.
7 lo&isomem concordou. 5-uito &em.
4oc( possui uma mente aiada Anjou' daria

42
uma &oa Philodo". -as voc( n%o pode julgar um aug;rio que posso ver isso. Eu acho que posso en"ergar assim.
por uma pessoa' n%o importa qu%o orte uma presen$a -as claro que voc( n%o precisa de um quinto da sua ra$a
dela possa ser em sua vida. 7s /heurges s%o muito dedicado a só isso?6
diversiicados e eles possuem v)rias un$:es dierentes O Mensageiro
para se ocupar na sociedade 0arou6.
57h n%o. A maioria dos humanos acredita que o
O Sacerdote espiritual é isolado numa terra muito distante que eles só
5Primeiramente e mais importante' /heurges s%o o podem interagir com uma morte ou em terr*veis raros
clero da nossa sociedade — mas voc( j) sa&ia disso' momentos de e"peri(ncia m*stica. +sto n%o é verdade
certo? 3ontudo' eles n%o s%o como os sacerdotes mortais para os 0arou — esp*ritos est%o pró"imos todos os dias.
e os "am%s que voc( j) tenha tido e"peri(ncia. #e muito' 1ossos pequeninos deuses olham' por so&re nossos
eles s%o mais como as sacerdotisas e monges de templos om&ros' a tudo que a!emos' nós precisamos ter pessoas
de misteriosos cultos ancestrais. Iuntamente com os que conhecem os ritos tradicionais e os caminhos antigos
deveres normais
respons)veis peladepreserva$%o
qualquer autoridade
do mistérioreligiosa' eles que
e do temor s%o — pessoasvivos
mistérios quedas%o classiicadas
maneira para alar com esses
apropriada6.
cercam o sagrado6. Anjou criticou ceticamente. 5-as por que ent%o
Anjou &uou. 5-antendo as massas de 0arou todo aquele vudu e porcaria? Por que se incomodar com
assustadas e a merc( deles. <u%o no&re6. os ritos' as dan$as sacras e os enigm)ticos que&ra
5-antendo os 0arou reverentes6' Aaron corrigiu. ca&e$as? Eu tenho vivido com os 0arou por toda minha
5E"iste uma dieren$a entre a sincera rever(ncia e vida eu sei muito &em que qualquer 0arou tem a
simples ignorCncia' Anjou. /odos os 0arou reverenciam capacidade de aprender como alar coerentemente com
0aia e querem servir a Ela. 7s /heurges n%o or$am os esp*ritos. Até mesmo alguns especialmente devotam
ninguém a isso' eles n%o precisam. +sto est) no interior de seus Parentes a aprender esse truque. Ent%o porque temos
nós num caminho que eu realmente n%o consigo e"plicar de coniar aos /heurges ao invés' digamos' aos Philodo"'
a um humano. #into muito. 1ós nascemos como seres quando eles tradu!em a linguagem dos esp*ritos em
espirituais' im&u*dos com 0nose. -as nós tam&ém somos termos de tolas met)oras e enigmas?6
seres orgulhosos' um t*pico 0arou é mais poderoso do 58ma ve! eu i! uma pergunta similar a um velho
que noventa por cento de outros seres que ele poder) Peregrino /heurge' quando eu era jovem e ine"periente.
lidar. 7s /heurges asseguram que nosso orgulho nunca +sso oi o que ele disse em respostaG 7s /heurges nunca
chegue a atingir o ponto de hu&ris e desrespeito com os ouscam para a causa da ousca$%o. Eles n%o est%o aqui
esp*ritos' como oi dito na história do primeiro /heurge. para nos enganar' mas como qualquer diplomata e
8m dos muitos crimes graves de nossa ra$a — incluindo lingJista eles t(m que dar o respeito apropriado para
o +mpergium e a 0uerra da F;ria — se srcinou pela alta am&os os lados da troca. 1ada é mais an)tema do que um
de respeito de um modo geral. +sso algumas ve!es tr)s H esp*rito sendo tratado como um aliado mundano' uma
tona uma antiga sensa$%o de terror que nos a! lem&rar onte — como um guerreiro parente ou um alto contato
que n%o somos as ;nicas criaturas que se acham dignas de na 1arcóticos. Este é caminho da Deaver — implicar
0aia' ent%o na verdade eu ico grato por termos que apenas propriedades importantes de uma coisa seja
/heurges para cuidar disso. Espiritualmente cuidam de aquela que possa ser acilmente o&servada' entendida e
um importante tipo de limita$%o para os 0arou' quando catalogada. Algumas coisas s%o melhor dei"adas
esquecemos de reverenciar' coisas ruins acontecem. E desinormadas — ou ao invés disso' ormado por sonhos'
isso toma uma grande quantidade para acertar na dan$as espirituais e ora$:es ao contr)rio das &analidades
realidade' terror genu*no nos cora$:es dos guerreiros da anatomia e da negocia$%o6.
escolhidos de 0aia' dado o que enrentamos em uma &ase 5-eu amigo /heurge disse que e"istem duas
regular. Algo do que torna o /heurge uma igura de verdades no mundoG a primeira' a mais dura verdade' que
grande inspira$%o é o desconhecido' a nature!a é aquela que os Philodo" lidam — a verdade do sim ou
alien*gena de que ele lida' o ato de que nunca sa&er) n%o' culpado ou inocente verdade adquirida pela
quais dos seus segredos um /heurge pode estar ocultando. o&serva$%o e an)lise. +sto é verdade' mas tam&ém
Ent%o' o medo que um /heurge inspira é o medo de se o&scurece qualquer verdade maior que possa estar
alhar em nossos diversos deveres para com 0aia. 8m de&ai"o de uma mentira. >... literal' na alta de um termo
/heurge é um lem&rete vivo para todos os 0arou de que melhor. A verdade do /heurge' por outro lado' é uma
nós todos temos na realidade' divindades de poderes verdade suave a verdade das lendas' das proecias e
cosmológicos olhando por so&re nossos om&ros' mesmo s*m&olos. 1em tudo na mitologia é estritamente casual'
em&ora n%o consigamos v(2los ou toc)2los. 7s 0arou mas est) l) por uma ra!%o6.
precisam disso — nós precisamos sa&er que n%o somos o 5/odos os esp*ritos — sim' inclusive os -alditos —
maior gorila no quarteir%o e que devemos nossa lealdade s%o uma parte de uma maior verdade sim&ólica. 4oc(
a patronos espirituais muito acima de nós6. n%o pode colocar essa verda de em palavras — isso iria
Anjou &alan$ou a ca&e$a. 5Religi%o como um mat)2la e a Deaver iria ganhar. Ent%o os /heurges
sistema de controle para seu poder so&renatural. Eu acho cortam2na em peda$os' misturando cada uma em

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 43


mistério e enigma. Ent%o eles as entregam' esperando que mesmos. Em alguns casos' voc( pode até comparar um
isso solucione o ‘enigma’ na procura de alguma imediata' /heurge a uma cl)ssica parteira6.
di*cil verdade onde nós encontraremos uma min;scula' 5> claro' muitos /heurges tam&ém possuem
inestim)vel a*sca da verdade maior contida — uma ha&ilidade com a medicina moderna alguns s%o até
verdade que eles n%o podem articular mesmo que eles isiologistas e cirurgi:es ha&ilitados. em&re2se que n%o
quisessem tam&ém6. seguir propriamente os caminhos tradicionais n%o
5Ao menos' é o que di! meu amigo. #ério' em&ora' implica em di!er que nós n%o podemos tam&ém a&ra$ar
isto seja ultimamente acad(mico — mesmo se nós métodos modernos quando eles servem para nossos
quiséssemos nossos /heurges para alar estritamente propósitos6.
racionalista e de maneira precisa com os esp*ritos' como
os tradutores oiciais ou alguma coisa assim' mas eles n%o
podem. -uitos' muitos esp*ritos s%o altamente elusivos e
enigm)ticos por nature!a e /heurges tem de alar em seu O Destino do Mal
n*vel se eles quiserem alar como todos eles. 8ma coisa que muitos 0arou Ke tam&ém muitos
8ltimamente' esp*ritos podem reletir aspectos da jogadores de LobisomemL' podem n%o ter perce&ido
condi$%o humana' mas eles n%o s%o parecidos como voc( é que matar -alditos e outras criaturas da Drm n%o
e eu isto pode tomar anos de treinamento de um a enraquece verdadeiramente no cen)rio geral das
/heurge e uma mente aiada para relatar a eles num coisas. +sto n%o é para di!er que muitos atos de
n*vel que eles possam entender. /udo o que eu estou hero*smo de muitos grandes heróis guerreiros 0arou
tentado di!er é que os uas 3rescentes tem sólidas ra!:es oram em v%o — longe disso. estruir os servos da
para serem enigm)ticos isto n%o é como se eles Drm' assim como aqueles simples &urros maliciosos
estivessem tentando intimidar um ignorante ou esconder que alimentam o seu poder com ódio e ignorCncia'
sua própria incompet(ncia6. ajuda muito &em. +sto protege inocentes que
Anjou concordou. 5-uito &em6. poderiam de outra orma serem machucados por suas
O Educador a$:es' evita que a corrup$%o seja disseminada e
ganha tempo para que outros 0arou encontrem uma
5/heurges a!em mais do que apenas causar medo e solu$%o mais duradoura e geralmente contri&ui com
conundir'6 o Philodo" disse isso com um sorriso auto2 os esor$os de uma ra$a morta em manter as ileiras
depreciativo. Anjou sorriu de volta a despeito dela contra sua e"tin$%o inal 7 que isso n%o a!' por um
mesma. Ela se mostrou genuinamente interessada' Aaron outro lado' é enraquecer a Drm num senso geral. 7
imaginou. Esse era um &om sinal6.
5Eles tem um jeito com os outros 0arou' veja voc(. potencial
poder da Drm que
de corrup$%o é determinado altamente
ela representa' as acespelo
do
1ossa ;ria queima orte eles nos ajudam a educar nossa mal representados pelos +mpulsos da Drm e seus
0nose como um contraponto. Eu acho que voc( pode -aeljin +ncarnae. Fomori e -alditos s%o apenas
di!er que eles e"ercem algum tipo de inlu(ncia calmante agentes da Drm usados pra ensinar essa corrup$%o
so&re nós' prevenindo a F;ria de se so&ressair so&re a é a corrup$%o em si que concede a or$a maculada'
ra!%o. 3ontudo' estou certo que é di*cil para voc( n%o os -alditos e os Fomori.
acreditar' que em muitos casos eles possam ser os mais 5> a* onde os /heurges Ke todos os outros 0arou
emp)ticos 0arou — n%o necessariamente o mais que ajudam a seguir sua vis%oL entram. 3ura
perceptivo das emo$:es essa honra vai para os 0alliard espiritual' a restaura$%o do &alan$o meta*sico e
— mas o maior desejoso em compartilhar das dores do psicológico — essas coisas s%o indiscutivelmente
outro' aliviar o sorimento de outros para nos relem&rar muito valori!adas pela 1a$%o 0arou Kem&ora se
de nossos la$os com nossa eusa. Eu duvido que voc( j) admita que como povo so& cerco' os lo&isomens n%o
tenha visto alguma ve! esse outro lado de um /heurge' est%o numa &oa posi$%o para tomar constantemente
Anjou. Acredite quando eu digo que eles podem ser seres a longo pra!oL. -as eles s%o sem d;vida as ;nicas
tremendamente cheios de compai"%o o ;nico pro&lema coisas que s%o realmente capa!es de erir a Drm
é que alguns deles n%o sa&em ao certo como e"pressar como uma entidade' tanto como qualquer grande
essa compai"%o sem colocar a&ai"o a muralha de or$a meta*sica como a Drm possa ser 5erida6. 1%o
admira$%o e rever(ncia que cercam o seu ausp*cio6. s%o apenas os /heurges' é claro eles s%o apenas
5/heurges tam&ém s%o nossos curandeiros. 8m de aqueles que est%o no volante. <ualquer 0arou pode
seus ons espirituais mais comuns permite2os curar levar a luta para a Drm num n*vel mais espiritual'
erimentos so&renaturalmente' echando carne com um no im de tudo as vitórias da 1a$%o 0arou
toque. -ais eles tam&ém praticam a arte da medicina envolver%o este tipo de conlito metaórico entre
num senso geral — muito poucos /heurges n%o possuem virtudes e pecados' pure!a e corrup$%o. epois de
entendimento de toda medicina de her&alismo e tudo' na longa jornada isto é a ;nica coisa que
hol*stica. 4oc( pode até di!er que eles n%o curam realmente unciona.
diretamente os outros t%o &em quanto eles ensinam os
outros a ver como a nature!a pode ajud)2los a curar a si

44 Livro dos Augúrios


O Pastor
5Aos /heurges tam&ém oi dada a tarea de
transmitir o conhecimento espiritual H ra$a dos
homens' ensinando a humanidade a perce&er e
a reverenciar os esp*ritos da mesma maneira que
nós a!emos. 4oc( j) cogitou porque a palavra
pros 0arou da energia de nossos la$os espirituais
é a mesma que a ‘gnose’ dos humanos? +sto é de
ato uma orma de conhecimento secreto' uma
gnose que nos leva a ver o que a humanidade
n%o pode. 1ós n%o apenas acreditamos' ou até
sa&emos' que todas as coisas em volta de nós
est%o toca'
voc( — nóse cheira.
vivasescuta sentimos0arou
isso' s%o
igualh)&eis'
como
num certo n*vel' em perce&er o pulsar da
cria$%o' e se voc( se a&rir' voc( tam&ém. 7
min;sculo io do mundo espiritual acess*vel
para a ra$a dos homens nessa época é conhecida
como Perieria' Anjou. 7s /heurges tra&alham
para encorajar a humanidade a e"pandir suas
percep$:es espirituais para v(2la' mas tantos
humanos n%o se importam o suiciente para
querer olhar6.
5+sto que digo n%o é so&re convers%o' é
so&re pegar a humanidade para chamar eus
pelo nome ‘certo’' acreditar em nosso dogma ou
seguir um dado conjunto de mandamentos. 7s
/heurges est%o encarregados de unir os mundos
ou esp*rito e carne mais uma ve!' como eles
eram nos /empos Mureos quando o mundo
ainda era jovem. <uando o muro da Deaver' a
Pel*cula' n%o era orte o suiciente pra &loquear
as percep$:es gnósticas. #e a humanidade
pudesse apenas perce&er o mundo espiritual do
jeito que nós podemos' eles estariam aptos a ver
a realidade e erimento concreto que muitas de
suas escolhas causaram. Por um lado' é di*cil
culp)2los por machucarem 0aia' porque todos
eles podem ver rochas e )rvores e outras
matérias aleatórias — eles minguam a 0nose' o
conhecimento secreto' de orragem. Eles n%o
podem mais ver a ess(ncia do mundo vivo em
volta deles eles n%o entendem o valor das
coisas' porque a idéia de tratar )rvores e rios
como se ossem pessoas j) saiu de moda h) mais
tr(s séculos atr)s6.
Anjou &uou desdenhosamente. 5#into
muito. > queencolheu
isso soa t%oos‘1ova2Era’.6
Aaron om&ros. 54oc( me
pediu para justiicar os /heurges. Eu n%o vou
mudar minhas palavras apenas porque seus
preconceitos humanos tornam di*cil para voc(
tom)2los seriamente. <uem voc( pensa que
deseja que acredite que tudo est) ligado a uma
religi%o alternativa que é supericial e
merecedora de esc)rnio' de qualquer jeito?6
Anjou n%o sa&ia ao certo como responder

45
aquilo. 5Eu... n%o sei. > que isso sempre pareceu artiicial sagrada por ora$%o' catarse metaórica e medita$%o.
para mim' eu acho6. Apesar de tudo' quando o que est) que&rado é
Aaron a&ai"ou2se lentamente. 54oc( pode imaginar reconstru*do outra ve!' o /heurge o&teve triuno.6
o qu%o di*cil é' ent%o' ser um /heurge nessa época? O Mdium
4oc( tem um dever sagrado para ensinar a humanidade
como reverenciar o mundo dos esp*ritos e a primeira 5> tam&ém dever de um /heurge alar por aqueles
coisa que vem na mente de tantos humanos quando que n%o possuem vo! própria. +sso inclui os esp*ritos
conrontados com a adora$%o da nature!a é que isso é menores que n%o podem alar com 0arou n%o versados
alsa. E ainda assim' temos a cren$a de um proeta na l*ngua dos esp*ritos' os grandes +ncarnae e totens' que
solit)rio que oi pregado em uma cru! pode desculpar n%o triviali!am a si mesmos maniestando diretamente e
todos os maus da humanidade... isto é uma institui$%o endere$ando seus desejos' e os heróis mortos dos
nacional. #eu tra&alho é um solit)rio e di*cil dever' eu ancestrais 0arou' cujos esp*ritos &uscam os /heurges a
conhe$o muitos /heurges que se desesperaram ou que até orma para a!er seus desejos conhecidos. 7 /heurge é
mesmo trou"eram o esp*rito e a carne mais pró"imos um cl)ssico
am&os necromante'
mortos comungando
e nunca2nascidos com o segredos'
para ganhar esp*rito de
outra ve!.6
mas ele precisa tam&ém agir como um representante dos
O Purificador desejos desses seres. +sso pode aca&ar por colocar um
53ontudo' este n%o é o ;nico dever que o /heurge /heurge numa pol*tica &em tensa diante de uma seita' ou
tem no mundo humano. > verdade' que eles s%o um dos apenas mostrando seu ressentimento. -uitos 0arou est%o
ausp*cios requeridos para interagir ortemente na cheios o suiciente com suas próprias vidas para ter de se
sociedade humana. Assim como e"pandir as percep$:es' preocupar ou tomar conta dos anseios e caprichos de seus
eles tam&ém s%o encarregados por una a desenrai!ar e ancestrais' por isso é responsa&ilidade do ua 3rescente
curar a corrup$%o. em assegurar que os mortos sempre tenham seus direitos
Agora' atacar e destruir o mais proundo corrupto — assegurados6.
isso cai para os Ahroun. -as s%o os /heurges os 5+sto pode ser metaórico como tam&ém literal. #e a
respons)veis por pressionar de volta o discreto toque da intui$%o m*stica de um /heurge sugere que um herói
Drm nos tecidos sociais' curando a alma e salvando morto deseja tra!er algum tipo de mensagem para a seita'
aqueles que podem ser salvos. +sto é tristemente irnico esse comunicado deve ser levado a sério vindo dos l)&ios
que o seu ;nico encontro signiicante com um /heurge do /heurge' mesmo que o mesmo nunca tenha visto
tenha machucado tanto voc( Anjou' porque e"istem verdadeiramente o esp*rito2ancestral do herói. 8m
muitos /heurges que iriam considerar isto parte da /heurge possui a autoridade de alar em &ene*cio dos
descri$%o do seu tra&alho prestar a voc( socorro antes poderes espirituais' agindo como seus representantes na
que seu machucado pudesse se tornar amargura' e ent%o sociedade 0arou. 3ontudo' isso pode vir a parecer um
;ria e no im corrup$%o6. privilégio acilmente a&usivo' e na verdade é — muitos
51%o Fala23om2as2#om&ras' pelo menos6. /heurges aprenderam a iniciar suas próprias vontades
5/alve! n%o. -as n%o ache que todos os do aug;rio com 5os esp*ritos e"igem que...6. -as a regra cardinal dos
dela s%o da mesma orma — como todos os 0arou' os acordos com os esp*ritos é que voc( colhe o que voc(
/heurges s%o indiv*duos e eles s%o muito diversos. Enim' planta. #e um esp*rito que soreu de um acordo distorcido
so&re a corrup$%o...6 com um determinado /heurge decide aparecer' as raudes
5> tam&ém um dever do /heurge achar a corrup$%o recaem so&re ele mesmo e o /heurge precisa enrentar a
escondida em meio ao mundo humano' em&ora n%o perda de Renome ou até muitas' muitas puni$:es piores.
solenemente um dever do /heurge. Raga&ash e 0alliards Até na mais a&strata' desonestidade espiritual oende as
s%o &em acostumados para arejar os aspectos mundanos ninhadas de esp*ritos' e nenhum /heurge pode durar por
da corrup$%o — su&orno inanceiro' injusti$a legal' ódio muito tempo quando o mundo invis*vel se volta contra
racial e assim vai. -as os /heurges s%o os unicamente ele6.
equipados para locali!ar e rastrear males m*sticos ou
psicológicos e suas redes de esp*ritos aliados oerecem O Compromissado
alerta a 1a$%o 0arou para perigos que nós nunca 5Assim como os /heurges s%o as 4o!es dos Esp*ritos'
ter*amos sequer imaginado de outra orma. /heurges eles tam&ém s%o conhecidos como o Bra$o dos Esp*ritos'
ent%o puriicam a m)cula num n*vel espiritual — garantindo que todos os dé&itos com o mundo etéreo
algumas ve!es isso pode ser t%o simples quanto usando o sejam reparados por completo. 3himinage é tratado com
Ritual de Puriica$%o outras ve!es isso pode envolver uma tremenda solenidade pelos /heurges e muitos
uma miss%o no interesse da restaura$%o de um esp*rito consideram que seus dé&itos para os esp*ritos sejam t%o
corrompido a sua condi$%o saud)vel ou simplesmente o importantes quanto suas responsa&ilidades na matilha.
equivalente espiritual da psicoterapia. 8m monte de Eu n%o estou certo se devo seguir t%o longe assim' porque
/heurges passa muito tempo apenas alando com eu sou um Philodo"' n%o um /heurge' por uma ra!%o. Eu
esp*ritos de inlu(ncia maléica' tentando reairmar seu digo que qualquer /heurge que n%o possa achar uma
senso de propósito e entendimento de sua nature!a orma de equili&rar am&as as o&riga$:es n%o é digno de

46 Livro dos Augúrios


seu t*tulo. 3ontudo' isto pode parecer mais
di*cil do que soa. 7s esp*ritos s%o a onte de
todo poder' misticismo e inorma$%o dos
/heurges. #ervindo em sua matilha' ele é
regularmente chamado para acertar
misticamente um inimigo' para aprender seus
segredos' para criar etiches ou assegurar suporte
em uma a$%o militar' convocando esp*ritos da
guerra. /udo isso signiica em&renhar2se em
3himinage' um descuidado ou ing(nuo /heurge
pode rapidamente se achar preso na rede de um
esp*rito astuto e aca&ar) atado a ele por toda sua
vida. Iurar nunca vestir2se de vermelho a partir
daquele momento' parece simples'
especialmente se isso signiica que um grandioso
esp*rito touro ir) lutar ao seu lado até a morte.
-as esta promessa dura até a morte' voc( pode
ter de ouvir a lenda da queda de 3u 3hulainn.
> um ato de &alan$o cont*nuo para um
/heurge' tentando adquirir o m)"imo de poder
poss*vel n%o a!endo uma promessa que ele n%o
possa manter6.
5/heurges n%o s%o respons)veis apenas pelo
seu próprio 3himinage eles reor$am os acordos
espirituais de toda 1a$%o 0arou. /ragicamente'
0arou de outros aug;rios algumas ve!es est%o
dispostos a enganar' or$ar ou violar um esp*rito
para seus próprios desejos ou até mesmo so& as
melhores inten$:es de ajudar 0aia acima de
tudo. Alguns /heurges podem sentir essas
trai$:escontatados
sendo meta*sicas'
peloenquanto outros aca&am
esp*rito a&usado. 1o im
das contas' tudo aca&a caindo nas costas do
/heurge' que tem de assegurar que o esp*rito
seja reparado. +sso pode signiicar tomar
decis:es politicamente tolas' ou até mesmo ter
de enrentar mem&ros do mais com&ativo
aug;rio num desaio de com&ate para deender a
dignidade do esp*rito. /heurges cuidam disso
tudo e muito mais e"istem até mesmo lendas
so&re /heurges solit)rios assumindo a culpa por
uma seita inteira' que destratou os esp*ritos'
usualmente com palavras' mas ocasionalmente
com a$:es tam&ém. Reor$ar o respeito por
seres que podem ser t%o acilmente e"plorados
n%o é uma tarea )cil.6
O Ritualista
5Estoupartilha
sua justa certa dedeque voc(sendo
rituais j) viu mais do que
reali!ados'
sendo Parente 89tena6.
Anjou &alan$ou a ca&e$a.
5E?6
5E eu penso que eles est%o com medo'
honestamente' e enquanto eu n%o ver o real
poder que eles t(m' eu ainda vou achar que isto
tudo é um monte de supersti$%o deles6.
54oc( est) certa nisso' nem tudo o que
voc( v( num ritual é estritamente necess)rio

47
para suas un$:es so&renaturais. -as isso n%o é apenas quantidade de truques que s%o diretamente pr)ticos para
supersti$%o é comunidade. 0arous s%o seres primitivos eles pessoalmente e dei"am o resto como est)' /heurges
nós somos predadores em caminhos que est%o além de tendem a estudar os poderes dos esp*ritos muito mais
qualquer sentimento humano. Por causa disso' eu devo proundamente. -uitos /heurges procuram derru&ar
admitir' eu sempre achei que os serm:es religiosos dos quaisquer rumores de um novo om vigorosamente e
humanos e seus sacramentos eram meio... 5caé2com2 devotam uma grande parte de seu tempo para e"pandir
leite6' na alta de um termo melhor6. seu repertório — isto é parte de seu dever' apesar de
Anjou riuG 54oc( n%o est) so!inho6. tudo. /heurges tam&ém t(m mais acilidade para ganhar
5-eu ponto é que /heurges usam rituais muito novos ons ora do alcance normal de sua ra$a' tri&o ou
parecidos com os ministrados pelos humanos em seus aug;rio — é muito mais comum voc( ver um /heurge
serm:esG para reairmar a no$%o de comunidade' com um om de 0alliard do que vice2e2versa. 1a
mantendo todos unidos. #e isso parece som&rio e verdade' os /heurges s%o conhecidos por oender
assustador' é porque nós somos uma ra$a som&ria e mem&ros de outras tri&os por or$ar esp*ritos' para que
assustadora' estes aspectos sempre estar%o conosco. estes partilhem os segredos tri&ais6.
Em&ora' eu tenho que admitir' eu n%o acho que os ritos 5-as nenhum 0arou realmente tem uma
das outras tri&os sejam t%o intencionalmente maca&ros a&undCncia de ons o que torna os /heurges
como os dos 89tena. e qualquer jeito' o ritualismo a! assustadores e poderosos é que ninguém pode predi!er
um &ocado para unir os 0arou e manter a unidade e e"atamente que poderes concedidos um /heurge tem
esperan$a vivas nesses tempos de desespero. /odo ritual de&ai"o de sua manga. Eles podem sa&er so&re qualquer
nos conecta com algo maior do que nós. Eu conhe$o om e nenhum /heurge digno do t*tulo ir) dividir o
tudo isso muito &em — Philodo" s%o quase t%o conhecimento dos ons que ele sa&e acilmente. Em
envolvidos nos rituais quanto os /heurges s%o. 3orrendo alguns casos' nem os companheiros de matilha do
o risco de parecer clich(' voc( pode comparar nosso ritos /heurge est%o completamente a par de seu truno até que
com aquelas est;pidas técnicas de dinCmica de grupo dos eles precisem sa&er. ito tudo isso' n%o muito da t%o
uppies' cheias de altos e &ai"os' mas sem o ator conhecida magia do /heurge é realmente dele so!inho'
em&ara$ador6. mas sim um avor que ele rece&e de um esp*rito' pago
Anjou riu' imaginando a cena' e Aaron sorriu de depois pelas constantes teias de 3himinage que rolam em
volta para ela antes de continuarG 5-as é claro' o aspecto volta da vida de um /heurge. +sso signiica que um
social é apenas um lado do ritual 0arou e"iste um monte /heurge que conhece um diverso corpo de esp*ritos pode
de poder real ali tam&ém. E isso me leva a outra quest%o a!er qualquer maldita coisa num tempo de necessidade'
do por qu( nós chamamos nossos /heurges...6 pelo pre$o ededé&itos
o&riga$:es prender sua vida para
espirituais numasempre.
intrincada
1adateia
é dede
Os Mgicos gra$a' no im das contas.
5Eu n%o vou negar que /heurges a!em algumas
coisas som&rias algumas ve!es' Anjou. E nós n%o estamos O Oficial de !ntelig"ncia
alando de neo2pag%os ou amantes das )rvores aqui uas 5Por hora' eu j) alei so&re /heurges como onte de
3rescentes t(m um poder real' tang*vel e n%o temem us)2 inorma$%o o suiciente. 8ma matilha normalmente
lo. Em adi$%o a todos os seus deveres sociais e espirituais' &usca por seu /heurge para desco&rir qualquer
/heurges cumprem o&jetivos temporais muito inorma$%o que eles possam precisar num conlito
importantes na 1a$%o 0arou. Eles criam etiches' vindouro. +sso é usualmente vislum&rado através de
adivinham coisas importantes so&re as orma$:es meios m*sticos — espionagem e conhecimento espiritual
inimigas' amaldi$oam nossos inimigos' a!em venenos' — mais isso pode tam&ém ser aprendido de uma orma
prendem esp*ritos para pr)ticos pactos de deesa e voltam mais mundana. Espera2se que /heurges sai&am segredos e
os elementos contra o inimigo. +sto talve! n%o se torne em muitos c*rculos a medida do poder de um /heurge é
imediatamente aparente para voc(' j) que mora por aqui determinado por quanta sujeira ele conhece so&re pessoas
— todo 89tena possui uns poucos eiti$os e magias poderosas. 3hantagem é uma pr)tica comum entre eles'
pessoais — mais nós somos a e"ce$%o' n%o a regra. 1um um meio de ganhar a inlu(ncia e a vo! que eles precisam
caern de 3ria de Fenris' os guerreiros s%o os guerreiros' os para reali!ar seus deveres espirituais mais &enevolentes.
&ardos s%o &ardos e qualquer tipo sério de poder estar) 1%o ique chocada Anjou — voc( sa&e o qu%o di*cil
so& a esera do /heurge6. nossa guerra é e qu%o di*cil pode ser conseguir qualquer
5A magia de um /heurge n%o é o&viamente coisa semelhante H justi$a ou compai"%o na sociedade
nenhum lash de eiti$aria hollNoodiano. /heurges humana. /heurges apenas usam as erramentas
tendem a despre!ar o ó&vio so&renatural em avor das dispon*veis para eles. ito isso' /heurges n%o s%o espi:es'
artes da inlu(ncia e casualidade' sendo tipicamente uma ve! que esse o&jetivo pertence aos Raga&ash. 7
proicientes numa variedade de maldi$:es' a&jura$:es paralelo mais pró"imo para eles seria compar)2los a
contra males e magias de revela$%o. Agora' todos os analistas de intelig(ncia' mas suas ontes s%o usualmente
0arou possuem seus próprios grupos de ons' mas esp*ritos ao invés de agentes de campo. Enquanto os
enquanto a maioria dos lo&isomens acha uma pequena Raga&ash tendem a gostar de serem sorrateiros' /heurges

48 Livro dos Augúrios


amam inorma$%o para sua própria prote$%o e' quanto n%o podem nos salvar nisso — Drm' 0aia' pure!a e
mais escuro o segredo' mais eli! o estereot*pico /heurge corrup$%o essas coisas est%o simplesmente além de seus
ser). dom*nios. 1ós precisamos de nosso misticismo' agora
5#e voc( suspeita que #om&ras estava violando sua mais do que nunca' se nós quisermos ter esperan$a.
privacidade' Anjou... eu odeio ter de di!er isso' mas voc( 1ossos m*sticos s%o os homens de um olho só num
provavelmente est) certa. -uitos /heurges s%o incr*veis mundo de cegos eles s%o os ;nicos que podem nos
&is&ilhoteiros adicionar uma heran$a 89tena H mistura oerecer orienta$%o nos reinos dos grandes mistérios6.
apenas do&ra a tenta$%o de achar mais um suculento Anjou riu e Aaron desejou ser um 0alliard' para que
segredo novo. /heurges o&servam a todo mundo' suas palavras pudessem articular lindamente o que ele só
reqJentemente através de meios m*sticos que um 0arou sa&ia em seu cora$%o. -as ele n%o era e ent%o ali estava
normal n%o tem jeito de detectar. #im' é invasor' e claro' uma humana' com o esp*rito proundamente erido'
isso alimenta ressentimentos' mas justo como os olhando para ele como se ele osse um idiota.
Raga&ash e suas traquinagens' isto é parte de seu
renomado o&jetivo para 0aia' ent%o ninguém pode
realmente a!er muito so&re isso. 1a verdade' eles O $isionrio
54oc( acredita na Drm' Anjou?6
geralmente n%o vigiam os Parentes' porque eles n%o t(m Ela parou e pensou. 5#im' eu acho. Eu j) vi o
segredos privados que eles queiram aprender. E se um Ahroun se arrastar de volta de &atalhas co&erto de
/heurge se torna realmente o&cecado so&re seus segredos sangue. Eu j) ouvi as histórias' escutei as descri$:es dos
— tentando chantagear um l*der de seita' por e"emplo an$arinos da Espiral 1egra e Rastejante 1e"us. #eus
— um Philodo" ou outra autoridade 0arou pode se inimigos s%o certamente reais. E eu j) vi o real poder
encarregar de coloc)2los de volta na linha. 7u' se a so&renatural que seus ons t(m — para curar' para criar
oensa or grave' morder a garganta deles onde trevas' para esmagar armas e computadores ou se
estiverem6. tornarem invis*veis. 4oc( n%o est) lutando uma guerra
/erminar nessa nota dei"ou um inconveniente imagin)ria' ent%o a! sentido que a or$a espiritual de
sil(ncio. seus inimigos seja respeit)vel como algo real tam&ém. E
sim' se voc( quer sa&er' na verdade isto tudo me assusta6.
O M#stico 57 que e"atamente voc( pensa que a Drm é'
5+magino que voc( provavelmente n%o tenha muita Anjou?6
opini%o so&re misticismo6. 5Eu' eu n%o sei. > o inimigo' o mal que voc(
Anjou &alan$ou a ca&e$a' mas n%o havia hostilidade com&ate. Eu n%o sei muito so&re isso. Eu acho que é algo
quando ela alouG 5<uando eu era pequena' minha m%e como o emnio' certo?6
tinha esse &rilhante livro colorido da /ime2ie so&re as 51a 3ristandade' eu ouvi que o -al é apenas um
religi:es ao redor do mundo. Eu lem&ro das otos dos anjo que saiu da linha' um esp*rito revoltoso que n%o
monges #ui' saindo para o deserto na Ar)&ia #audita respeita seu criador. Eu acho que isso é uma imagem
para cantar e gritar até entrarem num estado de transe... ra!o)vel da Drm. Para os 3rist%os' apesar disso' o mal
ou morrer. Eu me lem&ro de pensar qu%o corajosos eles n%o é t%o importante no grande esquema das coisas.
deveriam ser' arriscar suas vidas na esperan$a de -iguel pode vir um dia e acertar ;cier' isso n%o aria
rece&erem uma vis%o. Ent%o eu cresci um pouco e uma grande dieren$a. 7 mundo iria continuar seguindo
comecei a ver suas a$:es como est;pidas e supersticiosas em rente muito &em depois que tudo passasse' o 3éu iria
ao invés de no&res. Por toda a conversa na televis%o continuar a&rindo seus port:es para os verdadeiros
so&re e"peri(ncia m*stica' eu nunca vi nada que crentes e a ordem natural de eus iria continuar
parecesse real' concreto de &oa é que validasse todos os reinando na /erra. 7 &em triuna so&re o mal' assim
sacri*cios que o povo a! em seu nome.6 como #%o Io%o nos disse como seria. -as com a Drm
Aaron &ai"ou a ca&e$a lentamente. 5Aqueles n%o é t%o simples6.
monges s%o t%o &oas imagens de um /heurge como 5A Drm est) aqui para icar' Anjou. Ela n%o é
qualquer outro. +sto é uma quest%o de opini%o' eu acho' apenas um anjo re&elde ou esp*rito ladino' ela é um dos
mas eu nunca pensei que aquelas pessoas ossem tr(s pilares do universo. Eu duvido muito que até mesmo
est;pidas.6 um ser divino como una — ou 0a&riel' se voc( preerir

quais57lha
Anjou. E"istem quest:eso&ter
m*sticas para as — poderia sequer mat)2la. +sto seria como tentar matar a
nós o&viamente precisamos as respostas gravidade ou e"terminar o amor. E a Drm é
tam&ém. Espiritualidade 0arou n%o é algo eito apenas a&solutamente necess)ria — sem ela' o mundo n%o
para dar2nos conorto quando os tempos s%o di*ceis — poderia e"istir em qualquer coisa semelhante a orma que
nossa é apenas nos di! que nossa deusa est) morrendo e nós conhecemos e toda vida com certe!a cessaria.6
que o mundo est) propenso a morrer com Ela. Em ve! 5Por isso que o o&jetivo do /heurge como um
disso' espiritualismo é apenas uma parte do mundo para vision)rio é t%o terrivelmente importante para a luta dos
nós' algo a que nós somos ligados por dever e os mundos 0arou. Alguém tem de pensar H rente alguém tem que
espirituais s%o sempre t%o doentes quanto o corpóreo. considerar seriamente o que nós vamos a!er so&re a
Ra!%o e ci(ncia' mesmo sendo t%o ;teis em muitas )reas' Drm no inal. Agora' qualquer grupo de pessoas so&

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 49


cerco est) inerentemente or$ado a pensar por um /heurges na 8ganda coleciona contos de jornadas
momento' tentando so&reviver ao pró"imo dia' semana 8m&rais' conerindo e analisando2as na esperan$a de
ou m(s. -as no im isso é destrutivo' porque isso signiica encontrar algo em comum nas vitórias 8m&rais contra a
que nós continuamos a recuar' perdendo terreno' sem Drm. 8ma matilha de Andarilhos em #eattle é
termos um estratagema a longo pra!o para solucionar dedicada a analisar psicologicamente an$arinos da
nossos pro&lemas. Agora mesmo' a 1a$%o 0arou tem Espiral 1egra capturados' na esperan$a de que curar suas
suas m%os a&solutamente ocupadas' ent%o os /heurges loucuras possa ter um eeito contri&uinte em curar a
s%o os ;nicos que est%o pensando longe — tentando Drm como um todo. 8m &ando de estudiosos Roedores
igurar como nós podemos realmente curar o mundo' de 7ssos undaram uma sociedade dedicada a desvendar
restaurar o equil*&rio para a /r*ade' ao invés de apenas lendas ur&anas' retirando a parte psicológica dos terrores
lutar numa guerra de conten$%o para impedir que Drm m*ticos que amea$am o lado mais po&re da humanidade.
a$a pior do que ela j) a!6. E claro que nossos 4igias dos -alditos aspiram manter
5Essa é uma causa digna de se a!er parte' e se voc( criaturas malignas em sono proundo com can$:es
pensa so&re isso um pouco' voc( ver) que o misticismo e a&en$oadas e outros poderes sutis' e aca&ar com -alditos
o questionamento espiritual' a procura de revela$:es ativos acalmando suas emo$:es inlamadas' levando2os H
so&renaturais' é a ;nica apro"ima$%o que tem alguma -odorra.6
chance de uncionar. A n%o ser que voc( possa pensar em 57 ato é' veja' que eu acho que todas essas coisas
qualquer coisa melhor que os /heurges poderiam estar nos ajudam. 7 mundo possui pro&lemas realmente
a!endo para curar a corrup$%o que eles ainda n%o grandes e uma solu$%o épica e heróica para o dilema da
tenham eito. Acredite em mim' eu sou todo ouvidos...6 Drm n%o vai simplesmente aparecer. -as v)rios
Anjou n%o podia. pequenos esor$os n%o necessariamente acrescentam
alguma coisa no inal eu acho que toda apro"ima$%o
As $rias Opini%es espiritual pode a!er pelo menos algo de &om contra a
5Ent%o' qual é o seu plano vision)rio? <ual o Drm e os diversos modos dos /heurges s%o as melhores
catecismo aqui? 3omo seu povo m*stico vai a!er para chances que nós temos. 1a verdade' n%o s%o apenas os
colocar as pe$as do mundo juntas novamente?6 /heurges' apesar de que é claro que eles possuem uma
5=) muita discuss%o nesse tópico' mas nenhum vis%o mais clara do inimigo. =umanos lutam contra a
consenso' ineli!mente. /heurges s%o muito Drm constantemente' apesar de n%o sa&erem disso eles
diversiicados e todos os "am%s das tri&os possuem se op:em H corrup$%o promovendo a justi$a social'
caracter*sticas dierentes. -esmo em uma tri&o' recusando a se entregar aos desejos &)sicos' possuindo
/heurges
necess)rias. dierentes acham
7 espiritualismo queé muito
0arou dieren$as
dierentes%o
da or$a parade cuidar
milhares aces' e de algo.mais
quanto A luta
armasespiritual possui
metaóricas os
religi%o humana nós n%o estamos presos por nenhum /heurges acharem' melhor todos estaremos.6
dogma ou catecismo devido H nossa desconian$a na
Deaver. +sso é uma grande or$a' mas tam&ém uma grave Theurges Atra&s das Tri'os
raque!a — em termos de e"plora$%o espiritual' todos 54ivendo em uma seita 89tena' Anjou' voc( só v(
tendem a a!er suas próprias coisas' e uma ve! que nós uma ra$%o de toda a cultura 0arou. /oda tri&o tem suas
estamos em uma situa$%o onde nós precisamos de próprias perspectivas so& espiritualidade e seus próprios
algumas respostas imediatamente' isso pode ser &em rituais.6
ruim.6 5As /heurges das F;rias 1egras se consideram servas
5Eu conhe$o um grupo de 3rias de Fenris no da Dld tanto quanto de 0aia' em&ora elas considerem
Ari!ona que acreditam que a Drm 3orruptora possa ser que elas estejam intimamente ligadas. A teologia delas se
enraquecida' e o aspecto do Equil*&rio possa renascer' se liga ortemente H g(nero' é claro — elas acreditam que as
a humanidade pudesse aceitar a morte como algo natural' mulheres t(m uma poderosa liga$%o com a Dld por que
ao invés de tem(2la. 1o Alas9a e"istem /heurges am&as compartilham do poder de gerar vida. Os ve!es
Dendigo que querem testar e e"pulsar a humanidade das isto é usado como uma desculpa para argumentos de
cidades' na esperan$a de que com isso eles aprendam a superioridade eminina' e muitas /heurge das F;rias
respeitar 0aia novamente' j) que eles depender%o da 1egras di!em que machos s%o imundos' justiicando a
nature!a para sua so&reviv(ncia di)ria — e n%o' isso n%o estrita segrega$%o de g(nero no qual a maior parte dos
é uma su&miss%o muitos humanos querem viver mais rituais das F;rias ocorre. -as e"iste algo ainda mais
pró"imos do mundo natural. 7utros /heurges v(em a proundo para elas do que apenas "enoo&ia — as F;rias
restaura$%o do equil*&rio so& a orma de ensinar as &oas querem proteger as coisas que s%o unicamente emininas'
a$:es em si' seja a honestidade' a raiva justa' e dierentemente da maior parte das humanas eministas
religiosidade espiritual' amor aos pais e ilhos ou simples elas acreditam e apóiam os papéi s dos g(ne ros. Ao
cortesia. 7s Portadores da u! +nterior' inspirados pelo contr)rio do que voc( provavelmente ouviu' elas n%o
Budismo' v(em a modera$%o entre todas as coisas como a sacriicam homens ou tra&alham contra eles — a maioria
chave para resistir H inlu(ncia da Drm. 7utras vis:es acredita que 0aia criou cada g(nero com ha&ilidades
s%o mais so&renaturais — uma ca&ala de Peregrinos ;nicas e um papel ;nico. 7 oco delas é na mulher' e elas

50 Livro dos Augúrios


querem garantir que os homens reverenciem' e sim' até achar para se erguer do sorimento' perda e depress%o. >
temam' o poder eminino. Ao menos' essa é a história responsa&ilidade de um /heurge Filho de 0aia usar a
que eu ouvi de uma "am% F;ria com quem eu conversei inorma$%o para ajudar a pessoa em quest%o. Agora se
uma ve!.6 isso soa como clich( ou adocicado para voc(' gostaria que
Anjou assentiu. 5-ulheres s%o e"clu*das de tantas voc( considerasse istoG6
coisas' grandes e pequenas. =omens reqJentemente n%o 5/enho certe!a que voc( j) viu crueldade e
v(em isso' mas toda mulher est) alerta disso. Eu acho que degrada$%o na sua vida' Anjou — eu sei que eu vi. E eu
deve signiicar muito para essas mulheres ter seus rituais sei que' como eu' voc( provavelmente ergueu suas
secretos e seu papel sagrado' as honrarias e deveres que paredes emocionais e preveniu2se de compartilhar a dor
s%o unicamente emininos dos quais os homens n%o de outros completamente' por que este tipo de empatia
podem compartilhar. Eu n%o posso di!er se isso é justo ou seria di*cil demais de suportar. 1ós todos a!emos isto'
n%o' mas eu posso entender como isso garante uma conscientemente ou n%o' e eu n%o estou tentando
dignidade que de outra orma elas n%o teriam.6 condenar isto. -as estou tentando te a!er en"ergar a
Aaron assentiu. Ele estava satiseito porque Anjou incr*vel coragem que permite a estes /heurges a!erem o
estava assimilando as idéias que ele estava descrevendo que a!em' viver a dor dos outros com eles'
ao invés de suas próprias. /alve! ainda pudesse haver compartilhando de seu sorimento. > conuso e dói'
uma conclus%o justa para isso. Mvido em manter seu pouqu*ssimas pessoas est%o psicologicamente prontas
interesse' ele continuou 57s Roedores de 7ssos n%o s%o para se dar desta maneira para outros. 3ertamente' voc(
reqJentemente t%o espirituais' mas ainda assim seus j) viu pessoas assim? Em a&rigos para desa&rigados' em
/heurges t(m um poderoso nicho. Rir cura a alma e eles centros de crise de a&uso se"ual' em departamentos de
usam auto2deprecia$%o para garantir a dignidade para pol*cia e até escolas? E voc( j) sentiu uma pequena
aqueles que de outra orma n%o teriam. #eus rituais s%o admira$%o por eles' e muito sem gra$a' por que voc( sa&e
reqJentemente uma paródia daqueles das outras tri&os que n%o é da sua nature!a se dar t%o altru*sticamente e
— eles t(m um ritual especial para o domingo do #uper por completo como eles a!em. > assim que /heurges
BoNl — mas eles ainda s%o poderosas erramentas para Filhos de 0aia s%o. Pense nisto antes de considerar todos
criar rever(ncia' comunh%o' comunidade' aconchego e os /heurges como tolos' a&ra$adores de )rvores ou
compai"%o. 7s Roedores desdenham da ormalidade' mas dogm)ticos.6
na irrever(ncia eles parado"almente mostram grande Anjou olhou para &ai"o e n%o disse uma só palavra
respeito para com as tradi$:es das outras tri&os e pagam em resposta para o desaio de Aaron' que depois de um
chiminage para esp*ritos que pouco t(m a ver com seus momento continuou alando.
nomes. 1o
esp*ritos cora$%oe ocultos
poderosos das grandes cidades'
que dirigem Anjou' dos
as pai":es h) grande5#ecompai"%o'
os Filhos de 0aiaos/heurges
ent%o dos Fiannas%os%o
dotados de
a&en$oados
oprimidos e dos selvagens. Estes seres s%o raramente com alegria. /antos dos meus companheiros se recusam a
vistos ou ouvidos em seus lares' porque a Pel*cula das ver a proundidade espiritual dos Fianna' só por que sua
cidades é muito orte' mas os Roedores de 7ssos lhes d%o pele é &ranca. #e esquecendo por um segundo dos crimes
uma vo!' e a!endo isto' eles a!em das cidades coisas da tri&o contra as /erras Puras' pergunte2os como eles
vivas ao invés de coletividades estéreis. Estes /heurges tratam a terra deles mesmosG os Fianna sempre tiveram
ensinam a humanidade a respeitar as coisas *sicas de sua ortes la$os com a terra e voc( pode perguntar a um de
rotina di)ria' os prédios e os amontoados de li"o — eles seus /heurges so&re seus conhecimentos de qualquer
tiram o cora$%o e alma de animismo e os tra!em para a coisa viva que cres$a dentro de muitas milhas ao redor de
idade moderna' e nós os devemos muito por isso. suas casas. 3omo nós' eles assistiram a uma tri&o que um
5Eu tive uma ve! a oportunidade de o&servar um dos dia era pró"ima a eles cair no papo da corrup$%o
grandes esp*ritos secretos ur&anos aos quais os Roedores espiritual dierentemente de nós' seus irm%os nem ao
/heurges pagam homenagens — os /otens das Pilhas de menos tiveram uma morte heróica. Por causa disto'
i"o' os Rastejantes 7cultos dos Esgotos' o Esp*rito do /heurges Fianna tendem a ser muito sérios quanto a
-eg)lito da Esta$%o 3entral de -ontreal. Eu gostaria de desenrai!ar corrup$%o espiritual e psicológica na 1a$%o
ser capa! de lev)2la a 8m&ra para que voc( mesmo os este ato diicilmente a! dos /heurge Fianna
visse' pois eles s%o majestosos e terr*veis' e mesmo assim 5investigadores6 e 5especialistas6 populares dentre as
qualquer tentativa de descrev(2los só os aria engra$ados. seitas estrangeiras. -as no im' ninguém quer ver outra
-as' ineli!mente' eu n%o posso. grande tragédia como a dos 8ivadores Brancos
57s /heurges dos Filhos de 0aia a&ra$am o ideal de acontecer' ent%o estamos satiseitos em t(2los.
cura espiritual com todo o cora$%o' procurando meios de 5Agora' vivendo numa seita de 89tena' voc(
puriicar a corrup$%o de indiv*duos e curar eridas provavelmente j) ouviu &astante so&re a
emocionais. Eles t(m cone":es' através de seu totem' irresponsa&ilidade dos Fianna e so&re crimes passionais.
com esp*ritos especiais chamados 0uias do 3ora$%o que 7s Fianna t(m almas de artistas e cantores' e seus
t(m grande percep$%o das emo$:es e potenciais de um /heurges tentam usar isto para tra!er mensagens de
indiv*duo. <ualquer pessoa tem um 0uia do 3ora$%o e rever(ncia H humanidade. Eles tam&ém tiram sarro por
seus esp*ritos entendem o caminho que a pessoa pode isto' por que &em reqJentemente o que sai do processo

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 51


s%o &a&oseiras de =ollNood' conversas pseudo2célticas e certe!a que eles tenham no$%o da prounde!a do
estereótipos supericiais. -as ao menos eles est%o pro&lema. -as quanto H tri&o toda? ei"e2me di!er que
tentando reviver a espiritualidade primordial /heurges eu n%o desisti de ter esperan$a pela -%e Aranha ainda.6
Fianna colocam um peso enorme no reviver 3elta' 5A espiritualidade dos 0arras 4ermelhas é muito'
ruidismo moderno e até Dicca' e para cada de! muito di*cil de ser compreendida por qualquer 0arou
ins*pidos a&ra$adores de )rvores e portadores de cristais =omin*deo eli!mente' Anjou' ninguém realmente
que eles arrastam para nós' temos pelo menos um espera que os Parentes ao menos tentem entender. 1ós'
verdadeiro espiritualista' cujo cora$%o e alma s%o 0arou' esperamos honrar os 0arras como qualquer outra
verdadeiramente sintoni!ados com a ninhada de 0aia. E tri&o' mas eu diicilmente culparia voc( por seu horror
talve! isto &aste. quando eles s%o mencionados' sa&endo o que voc(
#e voc( quiser alar so&re primitivo' ent%o' vamos signiica para eles. Para sua espécie' eles s%o inimigos
aos 3rias de Fenris. A maior parte dos rituais de seus perigosos' e isto é tr)gico. 7 que posso di!er so&re seus
/heurges s%o aterrori!antes para muitos estrangeiros' /heurges? 3ome$a aquiG imagine uma mente sensciente'
envolvendo dor' sangue e Hs ve!es até morte. Ao mesmo pensante' sem nenhum conceito de lógica' nenhuma
tempo' na verdade' nada que eles a!em é gratuito. ra!%o ou racionalidade. e muitas maneiras' eles s%o &em
Fenris' eles di!em' arrancou com uma mordida a m%o de parecidos com o que a humanidade j) oi' antes do
/r por uma ra!%o. #e /r n%o tivesse perdido sua m%o surgimento da #uméria e Egito — eles n%o procuram e
colocando a F;ria a&ai"o da justi$a' como este ato nem querem e"plica$:es para o mundo' eles apenas o
poderia ter algum signiicado? Por quanto tempo uma reverenciam. 1%o h) linha entre o mundano e o
uni%o poderia durar' se n%o osse selada com agonia e espiritual para um /heurge 0arra 4ermelha' por que a
perda? #uspeito que muitos 4igias dos -alditos dieren$a é impercept*vel para eles. =) apenas a
entenderiam isto. A espiritualidade de Fenris é uma de nature!a' que assim como provém' tam&ém tira a vida' e
or$a e ordem' e um /heurge servindo Fenris ir) até o im a massiva' estranha n%o2nature!a constru*da pelos
do mundo para redimir uma d*vida de chiminage. -acacos. 1%o e"iste nada 5so&renatural6 para o 0arra
‘Aquilo que n%o me mata só pode me dei"ar mais orte’ quanto a rituais ou 0nose' mas a cidade é praticamente
eles di!em e para o 3ria ao menos isso pode ser verdade. so&renatural — literalmente 5ora da nature!a6 — algo
-as eles n%o t(m nada além de despre!o por aqueles que que eles nunca testemunharam. Est) além da ordem
n%o conseguem suportar seus rituais e isto costuma natural' além das leis de 0aia — ao menos na vis%o
alien)2los de outros /heurges. deles.
5Andarilhos do Asalto /heurges s%o vistos com um 7s rituais e servi$os dos 0arras ocorrem nas
grau de preconceito
3rescente por anos
h) mais de vinte outros nascidos
atr)s. 7 que énaumaua prounde!as
outros 0aroudas regi:es
nunca viramselvagens
um 0arramais puras.
/heurge -uitos
— s%o seus
grande vergonha na verdade' por que eles est%o entre os &atedores e guerreiros que s%o conhecidos pela inCmia
mais necess)rios e inovadores espiritualistas da 1a$%o de atacar acampamentos humanos' e 0alliards e
0arou. > &em simples o conceitoG respeitar todos os Philodo" que mais reqJentemente negociam com outras
esp*ritos e"ceto os que n%o se encai"am com a minha seitas 0arou. Pela sua alta de distin$%o entre m*stico e
vis%o de mundo. Eu estive em grandes cidades e apesar de mundano' eles n%o pensam em si mesmos como "am%s ou
n%o poder di!er que s%o meus locais avoritos' eu n%o sou m)gicos. Ao invés disso' eles se v(em como restauradores
t%o cego a ponto de n%o ver que h) sangue de verdade' do equil*&rio inerente H nature!a e aqueles que aliviam as
ang;stia' pra!er' ;ria' pai"%o e elementais crus eridas. Eu ouvi di!er que 0arras 4ermelhas /heurge s%o
escondidos so& erro e pl)stico. 8m /heurge pode sentir incum&idos da tarea de criar e ensinar os jovens —
este tipo de coisa' voc( sa&e e os Andarilhos do Asalto tanto 0arous quanto Parentes — mas isso pode ser uma
decidiram e"plorar isto &em detalhadamente.6 inorma$%o enganosa ou especula$%o de parte das minhas
5Agora' isso n%o quer di!er que muitos dos esp*ritos ontes.
da cidade n%o sejam coisas doentes e destru*das — isto é 5#enhores das #om&ras /heurges... nem todos os
apenas um ato o&jetivo e d( aos Andarilhos algum ua23rescente s%o seres &ons' e na verdade muitos
créditoG eles sa&em disso. -as os /heurges s%o #enhores "am%s se encai"am em muitas das acusa$:es
curandeiros' e os /heurges Andarilhos tomaram para si a que se a! contra o aug;rio como um todo. -uitos deles
miss%o de restaurar o sem&lante de dignidade e s%o peritos em usar esp*ritos e m)gica para espionar'
rever(ncia das cidades' ensinando a humanidade a amaldi$oar' destruir e envenenar. Eles s%o conspiradores'
respeitar as almas de prédios que eles erigiram e as ruas e vindo de um 89tena isto é algo signiicativo. 7s
que pavimentaram. E se os residentes ur&anos realmente #enhores governam pela or$a' e como para maior parte
respeitassem o mundo ao redor deles' eu acho que as dos /heurges alta poder *sico' eles acharam uma outra
cidades iriam terminar em montes de lugares melhores do orma de autoridade para so&reviver dentro da cont*nua
que est%o hoje em dia. Bem' v)rios jovens Andarilhos sele$%o arNiniana que a tri&o pratica. #eu poder' como
uas 3rescentes v(em a si mesmos em uma miss%o o de um tradicional homem 4odu' vem do medoG eles s%o
solit)ria de tra!er a Deaver de volta H sanidade e' &em conhecidos por ver e sa&er coisas que os outros n%o
enquanto suas metas s%o admir)veis' eu n%o tenho perce&em' e ent%o eles montaram esse mistério' a!endo

52 Livro dos Augúrios


com que seus poderes ocultos ossem vistos como orgulhoso. 1%o surpreendentemente' eles tendem a
aterrori!antes e maca&ros' tanto quanto osse poss*vel. serem muito preocupados com a ortodo"ia' mas eu penso
Eles s%o mestres da guerra psicológica e terrorismo que isso venha mais de um sincero desejo de acreditar no
oculto' e isto torna tudo mais terr*vel para uma de suas que é verdade' do que de um pensamento dogm)tico. #ua
v*timas que acorda levemente co&erta com sangue que clare!a de teologia lhes d) um grande credencial ao se
n%o é seu' por que di!em que v*timas sa&em que seu tratar de humanos' que est%o acostumados a ver as
poder m*stico é real e os #enhores poderiam ter eito religi:es pag%s e alternativas' como teologias vagas ou da
muito' muito pior.6 5nova era6 Kno sentido supericialL. Estes Presas de Prata
57s #enhores das #om&ras /heurges respeitam os s%o' em algum grau' &em sucedidos em articular
esp*ritos' mas eles s%o muito mais aptos a prend(2los e animismos' e isso n%o é algo simples. Ainda assim'
domin)2los do que qualquer outro 0arou' que lide mais mesmo no meio de um intelectualismo detalhado e sal:es
diplomaticamente. > claro que' na ninhada do Av reais' e"istem um outro lado dos "am%s dos Presas de
/rov%o a maior parte dos esp*ritos consideraria um Prata. 3ultos misteriosos' cele&rantes empolgados'
/heurge como sendo digno de um servi$o se' e apenas se' mestres da proecia e or)culos proéticos n%o s%o
eles pudessem or$ar o esp*rito em quest%o' ent%o é incomuns na tri&o' e ormam seus próprios cultos e
apenas a orma como as coisas s%o eitas. #enhores ac$:es' normalmente se aliando aos grupos ruidas
/heurges s%o tam&ém comumente l*deres de cultos no apoiados pelos Fianna. Eles n%o s%o muito opostos ao
mundo mortal' usando suas ha&ilidades ritual*sticas para intelectualismo prevalecente dos /heurges dos Presas de
colocar humanos interessados em poderes ocultos a seu Prata' mesmo sendo um contraponto muitos /heurges
servi$o.6 pertencem a um campo durante o dia e a outro durante a
57s Peregrinos #ilenciosos /heurges' sendo noite. 3om isso' os Presas prestam homenagens ao
viajantes' entendem melhor que ninguém a santidade intelectual e aos elementos passionais da espiritualidade.6
dos lugares. ocali!a$%o é uma m)gica por si só' e a casa 5ado o car)ter da tri&o' n%o é surpresa que a honra
de alguém é o seu templo — ninguém sa&e disso melhor esteja t%o ortemente presente no "amanismo dos Presas
que os Peregrinos' que tiveram sua terra natal rou&ada de Prata. Eles est%o dentre os mais devotados a manter—
pelos vampiros o*dios. Eles s%o comumente aptos a e reor$ar — as d*vidas de chiminage dentro da 1a$%o
contar &astante so&re o car)ter de um local por sua 0arou. +neli!mente' eles t(m pro&lemas para apreciar
presen$a *sica' e muitos Peregrinos /heurges s%o qualquer tipo de humor no que di! respeito a esp*ritos' e
e"tremamente &em versados em histórias e isso pode lev)2los a conlitos com os Raga&ash.
hereditariedade. A estes seres' respeitar o passado est) de Feli!mente' como em todas as coisas' eles tentam liderar
m%ososdadas
n%o tornacom o respeito aos—esp*ritos'
tradicionalistas h) uma na verdadeentre
dieren$a isto por e"emplo'
tra!er e a presen$a
a uma seita de um
esmorecida um Presa
novo de Prata aos
respeito pode
respeitar o que veio antes e tentar or$ar o presente a se esp*ritos' simplesmente através da no&re!a e da
equiparar ao passado.6 eloqJ(ncia do /heurge que ala em nome dessa tri&o.6
5/odos os /heurges podem alar com os esp*ritos 57s /heurges dos Portadores da u! misturam a
ancestrais dos 0arou — sendo nós mesmos meio2 mitologia 0arou com a ilosoia Budista para chegar a um
esp*ritos' nós podemos ir ao Reino -édio quando sistema de cren$a que eles chamam de 0aiadharma' o
morremos. -as os /heurges dos Peregrinos t(m la$os ciclo da vida. -uitos desses s%o m*sticos isolados' que
com o -undo +nerior' a casa das almas dos humanos vivem o estilo de vida estereotipado e se isolam das
mortos' e eles s%o capa!es de conversar com os antasmas inlu(ncias impuras para aumentar a sua clare!a de
e som&ras que l) residem. -uitos Peregrinos /heurges se pensamento. -as muitos outros est%o por a*' entre a
devotam aos mortos' ajudando2os a resolver pro&lemas humanidade e os 0arou eu acho que a melhor orma de
que os mant(m conectados ao Reino de 0aia. +sto' descrever a miss%o deles seria di!er que eles se v(em
reqJentemente' vai além de se vingar de uma morte ou como sentinelas do e"cesso. Eles tra&alham para ensinar
entregar uma ;ltima mensagem para um amado as a humanidade e os 0arou a evitar os e"tremos em suas
pai":es de um antasma s%o t%o proundas e cheias de escolhas e a a&ra$ar o caminho da modera$%o e da
nuances como as de uma pessoa viva' e elas precisam ser temperan$a.6
resolvidas antes que o esp*rito inquieto possa seguir. > 5Eu suspeito que eles tenham algo a ver com a
um tipo de cura espiritual' que é' claro' o centro dos recente decis%o da tri&o de se separar da 1a$%o 0arou.
deveres de um /heurge. Eu ouvi rumores de que grandes Eu posso ver que uma vis%o de algum tipo os guiou' e eu
tragédias recentemente atingiram o mundo pós2vida dos espero que a escolha deles tenha sido correta. Ainda
humanos' e os /heurges Peregrinos procuram assim' a 1a$%o é menor sem esses /heurges. Eles s%o em
simplesmente ajudar os antasmas a so&reviver onde eles grande parte os indiv*duos respons)veis por convencer a
puderem — mas isto é apenas um &oato' e nada mais.6 1a$%o 0arou a ver a Deaver como uma amea$a t%o
5Presas de Prata /heurges continuam na grande signiicativa quanto a Drm' e por nos dar pistas de
tradi$%o Européia de aplicar ra!%o H é' e usam estudo como agir contra ela. A vis%o deles do que a Deaver
ilosóico para desco&rir grandes verdades espirituais eu realmente é' é tam&ém &astante vision)ria — ao invés de
tenho certe!a que /om)s de Aquino estaria &astante ocar nos aspectos tradicionalmente enati!ados da

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 53


tecnologia e modernidade' eles v%o até o centro e v(em a e"press%o' e rituais de tr(s séculos atr)s geralmente n%o
-%e Aranha undamentalmente como a tecel% das s%o muito aplic)veis no mundo moderno' a n%o ser por
ilus:es que o&scurecem e ocultam a vis%o espiritual. Eu situa$:es muito limitadas. 1as seitas mais r*gidas' e"iste
n%o digo que entendo todas as ilosoias deles' mas alguns até mesmo uma orma de um apartheid espiritual or$ado
de seus tra&alhos certamente s%o leituras ascinantes.6 — /heurges n%o podem comungar com esp*ritos que n%o
5Parte do motivo pelo qual eu estou lhe di!endo possuem precedentes nas lendas pré23olom&ianas ou dos
tudo isso' Anjou' é para que voc( n%o veja todos os Dendigo.6
/heurges como os dos 89tena. 1ós temos /heurges 57&viamente' esse é um am&iente intensivamente
tomando as decis:es mais importantes na nossa tri&o' e suocante para verdadeiros vision)rios espirituais e os
eu n%o vou discutir com voc( se quiser me di!er que isso /heurges escapam dele sempre que podem. Eu j) escutei
pode n%o ser algo completamente &om. A verdade é que algo so&re um movimento espiritual secreto na tri&o que
assim como os 89tena desco&rem muitos segredos mistura uma cren$a distintivamente modernista com a
poderosos e verdades sagradas' nós tam&ém soremos das devo$%o tradicional de proteger os povos 1ativos e
ma!elas da lideran$a dos /heurgesG cuidado e"cessivo' preservar n%o apenas a orma' mas o signiicado' a
uma tend(ncia H ina$%o' uma atra$%o por poderes ess(ncia primitiva das tradicionais religi:es 1ativas.
m*sticos som&rios. 3omo um Philodo"' eu devo admitir #endo isso t%o v)lido' eu dou a esses corajosos
que eu vejo muita esperan$a por muitos dos orgulhosos espiritualistas toda a minha &(n$%o.6
jovens Ahroun e 0alliards que se jogam em posi$:es de
lideran$a dentre nós. Espiritualidade é &om' mas n%o é Outras Luas
tudo' e essas novas e dinCmicas perspectivas est%o 54oc( deve compreender isso' AnjouG aug;rios n%o
ajudando nossa tri&o a perce&er isso. Ent%o' sim' se voc( s%o como na$:es eudais ou tolas divis:es escolares. 1ós
quer sa&er' um pouco da sua ;ria com os /heurges que dependemos uns dos outros' e nós lidamos com os outros
conheceu provavelmente possui uma &ase correta' e aug;rios todos os dias de nossas vidas. 7s /heurges
muitos deles talve! sejam complacentes. Eu n%o vou possuem muitas coisas que eles podem a!er para ajudar
negar isso.6 mem&ros dos outros aug;rios' e similarmente eles
Anjou &alan$ou a ca&e$a lentamente. 57&rigado possuem muitas necessidades que dependem dos outros
por me conceder isso. Eu n%o me oponho aos /heurges 0arou para serem alcan$adas. Algumas dessas trocas s%o
em geral' eu acho. > que alguns por aqui parecem t%o puramente proissionais' mas outras s%o muito' muito
arrogantes...6 pessoais' estando ligadas Hs ra*!es que a!em cada aug;rio
Aaron acenou lentamente. 5Agora' para os ser o que é. +sso é mentalidade de matilha' e n%o é algo
Dendigo. —
contr)rio Aqui
a leivoc(
dos vai encontrar7s praticamente
guerreiros. /heurges doso que
comoeuam*lia'
possa acilmente
mas é algoe"plicar
mais —para um humano.
amando ou odiando>
Dendigo tendem a seres vingativos' usam medo em sua seus companheiros de matilha' voc( conia neles
vantagem' assim como a!em os #enhores das #om&ras. implicitamente. 4oc( e"ecuta a un$%o na qual voc( é
-uitos v(em esor$os para ensinar a humanidade como &om — seu aug;rio — e voc( precisa que eles a$am o
desencaminhados' acreditando que a =istória mostrou mesmo' permitindo H matilha uncionar de orma eetiva.
que os humanos s%o muitos ignorantes para serem +sso tudo é &elo' de seu próprio modo e eu espero n%o
instru*dos. 3laro que' quando eles alam de humanos' parecer estereotipado ao di!er que provavelmente esteja
eles geralmente querem di!er 5homens &rancos6. Por um pouco ora da sua e"peri(ncia. e qualquer orma...6
tudo que os Dendigo temem' Anjou' eles est%o ao nosso 57s Raga&ash n%o s%o dierentes dos /heurges de
lado contra um mundo que ainda se alimenta e a&usa de muitas ormas' e os dois aug;rios respeitam um ao outro
nós eles s%o nossos +rm%os -ais 1ovos' n%o podemos mais do que voc( inicialmente esperaria. 7s Raga&ash
esquecer disso.6 muitas ve!es atuam como musas para os /heurges — seus
5Eu tenho certe!a que voc( j) ouviu a ostenta$%o questionamentos so&re os nossos modos acendeu em
que os Dendigo que visitam a seita a!em so&re ser muitos /heurges mais do que uma e"tensa e"plora$%o
1ativos de puro sangue' de uma ancestralidade augusta' espiritual. /heurges que prop:em idéias verdadeiramente
assim se voc( tiver estudado um pouco de antropologia e radicais ou vision)rias v%o perce&er que os Raga&ash
=istória americana' voc( sa&e o qu%o rid*culas s%o essas oerecem a eles o ;nico suporte que eles encontrar%o na
airma$:es. 7s anci:es tri&ais possuem a mesma atitude 1a$%o 0arou' e por isso eles s%o gratos. Além disso' a
rente H espiritualidade que eles t(m so&re linhagens maioria dos /heurge possui uma maior compreens%o da
— 5mantenha pura6 — e a a&ordagem n%o é mais importCncia espiritual do arquétipo do trapaceiro do que
real*stica no campo do misticismo do que é so&re ra$as. muitos outros 0arou' o que signiica que eles tolerar%o as
-uitos de seus /heurges s%o antropologistas amadores &rincadeiras dos Raga&ash melhor do que' digamos' um
por necessidade' tentando manter seus rituais e Ahroun. 3laro que se um /heurge achar que um
chiminage estritamente condi!entes com a orma que os Raga&ash est) !om&ando dos esp*ritos ao invés de
3hero9ee ou os /shimshan i!eram séculos atr)s. 3laro ilumin)2los' todo o relacionamento se torna &astante
que é uma raque!a de&ilitante para um m*stico ocar amargo rapidamente. Porém' n%o se espera isso de um
mais em detalhes de orma do que na sinceridade de Raga&ash' e poucos agem dessa orma' ent%o isso

54 Livro dos Augúrios


normalmente n%o é um pro&lema.6 aca&am tentando condu!ir algo parecido com a vida
53omo qualquer clérigo' os /heurges se arriscam a humana acima da vida 0arou. -uitos /heurges possuem
se perder na trama do dogma' recitar seus rituais sagrados planos para restaura$%o espiritual que envolvem
sem pai"%o ou inspira$%o sagrada verdadeira. 7s mudan$as na sociedade' legalidade ou atitudes humanas'
Raga&ash lutam contra o dogma e contra a vis%o limitada mas o "am% é uma igura assustadora e algumas ve!es
em todos os lugares da 1a$%o 0arou — eles n%o est%o anti2social eles n%o possuem a etiqueta social da qual os
tentando destruir a tradi$%o' apenas assegurar que ela 0alliards s%o peritos. Assim' aca&a que /heurges e
mantenha seu signiicado e permane$a le"*vel — e os 0alliards geralmente tra&alham juntos' apoiando o
/heurges s%o seus alvos com a mesma reqJ(ncia que n%o ativismo social' movimentos de protestos am&ientais'
o s%o. E"iste uma grande diversidade em como os v)rias causas de direitos civis e eventos religiosos
/heurges respondem ao ato de ter sua teologia desaiada alternativos. #eria justo di!er que os /heurges prev(em o
por um Raga&ash' que vai do medo e ultraje ocultos até que deve ser eito' ornecendo seus cora$:es e almas'
uma aceita$%o calma e um de&ate sensato. Apesar de que enquanto os 0alliards sa&em como a!(2lo' sendo mestres
eles nunca admitir%o' os /heurges invejam os Raga&ashG em tagarelar e até em inspira$%o sincera. 7s /heurges
praticamente todo /heurge que possua uma e"peri(ncia ainda dependem dos 0alliards para articular e apresentar
signiicante teve que a!er um sacri*cio doloroso para suas idéias de uma orma que capture a imagina$%o das
cumprir uma promessa em algum ponto de sua vida. 7 pessoas.
j;&ilo casual com o qual o Raga&ash evita suas 5+neli!mente' na sociedade 0arou a rela$%o entre
responsa&ilidades' que&ra seus juramentos e escapa com esses aug;rios nem sempre é harmoniosa. 0alliards
um sorriso maroto parece inerentemente decadente guardam as histórias e lendas da 1a$%o 0arou' e como
Hqueles 0arou que oram escolhidos por 0aia para qualquer autor dram)tico eles algumas ve!es encaram
assegurar que promessas eitas aos esp*ritos ossem sempre tentativas de censura das autoridades religiosas locais. 7s
mantidas. #im' é o papel sagrado deles' mas isso ainda contos dos 0alliards em sua maioria se ocam Ke
assim incomoda...6 romanti!amL no poder e compet(ncia de um ;nico herói
5/heurges o&viamente possuem uma tremenda gama 0arou' e algumas ve!es os /heurges acham que essas
de responsa&ilidades e eles geralmente se voltam para um antasias heróicas n%o mostram suicientemente que tudo
companheiro de matilha Philodo"' como eu' para ajudar aquilo que o herói representa é um presente dos esp*ritos.
a tra!er ordem para suas vidas caóticas. Eu acho que é Eu tenho certe!a de que os /heurges preeririam que toda
porque o papel de meu aug;rio é ser um pilar para que lenda osse redigida como um testamento H devo$%o e
outros 0arou possam se sustentar' e os /heurges aca&am como uma pe$a &arroca so&re moralidade' enquanto os
nos procurandoparaporacompanhar
ocasionalmente esta&ilidade' por suporte
a realidade' mais doe 0alliardsdepassionais
cria$%o históriasgostam
é um de aventuras
dom*nio dose 0alliards'
hero*smo. A e
que voc( imagina. > &om ter alguém que possa levar suas quando os Postos s%o iguais o 0alliard possuem uma
crian$as para a escola enquanto voc( est) em uma &usca autoridade a&soluta na )rea. -as 0alliards jovens
on*rica' e a maioria dos Philodo" est) disposta a a!er esse reqJentemente se v(em rustrados por /heurges anci:es
tipo de coisa para um companheiro /heurge. 8ma que agem como censores. Feli!mente' a maioria dos
ami!ade sólida com um Philodo" é uma &oa orma de um 0alliards — como todos os 0arou — reverenciam
/heurge manter um pé i"o em preocupa$:es temporais' proundamente os esp*ritos' mesmo que eles n%o a$am
assim evitando que eles se percam em suas torres de disso uma carreira. Ent%o' algumas pequenas sugest:es e
marim de ideais e misticismo. Eu acho que eu poderia mudan$as para que uma história seja honrada tanto
di!er que nós servimos de Cncora para eles' e eles quanto precisa e divertida s%o geralmente &em2vindas.6
parecem gratos por isso.6 57s Ahroun pouco possuem em comum com os
51ós tam&ém somos seus companheiros ritualistas /heurges' eles s%o pereitos contrapontos. 7s uas
dentro da 1a$%o 0arou. Em teoria' nós temos eseras de 3rescentes s%o introspectivos' educadores' vision)rios'
inlu(ncia dierentes das deles — nós nos ocamos em idealistas e t%o pac*icos quanto um 0arou pode ser os
rituais que conerem respeito' julgam Renome' separam a ua 3heias s%o rudes' diretos' pr)ticos' preocupados com
verdade das mentiras e reor$am deveres' enquanto eles o imediato' com coisas tang*veis e claro' muito nervosos
v%o mais para o lado de rituais que possuem verdadeiro e violentos. +sso n%o signiica que e"ista um grande
poder m*stico ou uma sim&ólica signiicCncia esotérica. conlito' apenas que suas eseras de inlu(ncia raramente
Ainda assim' somos todos ritualistas' e a maioria dos se so&rep:em. 7s Ahroun consideram altamente os
Philodo" valori!am ter um amigo /heurge cujo cére&ro /heurges com o pé no ch%o e lógicos como au"iliares
possa ajudar organi!ar uma cerimnia e assegurar que ela t)ticos qualquer guerreiro sa&e o valor de especialistas de
tenha o impacto emocional correto. Rituais s%o rituais' campo. Porém' os /heurges normalmente s%o os 0arou
ainal de contas' e sua pr)tica d) aos /heurges e Philodo" menos com&ativos' e eles dependem dos Ahroun para
um terreno em comum.6 proteg(2los em &atalha a ajuda deles pode ser
57s 0alliards tam&ém possuem muito em comum inestim)vel' mas geralmente e"ige que os /heurges se
com os /heurges. Am&os os aug;rios possuem deveres mantenham aastados da primeira linha do com&ate para
que os condu!em para o mundo humano' e assim am&os direcionar esp*ritos e jogar maldi$:es nos inimigos. Além

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 55


de tudo' os dois aug;rios possuem um respeito
proissional saud)vel pelo tra&alho um do outro'
mas n%o possuem ortes la$os pessoais ami!ades
Kou rivalidadesL entre Ahroun e /heurges
tendem a se desenvolver &aseados em atores
dierentes dos deveres e da nature!a dos aug;rios
envolvidos.
Theurges e os Se(os
5Alguns 0arou' particularmente as F;rias
1egras' possuem teorias que alam que e"istem
signiicantemente mais /heurges (meas do que
machos. +sso est) ligado H teoria de g(nero delas
— a agress%o masculina comedida e guiada pela
introspec$%o eminina. #eria mais interessante
ver as estat*sticas dessa orma' mas claro que a
sociedade 0arou n%o é estruturada de uma
orma que permita a coleta de tais dados com
seguran$a. Eu diria que em minha e"peri(ncia
de vida' eu j) vi um grande n;mero de /heurges
machos' e eles a!em seu tra&alho muito &em —
assim como qualquer Ahroun (mea. /alve! n%o
tenha tanto a ver o macho e (mea como
masculino e eminino. 7 /heurge certamente é
um arquétipo educativo' algo relacionado nas
sociedades tradicionais como o papel eminino'
e até mesmo nos dias de hoje nós vemos
homens serem t%o capa!es de serem t%o &ons
educadores quanto mulheres' a correspond(ncia
m*stica entre qualquer /heurge' macho ou
(mea'
n*vel.6 e o aspecto eminino e"iste' em algum
57s /heurges algumas ve!es
intencionalmente conundem o papel dos
g(neros para o&ter poder m*stico. 3om certe!a
voc( j) ouviu alar dos 3ontr)rios — os
trapaceiros e "am%s que se vestem do se"o
oposto e assumem ormas e"ageradas de seus
papéis se"uais em suas sociedades? Raga&ash s%o
os 0arou mais inames a assumir esse papel' mas
os /heurges tam&ém o a!em por ra!:es
psicológicas e so&renaturais. Esses raros
/heurges tendem a ser p)rias ou questionadores'
seguindo as pegadas dos Raga&ash' mas eles
possuem um tom mais pertur&ador do papel de
3ontr)rio do que os uas 1ovas. +sso os coloca
a parte da sociedade' e tende a pertur&ar as
pessoas em um n*vel instintivo. > )cil rir de um
travesti' mas ninguém ousa rir de um /heurge' e
isso a! com que reste apenas a estranhe!a e o
medo. A sa&edoria popular prega que é esperado
de um /heurge ser pertur&ador de alguma
maneira' e isso os ajuda a assumir o papel de
reverenciar os esp*ritos. -isticamente' a divis%o
de se"os carrega grande poder. #im&olicamente'
atravessar essa linha a! do /heurge um ser
m)gico' assim como cru!ar a linha entre a vida e
a morte durante o Ritual de Passagem.

56
de esp*rito e carne' Anjou todos nós possu*mos a
$i&endo como um Theurge ha&ilidade de percorrer atalhos. -as um /heurge é
5Entre os 0arou' /heurges s%o os que mais especial porque age como condutor' pois est) em am&os
provavelmente e"perimentam uma Primeira -udan$a os mundos ao mesmo tempo metaoricamente' sen%o
menos traum)tica. Eles n%o possuem uma F;ria isicamente. Esp*ritos reconhecem isso' isso os torna mais
e"or&itante' e n%o h) uma tend(ncia instintiva a serem avor)veis a comunicar mistérios sagrados e a oerecer
sanguinolentos ou agressivos como os 0alliard ou ajuda ao /heurge nas horas de maior necessidade. Por
Ahroun. #%o incomuns os /heurge que possuem F;ria tudo o que eles devem passar' as &(n$%os de uma crian$a
potente o suiciente para entrarem em renesi na época de dois mundos s%o grandes de verdade.6
de sua Primeira -udan$a. Além disso' o /heurge é um 5A vida de um /heurge é cheia de demandas' um
ser de dois mundos mesmo antes de estar consciente de ato cont*nuo de equil*&rio entre o espiritual e o
sua heran$a — esp*ritos de 0aia geralmente se sentem temporal. Por um lado' muitos de seus deveres — guiar
atra*dos a proteger e guiar um /heurge recém2nascido espiritualmente a humanidade' proteger animais
antes de sua -udan$a' enviando sinais e press)gios desde sagrados' criar etiches' ser conselheiro de sua matilha'
os primeiros dias de vida. -uitos dos /heurges curar os enermos' garantir chiminage — requer que eles
homin*deos e"perimentam a primeira mudan$a ao viajar estejam ocados em sua vida real e normal. A 1a$%o
nas prounde!as de )reas selvagens' lugares em que nunca 0arou n%o tem uso para os /heurges que est%o t%o
estiveram antes' levados a a!(2lo por instintos que eles envolvidos com os mistérios superiores a ponto de se
n%o compreendem totalmente e mensagens vindas de tornarem alheios Hs &analidades da vida 0arou. 1a
além do mundo material. 7s /heurges lupinos se verdade' tais indiv*duos podem ser um grande atraso para
encontram em contato com quest:es espirituais que os a matilha@ =) momentos em que os 0arou se preparam
separam de seus companheiros lo&os' e sua introspec$%o e para as &atalhas' e precisamos de aliados esp*ritos prontos
curiosidade reqJentemente os levam para longe da a lutar do nosso lado' encantos para manter os -alditos
matilha antes que ocorra a Primeira -udan$a. aastados e armas etiches para dar aos nossos guerreiros
5#e a Primeira -udan$a é mais )cil para os mais ortes. #e um /heurge or 5espiritual6 demais para
/heurge' o Ritual de Passagem serve como compensa$%o. providenciar essas coisas' ele est) gravemente descuidado
-uitas tri&os reali!am pr)ticas dierentes' mas e"iste um com seus deveres.6
tema comum entre a maioria delasG para se tornar um 5Por outro lado' entretanto' o mundo das som&ras'
"am%' o iniciado deve morrer e retornar H vida. 7s 3rias press)gios e mistérios é como o canto de uma sereia so&re
de Fenris literalmente enorcam seus /heurges em um o /heurge e se ele echar os ouvidos demais' ele é o
grande
nove diascarvalho' dei"ando2os
e nove noites. so& vento
#uocamento e chuva por
normalmente n%o culpado pelaum
novamente' recusa de grave.
pecado ouvir 4oc(
as revela$:es divinasisso'
deve entender —
é capa! de matar o 0arou' mas a alta de o"ig(nio Anjou' e eu reconhe$o o qu%o ora da sua — ou minha
provoca desmaios e alucina$:es — vis:es sagradas — )rea de e"peri(ncia isso deve serG /heurges vivem
concedidas por Fenris e pesadelos invocados dos mais mergulhados em um mundo m*stico' onde press)gios e
proundos 1ilheim. 7s Dendigo enviam seus jovens enigmas maravilhosos espreitam em cada esquina.
/heurges para as )reas selvagens' jejuando em solid%o até +magine se tudo o que voc( e"perimentasse tivesse dois
que entrem em renesi devido H ome ou lhes seja signiicadosG o literal e o sim&ólico. 8m /heurge que se
concedida uma vis%o pela -ulher -etamora ou o distancie e se dei"e su&mergir por completo nesse mundo
0aroto do 3éu. Iovens Andarilhos do Asalto algumas etéreo come$a a ver causas e eeitos so&renaturais em
ve!es engatinham pelos tu&os e t;neis de vapor so& tudo a seu redor' a!endo previs:es e lendo mensagens
clu&es noturnos ou raves' após uso intencional de onde elas n%o e"istem e se tornando incapa!es de se
grandes quantidades de alucinógeno para tentar undir relacionar com as preocupa$:es do mundo material.
suas consci(ncias com a multid%o de dan$arinos' a Psicólogos mortais denominam essa condi$%o de
m;sica da cidade. +ndependente do método' o jovem <ui"otismo — uma compuls%o em atri&uir causas
/heurge entra em contato com a morte com o o&jetivo so&renaturais a eventos mundanos.6
de ter uma &reve vis%o do mundo dos mortos. -esmo 57 ato do equil*&rio torna2se ainda mais di*cil se
entre as tri&os que n%o reali!am tal pr)tica' é muito um homin*deo /heurge tentar manter algo que se
comum para ser coincid(ncia o ato dos /heurge assemelhe a uma vida humana normal' junto com suas
aca&arem mortalmente eridos ou pró"imo ao coma após tareas espirituais e materiais. > incrivelmente surreal
o Rito de Passagem — os esp*ritos clamam os seus aca&ar de voltar de uma miss%o m*tica no mundo
direitos' seja através de rituais ou circunstCncias.6 espiritual a tempo de completar a conta&ilidade para
5Essa quase morte é tanto um eco sim&ólico do entregar a seu chee' mas alguns /heurge se v(em nessa
sacri*cio do Primeiro /heurge quanto uma liga$%o situa$%o. Ainda assim' e"iste uma ra!%o que leva os
gerada com o mundo espiritual. Ao a!er uma jornada /heurges a viver uma vida da mesma orma que um
para o mundo além desse e retornar' o /heurge torna2se humanoG eles devem' se &uscam curar e inluenciar as
um ser m)gico' uma criatura de dois mundos e uma ponte moléstias da sociedade humana' serem uma parte dela.
de um para o outro. Agora' todos os 0arou s%o criaturas 8m curandeiro n%o pode a!er seu tra&alho distante do

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 57


seu paciente — ou ora do mundo do paciente — sem se seguida' tentando capturar com palavras algo que ele
importar com a vida dele. Ent%o o /heurge tenta manter suspeitava que n%o poderia ser capturado.
uma proiss%o' paróquias' am*lias e outras preocupa$:es 
humanas com maior reqJ(ncia do que os outros 0arou' Anjou e Aaron alaram so&re trivialidades a maior
com variados graus de sucesso. 7 quanto o misticismo e parte da tarde. 8m Philodo" compreende psicologia'
os chiminages podem atrapalhar depende do indiv*duo ainal' mas qualquer um poderia notar que uma mulher
— os mais espertos uas 3rescentes tratam isso como que perdeu seu ilho e cujo todos os Parentes est%o
mala&aristas' se divertindo enquanto todos os elementos tirando sarro n%o precisa de nada mais do que
de suas vidas caóticas e completas tentam se equili&rar. companhia. A &atida na porta — que Aaron
Aqueles com menos dessa estranha compostura humana silenciosamente esperava que n%o ocorresse — se deu nas
se v(em diante de um esor$o cont*nuo' e enervante' primeiras horas da noite. Ele rapidamente oi atender a
para manter todas as galinhas em ila. Ainal' ninguém porta' antes que Anjou pudesse responder.
disse que ser um ua 3rescente era )cil.6 Aaron nunca havia encontrado Fala23om2as2
5Envelhecer é tanto di*cil quanto recompensador #om&ras antes' sendo um visitante H seita' mas ela era
para um /heurge. Eles tendem a ter a maior longevidade t%o impressionante quanto ele havia imaginado. 1%o
entre os 0arou' mas eles tam&ém t(m os mais limitados dava para ele estimar sua idade — possivelmente mais
uturos. ierente dos Ahroun ou Raga&ash' eles velha do que qualquer humano j) oi — mas seus ca&elos
geralmente n%o desaparecem em uma chama de glória. &rancos enovelados' olhos vermelhos e sua pele' como
Ao contr)rio dos 0alliards' nossa sociedade n%o d) a eles uma coura$a' a!iam2na parecer sa*da de uma lenda
a li&erdade para virarem solit)rios que v%o a &usca de 0rega. +sso' Aaron supunha' era e"atamente a imagem
uma ;ltima grande história ou lenda. 7 preceito da que ela desejava invocar.
itania so&re os velhos e enermos tende a ser 5Posso entrar?6 ela perguntou com a vo! de uma
interpretada literalmente com os /heurge — ou mais mulher n%o acostumada a pedir permiss%o.
precisamente' eles s%o considerados um atraso quando a 53laro'6 Anjou rapidamente respondeu.
mente come$a a alhar. 8m guerreiro deve manter2se 5Achei melhor &ater' dessa ve!.6
s%o' tanto no corpo quanto na mente' mas um "am% Anjou concordou com a ca&e$a' assustada.
precisa apenas ser capa! de ouvir os esp*ritos claramente 3laramente' Aaron n%o era o ;nico que havia ouvido os
e lem&rar seus segredos. Para os /heurge' posto e idade coment)rios desrespeitosos que ela havia dito so&re Fala2
tendem a estar diretamente relacionados' mais do que 3om2as2#om&ras.
para outros aug;rios. 8m jovem e am&icioso guerreiro As palavras da anci% oram r)pidas e desajeitadas'
adquire mas
menos' muita per*cia emmaestria
a verdadeira sua arteda
emespiritualidade
uma década' ouleva ela claramente
5Eu... eu ouvi n%o
umaestava
partese do
divertindo ao pronunci)2las.
que Aaron estava lhe
uma vida inteira. +sso pode ser rustrante para os di!endo. #a&e' ele tem ra!%o' nossos deveres s%o duros e
am&iciosos uas 3rescentes — um velho Anci%o di*ceis' e reqJentemente nos dei"am e"austos. 1ós
/heurge deve ter visto duas gera$:es de Ahroun devemos ensinar a humanidade a reverenciar os esp*ritos'
ultrapass)2lo em posto antes de o&ter seu t*tulo — mas mas algumas ve!es torna2se mais )cil apenas a!er a
paci(ncia é uma qualidade que os /heurge valori!am' de humanidade temer os esp*ritos. -edo é sempre mais
qualquer orma' e eu tenho certe!a que muitos 0arou simples de cultivar do que respeito verdadeiro' e voc(
invejam a oportunidade dos /heurge de aproveitar a vida pagou o pre$o pelo meu descuido. Eu ui negligente em
no tempo certo' ao invés de terem que se apressar por ela. meus deveres' Anjou. Eu senti sua dor em meus sonhos' e
57 /heurge que alcan$am o status de anci:es em eu sa&ia que eu era a causa. 7 modo com o qual eu lidei
posto assim como em idade é um l*der espiritual de seu com voc( oi desonroso' o por isso eu estou
povo' um valoroso recurso a qual todos os 0arou prestam verdadeiramente arrependida.6
rever(ncia. Anci:es /heurge geralmente se tornam Ela parecia muito vulner)vel naquele momento' e
-estres de Rituais de sua seita' mas um /heurge pode Anjou evitava seu olhar.
possuir uma vasta gama de posi$:es na seita. 51ada pode ser eito agora. Est) terminado. 4amos
+ndependentemente do seu t*tulo' eles s%o tratados com apenas continuar com as nossas vidas.6
uma rever(ncia aos anci:es at*pica dentro da sociedade Fala23om2as2#om&ras mantinha uma e"press%o
0arou. 1ós dependemos dos nossos anci:es /heurge' indecir)vel. 5Finalmente' voc( merece uma e"plica$%o
Anjou' de uma maneira que é di*cil de articular. Eles melhor do que a voc( rece&eu. Phillipe n%o era um
est%o mais pró"imos daquilo pelo qual estamos lutando' e homem &om em nenhum sentido do termo. Ele era... um
é di*cil para qualquer 0arou n%o se sentirem ser som&rio' Anjou' e que estava so& a m)cula do
maravilhados quando lidando com eles. 1ossa sociedade +nimigo. Ele estava usando voc( para chegar H seita. Em
reverencia a sa&edoria' tanto quanto glória e honra' e minhas vis:es' voc( se deitava no ch%o' olhar va!io' sua
muitos anci:es /heurge s%o vistos como sa&edoria garganta cortada pelo próprio ilho. #eja muito grata aos
encarnada. Precisamos deles' e quando eles morrem sua esp*ritos de 0aia que lhe mostraram a compai"%o que
perda é sentida por toda a seita.6 eles tiveram ao or$ar a corrup$%o que haveria de se
Aaron se calou' sem sa&er ao certo o que alar em nutrir na alma de suas crian$as e passar para seus corpos.

58 Livro dos Augúrios


A alternativa teria sido muito' muito pior para voc(. Em di! isso aos outros. 1%o ca&e a mim me importar com
nenhum uturo poss*vel Phillipe poder) ter cumprido esse tipo de coisa' e talve! seja até verdade. E' acredite
seus sonhos. Eu deveria ter lhe alado tudo isso quando voc( ou n%o' eu tenho compai"%o pela sua dor' e desejo o
nos conhecemos' ao invés de apenas dar uma ordem e melhor em sua vida. -as seu eu sou&er que voc( voltou a
esperar que voc( osse o&edecer.6 alar de 89tena e de 0aia da orma como voc( e! no &ar
Anjou n%o disse nada' horrori!ada com as palavras essa noite' eu voltarei aqui e arrancarei suas tripas
de #om&ras. Após alguns instantes de sil(ncio' #om&ras pessoalmente' vou pendurar suas entranhas na divisa do
decidiu que seria melhor simplesmente mudar de assunto. caern como um aviso para todos aqueles que &lasemam
5Palavras s%o estéreis. #%o coisas da Deaver. 8ma ve! contra os esp*ritos. -eu aug;rio demanda n%o menos do
que elas sejam ditas' elas nunca mudam. 4oc( n%o que isso.
poderia e"plicar o que é ser um /heurge em palavras' Ent%o ela se virou e oi em&ora.
Aaron. 4oc( devia sa&er disso.6
A anci% virou2se para Anjou 5se voc( tem
realmente interesse em compreender o que signiica ser
um /heurge' eu só posso lhe mostrar' n%o di!er.6
/emerosa' Anjou concordou. Ela estava surpresa em
)otas
A históriade )arrati&a
aca&ou. Iogar com /heurges pode ser
envolvente' especialmente se o 1arrador quiser incluir
admitir que estava interessada nisso pelo seu próprio misticismo e vis:es proéticas em seu jogo. 7s conselhos
&em' ao invés de pura praticidade. #om&ras eniou a m%o a seguir podem acender a imagina$%o além disso'
em seu ro&e e retirou o que inicialmente parecia o apresentamos algumas novas 3aracter*sticas para
esqueleto de um rato' colocando2o na mesa em rente a personagens /heurge escolherem.
Anjou. Ent%o ele se moveu. Era mesmo um pequeno rato
morto2vivo' algo vagamente como o ogo &rilhava em Sinais e Mara&ilhas
seus olhos. Apesar disso' ele n%o parecia muito 3omo e"atamente o 1arrador deve lidar com o
amea$ador na verdade' Anjou perce&eu que ela queria mundo m*stico em que o /heurge vive? Pode ser
reverenci)2lo' como uma don!ela no&re diante de um assustador' pois se voc( narra uma cena em um sonho ou
grande cavaleiro. adiciona um press)gio sim&ólico e termina mal' pode
5Esse é um esp*rito de nascimento e renascimento' parecer e"tremamente clich( e de mal2gosto. 7 melhor
Anjou. Ele me avisou so&re suas crian$as.6 conselho ao 1arrador é dar ao jogador a chance de
<uando Anjou encarou a pertur&adora lu! nos olhos e"plorar e interagir com o mundo m*stico — seja a
do esqueleto' o esp*rito respondeu com algo que n%o era 8m&ra ou uma cena de sonho — ao invés de martelar na
e"atamentedacomunica$%o'
primordial mas poderia
ala' h) mil(nios quando ser o ancestral
o mundo era ca&e$ada
passos deles uma do
jornada mensagem'
herói de or$)2lo
3amp&ella trilhar os e"atos
ou tentar criar
menos comple"o e mais m)gico. Ent%o Anjou uma atmosera sinistra cheio de adjetivos pomposos.
simplesmente entendeu' e ela sa&ia que o que ela havia em&re2se que narrar misticismo' como qualquer outro
aprendido jamais poderia ser e"plicado' apenas tipo de narra$%o' deve ser uma atividade interativa.
e"perimentado. Encontre algumas ontes de surrealismo e imagens
57&rigada6' ela e"clamou' sem lego. 7 rato m*sticas' e adapte ao seu próprio uso. Em um jogo
esqueleto guinchou silenciosamente e sentou2se so&re individual' n%o h) ra!:es para temer cópias' seja do
suas pernas de osso' aparentando contentamento. Apocalipse de #%o Io%o' ilmes de avid nch ou do
#om&ras sorriu. Em sua ace' isso era surreal. ;ltimo romance do 1eil 0aiman. +magens m*sticas n%o
5Anjou' Parentes n%o podem ser /heurges' mas eles s%o )ceis de se inventar' para a maioria das pessoas' e
s%o "am%s h) mil(nios. A humanidade possui poucos quase sempre s%o &aseadas em mitologia que veio antes.
"am%s nessa era. 4oc( certamente é capa!' e até pode ser Enquanto voc( or ra!oavelmente discreto para a!er tudo
poss*vel tra!er para a sua vida a dignidade que voc( tanto mais interessante' e n%o incluir elementos de outros
almeja. Eu enganei voc( e' para compensar' se voc( g(neros' uma vasta gama de inspira$%o ser) muito ;til na
quiser' eu compartilharei com voc( meus mistérios e cria$%o de um mundo sim&ólico.
segredos' e posso ensinar as maneiras com que os 1%o espere que os jogadores leiam sua mente. A pior
humanos reverenciam e alam com os esp*ritos. Eu n%o coisa que pode acontecer é voc( apresentar uma imagem
quero lhe pressionar eu simplesmente notei que seu ou encontro que possui importCncia sim&ólica a um
uturo parece va!io' e eu oere$o uma lu!. 1%o decida jogador /heurge e esperar que ele interprete do mesmo
agora. Pense a respeito.6 modo que voc(. Poucos jogadores gostam de que&rar a
Anjou concordou silenciosamente com a ca&e$a. ca&e$a em um enigma o&scuro' de sim&olismo criado
5Eu.... eu vou pensar. Eu n%o consigo di!er nada agora. pelo 1arrador' mas a maioria n%o vai a!(2lo. Além disso'
Eu estou em choque' pra ser sincera. ao contr)rio dos enigmas' que seguem lógica concreta
A /heurge concordou e ent%o segurou Anjou pelos Kcomo intrigas' mistérios de assassinatoL' é quase
om&ros' com or$a. 5=) mais uma coisa que sou o&rigada imposs*vel um jogador perce&er a interpreta$%o 5certa6
a di!er antes que nos separemos' Anjou. Eu n%o me de um s*m&olo ou press)gio. E"iste um motivo pelo qual
importo se voc( pensa que eu sou uma vaca' ou se voc( personagens possuem valores em Enigmas — n%o h)

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 59


nada de errado em permitir que eles a$am uma rolagem no mundo real. <ualidades emocionais e espirituais que
para perce&eram a interpreta$%o 5correta6 Kou seja' no mundo real estejam ocultas atr)s de muros de
relevanteL de um s*m&olo ou press)gio. repress%o' incredulidade ou ormalidade podem estar
/am&ém n%o é &las(mia o 1arrador evidenciar o representadas metaoricamente na 8m&ra — ao se curar
sim&olismo diretamente' com a melhor interpreta$%o ou puriicar a met)ora' o /heurge e seus aliados podem
K5Ao olhar para o velho relógio na parede de orde reqJentemente au"iliar as pessoas atingidas no mundo
Alistair voc( nota que o p(ndulo est) irmemente preso real.
com teias de aranha. 4oc( pisca' e as teias desaparecem'  A Vida É Uma História — -itos s%o o&viamente
e voc( se pergunta se realmente as viu. /alve! esse seja histórias' ao ponto que verdadeiras miss:es espirituais e
um press)gio de que ele est) tentando prevenir seu jornadas épicas que as inspiram tam&ém possuem
envelhecimento com algo ailiado H Deaver.6L ou elementos dram)ticos nelas. Em um mundo onde destino
apresentar s*m&olos com ó&vias interpreta$:es racionais. e atalidade s%o or$as reais' eventos devem acontecer em
-esmo que os jogadores n%o tenham que adivinhar nada' um ciclo natural liter)rio para que cheguem a uma
o uso de met)oras adiciona o elemento de mistério e conclus%o. 3omo em uma história' uma jornada m*tica
gera atmosera para o jogo. possui um come$o' meio e im' per*odos de tens%o
3omo alternativa' voc( pode usar um truque ascendente' camaradagem evocativa e desespero
simples' que redu! a rustra$%o do jogador /heurge e avassalador. ierentemente da vida normal no -undo
aumenta tanto a compet(ncia do personagem quanto a das /revas' que algumas ve!es pode ser ar&itr)ria Kou
do jogador de inluenciar no jogo. 3oloque alguns 5pós2moderna6' em termos literaisL as coisas na 8m&ra e
elementos sim&ólicos e m*sticos e espere para ver como o nas vis:es sempre ocorrem por uma ra!%o' e caminham
jogador vai interpret)2los e quais sentidos vai atri&uir a do come$o até o im natural. 7&viamente' isso n%o
eles. #e a interpreta$%o or ra!o)vel' criativa e comple"a' signiica que sempre haja um inal eli!...
a$a com que o jogo incorpore essa vis%o' até um certo  Intuitivo, Não Raional — -isticismo n%o é
ponto' mesmo que n%o osse o que srcinalmente estava racional' mas certamente é sens*vel' com a mentalidade
planejado para aquela imagem. 7&viamente' isso deveria certa. 8ma ve! que um martelo &atendo em rochas a!
parar se as interpreta$:es e proecias do /heurge um som similar ao trov%o' é pereitamente lógico que um
passarem a ser uma tentativa do personagem de se esp*rito do /rov%o tenha vasta e"peri(ncia como
&eneiciar — mas a maioria dos apel:es n%o est) pedreiro' ou empunhe um enorme martelo. 7 cord%o
interessada em imagens m*sticas mesmo' ent%o esse é um um&ilical j) manteve ligadas m%e e ilha' ent%o claro que
risco pequeno. poderia ser usado mais tarde' se guardado' para permitir H

maior#ai&a a hora8m
impacto. de personagem
manter algo pode
ora de
se cena para
recusar um
a ouvir m%e' encontrar
pensamento sua ilha
moderno' perdida'
h) v)rias j) pelas
ra!:es adulta.quais
Paraessas
o
que 54anessa 0uardi%2da2Drm adentra o cora$%o do coisas n%o s%o cr*veis' mas esse n%o é o pontoG se voc( se
Reino do Flu"o' e sua mente se a&re para toda a cria$%o. or$ar a pensar de maneira pré2cient*ica e passar por
4)rias horas passam antes que ela retorne a companhia cima das cone":es usando o &om senso e sa&edoria
de sua matilha' preenchida porém incapa! de articular popular ao invés da ra!%o' todas elas se tornam claras.
com propriedade alguma das maravilhosas coisas que Essa é a mentalidade certa para narrar o mundo m*stico.
aca&ou de e"perimentar6' mas qual descri$%o poderia o  !udo É "ais Sim#les — 1a vida real' pessoas s%o
1arrador dar e ainda conseguir ugir do clich( e da comple"as' com de!enas de motiva$:es conlitantes'
inadequa$%o? Ao manter as e"peri(ncias m*sticas dierentes pecados e virtudes e histórias de vida cheias de
secretas' o 1arrador mantém o interesse tanto da nuances' que raramente seguem um tema ou padr%o
jogadora de 4anessa quanto do resto de sua matilha' de muito claro. Esp*ritos s%o &em mais simples que isso —
outra orma ica apenas repetitivo. eles s%o icnicos' e representam uma aceta
E"iste uma consist(ncia interna para vis:es' imagens e"tremamente limitada da e"peri(ncia humana. 0arou'
on*ricas e outras acetas similares do misticismo. 1%o é o seres meio2esp*ritos' encontram2se no meio do caminhoG
que normalmente chamamos de lógica' mas ainda é eles podem possuir a comple"idade da humanidade
consistente e a manuten$%o desses elementos de lógica mundana em suas vidas di)rias' mas tam&ém possuem
de a!2de2conta a! com que os jogadores estejam aptos a uma nature!a mais pura e simples em seu interior' uma
interagir de maneira signiicante com a estranhe!a que representa$%o icnica moldada em parte pela sua tri&o'
um jogo regado a metaplot pode oerecer. Algumas das aug;rio' nature!a e seu maior o&jetivo de vida' que alora
mais comuns dessas 5leis do misticismo6 s%o as seguintesG quando eles se envolvem com misticismo épico ou
 Semelhante Afeta Semelhante — 3ont)gio é jornadas espirituais. em&re2se disso' e a$a suas
mais do que um princ*pio que magos Ke /heurgesL usam personagens — protagonistas ou n%o — com toques
em rituais é um tema recorrente em uma vasta gama de icnicos mais amplos no mundo m*stico dei"e a
mitologias. 7s céus' ou a 8m&ra' s%o paralelos H /erra e comple"idade e os tons de cin!a para as histórias
quando um se altera' o outro tam&ém é aetado. 1a mundanas.
verdade' muitas jornadas espirituais s%o eitas com o  A $alan%a &eve Se '(uilibrar — Aplique o
e"ato propósito de curar na 8m&ra algo que é inacess*vel ad)gio da ci(ncia que di! 5toda a$%o gera uma rea$%o na

60 Livro dos Augúrios


tam&ém a lidar com esp*ritos quando o /heurge n%o sai
Comprando Rituais do Reino de 0aia — ainda é uma miss%o espiritual' ainda
#e um 1arrador n%o quer os mais poderosos que de um tipo mais metaórico. +sso signiica que através
rituais conhecidos da sociedade 0arou nas m%os de de suas rela$:es com os esp*ritos' o /heurge se v(
suas recém ormadas matilhas' ele tem todo o direito enrentando os esqueletos que guarda no arm)rio. 3omo
de limitar os jogadores aos rituais de 1*vel /r(s ou 1arrador' prepare para o /heurge encontros com
menos' quando criando personagens 3liath. 7 esp*ritos &aseados n%o apenas na situa$%o' o&jetivo ou
direito de utili!ar um ritual raro ou poderoso deve ser )rea' mas &aseado nos tipos de esp*rito e nas demandas de
algo que os jogadores tenham de negociar com seu chiminage que mais ortemente est%o em ressonCncia
1arrador' n%o assumindo isso como um direito com o conceito do personagem /heurge.
natural inerente ao jogo. Pelo contr)rio' um jogador
/heurge pode querer se tornar um ritualista &em )o&os Dons de Theurge
mais diversiicado do que os meros cinco n*veis de  *ere#%ão do Airt +Nvel Um- — 8sando este
rituais permitidos ao personagem no jogo. #e o om' um /heurge pode &asicamente identiicar um
1arrador est) inclinado a dei"ar um jogador come$ar esp*rito por seu airt — a trilha dei"ada pela passagem de
com um ritualista ha&ilidoso' o mesmo poderia um esp*rito. +sto unciona essencialmente como um
dei"ar um /heurge possuir mais do que cinco pontos rastreio no mundo *sico' e n%o sendo muito inormativo
em Rituais usando seus pontos de &nus. -uitos — um ca$ador pode di!er algumas coisas através das
/heurges jogadores ir%o querer come$ar a jogar com pegadas de um &is%o' mas n%o pode aprender nada
o 5,it ritual &)sico6 para /heurges KRitual de signiicante so&re uma criatura desconhecida. 3ontudo'
3onjura$%o' de espertar Esp*ritos e de esp*ritos particularmente poderosos e astutos sa&em
3ompromissoL. +sto retira todos os cinco pontos como disar$ar seus airts. <ualquer esp*rito ancestral que
poss*veis no Antecedente Rituais' e a! com que um ora renomado como um grande ca$ador pode ensinar
jogador compre alguns rituais tri&ais ou sociais e"tras' este om.
e isso n%o vai dei"ar o jogo desequili&rado' Sistema. /rate isto e"atamente como a ha&ilidade
especialmente depois que os pontos de &nus j) do 0arou em identiicar e rastrear animais Kpelo cheiro
tenham sido usados para aumentar F;ria' 0nose e ou pela procura de pegadasQrastros' com a discri$%o de um
For$a de 4ontade. Esta regra opcional pode ser /heurgeL' mas ao invés disso' aplicado aos esp*ritos. 1ote
especialmente valiosa levando2se em considera$%o que o 0arou pode n%o ser capa! de seguir um esp*rito por
um jogo onde n%o e"iste muita oportunidade de todos os lugares atr)s de seu rastro — lem&rem2se'
interagirespa$o
grande com os
deanci:es 0arou' ou para
tempo necess)rio ondeaprender
tomandon%o esp*ritos podem /himina0e
 Sentir voar. +Nvel Um- — /heurges
seria muito pr)tico. possuem meios de sa&er todo tipo de coisas secretas que
outros 0arou gostariam que permanecessem escondidas
dire$%o oposta6 aos reinos da emo$%o' o&riga$%o' moral e com este om' eles podem aprender como unciona o
meta*sica' e voc( tem essa lei. 1a verdade' isso descreve equil*&rio do chiminage' icando ciente espiritualmente
&em o enredo geral de Lobisomem — a Drm e Deaver de qualquer acontecimento com um relance. Este om
est%o ora do equil*&rio e até que ele seja restaurado' as revela se o alvo pagou todas as suas d*vidas com os
pessoas ir%o sorer. /oda escolha gera conseqJ(ncias' esp*ritos' se ele ignorou um dé&ito ou engajou2se numa
em&ora quem tenha que lidar com elas nem sempre &las(mia contra seu totem ou outros patronos espirituais.
merece' no sentido moderno — considere a história do 8m esp*rito da coruja ensina esse om.
Primeiro /heurge aqui. #acri*cio' algumas ve!es' é Sistema. 8m teste de Percep$%o  Furtividade
necess)rio para se chegar a um o&jetivo — para Kdiiculdade SL revela o estado de dé&ito do alvo nos
encontrar um &em poderoso' um grande mal precisa ser mundos espirituais com tr(s ou mais sucessos' o /heurge
sorido por alguém. 1o mundo *sico' o mal é geralmente pode aprender o nome de um esp*rito com quem o alvo
muito recompensador no dom*nio dos esp*ritos' mais recentemente tenha agido errado' se e"istir.
entretanto' carma é uma or$a real' em&ora seus eeitos  1aa 's#iritual +Nvel &ois- — 8sando esse

compensadores possam parecer duros e &arrocos para os


aetados. om' que
arma um ele
/heurge
possa pode im&uir
carregar aca —
em uma m%o —oucom
qualquer
poder
 !udo ) *essoal — 7s protagonistas de uma para acertar por entre a Pel*cula' aetando inimigos no
jornada espiritual nunca s%o genéricos a ela o que eles outro lado. 3ontudo' este om n%o d) nenhuma
enrentam ser) moldado pela sua própria nature!a. ois ha&ilidade de ver por entre a Pel*cula' além do que os
/heurges' enviados para a 8m&ra na mesma miss%o' para 0arou normalmente podem a!er. 8m esp*rito da vespa
encontrar a vers%o e"ata do mesmo etiche' ter%o pode ensinar este om.
histórias completamente dierentes para contar quando Sistema. 7 0arou gasta um ponto de 0nose' e
retornarem — uma jornada m*stica n%o é &aseada apenas qualquer arma que ele carregue consigo est) livre para
no o&jetivo a ser encontrado' mas na psique' pecados' acertar criaturas em am&os os lados da Pel*cula' em
virtudes e pai":es daquele que procura. +sso se aplica qualquer )rea onde ela seja igual ou menor do que o n*vel

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 61


de 0nose do 0arou. Este eeito dura pelo resto da cena. so&re como aplacar antasmas e ancestrais !angados —
 &es0osto dos 's#ritos +Nvel &ois- — /heurges esse om é um desses segredos. 8m /heurge com esse
usam esse om como uma orma de aviso espiritual om sempre sa&e e"atamente que tipo de sacri*cio é
contra aqueles que oenderam os esp*ritos. +sto causa m) necess)rio para se desculpar por uma oensa contra o
sorte na v*tima' e as a! testemunhar press)gios' segundo mundo espiritual' sendo perito nos métodos para oerec(2
sua própria cultura' que indiquem mal agouro ou um lo. 8m esp*rito do reino do >re&o ensina este om.
carma cosmológico negativo. 1ote que muitas pessoas Sistema. 3om um teste de Percep$%o  7cultismo
modernas podem n%o sa&er reconhecer um press)gio Kiiculdade SL' o /heurge aprende o que ele precisa
como tal' mas eles ainda v%o achar o press)gio ora de sua oerecer para aplacar um esp*rito oendido. 8sualmente'
própria nature!a. 8m corvo da tempestade ensina este se tanto o oensor quanto o /heurge orem sinceros'
om. alguns pontos de 0nose podem recuperar a harmonia se
Sistema. 7 /heurge gasta um ponto de 0nose' o oensor estiver morto ou ausente' ou se a oensa or
queima uma e*gie da v*tima e rola sua -anipula$%o  verdadeiramente grande' as cortes dos esp*ritos podem
7cultismo Kiiculdade SL o alvo pretendido n%o precisa requerer que o /heurge rece&a uma puni$%o em orma de
estar presente. Os ve!es na mesma história que o om é chiminage' como oerecer um etiche ou empreender
usado' o alvo ter) um mau uncionamento numa uma tarea. Em casos lend)rios' é conhecido que
importante Kmas n%o com perigo de vidaL rolagem de /heurges j) deram até suas vidas para restaurar as
dados automaticamente' ou sorer com eeitos de mau liga$:es da 1a$%o 0arou com um +ncarna oendido.
uncionamento uma ve! em todo dia de sua vida.  *rofeia +Nvel 5uatro- — Este om concede ao
 'voa%ão da /erim2nia +Nvel !r3s- — Rituais /heurge um vislum&re real do uturo. /ais vis:es s%o
n%o s%o usados apenas para evocar eeitos so&renaturais espor)dicas e algumas ve!es enigm)ticas' mas a n%o ser
eles tam&ém t(m um valor inerente para /heurges e que um esor$o enorme para mudar algo seja eito' eles
neles mesmos. 8sando este om' o 0arou evoca um s%o sempre precisos. 8m esp*rito da coruja ensina esse
senso de uni%o' rever(ncia e mistério sagrado através de om.
uma conduta ritual*stica — qualquer coisa entre um Sistema. Este om é tanto um elemento da história
sacramento católico e um ritual 0arou. Iuntamente com como um poder o jogador precisa conversar com seu
qualquer eeito m*stico normal' a cerimnia produ! uma 1arrador antes de adquirir isso para o personagem.
sensa$%o de reairma$%o e propriedade cosmológica para +ndependentemente de se ele é possu*do por personagem
todos que participam. -esmo que os /heurges jogador ou n%o' vis:es v(m apenas pela vontade do
normalmente usem esse eeito para ortalecer sinceras 1arrador e contém qualquer inorma$%o que ele deseje.
devo$:es espirituais
comunidade' ou construir
ele é igualmente umaentre os 0arou
)cil orma umade
a&usiva o7 uturo
1arrador
de deve sa&er
certos o&viamentejogadores'
personagens se saar evitando ver
para evitar
manter os participantes de um ritual em um ignorante e transorm)2los em uma pe$a de que&ra2ca&e$a.
dogm)tico medo do mundo so&renatural — a inten$%o  /urar a Alma +Nvel /ino- — Através de uma
do /heurge' n%o a nature!a do om' determina qual é o longa semana de irme prova$%o' estado de transe e
caso. 8m esp*rito enigm)tico ensina este om. comunh%o espiritual' o /heurge é capa! de colocar os
Sistema. <ualquer um pode tentar inspirar' uniicar elementos da /r*ade em pereito equil*&rio na alma de
ou clamar por uma audi(ncia a um ritual' com um teste um indiv*duo. 7&viamente' o sujeito para ser curado
de 3arisma  Rituais' 7cultismo' Perormance ou )&ia' precisa estar disposto' e os dois indiv*duos precisam estar
de acordo com a e"ata situa$%o. A posse desse om a sós Ksalvo por contato com esp*ritosL por toda a
aumenta o 3arisma do /heurge em quatro pontos' dura$%o. Esse om pode a&randar insanidade' eridas
apenas para os propósitos dessas tentativas Katé o emocionais' sanar os eeitos de um trauma e retirar a
m)"imo de noveL. melancolia. #e a inj;ria espiritual oi causada pela
 /asti0ar +Nvel !r3s- — 7 /heurge clama aos própria conduta do alvo' contudo' este om só pode
esp*ritos para retirar suas &(n$%os de outro 0arou ele uncionar uma ;nica ve! este indiv*duoG mesmo o ser
precisa ver&almente atestar as oensas do alvo contra o mais emp)tico tem pouca simpatia por aqueles que
mundo dos esp*ritos' e o alvo precisa estar presente se voltam a sua uma conduta de auto2degrada$%o depois de
&em sucedido' o alvo perde o Renome e os ons ter sido ajudado uma ve!. 8m Avatar do 8nicórnio
espirituais. 8m esp*rito hiena ensina esse om. ensina esse om.
Sistema. 7 jogador gasta um ponto de 0nose e testa Sistema. 7s eeitos s%o altamente personali!ados e
3arisma  +ntimida$%o contra uma diiculdade igual H &aseados no conte"to da história. Este om so!inho n%o
0nose T do alvo. 3ada sucesso causa ao alvo a perda de pode curar totalmente um =arano' mais pode certamente
um ponto tempor)rio de Renome para sempre. Em ameni!ar seus eeitos' prevenindo que este o tome
adi$%o' o alvo perde acesso a um om da escolha do completamente.
jogador /heurge até o im de uma história' de um n*vel #e o 1arrador j) se envolveu com as complica$:es
m)"imo igual aos sucessos conseguidos. de um crossover mecCnico em sua crnica de
 A#a4i0uar +Nvel 5uatro- — Uam%s de muitas o&isomem' ele pode escolher colocar esse om para
culturas diversas s%o conhecidos por sa&erem segredos restaurar de um a dois n*veis de =umanidade' ou su&trair

62 Livro dos Augúrios


um ou dois n*veis de Ang;stia' na vida de um certo tornar qualquer ato de viol(ncia na )rea imposs*vel um
vampiro ou apari$%o. 3laro' pouqu*ssimos 0arou anci:es +ncarna da colheita pode a!er com que todas as plantas
iriam desperdi$ar as &(n$%os de 0aia com um verme' na )rea cres$am ricas e saud)veis em minutos' enquanto
mesmo sendo um penitente. invocar a Deaver pode a!er a Pel*cula se tornar
 Le0ado Venenoso +Nvel /ino- — Este terr*vel praticamente impenetr)vel.
om d) ao /heurge o poder de lan$ar uma grande e
maliciosa maldi$%o so&re uma vitima H sua escolha. Este )o&o Antecedente
estigma é irrevers*vel' e ir) permanecer com a v*tima até Rede Espiritual
o im de sua vida. A v*tima precisa estar presente' e o
/heurge precisa ver&almente atestar sua maleic(ncia. O espírito-falcão voou três vezes sobre a cabeça de
8m esp*rito do ódio' ou o esp*rito de um animal Mayra antes de pousar em seu ombro e esfrear sua
altamente venenoso' ensina este om. cabeça contra sua face. !le fala suavemente em seu
Sistema. 7 /heurge gasta um ponto de 0nose e um ouvido, como uma criança fala com sua mãe.

ponto de For$a de 4ontade' ent%o rola -anipula$%o  "Muito bem, min#a fil# a$, -ara sussurrou' "
7cultismo' contra uma diiculdade igual H For$a de Muito %til. Aora v& e avise aos outros$.
4ontade do alvo' enquanto pronuncia a maldi$%o. Este Antecedente é como um equivalente espiritual
7&tendo de um a cinco sucessos' o /heurge pode inligir para 3ontatos. 8m /heurge que possui o Antecedente
o eeito Amaldi$oado em seu alvo com um n*vel igual Rede Espiritual cultiva &oas rela$:es com esp*ritos
ao de sucessos o&tidos o 1arrador escolhe a mais menores e 0alings de uma determinada )rea' e isto o
apropriada maniesta$%o. 3om seis ou mais sucessos' o possi&ilita a sa&er o que se passa com eles — mesmo se os
/heurge pode ao invés disso escolher inligir o eeito eventos que ele deseja aprender n%o puderem ser
Futuro 1egro. o&servados no mundo real' eles podem ser
 Invoar *resen%a +Nvel Seis- — Pelo uso desse testemunhados por um esp*rito ou outro. Este
estimado om' o /heurge pode chamar diretamente um Antecedente é uma das ra!:es pelas quais os /heurges
+ncarna ou 3elestino' tra!endo sua aten$%o so&re a )rea detém inorma$:es que n%o teriam como ter através de
ao seu redor. +sto n%o convoca um Avatar ao contr)rio meios mundanos.
disso' a presen$a é uma permea$%o m*stica do princ*pio Para ver se um /heurge pode o&ter alguma
que o esp*rito invocado representa. 7 /heurge ter) mais inorma$%o dos esp*ritos so&re algum evento espec*ico'
tarde que reparar o dé&ito devido ao esp*rito que ele ele precisa passar v)rias horas na 8m&ra alando com
invocou antes de poder utili!ar o om novamente isto esp*ritos dierentes Kvia o om 3omunica$%o com
tipicamente
espiritual ou envolve umde
o sacri*cio orte
um ta&u' uma
valioso e"tensa
etiche. miss%o
<ualquer Esp*ritosL.
contra Ent%o' testar
a diiculdade seu valor
da Pel*cula ondedeo Rede
eventoEspiritual
ocorreu.
avatar 3elestino pode ensinar esse om. +sto só pode ser eito uma ;nica ve! por evento. 8m
Sistema. 7 /heurge gasta cinco pontos de 0nose e sucesso concede uma vaga descri$%o' enquanto tr(s ou
a presen$a de um 3elestino ou +ncarna é eita' mais sucessos signiicam que o /heurge ir) ter uma idéia
maniestando2se' dentro de um raio de VWX metros' ao quase completa do que aconteceu. Entretanto'
redor dele por v)rias horas. Essencialmente' o om é independentemente de quantos sucessos orem o&tidos' a
como uma orma prolongada Kem )rea e eeitoL do om descri$%o ainda ser) dada pela perspectiva dos esp*ritos'
/otem e os eeitos s%o altamente vari)veis dependendo que podem perder importantes detalhes que n%o possuem
de qu%o grande or o poder que o 0arou escolheu uma orte ressonCncia espiritual Kcomo inorma$:es
invocar. 7s tr(s eeitos que seguem s%o constantesG pol*ticas ou inanceiras detalhadasL.
 <ualquer a$%o que diretamente suportem o Através desse Antecedente' um /heurge pode
princ*pio do esp*rito invocado t(m um n;mero de dados tam&ém rece&er pequenas oocas aleatórias e pequenos
igual ao n;mero de 0nose do /heurge adicionado as suas segredos se o 1arrador desejar' simplesmente através de
rolagens de dados. Em caso de com&ate' apenas uma conversas di)rias com esp*ritos. > claro' este é um
orma de rolagem de ataque Kataque' dano' esquiva' maravilhoso caminho para introdu!ir um novo gancho
iniciativa etc.L ser) utili!ada. na crnica.
 /entativas de a!er qualquer a$%o diretamente  4oc( t em p oucos e sp*ritos n a p rocura d e
antiética ao esp*rito invocado requerem tr(s sucessos inorma$:es ;teis.
num teste de For$a de 4ontade Kiiculdade WL' e mesmo  -uitos esp*ritos est%o dispostos a
assim' a a$%o ser) rolada com uma diiculdade de Y. compartilhar com voc( o que eles viram.
 7 esp*rito ir) mandar mem&ros de sua ninhada de  4oc( possui olhos escondidos em v)rios
poder equivalente a uma matilha completa de 0arou de locais dierentes a todo tempo.
Posto 8m ao local para ajudar o /heurge e seus aliados  Esp*ritos distantes &uscam inorma$:es e
imediatamente. reportam a voc( so&re estranhos acontecimentos.
Além disso' os eeitos dependem do poder que o  A n%o ser que a Pel*cula seja e"tremamente
/heurge escolheu invocar 8nicórnio pode simplesmente alta' pouqu*ssimo oge da vista de seus esp*ritos2espi:es.

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 63


Dor vem da escuridão e nós a chamamos de sabedoria.
— Randall Jarrell
Ó julgamento! Foste para o meio dos brutos animais
— Shakespeare, Julius Caesar

pró$imo eu duvido +ue o tenha achado se não #osse


Medidas pelas cabe-as acima.
Eu pre#eri não pensar na recep-ão +ue ir&amos ter.
Eu poderia ter pego o menor caminho e pedido ao
7 Filho de Gaia pegou uma grande oportunidade
nosso Guardião do ortão pelo acesso ao caern mas arrastando para dentro um #orasteiro reputa-ão ou
por alguma ra"ão eu precisei dirigir esta noite para
não e tecnicamente minha acompanhante não havia
ver a #ai$a da estrada se estirar na dist%ncia. Era um
belo pa&s' eu podia di"er isso pelo meio luar. sido convidada. 8m punhado de 89tena e 6enhores
das 6ombras era tudo o +ue eu +ueria. E uns poucos
(ontanhas marcadas pelas n)voas as sombras das
#lorestas caducas e o distante tinido do córrego me Fianna adentro como precau-ão e$tra. Eu havia
pensado longa e di#icilmente sobre +uerer ou não
deram companhia. * estrada em si seria um in#erno
para +ual+uer um +ue tivesse est,mago #raco com atualmente aparecer mas então eu me lembrei do
#ardo +ue meu mentor havia posto sobre mim após meu
todas as curvas e tor-es. Eu mesma. Eu gostei dela
um pouco. 2ito de assagem: encontre a balan-a da verdade
embora ela tenha tr/s gumes não importa +ual o
(inha companhia pareceu reconhecer minha
necessidade por sil/ncio. (eredith *ubre0 ou pre-o.
Cora-ão1do1C)u como ela agora era conhecida era Esta noite algu)m iria pagar caro.
bastante nova para tudo isso apenas tendo retornado
do seu 2ito de assagem a uma lua atr3s. Eu sentia Origens e Lendas
sua preocupa-ão sobre esta estranha e$pedi-ão. 4em Eu estacionei o caminhão #ora da Divisa e me
&amos ver o +ue estava acontecendo talve" nos preparei para uivar minha sauda-ão movendo
pud)ssemos ajudar talve" não. (eredith para #a"er o mesmo. ;oc/ deve pensar +ue eu
*inda bem +ue o jovem Dan-arino da 5ua +ue me tinha tudo per#eito por agora mas para ser honesta
chamou providenciou dire-es e$pl&citas. Droga at) sempre estou um pouco nervosa' primeiras impresses
mesmo o melhor rastreador poderia se perder por essas contam bastante. Eu respirei bem #undo e comecei.
bandas. 6e bem +ue eu sentia a presen-a de um caern <6auda-es = 6eita da (ão de ;idro! 6ou

Capítulo Três: Lei e Ordem 65


chamada Elaine Ed>ards pelos humanos 4alan-a da um instanteA.
;erdade entre os guerreiros de Gaia *thro ju&"a e < melhor voc/ #a"er direitoA eu rosnei. <6e voc/
hilodo$ mãe e #ilha das F?rias @egras. e-o para ser me pu$ou para longe de minha própria seita por
recebida como eu #ui convidada com cora-ão e mente capricho voc/ ter3 mais com +ue se contentar do +ue
abertasA. algumas novas cicatri"esA. Eu senti (eredith tensa ao
<Bamb)m recebam meus cumprimentos (eredith meu lado mas ela não #e" mais nenhum movimento.
*ubre0 Cora-ão1do1C)u recentemente chamada para 6eu +uei$o levantou. <4astante justo. *+ui est3 a
o povo de Gaia (eia 5ua Cliath das F?rias @egrasA. situa-ão... toda a situa-ão. (eu l&der de matilha
@ada mal eu acho. Gerhard Burner um 6enhor das 6ombras #oi acusado
@ós esperamos. resentemente um uivo ecoou em de matar outro membro da matilha uma F?ria @egra
troca uma bela vo" se #e" at) mais emocionante pela e hilodo$ como voc/. @osso l&der de seita não gosta
mistura de lua e n)voa +ue cercava a clareira. de Gerhard e acho +ue ele est3 levando alguma
<4oas vindas para Elaine 4alan-a da ;erdade e evid/ncia duvidosa a s)rio demais para se livrar de
(eredith Cora-ão1do1C)u. 6ou chamada Can-ão da Gerhard sem amea-ar sua própria posi-ão.A
a" Filha de Gaia Dan-arina da 5ua e Fostern da <arece pol&tica injusta para mim. 6eria o l&der da
matilha das resas 6angrentas da 6eita da (ão de seita um 6enhor das 6ombrasA
;idroA. Joan balan-ou a cabe-a. <8m 89tena um bem
8ma loba trotou para #ora da escuridão graciosa e conhecido. Este caern era mantido por eles mas eles o
branda com pelugem morena dourada en+uanto ela abandonaram por algum motivo e os 6enhores o
se apro$imava eu notei +ue um olho estava escuro e tomaram. Então +uando eles #oram erradicados num
outro brilhante sem re#letir nenhum brilho da lua. ata+ue dos Espirais @egras alguns meses atr3s os
or)m ela não tinha cicatri". 8ma impura então 89tena voltaram. Gerhard #oi um dos poucos
caolha eu dedu"i. Esse negócio havia piorado todo o sobreviventes da seita dos 6enhores das 6ombras.
tempo. 6e seus companheiros de seita não con#iavam Calvin ic9s este ) o nosso l&der de seita +ue de m3
nela eles provavelmente não gostavam de nós então. vontade o dei$ou #icar. @ós reconstru&mos nossa seita e
Ótimo. (as nós )ramos convidadas. Então eu colo+uei agora h3 tr/s matilhas ao todo. 7s Ca-adores da 5ua
de lado minha preocupa-ão. são tr/s Fianna e Cria de Fenris a matilha do ;ale
<7brigado por suas boas1vindas Can-ão da a"A. 4ai$o são 89tena e #inalmente nós os resas
Eu reconheci sua cabe-a bai$a e seu olhar curvado 6angrentas. Gerhard e eu. 6teven ) um Fianna
com um inclinar da minha própria. * impura *hroun. Denise ) outra Filha de Gaia uma 5ua
arrebitou a cabe-a para minha acompanhante +ue Crescente. @anc0 #oi a+uela +ue morreu
educadamente curvou seu olhar em respeito. <B/m as supostamente nas mãos de GerhardA.
matilhas de sua seita se reunidoA <Então simpli#icando as coisasA eu intercedi
* #orma da loba borrou1se at) +ue uma esbelta <Calvin +uer Gerhard #ora mesmo +ue isso signi#i+ue
jovem se p,s perante nós vestida com uma saia algumas t3ticas vis. *m3vel. arece +ue toda essa
simples e uma camiseta cabelo curto negro tocando corja est3 interessada demais em sua própria glória ao
levemente em sua #ace. <@ão e$atamente. Eu pensei inv)s da seitaA.
+ue nós poder&amos conversar um pouco primeiro. ;oc/ < sobre issoA. Joan resumiu1se. <Eu percebi +ue
pode me chamar de Joan a propósito. Eu tenho uma voc/ gostaria de #alar com todos olhar as evid/ncias.
pe+uena cabine pró$ima ao limite da divisaA. (as ningu)m sabe +ue voc/ est3 a+ui. *indaA.
@ós caminhamos sobre o chão desigual para a 8m longo assobio +ue pode ter come-ado como
cabine de um +uarto. *dentro a decora-ão era um sinal #ugiu de meus l3bios. <7u-a jovem Galliard.
simples: um par de cadeiras de madeira um leito com ;oc/ sabe bastante sobre a história dos (eia 5ua 7
uma coberta de tecido de retalhos uma mesa e uma +ue eles #a"em or +ue eles sãoA Ela meneou a
geladeira. Bapetes grossos de algodão cobriam o chão. cabe-a. <4em sirva1nos mais um pouco de ch3. Eu
(eredith e eu nos sentamos en+uanto Joan servia o preciso tra"er meu c)rebro de volta aos negócios no
ch3 da panela esperando ao #ogo. momento e eu vou #ocar em minha própria lua para

disse<;oc/s chegaram
e eu detectei umaantes do descon#orto
nota de +ue eu esperavaA
em sua ela
vo". #a"/1lo. 8m dea meus
outras F?rias seguirmais salutares
o caminho dosdeveres ) ensinar
hilodo$ eu não
<4em a +uestão pareceu importante o dei$arei +ue seu pedido interrompa a educa-ão de
su#icienteA eu respondi. <;oc/ disse +ue seu l&der de minha aluna — isto ir3 aprimor31lo. Futuramente
matilha estava encarando uma puni-ão injusta e +ue talve" voc/ saiba mais do +ue convidar um (eia 5ua
os ancies da seita concordaram em ouvir uma opinião por capricho assim minha aluna a+ui se tornar3 uma
neutra de um jui" e$ternoA. melhor ju&"a sobre +uando #alar e +uando #icar em
Joan me olhou e encolheu1se. <Eu não e$pli+uei sil/ncioA. 7 +ue eu não disse era +ue conversar era
e$atamente toda a situa-ão. *gora antes +ue suas melhor +ue dei$ar meu temperamento subir e cair
garras abram as minhas entranhas por #avor escute sobre essa inocente sapatos1bonitos. sso seria um

66 Livro dos Augúrios


e$emplo bastante pobre para dar a Cora-ão1do1C)u eles poderiam fa(er com al$um equil%!rio em suas vidas.
não seria & mesmo é verdade dos #arras Vermelhas? por !em ou
Metades do Todo mal, eles têm pouco a fa(er com nossa tri!o, e)ceto pelo
pequeno n2mero de lupinos entre n"s.
Você me perdoará se eu não for tão formosa 12rias e rias podem não se dar tão !em, mas eu dou
narrando este conto como você. Estou mais acostumada a crédito onde é devido. >arin Jarlsdottir mostrou7se ser
ouvir do que contar, se é que você me entende. capa( de liderar, uma que ao menos dá uma pretensão de
ada tri!o tem uma hist"ria diferente so!re como os al$o antes de a$ir. 8alve( ha0a al$uma esperan5a em
#arou se tornaram os $uerreiros de #aia, esp%ritos reconcilia5ão entre nossas tri!os, se ela for a
revestidos de carne. Eu não vou a!orrecer você com as representante do que os rias de 1enris estão se
$eneralidades. & que 's ve(es foi dei)ado de fora dessas tornando. Sei muito menos so!re :entes de 8rovão, um
sa$as, porém, foi como #aia decidiu dividir as tarefas de anti$o ria lupino que vive na 1inl@ndia e serve como
seus $uerreiros. * verdade, claro, somos !ons $uerreiros. um dos l%deres não7oficiais de toda a tri!o. oucos desse
+as #aiadefoium
tra!alho sá!ia
!omo soldado
suficiente para no
é feito sa!er que nem
campo todo o
de !atalha. lado do po5o o viram al$uma ve(, porém sua reputa5ão é
a de $uerreiro e ca5ador lendário.
l$umas coisas são feitas por trás das cenas e é aqui que Enquanto os ndarilhos do sfalto mantém para si
os +eia -ua tem um $rande lu$ar. mesmos mais que nunca, coisa que eu penso ser
erto, de volta ao passado. ara o !em ou para o estupide(, eu, todavia, ouvi so!re uma hilodo) entre
mal, foram os +eia -ua que $uiaram o caminho dos eles chamada Eli(a!eth -eitora de #enes. Se os
lo!isomens. l$uns hroun iriam ar$umentar nesse ndarilhos tiverem uma l%der, acho que ela o seria.
ponto. +as pense um pouco nisso e você sa!erá que eu Rumores filtraram fora da Europa que ela é realmente a
estou di(endo a verdade. /uem a0udou a tra(er um fim ' que se movimenta e a$ita as coisas.
#uerra da 12ria3 4m 1ilho de #aia hilodo). /ue 1alando de Senhores das Som!ras, natolA +aserAk
au$2rio diri$iu a cria5ão do acto3 +aldi5ão se não é o l%der da seita do 8rovão Violento nas montanhas
foram os +eia -ua. E quem che$ou nos 2ltimos anos para 4rais.  palavra tem7no como um melhor conciliador
chutar a !unda do l!recht em dire5ão ao alto escalão que seu predecessor. er$unto7me se esse cara vai
para que ele pudesse reclamar a oroa de rata3 6em, eu tra!alhar com o >oniet(ko ou contra ele3 E até onde
estaria condenada, foi aquele $aroto esperto, Evan ura7 >oniet(ko vai, se você não ouviu falar dele ainda, lo$o
o7assado. 4m hilodo), se você pode ima$inar isso. você irá. parentemente, ele é o l%der de al$uma enorme
coali(ão européia, mesmo ele não sendo um hilodo).

Fama e Inf‰miaeu
rovavelmente deva citar al$uns dos mais Você pode
ere$rinos sa!er mais
Silenciosos so!reso!re
contam isso do
umque
de eu,
seusmas os
+eia
famosos +eia -ua que você deve sa!er. 8alve( você -ua que pode ou não ter um destino ne$ro ' frente. Este
possa se lem!rar deles em suas hist"rias e can59es, mas eu hilodo) é um impuro australiano chamado #rek
vou dei)ar você ser a 0u%(a disso. -%n$ua7#êmea. Rumores di(em que ele vai de al$uma
:entre a sua tri!o, é claro, está o not"rio hore forma restaurar os 6unAip — se0a por encontrá7los ou
:estrui5ão. ;ão estou certa de como ele fa( para então a0udando os lo!isomens a a!solver sua culpa so!re
preservar o véu com aqueles $randes chifres dele, mas eu este infeli( equ%voco.
tenho que dar ao cara al$um crédito. Ele tem talo ao &s ortadores da -u( <nterior, como você sa!e,
tentar fa(er as tri!os e matilhas tra!alharem 0unto. ;"s oficialmente dei)aram a ;a5ão #arou, mas isso não
tam!ém damos um lu$ar especial ao 1ilho de #aia si$nifica que eles todos se a$ruparam e partiram para o
chamado 1ala7a7ultura #ron, cu0as sá!ias palavras oriente. 4m dos mais renomados Be definitivamente
a0udaram no fim do <mper$ium, como eu mencionei perple)oC mem!ros da tri!o é um hilodo) chamado
antes. ntonine -á$rima :erramada. Ele ficou para trás por
Eu conhe5o al$uns lendários +eia -ua da minha suas pr"prias ra(9es, possivelmente tentando fa(er al$um
pr"pria tri!o, claro. +inha professora e mentora, :aphne esfor5o maci5o em unir os lo!isomens em um estandarte
8heophiledes, é uma anciã conhecida por liderar a Seita de alian5a. Eu di$o !oa sorte, pois ele certamente tem
da 8eia de riane, pr")ima a =ashin$ton capital. &utra al$umas for5as curiosas tra!alhando contra ele.
$rande 12ria hilodo) foi >endra Stevenson, que a0udou Eu 0á mencionei um dos irmãos de matilha do Rei
a fundar uma das primeiras escolas para mulheres no l!recht, o =endi$o Evan ura7o7assado. Dá outro
oeste estadunidense. & triste so!re ela é que seu fim é lo!isomem notável entre os então chamados uros que
desconhecido? ela desapareceu na área de São 1rancisco você deve perce!er e este é o 4ktena lupino hilodo)
durante a virada do século. -amurum, lá na ustrália. cho que ele deu uma volta
Estranhamente, eu não posso ar$umentar so!re na #récia por um tempo, mas os 2ltimos rumores di(em
nenhum Roedor de &ssos ou 1ianna hilodo) que se que -amurum fe( seu caminho para as méricas.
tornou !em conhecido. 4ltimamente, me parece, apenas ;in$uém sa!e realmente o porquê.
os $uerreiros e $uardi9es das can59es destas tri!os Eu dei)ei o melhor por 2ltimo. pesar de parecer
$anham maior crédito. -amentável, 0á que eu penso que estranho pra mim, muitos dos l%deres dos #randes resas

Capítulo Três: Lei e Ordem 67


de rata foram 8heur$es ou hroun. 4ma das e)ce59es nos todos em forma.
foi a falecida ollette :elacourt, uma resas vinda de Então vamos discutir o dever por um momento, é
;ova &rleans. Ele é uma das $randes e seF entre n"s uma o!ri$a5ão dada por #aia ao hilodo) se impor e
+eia -ua. 8odas as indica59es eram que ela tinha tomar a autoridade quando ele vê ser necessário.
se$uido para uma vida de sa!edoria, até mesmo em sua l$umas ve(es isso si$nifica tra!alhar 0unto ao hroun
0uventude, ela tra!alhou com muitas tri!os, mesmo os como um aconselhador. &utras ve(es, é dele$ando tarefas
e)clu%dos Roedores de &ssos. /uando seu corpo como ele 0ul$ar adequado. Você sa!e que tam!ém somos
desmem!rado apareceu num p@ntano imundo, todo os 0u%(es e 02ri dos lo!isomens? por isso eu estou aqui
inferno se soltou, com a culpa caindo nos Senhores das falando com você ho0e. Você tam!ém deve notar que 's
Som!ras.  verdade so!re seu destino ainda é ve(es é dif%cil ver a 0usti5a servida. Ser um l%der requer
desconhecida. que você tome decis9es dif%ceis. Eu estou falando de
6em, a% está al$uma forra$em para seus contos, coisas de torcer o estHma$o, como mandar uma matilha
0ovem #alliard, e uma rápida li5ão de hist"ria para você, numa missão certamente suicida, porque é pelo !em da
+eredith. $ora, de volta ao centro do assuntoG & que seita ou dos #arou como um todo. * so!re punir aqueles
si$nifica ser um +eia -ua. que violam a -itania, pois essas leis foram feitas para nos
prote$er e manter nossa honra intacta, mesmo que você
O Significado do Augœrio tenha simpatia pelos infratores. * so!re ir 0unto a um
través dos séculos, como eu lhe disse, n"s !ando de estranhos e desenterrar a verdade, se0a qual for
$anhamos fama, ou notoriedade, como l%deres em tempos o pre5o, porque é a coisa certa a fa(er.
de pa(, aconselhadores em tempos de $uerra e 0u%(es onde Bimidamente (eredith interrompeu1me. <E
e quando fHssemos necessários. ;ão posso real5ar7lhe +uanto =s distin-es entre os hilodo$  verdade +ue
quão inevitável e correto isto é, quão essencial para o a+ueles dos ciclos crescente e minguante t/m
nosso ser. Você, #alliard, não pode socorrer o amor inato perspectivas di#erentes em rela-ão ao dever Eu não
pela m2sica e !elas palavras. ;a mesma moeda, +eredith havia encontrado su#iciente para realmente saber
e eu não podemos resistir ' necessidade e dese0o de aindaA.
!alancear e esta!ili(ar as coisas. ;"s, enquanto +eia 6em, se você me per$unta, as diferen5as são
-ua, temos um olho para a ordem, é apenas quem somos. !astante sutis. inda assim, al$uns di(em que aqueles
Sem re$ras e suas implementa59es, ir%amos de$enerar em nascidos na hora do ciclo crescente parecem parciais em
uma cor0a de assassinos ne$li$entes.  -itania e nossos serem moderadores e ár!itros. queles nascidos so! o
costumes tri!ais, refor5ados pelos +eia -ua, mantiveram7 ciclo min$uante podem ter uma propensão em manter a

68 Livro dos Augúrios


ordem e o equil%!rio. Eu penso que essas distin59es estão ara decidir quem lidera a seita, eu acredito na
muito curtas e secas, pessoalmente. /ualquer hilodo) competi5ão, não apenas nas lutas com presas e $arras,
di$no de al$o sempre será interessado em esta!ilidade, da mas tam!ém na esperte(a e sa$acidade. 8alve( os rias
mesma forma que um censo de verdade e 0usti5a. de 1enris resolvam seus desafios com san$ue, mas não os
4ktena. /uando um 0ovem vem até mim querendo ser
Papis na Seita testado, eu olho para seu cora5ão e sua mente, não para
(e$i1me en+uanto passos se apro$imavam da seu punho. & que causa medo nele3 /ue caracter%stica eu
cabine. Joan levantou1se e atendeu a porta. Eu não posso atacar que não pode ser vista3 omo ele irá
estava surpresa em ver um homem de cabelo escuro e responder aos deveres de um posto superior, assim como
olhos severos parado ali. 5evantei1me e meneei minha os riscos e peri$os3 Eu escolho a tarefa que não irá
cabe-a. (eredith arredondando seus ombros um necessariamente colocá7la contra um oponente, a não ser
bocado não e$atamente estremecendo mas o inimi$o em seu pr"prio interior.
claramente reconhecendo um ancião +uando ela via  seita é a espinha de nossa sociedade? as matilhas
um. são as mãos, pés e olhos. /uando eu concordei em liderar
<;oc/ deve ser o l&der desta seita Calvin ic9s essa seita, eu sa!ia que al$umas ve(es eu teria que tomar
sou Elaine 4alan-a da ;erdadeA. decis9es que me desa$radassem porque elas eram para a
Ele abai$ou seu +uei$o abai$ando o cabelo. <6im. melhora da seita como um todo, ao invés de !eneficiar
Eu ouvi sobre sua chegada do vento. (eia 5ua das apenas uma matilha ou até mesmo um 2nico lo!isomem.
F?rias @egras voc/ não #oi convocada por mim. @ós Se você parte a espinha de um lo!o no meio, ele morre.
podemos resolver nossos assuntos sem a ajuda de +as você pode retirar um olho ou amputar uma mão e
#orasteirosA. Ele nem mesmo deu = minha parceira um ele ainda ficar vivo. Se eu devo tomar uma decisão que
olhar. cause dor, eu sempre vou optar por machucar uma
Ele estava emputecido ressentido e insultado não matilha ou um indiv%duo, ao invés de toda a seita.
necessariamente nessa ordem. Balve" #osse hora de Sendo tão espec%ficos os deveres de um +eia -ua, eu
passar algum b3lsamo para rela$ar sua juba. ima$ino que o meu povo tenha idéias similares ao seu.
<Benho certe"a +ue ) verdadeA eu repli+uei em m!os sa!emos que na estrutura da seita, praticamente
um tom agrad3vel. <6e eu não sou necess3ria Gaia qualquer au$2rio pode possuir um car$o. Entretanto,
sabe +ue partirei. (as me #a-a um #avor me permita e)istem tendências para servir em certos car$os. 4m
estender uma mão de ami"ade. Conheci poucos 89tena #rande ncião que fala pelo onselho de nci9es, o
Vi$ia do ortão que se encontra com outras tri!os e o
onde vivo minha jovem aprendi" e eu estamos #alando
sobre o papel +ue 5una e Gaia nos deram para sua a5ador da Verdade
freqIentemente todos +eiaque -ua.
medias disputas são
duas 2ltimas
Dan-arina da 5ua. Balve" como um descendente dos posi59es em particular são aptos para al$uém que se0a um
uros voc/ possa nos di"er o +ue voc/ v/ como 0ui( e ár!itro. Em nossa seita, um hilodo) pode tam!ém
importantes responsabilidades dos (eia 5uaA. servir como +estre de Rituais ou +estre do :esafio.
Ele #echou a cara mas depois de um tempo pegou l$umas ve(es, um #alliard pode até ter uma vo( mais
$&cara +ue Joan lhe o#ereceu e sentou1se na cadeira forte, mas o hilodo) possui uma visão mais clara. Em
+ue restava. Ele deu a Cora-ão1do1C)u uma r3pida todos os casos, o privilé$io de um car$o na seita deve ir
olhada mas não disse nada a ela diretamente. para o lo!isomem que fará o melhor tra!alho.
omo eu lidero esta Seita da +ão de Vidro, para <sso responde sua per$unta, 12ria ;e$ra3
mim o papel principal de um hilodo) é o de lideran5a e <er#eitamenteA eu respondi. <Eu seria uma
am!ientar o e)emplo. Eu falo de tempos de pa(, para em convidada miser3vel se eu não honrasse a sabedoria de
dias de $uerra, eu prefiro acreditar que os $uerreiros da seus anos e e$peri/nciasA. or)m l3 dentro eu
lua cheia possam melhor direcionar nosso caminho. * um percebi +ue ele pintou um terr&vel +uadro das coisas.
velho costume dentre meu povo, os herokee, de ter dois *lgo em meu interior di"ia1me +ue nem tudo era como
chefes, um para a pa( e outro para a $uerra.  maioria parecia por a+ui. ora de investigar.
dos filhos de #aia vê a sa!edoria disso tam!ém.
:entro da seita, o +eia -ua deve ser quem sa!e
tudo.
manterEleumdeve falara com
ouvido os escutar
postos, 0ovens eoscom
$ritososde
velhos,
vit"ria
assim como os suspiros de triste(a. Ele deve sa!er quem
Papis na Matilha
<Eu entendo Calvin +ue estou em seu território e
eu respeito essas #ronteiras. Entretanto estamos a+ui
são seus i$uais, seus su!ordinados e os melhores do que ambos +ueremos ajudar a chegar ao #undo das coisas.
ele, o que estimula suas mentes e esquenta seu san$ue? ;oc/ se importa se #icarmos e ao menos #alar com
como mais ele poderia tomar as melhores decis9es para as alguns dos outros membros da seita 6e nós lhe demos
matilhas3 lém disso, o hilodo) que lidera a seita não ra"ão para o#ensa nós partiremos na manhã. (as )
pode pedir a nin$uém para fa(er al$o que ele não faria. uma longa viagem. E minha consci/ncia me incomoda
Então, ele deve liderar pelo e)emplo? po!re do chefe que em pensar +ue eu estarei duplamente #alhando no
não faria as tarefas que ele ordena que os outros fa(em, dever de meu mentor Daphne Bheophiledes chamada
mesmo que elas se0am más e !rutais. Brama rateada sendo +ue eu procuro servir ao amor

Capítulo Três: Lei e Ordem 69


de Gaia pela verdade aonde +uer +ue eu v3 e servir de mostram muito. * primeira +ue eu tive #oi pesar. Eu
guia para a jovem hilodo$ entre nósA. Eu olhei para evitei o desespero vindo do 6enhor das 6ombras. Como
(eredith. regra como a maioria das F?rias eu não con#iava
7 89tena eri-ou1se pela minha ca&da de nome. nele. (as a ang?stia desse cara parecia bastante
4om. Daphne estaria se aplaudindo' ela teria #arejado genu&na. Eu ouvi um arranhar da garganta de
o mesmo #edor de injusti-a a+ui +ue eu. <7 2ito da (eredith' ela deve ter sentido tamb)m.
(orte rateada acontece em tr/s dias +uando a lua <Cara deve ser ruim se o velho 5&rio dei$ou algum
minguante cresce. ;oc/ tem at) l3 para #a"er suas estrangeiro entrarA. 7 tom do prisioneiro segurava um
perguntas e então voc/ deve partir. 7 +ue seguir ) leve tom de arrog%ncia ou talve" humor #or-ado. (as
problema da seita e não de estrangeirosA. Então ele se ele desmoronou aos seus p)s após o momento ter
levantou e saiu pela porta. passado.
Br/s dias. uta +ue pariu . Beria +ue ser tempo o <;oc/ tem uma l&ngua a#iada para um assassinoA
su#iciente. E o 2ito da (orte rateada era eu repli+uei. <Eu não sairia por a& atirando com a boca
particularmente sujo envolvendo entre outras coisas se eu estivesse para ser partido dos p)s = cabe-aA.
uma maldi-ão de en#ra+uecimento e uma eviscera-ão Ele se recolheu. <Eu sei +uem ) voc/ Elaine
virtual. @ada bonito. 4alan-a da ;erdade. ;oc/ tem uma bela reputa-ão at)
Joan permaneceu +uieta durante nossa conversa. mesmo entre os (eia 5ua de minha tribo. 4em1vinda
<Ele não gosta muito de voc/ mas ele a respeitaA ela para o +ue ) digno para voc/ e sua camarada F?ria
murmurou. <Então voc/ +uer #alar com os outros @egra. En+uanto a minha l&ngua a#iada ) tudo +ue
agoraA me sobrouA.
Eu levantei e me esti+uei. <. Banto para dormir. <ue bom +ue voc/ não ) Galliard entãoA eu
5eve1nos ao resto de sua matilhaA. (eredith acenou respondi. uta merda não +ueria sentir pena desse
concordando. cara ou mesmo gostar dele. (as eu #i". *lgo nesse
@ós trilhamos +uase uma milha no denso bos+ue. jovem me comoveu. E não sei o +ue era — um sinal do
7 cheiro — ele me deu algo +ue eu havia es+uecido. )gaso ou talve" apenas puro est?pido ine$plic3vel
@ada como gotas de orvalho nas samambaias e 3gua sensa-ão instintiva — mas sabia +ue esse cara não
escorrendo em pedras com musgo para renovar seus havia matado ningu)m a sangue1#rio. *h sem d?vidas
sentidos. ele era capa" de #a"/1lo. (as eu não acho +ue ele
Em um arvoredo aberto havia uma pe+uena matou sua companheira de matilha.
cabine. *t) menor +ue a de Joan. Duas #ormas <6ente1seA eu suspirei e me larguei no chão.
permaneciam #ora = #rente uma em +uatro patas e (eredith se encostou = entrada da porta observando e
outra em duas. Elas #icaram tensas en+uanto nos esperando. <;amos apenas conversar um pouco.
apro$im3vamos mas deviam ter reconhecido o cheiro Conte1me toda a história. @ão prometo nada a voc/ ou
da Dan-arina da 5ua. +ual+uer outro e$ceto por encontrar a verdade sobre o
<Can-ão1@oturna Finella. Esta ) Elaine a (eia +ue aconteceuA.
5ua +ue eu chamei a+ui e sua pupila (eredith. < justoA ele respondeu. <4em para come-ar
F?rias @egras essas são membros dos Ca-adores do sou Gerhard Burner um hilodo$ como voc/. 8m
%ntanoA. 6enhor das 6ombras mas não se ponha contra mim
* loba veio ate mim e eu soube cumpriment31la demaisA. Ele mostrou um ligeiro sorriso. <Benho
como igual admirando sua grande bele"a — lustrosa certe"a +ue voc/ ser3 inteiramente imparcial. De
pelagem escura e olhos castanhos. Eu estava satis#eita +ual+uer #orma eu acho +ue as coisas come-aram a ir
ao notar suas boas vindas a (eredith educada e mal +uando nós convidamos os 89tenaA.
calorosa como uma avó cumprimenta uma +uerida <7 +ue voc/ +uer di"er convidaram os 89tenaA
neta. * jovem guerreira Finella abai$ou sua lan-a e eu perguntei.
nos saudou. <Como eu entendi do meu primo +ue havia
<Estamos guardando o prisioneiroA ela disse na pertencido a esta seita h3 muito tempo atr3s os
verdade. <@ão uma tare#a #eli" mas uma necess3riaA. 89tena viviam a+ui e reivindicavam1no para si
<Gostar&amos de v/1loA. Eu cru"ei seu olhar mesmos. @ingu)m sabe como ou por+u/ eles
intenso e sem se importar ela abriu a porta. abandonaram o CaernA. Eu travei mas ele continuou
En+uanto entr3vamos eu senti um arrepio sem notar. <Então os 6enhores das 6ombras tomaram1
adentrar os meus ossos. Este lugar era entrópico no. Eles viveram a+ui e protegeram o Caern at) uns
va"io. Ele havia sido arrancado do mundo espiritual anos atr3s. 8ma colm)ia inteira de Espirais @egras
com um golpe derrubado. Eu cerrei os dentes e olhei amontoaram1se a+ui e mataram +uase todos os
bai$o para o homem sentado contra a parede distante parentes e membros da seita. De #ato as ?nicas
seus olhos negros relu"indo contra a lu" prateada e pessoas dei$adas a+ui #ui eu e outro membro da
p3lida passando pelas #restas da porta. matilha Denise uma Filha de Gaia por+ue tivemos a
Daphne me disse +ue primeiras impresses est?pida sorte de encontrar com outros lobisomens em

70 Livro dos Augúrios


uma seita a leste da+ui. uando nós voltamos para planejando as coisas. @ós mant&nhamos encontros da
casa tudo estava uma bagun-a. 4em in#erno nós mal matilha #re+Hentemente e erguemos uma planilha de
t&nhamos #eito nosso rito de passagem e não t&nhamos a +uem iria manter o dever de guarda e por a& vai.
m&nima id)ia do +ue #a"er. 8ns parentes sobreviveram @anc0 e eu t&nhamos a palavra #inal mas todos
mal e um deles sabia sobre os 89tena ao @orte da+ui. tiveram sua parte. (as antes +ue @anc0 e eu
Eventualmente nós os convidamos para vir a+ui e nos anunci3ssemos nossas inten-es para Calvin e o resto
ajudar a guardar o Caern. Digo dois de nós da seita na ultima assembl)ia as coisas #icaram
simplesmente não poder&amos #a"er o trabalhoA. bastante tensas. 7s 89tena não estavam muito #eli"es
Eu a#irmei gentilmente. <ContinueA. mas claro eles não nos disseram nada. Então dois
<7 tempo passou e outros vieram para se juntar a dias atr3s Joan encontrou o corpo de @anc0
nós. @anc0 Denise Joan e eu #ormamos uma matilha es+uartejado apenas #ora da Divisa. 6eu #etiche uma
e mais tarde 6teven entrou. Estranho como pode pena de (aIat ela di"ia estava desaparecido. ouve
parecer nós trabalh3vamos muito bem juntos. @anc0 uma busca e entre todos os lugares ela apareceu na
e eu ambos meio +ue tomamos a responsabilidade minha cabine. Eu não tinha id)ia de como ela #oi parar
#a"endo planos e dirigindo as coisas. @ós )ramos todos aliA.
+uase da mesma idade e posto e nós tomamos a #rente Eu mentalmente mastiguei a+uilo um instante.
do ata+ue contra os Espirais @egras +ue mataram <arece alguma coisa de eregrino 6ilencioso. 7nde
meus arentes. En+uanto os 89tena conseguiram a ela conseguiuA
maioria das posi-es principais na lideran-a do Caern <@ão #a-o id)iaA. 2espondeu Gerhard. <(as ela
nós est3vamos ganhando nossa própria reputa-ão. E viajou um bocado antes de se #i$ar a+ui então +uem
@anc0 e eu +uer&amos ter uma palavra nas coisasA. sabe De +ual+uer #orma isso era tudo +ue Calvin
Gerhard parou por um momento e me olhou nos precisou para jogar o livro em mimA.
meus olhos. <Eu estaria mentindo se eu dissesse +ue <Ele pediu aos esp&ritos por ajuda Ela não
não +ueria comandar a seita e nossa matilha. arte da descobriu se voc/ estava mentindo ou nãoA
minha id)ia do +ue #a" um bom hilodo$ ) +ue eles Ele riu r3pido e curto. <Claro +ue sim. Ele
lideram particularmente pelo e$emplo. E @anc0 era perguntou para todo mundo na porcaria da seita se eles
uma #orte oponente. 6e nós tiv)ssemos +ue competir sabiam algo sobre a morte de @anc0. Bodos disseram
por isso eu não sei se teria ganhado. (as eu teria não e eles aparentemente!!!K todos disseram a
seguido ela e con#iado nela se ela me derrotasse. Esta verdadeA.
) outra tare#a do hilodo$ como eu vejo — de ser o Eu balancei a cabe-a. <Eu não entendo. or +ue
primeiro e o melhor em servir +uem esteja no comando. culpar voc/ com tão #raca evid/ncia sso não parece
Eu teria apoiado ela por+ue o #a"er seria desempenhar particularmente justo ou imparcialA.
meu melhor pela matilha. 6e eu não pudesse estar no <ara uma ju&"a voc/ ) bastante inocente. ;oc/
comando ao menos eu poderia alertar e dar meu não entendeu sso #oi su#iciente para ele di"er +ue eu
conselhoA. era culpado +ue encontrar o #etiche era su#iciente +ue
Eu pensei nisso um momento. <Falando nisso de alguma #orma eu consegui dissimular minha parte
+uanto ao resto de sua matilhaA no assassinato dela. Ele disse +ue havia maneiras de
<Joan ) uma boa menina mas ela meio +ue tem a encobrir a verdade e +ue isso certamente era parte da
cabe-a nas nuvens sonhando acordada e compondo educa-ão de um 6enhor das 6ombrasA. Gerhard dei$ou
can-es. Denise gasta a maior parte de seus dias seu +uei$o cabisbai$o. <7s 89tena tem suas próprias
dentro da Divisa ou na 8mbra. E 6teven ) um bom ra"es para não se importar muito com o +ue acontece
guerreiro mas ele ) o +ue eu chamo de um estereótipo comigo. 6e eu sair da #oto não haver3 ningu)m para
Fianna — nenhuma disciplina. ramos sempre @anc0 desa#iar sua tomada do caern ou = lideran-a da seitaA.
e euA. Eu parei e considerei. <Então me dei$e ver por
<;oc/ percebe +ue com @anc0 partido voc/ teria mim mesmaA. (eus olhos #erroaram en+uanto eu
um advers3rio a menosA eu contei. sussurrava levemente sentindo o #luir caloroso de meu
Ele #icou tenso e eu vi raiva em seus olhos negros. próprio corpo em dire-ão a este companheiro (eia
<Eu não tive +ue me rebai$ar ao assassinato para 5ua chamando
hilodo$. pelavoc/ben-ão
<Gerhard matou de
sua Gaia
irmã depara sua
matilha
derrot31laA ele rosnou. <*lgo podre est3 acontecendo
a+ui e voc/ não ouviu toda a história. E voc/ ;oc/ tomou o #etiche delaA
obviamente teve uma id)ia med&ocre do +ue signi#ica <@ãoA ele respondeu #irme e com convic-ão. E
ser um hilodo$ numa matilha ao contr3rio de correr eu sabia a verdade disso. Ele era inocente. 7u ao
por a& julgando as pessoas se voc/ acha +ue eu a menos ele acreditava +ue ele era.
mataria por issoA. (eus p/los do pesco-o eri-aram1se <4em isso ) issoA eu disse após o instante ter
mas eu pisei na raiva. alavras agora golpes depois passado. <Eu vou #alar com seus outros irmãos de
se chegasse a isso. Eu mencionei a ele para continuar.
<Então nós est3vamos nos reve"ando liderando e matilha e a& dar a Calvin um peda-o do meu

Capítulo Três: Lei e Ordem 71


pensamentoA. de longe são as @a-es 8nidas dos Garou e eu não sou
Eu parti
encal-o. Joansem outras
esperou nase$plica-es (eredithCan-ão1
sombras en+uanto no meu diplomataA.
<4em se #i"er voc/ se sentir melhor dei$a eu te
@oturna e Finella conversavam discretamente entre si. di"er o +ue eu pegueiA ela respondeu com um olhar
ora de sondar minhas suspeitas. esperan-oso. <De in&cio este lugar ) uma bagun-a. *o
<Dan-arina da 5ua voc/ e seus irmãos de inv)s de lutar contra a L0rm ou a Leaver toda essa
matilha por #avor juntem1se a nós em sua cabine em seita se tornou um ninho de cobras. oliticando.
uma hora. Eu +uero #alar um pouco com (eredith Competindo por poder. @ão est3 certo est3A
antes de #alarmos com elesA. Ela soou tão triste eu tive +ue conter o riso. <6ão
um bando de cretinos tudo bem mas não se preocupe
Perspectivas Triais com isso. Estereótipos nem sempre di"em a verdade
@ós #i"em os a jornada de volta ao con#ort3vel mas nesse caso os segredos dos 89tena e a reputa-ão
pe+ueno retiro de Joan e eu servi outra $&cara de ch3 dos 6enhores das 6ombras com certe"a subiram a
+uente para nós duas. Depois de um tempo eu #alei. cabe-aA.
<Esta pode não ter sido a melhor maneira de voc/ (eredith me deu uma longa olhada e então #alou
aprender depois de tudoA eu suspirei. Eu estava novamente. <*s tribos v/em di#eren-a em como
abominando admitir mas temia ter sa&do dos meus #a"emos nosso trabalhoA
limites da minha classe. Eu parei para considerar.
<or +ue
erguntou em nome
(eredith de Gaia
surpresa. <Eu seria issoA
j3 aprendi Fœrias !egras
bastante. uero di"er voc/ não acha +ue o 6enhor das Entre as 12rias, n"s respeitamos cada au$2rio
6ombras ) culpado achaA i$ualmente. 8odas têm um lu$ar como don(ela, mãe e
Eu indaguei. <@ão... mas tem algo di#erente a+ui. !ru)a. Você pode chamar de e$o, mas eu acho que o
*h claro eu j3 havia mediado muitas discord%ncias hilodo) fica no centro da cultura 12ria ;e$ra. Ela
entre minhas irmãs F?rias @egras mas toda essa coisa interpreta a -itania, decide as puni59es e encontra a
0usti5a. l$uns nos criticam por sermos muito
multi1tribal ) muito nova para mim. Eu admito +ue desarmoni(adas com a =eaver, mas como sempre, é uma
questão de equil%!rio. Em minha tri!o, +eia -uas são
e$ista #or-a na diversidade mas isso Esse lugar nem tanto fato quanto sa!edoria. Elas não têm que ser i$uais,

72 Livro dos Augúrios


mas elas têm que ser verdadeiras.  parte mais dif%cil do Você conheceu um 1enris hilodo), ao menos você sa!e
tra!alho, ao menos da minha perspectiva, é considerar com o que está lidando? não há nenhuma som!ra
tanto as palavras da lei quanto o esp%rito da lei. o!scura. 4ma coisa que até eu posso admirar, porém, é
"oedores de Ossos quão cuidadoso o 1orseti convoca as leis, morais e
costumes de sua tri!o. Se n"s precisamos di(er al$o de
Eu realmente $osto do visual dos Roedores no !om so!re eles, e eu suponho que deva, então dei)e ser
si$nificado do !alan5o e do lu$ar do hilodo). 8alve( eles quem $uardam a tradi5ão e o passado com $rande
mais que a maioria das tri!os, seus +eia -ua não apenas reverência.
se consideram 0u%(es, mas tam!ém advo$ados de am!as as
nature(as #arou. Sim, eu estou falando so!re homem e Andarilhos do Asfalto
lo!o. omo n"s 12rias, eles freqIentemente são ativistas &s ndarilhos do sfalto, talve( não tão
para mortais necessitados de al$uma 0usti5a e surpreendentemente, puseram uma curva diferente no
imparcialidade. Eles tam!ém ficam ao lado daqueles que papel do hilodo). 6em, os +eia -ua são tosseK tipos
foramfreqIentemente
n"s a!andonados eestamos
esquecidos. :esnecessário
do mesmo di(er,
lado quando $erenciais.
eles h, eu
são homens de não necessariamente
ne$"cios, queromuito
mas eles podem di(er !em
que
vamos servir os interesses da verdade. h, e se0a ser. Eles acumulam dinheiro, aconselham aqueles que
cautelosa se você al$uma ve( tentar trapacear al$uma precisam e até mesmo têm certe(a que lo!isomens e
coisa de um Roedor de &ssos hilodo)? eles são astutos parentes rece!am cura f%sica e espiritual. Eu acho que
em rodear e ne$ociar. você pode di(er que eles são astutos em multitarefa. ;as
Filhos de #aia horas va$as do dia, eles fa(em mais que coisas t%picas de
hilodo), como interpretarem as leis e 0ul$ar disputas.
Eu me lem!ro de um conto de Stephen >in$ onde
um pacificador !em7intencionado teve uma faca na #arras %ermelhas
$ar$anta por seus pro!lemas. E sem ofensas a essa tri!o, -em!ra o que eu disse so!re a ria não pe$ar
mas é isso que eu temo poder acontecer a muitos nenhuma som!ra o!scura3 6em, quadruplique isso para
hilodo) 1ilhos de #aia. Eles tomam seus papéis de os #arras de +eia -ua. Eles vêem o mundo inteiro
pacificadores muito literalmente, prontos para 0o$ar suas apenas em dualidadesG preto e !ranco, certo e errado,
vidas fora em ra(ão de manter as coisas harmoniosas e lo!o e homem. & #arra hilodo) irá ouvir am!os os
serenas. Eu admiro sua cora$em, mas para ser um lados da hist"ria Bnão importa se tiver três ou maisC, e
intermediário efetivo, você tem que ficar vivo. orém, os então tomar sua decisão. Eu não os culpo por serem tão...
+eia -ua dos 1ilhos de #aia tem muito renome como os !idimensionais? quero di(er, é a nature(a quintessencial
melhores professores entre os #arou e isso merece muito deles, não é3 inda assim, é apenas mais uma coisa que
respeito. torna tratar com os #arras e)cepcionalmente dif%cil.
Fianna Senhores das Somras
Donestamente, eu não tenho nenhum preconceito qui está um pequeno conselhoG nunca 0o$ue )adre(
pessoal contra os 1ianna, verdade, não tenho. or outro com um +eia -ua Senhor das Som!ras. Esses lo!isomens
lado, eu não inve0o seus +eia -ua? eles têm um tra!alho são mestres no plane0amento e avalia5ão. Eles er$uem
infernal. rimeiro e principalmente, sua tarefa é manter tramas dentro de tramas tão facilmente quanto um ator
o pessoal na linha, tarefa nada fácil considerando a forte encerrando uma cena. & pro!lema é, a maioria de n"s
pai)ão e falta de, hum, autocontrole dentre a tri!o. E não sentimos suas patas manipuladoras até que se0a lá o
enquanto eu não sei por que o papel caiu para o que eles er$ueram dê frutos. ara ser honesta, 's ve(es
hilodo), eles tam!ém são os responsáveis por arran0ar eles têm !ons motivos para toda essa s2!ita mano!ra.
encontros entre os 1ianna e arentes. Eu pessoalmente Entretanto, mesmo um no!re o!0etivo não muda o fato
acho isso antiquado, senão completamente se)ista, mas de eles serem astutos e reservados. omo os resas de
para cada um deles. l$o para se lem!rar é que os +eia rata, o 0o$ador chave de um Senhor das Som!ras,
-ua dessa tri!o usualmente têm a mais forte resolu5ão de >oniet(ko, não é um hilodo), mas você pode apostar
qualquer 1ianna. 6om para sa!er quando você tiver que que ele tem uma pancada deles sussurrando em seus
lidar com um que insultou você. ouvidos.
$rias de Fenris Peregrinos Silenciosos
&s 1enrir chamam seus +eia -ua de 1orseti? eu não onsiderando que essa tri!o está amplamente
sei o e)ato si$nificado da palavra, mas se você ouvi7la, ao dispersa, você não deve estar surpresa que eles não
menos terá uma referência. Esses caras são tenham uma t%pica estrutura de seita. ere$rinos #alliard
completamente como manda o fi$urino. Eles interpretam podem preservar a lin$ua$em, can59es e hist"rias da
a -itania estritamente e permitem pouca escapat"ria. tri!o, mas os +eia -ua tam!ém a0udam a formar o ne)o
Sem d2vidas você deve ter ouvido falar de suas puni59es do sistema de comunica5ão tri!al. lém disso, como eu
severas mesmo para pequenas infra59es, mas inferno, ao mesma, muitos deles são conhecidos por serem !ons
menos eles não pretendem ser nada mais que i$norantes. 0u%(es itinerantes — querendo ceder um ouvido imparcial

Capítulo Três: Lei e Ordem 73


'queles que pedem por um — se0a lo!isomem ou esp%rito.
E enquanto eu não posso falar com certe(a, eu ima$ino Treinamento
que mais de um hilodo) dentro da tri!o está (eredith esteve ouvindo intensamente o tempo
tra!alhando em al$uma maneira de reclamar sua terra todo mas agora ela interrompeu com uma +uestão.
natal, E$ito, especialmente a$ora que a coali(ão <Eu percebi +ue voc/ segue o aug?rio em +ue nasceu
conhecida como hadi tem seriamente chutado os mas +uão di#erente ) o treinamento de um por
traseiros dos san$uessu$as para fora dali. 8em uma e$emplo Galliard ;oc/ mencionou +ue muitos (eia
ere$rina chamada 6ennu que n"s todos podemos querer 5ua t/m +ue aprender história e coisas do tipo. sso
olhar nos pr")imos dias. Se al$uém pode intera$ir com não parece um pouco de prolongamento vãoA
aminha7om7oder, o l%der ere$rino no hadi, é ela. Esta é uma questão realmente interessante e,
Presas de Prata honestamente, uma que eu não pensei muito so!re antes
de a$ora, então eu estou feli( por tê7la levantado. Eu
Entre os auto7proclamados l%deres da ;a5ão #arou,
suponho que o melhor caminho para responder a isso é
os resas
que dão um
l!recht lu$ar
é um especial
hroun, ao ele
mas hilodo). * verdade
se rodeia com os falando so!re o que acontece durante a inf@ncia de um
lo!isomem, presumindo que ele foi criado por arentes
+eia -ua para lhe direcionar e lem!rá7lo da lei. E tem
um monte de coisas le$ais a se sa!erL & +eia -ua resa cientes de sua condi5ão ou em uma seita adequada, ao
de rata deve orar não apenas a lei #arou, mas a lei invés de ter sido dei)ado s" para ser seqIestrado por
estranhos em al$um ponto ou mesmo esquecidos como
tri!al tam!ém — coisa e)tremamente comple)a. & resa
um filhote perdido. Eu odeio di(er isso, mas os 1etiches
de rata hilodo) é tam!ém um professor e mentor entre
dos arentes nem sempre tra!alham tão rápido e
a tri!o, muitos podem recitar a hist"ria tão !em quanto
se$uramente quanto deveriam. +as vamos em frente ao
qualquer :an5arino da -ua. ode ser que eu te dei)ei
assumir que a crian5a em questão teve a !oa sorte de
chocada. 6om, tam!ém tem o lado ruim para tanta
estar em um lu$ar onde ela pudesse aprender so!re como
responsa!ilidade e essa é o fardo de ser o l%der entre os
as coisas acontecessem. &s locais sa!em que ele virá a ser
l%deres. s e)pectativas são demasiadamente altas e mais
um lo!isomem e, além, qual fase da lua era em seu
de um +eia -ua dos resas de rata caiu devido ' intensa
nascimento. Eu não sei muito da forma como você foi
pressão mental.
educada, mas isto é o tipo de coisa que foi comi$o.
&'tena
 maioria dos +eia -uas dessa tri!o são $randes
)uventude
mentores e criadores de v%nculos. omo parentes 4ktena +inha pr"pria filha tem sete anos, tomei cuidado ao
vêm de muitos lu$ares e ori$ens, é importante ter al$uém apresentá7la
seus arentesaos outros
desde que mem!ros
ela era umda!e!ê.
minhas seita e aosde
hist"rias
que mantenha as coisas conectadas. * ai que o hilodo)
aparece. &s 4ktena normalmente os chamam ninar que ela ouvia eram as de nossos $randes her"is,
-e$isladoresF ou acificadoresF ao invés de 0u%(es. desde aquelas sa$as de sa!edoria até as dos nossos $randes
+uitas ve(es, como o l%der da seita mencionou, o $uerreiros. l$o que n"s colocamos nesses contos é o que
hilodo) é chefe em tempos de pa(, mas renuncia para chamo de -itania 5ight”. 8alve( é apenas uma coisa de
um hroun em tempos de #uerra, ainda mantendo um hilodo), mas não deveria ser. arentes e outros adultos
papel importante como conselheiro. &utra tarefa menos são os melhores a$entes de sociali(a5ão para crian5as e eu
discutida do +eia -ua é $uardar se$redos. &s #alliard acho que é importante, tanto para os #arou quanto os
podem ter o conhecimento oculto todo $uardado, mas é arentes, aprender a moral que queremos !em. Eu insisto
o hilodo) que $eralmente decide quando o para que ela recite a -itania em ordem ou qualquer
conhecimento deve ser compartilhado e como. !esteira como essa3 ;ãoL +as eu quero que ela lem!re do
!ásico, como respeitar os outros, ser honrada e não pisar
(endigo no espa5o de outra pessoa. ssim, em teoria, ela vai
Em uma tri!o tão pesadamente %n$reme na tradi5ão, sempre preservar esses valores que nutrimos.
o papel principal do +eia -ua é preservar os velhos
caminhos para passar de $era5ão em $era5ão. omo os Primeira Mudan*a
4ktena, o hilodo) é quase sempre o l%der, e)ceto na :e novo, vamos ima$inar que a rimeira +udan5a
$uerra, mas os =endi$o puseram uma curva nas coisas. de al$uém ocorra pr")ima a outros lo!isomens e arentes
Eles não assumem nada de um +eia -ua até que ele se que essa pessoa conhe5a desde a inf@ncia. 4oom, a% está.
prove di$na. Então, o direito de lideran5a não é de +esmo que você meio que espere por isso, você e eu
nascen5a? pelo contrário, é conquistado. 4ma coisa você sa!emos que é muito traumático e doloroso, tanto f%sica
tem que respeitar so!re os =endi$o nissoG eles podem quanto espiritualmente. & pra(er e a maravilha vêm
nem sempre concordar entre si, mas quando um hilodo) depois. 4ma das primeiras coisas que tratamos de
que $anhou seu respeito fala, a tri!o escuta e o!edece, verificar é o au$2rio do novo lo!isomem. Se os re$istros
mesmo que eles não entendam o prop"sito e inten5ão das foram $uardados, n"s 0á sa!emos so! qual lua ele nasceu.
palavras dos +eia -ua. Vamos apenas esperar que al$uém Se não, os -ua rescente podem falar com certos
tolo não pe$ue as rédeas da lideran5a. esp%ritos e desco!rir muito rápido.

74 Livro dos Augúrios


:iferentes tri!os tratam os lo!isomens recém curto que qualquer um possa terminar numa tarde
transformados de diferentes formas. l$uns preferem não pre$ui5osa. Eu não acho que se0a raro passarem semanas.
$astar muito tempo ensinando a eles, uma ve( que eles (eredith me deu um sorriso #or-ado e cheio de
podem morrer no Rito de assa$em. essoalmente, eu pesar. <E essa ?ltima era a mais dura das tr/s sem
não $osto da apro)ima5ão nade ou afundeF? ao menos d?vida. Eu pensei +ue não sairia viva da+uela
lhes dêem al$umas li59es so!re como !oiar antes de 0o$á7 pancadaria entre o impuro e o lupinoA.
los na la$oaL ssim, se um hilodo) novo vem a mim, eu Ei, não era para ser fácil. +eu ponto principal é que
quero ao menos conversar so!re as coisas !ásicas. l$o se um filhote recém transformado é um +eia -ua, então
como o que eu fi( conti$o, certo3 l$o desse tipo é um eu tenho que ver se ele é di$no do au$2rio. Se isso não
!om treinamento para qualquer novo metamorfo? estou for provado no Rito de assa$em, então eu tento fa(er
falando de discutir a -itania, as várias tri!os, os au$2rios, al$um teste rapidamente. Se não, um Ritual da Ren2ncia
as ra5as e assim por diante. +as com um +eia -ua, eu poderá ser requisitado. /ue inferno, não me olhe tão
tam!ém quero fri(ar a import@ncia do dever. Eu talve( assustada. Somente al$umas raras ve(es um filhote não
procure um pouco na hist"ria de nosso au$2rio, como conse$ue viver de acordo com as demandas de ser um
temos sido 0u%(es, l%deres, homens7da7lei e assim por +eia -ua. Eu di$o que em todos os meus dias, s" vi isso
diante, desde o in%cio dos tempos. Eu tam!ém falo no ocorrer umas três ve(es. +as é um pouco melhor fa(er
quão ele deve ser um e)emplo de equil%!rio entre isso rapidamente do que ter um hilodo) mal7feito
humanos e lo!os. <sso é o que $eralmente os assusta. &h, servindo nosso povo. E você foi !em, ora5ão7do7éu.
não aquela coisa do humanoMlo!o e, sim, o como o
hilodo) tem que ser um cidadãoF modelo. ;unca Servindo a Trio
ouviu falar naquele dito, uis custodiet ipsos custodes /uando o +eia -ua completa o Rito de assa$em,
;ão3 6em, si$nifica quem vi$ia os $uardi9es3F. Em seu aprendi(ado ainda não está terminado, como você
outras palavras, não há al$o como um departamento de está prestes a desco!rir. ;ão por um !om per%odo. Ele
casos internos dos lo!isomens. ;"s, hilodo), temos que provavelmente treinará lado a lado com um hilodo) de
mais ou menos policiar a n"s mesmos, estar em nosso posto superior, aperfei5oando seu conhecimento das leis
melhor comportamento e servir de e)emplo para os e costumes #arou, para corretamente interpretar esse
outros, da rimeira +udan5a até a morte. tipo de coisa para tri!o. lém disso, ele apr ende o que
"itos de Passagem si$nifica ser um l%der. Eu não estou apenas falando de ser
a ca!e5a no calor da !atalha, mas de tam!ém tomar
omo você !em sa!e a partir dessas cicatri(es frescas dif%ceis decis9es, aquelas que roerão sua alma. 4ma das
em seu flanco, você não é um mem!ro maduro até que
você passe pelo Rito de assa$em? todos sa!em disso. & coisas mais dif%ceis
eventualmente que ensinamos
liderarão aos +eia
nossas matilhas -ua,é que a
e seitas,
que as pessoas podem não sa!er é que usualmente, os morte é parte da vida. ode até partir seu cora5ão se um
+eia -ua da seita, consultando com outros anci9es, ami$o querido morre, mas se foi para o !em do nosso
costumam decidir as tarefas que os aprendi(es de povo, isso teve que ser feito. 0a a$ora, e dei)e o luto
lo!isomens devem completar. E é acordo atrás de acordo, para depois? esse é um ditado entre n"s. ;"s não
principalmente se você estiver falando de um $rupo de podemos demonstrar nenhuma parcialidade? temos que
diferentes no59es tri!ais so!re o que é importante. &s ser 0ustos em todas as coisas, sem importar a dor que
1ianna podem querer que os filhotes tra$am de volta possamos sentir.
al$um peda5o perdido de m2sica? os 4ktena sem d2vida &utra parte de servir ' tri!o envolve ter !om
pedirão um se$redo esquecido de uma anti$a tradi5ão. 0ul$amento. Eu não estou falando de ser um 0ui( per se,
ssim, n"s hilodo) tentamos ne$ociar um acordo feli( mas ao invés, conhecer quando dar e pe$ar, quando
para os filhotes. s tarefas não podem ser imposs%veis a pressionar e quando a!andonar. ;ão é al$o que possa ser
ponto de que a falha se0a certa, mas não podem ser muito ensinado, de verdade, mas vem de anos de e)periência,
fáceis tam!ém. Eu $osto da apro)ima5ão do tridente. o!servando os outros e não fu$indo das tarefas.
rimeiro, para testar a resistência dos filhotes, eu acho
que eles precisam lan5ar um pouco daquela 12ria
violenta e su0ar de san$ue suas $arras com um pouco da
"ela*+es com os Outros
=Arm.
envolveu* por isso queSe$undo,
com!ate. parte de seu
eu Rito de assa$em
acredito que eles Augœrios
Eu levantei os olhos +uando algu)m bateu = porta.
precisem falar com um esp%rito? afinal de contas, isso é
em parte o que n"s somos, e qual a melhor forma de nos 8m momento depois um rapa" alto e magro com
conhecermos3 Então eu $aranti que você passasse por cabelos castanhos entrou com Joan. Ele acenou com a
isso, tam!ém. 1inalmente, especialmente para o cabe-a e pegou para si mesmo uma cerveja de uma
hilodo), eu quero que ele s mediem al$um tipo de pe+uena cai$a de isopor. *h o Fianna *hroun
disputa. ode ser entre dois arentes, sendo que eu pensei.
cuidaria de tudo, mas eu quero que eles se envolvam em Ele sentou1se ao meu lado. <7i eu sou 6teven
um tipo de discussão, separem os dois e esse tipo de coisa Dale — 2asga1(alditos. ;oc/s devem as F?rias
0usta. Então o Rito de assa$em não será um processo @egras Elaine e (eredithA.

Capítulo Três: Lei e Ordem 75


Eu balancei minha cabe-a em resposta. mentora. Eu nunca disse a (eredith claro mas como
<7brigado por vir. @ós +uer&amos ouvir sua opinião eu desejava +ue nossos pap)is estivessem trocados.
sobre o +ue aconteceu a+uiA. <Budo bem tudo bem. Eu acho +ue nós j3
6teven tomou um longo gole da garra#a de cerveja' estabelecemos o #ato de +ue isso não ) uma grande
pouco #oi dei$ado al)m da saliva +uando ele terminou. #am&lia #eli" de lobisomens. ;oc/s estão atirando mais
<;eja voc/s parecem mo-as espertas então eu vou do +ue +ual+uer outra coisa. (as isso não ajuda a
contar para voc/s de uma #orma direta. Eu não sei de descobrir como @anc0 morreu e por+u/A.
nada do +ue est3 acontecendo. @ão ) +ue eu 7 *hroun me olhou por um minuto. <;oc/ gosta
pessoalmente tenha algo contra Gerhard mas #atos são de #a"er isso r at) pessoas +ue voc/ mal conhece e
#atos e eles apontam ele como culpado. ior ele tentou ajud31los a consertar seus problemasA
di#amar Denise e isso realmente me dei$ou or um momento eu pensei +ue ele estava sendo
aborrecidoA. um espertalhão' então eu percebi +ue sua pergunta #oi
<7pa opa. 7 +ue voc/ +uer di"er ele tentou #eita com um sincero interesse. <4em sim eu acho
di#amar Denise Denise a companheira de matilha de +ue gosto.  o +ue eu devo #a"er. Eu não posso mudar
voc/s * 5ua Crescente @ingu)m mencionou isso minha nature"a 6tevenA.
antesA. 2angi meus dentes. <J3 conheceu muitos Garou di#erentes Bodos os
7 *hroun deu com os ombros. <*cho +ue isso aug?rios todas as tribosA
#icou um pouco con#uso. 6im na noite em +ue Eu acenei com a cabe-a. <6im e essa ) a parte
encontramos o #etiche de @anc0 na casa de Gerhard interessante. E apesar de nem sempre ser #3cil ) uma
nós tamb)m encontramos as coisas de @anc0 na casa e$peri/ncia de aprendi"ado perp)tua. egue os
de Denise. @ão muito apenas algumas roupas e umas di#erentes pap)is +ue 5una estabeleceu para cada um
poucas pe-as de joalheriaA. de nós. Como uma hilodo$ eu posso ver +ue cada um
Eu #itei Joan. <@ingu)m me contou issoA. ) uma parte do todo' nós não poder&amos ter um sem o
<4em estou lhe contando agoraA replicou 6teven. outroA.
<E mais Denise viu @anc0 e Gerhard discutindo sobre "agaash
alguma coisa não muito antes de encontrarmos o
corpo dela. 7h no caso de não ter mencionado #omos +uitos lo!isomens menospre(am os -ua ;ova, e isso
Denise e eu +ue #omos procurar por ela e a não é s" in0usto, como é est2pido. &s Ra$a!ash possuem
encontramos degolada. Gerhard estava #urioso e olhos atentos e racioc%nio afiado. Eles en)er$am coisas
tentava entender o +ue tinha acontecido. rocuramos que os outros não perce!em, e de sua maneira, eles são
em todos os lugares atr3s de provas e #oi a& +ue as tão há!eis trapaceiroF
confundir em manter acompa( quanto os hilodo).
trapa5aF, * fácil
e essa é uma das
coisas apareceram na casa de Denise. Ficou #eio pra
ela por um minuto mas +uando encontrei o #etiche +ue ra(9es porque todo mundo olha com desconfian5a para os
Gerhard havia escondido e Denise lembrou1se dele -ua ;ova. +uitas ve(es, eles têm uma ra(ão para a$ir de
discutindo com @anc0 Calvin apareceu e assumiu a tal maneira. &casionalmente, o que um limitado e
nervoso l%der de seita precisa é al$uém para a0udar a
situa-ão. 7 resto eu presumo +ue voc/s saibamA. Ele
bateu seu punho na palma da outra mão. <2ealmente aliviar as tens9es. qui vai um pequeno se$redo para
vocêG +eia -ua usam os Ra$a!ash sem ver$onha al$uma.
me dei$ou incomodado tamb)m. Denise ) muito
/uando n"s sentimos a necessidade de um pouco de
esperta. Juntos... merda eu o mataria pessoalmente se contrariedade ou uma nova perspectiva, n"s pe$amos um
os 89tena permitissemA. -ua ;ova e o colocamos para tra!alhar. * efica(, sutil e
<(as Gerhard disse a verdade. Ele não matou completamente compreens%vel o motivo pelo qual -una
@anc0A reclamei. e #aia nos deram os Ra$a!ash em primeiro lu$ar.
6teven deu com os ombros. <Denise e$plicou +ue l$umas ve(es, é claro, isso ultrapassa o territ"rio de
=s ve"es esp&ritos podem ser subornados para ajudar a diretamente se opor a outra pessoa. Se um Ra$a!ash
esconder a verdade. Fantasma1de1Fogo ) um 5ua constantemente fala que  -ei é ultrapassada e erradaF,
Crescente de uma matilha dos 89tena e ele disse +ue n"s temos que lem!rá7lo que ;ão apenas a -ei está
era verdade. Então a gente supe +ue de alguma #orma certa por uma ra(ão, n"s devemos lem!rarmos do esp%rito
Gerhard no qual ela foi feitaF enquanto tamb)m tentamos manter
inocente eencobriu a na
p,r a culpa verdade
Denise.para
E isso#a"/1lo
) muitoparecer
bai$o o que eles nos di(em em perspectiva. ;ão se en$aneG um
at) mesmo para um 6enhor das 6ombras. Ra$a!ash talentoso é uma !ên5ão e um saco ao mesmo
<Calvin disse a mesma coisaM Joan murmurou tempo.
suavemente inclinada contra o muro. <Eu lembro de
suas palavras: NB&pico de voc/s voltarem contra um dos Theurge
seusNA. Já que tantos -ua rescente são mestres de rituais e
Eu suspirei e es#reguei meus olhos. Essa era uma nossos la5os mais fortes com o mundo espiritual, n"s,
da+uelas noites +ue eu desejava ser uma #ilhote +eia -ua, precisamos !astante de suas palavras. Sem as
novamente ouvindo a sabedoria aos p)s de minha vis9es dos 8heur$e, sem seus sonhos e compreensão de

76 Livro dos Augúrios


nossas almas, n"s estar%amos perdidos. /ualquer l%der <ra"er em te conhecer. Eu sou Elaine essa )
hilodo) que valha al$o terá uma forte 8heur$e ao seu (eredith e voc/ deve ser Denise reston a 5ua
lado. Em tempos de pa(, se um +eia -ua não puder CrescenteA.
liderar, um -ua rescente quase certamente será a Ela acenou com a cabe-a. <7brigada por vir a+ui.
melhor escolha. 8udo !em, eu sei que muitas ve(es, um *t) a pouco tempo eu não sabia +ue voc/s j3 haviam
8heur$e tem sua ca!e5a nas estrelas e precisa ser tra(ido chegadoA. Ela deu um olhar para Joan. <@ingu)m me
' realidade, mesmo que isso si$nifique retirá7lo do mundo disse +ue voc/s estavam vindo. Eu normalmente acordo
dos esp%ritos por al$uns minutos. * um pequeno pre5o a de madrugada para visitar o caernA.
se pa$ar pela sa!edoria e ensino dos -ua rescente. J3 era assim tão tarde 7u cedo talve" Como +ue
#alliard para me certi#icar uma lu" rósea entrava pela janela.
Eu senti uma onda de cansa-o me atingir mas dei de
ssim como os 8heur$e nos a0udam a interpretar as
ombros. maginei +ue minha companheira deveria
quest9es espirituais, os #alliard são nosso suporte nos
estar ainda mais cansada at) então não usada nessas
assuntos
deve sa!erdetudo
lei eso!re
hist"ria. * verdade
a -itania que todo
e e)emplos da hilodo)
0usti5a dos longas horas. <@ós chegamos na noite passada logo
lo!isomens no passado? como os humanos, n"s após o p,r1do1sol. Eu j3 conversei com todos da sua
valori(amos a precedência e o conceito de prima(ia. +as matilha e$ceto voc/. 7 +ue voc/ tem a di"er or +ue
isso é uma enorme quantidade de material. E os #alliard Gerhard matou @anc0 *lgum esp&rito #alou a voc/
são manuais de referência am!ulantesL &s melhores deles e$atamente o +ue aconteceuA
podem recontar contos, tanto os $randes quanto os Denise passou um dedo em seu cabelo en+uanto
pequenos, e como os +eia -ua do passado interpretaram #alava. <* ?nica ra"ão +ue eu posso imaginar ) +ue
a lei e fi(eram 0usti5a. +inhas recorda59es são tão !oas @anc0 +ueria ser a l&der da seita assim como o 6enhor
quanto a de qualquer um, mas eu me curvo perante as das 6ombras e ele não +ueria outro rival. 7s 89tena j3
lem!ran5as de um #alliard !em treinado quando lidamos eram desa#io o su#iciente para se lidar. De +ual+uer
com uma discrep@ncia nas quest9es de hist"ria anti$a. #orma eu acho +ue ele a matou roubou suas coisas e
omo eu escolho interpretar os fatos é minha tarefa, mas colocou alguns dos pertences dela nas minhas coisas
a0uda ter todos esses fatos na ca!e5a de um -ua para me #a"er parecer culpada. Cretino. uando nós
+in$uante a qualquer momento. encontramos a pena #etiche tudo mudou. uem mais
al)m de um 6enhor das 6ombras mataria seu próprio
Ahroun companheiro de matilha e #aria outra pessoa levar a
;"s percorremos todo o ciclo e che$amos a$ora aos culpaA
melhores $uerreiros de #aia, os hroun. /uando a pa( <(as com certe"a o seu l&der de seita Calvin
falha e a $uerra che$a, até mesmo os +eia -ua procuram convocou a sabedoria do Falcão e pediu a Gerhard para
pela lideran5a deles. Suas compreens9es da !atalha são di"er a verdade não Foi o +ue Gerhard disse para
tão instintivas a eles quanto o nosso amor por 0usti5a é mim. E +uando ele disse +ue não matou @anc0 ele
para n"s e n"s devemos respeitar esse fato e entre$ar a estava sendo honestoA eu contra1argumentei.
lideran5a como requer a tradi5ão. ;o entanto, isso não <(eu deus ele ) um maldito 6enhor das 6ombras!
quer di(er que n"s desaparecemos do quadro $eral. Ele provavelmente tem centenas de meios di#erentes de
pesar de que muitos -ua heia são estrate$istas corromper a verdade!A disse Denise. <Eu digo ele
!rilhantes, eles podem precisar de uma se$unda opinião provavelmente tem mais meios de enganar os esp&ritos
ou de uma op5ão diferente. $ora, se eles escolhem a cobrir seus rastros do +ue um 5ua Crescente!A @o
se$uir o nosso conselho ou não, depende deles, mas n"s canto do meu olho eu vi 6teven acenando avidamente
estar%amos ne$li$enciando nosso dever se não falássemos seus olhos brilhando en+uanto ele olhava para a
quando v%ssemos falhas ou pro!lemas nos planos de Bheurge.
!atalha de um hroun. 4m comandante -ua heia Eu abri minha boca para responder então pensei
sempre será um melhor $uerreiro com um sá!io hilodo) melhor. @ão era o +ue ela havia dito e sim como ela
ao seu lado como tenente ou conselheiro. disse. Eu me lembrei de outro dos ditados em latim
#avoritos de Daphne: *litur vitium vivit+ue tegendo
"ela*+es ,spirituais
Eu mal terminei meu pe+ueno discurso sobre os
<* corrup-ão
*lgumas ve"es) alimentada e e$istede
seus pensamentos poradvogada
ser ocultadaA.
eram
5ua Cheia +uando o ?ltimo membro da matilha dolorosamente apropriados.
chegou. Denise bateu levemente e então entrou. Ela <Diga1me como ele pode ter #eito issoA eu disse
era uma mulher atraente provavelmente perto dos OP bai$o. <Como uma Bheurge voc/ certamente tem mais
anos com um cabelo loiro olhos a"uis e sardas. Eu vi e$peri/ncia do +ue eu em tais assuntosA. Ela acenou
preocupa-ão e estresse em seu rosto en+uanto ela deu com a cabe-a e disse avidamente.
um r3pido abra-o em seu companheiro de matilha e Eu não posso falar muito so!re assuntos espirituais
amigo Filho de Gaia Joan. Eu apertei sua mão sem antes mencionar -una e como essencial ela é para
en+uanto ela se sentava no chão. todos os lo!isomens. & elestino da -ua, a lu( de -una

Capítulo Três: Lei e Ordem 77


queima fria e pura em nossos cora59es. * seu !rilho que coberto por um cobertor — obra de (eredith sem
cria um dos ter5os essenciais do nosso ser, o au$2rio. ;"s d?vida. 7lhando para #ora eu vi o p,r1do1sol e percebi
somos, como você sa!e, criaturas de carne e esp%rito? o +ue dormi durante um bom tempo. 4em pelo menos
que nos fa( 2nicos é como n"s refletimos -una? se0a se minha mente estava mais clara.
nascemos humanos, lo!os ou impuros? e qual totem tri!al 8ma mulher +ue não reconheci estava cortando
n"s se$uimos. Essas coisas são equili!radas, ou pelo pão en+uanto (eredith passava manteiga de mel. Elas
menos deveriam ser. tamb)m tinham dei$ado peda-os estranhos de carne na
$ora, como n"s lidamos com esp%ritos está além mesa — pareciam carne de cervo ou um bi#e. Dei1lhes
dos conceitos !ásicos do chimina$e... depende muito do uma r3pida acenada com a cabe-a e ambos sorriram de
au$2rio. ara mim, falar com as criaturas do outro mundo volta.
é tão natural quanto respirar. Verdade, eu aprendi um MJoan teve de resolver alguns negócios da seita
modo de mudar minhas palavras em uma lin$ua$em que mas ser&amos pobres an#itries se não compartilharmos
eles possam entender, e essa ha!ilidade foi conquistada, e nossa mesa. ;enha comer. Eu sou adle0 uma prima
não inata. +as n"s, -uas rescentes, possu%mos um tino e arente. Esposa do #alecido tio de Gerhard se voc/
inato para isso. +uer detalhesA.
Eu interrompi. <E +uanto a um hilodo$ como @ão precisei pensar duas ve"es. Devorei a maior
Gerhard ou at) mesmo (eredith e eu @ós não temos parte da comida com algum pão entre ela então apoiei
esse talento inato +ue voc/ disse  então como nós minhas costas na cadeira e dei um pe+ueno gole no
podemos #a"er os esp&ritos nos ajudarA ca#). (eredith tamb)m o #e".
Esp%ritos são o que são. Eu não quero soar como uma <6eu marido morreu en#rentando EspiraisA
conspiradora, mas al$umas ve(es vocês, +eia -ua, perguntei entre os goles.
possuem um olho melhor para en)er$ar a essência de 7 rosto de adle0 se #ran"iu. <6im eu sinto muito
al$o. Esp%ritos apreciam isso porque eles se divertem em a #alta dele.  muito cedo para eu pensar em me casar
mostrar suas nature(as fundamentais. ;"s novamente mesmo +ue eu saiba +ue meu sobrinho e
compreendemos isso e nunca pedimos a eles para serem outros iriam gostar muitoA. (ordi minha l&ngua e
al$o que não são, quando pedimo s por sua a0uda. Vocês tratei de não ir contra as no-es de casamento de sua
tam!ém parecem possuir essa ha!ilidade. l$uns tribo dever e coisas do tipo. Eu tinha outras coisas
esp%ritos tam!ém apreciam o seu amor pelo equil%!rio, com +ue me$er. E ela me pareceu uma pessoa legal.
especialmente aqueles associados com a =eaver. <6eu marido era um (eia 5ua como GerhardA
ssim funciona o Senhor das Som!ras hilodo), perguntei depois +ue um sil/ncio con#ort3vel passara.
!em,
Eu ele provavelmente
o ima$ino achando !emnãofácil
tevecoa$ir
que tra!alhar muito.
um esp%rito da <@ão ele era um 2agabash mas as pessoas o
respeitavam. 7 l&der da seita contava com ele entre
ninhada do vH 8rovão a a0udá7lo, ou possivelmente até seus melhores conselheiros em seu Conselho. (inha
a ;e!lina ou outro esp%rito que $osta do ocultamento e mãe era uma Galliard. Balve" eu tenha algo dela
camufla$em. Ele provavelmente fe( uma !ar$anha que
por+ue eu gosto das histórias antigas. essoas se
envolveu suprir o dese0o do esp%ritos por se$redos e outras
coisas. 8%picoL
surpreendem +ue a+ui nesta parte oeste do estado
Eu suspirei e acenei com a ca!e5a. Eu vi como isso haja mais do +ue alguns poucos descendentes de
poderia ter sido feito, mesmo não sendo um 8heur$e. europeus orientais. Eu sei +ue os escoceses e os
&!ri$ada, :enise, por compartilhar suas idéias. Eu... não irlandeses são a maioria mas estamos a+ui tamb)mA.
sei o que fa(er. Eu ainda tenho outros dois dias, $ostaria Eu assenti. <Eu não acho +ue arentes tenham
de descansar e pensar so!re tudo isso um poucoF. algum tipo de aug?rio não No#icialmenteN mas #alando
Ela deu de om!ros e assentiu, iniciando uma anedotadamente eu vejo +ue a in#lu/ncia de 5una
conversa com seus companheiros de matilha enquanto eu sobre nossos arentes humanos ou lobos são mais
fechava meus olhos e passava as informa59es em minha comuns +ue se imagina. Como voc/ algumas pessoas
ca!e5a. Vendo que eu estava pe$ando no sono, +eredith possuem dons inatos para contar histórias e can-es.
se encolheu no tapete e estava roncando dentro de 7utros tendem a possuir o peculiar senso de humor
poucos minutos. Eu rodei e andei por um tempo, incapa( +ue voc/ v/ nos 5ua @ovaA. (eredith continuou
de limpar da minha mente as ima$ens de san$ue e morte comendo mas pude sentir +ue ela ouviu atentamente.
que apareciam aos milhares. 6oa $arota, pensei, você está aprendendo. * nossa tarefa
manter o rastro dos arentes, mesmo daqueles que não
Parentes são nossos. 8emos que conhecer as linhas de san$ue,
sa!er quem está 0unto com quem, sa!er a quem os
Eu não lembro de ter dormido mas acordei com as aminhos foram contados e a quem não foram. E temos
palmas vindo da pe+uena conven-ão... e o cheiro do que sa!er quais arentes têm mais amor por n"s do que
#ermento do pão. * mole"a se dissolveu = medida +ue medo.
lembrei onde eu estava e o +ue eu estava #a"endo. Em adle0 se serviu de uma outra $&cara e pensou
algum momento durante o dia eu deitei no chão e #ui na+uilo +ue eu lhe disse. <Eu concordo. Depois de

78 Livro dos Augúrios


tudo ainda +ue nós mesmos não sejamos Garou nós rude onde Gerhard esperava por sua puni-ão. Ela nos
ainda somos escolhidos certoA sentiu vindo pensei mas esperou at) nos
nclinei minha cabe-a. <5egal ver +ue um apro$imarmos para nos receber com boas1vindas. 6ou
arente entendeu issoA. 5evantei1me da mesa. Garou h3 +uase QR anos mas eu nunca cansei da
<7brigado pelo lanche. @ós temos algumas coisas onda de alegria +ue passa por mim en+uanto nós nos
ainda por terminarA. (eredith p,s nossos talheres no cumpriment3vamos como semelhantes pesco-o a
escorredor e me seguiu para #ora. pesco-o l&ngua a l&ngua. 6em d?vida Can-ão1@oturna
Eu #echei a porta atr3s de nós e senti o ar #rio da era um bocado mais velha' havia muito cin"a em seus
noite tocar meu rosto. Eu consegui chegar muito bem p/los negros. (as recebeu1me como algu)m de posto
=s concluses +ue tinha +ue #a"er mas talve" algum pró$imo e mostrou certa amistosidade a (eredith
tempo em +uatro patas me ajudaria a encarar minha tamb)m. Eu sacudi minha cabe-a e nós andamos para
nova tare#a com mais certe"a do +ue senti agora. 7lhei a #loresta dei$ando os companheiros de matilha dela
de relance para minha estudante. 7h +ue di#&cil li-ão de guarda.
para aprender tão cedo pensei amargamente. <Eu pensei +ue voc/ viriaA ela come-ou. <;oc/ )
(eia 5ua um #ilho do e+uil&brio de 5una. *ssim como
-umano e Loo a mais nova. ;oc/ sabe +ue nós mesmos estamos
Eu #ui em busca da lupina anciã +ue conheci no e+uilibrados entre lobo e homem então meus conselhos
dia anterior — Can-ão1@oturna a+uele era seu nome poderão ser ?teisA.
— com (eredith me seguindo. Can-ão1@oturna era <Como voc/ di"A respondi. <Banto humano
Fianna mas isso era bom. 6eus machos poderiam ser +uanto lobo tanto esp&r ito e carne — o e+uil&brio )
um pouco est?pidos mas uma de suas #/meas tinha importante pra mim. Eu tenho tentado me tornar tão
salvo meu traseiro não muito tempo depois de meu lobo +uanto human o assim +ue minha lógica não
2itual de assagem. Ela lutou #ero"mente como sobreponha meu instinto' se eu #osse lupino eu
+ual+uer F?ria então isso era legal na minha opinião. tentaria aprender o pensamento humano para coincidir
@o entanto não era de outra vo" #eminina +ue eu com meu instinto lupino.  o melhor modo eu creio
estava atr3s e sim das palavras de uma de +uatro para julgar verdadeiramente — e eu acho +ue minha
patas. #) em minha metade lobo est3 sendo recompensada. Eu
@ós a encontramos de novo guardando a cabana tenho... um instintoA.

Capítulo Três: Lei e Ordem 79


<Eu acho +ue algo muito triste aconteceu com a al$um tipo de profunde(a, furtar7se do p@nico e parar de
matilha resas 6angrentas eu acho +ue eles falar para esperar um esp%rito, um que estivesse ansioso
es+ueceram a 5itania as partes sobre rendi-ão para semear o desentendimento. Eu não tenho certe(a.
honrada desa#io justo e esse tipo de coisa. *lgo me di" & que eu estou quase certo é que ela foi possu%da,
+ue alguns da matilha não reconheceriam um bom talve( permanentemente, talve( s" por um pequeno
l&der mesmo +ue ele corresse e cravasse suas garras em tempo. Estou supondo que o que quer que tenha tomado
seus traseirosA. seu corpo era poderoso suficientemente para esconder a
Can-ão1@oturna deu uma gargalhada sorrindo verdade de todos — incluindo da pr"pria :enise. Eu sei
#or-adamente pelo divertimento. <;oc/ pode estar que ela acreditava que falava a verdade, so!re tudo. +as
certo. Conte1me o +ue aconteceu. ;oc/ viu eu foi sua mão que assassinou ;ancA. E plantou a evidência,
imagino em seus sonhos ainda +ue voc/ não se lembre primeiro nela mesma, depois em #erhard. So! a
delesA. influência do esp%rito ou não, ela fe( isso. :e qualquer
Eu suspirei. <Eu não posso e$plicar como essas modo, ela cometeu uma a5ão errada contra um mem!ro
id)ias chegam = mim' elas apenas v/m.  como de sua matilha. or isso, eu penso que a puni5ão será...
+uando sabemos +ue ) hora de dar a lu" — nós apenas áspera.
sabemosA. * loba virou sua cabe-a em surpresa. <or +u/ ela
E eu lhe contei a história como ela apareceu na mesma @ão #a" sentidoA.
minha mente. 1a( apenas se você levar toda a reputa5ão dos
Você e eu sa!emos que não e)iste uma coisa como Senhores das Som!ras em considera5ão.  culpa
um t%pico -o!isomem, não de nenhuma das três partes rapidamente recairia so!re ele — por parecer que
que nos fa( ser o que somosG nossa tri!o, nosso au$2rio e a #erhard tinha armado para :enise ser quem ca%ra, mas
nossa ra5a. E é esse o pro!lema no cora5ão desta hist"ria. então a verdadeF apareceria. :enise fica corretamente
+uitas suposi59es foram feitas por todos os envolvidos indi$nada, e todos estariam muito irritados com o Senhor
so!re como um importanteF Senhor das Som!ras das Som!ras. ;ão s" ele matou um mem!ro de sua
deveria ser, ou um estereotipado 1ilho de #aia. &s matilha sem compai)ão, um crime horr%vel por si mesmo,
4ktena fi(eram sua parte, tam!ém, por ainda manter mas tam!ém tentou fa(er com que outro levasse a culpa.
"dios de séculos atrás. Eu não os culpo, mas foram  pior puni5ão não seria suficiente para limpar suas
tempos de pandemHnio em que os Estran$eiros da a59es, seria3
=ArmF pre0udicarem a superf%cie tão a$udamente. :e ;o quadro ori$inal, #erhard está morto, assim como
qualquer modo, estou diva$ando. ;ancA.  matilha está redu(ida a trêsG Steven, :enise e
& po!re
Ele não é umtolo
mauneste quadro
rapa(, mas é' omedida
hrounque
Steven
a lu( :ale. Joan. :enise
Steven. é a está
E tudo de posto
certo maior, mas ela
no mundo, a!dica para
supostamente.
completa de -una $uia seu pensamento, ele Steven lidera, mas :enise é sua 6eta, e ele fará qualquer
naturalmente sente7se mais forte, e além de tudo, o coisa que ela fale, pois ele confia nela implicitamente. &
melhor para liderar. Em al$uns momentos, é provável l%der da seita, urtis, provavelmente não quer olhar
que se0a verdade? tenho certe(a que ele é indispensável muito a fundo para ver o que está ocorrendo em!ai)o de
contra uma colméia de Espirais ;e$ras. +as eles não seu nari(. 8alve( ele pense que estando a matilha resas
invadiram nenhuma neste momento, a menos que eu San$rentas redu(ida, isso fa( com que sua posi5ão fique
tenha perdido al$uma coisa. mais forte. 8alve( ele este0a enver$onhado, ou merda,
Então Steven queria ser o l%der da matilha — mas talve( ele tenha muita coisa em sua ca!e5a. aram!a, se
ele é um tipo honesto de rapa( e nunca desafiaria a eu sou!esse quais são seus sentimentos? ele certamente
menos que ele se sentisse di$no. Ele derramou suas não me dirá.
vontades para uma pessoa que qualquer um confiariaG um Eu ca& no sil/ncio e olhei para a lupina. *o meu
8heur$e dos 1ilhos de #aia. :enise era a l%der espiritual lado eu senti (eredith tremendo = medida +ue tudo
da matilha, certo3 or que não confiar nela3 E #aia sa!e a#undava dentro dela. 7uvir isso seria um in#erno para
que um de seus pr"prios 1ilhos nunca seria nada além de algu)m ainda empolgado pela novidade de ser um
um pacificador. Garou mas era a+uilo.
Can-ão1@oturna então se levantou trotando em
-ua Vamos apenas
rescente nãodi(er
se0a que
umapor um momento
t%pica talve( de
tranqIili(adora esta dire-ão a um arbusto +ue estava perto de nós. 7uvi um
almas pro!lemáticas. 8alve( ela che$ou a esta seita pe+ueno movimento com as patas e ela voltou com
ori$inalmente para servir, mas em al$um momento, de alguma coisa +ue brilhava discretamente ao redor de
al$uma forma, al$o ficou meio distorcido. Ela foi uma das seu pesco-o. Era um espelho um tipo de coisa #ora1de1
poucas so!reviventes quando Espirais atacaram a seita, uso redondo e pendurado em uma corrente grossa de
0unto a #erhard. Vendo aquela carnificina, lutando com bron"e.
todo seu poder, aquilo deveria ter sido um inferno de se <Eu vi uma ve" essa história mas não #e" sentido
olhar, ainda mais para so!reviver. Eu não sei suas pra mim. Eu precisava de um nascido humano para
motiva59es. 8alve( al$o aconteceu ' ela na noite do me ajudar a e$plicar por+ue essas coisas
ataque que danificou sua mente. 8alve( ela tenha ido ' aconteceramA. Ela curvou sua cabe-a e o espelho saiu

80 Livro dos Augúrios


desli"ando. Can-ão1@oturna #echou seus olhos e @oturna e eu compartilhamos nossas descobertas com
cantou umas pe+uenas notas agudas' então a Curtis e para minha surpresa ele parecia velho e
super#&cie do espelho es#uma-ou. Eu vi com um cora-ão doente mas mais con#i3vel do +ue eu poderia
pesado assim +ue eu vi tudo +ue tinha descrito era imaginar. 7 Bheurge não lembrava de nada +ue
detalhado na super#&cie do vidro como um #ilme mudo. realmente tinha acontecido e somente atrav)s de uma
*+uilo me arrepiou at) os ossos mas eu não tirei os das b/n-ãos de Gaia o l&der da seita #oi capa" de ver a
olhos das cenas. * morte da F?ria @egra (eia 5ua. 7 verdade atrav)s das con#uses e mentiras. ual+uer
precavido olhar no rosto da Bheurge en+uanto ela coisa +ue a possu&ra voluntariamente ou não #oi
armava tudo. Como ou por +u/ ela chegou a essa respons3vel pelos atos dei$ando para tr3s a concha da
desonra não estava claro' nem a lupina ou eu 5ua Crescente para ser punida. Eu senti a vergonha e
poder&amos di"er +uando o esp&rito entrou em sua pesar dos 89tena e me senti mal pelo +ue #alei deles
#orma se #oi conjurado ou se veio sem ser esperado. para minha pupila.
(as os #atos da morte de @anc0 estavam ali. uanto ao (estre de 2itual deles um mpuro
<Eu não pude entender o +ue aconteceuA chamado Fantasma1de1Fogo veio a mim com um pote
con#idenciou Can-ão1@oturna. <Eu precisei de algu)m de cer%mica cheio de tinta +ue eu aceitei com um
para me ajudar. or tudo +ue ela so#reu por sua cora-ão pesado. Era uma honra +ue eu realmente não
linhagem a Dan-arina da 5ua +ue voc/ chama de +ueria mas não poderia se+uer sonhar em recusar. *
Joan se tornou uma amiga. Eu lhe dei meu conselho mistura tinha cheiro de nature"a: argila da terra
+ue era chamar por voc/A. garan-a e hena. Eu desenhei a marca de um )gaso
Eu assenti sentindo um pouco incomodado sobre em meu ombro nu surpreso em ver (eredith
como as coisas aconteceram mas desisti de apresentar o#erecendo1se para segurar a jarra en+uanto eu me
minha evid/ncia e dei$ei a seita decidir o destino da pintava escondendo minhas cicatri"es na co$a e na
5ua Crescente. Eu #i" o trabalho sujo ao tra"er a barriga as marcas de um guerreiro a carne enrugada
verdade = tona' ) hora deles limparem sua própria de uma mãe +ue gerou uma crian-a. Eu vi com certa
sujeira. surpresa +ue Joan tamb)m estava se pintando' ela
(eredith e eu voltamos em dire-ão = cabine. #icou esperando em Crinos seus olhos brancos
*lgumas l3grimas ca&ram de seu rosto' talve" ela #osse cintilando bai$os = 5ua (inguante. ró$imo Can-ão1
louca ou talve" estivesse assustada. Elas j3 tinham @oturna j3 tinha posto pedras amarelas marcadas em
secado antes dela #alar. trabalhadas ondas e espirais. 7 resto da matilha
<Então ) isso ;oc/ veio pra c3 e mostrou1lhes a resas 6angrentas 6teven e Gerhard não
verdade e agora voc/ vai emboraA. 6enti con#usão participaria' eles #icaram silenciosamente nas sombras.
talve" um sentimento meio magoado em sua vo" cheia *gora nós apenas t&nhamos +ue esperar +ue a Ca-ada
de juventude. #osse #ormalmente invocada.
<6im. Eu atirei uma lan-a na #erida +ue estava 7 (estre do 8ivo era um dos 89tena +ue eu não
in#estada limpando o pus. *gora a+ueles +ue são tinha conhecido uma Galliard +ue se chamava
l&deres e mentores desta seita precisam participar da 7lutsa. Ela criou um longo e #?nebre uivo en+uanto a
curaA. assembl)ia come-ava. Então Curtis #alou.
<(as.. não parece certo! *parecer resolver <6onhos1da1(anhã chamada Denise reston
problemas e...A. 6ua vo" #alhou en+uanto eu agarrei entre os humanos voc/ #oi julgada culpada de
seu bra-o e girei at) #icar com o rosto em #rente ao assassinar um membro de matilha por causa de
meu. avare"a e in#elicidade. ;oc/ reconheceu uma #alha por
<*costume1se garota. ;oc/ acha +ue eu des#ruto permitir a si mesma ser manipulada por #al3cias e
do destino +ue Gaia escolheu para mim * id)ia ) a de tru+ues. *inda assim ao admitir e aceitar seu ato
+ue gostar ou não ) irrelevante. Esse ) o copo +ue a #alho voc/ mant)m uma linha de honra. or esta
(ãe #e" para +ue eu enchesse. sso ) tudo +ue eu ra"ão o conselho julgou +ue voc/ não morrer3 sem
preciso saber. *goraA — disse rispidamente — <voc/ uma chance de ganhar nosso respeito em sua
+uer sentar no caminhão en+uanto eu vejo o +ue passagemA.
acontece
#un-ão aoso"inha 7u voc/ ser3 uma Garou e ver3 sua
meu ladoM Ela curvou
sil/ncio. sua cabe-a
7lutsa grunhiu aceitando
um rosnado seu destino
a#inado e entãoema
8m #ogo acendeu em seus olhos e minhas d?vidas Filha de Gaia condenada correu. 6ua #orma cresceu
acabaram desanimando1a. <@ão eu #icarei. *inda +ue at) um lobo desesperado en+uanto ela galopou atrav)s
voc/ ache +ue eu tenho muita compai$ão de lado eu dos arbustos e pelos campos da divisa. Fantasma1de1
jurei ser sua pupila. Eu não desistireiA. Fogo soltou um grito #ino e choroso cheio de
6e algum dia ela se arrependeu de sua decisão lamenta-ão e a Ca-ada come-ou. @ão sei +uantas
nunca me disse. horas passaram mas a Filha de Gaia correu at) +ue
Eu nunca tinha visto o 2itual da Ca-ada e eu seu cora-ão estivesse pró$imo de e$plodir. (esmo
espero nunca mais ter +ue testemunhar outro. Can-ão1 assim a+uilo j3 tinha terminado antes do alvorecer.

Capítulo Três: Lei e Ordem 81


Eu tinha o sangue dela em minhas mãos mas o golpe O Philodo2 Solit1rio
#atal para minha surpresa veio da sua companheira
am3vel Joan. ual+uer um +ue diga +ue uma Filha 8alve( mais do que em outro au$2rio, o +eia -ua
de Gaia não pode ser #ero" ) est?pido' eu não tenho apresenta uma oportunidade interessante para 0o$os solo.
certe"a de j3 ter visto uma F?ria golpear com tanto Enquanto o cora5ão de -o!isomem é uma crHnica
ódio e agonia. Depois de +ue a 5ua Crescente caiu centrali(ada ao redor da matilha e da vida em seita,
morta 7lutsa come-ou a Cerim,nia para os Falecidos. mandar um hilodo) solitário em uma missão de 0usti5a e
Foi breve por)m sincero. * seita dispersou1se assim miseric"rdia pode tra(er uma !ela que!ra do furor de
+ue o sol levantou e nós duas F?rias retornamos 0o$ar com vários 0o$adores e permite um intenso
para onde dei$amos nosso caminhão. Eu +uis ir pra desenvolvimento do persona$em para o solista Bvocê terá
casa para ouvir a risada da minha #ilha para abra-ar que dar aos persona$ens dos outros 0o$adores um tempo
nos holofotes, tam!ém, evidentementeC.
os membros de minha matilha para acabar com o grito
de morte de um lobisomem +ue eu ouvia em minha A Matilha de Meia Luas
cabe-a. (eredith não disse nada mas havia um olhar /ue tal uma crHn ica onde todos 0o$uem com um
mais assustado nela nesse dia. hilodo)3 8alve( esta matilha multi7tri!al sirva de
Eu não estava surpresa em ver Joan e Can-ão1 conselheiros especiais para um l%der $randioso, como
@oturna esperando para nos ver partir. @ão trocamos l!recht ou >oniet(ko. Suas responsa!ilidades são
nenhuma palavra apenas nos tocamos em despedida. muitas, desde procurar informa5ão até visitar outras
Droga eu esperava +ue me sentiria melhor. seitas, romper acordos e manter contato com arentes.
ntegridade serviu pra algo. elas nossas leis #i"emos o laro, eles têm que tra!alhar pr")imos aos outros
+ue era correto. (as isso não pararia com os pesadelos au$2rios. N medida que o pocalipse se apro)ima, talve(
+ue eu sabia +ue teria nas pró$imas semanas. Ss suas tarefas incluam contatar certos 1eras ou matilhas de
ve"es mesmo os ju&"es não conseguem dormir o sono !usca. Esta é uma chance de mostrar como tri!os
dos justos. diferentes p9em suas pr"prias caracter%sticas na
interpreta5ão do +eia -ua.
)ui. e )œri/ Lidando com o "itual da "enœncia
;arradores e 0o$adores 0á sa!em que renunciar o
Perspectivas do !arrador au$2rio dado ao persona$em é, de fato, uma coisa muito
séria, mas se e)iste uma ra(ão muito forte, pode ser feito.
Jo$ar com afinal
responsa!ilidade? um dehilodo) é umados $rande
contas, muitos outros & que
de os ;arradores
desconfian5a e devem
suspeitalem!rar
estarãoé que
parauma roupa$em
sempre no
au$2rios olharão para o +eia -ua em !usca de lideran5a, persona$em. 8alve( ele não encontrará nenhuma cr%tica
conselho e orienta5ão. Ns ve(es, pode ser dif%cil para o e)altada ou olhares incomuns, mas ele com certe(a
jogador estar de acordo com as e)i$ências do ouvirá sussurros pelas costas e ocasionalmente enfrentará
personagem. qui, vamos dar al$umas dicas para que os escárnio e cinismo, particularmente dos mem!ros de seu
;arradores dêem aos 0o$adores al$uma a0uda ao lon$o do anti$o au$2rio. :o mesmo modo, acordos com -una e
caminho. seus disc%pulos deverão ficar notoriamente mais dif%ceis.
o re0eitar o papel de hilodo), um persona$em
Posi*0o $onfort1vel está di(endo que não conse$ue viver de acordo com as
rimeiro de tudo, enquanto +eia -ua e)pectativas de lideran5a, de tomar decis9es e de
freqIentemente atuam como l%deres de seitas ou interpretar leis e costumes. ara um $rupo de seres que
matilhas, não há lei di(endo que eles devem fa(ê7lo. reverenciam as tradi59es, isto é especialmente uma
Vamos di(er que o 0o$ador está mais confortável com um afronta. l$uns -o!isomens podem tomar isto como um
conselheiro secundário. Ele ainda pode ser indispensável, sinal de re0ei5ão para a essência do que realmente
mesmo que outra pessoa Bincluindo um persona$em do si$nifica ser #arou. Eles poderão tam!ém considerar que
;arradorC tenha o poder do veto final. :epois, quando o o anti$o +eia -ua é uma criatura sem equil%!rio — al$o
não parece estar certoF so!re ele. ;arradores devem
0o$ador
ele podesesu!ir
acostumar come asposi5ão.
de posto demandas de uma
ense lideran5a,
em qualquer certamente se sentir livres para e)plorar muitos temas
0ovem her"i de um filme ou fic5ãoG muitos come5aram por trás desta mudan5a no caminho do persona$em,
como aprendi(es ou su!ordinados, desenvolvendo tanto na novidade do novo au$2rio quanto nas sementes
rela59es pr")imas com seus mentores. p"s eles amar$as da re0ei5ão do anti$o.
rece!erem al$uma e)periência da vida real de!ai)o da
prote5ão deles, eles estavam prontos para mais desafios e
Ar3utipos
tarefas. Em qualquer caso, você provavelmente não quer rquétipos refletem estere"tipos e os definem? eles
pHr muita pressão no 0o$ador para que ele se0a um podem mostrar o !ásicoF de como 0o$ar com um au$2rio
e)traordinário l%der desde o in%cio? dei)e7os adquirirem pondo uma nova caracter%stica ou usando uma velha
al$umas coisas antes de 0o$ar muita coisa no prato deles. idéia. &s arquétipos a se$uir devem dar aos 0o$adores e

82 Livro dos Augúrios


;arradores al$umas idéias de como tra!alhar com o +eia come5ar a ver a floresta e as árvores, não apenas as
-ua criativamente no quadro da crHnica. folhas, as ra%(es e os $alhos.
O In3uisidor & erfeccionista do ciclo crescente se especiali(a em
detalhes. Ele olha minuciosamente em detrimento do
ara manter a lei e a 0usti5a, o hilodo) tem que quadro $eral. Se concedidos, estas pequenas partes do
fa(er per$untas dif%ceis e 's ve(es dolorosas. & <nquisidor todo irão ser incr%veis mas, no final, pelo fato dele
e)cede neste e)erc%cio, até o ponto pr")imo ao sempre não dar um passo para trás com um olhar
fanatismo. Enquanto suas inten59es são $eralmente !oas, o!0etivo, ele pode perder $randes pontos. &
sua técnica é afiada. ;ão são todos que apreciam sua erfeccionista do ciclo min$uante está plane0ando dar
condu5ão e am!i5ão, nem sua pai)ão pelo fi$urativo B's ordens? ele é um pouco sa!ichão que pode ter uma
ve(es, literalC rastros de san$ue. & <nquisidor é al$uém elevada opinião so!re suas pr"prias ha!ilidades.
que assume as coisas, do tipo que !ar$anha, chuta
traseiros e p9e nomes em seu pequeno livro ne$ro com O L4der 5espreparado
$osto. /uando
lo!isomens, ele éno
um0ul$amento de voto
dos que dá seu seus companheiros
— sem medo ;ascido
destinado a serso! a +eia
l%der... mesmo-ua,
assim,este
ele lo!isomem está
teme o desafio
de nada ou nin$uém. que o a$uarda. Ele pode não querer as rédeas do
& pro!lema com o <nquisidor é que ele não calcula comando, mas por destino ou heran5a, elas ca%ram em
as conseqIências de seus atos. +esmo que ha0a um seu colo. & -%der :espreparado tem !oas qualifica59es,
insi$nificante e fácil caminho para encontrar a verdade, mas ele está cheio de d2vidas so!re si. 8oda ve( que ele
que dei)a a honra de outro intacta, mas ainda cumpre o toma uma decisão, ele teme ser a errada. lém disso, ele
tra!alho, ele sempre irá optar pelo caminho mais dif%cil. se culpa pelos fracassos da matilha, e nunca leva crédito
or esta ra(ão, a maioria dos lo!isomens os temem mais pelo sucesso deles.
do que os respeitam. Eles o se$uiriam se fossem & -%der :espreparado tem um pouco de comple)o
ordenados, mas o fariam por estarem precavidos em de mártir, mas ele internali(a isso em lu$ar de reclamar
rela5ão 's represálias, não por lealdade. & <nquisidor é so!re seu destino em vida.  maioria de seus
!om? ele s" tem que aprender a amaciar seus modos em companheiros de matilha provavelmente não perce!e
al$umas ocasi9es. ;in$uém quer vê7lo mostrando a que o silêncio que eles assumem por sa!edoria quieta é,
$ar$anta desnecessariamente, mas da mesma forma, ele na verdade, uma preocupa5ão e d2vida escondidas so!re
deveria aprender como aceitar suas derrotas o futuro. & -%der :espreparado precisa $anhar confian5a,
$raciosamente. e isso s" virá de sucessos repetidos, a passa$em do tempo
& <nquisidor nascido so! o ciclo crescente tende a e o apoio firme de sua matilha.
ver tudo em dualidadesG sim e não, !om e mau, certo e & -%der :espreparado nascido so! o ciclo crescente
errado. ;unca há meio7termo. /uando nascido so! o da -ua pode parecer sem emo59es, talve( até mesmo não7
ciclo min$uante, o <nquisidor costuma se revelar no ami$ável. Seus opositores o chamam de frio e insens%vel,
medo que evoca nos outros. Ele é como um velho, anti$o enquanto seus ami$os, a despeito da ami(ade por ele,
professor que não tem miseric"rdia, por nin$uém e por acham que ele tem muitas preocupa59es dentro de sua
nenhuma ra(ão. Ele não é e)atamente um a!solutista, ca!e5a. Se nascido so! o ciclo min$uante, o -%der
mas desfruta da reputa5ão. :espreparado parece estar constantemente no limite,
O Perfeccionista checando e re7checando cada prepara5ão uma d2(ia de
ve(es ou mais. Ele é pessimista e acredita que al$o irá dar
& erfeccionista al$umas ve(es é casca7$rossa e errado a menos que ele este0a lá para consertar.
nervoso. Ele acredita que tudo tem um lu$ar em!ai)o do
sol e, qualquer um que não este0a no lu$ar apropriado O )ui. Itinerante
deve dei)ar o local o mais rápido poss%vel, senão ele Enquanto o <nquisidor tira as cascas da mentira para
ficará muito incomodado. & erfeccionista é o !uscar a verdade, dei)ando muitas cicatri(es no processo,
companheiro que percorre as divisas de novo, de novo e o Jui( <tinerante cura feridas anti$as. Ele se move de seita
de novo, enlouquecendo os 8heur$e com sua em seita, convidado na maioria dos casos, e aplica um
inquieta5ão. Ele tam!ém requer muita coisa enquanto confortável !álsamo de cura em qualquer lu$ar que se0a
or$ani(ador das coisas da assume
quando o erfeccionista seita e odecomando,
sua assem!léia?
outros necessário.ao& cora5ão
pr")imas Jui( usualmente mantém
até que se0a temposuasde cartas
falar
poderão estar certos que todas as coisas irão caminhar pu!licamente, mas ele quer falar com cada um e todos
sem dificuldades. para fa(er as coisas certas... onde quer que esse caminho
o desenvolver um +eia -ua sá!io, o erfeccionista leve.
precisa aprender a diminuir e rela)ar um pouco. Ele pode <nfeli(mente, o Jui( <tinerante 's ve(es trope5a em
tra!alhar !em com outros Bestá em sua nature(a, afinal pro!lemas por causa de sua aparência de !on(inho. Ele
de contasC, mas ele tam!ém precisa melhorar seriamente acredita que todas as disputas possam ser resolvidas de
ao tomar conselhos e dicas de seus companheiros, não uma forma 0usta e ra(oável, se0a através de discussão
falar uma coisa e, então, se$uir seu caminho mediada ou até uma luta. lém disso, ele acredita no
independente do que foi dito. Resumindo, ele precisa prevalecer inerente da 0usti5a so!re os lo!isomens, um

Capítulo Três: Lei e Ordem 83


olhar de fora que se choca com temperamentos fortes e Sistema: & prop"sito desse :om é a0udar a aliviar as
personalidades duras. ara tornar7se um melhor dificuldades que um lo!isomem encontra quando sua
moderador, o Jui( faria !em em, ocasionalmente, dei)ar 12ria e)cede sua 1or5a de Vontade B-o!isomem, pá$.
de lado vis9es cor7de7rosa e lidar com tons de cin(a de TUQC. ara cada sucesso em um teste de +anipula5ão P
uma maneira um pouquinho mais c%nica. <nstinto rimitivo do hilodo), uma penalidade de um
& Jui( do ciclo crescente em particular têm dado é ne$ada ao persona$em alvo. & efeito dura por
dificuldades em investi$ar a!ai)o da superf%cie das coisas. cinco minutos por sucesso — um hilodo) pode
Ele usualmente fica contente em ouvir todos os lados da temporariamente aliviar a +aldi5ão, mas nunca ne$á7la.
hist"ria, dar seu 0ul$amento e partir em seu caminho O ril"a da #ealidade (Nível $uatro) —
feli(, sem refletir so!re o caos que ela talve( tenha ercep5ão é su!0etiva, mas um hilodo) não se pode
dei)ado para trás. & Jui( do ciclo min$uante, por outro permitir tal lu)o. Esse :om permite o usuário a sentir se
lado, pode prolon$ar sua estadia e !uscar o que o alvo acredita ser verdade é mentira. 4m Ja$$lin$
minuciosamente aquilo que lhe importa além da área de do 1alcão ensina esse :om.
sua !oa vontade. Sistema: & 0o$ador testa ercep5ão P Eni$mas
Bdificuldade C. 4m 2nico sucesso determina se o su0eito
5ons está contando uma inverdade sem inten5ão. 8rês
sucessos desco!rirão se o su0eito está mentido
O Sabedoria da Lua (Nível Um) — 4sando esse deli!eradamente. inco ou mais sucessos revelar ão a
:om, o lo!isomem pode desco!rir a fase da lua que verdade da mentira em seu n%vel mais simples Bisso pode
anunciou o nascimento de uma pessoa. pesar disso di(er quem cometeu um crime, mas não o motivo ou para
poder determinar o au$2rio, o :om não dá nenhuma quem o criminoso estava tra!alhandoC. ;ote que esse
pista se a pessoa é um lo!isomem ou mesmo se é :om funciona apenas quando al$uém fala da verdade em
so!renatural em al$uma maneira? ter nascido so! uma lua que ele acredita? companheiros de matilha não podem
min$uante si$nifica muito mais para um #arou do que sair tentando arran0ar iscasF falando nomes para
para um humano normal. /ualquer esp%rito da lua pode determinar quem realmente cometeu um feito, por
ensinar esse :om. e)emplo.
Sistema: 4m 2nico sucesso em um teste de  8rilha da Realidade lida com fatos conhecidos
ercep5ão P <nstinto rimitivo Bdificuldade QC é Bela nunca pensou em voltarF, apesar de suas !ravatas,
necessário para determinar a fase da lua no momento do seu irmão não matou o +aldito so(inhoFC, e não com
nascimento de al$uém? dois sucessos determinam se ela $randes verdades espirituais.
estava
O em seu ciclo
Presságio dacrescente
Verdadeou min$uante.
(Nível Dois) — &s +eia porémO Cul%a da &lma :om
temperamental (Nível Ci'o)que
permite — o Esse
peso poderoso
da culpa
-ua raramente são chamados para tomar decis9es fáceis que está no cora5ão er$a7se ' superf%cie. & efeito varia,
ou dar 0ul$amentos simples — se as coisas fossem simples mas usualmente aparece escurecendo as caracter%sticas do
assim, o hilodo) não seria necessário. ssim, quando os alvo? as som!ras se aprofundam ' medida que a culpa
pro!lemas che$am até ele, até mesmo um 0ui( pode usar aumenta Boutros efeitos incluem uivos dos demHniosF, o
uma dica aqui ou ali. &!servando seus arredores, o sá!io som dos ventos de inverno ou até mesmo uma
#arou pode ver no cair de uma folha ou no voar de uma onipresente m2sica de fundoC. ;ote que, apesar de 2til,
!or!oleta uma resposta que ele procura. possui al$umas limita59es severas, pois re$istra apenas os
Sistema: & 0o$ador $asta um ponto de #nose e fa( pro!lemas do indiv%duo. ara uma santa senhora, uma
um teste de ercep5ão P Eni$mas Bdificuldade variável, simples mentira pode dar a ela pesadelos e
de  em um lu$ar fechado a  para uma floresta no pHr7 profundamente escurecer sua alma, enquanto um
do7solC. & :om leva no m%nimo um minuto para ser vi$ilante pode dormir o sono dos 0ustos e passar
usado? o usuário $anha 7T na dificuldade se ele lidar com indetectado pelo :om.  ulpa da lma é ensinado por
o pro!lema por meia hora. Sucessos são adicionados ' al$uém da ninhada do 1alcão, ou qualquer esp%rito
nature(a e certe(a do pressá$io, enquanto uma falha associado com Justi5a.
cr%tica tra( uma certe(a equivalente, mas uma conclusão Sistema: & #arou deve olhar Bou em al$uns casos,
errHnea. +ais do que tudo, os efeitos desse :om ouvir ou cheirarC o alvo e concentrar por um turno
dependem do ;arrador, e dependem da situa5ão? de completo. & 0o$ador testa ercep5ão P Empatia
forma $eral, o ;arrador deve usá7lo para dar uma pista Bdificuldade C? o n2mero de sucesso indica a claridade
so!re o assunto em questão. da impressão do #arou.
O Coração Dividido (Nível r!s) — & cora5ão de  Soltura das &marr as (Nível Seis) — E)istem
um lo!isomem é cheio de f2ria e muitas ve(es, esse fo$o muitos meios de misticamente aprisionar a vontade de
interno pode superar a for5a de vontade do lo!isomem. outros. Esse :om rompe tais la5os, de domina5ão do
om esse :om, ensinado por qualquer esp%rito árvore, san$ue de um vampiro até o controle da mente de um
um hilodo) pode !revemente fa(er com que outros ma$o, ou um ta!u da +eia -ua. queles que conhecem
$uardemF sua f2ria em seu interior, para que nin$uém esse :om podem usá7lo em qualquer ser, incluindo neles
tome uma decisão de dano irreparável. mesmos. Esse :om é dado apenas por um <ncarna ou por

84 Livro dos Augúrios


um esp%rito de poder equivalente, normalmente como Enquanto fa( isso, toda a for5a é drenada do corpo do
uma recompensa por al$um $rande servi5o. ofensor, para que ele não fa5a nada, apenas se encolha
Sistema: & #arou é automaticamente imune a enquanto um dos #arou Bnormalmente o mestre de
qualquer coer5ão so!renatural, e)ceto aquelas vindas de ritual, mas 's ve(es é um arente ou companheiro de
um ser mais poderoso que um <ncarna. & usuário do :om matilha do assassinadoC er$ue a klaive para o $olpe fatal.
pode que!rar uma compulsão m%stica de outra pessoa Sistema: 4m teste de arisma P Rituais
tocando7a, $astando um ponto de #nose e testando Bdificuldade C é tudo o que é necessário para tirar do
+anipula5ão P -ideran5a Bdificuldade TT 7 a 1or5a de ofensor toda sua for5a. & alvo não pode percorrer atalhos
Vontade do alvoC. ou sair do lu$ar. 4m teste de 1or5a de Vontade
Bdificuldade W P os sucessos do mestre de rituaisC é
!ovos "ituais necessário para permanecer !ravamente no final? uma
falha custa T ponto temporário de #l"ria e U pontos
temporários de Donra, enquanto uma falha cr%tica custa
"itual
"itual dadeMorte
Puni*0o
Prateada
o do!ro de pontos B0á que o alvo cede no final e chora
pateticamenteC.
;%vel /uatro "ituais de Pacto
penas o Ritual dos :entes Vin$ativos de #aia é
uma puni5ão pior do que o Ritual da +orte rateada. &s "itual do Sangue da Matilha
lo!isomens o reservam para aqueles que matam seu ;%vel 4m
pr"prio povo sem provoca5ão ou desafio, cometendo  maioria dos #arou forma matilhas que são li$adas
assassinatos frios e calculados com o o!0etivo de alcan5ar e dedicadas a um esp%rito totem. ;esses dias de seitas
al$uma meta ou o!0etivo. or e)emplo, um lo!isomem mistas e ma$ras fileiras, al$uns lo!isomens são for5ados
que mata outro para rou!ar um fetiche ou ascender ao pela necessidade a correr 0untos temporariamente. Esse
poder seria um provável candidato a sofrer essa puni5ão... ritual une um $rupo de lo!isomens em uma matilha
se for provado que ele é culpado. 4m crime menor pode dedicada a um prop"sito em particular, como uma !usca,
valer uma a5ada, onde o ofensor tem pelo menos uma uma !atalha ou uma simples $uarda das divisas do caern.
chance de se redimir ao morrer? mas na +orte rateada &s efeitos e)piram ap"s a tarefa ser completada, ou
não há reden5ão, apenas ver$onha e humilha5ão. :iante depois de um mês lunar , o que acontecer primeiro.
dos lo!isomens Bno m%nimo outros doisC e esp%ritos nci9es normalmente esperam associa59es mais
reunidos, o mestre de rituais recita os crimes do ofensor. permanentes para pedir as !ên5ãos de um esp%rito totem.

Capítulo Três: Lei e Ordem 85


pesar dos efeitos so!renaturais desse ritual ;%vel 8rês
eventualmente aca!arem, respeito m2tuo e ami(ades são Esse ritual raramente usado cria uma área
resultados comuns. Seitas rivais podem unir seus espiritualmente morta, essencialmente fechando um
$uerreiros com esse ritual para melhorar suas rela59es. pequeno espa5o ao acesso 4m!ral. & espa5o não pode
;ão é incomum para tais matilhas se transformarem em ser maior do que uma pequena ca!ana ou um quarto
matilhas de verdadeF no decorrer do caminho, se $rande. &s #arou se sentem !astante desconfortáveis
devotando a um totem espec%fico. nessa área morta, e os esp%ritos aprisionados ali podem se
Sistema: ada mem!ro da matilha 0ura seu enfraquecer até a ine)istência.
prop"sito de união enquanto eles cortam a palma da mão Sistema: &s arredores do espa5o são inscritos com
ou da pata e derramam uma pequena quantidade de $lifos, e uma fuma5a de ervas ou incenso é queimado para
san$ue em uma ti$ela. & san$ue é misturado e pintado e)pulsar esp%ritos e influências espirituais do espa5o.
no rosto, mãos e peito Bacima do cora5ãoC de cada ada sucesso BRacioc%nio P Rituais, dificuldade C
mem!ro. +ediante um ritual !em sucedido Barisma P aumenta a el%cula em um, até o má)imo de TX. lém
Rituais, dificuldade C, a matilha rece!e !enef%cios, como disso, #nose não pode ser recuperada de maneira
iniciativa simult@nea e mano!ras de com!ate especiais. nenhuma dentro do espa5o selecionado, e esp%ritos
;ote que mem!ros de uma matilha de verdadeF podem materiali(ados presos lá dentro come5am a se desfa(er na
participar dessa matilha temporária, mas provavelmente ta)a de T ponto de Essência por hora. &s efeitos do ritual
eles terão que dar al$uma e)plica5ão para um totem duram um n2mero de dias i$ual aos sucessos do mestre de
enervado. rituais, terminando com o pHr7do7sol do 2ltimo dia. &
"itual do #rande $onselho ritual demora meia hora para ser e)ecutado, e pode ser
continuado quando necessário.
;%vel /uatro
;esses dias, quando a unidade é tão importante, ela
dolorosamente está em falta. +uitas ve(es, uma ri)a 0o$a
!ovos Fetiches
matilha contra matilha, tri!o contra tri!o ou seita contra
seita. 4m #arou popular pode ser Bpossivelmente de
Pena do Ma6at
forma errHneaC acusado e sentenciado, ou velhos ;%vel Y, #nose 
ressentimentos $eram $uerras. pesar dos maiores &ri$inalmente uma cria5ão dos ere$rinos
esfor5os dos +eia -ua, a estrutura da sociedade dos Silenciosos, os ere$rinos ficaram conhecidos por
lo!isomens é rompida. Esse arriscado, mas dividirem esse fetiche com os +eia -ua das outras tri!os
impressionante, ritual atrai os esp%ritos mais poderosos que prestaram a0uda aos filhos da oru0a.  pena pode
envolvidos na disputa — normalmente os totens das ter várias formas,
de $ralha. /uandodeum
uma pluma deestá
hilodo) avestru( até umacom
conversando pena
matilhas que estão na disputa, apesar de que totens de
al$uém, ele usaF a pena contra a verdade de seu discurso
caerns ou tri!ais possam estar envolvidos tam!ém. * uma
atirando7a no ar. Se a pena for direto para o chão, ela
tentativa peri$osa, mas se !em sucedida certamente trará
pesaF mais do que as palavras que a pessoa disse? elas são
a pa(? quando os esp%ritos mais poderosos de uma seita
falam em un%ssono, até mesmo matilhas que estão em verdadeiras. Entretanto, se o orador está mentindo, a
$uerra ouvem com aten5ão. pena permanece flutuando? suas palavras são muito
pesadasF. aso o lo!isomem que usa a pena falhe em
Sistema:  dificuldade do teste de arisma P
ativá7la, a pena cairá no solo... e ele não perce!erá que
Rituais é i$ual ao tipo de esp%rito invocado mais elevado
está ouvindo mentiras.
Bcomo no Ritual de on0ura5ão, pá$. TQW do livro
!ásicoC. & que se se$ue deve ser intensamente ,spelho da -ist7ria
interpretado Bapesar de que o ;arrador pode a0ustar a ;%vel W, #nose Q
atitude inicial do totem de acordo com o n2mero de 4m Espelho da Dist"ria pode ser um simples
sucessos o!tidosC. 4ma ve( que todos os esp%ritos estão espelho de !olso, um caco de vidro ou qualquer outra
presentes, o hilodo) deve mostrar a situa5ão eMou e)por superf%cie refletiva Bdesde que não se0a prataLC. /uando
o caso. &s esp%ritos fa(em um conselho com o +eia -ua, ativado, o usuário fa( uma per$unta espec%fica ao vidro,
ou o interro$am. Se eles concordarem com suas decis9es, como mostre7me quem rou!ou minha klaiveF. 4ma
eles estarão ao seu lado quando ele dá Bou reiteraC o !reve e silenciosa ima$em irá aparecer. 8ais lampe0os
0ul$amento. Se, por outro lado, eles discordarem com a podem condu(ir a uma inverdade, 0á que eles não dão o
decisão do 0ui(, isso tam!ém se mostrará claramente quadro completo do que ocorreu e porquê.  ima$em
Bnormalmente resultando na perda de Donra e de tam!ém reflete a realidade vis%velF? se al$uém está
credi!ilidadeC. usando um disfarce, é isso que o usuário do fetiche vê, e
"itual M4stico não a pessoa por !ai)o da máscara. s ima$ens de um
Espelho da Dist"ria não são provas concretas para
"itual da Lua ,negrecida assem!léias ou rituais de puni5ão, mas elas podem levar o
hilodo) na dire5ão correta.

86 Livro dos Augúrios


Capítulo Três: Lei e Ordem 87
“Você está, de fato, jogando pedras dentro de um poço.
Sempre que você ouve um eco vindo de seu Subconsciente, você
conhece a si mesmo um pouco mais. Um pequeno eco pode
iniciar uma idéia. Um grande eco pode resutar em uma
hist!ria."
— Ray Bradbury, “How to Keep and Feed a Muse”

#go sobre essa seita — ees te tratam bem. # quer comigo+


segurança dees também n$o é nada ma para um 777
grupo de pacifistas. %es sabiam que eu estava %e caminha para dentro da careira e dirige8se
chegando antes de estar & ' qui(metros das divisas do para a mesa de piquenique, e meu coraç$o começa a
)aern, e assim que eu atravessei, observei um grande apertar. #gora é minha chance. Se metade dos
e muscuoso *uardi$o me encarando, mas sorrindo. rumores que eu ouvi sobre ee for verdade, ee esteve ao
“Você vai faar até o amanhecer+", ees sempre me redor de todo o mundo e votou, e ee provavemente viu
perguntavam isso. Sim, creio que tave eu vá. coisas que eu s! posso imaginar. #gora, n$o irei
# maior parte da seita é composta por -ihos de fraquejar, pois esse é Samir o )haca, peo amor de
*aia, apesar de achar que a estre de /itua é *aia9
U0tena, a jugar pea sua cooraç$ o e suas vestes. 1sso %spanei o p! sobre meus ombros e e6porei. %ssas
é bom, porque depois do papo furado po2tico, e outras seitas hippies espantam o inferno para onge de mim —
dores de cabeça que eu encarei na 3tima seita que nunca e6iste um ugar para se refrescar, & menos que
visitei, sem mencionar o fato de ter percorrido uma você goste de caminhar uma hora até encontrar um
onga dist4ncia na 5erra Sagrada, que certamente é banheiro no parque, que também n$o s$o muito
quente demais para ser confortáve nos dias de hoje, é impos. %stou desgastado peo passeio e o jipe foi
bom estar em um territ!rio amigáve. embora, mas ee parece bem mais despenteado do que
%nt$o quando o Senhor das Sombras sentou no eu, e isso é bom.
outro ado da mesa de piquenique, meu est(mago %sse cara tem agumas hist!rias que posso usar,
apertou um pouco. %e é obviamente um Senhor — tenho certea. % oras, tave eu possa contar8he
)abeos negros, sorriso escondido, um eg2timo e6empo agumas coisas também+ Sentei do outro ado e o
da ancestraidade da “nobrea" da tribo. as o que ee observei meticuosamente. %e reamente parecia

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 89


destru2do, mas eu entendo que ee esteve mar afora e acom sorriu e rangeu seus dentes." =a
acabou de chegar em sua terra. %e está bebendo um verdade, os anciEes pediram8me para atuar como
grande copo daquea porcaria condimentada que os enestre esta noite, em reconhecimento aos meus
-ihos daqui gostam de servir aos seus convidados :eu serviços para com essa seita."
trou6e minha pr!pri a água e6atament e por isso;. %e é “Cue serviços seriam esses+"
bem mais jovem do que eu acreditava, porém, eu “Suponho que irás descobrir essa noite." A Senhor
também sou muito jovem para cuidar de tudo que das Somb ras girou em seu caca nhar e foi embor a.
tenho. <ergunto8me como eu deveria me apresentar. Samir utou contra o desejo de agredi8o — o que n$o
=$o estamos em uma assembéia, e nenhum de n!s cairia bem — mas o chamou depois.
está reamente na posiç$o superior, já que ambos “Dem, em agumas seitas a honra vai para o
somos visitantes. )reio que ee seja superior & mim, mehor contador de hist!rias, ao invés de ir para o mais
porém eu ouvi confitantes reatos sobre isso. rico."
-inamente, eu decidi subestimar toda aquea coisa de Um casa de jovens *arou que treinava perto dai
*arou e faar com ee como uma pessoa. %e deve ser quase derrubou suas armas. # foresta intensa ao
capa de aceitar isso. redor dees parecia ecoar um siêncio sepucra.
%u estendi a m$o. “>e?, como você está+ Sou acom parou como se tivesse sido fuminado, e todo
acom." seu corpo ficou tenso. %e, de aguma forma, n$o virou
777 para encarar Samir. “Fescupe+"
Samir pegou a m$o do homem mais jovem e Samir simpesmente forçou um sorriso. “Você me
apertou cuidadosamente. "acom o quê+" ouviu."
acom piscou, “Ummm... acom @eathers+" acom virou8se. “Você quer faar sobre o que
Samir n$o piscou e nem sotou a m$o. “acom significa ser um contador de hist!rias9 1sso me agrada.
Sorriso8da8=oite, se é isso que você quer saber." Vamos achar a estre de Fesafio. %u queria que ea
Samir sotou e pegou outra bebida. “1sso é um ouvisse isso. %u n$o quero que você GesqueçaB o que
começo. % o resto+" disse depois." %e bradou com Samir dentro da foresta.
“)risto, n$o somos formais." acom evantou8se “=$o é seu apeido Gacom o entirosoB+"
imediatamente e ohou Samir nos ohos. “acom Samir perguntou enquanto o seguia.
Sorriso8da8=oite, um *aiard dos Senhores das Lobisomens nascidos sob a lua minguante possuem
Sombras e #dren. % você+" uma complexa e fre!entemente subestimada posi"#o
A outro obisomem parou, ent$o deu um sorriso dentro da sociedade $arou% &im, eles s#o contadores de
forçado dentro do copo. “=$o é da sua conta." 'ist(ria, mas para uma cultura baseada extremamente na
acom ergueu uma sobranceha. %e pareceu tradi"#o oral, o cargo ) absolutamente *ital% + $alliard
confuso, como se estivesse esperando ago de*e n#o apenas contar as 'ist(rias, mas tamb)m
competamente diferente dessa conversa. -inamente aprend-las e lembr.-las perfeitamente% /sso exige
ee sentou8se e pegou uma garrafa dBágua de sua bosa. aprender muitas outras li"0es ensinadas aos outros
“Você é Samir o )haca, certo+" 1ug2rios — para um $alliard descre*er uma cena de
Samir tentou n$o sorrir, mas n$o deu certo, batal'a memor.*el, ele de*e saber como lutar% 3ara um
“1sso." 4an"arino da Lua simular os estran'os conflitos de
“A *aiard Cue -aa até o #manhecer+" linguagem de um esp5rito, a6uda se ele souber como os
“Sim." esp5ritos falam% 7 sem di8er ue para condu8ir
acom meneou a cabeça positivamente. "#h, corretamente a trag)dia de um romance entre dois
certo." %es continuaram sentados por muitos minutos, $arou, o $alliard precisa con'ecer a Litania%
em siêncio. acom roubando ohares de Samir de 3ara um 6ogador de Lobisomem, a fun"#o de um
tempo em tempo. -inamente, o <eregrino Siencioso $alliard pode ser encarada facilmente sem ter ue cair
ergueu8se e se esticou. em um aru)tipo de “Bardo Feli8” 9n#o ue 'a6a algum
“Dom, você reamente sabe como animar uma problema com isso, claro:% ;oda*ia, a lua minguante
festa, mas estou indo procurar aguma comida." %e produ8 $arou de infinita profundidade e possibilidade, e
acenou com a cabeça para aco m, e se mandou em nesse cap5tulo, iremos l'e mostrar at) onde *#o tais
direç$o ao abergue. possibilidades%
acom evantou8se e seguiu,
comportamento, normamente arrogante, coaguava
seu
Sob a Lua Minguante
um pouco. “%spere s! um madito minuto. Você # estre de Fesafios sentou serenamente sob
simpesmente n$o disse nada. %u peo menos me uma árvore e deu um pequeno goe em sua bebida. A
apresentei." so estava se pondo, mas o dia continuava quente, e
Samir virou8se. “Sim, reamente. #gora sei seu ambos os *aiards se encararam, tentando mascarar a
nome. % se você for até a assembéia esta noite irá rivaidade como uma competiç$o amistosa. Huc?
ouvir aguma coisa." <ergunta8Fuas8Vees, a mediadora, evantou8se e se

90 Livro dos Augúrios


espreguiçou. “)erto, ent$o qua é o probema aqui+ ordem e tradi"#o, mas dese6amos a pure8a da ca"ada e da
Vocês dois pensam que s$o o *aiard perfeito+" morte% Resumindo, n(s )ramos um tipo de fenda%
“Dem, de forma aguma —" começou Samir. “<(s ca"amos e ui*amos sob a lua minguante
“— perfeitos," acom terminou. %es trocaram porue entendemos a aspira"#o pela integridade, mas
um ohar, e o Senhor das Sombras continuou. “%u s! sabemos ue n#o podemos ter tudo% <(s conclu5mos, aos
pensei que dada minhas e6periências especiamente poucos, ue pod5amos contar 'ist(rias e cantar can"0es
3nicas, creio que eu tenha uma gota mehor sobre o sobre perfei"#o e reali8a"#o, mesmo se n#o pud)ssemos
que n!s *aiard dever2amos faer nesse mundo." ter isso% 7 de certa maneira, n(s encontramos o ue
“Sim, porque minhas e6periências no campo est.*amos procurando e o fa8endo, ao contar 'ist(rias de
correram de um ado para o outro, até o fim". grandes feitos, n(s consegu5amos ensinar li"0es e inspirar
Huc? evantou uma sobranceha. “5udo bem, paix0es% 7 em algum lugar disso tudo, Luna nos aben"oou
rapaes. #gora fiquei interessada. Vamos tentar com um tipo de cole"#o de 4ons%
manter isso civiiado, porque está muito quente para “3ense nisso% $alliards possuem 'abilidades muito
tentar separar vocês dois se isso for resovido com as di*ersas% 3odemos ol'ar atra*)s da mente de outras
garras. acom, o que você quis dier com o que os pessoas e con*ocar ilus0es, mas tamb)m tril'ar os
*aiards devem faer nesse mundo+" camin'os da lua e con*ersar com animais% 1c'o ue )
acom meneou a cabeça. “Dem, n!s porue Luna entende ue n(s precisamos desse tipo de
Fançarinos da Hua sempre tivemos uma limite% ;emos um trabal'o muito exigente%”
responsabiidade com a =aç$o *arou. %u n$o quero “1lguns 6o*ens $arou aproximaram-se e agora
subestimar os outros aug3rios, mas para ser honesto, acenaram com a cabe"a concordando uando Malcolm
&s vees penso que nosso cargo é o mais importante." terminou% &amir, no entanto, girou o ol'ar em dire"#o >
“%m que aspecto+ )omo+" Samir dirigiu & Huc? Lucy, como ue pedindo permiss#o para falar% 7la acenou
um estranho ohar, ent$o embrou da acunha da positi*amente%
*arou. “/sso foi muito bom, Malcolm, mas *oc realmente
acom dá outro sorriso forçado. “Cue se dane, n#o disse o ue os $alliards faem% &im, n(s contamos
vamos faer isso direito." %e retirou sua camisa e 'ist(rias% &im, n(s inspiramos os po*os% Mas tem um
dobrou sob ee na forma de um travesseiro. “Fei6e8me
monte de coisas al)m disso%”
contar8he uma hist!ria."
As òltimas Can›es
Origens “%u n$o vou debater sua hist!ria — n$o é como se
H. algum tempo atr.s, antes dos $arou fosse ago maior que uma fábua, peo menos para
fragmentarem-se em tribos, todos n(s t5n'amos o mesmo prop!sitos práticos." acom arrepiou8se enfurecido,
prop(sito sob $aia% 4ispostos simplesmente, )ramos mas Samir continuou. “as pense por um minuto
todos guerreiros% 3or)m, n(s n#o )ramos o mesmo tipo de sobre como é ser um *aiard agora. A mundo está
guerreiros ue os 1'roun — ob*iamente, n#o )ramos acabando, a @?rm está abrindo sua mand2bua para
todos destinados a sermos l5deres% <(s )ramos engoir *aia. =!s temos os humanos destrui ndo tudo o
simplesmente necess.rios para ca"ar e matar tudo ue que podem tocar, incuindo uns aos outros. %es est$o
colocasse nossa M#e em risco% mandando uns aos outros pros ares, baseando8se na
“Mas durante o tra6eto isso ficou problem.tico% 7u estupide. % aqui está a =aç$o *arou com vários
imagino ue isso se deu porue n#o )ramos diferentes o poegares apoiando isso —"
bastante, e porue pod5amos pensar como 'umanos assim “#cho que estamos divagando um pouco, Samir,"
como pensar como lobos, ficamos entediados% 7nt#o Huc? disse serenamente.
alguns de n(s come"aram a temperar um pouco mais as Samir baançou a cabeça negativamente. “)erto,
coisas% 1uelas pessoas ueriam andar sorrateiras por a5, descupe. A que quero dier é, se tem ago com o qua
praticar boas a"0es, e agirem como espi0es% 7les eram nosso aug3rio sofre, é com o fato de que nossa funç$o é
espertos e perspica8es, e eles fa8iam isso sob a lua no*a% maditamente vaga. /eamente, n!s temos um monte
4a mesma forma, certas coisas eram *is5*eis sob a lua de chapéus diferent es para vestir, dependen do de onde
crescente e n#o ue
+s lobisomens podiam ser *istas sob
as obser*aram nen'uma ue
conclu5ram outratais
lu8% estamos. atiha, seita , tribo, =aç$o *arou como um
todo e por a2 vai."
seres poderiam nos ensinar muito, e ent#o eles
come"aram a ca"ar sob a lua crescente para entender O Galliard na Seita
mel'or esses esp5ritos% 7 assim por diante% “?om isso em mente eu creio ue a seita ) um bom
“1ueles de n(s ue decidiram ca"ar sob a lua lugar para come"ar% + ue os $alliard ensinaram uando
minguante, bem, n(s somos um tanto dif5cil de explicar% eles foram tra8idos para nossa sociedade@ ?laro, isso
1 lua minguante ) uase, mas n#o totalmente, completa% depende da seita em uest#o, mas *amos pensar sobre o
= o meio-termo entre o euil5brio e aten"#o ue ue eles *em%
caracteri8am a lua dos 3'ilodox e a paix#o e f2ria da lua “$alliards podem preenc'er ualuer posi"#o na
dos 1'roun% <(s entendemos a necessidade de lei, seita, por)m *oc ir. nos encontrar mais fre!entemente

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 91


em algumas fun"0es do seus ombros e
ue em outras% continuou indiferente%
&entinelas, por “<#o ) apenas contar
exemplo, geralmente 'ist(rias% Eoc sabe
s#o 1'roun, n#o disso% = garantir ue o
$alliards% 1s duas ou*inte est.
posi"0es ue aprendendo a li"#o
costumamos assumir correta, ue *ai al)m
s#o de Mestre do Ai*o da 'ist(ria% 7 isso )
e Menestrel% metade do trabal'o de
Lucy deu uma um Menestrel% Eou te
espiada nos dois e n#o dar um bom exemplo%
disse nada, mas “7u esta*a
certamente sentiu a *isitando um caern
tens#o no ar% muito especial no
“. o Mestre do $rande <orte Branco
Ai*o ) f.cil,” n#o muito tempo
continuou &amir, atr.s% ;i*e o pra8er de
tentando simular ue ou*ir a 'ist(ria
n#o sentiu a s2bita contada por um
press#o no ar% Menestrel dos $arras
“$allliards aprendem Eermel'as, embora
4ons associados > c'amar isso de
ui*os e comunica"#o, “'ist(ria” )
e n(s aprendemos des*alori8ar realmente
como transformar suas 'abilidades% 3arte
esses ui*os em can"#o% ui*o, parte m5mica —”
7 assim, ) claro, “&im, eu 6. *i um
estamos nos lupino contar
preparando para ser 'ist(rias, Malcolm%”
aueles ue iniciam
assembl)ias% 7u 6. as 7ntre e perder
argumentar n#o
encontrei Mestres do sua *e8 de falar,
Ai*o de outros Malcolm balan"ou sua
aug2rios, mas n#o m#o para &amir e
muitos% /sso fa8 sentido continuou% “4e
— n(s somos os ualuer forma, o
lobisomens ue podem assunto era sobre um
in*ocar os $arou de dos princ5pios da
todas as partes da Litania%
seita, e os ue podem 7specificamente, era
realmente inspir.-los sobre um lobisomem
com o esp5rito da ue caiu por comer
assembl)ia%” carne 'umana%”
“1gora um Malcolm parecia
Menestrel ) uma outra saborear o ol'ar na
'ist(ria% ?laro, n(s face de Lucy% “7u sei,
contamos bem as grande *iola"#o
'ist(rias —” para n(s% &e ualuer
“&er um $alliard um de n(s trs
) bem mais do ue cont.ssemos essa
Ccontar 'ist(riasD, 'ist(ria, n#o 'a*eria
cara%” &amir le*antou debate ue apoiaria
os ol'os para nossas opini0es%
Malcolm, irritado com 3or)m, da forma ue
a interrup"#o% ele contou isso, *oc
Malcolm espanou um realmente sentiria
pouco da poeira sobre fome mais tarde% /sso

92 Livro dos Augúrios


foi incr5*el% 1 forma ue ele contou a 'ist(ria — sua bastante para ser not.*el, mas n#o acredito ue isso se6a
linguagem corporal e os odores ue ele expeliu — um tipo de tendncia%”
simplesmente atuou como escol'as de pala*ras e inflex#o Malcolm deu com os ombros% “?omo eu disse, eu
para um contador de 'ist(ria *erbal como *oc e eu% + esti*e *isitando di*ersos tipos espec5ficos de seitas nos
prop(sito integral de contar 'ist(rias ) extrair uma 2ltimos anos recentes, ent#o eu *ou admitir ue n#o
resposta do ou*inte, e um bom $alliard, n#o interessa o posso confirmar isso perfeitamente% Mas realmente,
m)todo ue ele — ou ela — use, pode obter a resposta sempre ue eu for suplicar uma posi"#o na seita, seria
ue ele uer%” como 3orteiro% 3or)m existe mais nesse trabal'o do ue
&amir c'acoal'ou desapro*ando% “3apo-Furado%” parece% Eoc tem ue lidar com *amos *er,” ele
Lucy ol'ou de relance para ele, mas n#o o impediu de cutucou a pele ao redor de seus dedos% “+ totem do
falar% “Gue besteira, Malcolm% 1 inten"#o de contar caern, os lunas nas pontes da lua, *isitar $arous,
'ist(rias ) passar adiante uma li"#o, um pouco de abandonar $arous, e *oc tem ue escol'er mensageiros%
not5cias, ue se6a% 1penas extrair uma resposta — merda, /sso refere-se > parte de lideran"a orientada de nossos
isso ) o ue os filmes americanos fa8em% 7les sacodem aug2rios, porue 3orteiros de certa forma tm ue cuidar
cada m2sculo card5aco ue *oc tem% /sso n#o ) contar dos outros% 7les tm ue ser os primeiros > cumprimentar
'ist(rias, ) manipular% Am $alliard tem um de*er no*os con*idados um monte de *e8es, e isso d. > eles o
sagrado com a <a"#o $arou, e essa responsabilidade ) fornecimento, em primeira-m#o, de not5cias e boas
manter a sabedoria e as tradi"0es vivas apresentando-as fofocas%” 7le d. com os ombros% “7u n#o sei, fa8 sentido
em um formato ue at) mesmo 6o*ens aprendi8es possam para mim%” 7le deu um gole em sua garrafa dD.gua, e
entender% 7 isso significa ue n#o interessa como *oc &amir apro*eitou a oportunidade para falar no*amente%
enfeita uma 'ist(ria, tem de 'a*er 'onestidade nisso, “?laro, $alliards crescem ao exercer alguns dos
sen#o isso seria apenas um 6eito de deixar as pessoas *.rios rituais importantes para a seita% <aturalmente,
animadas%” ualuer um pode aprender ualuer ritual dado, mas
Malcolm bufou de maneira irris(ria% “&im, e o ue ) alguns rituais caem naturalmente sob nosso ramo%
o trabal'o dos Menestr)is, ent#o@ <a 2ltima assembl)ia 3ro*a*elmente o mais importante ) —”
onde esti*e presente, o Menestrel foi para o palco antes “1 ?erimnia pelos Falecidos%” Malcolm rebaixa
do Festim% = nosso — desculpe, meu — trabal'o seus ol'os conforme ele di8 isso% &amir n#o percebe%
preparar a reuni#o para o ue *em depois, e isso significa “<#o, na *erdade, eu iria falar do Ritual de
arranc.-los de ualuer depress#o ue o Guebra do +sso ?onuista% <#o me le*e > mal — a ?erimnia pelos
possa coloc.-los% Eamos encarar isso, essa di*is#o da Falecidos certamente ) importante% Mas me parece ue a
assembl)ia
dia% geralmente n#o
Mas relacionamos isso )aoa totem
mais animada,
do caern'o6e em
colocar responsabilidade
suprida pelos mortos
por um ;'eurge, poderia
enuanto ser de
o de*er facilmente
a6udar
tudo o ue temos no Festim % 7 isso significa ue o 6o*ens $arous com seus camin'os ) mel'or feito por
Menestrel precisa conuistar pessoas na assembl)ia% &e algu)m ue possa fa8-los sentirem-se orgul'osos de seus
isso en*ol*e uma peuena puxadin'a nas cordas do feitos e a6ud.-los > lembrar uais li"0es eles aprenderam%”
cora"#o, t dentro%” Lucy indicou com a cabe"a, e ol'ou para Malcolm
“7nt#o o ue *oc est. di8endo, ue a fun"#o de um procurando alguma contesta"#o% 7le tin'a uma pronta%
$alliard dentro de uma seita ) a de um publicit.rio “Eoc poderia facilmente di8er o contr.rio, por)m%
pessoal@” 3or ue n#o ter um compan'eiro da matil'a do rapa8
“?laro% <a mesma medida, ou mais, 6. ue esse executando o Ritual de ?onuista, ou pelo menos um
cargo ) ser professor e cronista%” compan'eiro de tribo@ Am 3'ilodox, por exemplo, pode
Lucy limpou sua garganta% “Mais alguma coisa@” representar o dono dos feitos mais fielmente do ue um
1mbos os $alliards pensaram por um momento, e ent#o $alliard% Mas eu entendo o ue uer di8er% 1 coisa sobre
Malcolm falou% a ?erimnia pelos Falecidos, por)m como colocar
“&im, eu ten'o mais uma coisa% ;al*e8 isso se6a isso%” Malcolm cerrou seus l.bios e desli8ou sua m#o
apenas nas seitas ue fre!entei ultimamente, mas parece sobre uma faixa de couro ao redor de seu pun'o
ue o Eigia do 3ort#o tende a ser um $alliard, n#o )@” esuerdo%
&amir positi*a com o semblante% “7u esti*e pensando o “?erto, *amos tentar isso% Funerais entre os
porue disso% 7 fa8 sentido para o &entinela e o /nimigo 'umanos n#o s#o realmente para os falecidos% 7les s#o
da Iyrm serem 1'roun, mas por ue os 3orteiros n#o para a6udar os *i*os > idarem com o fato da morte, e
s#o 3'ilodox ou ;'eurge, de*ido >s suas fun"0es, ao ent#o tem um monte de con*ersas sobre encomendar a
in*)s de $alliard@ Meu palpite ) ue n(s simplesmente alma da pessoa para 4eus, bla bla bla% Honestamente,
fomos parar nesse cargo porue ) o mais social das creio ue ) por isso ue funerais 'umanos tem perdido
maiores posi"0es da seita%” muitos de seus aspectos celebrati*os% 1', *oc *ai *er
&amir laminou os ol'os% “7u ac'o ue isso ) isso >s *e8es — esti*e em *el(rios irlandeses — mas cada
coincidncia% $alliards de posto mais alto aprenderam os funeral 'umano em ue esti*e d. para sentir como se
segredos das pontes da lua% ?reio ue isso acontece algo fosse perdido, algo ue todo mundo uer di8er, mas
porue $alliards assumem o cargo muitas *e8es, o n#o podem simplesmente se meter% 7les de*iam saber

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 93


disso, supon'o, mas como pessoas cresceram distantes das 1 con*ersa parou por *.rios, e desconfort.*eis,
antigas tradi"0es, seus ritos funer.rios defin'aram em segundos% ?ada um dos ri*ais cru8aram ol'ares,
outro simples exemplo para a f) *a8ia deles, aparentemente esperando o outro para criticar com
simplesmente outro modo de arrumar uma desculpa para algum coment.rio sobre a *olta ao mundo% 4e maneira
suas mortes parecidas%” surpreendente, nen'um dos dois o fe8% &amir, no
“<ossos rituais tm algo da express#o “Eoltar para entanto, falou antes ue Malcolm pudesse continuar%
$aia”, mas geralmente ) celebrar a *ida do falecido eJou “Bom, em resposta > sua teoria de “*er tudo”, por
in*ocar castigos conforme necess.rio% = mais sobre o ue ent#o n(s *ia6amos pelo mundo@ &e *oc ou*iu todas
lobisomem ue acabou de morrer, e colocar tudo > limpo as 'ist(rias poss5*eis, por ue ir atr.s de no*as —
com ele para ue ele, em contrapartida, possa retornar especialmente nos caerns em ue *oc *isita@ Eoc pensa
para guiar seus descendentes% 7 supondo ue at) as tribos ue os $arras *#o l'e di8er algo ue 6. n#o ten'a
mais “primiti*as” ol'am para isso desse 6eito, creio ue ) ou*ido@”
dessa forma, e sempre foi assim% Eoc fala sobre ter Malcolm rosnou, e seus bra"os nus ondularam
certe8a ue as 'ist(rias possuem uma li"#o — o ue ) conforme seus m2sculos contorceram-se% Lucy colocou
mel'or para certificar-se ue as li"0es sobre*i*er#o do uma m#o em seu ombro, balan"ou sua cabe"a e respirou
ue assegurar ue o *ener.*el falecido tem algum lugar fundo% “;ouc')%”
para ir@” &amir sorriu con*encido, mas n#o espremeu o caso
“7, sim, tal*e8 um ;'eurge possa cuidar do lado das andan"as de Malcolm% “?reio ue ocorre
espiritual das coisas% Mas se 'ou*e sempre uma 'ora para exatamente o contr.rio do ue *oc sugeriu uando os
agir como um publicit.rio, uerido, ) durante uma $alliard en*el'ecem% 1c'o ue em cada uma das f.bulas
?erimnia%” Malcolm sorriu, mas o ol'ar atr.s de seus existe uma experincia real, uma ue pode simplesmente
ol'os era melanc(lico% 7le ob*iamente 6. executou uma mudar o curso das .guas de uma guerra% 7 >s *e8es o 6eito
ou duas ?erimnias pelos Falecidos% “7nuanto o de se aprender a *erdade ) procurando e ou*indo as
falecido n#o era corrompido e n#o trouxera *ergon'a 'ist(rias de primeira-m#o se poss5*el% 7 se isso significa
para sua seita e sua tribo, um bom $alliard pode sempre ue *oc de*e aprender 'ist(rias de um *el'o lobisomem
encontrar algo bom para di8er% 1 ?erimnia n#o ) um grisal'o ue n#o deixou sua seita, ou lar, em uma d)cada,
momento de brutal 'onestidade% = o momento de en*iar ent#o *oc ter. ue *ia6ar at) auela seita% 4e ualuer
algu)m para a grande *ida p(s-morte,” ele pausou e forma, *oc est. alimentando um entusiasmo para
ol'ou para &amir, “ou o grande descon'ecido, em alguns aprender 'ist(rias ue come"am antes da 3rimeira
casos, assegurando-os ue ees serviram > $aia% <en'um Mudan"a, supon'o%”
elogio 'umano
possuem a mesma6. garantia
c'egou perto disso,7porue
ue temos% elesgrande
isso ), em n#o Malcolm
sei sobre isso%meneou
E.rios a$alliard
cabe"a negati*amente%
ue encontrei “7u n#o
apenas
parte, o por u n#o somos simples Crep(rteresD ou iniciaram-se na arte de contar 'ist(rias ap(s entrar em
Ccontadores de 'ist(riasD — mesmo ue nossas supostas uma matil'a%”
tradi"0es orais se6am mais 'ist(ria ue mitologia%”
&amir soltou um silencioso “'mmp'” mas n#o O Galliard na Matilha
interrompeu% “Eoc nunca fe8 parte de uma matil'a, fe8 &amir@”
“1c'o ue ) importante mencionar, tamb)m,” + 3eregrino &ilencioso pensou em considerar a pergunta
continuou Malcolm, “ue ?liat' $alliards e $alliards de como uma ofensa, mas o tom de Malcolm n#o implica*a
posto mais alto possuem fun"0es diferentes%” &amir mal5cia ou 6ocosidade%
ergueu uma sobrancel'a, mas sua face n#o re*ela*a se ele “<#o, eu cogitei isso uma *e8, e tudo desabou de
concorda*a ou n#o% Malcolm continuou% “$alliards maneira explosi*a%”
anci0es come"aram a captar uma *erdade muito essencial Malcolm balan"ou a cabe"a% “7u esti*e em uma
sobre contar 'ist(rias, *erdades ue ningu)m ue matil'a por um tempo% 1lguns anos, na *erdade% Mas o
estudou folclore 6. soube — isso tudo 6. 'a*ia terminado ue você pensa ue de*eria ser a fun"#o de um $alliard
antes%” em uma matil'a@”
&amir berrou% “$rande $aia, ) o bastante para esse /sso era uma aposta, e todos os $arou presentes
*el'o pangar)% &em 'ist(rias srcinais@ = o ue *oc t. sabiam disso% Malcolm esta*a deixando &amir falar
me di8endo@” primeiro, medindo sua 'abilidade para ter *antagens
“<#o exatamente% 4igo apenas ue os caras de posto uando fosse sua *e8 de responder% &amir n#o se mostrou
ele*ado do nosso aug2rio 6. ou*iram todos os contos ner*oso, entretanto% “Bem, n(s falamos algo sobre
antigos de suas tribos, suas seitas, e pro*a*elmente da CrelatoresD mais cedo% Francamente, eu ac'o ue ) uma
maioria da <a"#o $arou% /sso l'e d. duas possibilidades, boa analogia% + $alliard ) um rep(rter in*estigati*o por
desde ue *oc n#o este6a mais com uma matil'a% Am nature8a, ou, de*eria ser pelo menos% 7les lembram aos
dos dois conuistar uma posi"#o na seita, e n(s 6. membros da matil'a os acontecimentos e isso significa
mencionamos ue ser o 3orteiro ) uma escol'a popular, ue enuanto os 1'roun acordam as matil'as de man'#
se6a l. ual for o moti*o, ou *ia6ar o mundo e saciar o para treinar e praticar t.ticas, o $alliard ) um
*a8io de seu repert(rio%” obser*ador, e procura ter certe8a ue eles est#o fa8endo o

94 Livro dos Augúrios


ue de*eria estar sendo feito% +s $alliard n#o s#o tamb)m ) uma esp)cie de animador de torcidas%”
fre!entemente alfas, mas n(s somos betas naturais%” Malcolm suspirou “R., r., $aia% Eoc est. certo, no
“+s 1'roun podem ser mais '.beis em fa8er os entanto% Ama boa parte do trabal'o de todos os
outros $arou da matil'a bei6arem o c'#o, mas os 4an"arinos da Lua ) ter certe8a ue sua matil'a n#o est.
$alliard tm outro tipo de autoridade% Ama *e8 ue ) o caindo em desespero% Eamos assumir todos n(s *emos
4an"arino da Lua uem conta as 'ist(rias dos feitos das merdas ue nos fa8 uerer desistir% Mas um $alliard tem
matil'as, se6a em uma assembl)ia ou para o Menestrel, uma grande *antagem — n(s podemos *er isso como
um $alliard de uma matil'a determina como a matil'a fatos de uma 'ist(ria%”
inteira ) *ista pela seita% /sso pode fa8er uma grande &amir *irou os ol'os% “+ra, isso foi profundo%”
diferen"a em termos de renome, ue pode incitar ou “1penas me ou"a, certo@ +s Meia Lua s#o o 2nico
impedir um lobisomem ue dese6a um desafio por um outro aug2rio com a nossa aprecia"#o por 'ist(rias, mas
posto mais alto, ou ue uer aprender um no*o 4om%” eles s( pegam os fatos apresentados, em sua maior parte%
&amir deu um ol'ar atra*essado a Malcolm antes de 7nt#o *amos pegar, por exemplo, uma matil'a ue *iu
continuar% “?laro, n#o ) correto pensar ue um $alliard um rio entul'ado uase morto para a polui"#o% + Reino
de*eria usar dessa *antagem para manipular ou coagir os est. ruim, a Ambra, pior ainda, e todas as mati l'as
membros de sua matil'a% 7sse tipo de coisa ) realmente se sentem como se esti*essem no inferno, por
definiti*amente desonrado, e eu ten'o ou*ido 'ist(rias ue o u eles podem realmente fa8er@”
de $alliards se submetendo > Eo8 do ?'acal por esse “+ 1'roun pode *er Malditos ue precisam ser
tipo de merda%” Malcolm deu um riso for"ado, mas n#o mortos% + 3'ilodox sabe bem ue a Litania ordena ue a
interrompeu% “1ssim como um 3'ilodox ) um bom matil'a purifiue o lugar% + ;'eurge pro*a*elmente est.
representante de uma tribo ou matil'a em tempos de pa8, uase aos prantos com o dano causado aos esp5ritos
estaremos mel'or com um $alliard em tempos de guerra% locais, e o Ragabas'%%% uem sabe@ Mas o $alliard * esse
<(s temos algumas C'abilidades com pessoasD, por mais rio lamacento e relembram uma 'ist(ria sobre algo
incmodo ue o termo possa soar, e n(s podemos us.-las similar ocorrido no passado — at) mesmo um passado
para resol*er um mal entendido, ou iniciar uma guerra muito recente — e de uma t.tica, o ue pode ser muito
completa%” 2til% +u, no m5nimo, ele pode contar uma 'ist(ria ue
“1ui est. um exemplo desse tipo de 'abilidade% 7u le*antar. os esp5ritos da matil'a de sua depress#o,
esta*a andando com uma matil'a na /rlanda por um fa8endo-os agir de no*o% + 1'roun e o 3'ilodox podem
tempo — basicamente, eu precisei de um fa*or da ?oru6a *ir a ser o estrategista e o 6ui8, respecti*amente, usando
uma *e8, e o acordo seria ue eu me uniria a essa matil'a as 'ist(rias dos $alliards como ponto de partida —”
por uma
era um ms ou dois%
cadela 4e ualuer
ordin.ria% modo,Roedora
7la era uma a $alliard deles
de +ssos “7spere,
idéias @” &amirent#o
agitoun(s
suasomos a porcaria
m#o no ar comodos caras das
se tentasse
e ela podia sair sem dar explica"0es e socar praticamente espal'ar fuma"a% “+', por 4eus, n#o% <(s podemos ser
ualuer um%” '.beis em contar algumas 'ist(rias ou le*antar alguns
“Bem, essa matil'a esta*a tendo problemas com esp5ritos, e isso ) magn5fico, mas cada situa"#o )
uma incmoda matil'a de 4an"arinos fugiti*a% 7nt#o, a diferente% 1prender 'ist(rias ) importante, mas n(s
$alliard procurou pela cidade por um tempo, estamos criando no*os contos todos os dias% Recai sobre
encontrando os 4an"arinos e se apresentando a eles% <#o n(s nos assegurar ue as lendas de aman'# se6am
me perguntem como ela fe8 isso sem ser despeda"ada% 7la contadas e recontadas, assim os $arou do mundo saber#o
era realmente sutil, mas basicamente ela deixou escapar ue alguns guerreiros de $aia est#o por a5, fa8endo seus
ue sua matil'a esta*a pr(xima de dan"ar a 7spiral% 7la de*eres% &e *oc continua contando 'ist(rias sobre um
este*e com eles por um tempo — rumores di8em ue ela passado distante, e os lobisomens 6o*ens perder#o
at) mesmo participou de um de seus rituais, mas isso n#o contato, assim como acontece com adolescentes
foi confirmado — e ent#o finalmente ela disse estar 'umanos uando perguntados se acreditam na B5blia ou
preparada para trair sua matil'a%” no ?or#o ou em algum outro ant igo — e totalmente
“?laro, ela le*ou os 4an"arinos para uma armadil'a% inacess5*el — texto%”
7 eles compraram a id)ia, tudo porue ela gastou tempo Malcolm se le*antou e mexeu suas m#os em sinal de
comunicando-se com os bastardos, aprendendo seus frustra"#o% “7nt#o n(s somos supostamente os idiotas do
nomes e suas personalidades — em resumo, ela gan'ou a milnio e de*5amos aprender coisas ue s( a ultima
confian"a deles”% 7le parou para dar um gole em sua gera"#o pode entender@ <#o mesmo% 7u penso ue n(s
bebida% “7la tin'a a essncia de $alliard do ciclo somos professores antes de int)rpretes%”
minguante% &e ela fosse do ciclo crescente, teria ela “/sso soma contra sua reputa"#o e as coisas ue tin'a
conseguido con*encer um dos 4an"arinos a se dito agora mesmo,” obser*ou Lucy%
arrepender@” “Min'a reputa"#o nada tem a *er com a min'a
“Hmm, certo”, resmungou Malcolm% apresenta"#o de lendas ou 'ist(rias de outros $arou,
“4e ualuer modo, al)m de obser*ar todos os fatos, muito obrigado,” disse Malcolm, um pouco mais direto
e guardar os feitos dos membros de sua matil'a, e do ue pol5tico% “7 eu n#o disse nada muito diferente ue
ocasionalmente ele*ar emo"0es ao .pice, um $alliard indicasse ue eu sou a fa*or de alterarmos o conte2do de

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 95


nossas 'eran"as para se adeuar >s aten"0es menos
competentes de 'o6e% 7m casos de expedi"#o pol5tica,
isso pode ser muito sensato ao tratar assunto um pouco
—”
“Besus, *oc est. ou*indo o ue di8, Malcolm@”
&amir tamb)m se le*a ntou em repulsa% “Eoc est.
di8endo ue n#o ) aceit.*el situar uma 'ist(ria em um
contexto mais moderno, para ue um ou*inte moderno
possa entender sem uma 'ora de explica"0es, mas )
aceit.*el mentir sobre o conte2do de uma 'ist(ria
correta para manipular o ou*inte@ Eoc de*eria trabal'ar
em Hollywood%”
1mbos $alliards ficaram uietos por um momento%
Lucy *iu ue eles se ol'a*am firmemente e ue ambos
mostra*am seus dentes% 7la se le*antou e empurrou os
dois, 6ogando-os em seus assentos% “/sto n#o ) esse tipo de
desafio, rapa8es% &e segurem antes ue eu declare um
empate%“
&amir e Malcolm resmungaram desculpas para Lucy
e tomaram seus assentos no*amente% Lucy continuou%
“?erto, eu ac'o ue 6. falamos muito sobre as fun"0es de
um $alliard na matil'a% Gual o pr(ximo@ 1 tribo@”
Os Galliards nas Tribos
“;(pico muito ardiloso,” come"ou &amir% “?ada
tribo tem uma cultura muito especial e especifica e as
'ist(rias s#o contadas de diferentes modos em cada uma
delas% = mel'or eu come"ar com as ue mel'or con'e"o,
como a min'a pr(pria tribo%”
“+s 3eregrinos &ilenciosos, claro, fre!entemente
trocam 'ist(rias e not5cias por abrigo e comida% +utras
tribos tamb)m tm os Ccontadores de 'ist(rias
peregrinosD, ocasionalmente, mas claro ue n(s somos
mel'ores nisso — pois temos mais pr.tica% = muito
comum ue as not5cias ue le*amos se6am ruins, e as
'ist(rias se6am mais de alerta do ue de di*ers#o, ue )
pro*a*elmente o moti*o pelo ual eu goste de contar
'ist(rias ue s#o *erdadeiras e acess5*eis% &e uma 'ist(ria
tem apenas o ob6eti*o da di*ers#o, o 3eregrino ir. cont.-
la como ou*iu% &e ela ) um alerta, ele sacrificar. a poesia
pela utilidade — >s *e8es”% &amir fe8 uma pausa “1gora,
as outras tribos%%%”
“<#o *ai mencionar o <a0iv SIatura, &amir@”
Malcolm deu a seu ri*al um insolente sorriso for"ado%
<otando o ol'ar uestionador de Lucy, ele disse,
“1bsolutamente lindo% 7ssa ) uma forma de narra"#o
atra*)s da dan"a% Eoc precisa ter uma aprecia"#o
leg5tima da arte para entender ualuer 'ist(ria contada
dessa maneira, mas *er os dan"arinos girando em torno
de si mesmos no ar 6. ) impressionante por si s(”% 7le
ol'ou &amir de relance, ue esta*a *isi*elmente
surpreso% “+', *oc est. c'ocado por eu saber alguma
porcaria@”
“<a *erdade, sim% 4e ualuer modo, isso ) a min'a
tribo% 7u passei um bom tempo em seitas urbanas, e,
portanto encontrei alguns $alliards das duas tribos
urbanas% Eocs podem pensar ue eles tm gostos
similares, mas a *erdade ) ue seus contadores de

96
'ist(rias n#o poderiam ser mais diferentes”% . este*e em uma assembl)ia dos 3resas de 3rata@ 1s
“+s 1ndaril'os do 1sfalto usam meios de 'ist(rias ue esses caras contam, meu 4eus% &e der
multim5dia mais ue ualuer outra tribo, ) claro% &eus ou*idos a eles, os 3resas s#o completamente inocentes, e
$alliards est#o mais pro*a*elmente para designers e s#o totalmente capa8es de sal*ar o mundo com um
animadores gr.ficos ue para con*encionais contadores peueno esfor"o, assim ue as estrelas se alin'arem% +s
de 'ist(rias, ou no m5nimo eles tm mais facilidade em $alliards dos 3resas de 3rata falam sobre as lendas 3resas
utili8ar mais tecnologia ue os demais contadores de de 3rata de um dia, ensinam sobre os 'er(is 3resas de
'ist(rias% 4o mesmo modo, eles tamb)m carregam um 3rata e os reis 3resas de 3rata, e alimentam o orgul'o dos
pouco do fardo de disseminar as informa"0es para a tribo, 3resas de 3rata%%%” 7le balan"ou a cabe"a “n#o '. d2*idas
o ue significa ue muitos $alliards dos 1ndaril'os do de ue eles s#o obtusos em suas 'ist(rias%” &amir
1sfalto s#o proficientes com euipamento de *igilncia resmungou desconforta*elmente e le*antou-se% “+ u@”
— microfones ocultos, grampos de telefones, micro “<ada% 7u 6. con'eci um $alliard 3resa de 3rata, e
cmeras e esse tipo de coisas% 1l)m disso, eles eu odeio di8er isso, mas ele ) exatamente como *oc
incorporam esp5ritos tecnol(gicos em suas apresenta"0es, descre*eu% Mas eu de*o di8er ue ele era um cara *el'o
e no final de tudo isso, sentimos ue estamos em algo — um 1nci#o,na *erdade — e 6. n#o esta*a muito bem
entre um semin.rio e uma assembl)ia ritual% /sto ) uando eu con*ersei com ele% 7le me contou algumas
assustador de *e8 em uando, mas ) muito belo e srcinal antigas lendas, e eles realmente possuem esse tipo de
tamb)m% sentimento de conto de fadas russo muito amargo, ainda
“+s Roedores de +ssos, por outro lado, utili8am o ue 'er(ico%”
abatido e o imundo uando contam 'ist(rias% 7les tm “Eoc descobrir. ue n#o muda muito de 3resa para
toda uma performance de rua s( deles% &eus $alliards 3resa% 1t) mesmo seus $alliards lupinos s#o dessa forma%
gostam de contar 'ist(rias em lix0es, e eles andam 7u ac'o ue eles os sobrecarregam% ;al*e8 se6a o mesmo
enuanto falam, puxam pessoas para a audincia para problema com os Fianna — ”
ilustrar pontos, e moldam suas 'ist(rias para a sua cidade “7spere a5, c'efe%” &amir le*antou a m#o% “+s
natal, mesmo ue ela ten'a ocorrido a mil'ares de ano $alliards dos Fianna s#o as medidas pelas uais todos n(s
atr.s%” &amir parou para saborear o ol'ar de de*er5amos ser 6ulgados% Eoc ac'a ue eu sou um
desapro*a"#o de Malcolm, “7u adoro isso% 3ara mim, isso merda@ . *iu os Fianna indo para a batal'a@ &eus
) exatamente como os contadores de 'ist(rias de*eriam $alliards lideram o camin'o com tambores de guerra,
ser% Lembram-se do ue eu disse mais cedo sobre como os flautas, ui*os de batal'a e ualuer outra coisa ue eles
modernos $alliards mudariam o mundo fa8endo no*as possam colocar suas m#os para assustar seus inimigos% 7
lendas@
&eus +s Roedores
$alliards est#o de
bem+ssos incorporaram
ligados, essa com
e n#o apenas id)ia% ao final
ardor de tudo,
e paix#o ueeles
fa8podem
*oc secontar
sentir acomo
'ist(ria com tanto
se esti*esse l.%
'umanos% Eocs se surpreenderiam com as coisas ue 7u peregrinei com uma Fianna $alliard por um tempo,
um c#o *agabundo pode *er%” ao sul daui, logo ap(s eu ter *oltado aos 7stados Anidos,
“7u n#o esti*e em muitos caerns urbanos e perguntei a ela o ue 'a*ia acontecido% 7la me contou
recentemente, portanto eu aceito suas pala*ras sobre sobre como ela 'a*ia *isto o caern cair, e *oc sabe,
essas duas tribos,” disse Malcolm% “Mas nas florestas, o depois ue ela acabou, n(s dirigimos duas 'oras at) a
foco est. no passado, nas mais tradicionais 'ist(rias e nos cidade para ca"ar *ampiros, pois eu esta*a el)trico
m)todos de narra"#o delas% Fa8 sentido N n#o '. esse demais para dormir% Eoc nunca ou*ir. um $alliard
tanto de ;E ou de filmes para eles tomarem como base%” Fianna di8er C*oc tin'a ue estar l.D%”
“3ortanto, *amos a exemplo mais extremo disso, os “Realmente, apesar dos Fianna fa8erem propaganda
$arras Eermel'as% Eocs pensam ue eles apenas ui*am de seus $alliards, eu ten'o ue di8er ue os ?rias de
realmente alto, certo@ &e esuecem ue eles tm mentes Fenris possuem um bom tino no aspecto psicol(gico de
como armadil'as de a"o, com o perd#o da express#o% 7les contar 'ist(rias, tamb)m% &e6a para assustar seus inimigos
lembram de tudo, apenas para ter certe8a ue pegaram ou colocar todo mundo disposto para a batal'a, os &Oalds
todos os detal'es da 'ist(ria% 1l)m disso, eles contam dos ?rias fa8em seu trabal'o% &uas 'ist(rias s#o
'ist(rias ue tm sido passadas a s)culos ou mais, interati*as, parecida com a dos Roedores de +ssos eles te
mantendo-as inalteradas, pois os $arras n#o a*aliam o tirar#o de seu assento e o usar#o como um boneco nas
tempo do mesmo modo ue n(s% <a *erdade, existe uma cenas de batal'a% &e *oc ti*er sorte, eles ficar#o em suas
seita de $arras na 3olnia —” formas Homin5deas enuanto fa8em isso% 1lgumas *e8es
“Malcolm, concentre-se%” Lucy esticou as costas% eles sofrem do mesmo problema ue os 3resas de 3rata —
“?erto, me desculpe% 4e ualuer modo, $alliards tudo tem ue ser sobre os ?rias e seus gloriosos guerreiros
$arras n#o apenas contam 'ist(rias, eles s#o e seus nobres auto-sacrif5cio — mas, a maioria de suas
encarregados de assegurar ue suas facetas se6am 'ist(rias s$o sobre guerra e seus padr0es para guerreiros
corretamente enfati8adas%” s#o bem altos%”
“/sso ) algo ue todos os $alliards de*eriam fa8er” “+ u, e os nossos n#o@” Malcom fran8iu suas
obser*ou &amir% sobrancel'as petulantemente% “+s &en'ores das &ombras
“&im, ), mas nem sempre isso acontece desse modo% nem sempre est#o se escondendo na noite, plane6ando o

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 97


assassinato dos 3resas de 3rata, sabe% <ossos $alliards “<#o, eu concordo com *oc% Mas pode ser culpa do
con'ecem muitos segre dos sombrios de todo mundo , e muito tempo ue passei com os $arras,” riu Malcom%
isso reuer ue n(s se6amos bons em par.bolas, “Bem, por outro lado, as tribos nati*as possuem tanto
implica"0es e, sim, mentiras% 7nsinar nossos lupinos paix#o uanto sangue em boas medidas%” 7le sorriu e
como contar uma 'ist(ria sem dar nomes ) um grande ol'ou al)m de &amir, para as marcas no antigo car*al'o,
desafio, mas uma *e8 ue nossos mel'ores 'ist(rias s#o glifos ue ele sabia ser de srcem AOtena% “= engra"ado,
mel'ores deixados como mentiras, ) necess.rio% Eoc de *erdade% ?om os AOtena, *oc ter. 'ist(rias de 'orror
uer saber sobre usar con'ecimentos e 'ist(rias para psicol(gico ou sobrenatural% Muitos de seus antigos
assustar o inimigo@ + mel'or tipo de 'ist(ria ) o tipo ue contos en*ol*em esp5ritos inuietos e como os
termina com um grande Cfoda-seD, ou no m5nimo um final aprisionar% +s rumores s#o de ue seus $alliards s#o
surpreendente% <(s usamos as 'ist(rias para deixar as ensinados a como passar informa"#o em alegorias e ainda
pessoas confort.*eis, fa8-las beber, fa8-las rir — e assim contar uma 'ist(ria interessante% 7u n#o sei se isso
ent#o, as apun'alamos%” &amir ol'ou para sua bebida de ) *erdade em todos os casos, mas eu percebi ue as
maneira estran'a% Malcom riu em *o8 alta% “1', d. um 'ist(rias dos AOtena ue 6. ou*i parecem ser um pouco
tempo% <(s reser*amos esse tratamento para nossos inofensi*as demais% ?omo se sempre existisse uma piada
inimigos, ou no m5nimo para nossos piores ri*ais%” ue eu n#o entendi% ?laro, a outra coisa sobre os AOtena
“/sso n#o me fa8 sentir mel'or%” ) ue eles ir#o absor*er ualuer conceito cultural, ent#o
Malcom sorriu% “<#o era a inten"#o%” 7le se *oc pode *er ualuer coisa para compartil'ar 'ist(rias
inclinou sobre a mesa e sorriu% “7i,” ele disse baixin'o, em uma assembl)ia dos AOtena, de pinturas na areia at)
“6. ou*iu um $alliard dos 4an"arinos da 7spiral <egra dan"as interpretati*as%”
contar uma 'ist(ria@” &amir ergueu sua cabe"a com 1gora, a outra ;ribo 3ura sobre*i*ente, os
cuidado% “7u 6.% Eoc uer falar sobre coisas assustadoras@ Iendigo, apesar de%%% uauP &uas 'ist(rias s#o sangrentas e
Foi como estar em uma cabana renascida no s)timo brutais, mas elas ainda ret)m um ambiente C<#o-
c5rculo do /nferno% ;odos esta*am gritando, babando e 4e*eria-&er-1ssimD m5stico% 7les colocam muita nfase
ui*ando, enuanto essa cadela maluca esta*a rolando na manuten"#o das antigas tradi"0es atra*)s de 'ist(rias,
pelo c'#o e gritando suas profecias e meias frases, e di8em ue nessas 'ist(rias est#o as c'a*es para derrotar
mudando de formas% Foi intenso% <#o era uma grande nossos piore s inimigos — &anguessugas, Malditos, at)
'ist(ria, mas foi intenso% 7u n#o fa"o id)ia de ual era o mesmo 4an"arinos% 7u n#o sei como eles saberiam isso,
assunto em uest#o da tal C'ist(riaD, mas cara, depois ue uma *e8 ue n(s, europeus, trouxemos muitos desses
tudo acabou, todos esta*am prontos para ir% Foi uando problemas conosco uando atra*essamos o oceano, mas,
eu parti para regi0es
Malcom notoumais amistosas%”no rosto dos dois
a aparncia Cas lu8es
Lucydosorriu%
norte n#o *iram
“1gora eunada
*ou de estran'oD,
ficar com essecerto@
poema
lobisomens e limpou sua garganta% “7nfim, falando de correndo solto na min'a cabe"a por toda a noite%”
'ist(rias incompreens5*eis, eu ti*e a sorte — eu ac'o — Malcom sorriu for"osamente para ela% “4esculpe% 4e
de obser*ar a performance de um 3ortador da Lu8 ualuer forma, os $alliards Iendigo possuem m)todos
/nterior $alliard uma *e8% . *iu um <o', um drama bem espec5ficos de contar 'ist(rias% $eralmente, ) algo
6apons@ = c'eio de aru)tipos, e muito dif5cil de se em grupo N os guerreiros mais cora6osos ou mais 'onrados
seguir se *oc n#o for 6apons e n#o ti*er estudado le*antam-se e assumem o papel dos *encedores da
teatro% 1s 'ist(rias dos 3ortadores da Lu8 s#o um pouco 'ist(ria, enuanto os membros da seita mais no*os ou
assim% +s personagens s#o recon'ecidos em algum n5*el, desafortunados fingem ue perdem%”
uase instinti*amente, mas a apresenta"#o ) bem formal% “=, eu 6. *i esse tipo de coisa% <a *erdade, os
7les n#o possuem a mesma uantidade de paix#o ue a AOtena fa8em isso tamb)m, e eu 6. *i os Fil'os fa8erem
maioria dos $arou tem, mas ainda assim eles s#o muito algo parecido% 4issemina"#o de tradi"0es%” &amir deu de
intensos, se ) ue isso fa8 algum sentido% &uas 'ist(rias ombros% “3ro*a*elmente ) algo bom% Guem n(s
n#o *#o te animar a sair c'utando traseiros, mas esuecemos@ +', certo, as F2rias <egras%” 7le bateu seus
certamente *#o te fa8er pensar%” dedos na mesa% “3or um lado, elas cantam lindo contos%
“+s $alliards Fil'os de $aia s#o assim tamb)m, eu ;ocam flautas, liras e por a5 *ai e cantam can"0es ue
ac'o,” murmurou &amir, ol'ando a seu redor para se s#o assustadoras% 1lgumas s#o di*ertidas, mas a maioria )
assegurar ue o Eigia do 3ort#o n#o esti*esse ou*indo% como*ente% Mas eu ou*i 'ist(rias do ue as F2rias
“<#o ) ue eles n#o se6am passionais, mas, maldi"#o, eles reamente fa8em uando contam 'ist(rias, a *erdadeira
parecem n#o entender ue n(s somos guerreiros e ue sel*ageria, coisas das Bacantes% Mul'eres loucas nas
sangue e entran'as est#o de acordo% <em tudo tem ue matas, ue in*ocam os c)us e tra8em esp5ritos para
ter um final feli8% <a *erdade, pro*a*elmente n#o ter.% ilustrar suas sagas% <unca *i, e n#o ou*i de uma fonte
7u ac'o ue seus 4an"arinos da Lua se alimentam das confi.*el, ent#o eu n#o sei% 7 nen'um 'omem em s#
desilus0es gerais da tribo sobre *encer a $uerra atra*)s conscincia 6. c'egou perto de uma seita das F2rias sem
da n#o-*iolncia% 7u admito ue ten'o preconceito ser con*idado, ent#o pro*a*elmente eu n#o *ou
uanto a isso — muito tempo no +riente M)dio, eu descobrir a *erdade%”
ac'o%” Malcom assentiu% “=, eu n#o ac'o ue eu poderia

98 Livro dos Augúrios


passar por uma fmea, mesmo ue eu possa me passar por onde as manadas *#o para se proteger, onde as partes
lupino algumas *e8es%” <en'um dos 'omens percebeu o perigosas da floresta est#o, ue tempo do ano o riac'o
sorriso de Lucy% flui, e por a5 *ai% ustamente igual >s matil'as de $arous,
eles n#o s#o usualmente alfas, mas s#o grandes betas —
Desenvolvimento do Galliard n#o grandes estrategistas ou tiranos, mas s#o bons em
+ &ol 6. tin'a come"ado a desaparecer por tr.s das manter os outros em lin'a, se isto fa8 algum sentido%
.r*ores, e de algum lugar > distncia, um ui*o foi ou*ido% Ama *e8 ue os 4an"arinos da Lua nascidos lobos
;odos os trs $arou agu"aram os ou*idos, tentando mudam, eles tendem a aprender muito rapidamente%
identificar o ui*o, ent#o eles balan"aram a cabe"a 7xiste alguma coisa sobre a inclina"#o natural de um
uando recon'eceram ue era um alfa c'amando por sua $alliard para mem(ria e contos ue tamb)m a6udam a
matil'a% “7sse de*e ser esse 7sfolador-de-Malditos% Am reconciliar o cora"#o $arou com a mente 'umana —”
6o*em 1'roun% 3arece bastante competente”% “Hu'@”
&amir gargal'ou% “<o entanto, ele precisa aprender “4esculpe% 7xplica"#o r.pida instinto animal e
a ui*ar%” an.lise 'umana normamente *#o um contra o outro%
“F.cil para *oc di8er isso,” retoruiu Malcom% Reconcili.-los ) dif5cil para ualuer um de n(s, mas
“3ro*a*elmente ele esta*a ocupado aprendendo a lutar% especialmente para os lupinos, na min'a opini#o% Mas os
7xiste um $alliard na matil'a de esse@” $alliards parecem ter mais facilidade com isso,
Lucy pensou por um minuto% “&im% Am 6o*em pro*a*elmente porue a no"#o das 'ist(rias e o
lupino c'amado &ob-os-3)s%” aprendi8ado do passado 6. ) natural para eles”%
“/sto ) uma boa imagem,” riu Malcom% “1posto ue “7 ent#o, n(s temos os impuros% +s Mulos tm uma
ele passou por algo engra"ado em seu Ritual de grande *antagem, eu presumo — eles s#o parte da
3assagem”% sociedade $arou desde o primeiro dia% Mesmo ue eles
Lucy bateu com uma m#o na mesa% “7ssa ) uma boa se6am tratados como merda ou n#o, eles ou*em essas
pergunta, espertin'os% + ue di8er sobre a 6u*entude de 'ist(rias por toda sua *ida, ent#o uando sua 3rimeira
um $alliard e seu Ritual de 3assagem@ Gue tipo de coisas Mudan"a *em e, eles tm ue participar, eles est#o dois
de*e acontecer para ue eles se tornem perfeitos passos na frente dos $alliards das outras ra"as”% 7le parou
$alliards, como *ocs mesmos@” Malcolm deu-l'e um para dar um gole de sua .gua, e depois le*antou um dedo%
sorriso polido, mas &amir ficou carrancudo% “1cabou de ocorrer em mim ue a maioria dos $alliards
impuros ue eu 6. *i incorporam um 'umor auto-
Galliards como Filhotes depreciati*o em suas 'ist(rias% <a maioria das *e8es isto
“7u n#o
responder essa sei uem= disse
uest#o% ser isso
claro ue CperfeitoD,
dependemas irei
da ra"a ) centrado ?on'eci
particulares% em ualuer
um $alliardde impuro
suas des*antagens
uma *e8 ue
para saber ue tipo de 6u*entude um $alliard te*e, era cego% 7le podia perc eber tudo a sua *olta — seus
mesmo depois da 3rimeira Mudan"a”% outros sentidos eram assustadoramente agu"ados — mas
“$alliards 'omin5deos s#o normalmente o tipo de ele esbarra*a nas pessoas ou colidia em .r*ores durante
pessoas ue lembram das coisas% ?ita"0es de filmes, letras 'ist(rias como se isso fosse ser engra"ado% ?oisas como
de m2sicas, o ue as pessoas disseram e por u% 7les essa”% 7le ol'ou para &amir% “Eoc entende o ue eu
tendem a ser confidentes — imediatamente at) ue a uero di8er@”
maldi"#o assuma seu lugar% Muitas *e8es, n(s nos &amir consentiu% “=, eu 6. *i isso, tamb)m% ?on'eci
sentimos aiviados uando descobrimos ue somos uma impura no 7gito de nome 7xalta"#o-de-$aia% 7la
lobisomens, apenas porue ) legal descobrir ue n#o ) era al)rgica a prata — uero di8er, realmente al)rgica%
por nossa culpa ue nossos amigos ten'am de repente 7la tremia se prata se aproximasse dela, seus ol'os
come"ado a nos e*itar% Ama *e8 ue um $alliard ueima*am, coisas desse tipo% 7la usa*a isso para fa8er
'omin5deo ten'a come"ado seu treinamento como um gra"a de ualuer dur#o ue *iesse a sua seita carregando
$arou, n(s tendemos a ca*ar muito profundamente nas uma Olai*e ou balas de prata — do tipo como, C+ ue s#o
mais ex(ticas lendas ue conseguimos ac'ar% 7u odeio *ocs, loucos@D 7la era a Eigia do 3ort#o, pense sobre
admitir isso, mas como Malcolm disse, *ir de uma cultura isso”%
moderna ue nos bombardeia com imagina"#o e “Am Eigia do 3ort#o impuro@” Malcolm balan"ou a
informa"#o a todo tempo, ) f.cil ficar esgotado% Mas sua cabe"a%
sabendo — ou acreditando, pelo meno s — ue essas Lucy e &amir ambos se espantaram com ele% “7 da5@”
'ist(rias realmente aconteceram torna tudo isso mais eles disseram em un5ssono%
excitante% Am $alliard 'omin5deo pode manter seu tio “<ada, eu ac'o% ;udo bem% 4e ualuer forma,
acordado pela noite inteira perguntando Ce depois o ue ent#o o ue ) t5pico de todos os 6o*ens $alliards@ Boa
aconteceu@” mem(ria@”
“$alliards lupino, por outro lado —” “?erto,” disse &amir% “Respeito pela 'ist(ria, e
“4e8 pontos para *oc, Malcolm,” suspirou Lucy% interesse pelas mesmas, ob*iamente”%
“4esculpe% $alliards sel*agens tamb)m possuem “Linguagem,” disse Lucy% +s outros dois lobisomens
grandes mem(rias antes da Mudan"a% 7les se lembram se *iraram para ela% “4esculpe, continuem”%

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 99


“<#o, *oc esta certa,” disse &amir% “1 maioria dos 'abilidade para me adaptar numa situa"#o corrente% +
lupinos e impuros $alliards parecem aprender as ue, uando *oc pensa sobre isso, ) importante para
linguagens 'umanas muito rapidamente, e eu raramente ualuer $arou, mas bastante importante para um
encontro um 'omin5deo ue fale apenas uma l5ngua% 4an"arino da Lua% <(s n#o podemos nos permitir perder
Guantas l5nguas *oc fala Malcolm@” nossas cabe"as n#o importa u#o ruim este6am >s coisas,
“Eoc primeiro”% porue n(s somos aueles ue os outros $arou ol'am
&amir pensou% “Guatro% /ngls, 7span'ol, Qrabe e para buscar apoio e inspira"#o”% 7le baixou seus ol'os%
$arou”% “7u ac'o ue fi8 tudo certo, porue eu passei no Ritual e
Malcolm fran8iu o cen'o% “$arou n#o conta, isso ) tudo mais, mas nesse dia eu uestionei a sabedoria do
instinti*o% ;odos n(s podemos fa8er isso”% meu mentor uanto ao desafio% + ue teria acontecido se
“<#o igualmente bem”% ele ti*esse c'amado algo reamente 'orr5*el, algo ue eu
“&im, certo, isso ) *erdade”% + &en'or das &ombras n#o pudesse ter dado conta@”
concordou% “7, n#o ) para gabar, mas os 4an"arinos da Lucy bateu no ombro de Malcolm% “7u ten'o certe8a
Lua pegam o 6eito mel'or% 3ro*a*elmente porue a de ue ele sabia o ue esta*a fa8endo”%
maior parte das boas 'ist(rias s#o contadas em $arou, Malcolm ol'ou para cima e endureceu seu rosto
ent#o n(s temos de aprender as nuances para cont.-las no*amente% “=, pro*a*elmente% Mas como &amir disse,
corretamente”% isso n#o ) t5pico de nossas inicia"0es% <ormalmente
Lucy pegou Malcolm pelo bra"o% “Guantas l5nguas, en*ol*e um teste de ast2cia, mem(ria e 'abilidade%
Malcolm@” 1lgumas *e8es diplomacia, algumas *e8es combate%
Malcolm rubori8ou% “4uas, fluentemente% /ngls e 4epende da tribo% Mas todos n(s temos de contar a
Francs% ?ontudo, eu posso me *irar em *.rias outras%” 'ist(ria mais tarde e fa8-la soar bem”% +s outros $arou
balan"aram a cabe"a em concordncia%
O itual de !assagem
&amir gargal'ou% “1c'o ue *oc n#o andou por a5 Ciclo "ital
o tanto ue ou*i falar%” “4epois do Rito de 3assagem,” disse &amir, “se *oc
Malcolm co"ou sua tmpora com o dedo m)dio% *ai ou n#o se unir a uma matil'a, o dese6o de lembrar e
“Bem, de ualuer forma, esses fil'otes com boas recontar pro*a*elmente ) nossa caracter5stica ue mais
mem(rias e per5cias em l5nguas e um faro para no*as nos define% 7 nossa tendncia a falar muito e sair pela
not5cias passam por muito treinamento% <(s n#o tangente%”
costumamos ensinar como se contar 'ist(rias, eu ac'o% “<a *erdade, *ocs n#o s#o t#o ruins assim,” disse
7sse tipo dedacoisa
4an"arino Lua )tem
dif5cil
seu de ensinar,
pr(prio e al)m
estilo% disso,
+ meu n#otodo
) Lucy%“Bem,
“7u apenas ten'oosue
n(s somos inter*irperfeitos,
$alliards algumas certo@
*e8es%”4e
parecido como era do meu tio% + ue n(s ensinamos ) a ualuer forma, > medida ue os $alliards crescem, n(s
importncia de fa8er isso, e as ra80es para essa come"amos a *er padr0es, compreender como as 'ist(rias
importncia *ariam”% se unem — cap5tulos, atos, cl5max, resolu"#o, ualuer
“7 n(s 6. as ou*imos,” inter*eio Lucy% “7 o ue falar coisa% Ei*er em uma sociedade $arou ) mel'or do ue
sobre o Ritual de 3assagem@” 1mbos os $aliards um pun'ado de degraus do teatro, escre*er um li*ro, ou
come"aram a falar de uma *e8, e Lucy ergueu suas m#os% ualuer outra coisa, porue contar 'ist(rias ) parte de
“I'oaP &amir@” nossa 'eran"a, e nossa 'eran"a ) algo *i*o, ue respira%”
“+brigado,” disse ele, sorrindo gentilmente% “<ossos “Eoc sabe, eu disse exatamente isso momentos
Rituais de 3assagem diferem por tribo, ) claro, mas na antes”, Malcolm o lembrou% “Lembra auela coisa de *er
maioria das *e8es, eles en*ol*em em contar ou recontar as coisas em termos de uma 'ist(ria@ Am $alliard pode
uma 'ist(ria% 1lgumas *e8es, n(s temos ue achar uma se perguntar Conde eu estou nos termos do in5cio e do
'ist(ria retirando-a de um esp5rito ou de outro $arou% final dessa uest#o@ &e eu estou contando esse conto em
7m outras circunstncias, n(s precisamos criar uma% /sto uma assembl)ia, o ue *em a seguir@D =, ) tipo uma
normalmente tem algo a *er com algo ensinado pelo maneira de pensar em um problema de tr.s pra frente,
mentor%” mas funciona muitas *e8es%” 7le limpou sua garganta e
“&im, normalmente,” resmungou Malcolm% “1 n#o bebeu um pouco de .gua% “+ problema est., claro, em
ser ue seu mentor se6a um puto malicioso ue nem o perder o contato com a realidade%”
meu era% Meu Ritual de 3assagem foi di*ertido% 7le me &amir consentiu *igorosamente% “7 isso ) toda a
mandou para as florestas e depois usou um 4om para *erdade% + maior problema com muitos $alliards, ) ue
c'amar uma criatura da Iyrm eu sabia exatamente o eles se esuecem completamente ue eles n#o est#o
ue o ui*o significa*a, ent#o l. esta*a eu, no meio da *i*endo em um filme% 7les pensam ue um plano bem
noite numa floresta, esperando pela dita criatura da constru5do *ai dar certo sem nen'um erro, ue seus
Iyrm pular em cima de mim”% inimigos se comportam de maneira clara, e ue seus
&amir criticou% “Gue diabos fora o moti*o para isso@” Ca6udantesD — como os 3arentes — de*em estar dispostos
“/sto tomou muito tempo para eu entender, mas eu a a6ud.-los, n#o importando com o u% 1 *ida real ) um
penso ue era um teste para min'a coragem e min'a pouco desanimadora para n(s, Lua Minguante, >s *e8es%

100 Livro dos Augúrios


7u 6. *i *.rios desafios de posto estruturados em lidar ?om certe8a *ocs tm o seu lugar nos mundos
com um probema rea, ao in*)s de uma 'ist(ria sobre espirituais%”
um antigo problema%” Galliards e #s$%ritos
“4esafios por posto para os $alliards podem ser
bastante originais, isso ) certo% 7les precisam disso,” “?laro ue temos,” disse &amir% “1lguns $alliards se
Malcolm deu um sorriso, “porue n(s ouvimos tudo sobre sentem mais confort.*eis do ue outros% = sempre uma
os antigos% 7ssa ) uma ra8#o pela ual ) considerado complica"#o para mim uando eu *ou para o 7gito,
aceit.*el para os $alliards desafiarem $arou de outros porue ) perigoso percorrer atal'os em *.rios lugares% 7u
aug2rios ) tipo uma garantia de ue n(s n#o iremos adoro estar nos mundos espirituais — al)m do fato de
apenas ficar no nosso 6ogo mental de 'ist(rias e ue eles ampliam sua 'abilidade de descre*er as coisas
descobriremos como solucionar um problema”% em todos os sentidos, *oc pode gan'ar algumas
Lucy interferiu% “7 o ue '. de errado nisso@ Gual o perspecti*as ao falar com os esp5ritos, ue *oc nunca
problema de usar o passado para resol*er os dilemas do conseguiria de outra forma% ?laro, reuer uma 'abilidade
presente@ 7u ac'a*a ue os $alliards ser*iam para isso em falar com ele,
“7sp5ritos o ue algumas
ancestrais *e8es ) um
normalmente problema%”
est#o dispostos a
tamb)m@”
+s dois 4an"arinos da Lua come"aram a falar falar”% Ama careta percorreu o rosto de &amir% Malcolm
simultaneamente% Malcolm se desculpou e gesticulou tampou sua boca com sua pr(pria m#o% “+', porra, me
para &amir% “Bem”, come"ou &amir, “n#o '. nade de desculpe% 7u me esueci completamente de ue *ocs
errado com isso% Mas lembra o ue eu disse sobre lidar —”
com o mundo real@ 1s 'ist(rias do passado passam pelo “;udo bem% <#o ser capa8 de falar com nossos
curso de s)culos, ou at) mesmo meses, e isso significa ue ancestrais apenas significa ue min'a tribo se lembra de
elas dificilmente n#o foram alteradas% 1s pontas soltas — suas 'ist(rias de outras maneiras% 7scrituras, dan"as como
todos aueles minuciosos detal'es ue aconteceram o 3Oi* &watura ue *oc mencionou, coisas assim% ?omo
durante a resolu"#o dos problemas foram esuecidos% /sso ) para vocês, falar com os esp5ritos ancestrais@”
geralmente beneficia os $alliards a encarar esses Malcolm pensou por um momento% “=%%% confuso
problemas% = por isso ue eu friso ue as 'ist(rias ue algumas *e8es% 7les possuem algumas considera"0es
conto s#o 'ist(rias, e n#o *erdades absolutas dos e*entos% muito diferentes das nossas% 7les n#o falam com anos de
Merda, a ra8#o pela ual eu posso falar at) o nascer do sol experincia ue *oc imagina ) mais como se eles
n#o ) ue eu tagarelo sem parar sobre min'a compras, ) esti*essem presos em suas pr(prias mentes e n#o ti*essem
ue eu sei 'ist(rias o suficiente para fa8er isso% Mas isso ) aprendido muito al)m do ue sabiam uando esta*am
*i*os% 1gora, alguns s#o mais l2cidos do ue outros, e
o resultado de pr.tica
espontaneidade pois nossos3ro*a*elmente
e muita—adapta"#o% desafios en*ol*em
era alguns mais 2teis, mas eu ac'o ue ) uma parte
atr.s disso ue seu mentor esta*a, Malcolm, apesar de importante do de*er de um $alliard lutar para preser*ar
ue eu ainda ac'o ue esse foi uma maneira assustadora a 'eran"a, para ser capa8 de interpretar o ue um
de se fa8er isso%” ancestral disse e suas *ontades% /sso significa aprender as
Malcolm balan"ou a cabe"a pensati*amente% “7u o 'ist(rias% 1c'o ue n#o podemos simplesmente deixar
desafiei pelo posto de Fostern, tamb)m, na *erdade% <#o essa parte de lado% Guanto mais *oc sabe sobre o
ten'o certe8a do por u, depois do meu Ritual de contexto, mais sentido fa8 os contos antigos%”
3assagem% 7u ac'o ue eu ueria pro*ar ue n#o era um
medroso, como ele pensou ue eu fosse%” 7le pausou e
Galliards e !arentes
ol'ou > sua *olta% 1 floresta escurecia e o ar fica*a mais “7 sobre nossa 'eran"a@ <ossos 3arentes 'umanos e
gelado% 7le *estiu sua camisa% “7le me en*iou a uma seita lobos@ Eocs ac'am ue isso ) parte de seu trabal'o@
de ?rias de Fenris e me mandou compor uma can"#o de Eocs se sentem respons.*eis por eles@”
gl(ria sobre isso% <unca mencionou ue ele tin'a uma “;odos somos respons.*eis por nossos 3arentes,
reputa"#o dentre os $arou de l. e ue eles o odiavam, e Lucy%” Malcolm se le*antou espregui"ando-se% “Mas sim,
ue sabiam de uem eu era protegido%” eu *e6o sua d2*ida% ?om nossos 3arentes 'umanos —
“=, o meu foi bastante similar, se n#o t#o com a 'umanidade em geral — n(s temos grandes
desagrad.*el”, disse &amir% “7u desafiei um 3'ilodox% 7le ang2stias% <(s n#o somos como os Ragabas', cu6a
me fe8 resol*er uma c'arada — uma porcaria bastante Maldi"#o aparece apenas le*emente% <(s estamos apenas
complexa — e me fe8 explicar meu racioc5nio% &e eu n#o um degrau abaixo dos 1'roun em termos de F2ria, e isso
pudesse citar uma 'ist(ria de pelo menos um s)culo de significa ue n(s somos limitados no ue podemos fa8er%
idade como min'a ra8#o por ter decidido pela tal Muitos de n(s ue escol'eram assumir profiss0es reais no
solu"#o, ele n#o aceitaria%” mundo 'umano tentam ser artistas de algum tipo% Ama
“7nt#o, tudo depende da 'eran"a, se6a lembrando do boa uantidade de excentricidade ) permitida para
passado ou *isando o futuro,” disse Lucy calmamente% +s atores, cantores e artistas, e atuar nos mant)m em
trs sentaram > sombra do crep2sculo e o obser*aram, contato com nossas audi ncias — n(s podemos nos
ou*indo os sons da seita se preparando para a assembl)ia% expressar sem interagir, ent#o n(s n#o assustamos as
7les n#o tin'am muito mais tempo% “7 sobre a Ambra@ pessoas%

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 101


“?om 3arentes, ue n#o tm medo de n(s, a uest#o
) diferente% +s $alliards tendem a serem mais propensos
aos relacionamentos monogmicos do ue os outros
Contando &ist'rias
aug2rios —” /nterpretar um $alliard apresenta desafios 2nicos
“<#o sei por onde *oc tem andando, amigo%” &amir aos 6ogadores e ao <arrador% 1lguns 6ogadores podem se
tamb)m esta*a de p), esticando suas pernas como um sentir intimidados pela tarefa de um $alliard de contar
corredor% “Muitos $alliards ue eu *i s#o *erdadeiros 'ist(rias ao grupo% +utros podem se sentir ner*osos com
prom5scuos% 7u me incluo% Mas, para ser 6usto, n#o ) a responsabilidade depositada sobre eles — se n#o
sobre sexo, e sim sobre paix#o% <(s nos espal'amos representarem bem a matil'a, a matil'a pode perder
porue gostamos de interagir demais para sermos Renome, mas se o $alliard mente, ele arrisca sua 'onra
monogmicos%” pessoal% 4o mesmo modo, uanto peso de*e um <arrador
Malcolm deu de ombros% “?erto% 7u ac'o ue alguns colocar na apresenta"#o de um 6ogador de uma 'ist(ria,
$alliards ficam com um 2nico parceiro 6ustamente por especialmente se as ?aracter5sticas de um personagem
causa dessa paix#o — eles encontram algu)m ue podem indicarem
6ogador umrepresentar@
pode desempen'o7sta
maisse"#o
impressionante do ue ao
procura responder
realmente amar, e isso ) algo grande para n(s% 7u
tamb)m de*o lembrar ue *oc ) um *ia6ante, ent#o estas e a outras perguntas%
*oc pode ter uma *is#o diferente desse tipo de coisa%” Gue o s'ow continueP
“7 o ue ) *oc )@”
“<#o um *ia6ante% <#o pela min'a nature8a% 7u
!ossibilidades
estou em uma miss#o bem espec5fica%” ;odos os aug2rios s#o multifacetados, e o $alliard
&amir ergueu a cabe"a% “;ipo o u@” n#o ) nen'uma exce"#o% 1pesar do estere(tipo mais
Lucy le*antou-se% “A', caras@ 4esafio@ $alliards@ con'ecido desse aug2rio ser o de “$uardi#o das
Lembram-se@ <(s precisamos acabar logo com isso a ;radi"0es” ou de “bardo”, '. muitas outras
assembl)ia *ai come"ar em um instante%” possibilidades%
Malcolm ol'ou para Lucy e depois para &amir% “7u Ama das primeiras decis0es ue um 6ogador de*e
n#o sei, eu n#o consigo encontrar uma fal'a de *erdade fa8er para dar *ida a seu personagem $alliard ) se esse
no ue ele disse% 7u n#o concordo com tudo, mas —” personagem nasceu sobre a Lua Minguante durante o
“=,” disse &amir, balan"ando a cabe"a% “7u ficaria ciclo crescente ou minguante% +s $alliards do ciclo
contente em di*idir o ser*i"o essa noite, se *oc for crescente inspiram seus compan'eiros de matil'a com
disciplinado% 7u digo, sei ue *oc disse ue pediram a promessas de recompensas e *it(rias, enuanto os
*oc
se for para
esse ser o Menestrel por ser*i"os prestados, ent#o,
caso%%%” $alliards do com
compan'eiros ciclo minguante
assustadores contosestimulam seus
sobre derrotas%
Malcolm deu uma grande risada% “+', eu esta*a 1l)m disso, $alliards do ?iclo Minguante s#o os mais
mentindo sobre isso% 7les pediram para mim, mas foi pro*.*eis a usarem seus dons 9e 4ons: para manipular
porue eu era um con*idado e c'eguei aui primeiro% <o seus compan'eiros $arou, aliciando as emo"0es
entanto, eu di*ido as 'ist(rias com *oc, se os anci0es necess.rias para c'egar ao fim necess.rio% +s $alliards
n#o se importarem%” tanto de um como de outro aspecto podem ser
Lucy consentiu% “7les n#o ir#o% 7u *ou resumir as completamente mauia*)licos se necess.rio — condu8ir
coisas% <(s, $alliards, de*emos nos unir%” 7la mudou uma saga at) um final bem sucedido pode reuerer
para sua forma Lupina e correu para as florestas enuanto m)todos ue causa sofrimentos 9ou at) a perda de
ui*os de /n*oca"#o come"aram a soar por toda a seita% Renome: em um curto pra8o%
&amir ol'ou para Malcolm% “Eoc sabia ue ela era 1lgo ue o 6ogador de um $alliard de*e considerar
—” desde o come"o ) o relacionamento do personagem com
“Ama $alliard@ <#o, eu ac'ei ue ela fosse uma Lua sua 'eran"a% +s 4an"arinos da Lua s#o os guardi0es da
<o*a%” Malcolm obser*ou o lobo desaparecer por entre 'ist(ria oral e da cultura de uma sociedade ue passa
as .r*ores% “Aau% /sso ue ) diplomacia”% 7le balan"ou toda a sua sabedoria oralmente% /sso significa ue n#o
sua cabe"a e ol'ou para a lua minguante ue aparecia no importa ual tribo ou ra"a, os $alliards n#o conseguem
c)u, e lentamente mudou para sua forma Lupina% &amir fugir das can"0es do passado% ?omo o $arou se sente
transformou-se tamb)m% sobre isso de*e ser um ponto definiti*o em sua
“$an'o de *oc na corrida,” disse &amir, esticando personalidade%
sua l5ngua% 1baixo est#o seis “aru)tipos” para os 4an"arinos da
“Eai ac'ando,” respondeu Malcolm% “Eamos, *amos Lua, com notas sobre como eles se alteram uando
antes ue ela assuma a posi"#o de Menestrel%” incorporados por um $alliard do ciclo crescente ou
+s dois 4an"arinos da Lua sa5ram correndo na minguante%
dire"#o das fogueiras da assembl)ia% Ha*iam 'ist(rias
para serem contadas essa noite, e muitos lobisomens O &istoriador
aguarda*am para escut.-las% 3ro*a*elmente uma das mais importantes e s(lidas

102 Livro dos Augúrios


oapresenta"0es
$uardi#o dast5picas do $alliard,
;radi"0es% 7le opode
'istoriador
focar )mais
tamb)m
no represent.-los
ciclo minguanteda*maneira
as lendasmais
comofielum
poss5*el% . um
meio para um do
fim,
aprendi8ado e na coleta de 'ist(rias do passado do ue o ue significa ue alterar um detal'e aui e ali n#o ir.
em cont.-las, ou pode sentir ue as 'ist(rias s#o t#o 2teis mac'ucar ningu)m%
uanto o contador as deixa 2teis% + 'istoriador pode ser
um tradicionalista, contando 'ist(rias na l5ngua dos O Mani$ulador
$arou exatamente como eram centenas de anos atr.s, ou +s $alliards s#o excelentes em supor e em guiar as
pode escol'er moderni8.-las, a6ustando-as para as emo"0es dos outros% 1o lidar com criaturas t#o passionais
cidades, relacionando-as com e*entos da 'ist(ria uanto lobisomens, ser capa8 de estimular os sentimentos
'umana para benef5cio dos $arou 'omin5deos 9ue de algu)m ) uma poderosa ferramenta% + manipulador )
comp0em a maioria da <a"#o de $arou, afinal de soberbo nesse tipo de “orienta"#o” e sua maior arma ) a
contas:% Am 1ndaril'o do 1sfalto ue cria *ers0es 'abilidade de ou*ir, ao in*)s de falar% 1o descobrir
animadas por computador de suas 'ist(rias fa*oritas segredos, tendncias e detal'es sobre outras pessoas, ele
personifica este aru)tipo t#o bem uanto o bardo descobre uais bot0es apertar para obter uma resposta e
Fianna tradicionalista ue conta suas 'ist(rias ao redor alimentar as emo"0es dos outros% 7le aprende a pintar
da fogueira% seus inimigos da cor certa, para ue seus aliados fa"am o
Am 'istoriador pode procurar lendas arriscando-se trabal'o para ele%
na Ambra, consultando $arou mais *el'os, *ia6ando o 7ntretanto, o manipulador n#o ) necessariamente
mundo na busca de con'ecimentos esuecidos, ou um ot.rio c'eio de planos% + mesmo aru)tipo aplica-se
a*enturando-se com uma matil'a e descobrir as lendas >ueles $alliards ue escol'em ser diplomatas e
de aman'#% 7le pode procurar por antigas profecias, por consel'eiros% 1 capacidade de ler emo"0es possibilita
um sinal ou detal'es negligenciados ue podem gan'ar a uma a6uda na comunica"#o aos $alliards, o ue significa
guerra contra a Iyrm% 7ntretanto, o 'istoriador ue estes 4an"arinos da Lua s#o excelentes int)rpretes
geralmente n#o cria seus pr(prios contos ao in*)s disso entre as tribos e ra"as% 7les geralmente tamb)m falam
ele mel'ora suas 'abilidades em recontar ou apresentar pela matil'a, mesmo n#o sendo o alfa tecnicamente% 7,
aueles criados e passados por seus antigos portadores% uando o Harano c'ega, o manipulador pode a6udar, de
Am 'istoriador do ciclo crescente tem um grande maneira delicada, um lobisomem a *oltar > luta%
respeito pela autenticidade dos antigos contos, e procura “&utilmente”, essa ) a pala*ra-c'a*e destes $arou%

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 103


+s manipuladores n#o se importam tanto com as 'ist(ria pesa mais do ue a li"#o ue cont)m na 'ist(ria
lendas e 'eran"a da <a"#o $arou como se importam 9apesar de ue poucos admitiriam ue se sentem dessa
com a 'ist(ria de um assunto particular% 7les aprendem maneira: — relatar um conto ) a c'ance do artista de
'ist(rias tribais porue elas permitem a ele saber como bril'ar como um ator%
6ogar com outro $arou as 'ist(rias das maiores *it(rias “;imide8” n#o ) uma pala*ra associada
— ou as fal'as mais con'ecidas — podem a6udar a um fre!entemente com os 4an"arinos da lua, mas alguns
$alliard a se insinuar% Am Fil'o de $aia ue a6uda um artistas se assustam com os 'olofotes% &#o esses tipos de
1'roun a lidar com sua rai*a ) t#o manipulador uanto $alliards ue comp0em belas poesias, pinturas ou ue
um emiss.rio &en'or das &ombras ue tenta 6ogar uma desen'am figuras das fa"an'as de sua matil'a, e de certa
seita contra a outra% forma para criar arte n#o ) necess.rio a espontaneidade e
+s manipuladores nascidos sobre o ciclo crescente 'abilidade de pensar r.pido ue reuer em contar
usam suas percep"0es nas mentes dos outros para a6ud.- 'ist(rias em uma assembl)ia% 7sses $arou encontram
los e acabar com as diferen"as entre as partes% +s grande dificuldade em conciliar suas tarefas como
nascidos sobre o ciclo minguante deste aru)tipo, guardi0es das 'eran"as com seus impulsos criati*os —
entretanto, s#o os $alliards ue gan'am a reputa"#o eles uerem apresentar seu pr(prio trabal'o, e n#o
como diplomatas 'abilidosos ou perfeitos mentirosos% recontar as mesmas 'ist(rias ue seu p2blico 6. ou*iu por
Agitador de Massas d)cadas% +utros s#o feli8es demais em reinterpretar o
passado, mas eles s#o tudo, exceto tradicionalistas% Guem
+ Ragabas' pode estimular a di*ers#o e o 1'roun sabe um conto sobre o /mpergium n#o daria uma boa
de*e condu8ir na batal'a, mas os $alliards erguem a pe"a@ &er. ue a 'ist(ria da $uerra da F2ria n#o seria
bandeira e gritam os gritos de guerra, inspirando todos > mel'or expressada por uma m2sica de 'ea*y metal@ <#o
sua *olta% + 1gitador de Massas ) similar ao importa a medida ue o artista use, ele de*e por seu
manipulador, mas ele n#o tenta direcionar a emo"#o toue pessoal em todos os seus trabal'os% &e6a um m2sico
como tenta inspir.-la% 4os aru)tipos de $alliard, o de rua dos Roedores de +ssos ou um 3eregrino &ilencioso
1gitador de Massas ) o mais pro*.*el de liderar uma ue pinta murais por onde *ia6a, um artista ressente-se
matil'a — ele n#o pode e*itar de c'amar aten"#o sob si uando l'e ) dito como cumprir com o de*er ue $aia
mesmo, e sua personalidade ) magn)tica e contagiante% l'e deu%
/sso nem sempre ) algo bom, entretanto — um 1gitador +s artistas nascidos sobre o ciclo crescente s#o
de Massas *iolento e brutal condu8 sua matil'a de uma exuberantes e animados% 7les geralmente trabal'am com
forma similar% 1gitadores de Massas s#o arma8)ns de *.rias m5dias diferentes e est#o sempre dispostos a tentar
energia e extremamente
*oluntariar ati*os%
sua matil'a para 7sse tipo
um de*er de $alliard
perigoso ir.
e deix.-la um
por no*o
outro m)todo
lado, s#odetipicamente
express#o% +s do cicloe minguante,
grosseiros arrogantes,
t#o excitada ue os membros esuecer#o do perigo% acreditando ue seus m)todos s#o os mel'ores% 7les
+ 1gitador das Massas pode ser tanto um ati*ista personificam um aru)tipo de “artista torturado” e focam
uanto um patriota% &e ele *er algo dentro da <a"#o na dor do mundo com sua inspira"#o%
$arou ue necessita uma mudan"a, esse $alliard adota-o
como uma causa pessoal% Am 3resa de 3rata Reno*ador O !ro(eta
pode personificar esse aru)tipo%%% tanto uanto um +s ;'eurges podem ser os *identes, mas os $alliards
$arra Eermel'o ue clama pelo retorno do /mpergium% s#o os mel'ores profetas% 1 linguagem de uma profecia
1gitadores de Massas amam contos excitantes, se6am eles determina a interpreta"#o, e os $alliards, naturalmente,
'ist(rias recentes de *it(rias sobre a Iyrm ou lendas s#o mestres da linguagem% + profeta pode ou n#o ser
cl.ssicas de batal'as )picas% realmente um *ision.rio% &e for, ele mant)m suas
Am 1gitador de Massas nascido sobre o ciclo 'abilidades de or.culo em guarda, absor*endo a aten"#o
crescente ) um perfeito exemplo de um guerreiro de ue merece um 4)lfico dos dias modernos% &e n#o for,
$aia% 7le pega seu entusiasmo pela *ida e pela causa e o ele fa8 suas pre*is0es baseado no mais pro*.*el 9ou mais
usa-o, le*ando todos > sua *olta em sua paix#o por $aia% dese6ado: de acontecer, expressando-as com os termos
+ 1gitador de Massas do ciclo minguante, entretanto, mais bonitos 9e *agos:, e trabal'a duro para se assegurar
ati"a a fogueira da F2ria a um ponto m.ximo e le*a seus
compan'eiros de matil'a a sangrentas batal'as, onde ue suas *is0es
compreende se tornem
a utilidade *erdades%
do 4estino — se+algprofeta
o est.
nen'uma clemncia ) pedida ou dada% destinado a acontecer, uma certa responsabilidade
surgir.% 1final de contas, um lobisomem destinado a
O Artista gerar um impuro n#o pode ser punido por sua indiscri"#o,
<em todo o $alliard conta 'ist(rias recontando os certo@
contos literalmente% Muitos recitam poemas, cantam 3rofecias possuem um papel importante na 'ist(ria
can"0es, ou d#o *o8 a suas musas atra*)s de complexos de $arou, e ualuer $alliard ue obser*e esta 'ist(ria
ui*os% 1lguns escol'em formas ainda mais permanentes encontrar. ue as guerras foram tra*adas e *encidas com
de arte pinturas, esculturas, at) mesmo fetic'es% 3ara a interpreta"#o de um peueno fragmento de uma
esses $alliards, a criati*idade en*ol*ida em contar uma profecia% &er um profeta ) um 6ogo perigoso - um profeta,

104 Livro dos Augúrios


como algu)m uma *e8 disse, nunca ) bem-*indo em sua Am F2ria <egra ue ensina auto-defesa > mul'eres )
pr(pria terra — mas alguns $alliards sentem o c'amado tanto uma professora uanto um Iendigo ue ensina
do futuro ao in*)s do passado% 7ntretanto, aprender os aos fil'otes o mel'or uso do Ritual da 3urifica"#o%
contos antigos ainda ) importante, porue nen'uma Am professor do ciclo crescente da lua certifica-se
outra ra8#o do ue os feitos dos antepassados de um de ue seus estudantes compreendam as li"0es e sua
$arou podem determinar seu pr(prio destino% +s utilidade, e ficam mais tempo com ualuer um de seus
profetas prestam muita aten"#o aos $arou com muita “alunos atrasados” para se assegurar de ue eles n#o
Ra"a 3ura e conex#o com seus antepassados — o destino fiuem para tr.s% Am professor nascido sob o ciclo
espera grandes coisas desses lobisomens% minguante comanda uma sala de aula de maneira .spera,
 medida ue o 1pocalipse se aproxima, as assim ele ensina, e ualuer um ue n#o aprecie seus
profecias aparecem com grande regularidade 9o ue n#o ) m)todos ) deixado para tr.s — se eles n#o podem lidar
incomum para nen'uma cultura ue se6a obcecada com o com um ambiente controlado, como eles ir#o lidar com o
4ia Final:% +s profetas $arou s#o c'amados para mundo real@
interpretar, esclarecer, reescre*er, medicar ou at) mesmo
criar sinais e predi"0es, e os $alliards s#o peritos em )o Meio do !alco
todas estas aplica"0es% 7nuanto os $arras Eermel'as /nterpretar um $alliard significa ue *oc de*e ser o
s#o 'istoricamente renomados como *identes, um ?ria centro das aten"0es algumas *e8es% 1lguns 6ogadores
pregando contos do RagnaroO ou um AOtena ue pre* o escol'em o aug2rio $alliard para seus personagens
despertar dos $randes Malditos possuem tanto lugar no 6ustamente porue isso garante a eles um tempo sob os
aru)tipo do profeta uanto ualuer outro% 'olofotes% 1lguns necessitam de um pouco de a6uda para
3rofetas do ciclo crescente tentam tra8er esperan"a enfrentar os desafios de interpretar um dos 4an"arinos da
para seus compan'eiros ue se preparam para o combate, Lua%
lembrando a eles ue as profecias raramente fa8em
sentido at) ue elas se concreti8em 9di8endo ue at) *nteresses !r+ticos
mesmo o press.gio mais opaco possui um bril'o 3ara aueles 6ogadores ue nunca colocaram um p)
prateado:% 3rofetas nascidos sobre o ciclo minguante s#o no palco, a simples id)ia de contar uma 'ist(ria na frente
os profetas do apocalipse da pior esp)cie%%% mais isso n#o dos outros pode ser assustadora% ?ontar 'ist(rias com o
uer di8er ue suas pre*is0es n#o se reali8em% personagem ) um desafio para ualuer um, <arrador ou
6ogador% &eguem aui algumas coisas simples para se ter
O !ro(essor em mente ao contar 'ist(rias%
;odos da
4an"arinos os Lua
aug2rios tmdiscuss#o,
s#o, sem algo a ensinar, maspara
os mel'ores os 3rimeiramente,
balbuciam falener*osas%
uando est#o claramente% Muitas
7nuncie e falepessoas
alto o
isso% 1final de contas, eles podem ensinar atra*)s de suficiente para ue todos na mesa 9ou o ue uer ue
enigmas ou atra*)s de exemplos uase ue se6a: possa te ou*ir%
instinti*amente, ou, se um pupilo dese6ar, simplesmente Manten'a contanto com sua audincia% +l'e para
se sentar e ensin.-lo de maneira mais direta% 1pesar da os outros 6ogadores e para o <arrador% Fa8er contato
maioria dos fil'otes gastarem seu tempo com um *isual ) opcional 9isso causa alguns sorrisos amarelados:,
3'ilodox, aprendendo a Litania e outros preceitos mas n#o manten'a seus ol'os para baixo durante a
b.sicos da existncia dos $arou, ) a mnemnica e as 'ist(ria% 4a mesma forma, manten'a o foco% 1tores s#o
c'aradas ensinadas pelos $alliards ue a6udar#o o fil'ote treinados para escol'er um ponto fixo na audincia e
a recordar desses fundamentos% falar para auele ponto uando est#o em um mon(logo
1 lin'agem do $arou ) de suma importncia ao ou pensando em *o8 alta% /sso pode ser um modo 2til de
professor% 7le de*e saber o ue os fil'otes de todos os manter o seu ol'ar mas n#o deix.-lo se perder 9o ue
aug2rios e ra"as tradicionalmente s#o ensinados e ue pode fa8er o seu conto parecer 'esitante:%
desafios eles podem acabar enfrentando, para mel'or &e *oc resol*er “atuar e interpretar” a 'ist(ria 9o
prepar.-los% &uas li"0es de*em ser diretas, de aplica"#o ue reuer as regras do MindDs 7ye ;'eatre,
pr.tica — n#o '. tempo para li"0es desnecess.rias% 7sses 'onestamente: lembre-se ue seu personagem
$alliards podem a6udardentro
pr(prias identidades 6o*ens de
$arou
suasa encontrar suas
tribos e como pro*a*elmente
roc'a ou camin'aest.pesadamente
“nauela cena”%
para7le se senta
contar umaem uma
'ist(ria,
lobisomens, a6ud.-los a decidir ue tipo de rituais e 4ons ou ele anda em *olta da fogueira, tocando e interagindo
eles dese6am aprender, e como mel'or usar essas com sua audincia@ = poss5*el contar uma mesma 'ist(ria
'abilidades uando as possuir% de *.rias maneiras%
+s m)todos de ensinar *ariam extremamente, 3or fim, apesar da 'ist(ria n#o precisar ser ensaiada,
naturalmente% Am $alliard lupino pode ensinar os ) uma boa id)ia para *oc saber ue rumo tomar% <#o
fil'otes atra*)s de batal'as e 6ogos, enuanto um fale errado — fixe-se na 'ist(ria e n#o *. para as
'omin5deo pode usar m)todos &ocr.ticos de instru"#o% 1 tangentes 9ao menos ue os anci0es das seitas, na forma
mat)ria em uest#o, claro, n#o ) restrita ao sobrenatural% do <arrador, cortem o seu conto:%

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 105


O !ersonagem como o )arrador pode *aler a pena criar um personagem com 'abilidades
semel'antes, apenas para *oc mostr.-las% 7 mesmo ue
1pesar de ue se erguer na frente de pessoas para *oc nunca ten'a colocado uma pintura num uadro,
discursar possa ser demais, lembre-se de permanecer no *oc ainda pode descre*er a obra de arte ue seu
personagem uando for fa8er isso, mesmo sendo dif5cil% personagem criou%
Guando contar 'ist(rias como seu personagem, ten'a em
mente o seguinte Din,micas de Matilha
S Permaneça no personagem. /sso significa ue ;udo isso ) muito bom para os bre*es per5odos
*oc s( sabe o ue o personagem sabe% 3ense sobre seu uando o personagem est. contando 'ist(rias nas
personagens e suas polari8a"0es, seus planos pessoas, e sua assembl)ias, mas e nas ocasi0es 9muito mais fre!entes:
experincia e use isso para colorir o conto% /magine uma uando a matil'a est. em uma miss#o@ ?ada um dos
'ist(ria sobre uma retirada de tropas de pa8 ser mal aug2rios possui seu pr(prio papel na matil'a, e o dos
contada por um manifestante% Gu#o diferente pode ser a $alliards pode ser um pouco dif5cil de se compreender e
mesma 'ist(ria se for contada por policial@ apreciar > primeira *ista%
1l)m de simplesmente plane6ar, lembre-se de ?omo dito anteriormente nesse cap5tulo, o $alliard
interpretar seu personagem% E. para a terceira pessoa precisa ser capa8 de inspirar a matil'a% /sso pode
ocasionalmente e narre ualuer a"#o ue seu significar le*.-los a um frenesi 9literal ou
personagem assuma% 7le agarra seus compan'eiros de figurati*amente: antes da batal'a ou acalm.-los uando
matil'a para ilustrar momentos dram.ticos@ 7la dan"a ou a situa"#o fica muito tensa% “/nspira"#o” n#o significa
muda de forma durante o conto@ 7xistem alguma frase- apenas “bons sentimentos”% + $alliard pode ac'ar
c'a*e de efeito ue ele usa ue *oc n#o possa@ necess.rio 9ou tal*e8 apenas mais um expediente: le*ar
S Não recite. /sso pode ser tentador, especialmente seus compan'eiros de matil'a ao desespero, medo ou at)
para os 6ogadores ue n#o s#o bons “sob os 'olofotes”, mesmo (dio, principalmente se o $alliard ) nascido sob
escre*er suas 'ist(rias antes e l-las em *o8 altas% <#o o ciclo minguante da lua%
fa"a isso% = muito mais f.cil de se cair no mon(tono, e ?omo um $alliard inspira emo"#o@ 1nedotas ) uma
al)m disso, se *oc n#o ol'a para sua audincia, *oc n#o forma — o tipo correto de 'ist(ria, apropriadamente
pode interpretar com eles% &e *oc realmente se sentir relacionada com a situa"#o, ue pode ameni8ar o 'umor
desconfort.*el contando uma 'ist(ria impro*isada, *oc de todo mundo, ou torn.-los mortalmente s)rios% 4essa
pode pensar sobre ensaiar a 'ist(ria antes 9apenas pense forma, um $alliard ue toca um instrumento facilmente
como se esti*esse contando uma anedota ou uma piada a port.til 9como uma gaita: pode pro*er uma m2sica de
seus
comoamigos:%
escritor +u,
*#o se *ocal)m
muito ac'ardeue
suassuas 'abilidades
'abilidades como fundo
toue em uma situa"#o,*oc
o instrumento, apesar
de*ede lembrar
ue ao menos ue *oc
seus amigos de
ator, escre*a um conto do seu 6ogador contando uma ue seu personagem est. tocando uma certa m2sica ou
'ist(ria e fa"a c(pias para seus 6ogadores ou mande por um tipo de m2sica%
email para todo o seu grupo, para ue eles possam ler + $alliard fre!entemente ) um diplomata,
uando ti*erem tempo% especialmente com outros $arou 9ser um diplomata para
S Envolva os outros jogadores. Mesmo ue isso os 'umanos uando se tem uma alta F2ria ) dif5cil, apesar
signifiue ue *oc apenas bata nos ombros e diga de ue alguns $alliards sabem como lidar com isso:% /sso
“Mand5bulas-&angrentas pulou de cima do pen'asco, significa ue o $alliard algumas *e8es lida com
gritando seu grito de guerra e brandindo sua lan"a”, o apresenta"0es da matil'a, mesmo ue ele n#o se6a o alfa
fato de *oc se lembrar das contribui"0es dos outros da matil'a% /sso reuer ao $alliard con'ecer cada um de
personagens fa8 com ue sua 'ist(ria signifiue muito seus compan'eiros por nome 9no m5nimo pelo seu nome
para eles% 1l)m disso, ) bastante adeuado com o $arou:, tribo, aug2rio, e posto% + 6ogador, diante disso,
prop(sito do $alliard na matil'a — o personagem est. l. de*e anotar essa informa"#o em algum lugar%
fa8er com ue eles sintam sua 'eran"a $arou e ele*ar o <a *erdade, fa8er anota"0es geralmente ) um bom
esp5rito da matil'a e da seita% &e a 'ist(ria for seca e '.bito para ualuer 6ogador de um lobisomem $alliard,
distante, os 6ogadores se esuecer#o ue a 'ist(ria ) sobre simplesmente porue ) o trabal'o dele col'er e relatar as
eles 9ou osseus
en*ol*er personagens,
outros, claro:%
claro, ) fa8er +utro modo e de
isso diretamente, informa"0es no final
de uma 'ist(ria:% da miss#o
+ 1'roun 9ou,liderar
pode comumente, no efinal
a matil'a o
deixar ue eles contem parte da 'ist(ria — “?laro, da 3'ilodox interpretar as antigas leis, mas o $alliard ) o
min'a posi"#o no campo, eu n#o pude *er t#o bem a lobisomem ue tem suas m#os diretamente no
matil'a de 7spiral <egra uanto 3resas-Mordem-?omo- andamento da 'ist(ria, ue ) o legado da matil'a% /sso
o-/n*erno, pode contar a eles, por fa*or, como os significa ue ele tem ue incrementar a 'ist(ria uando
monstros eram@” necess.rio, e apresent.-la em uma 1ssembl)ia — o ue
S Seja srcinal. <em todo $alliard conta 'ist(ria significa em termos ue o $alliard possui uma forma de
“da maneira antiga”% 1lguns usam m2sica, poesia, controle sobre o futuro da matil'a, uma *e8 ue ele
desen'o gr.fico, esculturas ou pinturas para se influencia o uanto de Renome os membros *#o gan'ar%
expressarem% &e *oc for dotado em alguma dessas .reas, /sso pode le*ar $alliards inescrupulosos a uma sutil

106 Livro dos Augúrios


intimida"#o e c'antagem — afinal de contas, uma frase ;ambores do ;ro*#o 9*e6a abaixo:% &e a matil'a sabe
extra em uma assembl)ia pode fa8er com ue um dado ue tipo de ad*ers.rio eles enfrentar#o, o $alliard conta
$arou receba Renome suficiente para poder desafiar por 'ist(rias ou canta can"0es no dia anterior > batal'a para
um no*o posto% /sso uer di8er ue o $alliard ) o diminuir seus inimigos — 8ombando deles, exagerando
lobisomem errado para se enfurecer% 3or outro lado, suas fraue8as e geralmente fa8endo com ue derrot.-los
muito desse comportamento pode le*ar os outros pare"a algo sem nen'uma complica"#o% 3arcialmente,
membros da matil'a a fa8er algo com suas pr(prias m#os, isso ) feito para dissipar o medo e por outro lado ) feito
ue *#o de tra*essuras at) desafios diretos% para passar ualuer informa"#o t.tica ue as “tropas”
possam ac'ar 2teis% 3or exemplo, se a matil'a est.
Demandas atacando uma ?olm)ia ue segue um totem Maldito da
= claro ue nem todos 9ou nem mesmo a maioria: os /nsanidade, os $alliards podem ad*ertir as tropas a
$alliards *em seu posto como uma forma de manipular nunca fa8er contato *isual com os 4an"arinos da 7spiral
sua matil'a% “?ada matil'a ter. de empreender uma <egra ue a defendem% 1 ra8#o para isso, claro, ) ue
?ru8ada”, 6. di8 a 3rofecia da Fnix% 7ssas pala*ras s#o fa8er isso pode resultar em uma loucura, mas o $alliard
combust5*el para um $alliard% 4esde uando ele ou*e pode di8er algo como, “os bastardos s#o t#o feios ue uma
essa parte da 3rofecia e est. ligado a uma matil'a, ele simples ol'ada para o rosto deles e *oc perder. sua
est. constantemente procurando por sinais da cru8ada de sanidadeP Manten'am os ol'os nas garras deles tamb)m
sua matil'a% 1final de contas, se ele puder identificar o ) uma parte perigosa%”
ue sugere a tal cru8ada, claro ue ele pode descobrir um 4urante a batal'a, o $alliard atua em um papel de
modo de termin.-la 9ou pelo menos como dar o pr(ximo apoio% +s $arou s#o mais fortes uando lutam como uma
passo:% + problema, claro, ) ue uando se est. matil'a, e um bom $alliard est. no meio das coisas,
procurando por sinais, *oc ine*ita*elmente os encontra, incitando as t.ticas de matil'a% 7le pode come"ar a
e d. pouca aten"#o > *alidade deles% Am $alliard pode batal'a arrancando um naco de plo de um oponente
construir uma elaborada fantasia sobre sua *ers#o da 9fa8endo com ue um de seus compan'eiros possa acertar
cru8ada da matil'a 9em ue ele mencionou a seus a carne macia do inimigo: e ent#o saltar para a6udar
compan'eiros por dias sem fim, ou ue ele guardou ualuer aliado preso pelas mand5bulas de outro inimigo%
consigo, guardando a 'ist(ria para ue ela entre nos 7sse tipo de aproxima"#o permite ele a apoiar a matil'a,
Registros 3rateados:%%% e ent#o ac'ar ue a *erdadeira gritando encora6amentos e a6udando aueles ue
cru8ada da matil'a n#o tem nada a *er com a 'ist(ria necessitam, e tamb)m a obter uma mel'or *ista do
ue ele esta*a montando% campo de batal'a — perspecti*as m2ltiplas s#o
Guando
se focar em uma
na tarefa ue miss#o ou busca,
est. > frente% um $alliard
;'eurges podemde*e
se necess.rias para contar
costuma sacrificar a 'ist(ria
sua gl(ria depois%
pessoal pela+gl(ria
$alliard
da
tornar distra5dos pelos esp5ritos e c'aradas durante todo o matil'a — ele acaba tendo um grande n2mero de
camin'o, os Lua ?'eia est#o ocupados com todo o “assistncias” >s poucas mortes% 7ntretanto, ele tamb)m
problema da lideran"a, mas os 4an"arinos da Lua ) capa8 de enaltecer a matil'a, e durante a assembl)ia,
dese6am *er o final da miss#o 9e por seguinte a 'ist(ria: mesmo ue suas garras n#o ten'am arrancado o cora"#o
ser condu8ido at) uma conclus#o bem sucedida% 7ssa do inimigo, ele ) o centro da aten"#o de*ido ao fato de
fun"#o do aug2rio combina perfeitamente com o papel ser ele uem descre*e a forma como tudo aconteceu%
do $alliard de empolgar a matil'a — eles se tornam ?om isso em mente, a tarefa do $alliard ap(s a
moti*adores, respons.*eis por fa8er a matil'a se mo*er batal'a ) descobrir o ue aconteceu% 1pesar ue isso
no*amente ap(s uma derrota% &e a matil'a ficar presa pode ser dif5cil de ser recordado pelos 6ogadores, uma
por um problema, o $alliard pode contar 'ist(rias de um batal'a ) extremamente flex5*el, estressante e uma
t(pico sem rela"#o, apenas para colocar a matil'a em um situa"#o confusa% Guando o c'eiro de sangue est. no ar e
mel'or 9e, com sorte, mais criati*o: estado de esp5rito% as pessoas est#o morrendo por todos os lado, muitos
lobisomens perdem o controle e entram em frenesi% Am
-atalha $alliard n$o pode se permitir isso, caso ele ten'a a
“7m uma luta, todos n(s somos Luas ?'eias”, disse inten"#o de contar a 'ist(ria depois% Mas o $alliard tem
um $alliard muito famoso% 1t) um ponto, isso ) *erdade outras tarefas al)m de contar 'ist(rias ap(s uma luta% 7le
— presa e garra s#o o mesmo, independente do aug2rio% de*e a6udar os outros $arou a analisar o ue aconteceu
7ntretanto, cada um dos aug2rios possui seu pr(prio durante a batal'a% + ue deu errado@ Guais fraue8as na
papel antes, durante e depois de uma batal'a% estrat)gia da matil'a apareceram@ + ue a matil'a
1ntes da batal'a se iniciar, o papel do $alliard ) o de*eria ter feito de diferente@ + $alliard n#o precisa ser
da guerra psicol(gica% +s Lua Minguante tocam seus um estrategista — se o lobisomem *ai deixar de lado uma
tambores de guerra 9se poss5*el: ou apenas urram e parte da batal'a porue ele faria um parceiro de matil'a
gritam, tentando le*ar seus compan'eiros de matil'a at) parecer mal, a matil'a sabe ue ele tem algo para fa8er%
o calor da batal'a%%% e tentando ener*ar os oponentes% 1l)m de condu8ir o conto da batal'a em uma
4ons como o ?'amado da Iyld e 4istra"0es a6udam assembl)ia, o $alliard ocasionalmente possui uma tarefa
nesse tipo de situa"#o, assim como fetic'es como mais desagrad.*el para fa8er% Guando um compan'eiro

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 107


de matil'a ou aliado cai em batal'a, o $alliard em todo lugar ao mesmo tempo durante uma luta%
normalmente ) o $arou ue executa a ?erimnia pelos 1lguns obser*adores di8em ue os $alliards tem um tipo
Falecidos% de senso natural de onde eles de*em estar durante uma
batal'a, se6a para testemun'ar uma disputa sangrenta
Sistemas consumada ou simplesmente a6udar um compan'eiro de
matil'a abalado% 7sse 4om ) parte do moti*o dessas
1baixo est#o alguns no*os 4ons, Rituais, Fetic'es, lendas, e permite ao $alliard *er todo o campo de
Gualidades e 4efeitos adeuados para personagens batal'a com seus ol'os da mente% Am esp5rito-falc#o
$alliards%  discri"#o do <arrador, claro, eles podem ser ensina esse 4om%
apropriados para outros aug2rios, mas os $alliards n#o Sistema$ + 6ogador gasta um ponto de $nose e testa
deixar#o *oc ou*ir o final disso% Racioc5nio Y 3rontid#o% 1 dificuldade *aria de acordo
)ovos Dons de Galliard com o taman'o do campo de batal'a% Ama sala grande
reuer uma dificuldade Z, enuanto um campo de futebol
4onscom
conex0es $alliards, como sempre,
suas 'eran"as% a6udam
7m alguns a refor"ar
casos suas
realmente reuer uma dificuldade X e uma floresta inteira reuer
uma dificuldade [% &e o teste for bem sucedido, o
excepcionais, alguns podem aprender como criar tal personagem poder. *er todo o campo de batal'a como se
'eran"a de *.rias maneiras diretas% esti*esse ol'ando de cima 9e poder. enxergar atra*)s de
S Memória Perfeita N!vel "m# — ?omo dito tetos e estruturas semel'antes, para *er os combatentes
anteriormente, os $alliard normalmente compartil'am abaixo:% /sso fa8 com ue emboscadas aos personagens
uma caracter5stica mesmo antes da Mudan"a c'egar% 7ssa tornem-se praticamente imposs5*eis, e permite ao
caracter5stica ) a mem(ria% 4an"arinos da Lua personagem saber se ualuer um de seus aliados est. em
geralmente tm uma boa cabe"a para detal'es, esse 4om, perigo imediato% Mesmo se a *is#o do personagem esti*er
toda*ia, acentua essa capacidade% Gualuer esp5rito da bloueada de alguma forma 9atra*)s do uso do 4om
Iea*er pode ensinar esse 4om, o ue ) uma ra8#o para Mortal'a, por exemplo: ele continuar., instinti*amente,
isto n#o ser mais comum% sabendo a exata locali8a"#o de cada um de seus
Sistema$ + 6ogador gasta um ponto de $nose% + compan'eiros de matil'a% 7sse 4om dura um turno por
$arou poder. lembrar ualuer detal'e, por menor ue sucesso obtido no teste inicial%
se6a, de toda sua *ida% Am nome ue ele s( ou*iu uma S Livro dos nos N!vel /uatro # — + $alliard
*e8, um c'eiro ue ele apenas fare6ou fracamente — abre uma comporta de con'ecimento *indo de seus
ualuer coisa ue se6a, desde ue ten'a *i*enciado, ele ancestrais% ?omo a uantidade de informa"#o recebida
poder. relembrar%
contexto 3ercebamas
para a mem(ria, ueo esse 4om
usando n#o fornece
o 6ogador poder. dessa formanisso,
concentrar ) impressionante, o $arou,
poder. encontrar se elesobre
informa"0es se
diminuir a dificuldade de a"0es relacionadas 9lembrar uase ualuer assunto% Am esp5rito-ancestral pode
uma con*ersa ue o personagem te*e com o pai sobre ensinar esse 4om, embora certos esp5ritos reptilianos s#o
carros pode a6udar a consertar um motor, por exemplo:% con'ecidos por ensin.-los tamb)m%
+ <arrador ter. a pala*ra final sobre o ue o personagem Sistema$ + 6ogador testa Racioc5nio Y 7nigmas ou
ter. *i*enciado ou n#o, e como% 1ncestrais 9o ue for maior, o $arou n#o precisa ter o
S %orça &onjunta N!vel 'ois# — + $alliard pode 1ntecedente 1ncestrais para aprender esse 4om: com a
ligar a matil'a em uma for"a realmente unificada, como dificuldade da 3el5cula local% + personagem entra em
se fossem um% 7nuanto nen'um da matil'a sucumbir ao transe e ) imediatamente imerso em um dil2*io de
Frenesi, todos os membros atacar#o ao mesmo tempo% mem(rias ue *#o at) a aurora dos tempos% 7ssa
3oucos inimigos conseguem manter-se em p) por muito enc'ente continua at) o personagem desati*ar o 4om,
tempo ao enfrentarem esse tipo de ataue% uanto mais ele permanece em transe mais antigas as
Sistema$ + 6ogador de*e gastar um ponto de $nose mem(rias s#o% 3ara cada 'ora ue o personagem
para cada turno ue esse 4om esti*er ati*ado%;odo turno permanecer sob a influncia do 4om, as mem(rias
uando o 4om esti*er ati*o, cada 6ogador rola /niciati*a atingir#o aproximadamente cinco s)culos atr.s% Mas para
como de costume, mas a matil'a inteira age com a maior cada 'ora ue o personagem permanecer em transe o
iniciati*a obtida 9ent#o se as iniciati*as dos personagens 6ogador de*er. testar For"a de Eontade 9dificuldade X:
forem TU, V, TW, e TX, a matil'a toda age com TX, mesmo para manter o personagem enrai8ado em seu pr(prio
se o alfa da matil'a ti*er tirado o V:% 1 matil'a inteira tempo% &e o teste fal'ar, o personagem de*e terminar
de*e estar presente na batal'a para ue esse 4om surta imediatamente o transe ou perder. um ponto tempor.rio
efeito, e se um membro dela entrar em Frenesi o efeito de For"a de Eontade conforme as mem(rias amea"am
acaba% ;amb)m, apenas membros da matil'a guiados por consumi-lo% &e obti*er uma Fal'a ?r5tica, seu corpo
um totem podem usufruir desses benef5cios% ;odas as desaparece e reaparece em algum lugar na Ambra o
t.ticas de matil'a tem dificuldade -T uando o 4om Reino Lend.rio e o ?ampo de Batal'a s#o os mais
esti*er ati*o% comuns% 7nuanto o personagem n#o puder lembrar
( )isão do &ampo de *atal+a N!vel ,r-s # — todas ou a maioria das informa"0es *istas, ele poder.
4an"arinos da Lua s#o famosos pela 'abilidade de estar procurar por momentos espec5ficos da 'ist(ria% +

108 Livro dos Augúrios


resultado ) um tipo de *is#o in*estigati*a, o <arrador
pode simplesmente escol'er o ue o personagem * ou ituais
poder. guiar o personagem em uma busca dentro das $alliards s#o fre!entemente respons.*eis por
mem(rias do $arou at) ue ele encontre a informa"#o executar Rituais de 3acto e Rituais de Morte% +s
necess.ria% seguintes rituais s#o menos comuns, mas continuam
S st0cia Lend1ria N!vel &inco# — 7nuanto sendo considerados importantes, especialmente pelos
ualuer $arou com uma conex#o espiritual com seus 4an"arinos da Lua%
esp5ritos-ancestrais pode pegar emprestado um
con'ecimento ancestral de tempo em tempo, os itual do !assado Glorioso .Caern/
$alliards, de maneira n#o surpreendente, aperfei"oaram <5*el ;rs
o processo% + personagem pode reuisitar de seus ilustres Am caern tem sua pr(pria 'ist(ria e 'eran"a,
predecessores alguma 'abilidade ou con'ecimento e se al'eios aos $arous ue atualmente o 'abitam% 1prender
tornar, por um momento, o mel'or ue ele possa ser% Am a 'ist(ria de uma caern ) uma tarefa fascinante, e ue
esp5rito-ancestral ensina esse 4om pode demorar anos% 3or)m, esse ritual permite ao $arou
Sistema 1penas personagem com o 1ntecedente experimentar as nuances do desen*ol*imento do caern
1ncestrais por aprender esse 4om% + 6ogador testa como um son'o febril, os anos passando em poucos e
?arisma Y 1ncestrais 94ificuldade X:% 3ara cada sucesso, peuenos momentos% 3ara executar esse ritual, o mestre
o 6ogador poder. aumentar uma 'abilidade para cinco do ritual de*e desen'ar um mapa do caern do 6eito ue
pontos, ou, no caso de uma 'abilidade ue 6. este6a nesse ele era uando foi fundado pela primeira *e8 9 o ue pode
n5*el, aument.-la para seis pontos% $eralmente, exigir uma uma boa pesuisa por s5 s(:% 7sse mapa )
'abilidades “modernas” como ?omputador, ?ondu"#o, e ent#o ueimado no centro do caern% ?onforme o mapa
at) mesmo 1rmas de Fogo n#o s#o aceitas, mas isso ) ueima, todos os $arous presente rosnam
deixado > crit)rio do <arrador% + 6ogador de*eria silenciosamente enuanto o mestre do ritual recita a
especificar ue ancestral ele est. in*ocando e ue 'ist(ria do caern% ;odos os lobisomens presentes assistem
Habilidades o ancestral l'e poder. conceder essas a forma"#o do caern e ualuer outro detal'e importante
escol'as de*em permanecer consistentes atra*)s de de sua 'ist(ria como se esti*essem em um son'o% 7sse
subse!entes usos desse 4om 9ou se6a, o mesmo ritual n#o ) muito usado para aprender uma no*a
1ncestral pro*a*elmente n#o de*er. conceder Briga, 'ist(ria, 6. ue a informa"#o contada ) uma ampla
1rmas Brancas e 7sportes em uma sess#o e +cultismo, expans#o do ue o mestre de ritual recita, mas ele
7nigmas e Rituais em outra sess#o:% concede uma no*a aprecia"#o para o caern e para a
S &ontador decontar
de simplesmente 2istórias N!vel Seis#
e recontar — 1o in*)s
as 'ist(rias do 'onraSistema$
de proteg-lo%
+ 6ogador testa /nteligncia Y Rituais% 1
passado, ou esperar at) os e*entos di.rios *irarem no*as dificuldade inicial ) [, sendo diminu5da > cada ponto de
'ist(rias, o $alliard pode mudar os e*entos do existente 1ncestrais ue o mestre de ritual possuir% &e o ritual )
drama des*elando-o ao seu redor% 7le pode adicionar executado com sucesso, cada participante recebe um
no*os “personagens”, alterar cadeias de e*entos, e at) ponto adicional de 1ncestrais at) o pr(ximo aman'ecer
mesmo mudar as moti*a"0es dos participantes mais isso ocorre mesmo se o personagem n#o puder possuir
importantes% 3or)m, como esse 4om pode literalmente esse 1ntecedente 9posto ue os ancestrais contatados s#o
gerar ramifica"0es ue alterem o mundo, os poucos antigos guardi0es do caern e n#o um simples antecessor
$arou na 'ist(ria ue aprenderam esse 4om relutam em pessoal do personagem:% 1l)m disso, esse ritual “prepara”
us.-lo% Rumores di8em ue a derrota do ?omedor-de- o caern o pr(ximo ritual de caern executado receber.
;empestades se deu parcialmente ao uso desse 4om — dificuldade -T%
mas da mesma forma, rumores tamb)m declaram ue os
terr5*eis e*entos na R2ssia durante o s)culo passado itual do 0ivo essonante .Morte/
deri*am de um Fil'o de $aia $alliard ue pensou ue <5*el 4ois
sabia como a 'ist(ria iria acabar% <ingu)m sabe ue tipo Guando um poderoso 'er(i morre, >s *e8es a
de esp5rito ensina esse 4om tudo indica ue se6a um ?erimnia pelos Falecidos n#o ) o bastante% 1s *e8es o
a*atar de $aia, mas como poucos $arou con'ecem a local onde seu sangue 'er(ico tocou o solo precisa de
existncia desse 4om, ningu)m pode di8er ao certo% uma marca, mesmo se a marca for completamente
Sistema$ + 6ogador gasta um ponto permanente de in*is5*el no Reino% 7m tal momento, o $arou poder.
$nose e explica, com o m.ximo de detal'es poss5*eis, a executar o Ritual do Ai*o Ressonante% 7nuanto esse
mudan"a ue ele uer fa8er na 'ist(ria% + <arrador, ritual pode ser executado por uma matil'a ou at) mesmo
claro, tem a pala*ra final, e uma *e8 ue a “altera"#o um grupo maior, ele pode ser ex ecutado por um
dram.tica” ) feita, o $arou n#o a controla mais% 7*entos compan'eiro de matil'a do falecido% + mestre de ritual
ue ele confecciona podem e tornam-se uma espiral fora fica em p) sobe o local exato onde o 'er(i caiu 9mesmo
de controle, ent#o o extremo cuidado poss5*el de*e ser se o $arou foi le*ado para morrer em outro lugar:, e
tomado com o 4om ?ontador de Hist(rias% camin'a em um peueno c5rculo, no sentido anti-

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 109


'or.rio% 7le ent#o adentra a Ambra e ui*a o mais alto e L%ngua do Macaco
mais longo ue ele aguentar% &e o ritual der certo, o ui*o
ecoar. eternamente, lembrando ualuer um ue pisar <5*el ;rs, $nose X
na Ambra ue um ?ampe#o caiu nauele lugar% 1 despeito do nome, isso ) raramente feito com uma
Sistema$ ;este padr#o% &e o teste for bem sucedido, l5ngua 9e geralmente uando ), uma l5ngua 'umana )
ualuer um ue possar sentir os esp5ritos ou*ir. o ui*o fre!entemente usada:% ;amb)m fre!entemente, o
serenamente no local, e ualuer um ue literalmente $arou aprisiona um esp5rito associado com a linguagem
pisar em cima do local ou*ir. o ui*o como se o mestre de — um papagaio ou uma gral'a, ou >s *e8es um esp5rito da
ritual ainda esti*esse al5 ui*ando% Gualuer $arou ue Iea*er — em um li*ro ou em algum outro item
tentar executar esse ritual por uma ra8#o errada 9como inocente% Guando ati*ado, o fetic'e tradu8 um idioma
por exemplo, para “marcar” um local na Ambra: para outro idioma a escol'a do $arou pelo resto da cena%
certamente perder. Honra no Renome, e, de ualuer + fetic'e apenas funciona com um idioma por *e8, sendo
6eito, o ritual n#o funcionar. para tal prop(sito% assim ele n#o pode tradu8ir simultaneamente Francs e

Fetiches 7span'ol%
lados + fetic'e,
— o $arou por)m,
come"a funciona
a falar para
o idioma ambos
al*o, os se
mesmo
ele n#o falar uma pala*ra de tal l5ngua% + fetic'e pode
Tambor do Trov1o tradu8ir idiomas 'umanos para a linguagem dos $arou%
<ingu)m falando no idioma al*o percebe a diferen"a, se
<5*el 4ois, $nose \ o $arou usar o fetic'e para tradu8ir do 1lem#o para o
7sse fetic'e n#o precisa realmente ser um tambor, /ngls, ele ou*e /ngls enuanto os outros falam 1lem#o,
ualuer instrumento musical facilmente port.til ser*ir., mas ualuer um ue fale alem#o n#o perceber. nada de
desde ue ele possa ser tocado baixo, amea"ando tons extraordin.rio%
9ningu)m 6amais criou um Ban6o do ;ro*#o, por
exemplo:% + $arou toca o tambor enuanto marc'a para
a batal'a, ener*ando seus inimigos com esse pacato, mas
2ualidades e De(eitos
?omo sempre, Gualidades e 4efeitos s#o
penetrante ritmo% +s sucessos da ati*a"#o s#o subtra5dos caracter5sticas opcionais% ?abe ao <arrador escol'er se
dos pontos de iniciati*a de ualuer oponente ue ou*ir ir. permiti-los%  seguir, Gualidades e 4efeitos
isso, para o primeiro turno de combate apenas% + $arou apropriados para personagens $alliards%
de*e tocar o tambor por pelo menos dois turnos antes de
testar a ati*a"#o do fetic'e% 3ara criar um ;ambor do Frio em -atalhas .2ualidade3 4 $ontos/
;ro*#o, o $arou de*e aprisionar um esp5rito-de-guerra Eoc n#o perde a cabe"a uando peles e sangue
dentro do instrumento% come"am a *oar% Eoc continua sob controle durante o

110 Livro dos Augúrios


combate, n#o importa o u#o ca(ticas as coisas fiuem% no tema durante uma discuss#o ou durante uma atua"#o,
1dicione T ao n5*el de /niciati*a do personagem% &e o > n#o ser ue *oc ensaie muito antes o ue ir. di8er ou
$alliard entrar em frenesi, esse benef5cio ) perdido% fa8er% 1crescente ] pontos a todas as dificuldades ue
en*ol*am 7xpress#o 9> menos ue este6a recitando algo
Tangencial .De(eito3 5 $onto/ ue este6a escrito ou ora"0es memori8adas:, e certifiue-
<#o importa o uanto *oc se esforce tentando, suas se de interpretar esse 4efeito%
'ist(rias tendem > di*agar% Eoc n#o consegue manter-se

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 111


“Às vezes,” disse Petra, “o que é certo não é pacífico ou
passivo. O que importa é que você não fuja das conseqüências.
ocê—suporta
OrsonoScott
que precisa ser suportado”.
Card, Shadow of the Hegemon.

#ers#ectivas. 6obos não odeiam. E%es são verdadeiros e


Aprendendo a Lutar inocentes nessa matéria. Oh, e%es emboscam suas #resas,
#rotegem seus fracos e mesmo desafiam seus a%fas, mas
Então, eu ouvi que você matou quatro fomori ontem isso é #uro instinto. 4as &dio está a%ém de%es, é um
e está achando que sabe o que é ser um hroun. Crian!a conceito abstrato e abso%utamente re#ugnante, a
est"#ida$ O sim#%es fato de você ainda estar euf&rico e necessidade de destruir a%go não #ara #romover sua
arrogante mostra o quão #ouco você sabe sobre o que é #r&#ria sobrevivência, mas sim#%esmente #orque esse
ser um hroun ou do que é es#erado de você. a%go é um anátema, #orque #recisa ser destru5do. 7dio
Escute, fi%hote' é isso que significa ser um hroun. requer consciência e ao invés do outrora inocente %obo, o
( %entamente recobrar a consciência enquanto a hroun %u#ino vai a#render a odiar a 89rm e esta
f"ria assassina diminui, sem o%har #ara bai)o, mas ma%5cia inf%e)5ve% vai afastá:%o de seus -arentes %u#inos
re*ando si%enciosamente #ara que a me%eca aos seus #és #ara sem#re.
se+a um omor e não um -arente. ( ser carregado nos 7dio é a #rinci#a% essência de nosso aug"rio. Os
ombros devocê
dec%aram seus com#anheiros enquanto
um her&i de guerra uivos de
#or a!es orgu%ho
feitas no éi%hos de ;aia
a#enas adoram
uma dura dan!arque
verdade ao temos
redor disso mas, no fim,
que a#render a
ca%or do instinto, a!es que não eram nada a%ém de to%erar. <&s gera%mente damos a isso um ad+etivo de
invo%untárias / sua nature*a. ( um esfor!o quieto e a%guma forma — f"ria 0+usta1, &dio 0+ustificado1, ma%5cia
assustador #ara manter o 0+usto1 de sua f"ria +usta, é 0contro%ada1 — e, em muitos casos, estes ad+etivos são
a#render a su#ortar ser uma casca morta% #ara a f"ria de a#ro#riados= a 89rm é a coisa mais #r&)ima da defini!ão
uma deusa vio%ada. E isso nunca é fáci%, nem #or um ob+etiva de ma% que você vai encontrar neste mundo.
segundo. 4as e%es di%uem o significado #orque nossa "ria não é
2ocê acha que isso tudo soa %evemente covarde3 uma qua%idade, mas uma #ai)ão. 2ocê deve entender isso
4uito inf%uenciado #or va%ores homin5deos3 O esfor!o é agora mesmo, se dese+a sobreviver como um hroun' sua
o mesmo #ara os %u#inos, e%es a#enas vêem com outras f"ria é abso%uta, imacu%ada e devoradora de todas as

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 113


coisas. <ão e)istem #a%avras nesta sim#%es %inguagem
homin5dea que #ossa descrever a#ro#riadamente a
intensidade de um &dio cosmo%&gico a#risionado em uma Seu Narrador
forma morta%. O #adrão de sua vida é determinado #e%o <ão é incomum que um hroun thro se gabe
quanto você consegue contro%ar esta f"ria e #ara onde de ter centenas de habi%idades. ( raro, #orém,
você a direciona. encontrar a%gum que confesse isso, e 8i%%ian
2e+a, este não é o ti#o de raiva #assageira que o fa* Can!ão:de:Sangue, nascido entre os Crias de enris,
)ingar, bater em a%go, ou #erder a cabe!a é um desses seres. E%e se afundou nas %endas dos
constantemente. 4uitos hroun estão #erigosamente ;arou como um questionador das verdades aceitas —
#r&)imos de entrar em frenesis regu%ares, mas muitos mesmo que este #a#e% #erten!a c%aramente aos
outros não. 6embre:se disso' a f"ria é uma ferramenta, @agabash, 8i%%ian difici%mente dei)aria que isso o
não uma descu%#a. 4uitos +ovens hroun ficam si%enciasse. Aei)ando as tarefas dos @agabash de
chocados com a fa%ta de sim#atia que recebem dos %ado, a sociedade ;arou tem #oucos dissidentes
ancies da seita quando seus frenesis causam a%gum dano verdadeiros, segundo o sentido c%ássico. 8i%%iam
irre#aráve%.  f"ria de 6una não é um #asse %ivre #ara merece crédito #or divergir com honra e dever, ao
irres#onsabi%idade mora%, embora certamente se invés de *ombar das tradi!es sim#%esmente #or
qua%ifique como um fator atenuante em a%guns casos. #erversidade. E%e obviamente tinha fortes #ontos de
4as esta não é a questão. Sua "ria não é a%go vistas do que significa ser um hroun,e eu quero
su#erficia%. E%a vem de dentro, é a #ai)ão guia de sua dividi:%os com você #orque eu acho que e%es #ossuem
vida. ( um im#u%so #rimitivo vindo do fundo de sua no n"c%eo a%go significativo.
a%ma, uma aversão a tudo o que é im#uro. E%a te dará Certamente, e%e era amargurado, mas e%e
for!a quando estiver fraco e ca%or quando estiver com também foi um grande her&i de sua tribo,
frio, se você não estiver com medo de usar os #oderes #essoa%mente res#onsáve% #or fa*er frente contra a
de%a. -ara n&s, a verdadeira satisfa!ão s& #ode ser corru#!ão dos Crias na*istas. Então, eu estou te
encontrada quando destru5mos as coisas deste mundo que di*endo #ara %er o que e%e escreveu, mas estando
rea%mente #recisam ser destru5das, quando tra*ermos / ciente do #reconceito do escritor e reconhecer todo
vida, a +usti!a e a fe%icidade necessárias #ara que e%a seu cinismo, e)centricidade e #redi!es sombrias Be
#ros#ere. <osso &dio é tudo, menos insignificante, e questionamentos das verdades aceitas, tais como seu
6una foi graciosa o suficiente #ara nos dar um grande #a#e% #or direito como %5der da <a!ão$ como um
dom, com o qua% os homens s& #odem sonhar' e%a deu /s grão de sa%.
nossas e)istências
<esta umdeso%a!ão,
é#oca de #ro#&sito eu
determinado e c%aro.
sou, /s ve*es, %evado a Outra em
foi escrito coisa — 8i%%iam
DF, +á morreu.
%ogo de#ois Esse ;uerra
da Segunda tratado
crer que os grandes her&is dei)aram o mundo, ou que 4undia%.  recente nature*a do Ho%ocausto, o
nunca estiveram ne%e, e tudo o que restou agora foram envo%vimento da tribo de 8i%%iam nisto, co%ore sua
suas cascas, #ar&dias monstruosas nascidas de uma f"ria visão de seu aus#5cio e de todas as coisas re%acionadas
dogmática, da vio%ência auto:indu%gente e da rendi!ão ao com a guerra. Os hroun norma%mente não são seres
&dio. ( seu dever #rovar que eu estou errado$ 2ocê deve intros#ectivos, #or isso esse é um dos #oucos
não s& fa*er o que a sua tribo es#era de você, o que a sua documentos modernos que e)istem que
mati%ha es#era de você, ou o que sua tradi!ão o %eva a verdadeiramente #rovam a nature*a, métodos e
fa*er, mas deve também fa*er o que 6una es#era de você. #sico%ogia do aug"rio, visto #or dentro.
2ocê #recisa cum#rir o seu dever, não im#orta o quão Oh, e as #essoas a quem e%e direcionava essa
terr5ve% o custo #ossa ser. narrativa eram ostern, e não fi%hotes. a* você
agradecer #or e%e estar morto, não3
Can›es dos Primeiros Dias — !o"#a de $rês %ascas, &a'a(as# )ncião
O #rimeiro hroun foi o #rimeiro ;arou, sim#%es dos !ianna, *íder da +eita do ra-o de *u'#nasa
assim. 2ocês todos sabem a srcem de nosso aug"rio, de
certo modo. >a%ve* vocês tenham escutado o conto sobre hroun. <&s fomos os #rimeiros, entende3 >odos os
como
forma oe)tra
Coiotee enganou ;aia
que assim #ara que
teriam e%a %he
nascido as desse uma
criaturas outros aug"riosdesen&s.
são diferentes definiram #e%a maneira de como e%es
metam&rficas. Com certe*a os ;a%%iards te disseram como gora, não ache que isso significa que os outros
;aia confiou a cada um de seus trocadores de #e%e um ;arou não estão fa*endo o seu #a#e% como #rotetores de
dever secreto — Cora) seriam seus mensageiros, ;aia — >heurges nos e)#%icam o que é isto #e%o que
<uwisha seu sorriso, 4o?o%é sua mem&ria, e assim #or %utamos, os -hi%odo) nos mantém nos tri%hos certos, os
diante. Os ;arou, #or sua ve*, seriam seus #rotetores, @agabash e os ;a%%iards defendem as qua%idades
seus guerreiros. Enquanto a maioria dos aug"rios #ossui es#irituais e emocionais que ;aia va%ori*a. 4as n&s
hist&rias orais deta%hando o #rimeiro ;arou a re#resentar cum#rimos a mais %itera% e direta inter#reta!ão de nosso
uma %ua es#ec5fica ou um her&i %endário que ditou os dever, isto fa* de n&s a norma da qua% todos os outros se
mo%des #ara o aug"rio, tais hist&rias são raras #ara os ramificam. <&s somos o aug"rio mais antigo e,

114 Livro dos Augúrios


tragicamente, foram as nossas a!es que
definiram o modo como os outros era
nos vêem. E)istem a%gumas %endas que
c%amam que os hroun dos #rimeiros dias
#erseguiam /que%es que queriam seguir
outros as#ectos da %ua. %gumas %endas
descrevem os G?tena e os Croatan como
as#ectos >heurges e -hi%odo) dos
8endigo dos tem#os ancestrais, for!ados
a formarem tribos se#aradas quando os
i%hos do Hnverno decidiram que seus
modos menos agressivos era uma heresia.
e%i*mente, tais %endas são aceitas a#enas
#or uma minoria, e contraditas #or
diversas coisas, inc%usive o a#e%ido dos
8endigo de 0Hrmão 4enor1. Ae qua%quer
forma, c5nico como eu sou, não me
sur#reenderia que os #rimeiros hroun
acreditassem que sua forma era a "nica
maneira aceitáve% de ser seguida #e%os
;arou.

Lutadores e Guerreiros
>odos os ;arou são %utadores, fi%ho.
<ão há duas o#!es' n&s somos uma ra!a
vio%enta, uma ra!a viciada em vio%ência.
<esses dias onde a 89rm está #or toda
#arte, qua%quer ;arou que é rea%mente
in"ti% em uma situa!ão de combate é um
#eso morto — e nossa <a!ão não #ode
su#ortar um #eso morto, não agora.
%guns ;arou %utam a#enas quando e%es
#recisam e a%guns %utam de formas
bastante incomuns, mas mais cedo ou
mais tarde todos n&s acabamos %utando. E
sim, fi%ho, eu digo %utar fisicamente —
você #ode a#ostar que todo ndari%ho do
sfa%to riquinho, todo curandeiro
emotivo dos i%hos da ;aia, todo ve%ho e
sábio )amã dos G?tena tiveram que
rasgar um 4a%dito com suas #r&#rias
mãos uma ve* ou outra. <enhum
%obisomem será com#%etamente #ou#ado
do derramamento de sangue,
inde#endente de quão metaf&rico se+a seu
método #referido de se o#or / 89rm.
O que então distingue os 6ua Cheia3
<&s somos guerreiros entre %utadores,
oficiais entre so%dados, os her&is do
cam#o de bata%ha. Eu não digo que n&s
estamos acima dos outros aug"rios= ao
invés disso, meu #onto é que se %utar é
uma necessidade #ara todos os ;arou, é
uma devo!ão #ara os hroun. <&s somos
so%dados e es#eram que fa!amos IJJK do
que os outros ;arou fa*em em um cam#o
de bata%ha, #ois %á é o nosso %ugar. ssim
como os ;arou %utam #ara defender

115
;aia, n&s %utamos #ara defender os ;arou — cobrindo quando o bem e o ma% não estão c%aros, mas se+a uma
suas fugas, %iderando seus ataques, #rovendo m"scu%os #or e)ecu!ão cerimonia% de um ;arou traidor de uma seita
trás de suas estratégias. <em sem#re é um traba%ho ou o sim#%es assassinato de uma #u%ga humana, o ato de
g%orioso — a%gumas ve*es n&s somos #oucos mais do que carregar seus +u%gamentos sem#re cai sobre o hroun.
#ees em#urrando as engrenagens de um #%ano de um -arece muito mais fáci% %idar com a morte de a%go que te
-hi%odo) mais inte%igente — mas n&s devemos aceitar e enfrenta, e mais honroso, mas ;aia nem sem#re nos
manter nossa #osi!ão, #orque ninguém mais #ode fa*er #ermite ta% %u)o. Ae verdade, quanto traba%ho #ode dar o
tão bem o que n&s fa*emos. gora, mais do que qua%quer t5#ico e)ecutivo mimado #ara uma mati%ha de
outro aug"rio, n&s somos necessários, e n&s não #odemos %obisomens3
esca#ar de nosso dever. <&s temos o traba%ho descrito %guns hroun se es#ecia%i*am em tomar as vidas
como o mais sim#%es de todos os aug"rios, mas nosso daque%es que não #ossuem habi%idade em %utar. inda
dever ainda #ossui diferentes facetas. bem que isso não é feito com ma%5cia ou com o dese+o de
um egocêntrico ma%uco — é a#enas o que é mais efetivo
Guerreiros Espirituais
O que e)atamente significa o r&tu%o mais comum de em dadas situa!es, e como eu freqMentemente %embro a
você, n&s estamos em guerra. s hroun das "rias
nosso aug"rio3 O que difere um ;uerreiro Es#iritua% de <egras ca!am aque%es que abusam de mu%heres, as
um guerreiro norma%3 Gm ;uerreiro Es#iritua% %uta #or 0tomadas de #oder hostis1 dos ndari%hos dos sfa%to
uma causa de maior benef5cio do ambiente es#iritua%. nas cor#ora!es corru#tas #odem envo%ver um
<&s somos guerreiros em nome de ;aia, 6una, da 89%d e assassinato e os hroun G?tena a%gumas ve*es +uram
dos totens de nossa mati%ha, seita e tribo. Em um sentido matar qua%quer estrangeiro que invada seus %ocais
maior, um ;uerreiro Es#iritua% é um guerreiro contra a sagrados como chiminage #ara seus #atronos es#irituais.
corru#!ão, que %uta #e%a #ure*a dos mundos es#irituais. Em todos esses casos, o inimigo é tomado #e%o Ae%5rio, e
gora, a guerra #e%a #ure*a es#iritua% tem muitas facetas 0%utar1 não é a #a%avra #recisa #ara o que acontece. O
— os >heurges fa%am de metaf5sica, os ;a%%iards de quê #ode ser dito, e)ceto que n&s vivemos com isso,
sociedade e #essoa%= os -hi%odo) nutrem a for!a evitando nos agradar com isso, e fa*er nosso dever3
#sico%&gica enquanto os @agabash tra*em uma renova!ão
de idéias. 4as o #a#e% do ;uerreiro Es#iritua% é f5sico, Estrategista
destruir os inimigos com#%etamente e a#esar de que <&s não somos renomados como inte%ectuais, a#esar
muitos nessa é#oca %he dirão que a vio%ência não #ode de que há mais hroun notoriamente bri%hantes do que
ser uma #arte dos ganhos es#irituais duradouros, e%es você #ossa imaginar / #rimeira vista. <o entanto, n&s
estão mentindo. %guém tem que e)#u%sar as coisas nunca #odemos nos #ermitir sermos est"#idos —
corru#tas do mundo #ara que o traba%ho dos outros estu#ide* custa vidas e #erde guerras, isso é uma trai!ão
aug"rios tenha a%gum im#acto. <&s fa*emos isso= n&s ao nosso dever #ara com ;aia e uma fraque*a vergonhosa
%ideramos a guerra #ara e)#u%sar a corru#!ão, matando os como qua%quer outra. inda assim táticas são dif5ceis
corru#tos, os degenerados e os maus. E tudo da Sombra #ara uma mente coberta #or "ria e isso é um di%ema que
de 2e%udo está mais %im#a devido aos nossos atos. muitos hroun encaram. E)istem várias so%u!es sim#%es
Gm im#ortante desdobramento disso é que quando — a #rimeira de todas, é a res#onsabi%idade de um 6ua
os ;arou de ;aia vo%tam suas garras #ara outros ;arou Cheia #%ane+ar antes de uma %uta ou outra a!ão tática,
de ;aia, e%es estão traindo o significado de ser um #orque uma ve* que a %uta comece, será muito mais dif5ci%
;uerreiro Es#iritua%. E%es não estão mais %utando sob a #ensar taticamente. Aentre as tribos mais guerreiras, isso
bandeira da causa es#iritua%, da #ure*a e da %iberdade dos gera%mente significa evitar a tenta!ão de #artici#ar nas
mundos es#irituais. o invés disso, e%es são condu*idos comemora!es que antecedem uma grande bata%ha — e
#or coisas mundanas — ganLncia, orgu%ho, f"ria= esco%ha estranhamente, essa é uma tenta!ão que muitos dos
seu -ecado Ca#ita% #referido — e se iso%aram da #arte me%hores guerreiros de ;aia sucumbem. Os enrir e os
es#iritua% de sua heran!a. E%es ainda são guerreiros, c%aro, ianna são #articu%armente infames #or suas ce%ebra!es
mas não é certo chamá:%os de ;uerreiros Es#irituais brutas, fata%istas e fora de contro%e antes das bata%has —
quando e%es %evam uma vida em nome de ganhos honestamente, se você se afastar e o%har ob+etivamente
mundanos. #ara essas festividades, e%as são com#aráveis a uma
Carrasco caricatura de uma festa estudanti%, re#%eta de agresses
sem sentido, machismo e embebidas com busca de g%&ria
<em toda matan!a da 89rm come!a com uma e temeridade. O %ugar do hroun honrado antes da
bata%ha. 4uitos hroun se encontram em situa!es onde bata%ha é na tenda, ouvindo atentamente os ancies,
é o dever sagrado de%es matar seres que não #ro#em com#reendendo a situa!ão do cam#o de bata%ha e
nenhuma %uta. Os ;a%%iards raramente cantam hist&rias contribuindo com a sabedoria dos guerreiros com o
dos hroun que %itera%mente rasgaram um fomor que #%ano. nfe%i*mente, muitos dos Crias mais renomados
im#%orava #or #iedade antes de morrer, mas essa é uma que eu conhe!o, reverenciados ancies da seita, fa%ham
situa!ão que a maioria dos 6ua Cheia +á se encontrou ou nesse sim#%es dever.
se encontrará. Cai sobre os nossos -hi%odo) +u%gar <&s não somos os "nicos estrategistas da <a!ão

116 Livro dos Augúrios


;arou. Os -hi%odo) são e)ce%entes nesse traba%ho, mas ;a%%iards. Eu estou fa%ando da ins#ira!ão através da a!ão.
de uma maneira muito diferente da gente. e%i*mente, é <&s devemos não a#enas sobreviver, n&s devemos fa*er
um caso de s5ntese, não ant5tese. <&s temos um instinto com que os outros sobrevivam também. <essa era, um
#ara guerra que não #ode ser equi#arado e somos #rofundo ti#o de fata%ismo está recaindo sobre a <a!ão
e)ce%entes homens de idéias na mesa de #%ane+amento. ;arou. Puem #ode nos cu%#ar3  Euro#a ainda está
<&s sabemos que com#romissos não #odem ser feitos e, queimando e mi%hes estão mortos. s chamas atQmicas
sendo %5deres:#or:e)em#%o, n&s sem#re o%hamos a f%oresta no Ra#ão abriram feridas no mundo es#iritua% que ta%ve*
#ara ver as árvores. Os -hi%odo) são mais ob+etivos e nunca se curem . Aresden está em cin*as= <an?ing
intros#ectivos. E%es se#aram a estratégia #arte a #arte, sangra. Os Sanguessugas estão #or todos os %ados, como
argumentando seu im#acto no cam#o de bata%ha e corvos se a%imentando do sofrimento dos humanos
#rocurando #or cada contingência #oss5ve%. sobreviventes. a*endeiros humanos deses#erados ca!am
Es#ecificamente, e%es são muito mais ade#tos em a+ustar %obos mais fero*mente do que nunca. Ao outro %ado do
um #%ano de bata%ha #ara considerar o im#acto da oceano, os -arentes das tribos ind5genas estão
tecno%ogia moderna, e em saber quando não atacar ou a#odrecendo em acam#amentos internos disfar!ados
#or quanto tem#o atrasar um ataque. -or todos nossos como esco%as. <a!es humanas foram se#aradas e a#enas
instintos, essas são áreas que tendemos não en)ergar, agora toda a #rofunde*a da vit&ria da 89rm através do
assim como os -hi%odo) não #ossuem nossa com#reensão Ho%ocausto — através do ma % dos ho mens — foi
#rimitiva da guerra. ( #or isso que qua%quer boa mesa de reve%ado. Caerns ca5ram em d"*ias e em a%gumas cidades
#%ane+amento dos ;arou #ossui ambos os aug"rios N o céu Gmbra% não #ode ser visto, ocu%tado #or nuvens de
qua%quer tática desenhada #or a#enas uma %ua 4a%ditos. ( isso o que encaramos, e não vai me%horar em
sim#%esmente não vai cobrir todas as bases. de*, vinte ou cinqMenta anos.
<osso dever é convencer os outros ;arou de que a
Sobrevivente vit&ria ainda é #oss5ve%. <a verdade, eu não tenho
o contrário do estere&ti#o, a maioria dos hroun certe*a se isso está dentro do reino da dece#!ão ou da
não tem dese+o #e%a morte. <a verdade, a#esar de que reve%a!ão — eu #refiro #ensar no "%timo, mas minhas
matar o inimigo se+a de fato uma virtude entre n&s, #r&#rias reservas de es#eran!a não estão em sua me%hor
muitas vit&rias mais sutis foram conseguidas forma. inda assim, #or toda a escuridão que cobre o
sim#%esmente enfrentando a dor, sofrimento e com#%eto mundo, n&s, ;arou, ainda somos uma tocha no vácuo.
tormento. 2ocê sabia que entre todos os aug"rios, o #esar de todas as coisas que eu me envergonho de
hroun é o menos #rováve% de entrar em Harano3 ( minha tribo, eu nunca encontrei um #ovo mais forte,
verdade
Os não com
outros—#odem uma
di*er quegrande margem,
n&s somos cegosmas
ou éest"#idos,
verdade. mais tena*
Crias. ou mais
s outras ca#a*também
tribos, do que meus com#anheiros
me dão es#eran!a —
mas n&s somos os #i%ares que a#&iam o resto da <a!ão diferente de muitos ;arou, #resas no mito da su#remacia
;arou. E é isso que me #reocu#a sobre os nossos +ovens triba%, eu sei que cada tribo tem sua fun!ão na <a!ão.
— em muitas seitas, e%es são ensinados de que o me%hor ssim como os Crias são a or!a dos ;arou, os -resas são
que e%es #odem es#erar é morrer com g%&ria, com suas nossa 4a+estade, os G?tena nossa -ers#icácia, os
#resas em um 4a%dito. 4e #erdoe #or soar como Senhores das Sombras nossa Es#erte*a, os i%hos nossa
u%tra#assado, mas nos meus dias uma morte g%oriosa não Gnidade, os ;arras nossa Cone)ão -rimitiva. -ensar
nos dava tanto @enome quanto agora, tamanha a demais é um v5cio, não uma virtude. Esque!a as
vergonha em morrer. tentativas de mesurar se n&s #odemos ganhar a guerra —
Como hroun, é um de nossos maiores deveres #ense sobre se n&s #odemos ganhar essa bata%ha, agora,
sobreviver. Os ;a%%iards di*em que essa tarefa — su#ortar ou se n&s #odemos sim#%esmente continuar vivendo e
— +á #ertenceu aos homens:tubarão, ma%ditas bestas rea%i*ando nossos deveres a ;aia #or mais um dia. 
esquisitas, foi o que +á ouvi fa%ar de%as. em, n&s os res#osta é um ressoante sim. Como ;arou, n&s temos a
matamos, ou #e%o menos os co%ocamos fundo o suficiente for!a interior #ara sermos her&is= a#enas e)#erimentar
no mar #ara ouvir fa%ar de%es novamente. Então, agora essa fun!ão não é o suficiente. ( o nosso dever sagrado a
recai sobre n&s #ara não cair no dese+o de um decadente ;aia %embrar nossos irmãos disso, através do e)em#%o,
ego5smo de esca#ar de uma vida do%orosa com uma morte desafiar os outros ;arou a viver como n&s vivemos.
g%oriosa, mas de sobreviver, e demonstrar #ara todos os 2e+a, eu fa%ei ma% dos ca!adores de g%&ria, aque%es
;arou a nossa vo%ta que nossa ra!a #ode agMentar mais que %utam #e%o seu #r&#rio ego ao invés de serem
um dia, mais um ano, mais um sécu%o. <&s devemos ser verdadeiros ;uerreiros Es#irituais. 4as ser g%orioso,
fortes, afina% de contas, e a maior for!a é encontrada na ganhar os cora!es e a admira!ão dos outros, é um
sobrevivência, em continuar e encarar a terr5ve% as#ecto muito im#ortante — não, um dever — de nosso
e)istência com com#ostura e otimismo. E isso me %eva ao aug"rio, #orque quando n&s ganhamos #rêmios, n&s
#r&)imo dever dos hroun, fi%hote, que é... damos es#eran!a em troca. Então sim, rego+i*e:se na %u*
de seus #r&#rios sucessos em bata%ha, se+a um guerreiro
Inspira‹o e)ibido, e%eve seu ego — fa!a o que for necessário #ara
<ão uma #orcaria art5stica — isso é #ara os fa*ê:%os acreditar que e%es %utam uma guerra que #ode ser

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 117


vencida, ao %ada de um her&i %endário. Se você tiver mas também deve a+udar na disci#%ina e agu!ar a a#tidão
sorte, e%es #odem acabar vendo e%es mesmo como her&is #sico%&gica #ara o combate de seus com#anheiros de
também... mati%ha. Gm ;a%%iard não deve estar tão com#%etamente
envo%vido com mito%ogias que não se+a ca#a* de usar sua
L’der de Guerra #er5cia socia% #ara a+udar a sua mati%ha a se mover mais
#esar dos -hi%odo) #arecerem ser os mais ca#a*es / faci%mente dentro da sociedade humana quando
tarefa de %iderar, a verdade é que os ;arou são uma ra!a necessário. O hroun deve coordenar tudo isso,
guerreira e os hroun freqMentemente estão no to#o. assegurando que as diversas habi%idades dos outros
Certas tribos — Crias de enris, 8endigo e "rias aug"rios se+am bem a#%icadas #ara fa*er a guerra, quando
<egras, #rinci#a%mente — tradiciona%mente co%ocam os chegar a hora. Puando um +u%gamento tático necessita
hroun em #a#éis de %ideran!a. <a verdade, nosso ti#o ser feito imediatamente, e vidas estão em risco, é aí que o
não fa* os me%hores %5deres dentre os ;arou, mesmo que hroun deve dar um #asso adiante e rec%amar a #osi!ão
n&s acabemos assumindo esse #a#e%.  for!a da nossa de %5der.
"ria, o com#romisso e o inerente dese+o em enfrentar a
corru#!ão onde quer que e%a este+a e #ro%ifere, #ode nos
Pe‹o
Costuma:se di*er que ter fé é bom, mas ter fé cega é
cegar aos as#ectos mais sutis de uma situa!ão e nos tornar ruim. Eu diria a mesma coisa sobre obediência. 4uitos
mais fáceis de sermos mani#u%ados. <a verdade, os hroun e)igem #osi!es de %ideran!a e #oder, vendo:as
hroun #odem ser seres honestos e nobres, mas mesmo o como seus #rivi%égios #or serem guerreiros. <o entanto, a
mais cuidadoso e indireto de nossas fi%eiras ainda assim é <a!ão ;arou beneficia mais, ta%ve*, /que%es que este+am
uma arma cega quando com#ara da / gra!a socia% de um dis#ostos a fa*er aqui%o que %he #edem que se+a feito, aos
;a%%iard, a es#erte*a de um @agabash ou / #ers#icácia de que #rovidenciam a for!a bruta necessária #ara com#%etar
um >heurge. os ob+etivos de a%gum >heurge ou -hi%odo). <ão é
4as a %ideran!a condiciona% certamente é #arte de nenhuma desonra ser o instrumento da vontade de
nosso traba%ho. ( uma ironia, ve+a — nosso #ecado mais a%guém maior do que você= e, em muitas ocasies fomos
citado é rec%amar mais autoridade do que nos é devida, n&s, os hroun, quem conseguimos grandes vit&rias #ara
mas ainda assim n&s temos o dever sagrado de assegurar os ;arou, sim#%esmente #or fa*ermos o que outros
que todo membro de nossa mati%ha obede!a nossas decidiram que #recisava ser feito.
ordens sem hesitar.  chave, c%aro, é que n&s somos os
"nicos su#ostamente a dar ordens em situa!es mi%itares. er!is
-ense em n&s como a #o%5cia — n&s temos que manter Sim, diga isso. Aei)e escorrer #or sua %5ngua e #ense
nossa autoridade ou os inimigos irão ca!ar os fracos, sobre o que rea%mente significa #ara você, a%ém de gibis e
ainda que ninguém queira um estado de guerra. <ão é, #Qsteres de guerra.  maioria das #essoas #ensa em her&is
na o#inião desse ve%ho guerreiro, #e%o menos, um dever como #arte e)c%usiva da fic!ão, não como a%go
dos 6ua Cheia ditar as #o%5ticas da <a!ão ;arou como encontrado nesse mundo triste. 4as n&s somos feitos
um todo #or muito tem#o.  sociedade ;arou é mais #ara sermos her&is, #orém. eitos #ara agir com nobre*a e
sim#%es que a humana, e mais #r&)ima de suas ra5*es. %utar #e%o que acreditamos ser o certo. Somos feitos #ara
Enquanto #oucos #o%5ticos humanos brigam #ara sermos e)em#%os aos ;arou ao nosso redor, #ara %iderar
defender suas vidas, qua%q uer um em um c5rcu%o de #e%o bom e)em#%o de fa*er a coisa certa. 0Certa1, nesse
%obisomem, que tem #oder #o%5tico, #ode aumentar esse caso, é gera%mente +u%gada #or um #adrão crue%mente
#oder com #oder f5sico. Cada ve* mais, nos dias de ho+e, #ragmático, estando nossa guerra assim tão deses#erada
4estres do Aesafio se a#&iam em %udismo ou montagem como está nos dias de ho+e, mas deve — ou deveria —
de contos #ara reso%ver desafios ao invés de bata%has, mas ainda e)istir a%go da essência do sacrif5cio des#rendido
o sim#%es tru5smo ainda não foi quebrado de forma em a%gum %ugar.
a%guma, e entre os ;arou, eu duvido que a%gum dia se+a. Em nossos me%hores dias, n&s %embramos /que%es a
O que o 6ua Cheia deve fa*er é manter sua mati%ha nossa vo%ta que 0guerreiro1 não é uma #a%avra su+a e que
em uma #ers#ectiva mi%itar e isso necessita de um grau de a%gumas ve*es for!a bruta #ode fa*er do mundo um %ugar
autoridade #ara ser feito. Cada aug"rio é uma #osse me%hor — ou mais #rovave%mente, #e%o menos redu* a
estratégica,
dos ;arou mesmo
dessa que a#enas
forma. ( n&s en)erguemos
nossa as %uas
res#onsabi%idade sua
são descida
muitas asao#essoas
#o!o deque
corru#!ão
nessa eradecrue%
a%guma forma. <ão
acreditam na
assegurar que todo membro da mati%ha este+a e)istência de verdadeiros her&is, mas é im#ortante que
#reenchendo o seu #a#e%, se+a e%e um dever m5stico ou n&s acreditemos. Eu +á vi hero5smo rea%, genu5no — as
socia%. Gm @agabash não deve ser a#enas um bobo da vidas de #essoas inocentes Be #or isso eu digo sobre
corte, mas um batedor, enganador e um agente de humanos e %obos #reservadas e me%horadas #e%o va%or de
es#ionagem. Gm >heurge deve #arar um #ouco de nosso aug"rio. <&s devemos acreditar na #ossibi%idade do
e)#%orar os grandes mistérios #ara fa*er fetiches, verdadeiro hero5smo — a cren!a transforma a rea%idade,
com#rometer es#5ritos da guerra e assegurar que aque%a e esse ti#o de fé Bnão essa fé cega — a#enas uma fé c%ara
mati%ha tenha a#oio Gmbra% na hora da bata%ha. Gm em n&s mesmos se#ara uma #essoa #ro#ensa a es#asmos
-hi%odo) não deve a#enas +u%gar %eis e condu*ir rituais, de vio%ência nii%ista de um ;uerreiro Es#iritua%.

118 Livro dos Augúrios


é sua res#onsabi%idade.
Instintos e Atitudes 4uitos, muitos 6ua Cheia secretamente gostam de
E)istem duas grandes e confortantes mentiras sobre acreditar que a "ria está a%ém de sua habi%idade de
"ria que circu%am e envenenam a sociedade ;arou' que contro%á:%a. fina% de contas, muitos de n&s uma hora ou
e%a é incontro%áve% e que é descuidada. Os instintos dos outra cedemos ao frenesi e ferimos ou matamos a%go que
hroun são sim#%es e diretos' res#onda / agressão da n&s não t5nhamos o direito de ferir. Se torna muito mais
mesma forma. 2ocê sente isso em seu cora!ão, mesmo fáci% viver com essas mem&rias se você acreditar que você
que você não com#reenda com#%etamente. <&s somos não tinha esco%ha. 0<ão foi -resas:do:-oder quem rasgou
inc%inados a res#onder os insu%tos ou / corru#!ão com aque%a +ovem -arente que o chamou de covarde,1 eu
raiva e f"ria e n&s gera%mente nos ou!o ser dito, 0foi sua "ria. E%e não #odia evitar1. Como
a#oiamos em nossos se a "ria fosse, de a%guma forma, um agente e)terno que
com#anheiros #ara a%iviar age em n&s, for!ando nos a fa*er a%go que n&s nunca
nossos im#u%sos. <unca rea"mente quiséssemos fa*er. Então, e%e não tem
subestime a intensidade nenhuma res#onsabi%idade #or suas a!es sobre virtude
de seus instintos do frenesi — que conveniente$ C%aro, e)istem muitos
agressivos, crian!a= #arte de ;arou que conseguem contro%ar suas a!es ainda assim, o
seu dever como hroun é que mostra que essa forma de #ensar nada mais é do que
a#render a contro%á:%os #ara uma mu%eta #sico%&gica.
que os que te circu%am -ara ser +usto com os indiv5duos, a sociedade ;arou
este+am a sa%vo.  "ria é não castiga os hroun da maneira como deveria a%gumas
uma ferramenta, e não um ve*es. E)iste uma moderada #erda de @enome #ara a
mestre= o que você fa* com e%a maioria dos hroun que mata um
humano Bou um %obo a%iado em um
acesso de f"ria, enquanto um humano
iria #assar um tem#o de sua vida na
cadeia. Outros ;arou assumem que
essa vio%ência é nosso %egado, que n&s
não dever5amos ser res#onsabi%i*ados
#e%os frenesis e #e%os atos de #ai)ão.
Aessa forma, a "ria #ára de ser um
fardo e torna:se
+ustificativa uma descu%#a,
#ara fraque*as moraisumae
#sico%&gicas. Hsso não #ode ser to%erado e
quanto mais cedo as #otências da <a!ão
se conscienti*arem de que assassinato é
assassinato, me%hor n&s estaremos. Rá
chega disso= vamos #ara a segunda
mentira — essa é mais comumente
acreditada #or aque%es que estão de
fora da sociedade ;arou, mas ainda
assim é um grave erro.
<ossa "ria difici%mente é
descuidada, é uma raiva direcionada=
e%a tem um prop.sito. <&s,
vergonhosamente, so%tamos nossa
"ria sobre nossos a%iados e sobre
inocentes em a%gumas ocasies, mas
qua%quer um que +á tenha sentido a
89rm sabe que essa não é a ra*ão #e%a
qua% a "ria nos foi dada.  corru#!ão
da 89rm evoca um sentimento de
re#u%sa em n&s que é muito dif5ci% de
e)#%icar com #a%avras, isso ra#idamente
nos %eva até um dese+o #rimitivo, uma
f"ria #rimitiva que queimava quando o
mundo ainda era +ovem. ( quase como se
n&s nos tornássemos um rece#tácu%o, uma
casca consciente habitada #or ;aia ou 6una

119
quando essas #oderosas divindades atacassem seus que te transforma quando um ma%dito @agabash a#erta
odiosos inimigos. Eu não tenho #a%avras me%hores do que um sim#%es botão irá %he dar o #oder de rasgar a garganta
essas #ara descrever a fonte de nossa agressão, mas eu de um 4a%dito enquanto esse mesmo @agabash es#ia a
#e!o a você que #ense sobre isso' os humanos não têm outra e)tremidade. Se n&s somos brutos, então que se+a'
"ria. n&s somos o que ;aia ordenou que fQssemos, e eu não
E%es se deitam com o ma% faci%mente, irei me #ermitir a acreditar que qua%quer coisa mais
com#rometendo sua ética quando necessário #ara sua 0com#%e)a1 ou 0suti%1 se+a necessária #ara n&s sermos
sobrevivência ou #ros#eridade. <o gera%, essa habi%idade criaturas de va%or.
que e%es têm de fa*er com#romissos os dei)am distantes
do derramamento de sangue, sofrimento e de #erdas A"roun atrav#s das $ribos
desnecessárias — eu não estou insu%tando os humanos. Aiversidade está entre as maiores for!as da <a!ão
4as isso sem#re me horrori*ou, que tantos de%es ;arou e como qua%quer enrir sabe n&s #recisamos de
#erderam a ca#acidade de sentir uma raiva verdadeira cada fragmento de for!a que tivermos nessa era. >odos os
quando testemunham a%go que e%es sabem que é errado, é guerreiros de ;aia %utam de formas de diferentes, mas
doentio e ma% — a#enas uma aceita!ão ou uma to%a todos continuam %utando sob a bandeira Ae%a.
a#atia. E assim a 89rm se move si%enciosamente #or  inimi*ade entre as "rias <egras e minha #r&#ria
entre sua sociedade, ganhando mais ade#tos a cada dia. tribo é %endária, mas eu es#ero que você acreditará em
Eu acredito que o mundo tem uma deses#erada mim quando eu disser que to%ero a tribo, de modo gera%,
necessidade de criaturas que ainda têm a habi%idade de se sem má vontade. E afirmo, fa%ando como um #r&#rio
mover em uma f"ria assassina #erante a in+usti!a e hroun, as 6ua Cheia de%as me dão medo. <&s Crias
corru#!ão, que odeiam a escuridão em seu sentido temos a desonra "nica de termos mora%mente fracassado
abstrato ao invés de a#enas se o#orem a e%a quando a muito, muito gravemente com re%a!ão ao #ovo +udeu= eu
#raticidade e)ige. >odas as criaturas de ;aia se ada#tam temo que tenha visto muitos dos mesmos #erigosos sinais
a es#ec5ficas caracter5sticas #ara #reencher o #osto em na "ria das "rias <egras. E%as tra*em a terr5ve% mistura
Sua Ordem <atura%. <osso #osto é o de ca!ador, de ideo%ogia 5ntegra, iso%amento de seus 0inimigos1 Beu
assassino, e ;aia nos deu a "ria #or essa ra*ão. nunca encontrei uma "ria que entendesse rea%mente um
gora, você tem que entender isso. Outros na homem, a%ém de estere&ti#os e acusa!es e um
sociedade ;arou vão ver você como um bruto ou como crescente &dio e frustra!ão — isso não #ode terminar
um macaco de bata%has, sim#%esmente #or causa de seu bem. @e*e #ara ;aia #e%as a%mas de%as, garoto. Se)ismo é
signo 6unar. Ae muitas maneiras, e%es estão certos. <ossa uma doen!a e uma que não #ode ser combatida a#enas
maior virtude
#odemos e nemé também
devemosnossa maior fraque*a'
nos com#rometer comn&s não
o ma%. com o &dio. sso
acreditarem ta%ve*
que são se+a confortante
#oderosas #araque
0#rotetoras1 várias
saem#or
#or
<unca.  89rm deve ser enfrentada onde quer que a5 #rontas #ara fa*er estu#radores e es#ancadores de
resida e sem#re que #ro%iferar — nenhum outro aug"rio es#osas virarem #resunto, mas nosso mundo é raramente
defende esse mandamento da 6itania com tanta #reto e branco, e muitos que ofendem mu%heres não
tenacidade quanto n&s. 4as nossa inquieta agressividade devem morrer. Sangue, terror e morte são #ouco #ara
também nos fa* a%vos fáceis de sermos mani#u%ados' você contraba%ancear com#%e)as doen!as sociais como #obre*a
#ode ser um estudioso, um #acifista ou um #ensador se e aversão / mu%heres, mas essas são as "nicas coisas
quiser, e essas coisas #odem até mesmo fa*er de você um contra as quais devemos %utar. Aesconfio que "rias com
me%hor guerreiro — mas todo ;arou sabe que sobre essa #ouca "ria tem feito bem mais,e me%hor, #ara o %ugar da
fachada está a "ria de um hroun, e não dá muito mu%her no mundo do que suas hroun fi*eram.
traba%ho tra*er essa "ria / tona. Essa sim#%es verdade dá Os @oedores de Ossos me dão es#eran!a em frente /
aos outros um certo #oder sobre você e esse #oder #obre*a, #orém. Seus 6ua Cheia tornam:se incr5veis
gera%mente %eva / com#%acência ou indiferen!a. ssim %utadores desviados, mesc%ando a criatividade e
que você se envo%ver em #o%5ticas de seita, seus rivais irão furtividade, que são gera%mente caracter5sticas dos
automaticamente saber qua% botão #ressionar, e que isso @agabash, com a habi%idade de andar na #onta dos #és e
#ode te ferir tremendamente. distribuir bofetadas de um hroun. E%es também
%guns hroun tentam com#ensar isso abra!ando o res#eitam seus >heurges e -hi%odo), e%es sabem seus
idea% de civi%i*a!ão com#%etamente, tentando co%ocar %ugares na tribo, #or isso não tentam comandar so*inhos
seus instintos de %ado e transformando:se em toda a festa. <otoriamente, e%es sustentam bem o manto
mani#u%adores e em seres sociáveis friamente de f"ria — o singu%ar humor auto:de#reciante de sua
contro%ados. Pue infort"nio, eu digo' ;aia fe* de você tribo é famoso #or corroer a %oucura do ego antes que a
um ser sim#%es e e)iste a#enas uma coisa que você mesma torne:se um #erigo. gnorando sua #osi!ão socia%,
rea%mente fa* bem. Puando um hroun tenta se refa*er #orém, os @oedores hroun continuam sendo criaturas
como uma #essoa com#%icada, um ser na verdade mais #rimitivas e de#ravadas, e e%es, mais do que ninguém,
ca#acitado na sociedade humana do que na ;arou, e%e incor#oram o hroun como o "%timo sobrevivente. <em
#erde #arte da sim#%icidade de #ro#&sito que ;aia %he todos são mode%os bri%hantes, c%aro — a "ria %eva
deu, o #oder se seus instintos agressivos.  mesma raiva muitos de%es a se envo%verem em brutais e vio%entas

120 Livro dos Augúrios


gangues de rua ou a odiar aque%es que #ossuam mais minha. 4esmo assim somos notáveis, também, e a#esar
#ros#eridade financeira que e%es. 4esmo assim, e%es de macu%ada nossa for!a continua #otente. Aei)e que
merecem bem mais admira!ão do que recebem. -ara uma isso se+a uma %i!ão sobre for!a, novato' fraque*a não é
tribo que su#ostamente e)a%ta for!a e to%erLncia, n&s sem#re a#arente, e nem todos os ti#os de for!a mostram:
enrir #odemos ser muito cegos quando temos que se sobre o cam#o de bata%ha. Eu quero acreditar que os
#erceber a #resen!a dessas qua%idades em um @oedor enrir são fortes não somente em nossa #er5cia em
hroun, outros ;arou também não ficam atrás. bata%ha, mas em nossa habi%idade de resistir /s verdades
O hroun i%ho de ;aia não está tão #erto do do%orosas e sa%var nossa honra esfarra#ada. #enas o
#arado)o como muitos #ensam. ntegridade tra* for!a tem#o irá di*er se #oderemos, mesmo assim, re#arar
#ara todos os ;arou e guerra inter:triba% é efetivamente nosso hist&rico sem cair de maneira si%enciosa na
uma forma de sucumbir / 89rm. <ão confunda #a* com fraque*a.
fraque*a, novato= estes são guerreiros que dese+am hroun ndari%hos do sfa%to adotam vio%ência
defender a causa da #a* até seus "%timo sus#iro.  como um bisturi, usando isso como uma ferramenta na
tragédia rea%, #orém, é a fa%ta de res#eito que e%es engenharia socia%. E%es freqMentemente servem de
recebem de seus com#anheiros ;arou. rgumentei im#ositores #ara o resto de suas tribo, #rotegendo
contra os hroun estarem no to#o #or #adrão, mas #or #ro#riedades criminais e garantindo que os servos da
tudo que sacrificamos e tudo que sofremos em nome de 89rm irão encarar os ndari%hos na área financia%,
;aia. 4as certamente não #ertencemos / inferioridade$ como #referem, no %ugar de serem ca#a*es de atacar
;uerreiros dos i%hos de ;aia que e)ecutaram atos que diretamente. E%es muitas ve*es acabam agindo como
qua%quer outra tribo definiriam como her&icos, so%dados e guarda:costas, e minha im#ressão é que
freqMentemente observam seus com#anheiros de tribo se enquanto a%guns são fe%i*es em servir honradamente
afastarem c%aramente durante meses, sim#%esmente outros tornam:se insatisfeitos com suas fun!es na tribo e
#orque e%es não têm estQmago #ara aceitar que a%gumas dese+am um %ugar mais a%to ao so%. 2ários ndari%hos
#essoas #recisam morrer. Gma situa!ão vergonhosa. hroun mais individua%istas evitam mati%has e
hroun ianna bri%ham como o so" — reivindicam uma área #articu%ar de suas cidades como um
freqMentemente dotados de grande be%e*a e carisma, e%es #rotetorado, traba%hando #ara o manter %ivre da mácu%a
#arecem her&is %endários renascidos, cava%eiros modernos da 89rm e #roteger as #essoas que a%i residem. -or mais
de uma távo%a redonda metaf&rica. Como 6ance%ot, nobre que essa inten!ão #ossa ser, acredito que os
#orém, orgu%ho e)cessivo é na maioria das ve*es suas ndari%hos que seguem os caminhos de seus ancies
ru5nas. Como muitos ianna, e%es têm uma %igeiramente acabam fa*endo mais #or sua tribo do que seus #rimos de
romLntica visão
inumana, do mundo,
romantismo mas qua%quer
— ou #ara um #o!o de f"ria
distor!ão do 0es#5rito:%ivre1.
Gma observa!ão interessante' quando e%es dei)am
rea%ismo — é uma tragédia es#erando #ara acontecer. de %ado o #reconceito de um #ara com o outro, de
4atadores não #odem #ermitir a si mesmos o %u)o de chamarem:se de 0-ortadores da 89rm1 e de
&cu%os rosados e rea%mente muitos 0her&is1 ianna 0-rimitivos1, os hroun dos ndari%hos do sfa%to e dos
#arecem acreditar que estão vivendo em um %ivro de G?tena c%assificam:se entre as mais efetivas unies
hist&rias. Ego vai mais fundo nos ianna do que em com#%ementares que a <a!ão ;arou tem #ara oferecer.
qua%quer outra tribo, e misturado com a "ria isso #ode mbas as tribos es#ecia%i*am:se em uma forma #arecida
tornar:se como uma "mida e antiga estufa — um cam#o de %utar' acertando o inimigo onde d&i, #%ane+ando de
maduro com #odridão e mofo #sico%&gico. -ai)es não antemão e esco%hendo seus atos de vio%ência #or %ongos
são a#enas #assatem#os= e%as os consomem #or com#%eto, #er5odos e im#acto es#iritua%.  combina!ão de métodos
movendo, freqMentemente destrutivas e sem#re +oviais. mundanos e #erce#!ão m5stica contribuem #ara um time
Os ianna encarnam a #ai)ão, e seus hroun misturam e)ce#ciona%mente #erito e efica*, assim os ;uerreiros
ta% #ai)ão com a habi%idade f5sica de reta%har qua%quer Es#irituais dessas duas tribos traba%ham +untos mais do
coisa inferior. sso é tudo o que me rebai)arei #ara di*er que a maioria dos outros aug"rios #odem es#erar,
sobre e%es. guiando:se #or estere&ti#os.
E sobre minha #r&#ria tribo, os Crias de enris3 <&s Os ;uerreiros Es#irituais dos ;arras 2erme%has...
ca5mos, ah, e gravemente, mas os Crias de enris são oh, ;aia, que e%es sem#re tenham minha miseric&rdia e
fortes. <&s, es#ero, e)tir#amos o veneno de Hit%er de com#ai)ão. Homin5deos freqMentemente são cu%#ados
todos os cantos de nossa tribo e creio que como tribo #or todo o &dio que os ;arras, que #ossuem uma ami*ade
nunca mais iremos cometer o erro de render:nos ao &dio sossegada com seus #rimos %u#inos, carregam. >o%os —
dessa forma. <&s ainda sofremos da enfermidade da e%es não entendem que a 4a%di!ão fere igua%mente fundo
%oucura do ego, agressão cega e %ideran!a hroun, mas nos %u#inos assim como nos homin5deos3 ;arras hroun
n&s temos uma grande for!a também, e agora acredito são recheados de &dio, vindos de uma educa!ão %u#ina
que estamos a#rendendo a habi%idade do tem#eramento e onde o estrangeiro é odiado, e%es têm uma #equena
a guiar nossa raiva. >a%ve*. Eu re*o, #e%o menos, eu estou habi%idade em entender, redu*ir e contro%ar isso.
aterrori*ado, na verdade= nenhuma outra tribo tem sido E%es são res#onsáveis em muito #e%a re#uta!ão
cegada recentemente #e%a 6oucura da "ria como a negativa de sua >ribo, sendo #or várias ve*es chamados

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 121


de incitadores de guerras, #sico#atas e matadores de
humanos, na verda de — os ;arras de aug"rios com Presas de Prata
menos "ria são mais #arecidos com seus verdadeiros 8i%%iam teve vários comentários es#ecia%mente
#rimos %obos em tem#eramento. Eu certamente não a*edos sobre os -resas de -arta em sua cr5tica
estou tentando +ustificar o assassinato de humanos, aqui srcina%, inc%uindo a%guns #erturbadores #ensamentos
— tudo o que estou di*endo é que o ;arou t5#ico ganha #roféticos sobre Racob 4orning?i%%. Eu os cortei
muito mais com seu %ado Homin5deo, e sem isso o #orque são uma #arte de seu discurso que é
guerreiro dos ;arras está inteiramente / mercê dos c%aramente datado= 8i%%iam morreu antes que o @ei
terr5veis e estranhos instintos da "ria. <inguém que não %brecht nasceu. Creio que uma men!ão do hroun
se+a um ;arra, creio eu, rea%mente entende como é dos hroun é muito a#ro#riada aqui, #orque isso
aterrori*ante, a#risionante e estranho o mundo visto com #ro#icia um contra#onto muito efetivo #ara a
seus o%hos. -odemos cu%#á:%os, nesse caso, #or morderem3 estranha heresia que 8i%%iam continua #rodu*indo,
Os guerreiros dos Senhores das Sombras são brutais que hroun são %5deres fracos. -osso entender o quão
e sem miseric&rdia como as hist&rias os fa*em ser, mas gé%ido o mundo deve ter o%hado #ara e%e então,
nos dias de ho+e eu #oderia considerar isso mais como recordando do Ho%ocausto com um cora!ão recheado
uma virtude do que uma fraque*a. E%es também #arecem de &dio inerente. 4as %brecht avan!ou e
#ossuir um ti#o de honestidade genu5na com as fa%tas do com#rovou o que 8i%%iam #arecia tão deses#erado
resto da sua tribo — e%es não são 4aquiavé%icos= fa%o de #ara acreditar' é #oss5ve% ser cheio de "ria e, %á no
um ti#o de honestidade mais #rofunda. Há uma ideo%ogia fundo, continuar sendo um bom homem. Creio que
genu5na #or trás de suas a!es, uma devota cren!a de que se 8i%%iam estivesse vivo ho+e, e%e #rovave%mente
o fraco deve submeter:se ao forte e o ma% é gerado estaria orgu%hoso de %brecht, e também gostaria de
quando ocorre o reverso. E%es fa*em bons #ontos, e)#erimentar um ti#o de e%eva!ão indescrit5ve%, um
também — tanta corru#!ão e)as#era na sociedade senso de sobreseguran!a es#iritua%, através de sua
homin5dea #orque bons homens não tem ambi!ão, mera e)istência.
o#rimindo:se / %5deres fracos e decadentes que não são Sobre os ;uerreiros Es#irituais dos -resas de
mais que um triste eco da for!a de seus caráteres. #esar -rata nos arredores modernos' %brecht foi sucedido
de que certamente não fami%iari*o com os assuntos no as#ecto de ins#ira!ão de seus deveres de aug"rio
internos dos Senhores das Sombras, eu #osso es#ecu%ar a%ém de suas as#ira!es mais se%vagens. %guns
que seus guerreiros são freqMentemente e)#%orados #or +ovens guerreiros dos -resas es#e%ham:se na imagem
@agabash, >heurges e outros aug"rios dos Senhores de%e, en)ergando uma chance de esca#ar da
#rovave%mente #ara
Aesconsiderando isso, ava%iar
e%es sãoaosmanha sobre
Senhores que amuitas
for!a. estagna!ão dede
formadores seus ancies.
o#inião, Esses
nãohroun tentam ser
seguidores, e
ve*es vêem aque%es que são mais fracos que e%es mais freqMentemente atraem a ira de seus ancies no seu
como #ees que como indiv5duos e quando e%es dese+o de reconstruir a imagem da tribo. E%es estão
encontram um %5der verdadeiramente forte e com#etente, acabados, na verdade, e a tribo de modo gera% é mais
e%es defenderão sua regência até a morte. sso é do que um #ouco ca&tica conforme os ve%hos são
significativo #ra mim. chutados fora #ara dar es#a!o #ara os novos. 4uito
Os -eregrinos Si%enciosos são freqMentemente vistos disso significa descer de sua torre de marfim e
como uma tribo #ac5fica, mas sua antiga Be teimosamente interagir com o mundo — as aventuras de 0n5ve%
combatida$ guerra com os Sanguessugas Eg5#cios deveria urbano1 de %brecht ins#iraram vários outros
#Qr esse mito #ara dormir. Os feitos dos hroun hroun / dei)arem seus mansos va%es na #rocura da
-eregrinos não são freqMentemente cantados, e%es são a vida rea% e da arte da guerra honesta.
ant5tese dos ostentosos ianna ou em#inados -resas de Si%enciosamente, e%es estão as#irando
-rata. #esar disso o hero5smo anQnimo continua sendo deses#eradamente #ara hastear a imagem do her&i
hero5smo, assim creio que os atos mais g%oriosos dos moderno, e não #osso cu%#á:%os #or isso.
-eregrinos hroun são testemunhados a#enas #e%a areia
e #e%os seus es#5ritos tribais de @enome. E%es certamente
não se gabam em assemb%éias, a%go que um ou outro Os -ortadores da 6u* nterior encarnam o #oder da
;arou em sã consciência fa*. ;ostaria de acrescentar f"ria sob a disci#%ina. -or afiarem sua determina!ão, e%es
também uma #a%avra sobre os rea%mente "nicos e são ca#a*es de cana%i*ar sua #ai)ão em enormes feitos
criativos métodos que os -eregrinos desenvo%veram #ara marciais. E%es contro%am a "ria ta%ve* me%hor que
o combate através dos sécu%os. E%es usam seus Aons de qua%quer outra tribo ;arou, em média, mas isso não
movimento como maior vantagem, tendendo / serem significa que e%es são contra o uso da mesma. <a verdade,
guerreiros a%tamente táticos, e esco%hem bem suas em fato, é o o#osto= o foco es#iritua% de%es os dá um
bata%has. Como mensageiros, fornecedores, esco%ta ou enorme res#eito #e%o dever em gera%, que #artem de suas
assassinos, esses hroun têm sido faci%itadores #ara idéias cu%turais sobre Aharma, as quais %evam seus
centenas de grande vit&rias contra a 89rm, mesmo se hroun / um a%to grau de humi%dade, mais do que
isso não %hes der muito crédito. aque%es de outras tribos' como r+una na hagavad ;ita,

122 Livro dos Augúrios


é o dever de%es %utar ao %ado de deuses e es#5ritos= e%es odeiam minha tribo e e%es têm minha com#ai)ão #or
#uramente reconhecem seus destinos e os obedecem. tudo aqui%o que #erderam. Eu também reconhe!o a
-ortadores da 6u* nterior criam guerreiros que #ensam, tremenda for!a que e%es demonstram, se+a %utando com as
hroun que se concentram mais em afiar suas habi%idade %iterais manifesta!es da 89rm ou agMentando sobre os
do que em ca!adas e g%&ria, tentam incor#orar #arte do ombros o #eso #or tudo aqui%o ao qua% seus -arentes
sangue, trovão e #oder e%ementa% encontrados nos é#icos estão su+eitos.
ndianos e Chineses. 4as também e)iste um %ado amargo desses her&is
G?tena criam minuciosos e efetivos guerreiros.  #ers#ica*es. 4ais do que em qua%quer outra tribo, e%es se
tribo é guiada tota%mente #or seus >heurges, sendo assim renderam ao &dio, e na %oucura de sua "ria muitos de%es
seus guerreiros não tem a mesma #egada de um, digamos, estão matando tudo que sua tribo +urou #roteger. Puão
hroun Cria de enris. 4as eu +á tive a honra de #oderosos seus -arentes nd5genas #odem ser se sua tribo
traba%har com ;uerreiros Es#irituais dos G?tena e #osso +á foi equi%ibrada como os G?tena e os Senhores das
confirmar suas coragem e com#etência. s duas #a%avras Sombras3 Suas fraque*as não são tão diferentes de como
que vêm na cabe!a / res#eito de%es são 0ataque foram nossas fraque*as no nosso momento mais escuro'
cir"rgico1' e%es sabem e)atamente onde acertar um eu %embro da 4ãe %emanha e como e%a ficou sob o
inimigo #ara feri:%o muito, sua tribo tem a me%hor >ratado de 2ersai%%es, nossas crian!as cresceram na
inte%igência mi%itar que +á vi. Aiferente da maioria dos imund5cie enquanto os nobres ritLnicos e ranceses
hroun, G?tena satisfa*em:se #ouco com vio%ência #odiam dourar suas casas com arquitetura fina. 6embro:
casua%= a "ria dos Crias queimam quente, enquanto a me da vergonha que sentimos, o quão #rofundo a c&%era
"ria dos G?tena é fria e ca%cu%ada.  e)ce%ência de%es queimou. E nunca serei ca#a* de esquecer do erro que
no #%ane+amento mi%itar, e sem#re que %utam, gera%mente essa raiva fe* os Crias cometerem. Eis um motivo #ara a
tem um ob+etivo em suas mentes — freqMentemente es#eran!a, quando ve+o muitos +ovens guerreiros
sequestrando itens m5sticos ou a#rendendo um #oderoso 8endigo ignorarem o #reconceito de seus ancies e
segredo. traba%har #ara fa*er da tribo uma #oderosa e re%evante
Eu não vou fa%ar ma% dos vários her&is enrir que #arte da <a!ão ;arou, co%ocando de %ado antigas ri)as e
conheci que arrastaram:se #reci#itadamente em uma traba%hando em ob+etivos comuns com os ;arou
fero* bata%ha, mas /s ve*es um ataque mais direcionado a Euro#eus. sso fa* #arecer que, como o inverno rende:se /
um inimigo suti% é necessário. G?tena e ndari%hos #rimavera, cada nova gera!ão dos ;arou, mesmo que
hroun são es#ecia%i*ados nisso — encontrando o mais muito #equena, tra* uma nova #ers#ectiva #ara sua tribo.
terr5ve% ti#o de inimigo, o ti#o que se esconde atrás das Em nenhum %ugar esses es#5ritos +uvenis são mais
mura%has da
grisa%hos, e%esburocracia,
os for!amdaa sair
dire!ão errada
de suas e dos segredos
cara#a!as #ara necessários do os
E é c%aro, quehroun
entre dos 8endigo.da Es#ira% <egra
Aan!arinos
serem estri#ados na ás#era %u* do dia. %egitimamente nos aterrori*am — não e)iste es#5rit o
Seus métodos de treinar os 6ua Cheia inf%uenciam nobre de com#eti!ão entre e%es, nem amor es#ortivo aos
na honra, disci#%ina e reverência aos es#5ritos sobre conf%itos. E)iste a#enas a necessidade abso%uta de%es de
ca!ada da g%&ria, o que em meus o%hos significa que e%es fa*erem mortos, e, #or quaisquer meios #oss5veis.
tendem a #rodu*ir uma ra!a me%hor de hroun em sua @ea%mente, e%es tocam um #erturbador acorde conosco,
maioria. etiches são a%tamente ava%iados como um sina% da mesma forma que imagine seus @agabash enfrentando
de g%&ria #e%os G?tena, então você #ode su#or que seus os @agabash de ;aia, seus >heurges aos nossos >heurges,
guerreiros mais e)#erientes carregam um saco e)tra de e assim #or diante. <inguém quer %utar contra si mesmo,
truques mágicos #ara aumentar seus +á f%e)5veis Aons. simbo%icamente ou não. Puando um +ovem ;arou
Gma nota fina% sobre os guerreiros G?tena' #ercebi que encontra os Es#irais #e%a #rimeira ve*, e%es #arecem tão
muitos de%es #arecem ter uma incr5ve% a#tidão #ara estranhos, tão horri#i%antes em sua vio%ência insana. 4as
memori*a!ão= não tenho certe*a do #orquê, mas deve ter então, de#ois durante sua vida, e%e em a%gum momento
a%go a ver com estar a#to #ara %er documentos em um #resenciará um hroun de ;aia %ambu*ado com o
%ugar hosti% e guardá:%o de vo%ta des#reocu#adamente. sangue do inocente e bufando satisfeito com o #ra*er de
4as isso é a#enas uma es#ecu%a!ão... matar, e os desvairados guerreiros Es#irais não vão mais
hroun 8endigo %embram meu #r&#rio #ovo de #arecer tão estranhos. sso, na verdade, é e)atamente o
várias formas — se%vagem, furioso, vio%ento, macho, que os Es#irais hroun são' o mais sombrio de nossos
sangrento e de%eitando:se com cada minuto disso tudo. destinos, no que nos tornaremos quando nos dei)armos
>odavia, e)iste um sofrimento maior nisso, uma nosso dever e abra!armos o ego5smo tota%mente. Gm
#rofunda e cortante vergonha. 4e #ergunto como os Aan!arino >heurge #ode rea%mente amar a 89rm — vai
Crias irão arcar com a #erda de tudo o que e%es têm, saber — mas seus hroun amam a#enas a si mesmos.
nossos #arentes en+au%ados em reservas, carregados de Sem dever, sem devo!ão abnegada, tudo o que %hes resta
doen!as estrangeiras, viciados em bebidas fornecidas #or é o ego, vio%ência, e um faminto ti#o de &dio que nunca
agentes da 89rm e rigorosamente convertidos a fa%sas será saciado, não interessa o quanto se a%imente.
re%igies em um aterrori*antes m#ergium cu%tura%. Sei, Creio que os Givadores rancos, todos esses anos
entendo #orque os 8endigo são furiosos, #orque e%es atrás, foram como os modernos Crias... você está

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 123


chocado de que eu este+a di*endo isso da minha #r&#ria são tão educadas — a minha #r&#ria Crias de enris, os
tribo, novato3 ique chocado. ianna e os 8endigo, todas têm várias hist&rias de
@ituais de -assagem que terminam em fata%idades. 4as
Pape% na &ati%"a um so*inho e #equeno 4a%dito ou fomori continua não
4uitos aug"rios têm um com#%e)o e variado #a#e% a sendo #áreo mesmo #ara um ;arou destreinado, e uma
rea%i*ar nas misses da mati%ha, mas o nosso é ve* que os instintos ;arou assumam o contro%e, a vit&ria
com#%etamente sim#%es' é seu dever tomar a %inha de é o resu%tado comum.
frente, assumir o fardo e #roteger seus com#anheiros de -are e #ense sobre como deve ser sentir isso= você é
mati%ha de qua%quer dano f5sico. sto não quer di*er que um ado%escente t5#ico, ta%ve* um #ouco emociona% e um
um com#anheiro de mati%ha de um aug"rio diferente #ouco so%itário devido / 4a%di!ão, você acaba de estri#ar
#ossa #erder as for!as ou adoecer, mas e%es outro #rováve% sábio com suas #r&#rias mãos. Sua face e
freqMentemente serão encaminhados #ara outros assuntos #e%ugem estão manchadas com sangue e outros f%u5dos, e
: e)#u%sar um es#5rito hosti%, tentar arrombar um toda #itada de socia%i*a!ão #révia que você tinha está
com#%e)o trancado, #rocurar um fetiche com visão di*endo que você acabou de cometer uma atrocidade —
m5stica : e é sua res#onsabi%idade assegurar que e%es %embre:se, você é um fi%hote= você #rovave%mente não
tenham seguran!a e o tem#o que e%es #recisarem #ara entende rea%mente a 89rm. E ao redor de você todos
fa*er isso. Puando um com#anheiro de mati%ha cai em estão ap"audindo — e%es estão ocu#ados di*endo / você
bata%ha você, como o hroun, com#arti%ha de sua que você é um her&i, um #aradigma, um grande guerreiro
desonra, #ois é sua res#onsabi%idade #rover su#orte em sua estrutura. -e%a #rimeira ve* em sua curta vida,
mi%itar e instru!ão da qua% e%e necessita #ara assegurar você encontra uma aceita!ão verdadeira. -ense sobre o
que e%e não fa%he. im#acto disso. sso e)#%ica muito sobre nosso aug"rio,
im da hist&ria. rea%mente.
 trágica verdade é que muitos +ovens hroun são
Cic%o de 'ida ensinados / crescerem como #erseguidores da g%&ria —
Cheios de "ria como somos, muitos hroun dese+ando mais morrer #or ;aia do que viver bem em
iniciam sua e)istência como %obisomens com a -rimeira nome Ae%a. sso tende / ser uma reviravo%ta muito
4udan!a que sem#re é mais vio%enta do que o norma%. grande entre n&s, se+a #or natura%mente sermos a %inha
2ocê ouve um monte de hist&rias sobre como um ;arou de frente da tro#a de choque da <a!ão ;arou,
nascente descobriu seu #atrimQnio di%acerante su#ostos inatura%mente devido / névoa de fata%ismo e deses#ero
assa%tantes, estu#radores ou neo:na*istas aterrori*ando que arre#iaram toda a <a!ão ;arou desde a ;rande
seus vi*inhos.
4udan!as Essasnassão
cantadas as hist&rias
assemb%éias, deviscerais
#orque -rimeiras
e ;uerra. Como
humanas na maioria
#arecidas, dos aug"rios
a +uventude é um ;arou
tem#o ede#rofisses
#ouca
sangrentas como e%as são, e%as continuam sendo do ti#o #revidência e #ouca intros#ec!ão, mas nosso ti#o /s ve*es
confortante. 4uitos ;arou enfrentam situa!es #iores, e)agera isso até quase virar caricatura. -reci#ita!ão é
muitos #iores nesse as#ecto.  4udan!a é causada #or #erdoada, #articu%armente se dessa ve* isso %evou / uma
intensos estresse, terror ou sentimentos de agressão, e a vit&ria. 2árias coisas que deveriam fa*er outros ;arou
nature*a humana sendo o que é, isso significa que come!arem seus afa*eres #ara com seus ancies são
freqMentemente um #rofessor condescende, um irmão ignoradas em um hroun, #articu%armente em um de
mais novo #ente%ho ou um #arente dedo:duro são os que @a!a -ura que demonstrou #roe*a em suas recentes
sofrem a maior #arte da recém:nascida "ria do bata%has. Gm n"mero de rá#idas e brutais bata%has com
%obisomem. ronicamente, mu%heres #arecem mais bestas da 89rm freqMentemente %eva um hroun na
#ro#5cias / esse ti#o de tragédi a do que os homens — meia idade antes do tem#o natura% — n&s #assamos #e%os
machos a#rendem muito cedo o quanto e%es #odem -ostos com menos idade crono%&gica do que em outros
machucar ao #artir #ara cima fisicamente, mas mu%heres aug"rios= diferente de Honra e Sabedoria, ;%&ria não
humanas não tem o mesmo treinamento nessa área. Ae e)ige anos de estudo e treinamento #ara acumu%ar. sso
qua%quer forma, muitos hroun de ambos os se)os a#enas de#ende de sorte, vit&ria e uma boa re#uta!ão.
carregam o segredo das reais circunstLncias / res#eito de Chega uma hora na vida de todos os hroun onde
sua -rimeira 4udan!a até o t"mu%o +unto de%es. uma esco%ha deve ser feita, mesmo que a vasta maioria
Certamente, a%guns hroun tem inicia!es mais fe%i*es não entenda, isso é e)#osto diante de%es.  esco%ha é
do que outros, mas sangue e morte não são incomuns no entre o ego e o dever, entre ego5smo so%i#sista e honrosos
ca#5tu%o de abertura da e)istência de um ;arou. servi!os #ara um #oder es#iritua% mais e%evado.  maior
O @itua% de -assagem #ara um hroun varia #ouco tenta!ão que um hroun sem#re irá encontrar é
de tribo #ara tribo — isso é uma tradi!ão que ninguém acreditar nas coisas que fa*em a vida fáci% de viver. 2ocê
dese+aria mudar. hroun chegam / maturidade em #rova +á ouviu todos antes' como um )#roun , a 'rande
de fogo ao vivo, um viscera% combate contra uma criatura parti"#a da '"ria, a primeira morte, os me"#ores
da 89rm viva. s tribos mais fracas asseguram que o fetic#es são meus por direito e é meu dever reivindic/0
@itua% se+a 0seguro1 — e)istem ancies #r&)imos #ara "os. Os astet 1 )ndari"#os do )sfa"to 1 +en#ores das
sa%var o fi%hote caso e%e #erca a %uta. Outras tribos não +om(ras 1 !eiticeiros 1 2udeus 1 3mpuros são tão

124 Livro dos Augúrios


inimi'os quanto a 45rm e é meu dever mat/0"os. 6u #ertencem ao Caern, o que #ode se mostrar
sou evidentemente o me"#or "íder que min#a mati"#a 1 es#ecia%mente trágico com a ausência do 2igia, que
seita 1 tri(o pode ter, dessa forma é meu dever nunca deveria dei)ar seu Caern e)#osto ao #erigo.
reivindicar. ) 'uerra ta"vez nunca possa ser vencida s duas #osi!es mais comuns entre os hroun são
de qua"quer jeito, então é meu dever cair em uma as de nimigo da 89rm e de 2igia — ambas requerem
morte '"oriosa. Evidentemente, dever #ode tornar:se um um guerreiro #oderoso e misturam g%&ria em seus deveres,
#ouco #ressionante quando você tem que esco%hê:%o. sso tornando:as muito atrativas #ara os 6ua Cheia. O #osto
é o que diferencia ser um her&i de ser a caricatura de um de nimigo da 89rm é aberto a hroun de #osto bai)o
her&i. que não #recisam estar necessariamente %igados / seita.
-oucos hroun de #ostos mais bai)os sobrevivem a <ão é de se assustar, #ortanto, que se+a o cargo mais
#onto de se tornarem ancies mais no que em qua%quer cobi!ado entre os +ovens hroun, causa de muito mais
outro aug"rio, #e%o menos entre as tribos mais vio%entas. desafios, atritos e #o%iticagem do que este rea%mente va%e.
que%es que o fa*em são es#ertos e #oderosos veteranos O 2igia encontra uma #osi!ão mais estáve%, #restigiada
de mi%hares de bata%has e sofrem com a res#onsabi%idade com o res#eito de toda a comunidade, o 2igia não é
adiciona% de viver sem a maioria das %imita!es — somente um dos mais #oderosos ;arou da face da terra,
gera%mente, ninguém em área #r&)ima #ode desafiar a e%e é a%guém que decidiu co%ocar sua devo!ão ao dever
bravura de um hroun ancião. sso os dá uma #erigosa acima da g%&ria e dos #rivi%égios de %iderar ofensivas. O
%iberdade #ara a conseqMência de seus #r&#rios atos, #e%o 2igia norma%mente %eva uma e)istência mais ca%ma,
menos na maioria das ve*es isso acaba causando grandes ainda que nem um #ouco menos va%orosa.
danos / <a!ão. que%es que se renderam ao ego tornam: hroun raramente as#iram /s #osi!es mais
se os tiranos da seita, ve%has bestas grisa%has vivendo em ritua%5sticas da seita como 4estre do @itua%, 4estre do
ecos da g%&ria de seus feitos #assados e usando for!a bruta Givo ou Con+urador da 89%d. E)istindo #oucas ocasies
#ara esmagar qua%quer um que os irritam. Esse ti#o de que #ossam %evar um hroun a ocu#ar tais #osi!es, de
ancião hroun não é sem#re &bvi o — /s ve*es e%e se qua%quer forma. -rimeiro, em seitas que idea%i*em tanto a
torna um e)ce%ente %5der tático, tra*endo / sua seita guerra, que todos os #ostos im#ortantes se+am ocu#ados
vit&ria atrás de vit&ria, e então e%es são #o#u%ares e #e%os 6ua Cheia. Obviamente, estas seitas seriam
res#eitados #or toda a <a!ão. 4as uma ve* que a seita #rofundamente desba%anceadas e ina#tas nos assuntos
tenha abra!ado o ti#o de ditadura da g%&ria que esse que e)igissem os dom5nios do es#iritua%ismo e das
ancião hroun oferece, e%a cresce suti%mente doente, e tradi!es ;arou — não que e%as fossem se im#ortar
como um tem#%o steca e%a constantemente #recisa de muito com isso. Contudo, e)istem s&%idas ra*es #ara que
novos derramamentos
#ode ser de sangue
a#enas uma questão #ara seaté
de tem#o sustentar.
que todassso
as um hroun
dentro ocu#e
da seita. uma ve*es
%gumas #osi!ão #ouco convenciona%
um hroun de a%to #osto
&bvias manifesta!es da 89rm #r&)imas se+am se devota tão #rofundamente a Honra quanto a ;%&ria, e
destru5das, e o hroun comece a ver as seitas vi*inhas se encontra numa situa!ão onde sua #resen!a é
menos como iguais e a%iados, e mais como sucu%entas necessária o tem#o todo dentro da Seita. Esses 6ua Cheia
conquistas #otenciais. Em breve, ;arou vo%tará garras e gera%mente acumu%am outra fun!ão %iderando diferentes
#resas contra ;arou, e 6una irá verter em %ágrimas #or rituais B/s ve*es mesmo como 4estre do @itua% tanto
aque%e que traiu seu dever tão gravemente... #ara demonstrar sua devo!ão aos es#5ritos quanto #ara se
manterem ocu#ados nos tem#os de #a*.
Outros hroun sim#%esmente e)ibem a#tides
Pape% na Seita incomuns, as quais os ancies vêm vantagem em tirar
 #rimeira e mais #roeminente fun!ão do hroun #roveito.  des#eito de qua% se+a o motivo, o que uma
dentro de qua%quer seita é mi%itar. hroun +ovens agem seita #erde em forma%idade e tradi!ão, quando esco%he
como tro#as de choque da seita, #artici#ando de assa%tos, um hroun #ra ocu#ar #osi!es ritua%5sticas, e%a ganha
o#era!es táticas e outras a!es ofensivas sob a em #ura sinceridade e devo!ão, +á que #ouco s seres
su#ervisão dos ncies.  maioria dos 6ua Cheia não entendem o sacrif5cio em nome de ;aia como um
têm ob+e!es quanto a serem usados dessa maneira, +á hroun e essa %ea%dade trans#arece em qua%quer rito ou
que este é o caminho mais rá#ido #ara a ;%&ria e, uivo %iderado #or e%es.
#ortanto, #ara os #ostos mais a%tos como um hroun. Puanto ao Conse%ho de ncies, a inf%uência dos
ncies hroun ainda %utam nos interesses da Seita, mas 6ua Cheia vai variar de seita #ra seita, de tribo #ara
quase sem#re em #ostos mais defensivos — certo ou tribo. Eu +á ouvi que dentro das seitas dos i%hos de ;aia
errado, a sociedade ;arou ainda se #reocu#a mais com a e -ortadores da 6u* nterior n&s temos #ouca ou
#rote!ão dos caerns do que com %evar a %uta #ara dentro nenhuma vo*. Em tribos mais be%igerantes, o Conse%ho
do territ&rio da 89rm. Essa é uma tática mais segura norma%mente é dominado #or hroun.  forma!ão mais
num conf%ito com #oucas #robabi%idades de vit&ria, na saudáve% é a%go no meio termo, com Conse%heiros
verdade= estratagemas e riscos não costumam sair tão hroun oferecendo seu #onto de vista mi%itar, >heurges
bem como nos fi%mes. hroun %oucos:#or:g%&ria ainda a es#iritua%, @agabash desafiando #reconceitos e
insistem em %iderar gru#os de assa%to mesmo quando e%es -hi%odo) equi%ibrando isso tudo a fim de chegar a uma

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 125


decisão fina%. Hnfe%i*mente, nos dias atuais
isso quase nunca é uma rea%idade. Em seitas
onde hroun conquistou a #osi!ão de %5der
da seita, você raramente verá um Conse%ho
de ncies #oderoso moderando seu #oder.
6uas Cheias não dividem bem a autoridade,
e têm a trágica tendência de esmagar
/que%es que ficam em seu caminho.

A"roun e os outros
Aug(rios
gora, antes de eu come!ar a tagare%ar
sobre nossa re%a!ão com os ;arou de outros
aus#5cios, e)istem dois #ontos re%evantes
que eu gostaria de enfiar nas suas cabe!as.
-rimeiro, hroun são chamados #ara servir
e a+udar outros ;arou muito mais do que
n&s #edimos a mesma coisa de%es, e esse é o
ma%dito +eito que as coisas devem ser. Seus
com#anheiros vão #recisar de você — #ara
defendê:%os, #ara %iderá:%os na bata%ha, #ara
tomar a sua #osi!ão toda ve* que isso for
necessário — e você vai eng o%ir isso e
aceitar qua%quer #edido ra*oáve% de%es. -or
quê3 -orque é seu dever, +usto ou não. Se
seu >heurge #recisa em#reender um ritua%
#ara conseguir #or aque%e 4a%dito
gigantesco #ra dormir, ou seu ;a%%iard
dese+a contar aque%a #arábo%a #o%5tica
contundente numa seita hosti%, ou seu
@agabash quer chegar a a%gum %ugar onde os
outros não querem que e%e este+a, mesmo
que e%e não %he conte o motivo —
você é o escudo de%es, e é sua
missão assegurar que nada hosti%
#orá suas mãos, garras ou
tentácu%os ne%es, mesmo que
isso signifique que você vai
acabar com uma cicatri* no
#eito e e%es com o renome
#e%a grande vit&ria contra a
89rm.
O que me %eva ao
meu segundo #onto'
n&s, os 6ua Cheia,
temos que nos %embrar

que somos um quinto


da equa!ão, não e%a
inteira e que os outros ;arou #odem fa*er
coisas que n&s nem sonhamos em fa*er.
Somos seres sim#%es, no fundo, e mesmo
nossas so%u!es sim#%es sendo
deses#eradamente necessárias, e%as não
so%ucionam muita coisa. <&s mantemos a
%inha contra a 89rm, fa*emos isso com
cada grama de vontade e fibra de nossos
cor#os, no fina% das contas é s& isso que

126
#odemos fa*er. Sobre os ombros dos outros restam as es#écie de idéia revo%ucionária sobre quais deveriam ser
tarefas de #urificar o que +á foi corrom#ido, #erceber e as #reocu#a!es da <a!ão e sobre o que dever5amos fa*er
ana%isar a verdadeira e es#iritua% nature*a de nossos #ara conseguirmos vit&rias mais #ermanentes sobre nosso
inimigos e rec%amar o que uma ve* +á #ertenceu a ;aia, inimigo. <a maioria dos casos, as bata%has nessa guerra
nossa amada 4ãe. hroun são os cata%i*adores #ara seriam mais metaf&ricas do que %iterais e os >heurges são
muitos dos feitos g%oriosos e magn5fico, mas nenhuma tão ade#tos desse cam#o de bata%ha como n&s somos do
vit&ria significante e #ermanente sobre a 89rm é nosso — mas e%es #recisam de nosso au)5%io, nossos
vencida #or n&s so*inhos. -ior — e você #ode descrever bra!os e nossa inf%uência #o%5tica, então e%es estão
isso como cinismo se você #referir — muitos dos maiores sem#re tentando nos convencer de que a abordagem
#ecados da <a!ão ;arou tiveram %ugar quando n&s, os de%es é a mais #ro#5cia. <&s, #or nossa #arte, %evamos a
6uas Cheias, nos aventuramos fora de nosso %ugar visão conservadora #ara as suas grandes idéias —
a#ontado #or ;aia e tentamos nos tornar %5deres, nenhum genera% dese+a arriscar a vida daque%es sob seu
guerreiros, +u5*es e )amãs, tudo amarrado em um s&. comando numa idéia ainda não testada e #ossive%mente
@agabash norma%mente acabam nos frustrando. E%es in"ti%. Esse é, na minha o#inião, um equi%5brio natura% e
ocasiona%mente confundem nossa "ria indomáve% com saudáve%, desde que n&s nos %embremos de #arar #ara
um ego inf%ado Be c%aro, não é raro encontrar hroun ouvir o que os nossos )amãs estão tentando nos di*er.
que se acham mais do que seria conveniente e #or essa 4uitas ve*es a "ria nos cega e esquecemos da
ra*ão e%es sem#re nos vêem como o a%vo #rinci#a% nos im#ortLncia cr5tica de sim#%esmente ouvir as o#inies
seus +oguinhos. <os @agabash, a "ria #e%o menos a%heias.
come!a fraca, nem uma fagu%ha com#arada a nossa, e Certamente e)iste a%guma tensão — sem#re e)iste.
conforme e%es vão a desenvo%vendo também ganham 4uitos hroun sentem que os m5sticos e sacerdotes da
e)#eriência #ara contro%á:%a — isso quer di*er que e%es <a!ão ;arou não se esfor!am o suficiente #ara
não têm a m5nima idéia do que n&s #assamos tentando carregarem sua #arte na ;uerra — #osso atestar #e%a
contro%ar a nossa ira, dei)ando e%a f%uir minha #r&#ria %onga e)#eriência que essa é uma a%ega!ão
res#onsave%mente, evitando que e%a estoure numa fa%sa e %eviana. -ode ser frustrante #ra um comandante
cascata de vio%ência que machuque /que%es que estão ter de se conformar com a nature*a enigmática e vaga
#r&)imos. @agabash são seres sinuosos, e muitos nos vêm com que seu #essoa% %ida com re%evantes informa!es
como brinquedos #rontos a serem mani#u%ados, dada a táticas, de maneira a #restigiar a sua #r&#ria santidade
nossa nature*a. -oucos hroun tomam grande #ra*er em — não acredite que os >heurge estão %ivres das fa%has de
#artici#ar de +ogos sociais, e um n"mero ainda menor é ego e da #retensiosidade s& #or causa de sua e%evada
ca#a* de
criados #orenganar
;aia #araa#ro#riadamente. @agabash
desafiar as tradi!es foram
e quebrar cone)ão com o mundo es#iritua%, e%as s& são mais sutis
ne%es.
conven!es e isso #ode ser com#%icado de se %idar, em >heurges também #odem se dar ao %u)o de dar
es#ecia% #ara os hroun com renome o bastante #ara muito mais va%or / vida do que n&s damos, considerados
ocu#arem fun!es de %5der mi%itar. <enhum genera% como os curandeiros, *e%adores e au)i%iares es#irituais da
dese+a um e%emento a%eat&rio correndo dentro do cam#o <a!ão ;arou. E%es são os ;arou mais inc%inados a
de bata%ha intenciona%mente agindo #ra dei)ar a situa!ão ficarem chocados e u%tra+ados com as coisas terr5veis que
mais ca&tica e im#revis5ve% do que +á está= afina% como nosso dever sagrado demanda — na verdade, o #rob%ema
%5deres, somos res#onsáveis #e%as vidas que foram está ne%es, não em n&s. Se um >heurge não consegue
de#ositadas em nossas mãos. Ae qua%quer forma, a entender a devo!ão necessária #ara servir um #atrono
maioria dos hroun en)erga os @agabash da sua mati%ha es#iritua% de todo o cora!ão e a%ma, fa*endo o quer que
como um va%ioso recurso estratégico, em es#ecia%, suas se+a necessário, quem consegue3 E mesmo aque%es que
habi%idades em o#era!es ocu%tas e seus #oderosos Aons, conseguem nos entender, costumam sentir o contato
e tentam uti%i*á:%os como meios de garantir ataques a com ta% carnificina e vio%ência como uma e)#eriência
89rm de maneira indireta e ines#erada. %ém dessa e)tremamente desagradáve%, de qua%quer maneira. <esse
#ers#ectiva #rática, a ami*ade de um @agabash é um %u)o sentido ta%ve* e%es não se+am tão distantes — n&s
#ara #oucos hroun, mas aque%es que a têm costumam mesmos constantemente nos assombramos tanto com a
chamar aten!ão #ros grandes benef5cios #essoais dessa nossa ca#acidade, quanto com a necessidade de vio%ência
re%a!ão — não e)iste ser mais a#to a criar um ambiente em nossas vidas.
descontra5do e a%iviar o #eso sobre os nossos ombros do ;aia e 6una criaram os -hi%odo) como a
que um @agabash. E rea%mente, mais de um 6ua Cheia +á #ersonifica!ão do Equi%5brio, sendo uma fun!ão que
foi sa%vo das #rofunde*as da Harano #e%o seu co%ega e)ercem e)tremamente bem. Os que me ouvem
tra#aceiro. <unca caia no erro de acreditar que esses atentamente +á devem ter notado a minha inc%ina!ão
;arous são in"teis — e%es #odem ser qua%quer coisa, mas contrária / ocu#a!ão de #ostos de %ideran!a #ermanente
não in"teis. #e%os 6ua Cheia. ( uma im#%icLncia e eu a admito
Os >heurge, no fundo, são a re#resenta!ão de tudo abertamente, mas #or outro %ado... quantas das
#or aqui%o que %utamos. ;uerreiros es#irituais, %embra3 atrocidades da <a!ão estão recobertas de digitais
4uitos dos >heurges que eu encontrei tinham a%guma hroun3 Eu duvido que os >heurges iniciaram a ;uerra

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 127


da "ria ou que os ;a%%iards foram os grandes #romotores muitos hroun acham sua nature*a #assiona% atraente,
do m#ergium. <ão que eu acredite que os hroun enquanto #ara e%es os 6ua Cheia são como os her&is de
estavam errados ou corrom#idos — s& que n&s seus contos tra*idos a vida.
#recisamos de a%go #ara contraba%ancear nossa raiva e tividades i%5citas / #arte, ;a%%iards nos #restam um
agressão, não há ninguém me%hor no servi!o do que um servi!o im#rescind5ve%' e%es nos dão boas o#ortunidades
-hi%odo). #ara re%a)ar. Seu ta%en to ao %idar com emo!es nos
<a minha o#inião, enquanto n&s somos os me%hores a+udam a #Qr #ara fora toda a ang"stia, dor e tragédia que
chefes de guerra dos ;arou, os -hi%odo) estão n&s acumu%amos como ;uerreiros e assassinos Be sim,
qui%Qmetros a frente em termos de %ideran!a #o%5tica a você é um assassino — eu nunca encontrei um hroun
%ongo #ra*o. Sua harmonia e disci#%ina garantem a e%es a em quem eu #udesse acreditar que matara a#enas em
ob+etividade necessária #ra fa*erem as me%hores decises, circunstLncias +ust5ssimas, %evando:as / su#erf5cie e
e e%es carecem da nossa #ure*a de #ro#&sito — quando o e)orci*ando:as. E%es nos #urgam dessas emo!es e n&s
com#romisso é necessário, e%es irão se com#rometer. %hes devemos mais do que e%es +amais com#reenderão #or
-hi%odo) sentem a f"ria como n&s sentimos, diferente este sim#%es servi!o. E%es com#reendem nossa nature*a
dos @agabash, mas e%a não chega a ser forte o bastante vio%enta e mostram certa #ro)imidade com o ti#o mais
#ara ser o motivo condutor de%es. E todos os seus estudos, cru de diversão que #oderia incomodar um >heurge mais
seus deveres e seus Aons ensinam a e%es integridade e de%icado ou um -hi%odo) disci#%inado. -or fim, ;a%%iards
frie*a. Se um hroun chega a #osi!ão de %5der de uma são um dos recursos táticos mais im#ortantes nessa era
seita ou mati%ha — e na verdade, somos todos indiv5duos moderna — nunca subestime a im#ortLncia de seus
e muitos de n&s dariam tão bons %5deres quanto qua%quer ta%entos sociais nesse mundo im#ressionante que os
um — então não e)iste um bem mais va%ioso do que um macacos constru5ram. Gm bom ;a%%iard funciona como
conse%heiro -hi%odo). S& os -hi%odo) têm a c%are*a de um sabre' sem#re o mantenha afiado, / mão e nunca
visão #ara distinguir quando nossa "ria, nossa #ai)ão, hesite em uti%i*á:%o quando e%e for a arma mais eficiente
está come!ando a obscurecer nossa visão. E o -hi%odo) / sua dis#osi!ão.
será o "nico que a#ontará isso #ara o hroun, mesmo
que isso #ossa custar sua vida. Os -hi%odo) se #arecem Lidando com Esp’ritos
muito conosco nesse #onto, e%es conhecem o #eso do seu Eu +á ouvi que os hroun não res#eitam os es#5ritos
dever sagrado e vão ir até o fim com e%e, mesmo sob tanto quanto um >heurge. sso não #assa de um Everest
amea!a de morte. de merda — ou #e%o menos deveria ser assim, se todos os
hroun costumam subestimar os ;a%%iard. <&s membros do meu aus#5cio vivessem de acordo com os
dentrenatodos
va%or arte os
de aus#5cios somos os
contar hist&rias que
com vemos
o im dosmenos
>em#os. seus deveres.
Es#irituais  verdade
e no é que
fundo tudo quen&s
n&ssomos ;uerreiros
fa*emos, todas as
<&s norma%mente %utamos #e%a ;%&ria, mais de um causas que n&s defendemos com o nosso sangue, com
hroun +á se sentiu incitado a %utar contra um ;a%%iard nossas vidas, é em nome de um es#5rito ou de outro.
#e%a maneira como um com#anheiro de mati%ha foi Obviamente n&s não estudamos os es#5ritos como os
retratado ao redor da fogueira.  triste verdade é que >heurges fa*em= muitos nem conseguem conversar com
muitos hroun são ca!adores:de:;%&ria, e não im#orta o os es#5ritos. 4as n&s conseguimos marcar nossos #ontos
tamanho do feito, um ;a%%iard ta%entoso #ode fa*ê:%o de um +eito ou de outro, e a mesma gratidão que um
soar como as tra#a%hadas de um fi%hote se e%e tiver >heurge consegue de um es#5rito gua)inim ao cu%tuá:%o
motivos. <ão é / toa que os ;a%%iard são conhecidos nunca usando verme%ho em troca de um Aom, n&s
como os mais #o%5ticos dos ;arou, afina% de contas. conseguimos ao e)#u%sar um bando de 4a%ditos das
C%aro, muitos hroun têm egos inf%ados também, e @avinas onde esse es#5rito gosta de #erambu%ar. <&s
retratá:%os como nada menos do que o #r&)imo Her&i damos nossos usos aos mundos es#irituais.
macu%ado será considerado um insu%to morta%. Observe que não há uma troca de favores aqui.
O que s& serve / nossa vergonha, #ois temos muito hroun não costumam ter essa #erce#!ão do mundo
em comum com os dan!arinos. ;a%%iards guardam quase es#iritua%. 6&gico, é &timo ter uns e%ementais do fogo
tanta "ria quanto n&s mesmos, o que os %eva, quase vigiando suas costas quando você esco%he atacar uma
sem#re, nesses tem#os sombrios, ao #a#e% de 0hroun Co%méia de Es#irais, mas n&s gera%mente em#regamos
reserva1 — de#ois de n&s, os ;a%%iards têm, um >heurge ou -hi%odo) quando #recisamos negociar
#rovave%mente, mais horas de combate do que qua%quer com e%es quando necessário ao invés de o fa*ermos n&s
;arou de outro aus#5cio. Sua "ria, +unto ao fato de mesmos. <&s servimos os es#5ritos, não o contrário, e um
sermos os aus#5cios mais faci%mente condu*idos #e%a bom hroun é inc%inado a essa atitude a%tru5sta quase
#ai)ão, %evam natura%mente a uma grande afinidade instintivamente. ;aia e Sua -ro%e são a nossa causa. E%es
entre os hroun e os ;a%%iard, formando #rofundas são o cora!ão da nossa guerra, e nenhum cava%eiro #ede a
ami*ades... e outros ti#os de re%acionamentos. Eu +á ouvi seu senhor #ara #o%ir sua es#ada ou #ara %evar uma
muito sobre hroun e ;a%%iard quebrando a 6itania e, mensagem a um Aucado distante. Há mais venera!ão,
#ara ser sincero, eu estou muito ve%ho e nossos #rob%emas mais reverência na maneira como um cava%eiro en)erga
estão grandes demais #ara dar aten!ão a isso. Eu acho que seu senhor — a mesma coisa se dá entre um hroun e os

128 Livro dos Augúrios


es#5ritos. um ser tão vo%áti% e tão inc%inado a vio%ência. <&s
 maioria dos hroun %ida mais freqMentemente rea%mente não #odemos nos re%acionar, afina%, somos de
com es#5ritos animais e e%ementais. -orque somos os es#écies distintas. -e%o amor de Aeus, #or que n&s
menos #ro#ensos a a#render o Aom de fa%ar com es#eramos outra coisa3 -or todas essas ra*es e #or outras,
es#5ritos, e #ortanto, nossas re%a!es com o mundo encontrar um hroun que desfrute de uma re%a!ão
es#iritua% é em grande #arte em#ática — ainda que muito romLntica estáve% é e)tremamente raro. Eu ouvi a%gumas
#ossa ser dito sem usar #a%avras. %gumas ve*es um hist&rias sobre aque%es que su#ostamente fi*eram isso
hroun que não foi cegado #e%o seu Ego #ode ter a funcionar, mas como um guerreiro eu tenho coisas
desagradáve% e)#eriência de entender #erfeitamente me%hores #ra fa*er do que tentar confirmá:%as.
como e%e é, visto através do o%har de um es#5rito #%anta Então #ara a maioria dos hroun as re%a!es são
ou outro es#5rito avesso a "ria. Essa é uma reve%a!ão curtas, descom#rometidas e recheadas com uma #ai)ão
#rofundamente do%orosa, #e%a qua% não #odemos sentir anima%esca. sso nem sem#re é tão romLntico e agradáve%
outra coisa que cu%#a e vergonha. Então n&s fingimos que quanto #ode #arecer a #rimeira vista, de qua%quer forma.
isso não im#orta e evitamos esses es#5ritos que se sentirão >endo vivido muitos anos e visto in"meras ve*es a
ofendidos com a nossa #resen!a. maneira #e%a qua% meu aus#5cio costuma esco%her seus
Outros es#5ritos são mais acostumados a "ria, #arceiros, eu diria que essa é uma grande fonte de
#ai)ão e vio%ência. hroun tendem a desenvo%ver vergonha #ara toda a <a!ão ;arou. 4inhas e)#eriências
re%a!es mais #rofundas com e%ementais e es#5ritos de #rovêm da minha #r&#ria tribo, mas eu duvido que as
#redadores e animais agressivos. Esses seres se outras demonstrem muita su#erioridade no assunto.
harmoni*am conosco e n&s com e%es= muitos de%es nos @e%a!es entre hroun e #arentes sem#re fa%ham em
seguem em bata%ha #e%a a%egria do combate, o que os %evar em conta os dese+os dos #arentes. sso quase nunca
tornam #reciosos a%iados. Essas ami*ades #odem #erdurar, re#resenta o estu#ro e)#%5cito, mas certamente é uma
e norma%mente acom#anham um hroun, do rito de maneira crue% e ego5sta de se a#roveitar da se)ua%idade de
#assagem até o t"mu%o. outro ser raciona%.
E)iste um certo conceito dentro da nossa sociedade
)e%a›es umanas que %eva a%guns hroun a redu*irem as #arentes fêmeas
Ai*er que as re%a!es entre hroun e seres humanos ao es#&%io — a divisão do es#&%io de guerra não se %imita
são atribu%adas seria um tremendo eufemismo.  aos fetiches e ao #rimeiro quinhão da matan!a, mais ao
4a%di!ão manifesta seu efeito tota% sobre n&s, o que direitos de #rocria!ão com as mais be%as Bou até mais de
torna qua%quer ti#o de re%a!ão duradoura com gru#os uma maneira mais #erturbadora, as mais +ovens ou as
humanos
tribos basicamente
#ercebem im#oss5ve%.
a si mesmos comoOsfor!as
hroun de a%gumas
agindo sobre a virgens
se tornam-arentes de uma determinada
bens, ava%iados seita. smas
não como #essoas, mu%heres
como
sociedade humana com a fina%idade de guiá:%a e me%horá: s5mbo%os de g%&ria e #rest5gio. -rofundamente amarrado
%a — essa visão é #articu%armente comum entre ao dese+o de ter fi%hotes, desses hroun, e)iste uma
ndari%hos do sfa%to, i%hos de ;aia, @oedores de #sico%ogia de 04acho %fa1 — e%es não o fa*em em nome
Ossos e "rias <egras — e no fundo, isso é tudo que e%es de ;aia, mas como uma forma de es#a%har sua #r&#ria
#odem ser' for!as que contro%am, nunca amigos que se semente, a fim de #rovar a sua #r&#ria su#erioridade
re%acionam. ;ra!as a isso n&s somos o aus#5cio mais genética ao assegurar que sua %inhagem irá se estender
de#endente da sua #osi!ão dentro da Sociedade ;arou, e a%ém da sua e)istência. Os #arentes são a#enas as
mais afetada #e%a imagem que os outros ;arou fa*em de ferramentas #ara que e%es acessem essa f&rmu%a de
n&s. ;a%%iards #odem ser socia%mente mais ade#tos aos imorta%idade. O #rob%ema se magn5fica, #ois não são
c5rcu%os ;arou, mas n&s somos os mais com#rometidos a#enas uns #oucos indiv5duos eg&%atras man5acos que
com a vida socia% ;arou, +á que se e%a nos fa%tar, não tomam essas atitudes frente a se)ua%idade= tradi!es
temos #ra onde ir. arcaicas e a mito%ogia da cu%tura ;arou #odem ser ma%
 "nica área que não #ode ser coberta #e%a inter#retadas e distorcidas de forma a su#ortar essas
Sociedade ;arou é nossa necessidade de re#rodu!ão. <&s idéias. Aesde o seu nascimento, os -arentes são
tendemos a %idar ma% com %ongas e monogLmicas re%a!es ensinados sobre o seu dever de #rocriar com um ;arou. E
— mesmo desconsiderando a 4a%di!ão, ainda e)iste o mesmo quando e%es su#ostamente #odem esco%her se e%es
fato de que n&s freqMentemente entramos em combate querem dormir com um %obisomem ou não, se torna
sem saber se iremos vo%tar, e isso acaba ficando cada ve* muito dif5ci% negar seu consentimento dentro desse
mais dif5ci% quando você tem uma com#anheira conte)to socia% no qua% os -arentes estão inseridos.
es#erando #or você em casa. hroun fêmeas 4esmo se as tradi!es não fossem um #rob%ema, será
constantemente descobrem que seus maridos querem #oss5ve% a um ser humano dar seu verdadeiro %ivre
%utar ao seu %ado, o que é obviamente im#oss5ve%. Gm consentimento a uma criatura que o aterrori*a num n5ve%
com#anheiro humano é uma desvantagem tática, um instintivo3 Ts ve*es eu temo que a distLncia de #oder
hroun não #ode %iderar sua mati%ha e guardar seu %ar ao entre um humano e um ;arou é sim#%esmente muito
mesmo tem#o. ina%mente, #ouqu5ssimos humanos grande...
gostariam de manter um re%acionamento duradouro com  nota mais trágica em todo esse neg&cio s&rdido é

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 129


que n&s rea%mente não temos #rob%emas #ara #rocriar de como em outras, acharem com#reensão e
uma maneira #erfeitamente honrada se n&s assim o com#anheirismo nos bra!os de outro homem não é
quisermos.  maioria dos hroun são re%ativamente tota%mente desconhecido. Eu esco%hi ver isso como
+ovens e mantém um cor#o #erfeito, e tanto quanto e)#resses de um amor #erfeitamente #%atQnico e de
nossa "ria #ossa incomodar os humanos em camaradagem entre irmãos, assim como os antigos gregos
re%acionamentos %ongos, e%a também nos #rovê com um viam, c%aro que a%guns -hi%odo) mais r5gidos
#oderoso atrativo anima% em termos de se)ua%idade. O discordariam, nomeando essa como uma outra forma de
que nos %eva a um m5nimo #rob%ema #ara encontrarmos acasa%amento e #ortanto #roibida. inda assim, nenhum
#arceiros com#%etamente dis#ostos entre os -arentes im#uro #ode resu%tar dessa união e honestamente quando
saudáveis se n&s #usermos um #equeno esfor!o e nos eu com#aro o sabor dessas ami*ades com os sentimentos
#reocu#armos com as necessidades de%es. 4as mesmo norma%mente #resentes nos re%acionamentos entre um
assim nos for!amos sobre os que se mostram indis#ostos ;arou e uma -arente, eu acho dif5ci% não ver esse ti#o de
ou re%utantes #or %u)"ria ou #or #ura neg%igência. Em re%a!ão entre as mais honrosas e dif5ceis esco%has dentre
todos os meus anos eu nunca vi uma faceta mais no+enta as dis#on5veis a um hroun.
da sociedade ;arou do que essa. Eu #reciso admitir, que
isso rea%mente cria uma nova #erce#!ão sobre os motivos Encerramento
que com#e%em a vio%ência das "rias contra os homens. Eu #osso resumir tudo o que é ser um hroun em
#oucas #a%avras' você é um guerreiro e um her&i,
#ortanto, comece a agir como ta%. ( sua res#onsabi%idade
* *utro %ado da moeda %evar essa gera!ão até a #r&)ima, ganhar um #ouco mais
<ovamente o cinismo de 8i%%iam se torna de tem#o #ara ;aia e segurar a onda de corru#!ão
evidente. E)iste verdade nas suas #a%avras — a#esar enquanto nossos es#iritua%istas e curandeiros tentam
do termo ainda não ter sido cunhado na sua é#oca, encontrar uma so%u!ão a %ongo #ra*o.
eu acho que o equiva%ente ;arou ao 0encontro: Aei)e de ser ego5sta. Co%oque seu ego de %ado, fa!a
estu#ro1 é #erturbadoramente comum entre os 6ua com que sua raiva se+a +usta, ao invés de desonrosa e
Cheia. Ae qua%quer forma, e%e neg%igencia o grande reivindique o mato do ;uerreiro Es#iritua% que foi
n"mero de hroun que se acasa%am im#ecave%mente entregue a você em seu nascimento.
dentro dos %imites da honra. Gm grande n"mero de Cum#ra seu dever.
hroun são em#áticos o bastante #ara #erceber o que
seus #arceiros querem e sábios o suficiente #ara
dei)arem
%émaque%es que+ánão
disso, eu o dese+am.
ouvi -arentes de ambos os
se)os fa%ando sobre as suas e)#eriências com um Notas de Cr+nica
cabou a hist&ria — aqui está uma o%hada no %ado
e)terno do #ersonagem, em como traba%har me%hor o
hroun — embora eu tenha encontrado a%guns de%es aug"rio hroun em suas crQnicas, se+a você o <arrador
que se sentiram vio%entados, usados ou abusados, ou o +ogador de um #ersonagem 6ua Cheia.
e)istiam muitos outros cu+as #a%avras eu não #osso
re#rodu*ir aqui, mas que retratavam essa e)#eriência Interpretando o A"roun
como a%go e)tremamente satisfat&rio e agradáve% Bo -oucos +ogadores #recisam de um %ivro #ara di*er
termo 0<oite de inacreditáveis %u)"rias1 como +ogar com um guerreiro em um +ogo de
estranhamente me vem a mente. 4ais tarde esses inter#reta!ão. Aiferente de )amãs ou guardies da
#arentes se sentirão #rofundamente orgu%hosos da cu%tura, o guerreiro é a%go que todos +á +ogaram uma ve*
im#ortante crian!a que venha a nascer dessa união, ou outra, e é um #a#e% que é dif5ci% de rea%mente
im#ortante como todo +ovem ;arou é #ara o mundo. inter#retar 0errado1. E)istem, no entanto, a%guns #ontos
<ossa sociedade nunca teve grandes #rob%emas com #ara se ter em mente'
a desigua%dade entre os se)os, comum na hist&ria 1. Não Ofusque a luz . Sim, você é o ;uerreiro
humana, ta%ve* #e%o grande #oder com o qua% ambos Esco%hido #or ;aia, e ao contrário do que a narra!ão do
os se)os foram agraciados.  6itania demanda que #ersonagem aqui, a maioria dos hroun ainda se
n&s tratemos nossos #arentes com res#eito, e mesmo
nas nossas horas finais como uma ra!a, eu acredito consideram
que os %5deres
você ordene dos ;arou.
os outros 4as/isso
+ogadores sua não
vo%ta#ermite
de uma
que n&s mantemos esse mandamento muito me%hor maneira tirana ou que você assuma que o seu #ersonagem
do que outros gru#os sociais o fariam, se #ostos sob a é o 0#rinci#a%1 da hist&ria. 6embre:se que seu #a#e% é
mesma #ressão. ins#irar a mati%ha, e #arte disse é se assegurar que todos
os membros da mati%ha tenham a%go significante #ara
fa*er em uma aventura. Escrever 0hroun1 na sua ficha
Gma "%tima nota' a #rocria!ão, como ;aia através não fa* do seu #ersonagem magicamente mais
da nature*a definiu, é um ato entre um macho e uma significante que seus com#anheiros de mati%ha.
fêmea e, #ortanto, com a ca#acidade de gerar fi%hotes. 2. Compreenda a Maldição. @e%eia as regras sobre a
;ra!as a 6itania, o fato de homens na minha tribo, assim 4a%di!ão, que come!am no fina% da #ágina DD de

130 Livro dos Augúrios


Lobisomem, e então #ense a res#eito do im#acto que e%a #ersonagem, seu hist&rico, e sim, suas fa%has, ao invés de
tem no seu #ersonagem. Se você está inter#retando um se #reocu#ar se e%e vai ou não #arecer tão ma%*ão assim.
%u#ino, %embre:se que e%a também afeta os %obos. Gm
ahroun que gasta dois #ontos de bQnus #ara aumentar sua Estado de Guerra
"ria #ara U — nada incomum #ara um #ersonagem  nature*a do conf%ito entre os servidores de ;aia e
hroun — terá como efeito co%atera% aterrori*a a 89rm atinge os hroun direta e constantemente,
inerentemente VK da humanidade com sua sim#%es mais do que qua%quer outro ;arou. nfe%i*mente, o
#resen!a. sso irá ter um imenso im#acto tanto na sua caráter e)ato da guerra varia de crQnica #ara crQnica, e a
#ersona%idade quanto no seu hist&rico. -ense sobre isso forma como o <arrador decide a#resenta:%a inf%uencia
quando fi*er seu #ersonagem. enormemente a vida e a #ers#ectiva de um #ersonagem
3. Não seja um Maao de Comba!e . 4uitos hroun.
hroun #rocuram #or uma briga em todas
o#ortunidades, e é #erfeitamente vá%ido inter#retar isso... Esperana e )ea%idade
até um certo #onto. Sua sede de sangue deve estar dentro Estão os ;arou %utando uma guerra sem es#eran!as
do #ersonagem, não fora de%e= assegure que você não está #or ;aia, uma guerra que a 89rm +á venceu3
indo #ara a sessão a#enas #ara ro%ar dados e matar Lobisomem tem nuances nefastos, mas o +ogo não
criaturas — esse não é o foco de Lobisomem. >enha res#onde diretamente a #ergunta de quão deses#eran!osa
certe*a de que seu #ersonagem é raciona% o suficiente a bata%ha rea%mente é. Em um +ogo verdadeiramente
#ara não atra#a%har as e)#eriências inter#retativas dos crue%, #ode e)istir a#enas um #equeno #unhado de
outros — se o ;a%%iard da mati%ha quer testar suas caerns restantes no mundo, e a 89rm está #ersonificada
habi%idades sociais #ara arrancar a%guma informa!ão de em cada esquina. <esse caso, #rovave%mente há menos
a%gum idiota da -ente), é in+usto tanto com o ;a%%iard esfor!o verdadeiro #ara combater a inf%uência e im#acto
quanto com o +ogador que seu #ersonagem corra e rasgue da 89rm, e uma aderência mais sens5ve% aos
a garganta da v5tima, antes que e%e #ossa fa%ar. mandamentos antiquados e %iterais sobre Honra e ;%&ria.
0nter#retar o #ersonagem1 rigidamente e não se #ensar Aerrotar a 89rm não é #oss5ve% na mente de ninguém= o
em como 0o que meu #ersonagem faria nessa situa!ão1 que a maioria dos hroun Begoisticamente quer é
não é, de forma a%guma, uma virtude se isso torna o +ogo rigorosamente seguir seu #a#e% e morrer 0nobremente1,
menos divertido #ara os outros +ogadores. defendendo ;aia.
Simi%armente, assegure:se que seu #ersonagem tenha <o outro e)tremo, a guerra ainda #aira no ar e o
ob+etivos, dese+os e habi%idades que não este+am +ogo continua crescendo, e o +ogo fa* uma troca de
estritamente
#arecendo re%acionadas
chateado com combate.
e fa* comentários Se você se
sarcásticos senta
quando vio%ência
dos ;arou#or uma
uma mito%ogia moderna, tornando
bata%ha verdadeira, com inf%ua ência
causa
não há a!ão, você está atra#a%hando o +ogo de todos, e crescendo e diminuindo em ambos os %ados. <esse caso,
isso não é bacana. os hroun devem traba%har muito mais #r&)imos dos
". #ei!e as $i!%rias aras, onquis!e as outros aug"rios, e #rovave%mente e)#%orar muitas novas
$erdadeiras ba!al&as. Se+a o que seu #ersonagem fa* ou estratégias, #ara conseguirem vantagens no conf%ito.
não fa* em sua inter#reta!ão, assegure:se que você saiba #esar dos ;arou estarem ma%:#re#arados #ara enfrentar
fora de seu #ersonagem que sim#%esmente matar 4a%ditos a 89rm em muitos de seus cam#os de bata%ha, e%es não
a%eatoriamente não me%hora em nada a %uta #ara a+udar são inca#a*es de se ada#tar — ndari%hos do sfa%to e
;aia. Os verdadeiros vi%es em 6obisomem não #odem @oedores de Ossos certamente não são os "nicos
ser vencidos a#enas #or garras e Aons, e a#esar da %obisomens com inf%uência e artif5cios no mundo
vio%ência certamente ter um #a#e% em sua derrota, a cura humano. <ão é indescu%#áve% #ara uma crQnica dar aos
es#iritua% ou um idea% maior é mais necessário #ara que as ;arou uma chance de recu#erar um #ouco de seu
for!as de ;aia conquistem uma vit&ria de verdade.  territ&rio da 89rm, e em um +ogo onde isso é #oss5ve%, o
maioria dos hroun não com#reende isso as#ecto her&ico do hroun é o centro das aten!es.
com#%etamente, mas é im#ortante que os +ogadores
#ercebam isso, fora de seus #ersonagens, ou e%es irão &ora%idade da Cr+nica
acabar frustrados e amargurados com o <arrador, quando Há uma enormidade de tons de cin*a em
o quadro gera% dei)a c%aro que suas várias bata%has Lobisomem, mas há também o ma% c%aramente e)#osto,
sangrentas não curaram ;aia de verdade, nem um #ouco. ob+etivo e tang5ve%.  89rm >riática não é uma
'. (o) não preisa ser *le+al. 4uitos +ogos de #rotetora do equi%ibro incom#reendida= e%a é a corru#!ão
inter#reta!ão encora+am os +ogadores a enfati*ar o e a de#rava!ão encarnada no mundo.  maioria dos
esti%oso e cinemático seguran!a nos #ersonagens que e%es hroun +á fe* coisas muito ruins, e e%es tendem a não ser
inter#retam — -al!ed é um bom e)em#%o desse gênero. as me%hores das #essoas, mas, no fina% das contas, a %uta
Lobisomem, no entanto, #or defini!ão não é — crQnicas de%es é deses#eradamente necessária. ( morta%mente fáci%
individuais #odem variar, mas o cenário:#adrão é transformar o aug"rio em uma caricatura de into%erLncia
ins#irado mais #or antiga mito%ogia do que #or Rohn ao fa*er da 89rm o %ado errado, mas isso #e a #erder
8oo. ssegure:se de demonstrar as motiva!es de seu muito do drama e da com#%e)idade que está #or trás dos

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 131


hroun. Em Lobisomem, os hroun Bideais não são e%a #ode ser usada #ara fins +ustos ou est"#idos. %guns
#sico#atas, e sim guerreiros que %utam uma guerra que >heurges %evam a diante a herética idéia que cada uso
definitivamente #recisa ser bata%hada. sso não significa +usto e tem#erado da "ria tra* a 89rm mais #erto da
que todas suas a!es são +ustificadas #or quaisquer meios sanidade, de vo%ta / sua fun!ão antiga como guardiã do
— #ergunte aos +a#oneses sobre Hiroshima e sobre Equi%5brio. Os hroun dos i%hos de ;aia tentam usar a
0guerras necessárias1 — mas significa que e%es na maioria "ria #ara curar, #romover a idéia de que a "ria é uma
das ve*es estão matando criaturas que #recisavam ser caracter5stica essencia% e saudáve% do %obisomem, — e
mortas. dos humanos$ — a raiva fa* com que as #essoas %utem
Se você, como <arrador, vai dei)ar a 89rm menos contra a corru#!ão, degenera!ão e a#atia. inda que a
0#reto no branco1 em sua crQnica, é +usto ada#tar os "ria não descrimine entre usos nobres e corru#tos — um
hroun Be em #equena e)tensão, toda a cu%tura ;arou #onto de "ria gasto em combate é igua%mente efetivo se
da mesma maneira. sso #ode ser #articu%armente o ;arou está enfrentando um 4a%dito ou assassinando
im#ortante em um +ogo de 2am#iroW 6obisomem. Se um -arente de uma tribo riva%.
você esco%he transformar vam#iros em figuras romLnticas O <arrador #ode retratar a "ria #rimariamente
e nobres sensuais, ao invés de #recursores da corru#!ão, como uma virtude, uma fonte da corru#!ão ou ambas as
vio%a!ão e #rofanadores que e%es são em Lobisomem, fa* cores no caminho dos hroun e em suas e)#eriências,
sentido moderar a atitude do hroun em re%a!ão a e%es em sua crQn ica. Em Lobisomem, a derradeira nature*a
da mesma maneira= fa*er menos que isso é um insu%to / metaf5sica da "ria nunca será reve%ada — esse é um dos
inte%igência de%es.  maioria dos hroun não mata grandes mistérios do 4undo das >revas. <o entanto,
vam#iros / #rimeira vista #orque são fanáticos re%igiosos= uma coisa é certa — assim como qua%quer #oder, e%a
e%es fa*em isso #orque os Sanguessugas estão em uma #ode ser usada #ara o bem ou #ara o ma%, mas usá:%a
descida em es#ira% inesca#áve% que está %igada ao res#onsave%mente é sem#re uma dif5ci% bata%ha. Essa
consumo de muitos inocentes e assim ferindo o mundo bata%ha — ser o #ersonifica!ão morta% da raiva sem
es#iritua% no #rocesso. direciona:%a %evianamente — é o #onto centra% do que
A ,onte da ,(ria significa ser um hroun, e mesmo que a "ria -ura ou
corrom#ida este+a em uma determinada crQnica, essa
 ortodo)ia re%igiosa dos ;arou atribui o #oder da idéia centra% merece #e%o menos ser citada.
"ria ao sofrimento de ;aia, com 6una agindo como um
condutor m5stico, #ermitindo que essa ang"stia se+a
cana%i*ada #ara fins efetivos. sto é um sim#%es, ainda que
Novos Dons de A"roun
um #oderoso, #rinc5#io m5stico — os ;arou são os Os Aons a seguir estão dis#on5veis #ara os hroun
vingadores da Aeusa vio%ada, Sua #r&#ria raiva dando a como Aons de ug"rio se o <arrador decidir a#rová:%os
e%es a "ria que #recisam #ara #ermanecerem firmes em sua crQnica.
contra os inimigos. inda que o ;arou não #ossuam uma / -mpa!ia do 0dio N$el m4 — Gsando este
evidência concreta #ara a#oiar essa cren!a, e e)ista um Aom, um hroun #ode di*er num sim#%es re%ance o quão
grande n"mero de discre#Lncias que di*em que a fortemente um indiv5duo está governa do #e%a raiva —
ortodo)ia não deve ser toda a verdade. -or que es#5ritos tanto momentLnea como sobre o caminho de sua vida.
#%antas, tão c%aramente admitidos como um as#ecto da Gm E#i#h%ing ensina esse Aom.
abundLncia e ferti%idade de ;aia, evitam os ;arou em 5is!ema6 <enhum teste é necessário= o efeito é
que a "ria queima mais forte3 -or que a "ria %eva os automático. ;astando uma a!ão se concentrando no
;arou a fa*erem atos de grande de#rava!ão3 Puão os indiv5duo, o hroun #ode descobrir a "ria #ermanente
frenesis dos ;arou, que aumentam conforme a for!a da e tem#orária que o dito indiv5duo #ossui. sto é muito
"ria, é tão #arecido com aque%es vistos nos "ti% #ara es#5ritos e outros metamorfos, é c%aro, #osto que
Sanguessugas3 -or que certos 4a%ditos, como os uriosos, a%guns fomori #ossuem "ria. O Aom dos Senhores das
#arecem ser ca#a*es de e)ercer a%guma inf%uência sobre Sombras' ura de Confian!a b%oqueia a #erce#!ão
esse as#ecto da nature*a dos %obisomens3 E se a "ria é fornecida #or esse Aom com#%etamente.
retirada a #artir do sofrimento de ;aia #e%as mãos do / 78!ias de Ma!il&a N$el m4 — Embora o
homem, como e%a era tão forte #ara cata%isar a ;uerra da #a#e% do hroun como %5der dos ;arou se+a
"ria, antes mesmo de ;aia estar severamente ferida3 questionáve%, não há
da d"vida
mati%haque
todos uma
e%es bata%ha.
deveriam
E)iste outro sus#eito &bvio #ara a fonte da "ria dos assumir o contro%e durante
;arou, c%aro' a 89rm. través da %ideran!a e coordena!ão das a!es da mati%ha,
 maioria dos %obisomens, obviamente, não gosta o hroun #resenteia todos os seus com#anheiros de
de admitir que sua ra!a #ossa estar sobre a inf%uência da mati%ha com grande com#etência no ca%or da bata%ha.
89rm de qua%quer maneira, mas há um forte ind5cio de Gm es#5rito:%obo ensina este Aom.
que a 89rm #ossa ter um #a#e% na srcem da "ria. 5is!ema6 O +ogador gasta um #onto de or!a de
%guns hroun G?tena acreditam que 6una deu aos 2ontade antes de iniciar uma manobra de >áticas de
;arou o dom5nio sobre a "ria, #ara ensinar a 89rm que 4ati%ha BLobisomem, #ágina IDI, e divide uma #arada
a "ria não #recisa ser corru#ta — como qua%quer #oder, de dados e)tras igua% ao seu n5ve% de 6ideran!a entre

132 Livro dos Augúrios


qua%quer um que este+a e)ecutando a manobra. Os dados #onto de "ria naque%e turno, é c%aro. Esse Aom não
adicionais deveriam ser divididos o mais equi%ibrado #ode ser ativado ao mesmo tem#o que rmadura de
como #oss5ve%, embora que o +ogador #ode esco%her onde 6una, qua%quer que tenha sido ativado #or "%timo
a%ocar os dados e)tras Bou no caso do n5ve% de 6ideran!a cance%a o #rimeiro dos Aons.
do hroun fornecer menos dados que o n"mero de / 7oque da =>ria N$el ?ua!ro4 — Gsando esse
com#anheiros de mati%ha envo%vidos. Aom, um hroun #ode cana%i*ar uma #arte de sua "ria
/ 9ra -spiri!ual N$el :ois4 — Os ;arou são #or #ara outro, se+a o beneficiário ;arou, humano ou anima%.
nature*a seres metade carne cor#&rea e metade efêmera <os #rimeiros casos, o efeito é bem mundano, %evando
es#iritua%, vivendo entre dois mundos simu%taneamente. um a%iado ao combate= nos casos seguintes, isso garante
través da invoca!ão desse Aom, um hroun manifesta uma qua%idade im#ressionante e destrutiva #ara seres que
sua nature*a es#iritua% de forma mais forte que a f5sica norma%mente não a #ossuem.
#or um breve #er5odo de tem#o, #ermitindo suas garras <um n5ve% socia%, esse Aom #ode ser uma #otente
atravessarem as defesas que e%es nunca #oderiam #erfurar fonte de ins#ira!ão Be investiga!ão — embora a "ria
norma%mente. Esse Aom não tem efeito em criaturas que se+a uma qua%idade #rofundamente viscera% e dif5ci% de
são metade es#5rito, como outros ;arou, fomori e contro%ar, e%a também confere a habi%idade de sentir uma
change%ings. 4as qua%quer ser inteiramente de um ira +usta #e%a corru#!ão e in+usti!a — uma facu%dade que
mundo, tais como 4a%ditos, vam#iros, fantasmas ou muitos humanos #erderam na si%enciosa a#atia do
animais, é suscet5ve% a esse #oder. Pua%quer es#5rito da 4undo das >revas. Gm es#5rito da f"ria ensina esse
guerra #ode ensinar esse Aom. Aom.
5is!ema6 O +ogador gasta um #onto de ;nose, a 5is!ema6 o hroun gasta um #onto de or!a de
dificu%dade #ara absorver o dano de um "nico go%#e com 2ontade ou dois se estiver conferindo a "ria #ara um
garras do hroun nesse turno é e%evada #ara . <ote que morta%. E%e então gasta uma quantidade de #ontos
a regra norma% de ser inca#a* de gastar "ria e ;nose no tem#orários de "ria e o a%vo os recebe e #ode gastar
mesmo turno ainda se a#%ica. norma%mente. Gma ve* que quaisquer #ontos a%ém do
/ (i+or ;eno$ado N$el :ois4 — 4atando um n5ve% norma% de "ria do a%vo B*ero #ara humanos forem
monstro da 89rm Bou outro inimigo, não im#orta quão gastos, e%es se foram #ara sem#re e b%oqueiam um
vergonhoso #ossa ser o conf%ito inter:triba% de uma segundo uso desse Aom no a%vo.
forma es#etacu%ar, o hroun #ode ins#irar todos os Esse Aom não fornece "ria a magos, fantasmas ou
a%iados que estiverem em sua %inha de visão a %utarem outros ti#os de seres sobrenaturais que não #ossuam
mais bravamente através de seu e)em#%o. Gm es#5rito do "ria. Es#5ritos +á #ossuem uma Caracter5stica de "ria,
fa%cão5is!ema6
ensina esse
-araAom.
ativar esse Aom, o hroun #recisa ter mas #odem
ganhar a!esreceber
e)tras #ontos tem#orários
em combate #ara
como os usá:%os
;arou #ara
fa*em.
gasto #e%o menos V #ontos de "ria naque%e turno e / #e+is N$el Cino4 — Esse Aom fornece ao
#recisa ter matado o inimigo com um go%#e que causou ;arou uma égide m5stica que o #rotege de ataques. sso
#e%o menos V n5veis de vita%idade abai)o de não é %itera%mente um escudo= mas sim, os go%#es
nca#acitado. O hroun gasta um #onto de or!a de sim#%esmente fa%ham em atingir áreas vitais, ba%as
2ontade e todos os seus a%iados ;arou recebem um ricocheteiam numa five%a de cinto e outras
n"mero de #ontos tem#orários de "ria igua% ao seu n5ve% circunstLncias cons#irat&rias #revinem go%#es
de Carisma. Gsar esse Aom não e)ige uma a!ão se#arada nocauteantes de acertarem o guerreiro quando essa
em combate sa%vo a a!ão #ara matar o inimigo. habi%idade está ativada. Gm es#5rito do vento ensina esse
/ <ureza de -spri!o N$el 7r)s4 — 4uitos Aom.
;a%%iards re%atam hist&rias descrevendo as fraque*as dos 5is!ema6 O +ogador gasta um #onto de or!a de
%obisomens devido / #rata como um ti#o de chiminage 2ontade e a dificu%dade #ara todos os testes de ataques
— o #re!o de 6una e)igido #e%os seus fi%hos #ara o dom feitos contra e%e, #e%a dura!ão de uma cena, são
da "ria. Gsando esse Aom, o %obisomem #ode, com aumentadas em I. Pua%quer teste de ataque que atingir
grande custo, #roteger:se brevemente contra o #oder a#enas um sucesso Bde#ois da esquiva, se a#%icáve%
ferino da #rata com suas #r&#rias energias es#irituais. Gm contra o ;arou é considerado ser de ras#ão e causa
6uno ensina esse Aom. a#enas dano #or contusão.
5is!ema6 O ;arou gasta um n"mero de #ontos de / Mano a Mano N$el 5eis4 — O 4undo das
;nose e imediatamente recebe esse va%or em sucessos >revas é um %ugar com#%e)o, re#%eto de intrigas,
automáticos #ara absorver dano #or #rata, mesmo se e%e desorienta!ão e todas as formas de evasão sobrenatura%.
não tiver dados #ara o teste. O efeito dura um n"mero de <o entanto, os hroun são os seres sim#%es e esse Aom
turnos igua% / ;nose gasta, não inc%uindo restante do #ermite a e%es estenderem seus métodos ob+etivos até
turno usado sua ativa!ão. onde e%es não #odem a%can!ar. O ;arou fa* uma breve
Esse Aom não usa uma a!ão #ara ativá:%o e #ode ser #rece a 6una e outros incontáveis es#5ritos do sangue,
ativado imediatamente se o ;arou foi afetado de sur#resa terror e vingan!a do #anteão ;arou. E%e então é
#or uma ba%a ou %Lmina de #rata #ara a#erfei!oar o trans#ortado instantaneamente até um "nico inimigo de
dano... desde que o usuário não tiver gasto nenhum sua esco%ha, a quem e%e #ode encarar um combate mano:

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 133


a:mano até a morte sob a #r&#ria égide de 6una. O e)em#%o, #ode encontrar o Sanguessuga des#erto e
inimigo não #ode fugir Ba#esar de que retiradas #ronto #ara o combate...
estratégicas, com o intento es#ec5fico de continuar a %uta
nessa cena, se+a aceitáveis, nem receber a+uda e)terna.
O invocador é atado /s mesmas restri!es, é c%aro.
-ua%idades e De.eitos
 #r&#ria 6una ensina esse Aom e não através de s seguintes Caracter5sticas são direcionados #ara
um avatar — o requerente #recisa ir até 6una no @eino #ersonagens hroun. Se outros #ersonagens #odem
Etéreo e convencer a deusa ca#richosa que suas ra*es se%ecioná:%os isso é um assunto dei)ado ao critério do
#e%a necessidade desse #oder são +ustas. <arrador.
5is!ema6 Esse Aom cance%a todas as formas Perito em Combate
sobrenaturais de #rote!ão, ocu%tamento, feiti!os
contingenciais e #recau!es simi%ares automaticamente. /-ua%idade0 1 pontos2
-e%o restante da cena, ambas as #artes não #odem 2ocê investiu muitas horas em combates rea%mente
receber qua%quer a+uda de outras fontes e #odem a#enas %etais e você #raticou o suficiente #ara se atra#a%har de
usar seus #oderes de nature*a f5sica direta.  for!a e forma rea%mente ruim. 2ocê #ode ignorar uma fa%ha
ve%ocidade sobrenaturais de um vam#iro ou a habi%idade cr5tica num teste de ataque ou esquiva a cada sessão.
de go%#ear seus inimigos com Es#5rito do *evinho
#ermanecem dis#on5veis, mas um membro de ambas as Esti%o de Luta Diversi.icado
ra!as estaria des#ido de sua engana!ão menta% ou sua /-ua%idade0 3 pontos2
#resen!a sobrenatura%. Ao mesmo modo, um eiticeiro
#ode %an!ar raios ou aumentar sua #r&#ria for!a, mas não 2ocê tem #raticado um %eque rea%mente vasto de
#ode se te%e#ortar #ara fugir da%i ou tornar:se incor#&reo diferente método de combate e #ode a#%icar toda a
#ara evitar os ataques do ;arou. e)tensão de seu conhecimento na situa!ão. 2ocê nunca
Esse Aom envo%ve a direta interferência do encara #ena%idades em combate #or usar armas e)&ticas
Ce%estino 6una nos afa*eres mortais e o <arrador deve ou incomuns, #odendo faci%mente identificar qua%quer
%embrar que um ser #ensante é determinante nos e)atos arma ou esti%o de %uta que você ve+a.
feitos do Aom, não um feiti!o sobrenatura% definido. O Coragem Contagiante
<arrador deve +u%gar os efeitos do Aom #ara manter um
combate +usto, %im#o e f5sico. Gm ;arou que #e!a #ara /-ua%idade0 4 pontos2
ser trans#ortado #ara um vam#iro em tor#or, #or Embora se+a dever de todos os hroun ins#irar

134 Livro dos Augúrios


coragem no cam#o de bata%ha, e%a vem mais ubris /De.eito0 673 pontos2
natura%mente #ara a%guns que #ara muitos= até mesmo
entre os vigorosos ;arou, sua coragem e determina!ão 2ocê está firmemente convencido que seu #r&#rio
são %endárias. Sem#re que um Aom ou #oder que gere #oder é su#erior a #raticamente qua%quer um, que você
medo se+a usado em você, a+uste a dificu%dade do teste #ossui benef5cios muito a%ém de sua #osi!ão atua% e que
#ara I #ontos a seu favor. Se uma habi%idade simi%ar é os outros ;arou, es#ecia%mente os de aug"rios menos
usada sobre um ou mais dos seus com#anheiros de combativos, são mais estorvos que au)i%iares. sso não
mati%ha e você está na %inha de visão, a+uste a dificu%dade torna sua arrogLncia &bvia #ara todo mundo, você #ode
#ara D ao seu favor. subestimá:%os muito bem ou e)#ressá:%a de formas
%imitadas. 4as sua visão estreita o dei)a cego #ara muitas
Cicatri5ado /De.eito0 1 pontos2 das suti%e*as do 4undo das >revas e os n5veis su#eriores
 incessante bruta%idade da e)istência como um dessa fraque*a de sua menta%idade #ode a%can!ar o
hroun tem fina%mente reca5do sobre sua #e%e. Suas so%i#sismo.
res#ostas
modo emocionais
atrofiadas de todos osnenhuma
e #raticamente ti#os estão de a%gum
emo!ão af%ora Esse Aefeito
#ersonagens é inicia%mente
do <arrador, +á que e%edirecionado
#ode fa*er #ara
um
em você. ssustador.  dificu%dade de todos os testes de #ersonagem dif5ci% de coo#erar com uma mati%ha e frustar
Em#atia feitos #or você são e%evadas em I, caso a a inter#reta!ão. Gm +ogador que quer a#%icá:%a ao seu
dificu%dade se+a a+ustada #ara a%ém de , você não #ode #ersonagem #oderia #ensar duas ve*es com o <arrador e
arriscar o teste. com os outros +ogadores #rimeiro.

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 135


são 0ciclo crescente1 e 0ciclo minguante1. 2sso define o
Uma Observa‹o sobre as Luas aspecto do Augúrio dos lo!isomens. A lua sai de Nova
— Por Chokos para &heia, crescendo 3da4 o ciclo crescente5 e depois vai
Em nenhum outro livro do Nação Garou temos de &heia para Nova, minguando 3da4 o termo ciclo
notas de tradução, porém no Livro dos Augúrios foi minguante5. E em am!os os ciclos, ela passa por todas as
diferente. Elas se fazem necessrias. A maioria dos cinco fases. Acho ue ficou mais fcil de entender, não
mem!ros do NG, e !oa parte dos "ogadores, são do velho é6
e !om Lo!isomem #$ edição, e de l acostumamos com o 'e ualuer forma, leve para sua mesa o ue
Lua %inguante e Lua &rescente. Apenas para depois ver preferir, o ue melhor adeuar ao seu "ogo. 7izemos o ue
a 'evir retraduzir os termos e lançar o Lua Gi!osa. melhor se adeua ao nosso "ogo, e voc* deveria fazer o
Alguns defendem, outros atacam. Nas reuni(es do %)N, mesmo.
o pessoal simplesmente a!omina o termo.
'iferente de todos os outros livros, o Livro dos Ritual do Lobo do Inverno
Augúrios vem com uma independ*ncia. Alcançada com — Por Folha do Outono
dificuldade pelo grupo. Em todos os nossos livros nos No in4cio, não havia nada e, uando houve alguma
preocupamos com tamanho de pginas, de fontes e tudo coisa, esta não foi suficiente, então idealizei o Nação
mais. Essas preocupaç(es ainda e+istem, porém Garou, e ele foi feito.
perce!emos ue o Livro dos Augúrios fora feito pela 8osso ter criado o pro"eto e digo ue a!rir uma
-hite -olf em um tamanho de fonte normal ue o comunidade é simples, porém reunir pessoas responsveis
padrão.
algumas Ns não alteramos
pginas entre um isso, e poreisso
tra!alho a diferença
outro. Algumasde para impulsion9la
mem!ro, aos tantosnão. 'e ue
nomes &ho:os,
temosue foi oo pro"eto
ho"e, primeiro
pginas a mais não descaracterizam o livro, e voc*s ho"e é dono de memorveis recordes e de uma coleção
podem estar certos de ue iremos conferir as referencias inve"vel de livros traduzidos. Esse, sempre foi, desde o
cruzadas/ 'e ualuer forma, esta!elecemos o nosso in4cio, meu único o!"etivo a frente do Nação Garou. E
padrão, e uma vez ue fizemos isso, não vamos apenas agora ue est consumado, é hora de partir.
nos curvar perante as vontades da 'evir ou da -hite ;e"o ue o pro"eto pode seguir em frente sem ue eu
-olf. este"a a frente de tudo, isto d a!ertura a uma pessoa ue
E essa independ*ncia se mostrou no termo Lua se"a realmente fã de Lo!isomem assumir o meu atual
Gi!osa. Novo e nem tanto utilizado pelos "ogadores. posto e continuar, este é um lugar ue h uem ueira e
Além de causar uma discussão tremenda. Nossos termos ue merece mais ue eu e, agora ue tenho convicção

Consumação de uma Profecia A


ue minha missão foi completada com louvor, pois os posso até ver a possi!ilidade de voc* fazer umas capas
números são minhas testemunhas, eu dei+o a liderança aui pro frum...1
do Nação Garou daui para frente, passando para uem —<uem é esse ai io6
creio profundamente ser capaz de ir além do ue " —io é o cacete, muleue/  o 7olha de @utono,
fomos, ir até o fim. um 7ianna ue arrumou um serviço pra a"udar a %ãe,
)empre estarei com o Nação Garou, mas agora cala a !oca e ouve? 0H ligado ue voc* não entende
noutra perspectiva. 'ou minha palavra ue estaremos muito de tradução, mas voc* poderia usar seu 'om de
sempre "untos. )empre. &riar 7undos ransparentes e tratar umas imagens pra
(Palavras escritas no dia que a comunidade gente, o ue acha61
chegou ao seu milésimo membro) —E ai io6
—Eu falei ue sim pH, o serviço era pra a"udar a
Her—is de todas as Luas!! %ãe/
—;éio/ As imagens ficaram timas/ E essas capas

Diego Suzanuwo "usao#assado"


Ragabash Presa de Prata Cliath
foram as mais rpidas ue rece!emos/ ;ou te mandar
mais pra fazer...
Agradeço a Nação Garou pelo voto de confiança e —;iram s mule:ada6 <uando fazemos um tra!alho
este ser o primeiro de vrios tra!alhos para Gaia, e digo pra %ãe, o renome chega logo, é assim ue funciona.
aos outros ue a"udem nessa causa pois e mais um passo —8erai io, voc* não disse ue o serviço era pra
rumo ao melhor caminho. <ueria mandar um a!raço a"udar a %ãe6
para a galera do =8G de 7ortaleza, especialmente o meu —, e da46
grupo no !om "ardim 3>lood )oul5 e tam!ém a todos ue —Essas capas ue voc* fez eram dos livros de
sempre me deram apoio 3minha namorada dizendo? esse ;ampiro///
"ogo não presta, eu não gosto dele5 e a todos auele ue — ue... uando eu cheguei pro tra!alho... o livro
!l,!l,!l,!l/ " tava pronto e.... 8era4/ odo mundo fora da minha
@s Lua Nova são a supremacia, porra///// casa aca!ou o aprendizado por ho"e////
Então os filhotes aprenderam ue Gaia pode dar
$%O "%ro&a" diversas tarefas estranhas pros Garou...
Ahroun Cria de Fenris Cliath.
>om, esse foi o meu primeiro tra!alho com a Nação (oonLover "'l—riasem*im"
Garou,milhares
antes e esperodeue nãomas
vezes, se"a éosempre
último.!om
&omo foi dito
ressaltar. Galliard Fianna Cliath
Novamente um grupo de pessoas se reuniu e desenvolveu &onheci a Nação Garou por acaso uando
um tra!alho sem nem ao menos, na maioria das vezes, procurava, " desesperançado, suplementos para
um sa!er o verdadeiro nome do outro. 8arece ue a Lo!isomem? @ Apocalipse. Adorei e aderi a causa, e uis
ess*ncia de Gaia est realmente presente no coração logo começar a traduzir. Ainda sou um filhote nessa
desses no!res radutoresB =evisadoresB 'iagramadores. %atilha, tenho muito ue aprender e conhecer.
Cm dia uem sa!e, não falarão de ns em alguma Agradeço ao &ho:os por confiar a tradução em minhas
assem!léia. <uem sa!e os Galliard na hora de contar as mãos 3e entender minha pai+ão Galliard e 7ianna5 e ao
suas lendas diga? 0 — E houve um tempo, em ue um 7olha pela atenção. raduzir um livro de Lo!isomem é
grupo de pessoas se "untaram e propagaram a voz de Gaia como fazer parte do sistema? conheci esse am!iente h I
em um local aonde não era entendida a sua l4ngua.1 anos atrs e maravilhei9me com um mundo regado de
<uem sa!e daui a alguns anos, nos registros prateados, 7úria e 8ai+ão.Do"e traduzi9lo e disponi!iliz9lo para
mem!ros de todas as tri!os irão falar de ns6 <uem sa!e6 outros "ogadores, novos ou velhos, é fazer parte disso.
) gaia sa!e... Estou ensinando minha namorada a "ogar e uando ela
E até l... eu aguardo. começar a ler os suplementos vou poder dizer? 0 vendo
Cm a!raço a todos. esse livro6 7omos eu e um !ando de lo!os malucos ue
traduzimos/1 Não posso de dei+ar de agradecer J todos da
'lauber "(otorHead") Endless
J sunami,voc*s

minhasãoeterna
minhaAKen,
inspiração,
para aforça
uale deveria
orgulho.E
Theurge dos Andarilhos do Asfalto Cliath entoar !aladas e !aladas de gratidão e amor, como todo
;rios filhotes estavam na casa de %otorDead, eles !om 7ianna, como todo !om Galli ard... “My nature
se acotovelavam tentando en+ergar e ler o ue estava phenomena”, é, esse seria um !om nome de >alada . E
escrito num e9mail... &ansado de ver os filhotes se estou aui, orgulhoso por ter participado e ancioso pela
acotovelarem o heurge disse? pr+ima.
—8erai, porra/  sei, eu vou ler o troço em voz alta 8or Gaia, por Luna e pela Nação Garou/
proFc*s? 0E a4 cara, !eleza6 Achei um troço legal pra voc* 8eguem um !om drin: e 0)alute1/ )a!oreiem o
fazer pra gente, na verdade é um teste e se voc* passar eu livro/

B Livro dos Augúrios


one "S+ar,so-.isdom" 'espeço9me aui agradecendo mais uma vez a toda a
matilha ue se uniu na tradução desse livroM mais um
Theurge Fianna Cliath dentre muitos ue ainda vão surgir.
Esses são os uivos dos lo!os agradecendo as ddivas @!rigado Gaia, por ouvir os uivos de lamento dos
de Luna. )ente9se comigo, garoto, ouça o murmurar do filhotes e trazer a ns o conhecimento antigo para nos
vento e as !atidas dos coraç(es, em sintonia com os a"udar em nossa luta contra a -rm.
tam!ores em volta do fogo. &ontemple a face de Luna, Aproveitem galera///
ue revela seu destino e seu caminho. )eu !rilho mostra
apenas uem voc* deve ser, nunca uem voc* realmente
é. 'ei+e ue os mistérios o guiem, iluminem seu caminho %ndr1 "'aia23et"
e se revelem diante de seus olhos. Cse a 7úria ue lhe foi Philodox Andarilho do Asfalto Cliath
concedida para guiar suas garras so!re as gargantas dos %ais um livro fica pronto. &om o suor dos
inimigos, nunca para a!rir seu coração J -rm. E mais Guerreiros de Gaia. Assim provamos para ns mesmos, e
importante
para de tudo,
agradecer suas"unte9se aos pois
ddivas, outroselas
na dança e uive
lhe foram para
digamtodos,
ue aue lutamos
!atalha " foipra vencer,E mesmo
perdida. uetam!ém,
provamos todos
concedidas por Luna. 'ance, uive e agradeça, !e!a e ue a !atalha não est perdida.
pule, e uando ouvir os sussurros dos ventos, faça uma Agradeço a todas as pessoas ue, ao meu lado
prece silenciosa Jueles do outro lado. lutaram por esse livro. Agradeço a %ariana, minha
namorada e companheira, ue me apoiou e me aturou 3e
Hiro "/em+estadede#rata" muito5 nesses meses de tradução. Agradeço tam!ém, ao
%estre )herman, eterno companheiro de matilha no
Ahroun Presa de Prata Cliath =8G.
Enuanto redi"o essas palavras ainda não tive a Espero ue no pr+imo livro tenhamos mais pessoas
oportunidade de olhar a !el4ssima o!ra  t*m em mãos, nessa matilha. %ais pessoas ue, assim como eu,
mas tenho plena confiança na sua ualidade. &onfiança perce!eram o uão no!re é a causa, e o uão importante
ue teve seu preço. 8ra dizer a verdade, meu contato com ela é para Narradores e ogadores de -@'. 2sso vale não
esse grupo se deu J pouco, mas uando tive meu primeiro s para o Nação Garou, mas serve de apelo para todos os
contato com esse material, realmente me senti Grupos de radução. Eles são a nossa única sa4da contra
entusiasmado com as possi!ilidades, maravilhado com o as empresas capitalistas ue s visam o lucro, e se
talento desses "ovens. Agora como parte dessa euipe, esuecem dos fãs.
dessa Nação, me sinto orgulhoso por mim e pelos meus. 8or fim, com o dever cumprido 9 por hora 9 aguardo
Nesses mais de dez anos de =8G, nunca vi nada ue pelo pr+imo desafio, certo de ue ns, do Nação Garou,
pudesse se comparar J vontade dessas pessoas em manter venceremos mais uma vez.
vivo um fogo ue aos poucos se esvai, cada vez mais
rpido. )erve como analogia J nossa prpria Guerra, e eu
rezo pelo nosso sucesso contra as forças da &orruptora. 'ustavo "'uardi‹odo4erbo"
A ;isão ue nos conduz, é essa. Algo maior ue a Philodox Senhor das Sombras Fostern
glria pessoal. Lutamos por todos e esperamos ue nossos Este é o segundo livro em ue saio como revisor, e o
feitos se"am cantados e ue inspirem outros como ns e primeiro em ue contri!ui como tradutor 3algumas partes
afugentem Jueles ue nos espreitam das som!ras. do 8hilodo+5. Nesse per4odo, entre a revisão do )enhor
8ara!éns a todos os outros mem!ros dessa das )om!ras =evisado e o Livro dos Augúrios, muita
comunidade e a todos Jueles ue contri!u4ram e ue coisa aconteceu? denunciaram  traiçoeiramente  a
contri!uirão ainda com esta o!ra. <ue o amor de Luna conta do Nação Garou no 4shared o!rigando a
se"a eterno, ue a nossa 7orça prevaleça e ue Gaia tenha migração para o multiplyM denunciaram as contas ue
piedade de nossos inimigos, porue ns não teremos. criei para disponi!ilizar doKnloads na comunidade do
Lo!isomemM alguns tradutores 3de dezem!ro para c5
0sumiram1, assim como duas traduç(esM mas Gaia sa!e o
%elle0 o retwalda "#un&osde/rov‹o" ue faz? muitos tradutores e revisores apareceram, e os
Philodox Senhor das Sombras Cliath
Agradeço a todos por terem me dado J chance de ri!e>oo:s tendem
@ fato de a serem
um cara comotraduzidos
eu poder ainda nestepro"eto
estar num ano../
participar desse pro"eto, principalmente ao Chokos, e como este s demonstra ue ualuer um, com uma hora
espero poder a"udar em muitos outros ue venham a por dia, pode fazer muito para o =8G nacional. >asta
surgir na Nação Garou. @ Livro dos Augúrios é algo feito uerer a"udar/ Espero ter contri!u4do para ue as mesas
para a"udar a todos ns, um melhor entendimento so!re ao redor do pa4s possam se tornar mais ricas e comple+as,
as vrias faces de cada augúrio. <uem disse ue "ogar com no n4vel ue este "ogo merece/
Galliard é chato ou ue o heurge é muito complicado Em tempo... cansei de ver todo mundo andar com a
vai aprender e entender ue e+istem muitas variaç(es ca!eça !ai+a nas ruas. &hegamos a um ponto em ue
desses augúrios ue vão aumentar muito a diversidade de ninguém corre atrs da vida ue gostaria de ter. As
suas interpretaç(es e seu divertimento. pessoas deveriam começar a plane"ar suas vidas, assim

Consumação de uma Profecia C


como plane"am os 'ons ue irão aprender ao su!ir de paramos por aui/
posto.. as pessoas precisam sonhar mais/ Aos amigos de dentro e de fora do Nação Garou, um
grande a!raço/
Insane24izir "Dorme5omLuna"
Ahroun Peregrinos Silenciosos Athro 6o--ison "Son&ao#assadoe4iveo
Este pro"eto foi importante por dois principais *uturo" 4anbla,en2
motivos? 8rimeiro porue o Livro dos Augúrios deve
a"udar e muito na criação de campanhas e personagens Filhote Perdido
marcantesM )egundo porue mostrou o crescimento udo ue eu posso dizer so!re esse pro"eto é ue
populacional da Nação Garou. Estas pginas de créditos e uma fam4lia o produz com amor afinco e carinho, são
palavras finais deve mostrar isso. A uantidade de gente alguns poucos ue decidiram fazer o mais dif4cil de todo
envolvida aumentou e isso é timo/ )e"am !em vindos, movimento, inicia9lo, essas pessoas fazem parte de uma
raça cada vez mais rara, aueles ue lideram e
novosno
todos cola!oradores, voc*s são a prova de ue estamos
caminho certo. convencem com gentileza e carinho.
Narro lo!isomem a P anos, e como um !om "ogador
de ;ampiro tinha tudo para achar esse 0"ogo1 algo
5&o,os "4eloidade do /rov‹o" completamente desprez4vel, e a definição 0é um A!"!
Ragabash Senhor das Sombras Ancio em Stor#teller1 fazia parecer uma seQ*ncia de mortes
Agradecimentos. Essa parte do livro é sempre desnecessrias sem motivo algum como plot, e ao "ogar
!acana de se fazer e de se ler depois. Não ue se"am fceis pela primeira vez essa idéia não mudou muito na minha
essas palavras, mas elas saem com facilidade uando o ca!eça, era mais um "ogo ualuer, um daueles ue n
tra!alho é feito com fervor, dedicação. fazem falta se voc* para de "ogar, mas aps ler as palavras
Gostaria de agradecer os seguintes nomes? 7olha do finais de %ar: Dein Dagen no final do livro !sico eu
@utono, Gustavo, André, ;izir, 'iego, Artur, Dooligan, chorei, chorei por ue vi a !ela e+peri*ncia de um
offison, =onaldo, >one, Agni, Diro, %oonlover, Oao. homem em ter posto no mundo um sonho ue se torne
8essoas ue a"udaram a fazer esse livro, aumentando realidade.
nossas fileiras consideravelmente. 7oi a primeira vez ue Do"e ve"o ue lo!isomem me fez realizar muito, me
o pro"eto saiu com tantas pessoas, e tivemos dificuldades fez ter uma matilia ue chamo de amigos e me fez ter um
pra coordenar tudo. %as a e+peri*ncia fica e o livro saiu. lar ue chamo de &aern, não entrei no pro"eto por ue
;oc*s foram do caralho, caras/ devia algo a alguém, entrei por ue essas são palavras
E agora, com o Nação Garou  ri!os, nada pode tiradas de uma vida de sonhos E realizaç(es, e porue
nos parar. <ue a -rm estremeça, pois os "ogadores de seria, sem dúvida alguma, uma verdadeira desonestidade
Lo!isomem se erguem em um s uivo/ E dessa vez com não permitir ao mundo ue conheça o verdadeiro poder
mais livros traduzidos/ )ão cinco no total/ %as não de se sonhar.

D Livro dos Augúrios


As Cinco Faces de Luna
O malandro, o xamã, o juiz, o bardo, o guerreiro. Cada
lobisomem segue um desses cinco augúrios, de acordo
com as bençãos da lua. Um lobisomem possui o
grandioso dever de seguir os rumos da fase lunar no
qual ele nasceu - mas isso não é em vão. Se ele é
verdadeiro com sua lua, ele pode colher grandes
recompensas e trazer glória a seu povo. Se ele
envergonha sua lua, o preço será muito alto.

As Cinco Trilhas do
Lobo
O Livro dos Augúrios trata com os cinco
augúrios dos Garou em detalhes nunca antes vistos.
Aprenda o conhecimento espiritual oculto dos
místicos Theurges, os rituais e deveres dos juízes
Philodox, as disciplinas e estratégias dos guerreiros
Ahroun. Use os poderes concedidos pela lua nova
para intensificar suas habilidades, ou mergulhe
profundamente na perpectiva do que é ser nascido
sob um augúrio. Caminhe por um ou por todos os
caminhos - cada um possui sua própria glória.

O Livro dos Augúrios contém:


• Uma análise profunda do papel de cada augúrio, da metodologia a seu papel na
sociedade Garou
• Informações de como conseguir tirar o máximo de cada augúrio
• Novos Dons, rituais, fetiches, Qualidades e Defeitos, específicos para cada augúrio,
incluindo os raros Dons de Nivel Seis

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