Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
füleÁiì
CENTRODE ESTUDIOSHISTÓRICOS
AUTOSPORTUGUESES
DE CILVICENTE
Y DELAESCUELAVICENTINA
EDICÌÓ:,I
F.\CSi]{IL
C.\ROLINÀ
ì,ÍICHAÈLIS
DE V.\SCONCELLOS
?ORT^
FrcrldedE a" ìúrs
Èt8üio;iruì'.r
í{r ..!,1LLS /
t"," i Ë t ;; tràá.-
MADRID
r922
'r l
9 Du, 8
/' e ') t L,,-' 2,
I o ]. O' d -
AUTOS
DEZANOVE PORTI,GUtsSES
XVi
DO SECULO
'
ía pobrera do rcpeÍrorìo loÍtuguôs justinca bem esse alvoroço
festi!o.
.\testam-no. p. ex., os apÌausos sinceros com que Íoi acolhido en-
frc nós, cm !9c,6, o .*n ,l,t ,Fest,zdo próprio Gil Vicente que, repre-
sentado em casa de um pcrsc,nagem particüiar, talì'ez por ele guardaÍ
o autogralo e os c:(emplares íja imprcssâo Íeaìizada a sua custâ, não
a^ko'r nL Ca?il,tc,io .le t;ó: nem nn Ílc I í36 L, ficando escondido clu-
Íanle tíes seculos e mcio, a espera quc um nobrc academico tmordomo
cntão del rei D. Carlos. e então c hojc u,n dos moídomos mais distin-
. loF dl CoJte- ÍJe.j\polo) .0 -deseqça4tasse.n' imt 'relh^ llisêcla ea da C!-
iosidades dz st:a opttlentâ e sugestionante livraria e o apresentasse ao
público em l'estinìenta no!a, de invulgar,elegancia- Fotografou-o, c de-
pois rle lido, graiado c pontuado, tlanscreveu-o criteriosamente segun-
zb A Batca ào Ìnfern, fôÍa compostâ, como a do Purgatorìo e a posiçôes, coordenando-as em cinco livros, segundo as espécies, e q\pli-
do Pataiso (que coopletam ideação on !Íej,grração), !o/ amor da, cando quando, e onde e diante de quem ele havia inscenado cada peça,
^
e,z obsegaio a, ou (como oautor diz) lor contern?ldção da sertxissina e oão sem bastantes vezes se enganar quanto aos anos r.
,nailo cotolüa rainha Doza Leoror, a yerd,adeira llecenate do ourives No título-argumento, redigido então e destinado a ser de6nitivo,
tÍovador; e foi insceaada diante do rci D. Maouel, por ela assim o aquele que fõra au.ctor et aêtor coínecê. judiciosamente com informa-
mandar l.
ções geraes sobre a trilogia iateiÍa:
3o Ao eìaborar as Bdrca,s, entíe 1516 e 1519, o autoÍ considera-
^l,:*, ^:,jp494
t' t.- Reprcscntascoa obra seguintehúa prcnguraçãosobÍe a ícguÍosa âcusãçam
va-as como Moralìdadcs (peças alegoricas de tendência Ítroràlizadora), e
ar que os immigosfazcürã todas as almas humanâsno ponto que PeÍ rDorte de
assim pensava aiÍrda qlando ecr 1525 dedicou a D. João IÌI a sua pri- seus terÍestes corpos se p Ítcm- E por tÍâtar desh materia Põe o âutor por
"b(i'lte
s, cingindo-se ao costume de Fran-
t hJá,ri./a mo^e-meira tragicomedia (o D. Duardos) Âguraque no dito momeotoÊllaschegãoa huú profundo brâço de mâr' ondc
ça, cujo repertoÍio quâtrocentista é rico em Moralitës, e ao da Ingla- estam dous batos: hü d€lle.3psssapcra a g/rttb, o otruo per^ o ttrgator'io Gicl2.
_!^*,o\3
? He repartidaem tres pârtess. de cadâembarcaçamhúa ceÍrr t, -Esta priÍneyÍâ
teira noÍmanizada, que tambem tinhâ predileção pot moral llays on
he da viagé do infêtno; tr^ta4.. pollâsfigurâsseguilrtes:Primeyrameotea bâÍca
tuolal intelh.des 3, facto digno de nota e de qtame. Corn modestia
do iofernor ârniz & ba.queyro d€lla,dür,r. Barcado parayso,arraiz& baÍqucy-
excessiva de cortesão, lestre Gil designa oa Cada dedicatoria a d,oÍn
João IIÌ as suas obms como mero eco das suas leìtuías, ass, eì, metro
como ?m fr.osa, dc autoles antigos e modzntos, que não lararatt Em seguida o poeta desculpa-se per arìte os leitores futuros, com
ntua
òoa 2or dizer, nmz bnnçõo lixda por achar, nem graça por destobrir. gentil ingeruidade, de um erro de classificação,isto é de haver metido
entre as obras de droríio uma scena que não foi Íepaeseitada ern ct -
4" A Diìascdlia da edição-príÍtcipe, escritâ quando D. Manuel rei-
nava r, divelge notavelmente da que o poeta redigiu no fim dâ vida pela! a. E e*.plica que poÍ estaÍ enferma a segunda esposa de D. Manuel,
(entre 1536 e r54o) para a posteridade, ao juntar por sua rnão, mas
t O auror de Gil íticcrrl., h'oúado\ etc.t é de opinião que o corDcdirtrafo
poÍ oÍdem de D. Joãc IIt, rtum cartâpãcio muito grande, as suas corn-
aprontou apenas um Brrúo dc catãlogo das süas obras. Eu, pclo contrario, êstou
pelsuadìda de que as D;ddtêtttias, ranto dâs ediçõcs âvulsas como d^ Còlilaçã,,
I A escolhâ, da parte de Gil Vicente, da pâla'rra, para as suas
lr.fplação úo do pÍópíio pocta, o qu€ e{identemcntc não queÍdizc!quc todas sêjam cKac-
inve Êõcs ítlat;,ct ao f'Íaío da hundnidadc, tembra..Ãe dc Írc4o, Jtnrin nto, tâs. Sei o contfario. E âcho natural que a mcmória do velho d!ãmatuÍgo Íalhassc
y'rrrrz, âplicâda pelo beDigno ccnsor Frci Bârtoìomcu F€lreira ^
aos eiementos dc às vcres, quaoto is datas sobrctudor e que os apontaEentos dele a esse rcs-
mitotogia pãgãJcontidos nos Zrrrrirddr. Não cheguci a âpura! se o pocta poÍtu- peito não fossem nenr muito metodicos ncm complelos.
guês foi o primeiro que aiDtroduziu no vocâbulârio ou se tcvê pÍcdeccssor, qucÌ ! Taìvcz hajã aquÍ um snlto de paÌavms como na Didascália do Monologo do
cntrc nós, qrcr em EspaEhe. Vaqu€iro, de y'r,"a para izra: hí d.Iês ?asta ?êrd a Glori4, o oüro ?./ao Iflícrno
, Estou a ãludir à CdÌta-frí;Iogo q\c aco1panhava, sãlvo
erro. a edição-pÍin- ê p.ra o Pulgatolioì V cja-sc a nota imcdiata.
cigc do D, Dr.ardot, porque é nelã que Git Vicentc âlude â ,nolatìdadzs por elc ! Como haia só dars bateis e ,,"2r destinos, é ccrto quc um deles Íaria duas
compostaa cm serviço da niaha Dâ Lcooor. Muito pÌorâvcj é que clc considc- viageís ou embarcaçòes- O p€quedno, quando havia passagêilos, guiãdo poí
resse como Moralidad. tambem o Aúo da Alzta c a. Eistoria de D.t t . anjos, ou um ânjo Ì€vava os inocentes ao Paraiso; e o guiâdo po! diabos levavÂ
t gldnto a Moldlitát, trloral
llalt, Morat i"!.rlud.s veja 3e CEÌ,ns G.- os pecadorcs aos dois Ìugares de castigo, fãzendo duas viagcis. Ênlaraação sig-
scÌrüh/c dzt N.t r.n Draf,at, eoL l,livro \.1I, p. 460-49r de 2. ed., c ^cB. vol. IlI, íiÊc or^ a,nlatcananto, ota barca. Ê. poÍ serem mais numcrosos os pccadorcs
Ìivro V c X. do que os inocentes, é dado i Bdree .lo IrrÍ.rzo, muito maior que a outrar variag
. I s t o é e m 1 5 l? , r 5 1 8 o u r S1 9 ,p o r q u c só n e ss€ sa.os
bavi a, depoi s do trcs. vezes o nome d.e caraocla.
Dasse da scguDdaesposa de D, lÍaruel-(cm trtqrço dê 5 r ?) c antcs da viadâ.da r ' À tsÍminologie úediévafêra hesitante, natúrâlúeÍrlc. Tz'rÍo ;noraliditdc
'tèrcciÈ, rÍÌ|a zm;d '
Raitrha cm Portugal à quat cil ViceDte podc teÍ dâdo c apti. coDo ,rr:r/rrr7 tinha uín sentido ìato, e outro restrito. E Dão se apÌicavâ cxclusi-
cado o titulo dc RainLa tursa: a viuvâ dê D. João II c iríDã de D. MaDucl, vamente à peças religlosas. As noralìdtdzs proíânas (disputas entre entidadci
Vid. BrâamcampJp. 288, abstÍactôs, personificâdâs) eram mesrno íÌruito numcrosâs.
_Ì 6_
lão podia falar dessa doença, enquaoto durava, oem logo depois do
triste desenlacêque teve em março de I5IZ. por isso tinha começado Não falava da rainha I)o lJaria e do seu quarto de dorrnir. E conti-
na ed;ção-lrhui?e di2endo apenas: nuava com a declaração-arguDento, que ja conhecemos, in nuce, con-
quanto Da primeira redacçâo haja diveÍgelcias signi6cativâs.
Atto d. mo/alì!ü& composro per cil Vicéte por coÍrteÍnplaçâm da sercds- to oo D. .r!.ro n .obr
slma e müyto câtholica raynha dooa Lianor lossa sefiora rcpr.eseÃtadapea seu
mostra que essa barca é distinta da de Gil Vicente, e tambefi da TragicoTìtcdia.
_ rg _
- ii-
ediÇo-principe,vistó que repetetodos os dizeresdo frontispicio ori-
ginal. Facto importante,tipico e modelarr. Quanto à terceira preciosidademadrilena,relativa à trilogia, ela ê
a livre traduçãocastellìanad,a Bd/cô rlo I4ferto qloesaiu eÍÍ! Burgos,
Por desgraç, as minhas esperanças não se realizaram. Ern ÀÍa- laivos de paganismo 1. Defeitos esses que são fíequentíssimos oo
drid ha úÍricamente uúla separata,. por assim dìzer tirada d,a Coli- D. Duardos, e tâmbem Ío Atnadis que, tendo escapado em I55I à
hção d,e 1586 (f. ro5, alias Iio a 168), e um ereúplar da impressão atenção, í{ada Ío D' Dutrdts, foi Posto no fnder em 13592, teÃPo'
avulsa de 1642 (R, IIo59), a qual só em eÍros de caixa se afaste da ÍariaÍneírte- Curioso é que ío Rol Português, Ía s no lndzt ctltte-
^ão
outra. lhdno de r35gt, o de Valhadolid, assinado Por Pedto de Tapia, a for'
A edição-príncipe (com as supostas reimpressões suas, anteÍiores mrla como foy emendado corrtiírue T aisto ?o/ 'ni'n' Naturalmente os
a I5ó2), continua a ser ignorada. Parece que desapareceu por com- poÍtugueses devem estar dispostos a refeÁí ?o/ nint ao c tdeal-infante'
pleto, talvêz pela grande voga que tivera, talvez por te. sido cooâscâda, sabendo dos oandados e das Provisões PaÍticìrlares com que esse
rccolhìdz segvndo o terÍlo tecnico usual, quer em I 532, quer em Ì 536, hiper-conscieocioso inquisidor-úor oídeÍrou riscar e coÍtar e PÍòibir
r;
quer eÍtr 1539, em Roma, Espanha, ou em Portugal onde o tribunal da palavràs, kechos, scenas e livros ioteiaos ou então ao seu lugar-tenente
fé pela primeira vez vingou eÍÍ! I53I, mas sem dum. Frei Jeronimo d'Azambuja, que assinava. As dúvidas a respeito dos
Sabemos apenas, pelo Rol dos liz.trosdefesosde I55I, pdmeiro co- dois aspectos diversos da Trag"icouedìa, rePito que não as sei solucio-
ohecido dos publicados por ordem do cardeâl-iofarte D- Henrique r, oar. Se a redacção originária, impressa uma vez ou verias vezes en_
que antes dessa data já houvera uma, ou vaaias iínpressões de uÍn teÍto tre 1525 e I55I, foi então expurgada por ordem superior icoÍno foi
que desagradava aos cedsores; não em absoluto coíD,oo Tuiilen d, que eítrou sem eírendãs, com todos os defeitos que àcima apontei' ne
drnoles, a Adlte/cnrìa do paço e a Vida do faço, mas em particularidades òopilação de 1i62, revista tambem pelos dêputados da Santa Inquisi'
como a Lusitaria e o Pedrcanes (ou Cleigo da Beira). Nesse Rol, o
D. Daardos ocupa o lugar primacial, entre os livros ero lioguagem- r Outtos trcchos iocriminados dizem Ícspcito a texto3 bíblicos' Na êdição
O lance Ar,to de dom Dt ardos qtle não tiaer cettsara de cotto fo| emen- dc r 562 (c pro vavclmcnte Éâ edição-pÍiÍtciP.) Ìia'sc, P cx', no D ' D uardos :
dado, talvez queira dizer que 6cava pròibido reirnpriúir a redacção Por Yot c..tú S'loúé'
.l c.EuÍ
original que co!!ia, sem as altêraçòês impostas na mesa de ceôsu.a, d€ lo. c.lt:rd n'Eo"dot'
mas tambem que em cada elemplar ainda existente daquela edição,
Na dc t58ó, ctc., .sdlrrtrh tev€ dc ccder s€u lug.r ao mirico --lz-ltào'quc caotou
ou daquelas edições, os revedores haviam de ÍiscaÍ com traço pÍeto
.a!.llot in.rd qÀlü.t
çâo? E se, achaodo heréticas, ê coodenando muitas das maneiÍas de lgnoro-o. E hesito quaÍÌto ao valor dos dois textos, emboÍa sle
dizer oela empregadas, os censores de 1585 âs coffigiraro ico6o foi incline, como À. Braamcamp_Freir€, a achar superior a ledacção mais
que regressaram, quaoto âO resto do conteudo, à primeira impressão! cuÍta, e a imaginar que mestre Gil, retocaodo e abÍeviando a pÍimitiva'
cujo terto é em alguns passos mais extenso, em outÍos metros coÍn- mais longa, sen! todavia se imPoÍtar com a eventuâl censura de Pala-
pletoi Será possivel que o pÍóprio Gil, já conhecedor dos rigores do rrâs, melhorou a obra bastante.
tribund, por experiência com o Tubileu de íftzor, alteíasse oa revisão Da atribuição do Auto de D. Duardos ao infaote D Luis, irmão do
6nal o contexto, debaixo do ponto de vista dramático, deixaodo toda- cardeal-infante D. IÌenrique, absolutamente iüÌotivada, ainda teÍeì a
via subsistiÍ todos os exageros retóricos que a Igreja coodeoavaì Creio dizer düas palavras.
que não. E se o próprio autor escolheu o texto, que selê n Colila$o Por ora faço-lhe as Íninhas despedidas' formulando votos Para que
de 1562, por o filho-editor assim o haver conservado, cumprindo pie- apa.eça a edição-PrinciPe.
dosamente o seu dever icomo e porquê foi então que elclusivarneÀte
quanto ao D. Duardos os editoÍes responsáveìs de 1585 (eÍltre eles
Frei Bartolomeu Ferreira) desprezaram o texto já duplamente coosa-
grado, e escolheÍam aquele que Gil Vicente e os filhos haviam regei-
tadoì Por ser mais extetrso e pitorescol GostãÍiam tanto das scenas có-
micas, em que entram Maúnondz, a mais feia creatura do Ílundo, e
Gimanesa, a labrega, em quê ha grossarias improprias do estilo cava-
lheirescol
Moçamachueladobladã,
pescuezo tuertot amassada,
saladâcomo la sal,
ìos dedostuertG y gruesos,
cr€spala cejâ,y babosa,
pretellonay gÍaciosa,
juro a tâl que he3telos huessos
€s buenapãra lâ cosa
Grimãnesa,etc.
In 4', 16 fol.: .{r;, Arr;, Aru;, av, aq, arJ.-{caba : Fim. Aqui se vay i"1,,-), , R?':"'!'::'::",,ïiil,,:,ÏÏii
"e.1,*,i, ï)'lïi,"1;iÌ,i,i');ì,";
col. z'. -Signefe las?gtnda farteq '
o Anjo & yr seham os tres Reys ì'Íagos per outro caminho & lenece a (rÌttci\e do yoà t?r'et o Re-tie Porttrgal'
lmatúatlo io/ Rè.ve! fiujt atto
obra ern louuor & gioria de Deos. ..-...-."_.
'-o oe S'rsro-ì'*rosto-P818tl'
Tioos claros. relativaíneote modeÍnos. flas anteriores a 1624. Texto
w D e n t r o d eh u m a ce Íca d u r a 'co m Po sta Je tr e sta Íj a si n te i Ía s'e tr e s
uma til'ïiï'""J':
III. Belresrn Dr,rz.- Auro oe S.rlnr (R-3tug). meias taÍjasinte'iores #
direiía um livro abeÍto, nr "-"ïujll:J":::'.',ll""
esqueÍoa ''"'" "':-:^:.'"'','l ..- ^-^"
um
ãè ;óat'òt' coÍi DaPèl
At to de Saftta - Gravura que Íepresenta a Santa, coroa- ;;"il;" azulejos; aos se's pés um tipi''
da, um livro na mão'esquerda, na direita uoa espada, a seus pés um na mào diÍeita.
entre duas tarjas lateraes, de desenho Por bai:io: Auto do bcníauentulaoo
PoÍ ciÍna dela :lttto dc Su"ctoAntonio
rei que segura um sceptro,
diverso.
"J; il:ì"-Ë;;.,.. l.l. ry,,111ï.f,ïji::.
oe ïï.:j"1il,"Ï,ï.ï,T:i
honÍrados, t tirtuosos I Conegos
Obra nouamente fcyta da vida da bemaucnturada I sancla Câterina Virgcm & vida'
gra"iofo,tiÍâdo d€ sua mesma
pl*."
martirr Filhã del Rey Co I sto (tic.) dc Al€xaDdria, em a quâl conta Íeu marty- -oy um estenso ârgumento'
rio & gloriofo fim, muyto deuota & contemplativa. Feytâ pcÍ I Baltelar dias da No verso do frofltiscipio ha -
Àcaba: SaenÍe cantàdo Eefledictus uo'
ylha da madeiú, homem cârccido da I vista. Em a qual obra eitram as figuras
i" ol, ã r"t.r Au, Anl, ÀrIrl
scguintcs f. Ían I cta Catelinâ,Iua6ãy & hum lrmitam, Christo, Àoffa I Sefiora,
miuts Deus !s/ael' Deo gratias'
b0 pajc de sancta CateÍinã, & o Emperador I Maxcncio, & a Empelatriz, & P!o-
-l { - _ J! :
dom Simaa,dô lcr I nâdo,Aadradc,Liookâ, callego, Florãça,üilam, Pay dc
FÌora| ça,TbcodoraI pastoràlMartiÃholatioho,Ucnturâ,rles fabiG I cânto- Galha[rdo]à esquerda,e à direita uma tarja do mèsÍÌìoteÍnarho cortl
Íes.ComÌicc!çaiÍnprcffo. uma panoplia.
Ìn 4',r4 fol.: Âry, ny,rrg, v, vJ, yrt. Aca6acomFim. Na ultima pagi_
In 4o, ro fol.: Arr, Arrr, A:lr, Av. Acaba coo uma cantiga e .Fà.
na ha apenas urs vinte e seis_y.ersos,impressos. O verso em b.anco.
XI. SesesrrÀo Prnrz - Arro oe Brr,r.r, varrxe (R-36r5).
IOII. Fe.ns,rprn,*or (R-af \
Da Bella nzzfua.- Cercadode tres tarjas diversas avulsas,puatro
grâvuras, agrupadasàs duas : O_escudeiroe uma criada. Um paì, ves- rr-*-r"lh"aírr"/n1. - euatÍo qravüras,
tido de Íoupâo e a rpgg3,que já coohecemos. b35É : o Pg. o M*, o sãrãã-ã-âìõÈ
Ìaq
"=-f_"9.lhecidas
côamado aqur 1t4oç0,a criada, chamada aqui Donzela. por baixo
Autonouamente fcyto,dosbcmcõpostGe gra I ciososamores d. Bcllanrc.
nina com hum fidâlgode FrancafÍ4, Fcyto r cÍleôdadopo! Sebastiãopircz, una tarja de flores e um passáiìïãl
naturaÌde cidadedo Porto.Onde se cõtclr as fguras seguiDtes
.í. huro pâBtor, FaÍsapenadade graçastoda atestada.Em â qual entÍam dozefiguras.f. hura
peÍ notDc Vicente, Ìêpreseitado!, I ho psy r roãy da BeÌla EcDina, Bclla mêoi-
pastoÌ reprefeÂtadoÍ,hum Escudeyro,z seu D:oçorhoa DoDzel4hum
na, Pasibuie sua criada, hú Paruo, huÍd Fi I dalgo, z hum seu negro. Entra o rc- Diabo,
húa Scrra | Ìr4 huE Paruo,hum Juiz,huÍÌl Es I criuão,a Fortuoa a Uenus,Ago-
PÌeseotadoÍ. ra rouamente feyto. CoÍn hüh chiste no cabo muy scntido.
Outra tarja.
Outra tarja. E dos dois lados, eú! toda a altura, oukas duas, com.
In 4", rz fol.: Ari, Arr, Am;, Av, Avr. Acaba depois de JÌ:zrs coto
postas de variâdos objectos e medalhões. Na ÍDetade superioÍ à direita
a cantrga
Que vcltura tãrrl diuioar
ha na base a data I542,
o que beEavcotunnçe, In 4', 3 fol.: Ary, Au1, Aru1. O Chiste arLrtnciadocomeca no fol. g.
pois o 6dâlgo de Flanqâ e é... o melancolico solau de quebrados pelsatdo zLos,srou
lettou. a Bclto at t ine!
[ìl/ta. de
Bernardin Rióeiro. \!as antes dele já ha outros dois ltors_d'tcuore,
Laas Deo.
por o pobríssimo auto acabar na segunda coluna da setima folha.
Urna é um cltistoso dialogo castelhano eotre mãe e frlha, edtitulado
Copla-s muy grdcìosas ,lt rVekrte qúero
lo ,rronjd, eú doze estro_
fes desiguaes- A outra um Vilhadct de n o grrììl do-o a utc gakbt
-l'1"- ,Y?^'
àttÀ/e lg u-W -
gt enamorado.
---- .,_ -.^_: -:L .}oulq,r mogo
mado,seu escudeiroa pé, e um galgo a correr. 'dó 'íqÇD
Sobre os muy scntidos amorcs q. teue o Du I quc de Floreaça cõ a muy feÍ. Í-t[..^,v Ày hos'
mosa Gracibcliâ, lfilha do raarqucs dc Fcrrafri cm q. se iotroduré as ôgurâs
seguintes .L Marqucs: Gracibelia cõ duãs daEas Bclicia ã pauliDa; hÍ Ensoo cha-
mado Rosibcl, z húm ortelão cha I mado Orcastoi MahomAo, aouro; o Duquc
com dous loldedos, hum Pc$iaoo, z outto lJoã teEeioso, huú Âbcgã, , Íua
I
{1c3'ça qu"
que frgura z Filha
.*:...+.-:__-j Fitha.
fÀau.-l'-
ì\*+t,A .
flha Brãíia, r dous ratiDhos crirdos do abcgã, (úaEados huE cil ã out o BÍâs,
z hÍa moça chamâda Joanâ, r dous vilõcs, LoutcÍCo z Vasco.
Àuto uouancntefeyto,.noqualse coutemI muytasgrâçãs,
. tem húacarta \\t,
;.
mìrto C.àcio I Íâ, z ctrtÍão as 6güràs 1
legúnrca .Í. ttüa Rcgnt€ifa, húa íua frIha,
Estes dizeres entre uúa 6ta enrolada coo o oome de Germa[m] húa comadre,hum Uilão Earido da lcgateirâ, ho ratirìo poi oomc Uicente è-l Il4
ancs -F,p'i-L
ìodn- hÍ
ioeira, hfi CÌcrigo,
íì- ám .dous
l ô , t a . r-, , rã r--
cÍcudeiros que
^ . . ^ -raão hÍra oulica
oo mcyo do auto, bua . ' 'lI r
'
1"9u fa+"1r" "
Gen*ì" G"\\*J..
o{t,{.èlr^'''
- 36-
pelo guerreiro de vara longa; a.poi" o escudei.oe a moca oue são
hèglío ócatrÊ dc Mcdccina, hum Raünho Ícn moço quc ho ncgro cDlina a cu- "
os noivos Don Silvano e Dona Paula.
rÀr.- r574.
Aü";;;dtãf6^o-los -"....
bcú compostosz gracrofosaoorcs dc doÍn sil
In 4o, ro fol.: Arr, Aqr, A!rl, -Av--Acaba com .Firz, sêm â caÍrtiga uano com dooa Parü!. Agor. oouaErcÍtc impreÍIo, z cmmëdado' tirâdo ao Pcc
quê se devia caotar. da lctrÀ | do pÍoprio origin.l. E vao comcodados Euytor crrros lq. nas outÌas
imprc{lõcs Íc 6zcram. No qual Àuto cntra as figuras fcguintes.
NDo(R-3632). loterloctrtorcs.
RcprcícDtador, o gay dc dom Silueno, h{t scu Veâdor, dom Siluaoo, dons Paula,
Atto dz Dom Fcna dous vilõcs pay z 6lho, châlmados GiÌ vaz, t o filho l!âÍçal, dous Elanos. bo
per I norüe B.üchct, outÍo FloÌind, t h0 Castelhano, com h'Í lBouo fcu €riado,
vinho. O escndeiro,de rome Antonio Pacheco,o Caval.iro D. Fernat z hÍra Sabia ltaliâna.
tas, sey:W, a moça chamadaIsabel. Etrtra logo o Rcprcfêntedor, z dir.
do, o so
Auto trouamêntê Íeito cÍr quê íc rcpÍcÍcntam trêzc figuÍâr .Í. ho moço dca- In 4', 8 fol.: aÍJ arrJ allrJr.ly--:-----\
poms ÍcprcscntrdoÍ. doth Fcmãdo, bud Doço scu, do|rs vilãos chamãdG Joã
Lousãdo e Pcro dornchs, dous moços do paço, huD chamado Abrcu a o outro
Sâã, hos moça chamãda ÍsâbêI, hutB Cast€lhano, hum êÍdrdcyro pcr nomc Anto-
xuIl. (R-363r).
NDRÉ
oio Pâchcco, com um moço quc fc chaEa Sêquctra, hüÍD Ncgro. hila vclha mãy
da moça. O titulo numa taÍja de fundo preto. Cinco gravuritas,das quaessó
uma é nova para nós (emboraeu a conheçade outros Âutos). O Dora
.Lrulre é o D. Fenando de no XY; a sua mulher e Sazlara é a Leonor
m Fíu. Vaglk:,[-8ês-P-ereira;Ylatia é ctiada e donzela; Dota Belicia olha para o
esqrdeiro Doz Belchior, que Ítos aParcceequi virado para a esquerda.
XVI. Avro
Auto dc dom Andrc, no quel cotrã cato.z€ ì figuras Í. Dô Andre' sua moÌh€r'
z hüa yÍrnãa dà scnhorâ chama I da dona Beìicia, z hüã criada dc ca3a Por lomc
Debaixo de Auto das Capellasfrgurasnossasconhecidas,O-*pSg- ylaria. , hú vcadoÍ | . hum Paje, z hú Ratinho leu ]rmão,. hum Uilam, t sua
desporas,que aqui lãz o papel do Ratinho, o soldadovisto de costas,o irolhcÍ | z hú 6lho do úe3mo vilesr, chantado Fernando, z hú Fidalgo quc aDda
Escudeiro, e as d"e:h^o ! A"r@r. drmor€s cõ dona Bclicia, pcr nome doír I Bclchior, z hÍ Escudcyro chaDado
Arrrique lcy ì tão, z outÍos dous Escudciros, hú PcÍ noÍDe Bras Tavciía' t
Áuto noüâmcntc fcito chamado das Câpcllas, cE o qüal ctrt!:io âr |iguÍâs
outro Aítãm Colaço. Entra logo dõ Aodré . sua molbcr cõ húa crianç[a] pcÍa a
scguiotcs,Í. Huú homcm robrc por nome Àndrc Uclcz, , sua molhcr Ínca dc
dârcmacrl ar,rdi a
rbïcèdo. c aua 6Ìh! Àotonia-Uêlar,: hür criad. poÍ loBc ClÍr, ho úìão por
nomc Louícíço, c ho Ritioho, z dous lÍatartca,. hüm rôoço, , büú" Musico,. In 4", tz fol.: Arr, Âru, Aut, Av' A \..6.p ha uma cânrvele.
hú Clcligo. E cnt.a lugo ho fay , amãy, doDos de cas|, t diz o Pay.
Dez versosdo tcxto preeíchem a paginafrontispicio. lüX. .A.tn DE DOM LUIS & (R-36r6).
I ,
^.:
Auto da Festa de Gil Vicente, eÍn todos os sentidos muitissimo supe- qua.lquer edição dessa nulrca vista obra, frco a scismar, se algum pre-
rior à pobre estreia de Antonio de Lisboa. Contra a probabilìdade decessor de Barbosa Machado, lendo Ar.to dos Ladrôes de Antonio de
dessa hipótese alegou o Exúo S' Bràamca mp a alocvção de Vossa Mercê, Lisboa, se viu Ìevado a transfornrá-lo !!:rs suas íotas- maduscritãs, nos
eíí yez de I/oss6 Senhoàa, a.qre os cond,es tinham jus 3, dadaao sazhot Ladrões bíblicos, e o autor eo frade franciscanoì
d6 cdsa, falta conftã o protocolo que parece realmente estranhável num Mas se realmente suígiÍ o exemplar' podeÍemos suPôí Peld con-
palaciano. Mas o facto que estou a levelar é um forte argumeoto a favor t!á.io, que o rapaz, depois de te! tomado o hábito, expiou o pecado
da conjectura. cometido en veÍdes aoos, ocupando-se do Bon Ladr'itì Outra expia-
ção teve. O texto mundano foi coodenado em globo, e segurameote
Que o conde de \rimioso, tanto no caso relativo a Gil Viceote
como no de Ântonio de Lisboa, fosse o primeiro desse nome é quasi destruido. Mas haòt tt sua Jalo tìóelti: rm exemplar, levado cedo a Es-
panha, lá ôcou escondido ou bem guardado, Suponho que o conde de
certo. Esse ,. Fraxcisco dt Potugal, primogénito do bispo de Evora
Vioioso ficaria desgostoso com a estreiã do talentoso mas indisciPli-
D. Afonso dc PoÍtugâ.I, era autoÍ de dicacidade coÍrcisa, como se vê
nas suas Sentexçasem prosa e eÍì verso, e varâo tâo amigo da Verda- nado qoviço.
Oraúo a Seòastião Pires, citado por D. Francisco Manuel de Melo
de e Justiç, que lhe deram o nome de Catio Ceusorino. Legitimado
no Hostital da"ç-Letras,o sewÁuto da Bela nenina (XJ), 6cou tambem
ed! I5O5! coode desde I5I5, faleceu em 6Írs de 1549, e conheceu se-
desconlecido até boje; nenhum?õ38i6fiãgtztlì-ãÉ?gou a vêJo, embo-
guramente, coÍno vêdoí da Fazenda, alêm de todos os moradores da
ra todos registem o lacto de ele ter sido natural da cìdade do Porto 2, e
côrte, que versejaram no C-ancìoneio geral e foram satirizados nos
Autos de Gil Vice te, taínbeÍí\ os dÍamatuígos populares, em especial ocupado em I556 como leitor na Alfándega da llha do Faial. Ignoram
igualmeote que seu lult de Saxto Aleizo en coplts' deia entrada, e
o anlato AJonso Áloares qu.e nasceta e se criara nos paços do bispo,
seu pai, coÍrfoÍme jà disse mais àcima, rrras tambem o Chiadp e Balta- mais târdar, em 1539, na riquissima Biblioteca de Fernando Colóo,
ilustrado fuho do imortal descobridor das Indias occidentaes' cujo Rr-
I B*aose trÍrcrroo,I, p. 3o8,Inorê cio,I, t84.4 Írase quasi esleleotipada gistrum 3 oos Íevela taotos factos, sem isso esquecidos, a respeito da
quc o autor compÕs varioS autos Íeprescntâdos coÍD grardes ãplausos dos existencia e perda dão só de numerosos irlr'?B'rs.nrrl1rs dos priÍDeiros
capcctadores, claro que'não se-podrligar importancia. decênios do século, mas de outros tantos volumes-zz.rfa/à'conr nove-
, Vid, Átto dz Ì'.!te, cap, IX, p. ? Í. Ha cdição modcrna dos scus vcrsos : lp de cavalaria, gastos como se fossem meras folhas volantes, confor-
vol. VII dos Süótidios ldla o .ttudo da Hitloria dd Littcl,atufa ?ofttguzse do me já deixei dito. Os dois autos, que são atribuidos a Sebastião Pires
Dr MBI{DESDos RE!íÊDrôs(r9o3).-O scgundo conde D, Afonso de Portugal
(falecido em r5?8, cm Álcâccr-Quebir) cÍa pocta tambeD; oâs o quc rcsta dêlc,
nz Biúlioteca Lusitaz4, e tem os curiosos títulos Ã/y'r'estztación dz glo-
são .t r./rr no gosto camoniano, alguos tão belos que foram atribüidos ao autoÍ
I ChÌo qrc Dão foi cm princípios do seculo xr'l quc florcccu, mas sim cÍn
dos Ltsiadet.-D', prrm€iro coode ha ìrrú vilancete, traduzido pãrã alcÍbão por
GêibêI e musicado por Schumâno, meados do Ívt. A edição de Aotoíio Alvares dcve scrreiÍDprcssão com liccÍtça.
t Vid. Gil l/ic.it., t"o.tad.r, p. 82-83. I B^ssos^ M^cEÀDo, lll,69gi lrloc.ncio, \ll, p. 22.
- Crcio que ne datação do tcÍDpo da t Cor rrúo (uo tro) é queD nos diz quê o âuto únha na Colombina o
viuvc. do poete (r j r S) o Ex.o S'Brâã|Ìlcamp âc€rtoü. Cfr. p. r5o seg. Mas talvcz
o Atto & ,Fe$z Íossc escrito :rotcs dc Francisco de Portugal scÍ rorleado condc. Ã 'r517Í.
:
Ì
g
z
!
-ï
- !8 - -a9-
/iosos Í?itos, tinda do sagrado tztto e A lVdta do flho dz Da.s, corrr etceleotíssioo, dotado de valor, letras, entendimento, juizo, ingeniô,
uma Êgloga ir.titt lddo asitttria,, oingueÍ! os conhece. huroanidade, e de mais a mais um vcÍdadeilo portugì.rêsde graode cor-
Destruidospelosturbilhõesdo tempo?ou pela mão castigadorado tesia e damoradissimo r, pois que, apaixonado por uma forrnosa judía,
SaatoO6cioì Cli /o srìl Ninguem,maseu estouobrigadaa preguntáJoI desprezou os cãsamentos ínais auspiciososl O iofante D. Luis, que
Todos os maisautos(,KII a -\OX) sàoanónimos.E quasi desconhe- em 1535, por sue livÍe vontade, acompanhara o emperador Carlos V,
cidos. Só quanto ao DuEre de Florcz.çl-fiããÂe umãã-fìãìl-outro. seu cunhado, a Tuois contla os ,rí,'ros, distinguindo-se no cerco dae
ra do conselheiro Minhava, descrito por T. Braga, de uma êdiio müito Goleta e libertaSo de viÂte e dois úil clistãos ddtrz'rs.
posterior à nossa, e datada de t632 2. Ha lembrança dele to Izdzt Nesse seu Auto que deve ter sido todo pessoal e.subjecúvo, ele
de 1624, que o pòibe sans qhfase. A Farça Penada de gratas toda havia de fundar-se forçosanente em alguos dos episódios históricos
alettdd4, \ejo-a taÍnbem cìtada e pròibida oo mesmo ltdtz. Os qta- dessa jornada: a graode sede que atordìentara os soldados, a scena da
tro iÍnêdiatos (D. Fenandt, Vìcente Anzs Joeb.a, As Capelas, Os Eta- adoração da Cruz que os sitibuídos insceÍraram, imploraodo chüva, a
ros,) nem lá mesmo sâo nomeados. Já não existiriam naquela data ert Íevoltã dos Reoegados, etc., etc.
rrassa Recolhidos e supliÍlidos, escapariam.apenas os exemplares que O subtítulo Os Catiaos dete ser o verdadeiro. Dom Lús o das ltr-
tinharn sido vendidos em Espanha. .oJ, pelo contrário, o que lhe foi aposto pelo vulgo, que pouco aotes
Os últidos dois. D. Atdrá e o Auto dz D. Luis e dos Ttrcos lê!ír kwentar: lQuem tet faretosì 2 para a farsa do Escadeiro poórc; ì|,[ofxa
fama,foram vistos, discutidose desejados.E por isso ÍuesÍno,e por tVmdes para o Auto dts Misterios da Virgen; Pedreates para o Cleri-
tèrem vaÌor superior,coloquei-osno frm do volume, a 6m de o fechar go da Bàra, de Gil Vicente, e por venturè Vida do paço pzra a Rona-
com chave de oiro. Dados durante loogo teÍnpo pot perdidas, foraorr gaz dos Agraaatlos 3.
apoírtados ha pouco como conservados,D- André em quatÍo exem.
plaÍes8, e o D. Luis exclusivamelteno que hoje reproduzioos. I As a.ccdotas que dele se contam (p. cx., em Suprco, Álolatcena! .no-
Principalmentea íespeito da tragicomediaíomântica dos arzores raúcit) dizem íespeito à sua g.andc coÍtcsia, Quaoto aos amoÍ6 quc i sua ga-
de D. Lui4 correÍam e correm fábulasliterarias, assentadasainoa na laÃtaÍia iospiÍava, Faria c Sousa contà na sua Aíâca. Portryusa que uma 6lha
primeiaèmetade do séculoxvn, que nos legou tantos contos fantâ- do Xarife ìÍulcy AbeÌ 1ÌIumên, clsro quc a mais linda das Ìindas, pondo uÍna
coroa dê flores Da sua câbecita, exclamdrat P.rrnila Diot !rc fo no ttc dltra
siosose te.(tosapócrifose tantasfábulasquè a leitura,só agorapoÍ nós lcsta (dc) oê/n cata.da coí .tr ì Íanté D. Lzit ricndo rq dc Port gal.
possibilitada,do auto ha de felizmentedestruir r, 2 Todas essas lucubÍaçõcs divinatorias são de T. Braga, c foram enunciadïs
' O título ,, L*is e os Trrcos, co-roo subútulo de Os Catioos. tnÍrs- em rSio na Ilistotid do ?èctro Itortapà, yol. l, )ivr. llt ,Etcole /. Gil yicêntc,
formado por iÍrteÍ?retação arbitraria esr D. Luis de tos Turcos, otí$. cap. I, p,.2of-.o7; O. izJÍa,rt. D. Luit tcfÍ. p. .8r € 3ra), c rovâmenre em r89E.
Eí@la d. Gil yü.ttt., p. ta-t'.-Dclc é ãiodâ o'rtra htrÉtesc quc lançó à màr-
oot! a lenda.
gcm por ela €xcedcr os limitcs do admissível, Ei-la aqui: o Àa.o lot Ciftioo!,
Na exegesedos fa.ltasistasingéÍruos(de eotão, e de l,oje), um Dax d!âmatiraçiio de succssos pariiculnlcs em quc o iníante teve paítc em rj35,
Lais de Ttrcos e Catioos r.ão podia deixar de ser, devia ser, era posi- dcvia sc!... imitação dos Ca?thot do e.rózóciro l'lauto lnúoo! !,orquêì por causa
tivameíte o infante D. Luis, o ÍÌrâissimpáticodos 6lbos del rei D. Ma- do tituÌo, bem se vê. Mas taÍnbem poÍque Luis de Câmões tirha imitado perto
ouel, amado e louvadopelos coevos,e pela posteridadecomo varão dc rs5o o vclho dramatuÍBo latiDo nos seus .rzy'trôrr.
I E suposição dc B.aaÍ!caúp-Frci!., à quaÌ todavia oão acho razão sufi-
ciaÍtle. Adalancier, adareitc-r . tar.ntês da cõíte, ou scja as funestas conscquên-
I Bsrbosa Machado dá-os por ilsprcssos êm CoiDbra cm t557, cias da ernpeohoca, não áotr tadas na Rortagan. Ncm mcsmo esses vocabulos,
t E @la d. Git nc.nt., p. 166-17.- ãliàs fÍêqücDtes Da liDguâgêm dê MêstIc cil, ocorÍêm nela,-Vida do tato, ha-a
t Iò., p. 228. cvidcntcúcnte na l?orrdgâr iot Agfaoadot, mas nio tAo d.asticamentc caÍactc-
r Bnl,xclur-Fnrnr. p. 3or. ritada como ere de espcrar dc uma coÍncdia a quc o vulgo dessc essctítulo.
jt j
- jd - -
i--al t.
-\
> 3 .' -53-
O auto anónimo é evidentemente imitação da uagiconzdia. Nurrcz (pelo irmão do falecido). Livianamente larçada (em I87o) ela foi repe-
teria sido escrito, se essa não existisse. Ambos são Íomanticamente tida coú tal iosistência, e parecia aparenteÍnente con6rmada pela pôi-
bonitas, cheias de espírito cavalheiresco. Mestre Gil era (aos olhos de bição positiva d,o D. Drardos (e pela suposta de varios outtos autos
druitos invejosos e detlactoÍes, que já tinha êm 1506) Ínero plebeio e antigos de imitadoÍes de Gil Vicente), que os aderentes e paredtes de
trúo, eocarregado de divertir a côrte, pago por isso; e tirava os assun- T. I3raga lhe deram fé, e a repetiram fieqüentes vezes.
tos dos seus autos, e mesmo os textos, oingueÍn sabe de onde! Inca- No capitulo lelativo aos lodices pròibitorios e expu€atorios espe.o
paz portanto da eloqüeocia, dos 6nos pensamentos, apuiàdas políti- coovence! os meus ciÍrco leitores de qlu.eo Arto de D- Lt.ìs, toaqrnertle
cas e maÍavilhosos afectos que todos gabaÍú e addiraÍn ro D. Dxar- feito en t57zI, dezaseteanos depois da morte do Infante' e treze de-
/zs r. Só o melhor cavalheiro, cortesão e cultor da arte de galantaria pois do [ndzr de 1559, escapou ainda aos olhos tão perspicazes do
nos paços de D. João III, podia ter i[ventado as lindas flores de retó- padre Frei Bartolomeu FeÍleira eÍn I58r, e eí! Ì583 a Quiroga, mas
lica que saem da boca do príÍcipe-aveotuíeiÍo 2. Descooheciasr de não em 1624 ao purificador dos purificadores, D. Fernão Martins de
veras, ou fingiam oão conhecer a Catta-Púlogo de I524 ou I525, por Mascarenhas ou seu delegado Baltasar Alvares. Entre os livros em vul-
Gil Vicente dirigida ao Íeinaote, que o leitor leu (ou ainda aão leu, gar romance, cujos titulos começaÍn com A, clue esse coodeÍlava em
mas tãlvez leia agora, voltando as folhas até chega. à p. 22), globo, sa'.r ?hrase, 1â está (como ultimo lance da p. 95, sem mais
Falsa como a atribuição èo D. D*ardos e D. Luis ao infante, e explicagio), Au;o dos Catícos, chama.do dz Dorn Ltrys & dos Turcos 2.
como as suposições Íelativas ao assuoto desse auto, é tambedr a datã, Â quem sabe algo da historia dos lttdices não é pÍeciso expôÍ que
dele deduzida por T. Braga, que o coloca no ser Re?eltorio dt Tedtro a condeoaçio de 1624 passou às edições posteÍiores, sempre aumenta-
Porütgïês (p. 324) entre 1535 e 1556, isto é eôtÍe a joqada de'lunis, das. No ultimo dos Catdlogos espar.hoes, qtie é !íí E!ìtoíte dos fndicei,
e o falecimento (suposto) de D. Luis (na verdade ele moÍreu em I555). impresso em lladrid ern I79o3, é que o mesmo laíce de ró24 se encoí-
Falsa é igualmeote a afirmação que o auto fôra pròibido em Ì559 tra a p, 2ob, isto é ra pagina citada por T. Braga (nìas como pertencente
ao [ndc.í d,e 1539)t. EÃse Elitotru íoi e*cetptado, na sua paÍte poÍtugue-
I Do grâ6de âprêço dddo eo D. Dtatdot como guia na aÍte dc coÉcjar, derêi sa, por monsenlror J. J. Ferreira Gordo, no próprio ano da impressão
as proves na edição critica do Auto. ríadrìlena, nas,Vetuoias de Literahtd foltt.(uesa (lll, p.22-2 5). T. Bra-
I Não entro cm pormcnores àcerce do Infantc como homem, cevalciro, c!Ìr-
ga, porêm, lendo e tiraodo lotas seÍn a devida escrupulosidade, confun-
dito (csti.nado c obscquiado por Pedro Nodes, Villalobos, c Jorge Ferrcira de
VasconceÌlos) € sobretudo como poeta e pensador. Apenas direi quc alguos diu o texto, relativo a l7go, coÍn as Artotaçôeseú que o erudito escri-
letÍados pcnsaíam, paÍa coociliar as opiniõca opostas, cnt colatìoração cntre
Mestre Gil e o Infante! Não ha cootudo, prova alguEa dc a6Didâdes êDtre os t A fo.mula nooamcntt
ftito, qtrc não dcveria tet acompaohado scnão a edi-
- dois- Pelo contrario. Contoüne foi dcínoÍlslradg po! Braamcamp (p.. 38t),-antes
ção-príncipe dc câda Auto, e talvez teDba esse seu vaior oÌigrnario nos nossos
pãrcce .ìuc o Iníaotc nio se dava bem com o pocta comico, quc, abstraiodo do dèzascte Autoq era; c airda hoje é mec{âicaÍrelte. Íepctido eq PoÍtugal, nas
.*trndt ctttioso que prego no diÀ do oâsciEcDto dc D. Luis, só tÌes vezca o rcpÍoduções posteÍioÍes, exactamenle coííto fn*liío acoínpanha poesias já uma
menciona de p.ssagcÍí | t5t3 n ErlurtufAo da G4.ta; ÍS2r,t* C6,.ídrdc Julí- duzia de vczês Íeoctidas- ,Vontlrnoridadcs da lÌortuna!
/rr', rcprêsentadâs oa lda da infanta D" Bcatri4 c 6Delmeítc oo Romancc I Dcsscs dizeres do padre Baltasar Alvares, e do frontispicio da cdição
duplo à morte dc D, trlanuel c erialtação ão trono de D. João lII. dc rSZ2 conduo qu€ lulo dot Catbos e.tà Íea.lmente o título que andava na boca
Eu sou dc opinião quc o Infante, bom matcmatico e bom laúoistã, sc indi- do publico. A respeito do D. Lr.tt, íro lrrdet de ú4, hâ mais outro crro oa
nava como poeta pôra ! Escola nova italianâ, advcrsa a Gil Viccntc. Sá dc Mi. obÍã de T. Brãga. A p. 4a da .cdacção de r87o anrma quc aÍ o Àuto verd ãt!i-
raoda dcdicou-lh€ sua C.lid, eg,loga eE oitâva-Íima. E as poesiâs, coltt mais buido ao lÍrfânte! Outros passos relativos ao mcsmo assunto taobetlr, ioconsis-
^
probãbilidade dc acêltar atribuidas ao Iníantc, são bcÌíssimos sonetoa Íêligiosos, tcÀtcs, achah.se a p, tssr rS? e 2or,
ern cstilo camooiaúo, coÍrÍofmc cxpliquei ed dívcÉas lfi.tligaÈct toór. Soac- t Salwi, to 2478.
tot c Sonalí as. I Eitt, Téct. Port,, r87o, p. zod e 1898, p. ,29,
-54-
artor dosDois Ladtões""" nouiçol-"orno n"ou dito' Seru ser 'Fazir dos
tor se refere ao velho Indez de 1559 (o de Valdés)l E essa confusão
nunca a tectincoul Pelo cootrado, Íepetiu-aiÍr6nitasvezese a respeito Ingexios e Moastnto da Nat*reza o poeta Feliciano da Silva redigiu o
selimo tivro do Anadis quaodo llenino. F'rancisco Rodrigues Lobo
de mais seigou sete autos.
publicou os seus Rofiarrus, coítar'd.o dezaseisanosi l'laoasse Ben Israel
A primeira decimado Arto dz D. Zzú, monólogo inicial do pro-
tagonistafilosoÍaírtesobrea vida e a ÍDorte: era prègador e PÍofessor na mesma idade.
Tendo es! consideraSo o conto tradicional, vago e lâlso emboÍa'
Vivd eÍü ÍDcngoa, tcmcodo
que codia em ró46 de um lado, e do outro lado os dizeres dê um Írta-
dc morÍcÍ, é viYcr fâlto, ctc.
riuscrito genealogico da Colêcçâo Pombãlina da ÌJiblioteca Naciooal
a qua.lFaria e Sousaalegara,e depoisdele ThomasJosé de Aquino t, de Lisboi (de pouco valor embora)1, que aPreseotab oeto de \Iestre
e em terceiÍo lugar T. Braga, prova-nos que, a-pesar da proibição Gil como composito í de Arttos q e os c?gos '.'efld;d"' (ìsto é dos taxados
de 1624, hevia em Madrid, eín 1646 2, pelo menos um exeoplar do eÍtr dez Íeis ou oito reis de Papel) malèvolamente Por veotura; existindo
auto, quer mãos do proprio Faria e Sousa,quer de qualqueroutro de mais a mais no exemPlar do Auto ie D' '-lndr! da mesma biblio-
'las teca a no'.a manuscrita Anctot Gìl I/icentu!; e sobrctudo atribuindo-se
biblió61o,conhecidodele. Por ventura o próprio que hoje pertenceà
BibliotecaNaciooalde Madrid, e êstâmosa reproduzirÌ em letra redonda o Áulo dz Doneela da Torre, c/unado do Fidalgo
r,
Quanto a 6il Vicente,o Moço, que o polihistor perecè ter sido o Porh.gr.ês, descrito por Salvá 3 e flenéodez PeÍa;-o a tm Gil Wcatte
primeiro a dencioíar! verdâdeé que houve um dessenome- Mas não (com o apelido da Torre), acho jtsto deixarmos em abeÍto o ProbleÍna
era filho do Ourives e Trovador e de Braoca Bezerra, como atrás dele da e\isteícia de um Gil Vicente, junior, aclivo como dramaturgo, a
supuselame afrrrnararìBarbosa1lachado(lI, 384), Barrera y Leira- espera de achados decisivos. E sentenciemos PoÍ om aPenas que os
do (l- c.), Btagt e outros.Hoje estápíovado, em viÉude das crridado- .4utos ic D. Ltàs e de D. Andr"'em que lransParcccm muito mais tra'
outros
sas pesquisasde Braamcamp-Freire,que assi6 se chamavaurn neto ços da mascaÍa comica do verdadeiro Gil Vicente do que nos
autos de versi6cadores da sua Escola, talvez sejam obÍas do seu oeto
de Gil Vicente, o Velho, filho de Luis Vicente e de D. Mór de Almei-
e homónimo 5. E assim mesmo a Dotsela tút Totte!n'
da, e por isso nomeadotamben Gil Vicente de Almeida, em livros
genealogicos.
Nascidoem t553, baptizadoa 2I de DezernbÍo,estecootavadeza- quc o
I É Íalaodo dessa ,3cncâlogia danuscrib' nuncir PírÍ nìrm rlanuscãda'
nove anos em Í572t íazãOporque o conscienciosoVicentista (que viu ilustre autor dit o sêguintc a rcsPeito do ncto .lo Poeta. 'Sc mais nenhuma píova
o A*to dz D. Luü, em Madrid, na BibliotecaNacional)regeitacomo e.\iste, alêú dãs insinuadas por Faria e Soosa, e das cooÍusões de ial ms ' havc'
impo$ivel-a autoria do Íapaz. mos forçosamcnte dc lançar à conta de fabula â ïcia Poetico'draÌnática atribuida
Talvez seja ir longe dernais.Lope de Vega começouaos treze e a Gíl Vìcêítc dc Almcida.,
2 dt D. -lndtl na BibÌioteca Nâcio_
escrever para o teatro; Villegas aos qúatorre as suesAnacreorrtidas;o Quàodo cm t877 e t886 maDuscci o .1úo
Dal, a inscrição q'rc hrçia no fim, Pârcccu'mc muito mo<lcrna'
3 C atátog o,íto r49o,ed.dc ró5: B arbo$ ]Íac hado c i ta urna de Ió43'
I Antologtc, vol. VII, p. z:4.
t O pâdrc Th. dê.A,quino, bom estilista, mas vulocravel coEo critico c his.
J. í Fidcliio de Figucir.do dá prova dc quê acrcdita na rctividãde drrm-âtica
toÍiador. diz haver cncontrado r decima iricial do Aato d. D. Ltit, c cêttas
de Git ViccoÌc dc Almèida. citaodo o scü nome â P' to5 da Eist' Lit' A^tt'
1Ìuadras seítcnciosas ãtribuidas ao ÍDfântc (cuja discussão Ícsêrvo pal-ào futuro)
Outros gabam-no como ruto! de muitos drafias !a?tt';ot,s aos 'lo auó' exãgcÍos
.+íêttoriot llas tâmbcdÌ ni33o. coÍúo úo í:sto, não Ícr s€não
'nttg.rds ^atutcrilat scn basi quc dcviamos evitar, Ìncsmo en Ca,atogot õiòliosralicot t biq"afuot'
utifizâÍ os dizcrcs dc Faria c Sousr quc aÂr@a hÀvcÍ cocoütrâdo Duma M.noria
p.r" qu. oão propagâsse o neologisBo ?ot'tugt.tar aoÍ,'o sinóoimo dc fabu'
o prircipio dc um soncto do mcsmo IDÍantc. ""
t Em ró4S c ró46 ó quc Fíria c Sousa acãbou dc rcvcr as Rirrat tariarì írlc. Iãr, fÂntãsiâr, dizcr hipcrboles.
t 8om seria tivcssç cntrado ocata publicãção,
ç.cu cm 1619 mas ri cE a obFa chcgou  scr implcasa.
'ó8j
-5õ-
Quaoto à anecdota injuriosa, espalhada por Faria e Sousa, e pro- frÌrtos I poÍ ele ser Íapaz novo, e es'crever num estilo conceituoso, e um
vaveÌmente antiga e tÍadicional, a poÍrtinha de verdade de que saiu, é,
tanto ampuloso que ia caminhandc para o gosto gongórico.
a üleu ve!, o facto positivo que o primogénito do ì,Íestre e sua primei-
ra mulher, Branca Bezerra, embarcara ÍealÍDente para a India, pro_
O Aúo de D- Andté, ne.nos vivo e retolico do que o de D. Luìs,
vavelmente em Ì506 e pelos motivos que então impulsionavam a
mas ainda assim de alglm mêrito, por apresentaÍ figuras novas (como
mocidade aventurêi.a; e lá 6cou, protegido por Tristâo da Cunha e
os pais de uma criancinha de peito, uma ama de leite, e o hoÍnem dela
Albnso de Albuquerque duraÍrte longos anos, desaparecendo logo, de_
que fala de coisas natulaes com Íisonha íatuíalidade de aldeão), é o
pois do seu regresso à patria. Nâs fontes historicas é esse sempre de-
unico da nossa colecção (sempre abstraindo dos do Mestre e seus ime-
signado como y'//ro dz Gil Vìcente, Chamava-se Gaspar. O po"to q,r"
diatos sucessores) que não eroprega a lo útlJla o anentefeìlo. Tal qual
ocupava Íra Casa Real, ao falecer em I5I9, êra o d,e noço de cay'ela.i.;e o .l to de D. Luis, rão foi pròibido em I559, mas sic! em Ió24, jun-
oele teve por sucessor imediato seu irmão Betthior, o qual, quando
tamente com o Duque de Florança e Farço Penada- Os quatrc exeÍ!-
faleceu cerca de I5j2, tioha subido a escudzìro. Os dois eram herdei- ^
pÌares que subsistem, a pesar da condeoação peÍemptoria, são o nosso,
Íos, poÍ tanto, quando não do taleoto dlamatico, pelo rqeoos do talen_
s. l. n. a., não amputado; dois de 1625 (Lisboa, Antooio -{.lvares, com
to musical do pai, talqual entre os Êlhos do segundo matrimonio a
liceoças de 1619), dos quaes um loi de Saivá r, ao passo que o outro
a,Íaanda Paula {tângedóra da infanta D. Maria, dãsde a morte do pai:
se eocontra na Biblioteca Naciooal de Lisboa 2, e mais um que peí-
mas já nomeada talvez um pouco antes) l.
teoceu a Ànibal Fernandes Thomas. Já observei que o exempla! da
Luis Victnte, que oo frm da vida acrescentou ao seu noÍne paterno
Biblioteca tem no âm a nota manuscrita : Auctol Gil V;cerúê3,
o dc Castro (gue era dâ suã terccira roulheÍt, por prurido nobiliarquico,
:\ culpa <le o estilo desse auto ser insulso e às vezes ininteligivel,
pai de Gil Vicente junior e testa de lefto d,^ Co!;laçrío de r56i, era
não posso atÍibui-lo, como'f. Braga, aos detulpadores da llesa Cen-
filho do segundo matrimonio do ourives e tlovador corn ì.lelicia Rodri_
soria, porque veriflquei que eies riscaram apenas como irrevereÍrte a
gues, Não ha prova alguma de que tivesse costela de artjsta. O próloeo
frase bibÌica F;at aahlrìtds ttaa!, aa hoca de um Íatiírhol uma alusão ao
às obras do pai. redigido poÍ venturir pela irmã mais velha, o unilo
escrito que assina. "r fïoÍ'eta yerêüias; e outra às ituh geucias lleuatias, na Íisivel deturpa-
çâo popular diligeÌtci., ferrtar;tz. Tazado en ro rciJ, bem pode teÍ sido
rt vista desscs íactos, pocle supôr-se que no conto dos ciumes de
üm dos .{r,/4J que, juntamente com Cartilhas, iam vendendo nas feiras
Mestre Gil, que pelas suas sátiras e irooias tinha incorrido no odio ou
e aldeias os pobÍes privados da vista, reduzindo a litemtura de cordel,
ressentimeÍlto de Ínuitos cortesãos, e pelo feitio livre do seu pensar e
do vulgo, as partes da literÀtura nacionalque tinham sahor populâí.
arquitectar de comedias, no desagrado cle muitos poetas humani"tas d.
gosto italiano e caracte! austeÍo e comedido como Sá de Miranda ítrue
o tÍatava de PasrJuim), digo que no conto dos ciumes. se cristuraram I Cdtdlogo, í" ttoi,
2 Rascna<ks, tô zot-
ditos antigos sobre a ida de um frlho à India, que morreu, mal voltâra
3 Reseroadot,a" ,71 thojc .-\ óoì. À üÍâvela, gravada como colofon do lzlo
(fado que se transfoÍmou em morte lá mesÍno Írúm campo de batalha),
dê D. -[,rdÌà, é ã mesmr qt'c- Íteúín no N.raJragio d..t.?tt/-reda, de ríSa, Ícpro-
com outros tardios soble o ÍÌotavel talerto poetico do seu horÍronimo d|lzida.io Dicc. Btbl., Íol, X, p. 2ó. Em ra96, nos dias de Vasco da Gama, cla Íôra
e dêsceÍrdente, notavel talvez sobretudo (visio que nào deu abundantes tirâda do natural por V cnti d€ ltomviâ, prrA x EÍtoÌia do EltQ.rador l'ct/d.-
rrdrro e repetida cm tsoz no Lioro d.
-l[a.rro P'ralo,
r
Quanto mais me ocupo dos âlhos de Mcstre Gil, tânto Eâis pcrsuadida 6co
dc quc Paülã (r519-1576)scria a veÍdÂdeirâ intcrêssada na puuic;ção
das ohas
do pai, c sua ajudantc oa colcccionação e copia oo cartaÉúo graràc.
E O TEATROPORTUGUES
INOUISNORIAL
Á CENSURA
l
do que os outros, teÉ indicio de que a autoridade ci.r'il se ocupou dele;
uo só dos profanos, o Auto de Fltrmça, tem sioal de que a autoridade
Rrrk c\.4.) edesiastica o vira e oão reprovara, julgando-o danoso à fé e aos bons
costumes. Era preciso repetir estes factos aqui.
Ì'"rtJ""..
B"ü** l'" - Ìvlsi" De outras fontes sabemostodavia,que alguns dos coevose iBita-
\üçr !!rtìJ dores de Gil Vicente, mais novosdo que o fundador do teatro, p' ex.
A\t-"9 '
^ \1\-* BaltasarDias, o cego da Iiha de Madeira,Antooio Ribeiro Chiado,o
frade folião do centro de Lisboa, e Afooso Alvarez, o mulato de Evo-
j ..
ra, os tres úais cotados representantes do vulgo português portanto'
''" possliam lãúlegio real e alêo disso haviam apreseôtadoâs suasobÍãs
\'-*É '
aos censores, visto que os imprimiaÍn cun licexça da Santa lxgtriti-
ìF\u,t' cda.lÍas desdequandol
São sobretudoreiopressõesposterioÍesa I58o e não edições-prin-
cipesde cercade r545 (de 1585,r59r, r593, r598, Itu2, 1605,etc.),
as oisbs e aaendadas(p. e.r., pelo R. P. Mestre Frey Bertolomeu Fe-
rreira) que ôos ensinam esse Íacto,
Pelo confronto delas com os nossostextos s. l- n. a.' ãnterioresà
data indicada,reconhece-se que essesnão foraoramputados.O tempo
de 1536 (ou 1539)a Ì58o, considelo-ocomo de traosição.
. OS ppt gut{1.:-p-q9c9que-exactaÍnenteIr9 t!6go'. da ngrlscên:ia,._
do Auto Viceotino, Êto é no reioado de D. João Itr e ainda no de doo
Sebastião, as folhas-volantesciÍculavao livreoeote, fenómeoo que es-
taria em contradição com tudo quanto (oo sentido
de sem erame sulícìenteda causa)r se tem dito em Portugal (e tambero
I
t'
i
I
t
- t 8- -79-
ern Esparha, até qüe a veldadeiÍa critica todou à sua codta o úelin- soes eclesiasticas,em lugares santos, mas de oodo algum o genero
droso âssunto) da <ac$o írefasta que a Censr.ra ìnquidtorial exetce't draroaticoeo si. A,efrcaciadas representações coíDover e arlas-
sobre o Teako português, causaodo a sua rapida decadência e ruiÍra>.
Cotno explicar o casol de ahoa, duraote toda a idade
Historiando, Íesuúridissimasreôte embora, a Histo.ia do teatÍo úo- e do teÍúpo oa KelorÍna e
derno e a actividade da Censura, claro que apenas com Íelação a esse
teatto- Frederico da Turingia, tão intimaroente aba.ladopela .epresentação
(em 1322) de :uaa Paraõola das oirgens loucas, conduzidas ao Inferro
pelas suas Ììviandãdesinconscientes,sem que os logos da ViÍgêm e
O Teako oascera da Ìgreja e dentro dela, dê artisticas ceÍeílonias de todos os santosas pudessemsalvar, que se ÍeliÍou à Wartburg,
liturgicas, inspiradas pelos Evangelhos autênticos, e alguns apócrifos, passoucinco dias em desespero,e fulainado pela dôr morreu 1.
como o de Nicodêúo. Mero caoto alternado a principio, ou sejejlg:_ Alêo de dramas biblicos, tirados do Velho Testamento ou do Novo,
logo caatado, as represeu@mente nos quaeso elementocomicose ia desenvolvendo cadavezmais,ligan-
beËslõ-NãiÉìmeoto do meoiío Jesus, a Adoração dos pastorcs e a dos do-se a tipos de6nidos como o Judas,o Judeu em geral, e o medico
Reis magos; ou profundaroeote edi6cantes, a Paixâo e a Ressurreiçâo por ser ÍÂuita vez judeu, mas sobretudoao Diaóol.s, ou aos Diabos,
de Jesus Cristo, nas festas tradiciooaes do NataÌ e da Pascoa. havia,desdea Pqtchottaqu.ia(combatede alma) de Prudencio(c. 4oo),
Pouco a pouco essas representações religiosas iam acolheddo toda- ero que as \tiúudes fazema guerraaosVicios, em desa6oshomericos,
via, eÍtr virtude das tendêÍrcias teÍrestres da natüÍeza hurnana, eleÍtren- a especie dos Deòax4'-C6ôàìíil6ïtrasteq Dis?ttds, en que qoal-
tos pÍoíanos, huúroristicos, e mesmo lascivos. Havia danças dê Salodé, queÍ dos objetos ou das iostituições naturaes, ou uma das infioitas
a frlha de Herodes; mundaoices de lyÍaria Magdalena, em contraste coÍn qylggg::_" ir3leÍiaes ou-õãiìiüãõ, do
ïS-dt*:.jgÍflinaJgesr
o seu arrepelldimento; tÌaficâÍIcias de mercadores com as tÍes üÍariâs, genero humano,discutee lutãffiìã-s*üïóãÌfaãita', lutaScomoda-
na compra dos oieos e das uflturas para o corpo santo do cÍuciâcado. mente reduzidasà formula de cootaasteelltre o esoirìto e a caÍ!e. o
Havia sobretudo chalaçâs e parvoices e briocadeiras de pastorês e za- Èõ:;ã .õal, luz ë trevas,Ormuzd í.Luramazda)è Àhriman. TIãi3 deà-
gaes, ingenuos simplistas, ou parvos rudes e obsceoos 1, envolvidos são os dramas predilectos do seculo xv. chamados Morali-
Por isso os hdts teatracs provocirrarn, do secuÌo xrÍ eú diaote, dzdzs e Misteios, cuios protagonistassào exclusivamen-Ëffi-ãÇã:
. decletos pròibitivos e coÍoinatorios, leletidos d\raÍ.te seculos, porque de parte, abstrâçõespersonificadas, mais ou menos pÍofanas.cofto a
---.=---..-
v ercraoee a ,\tenuta,a raz e a uuetra, A par deles prospeÍavamlarsas
a resistêocia plovoca a insistêÍlcia. Tanto da parte das autoridades
edesiasticas como das civis e canonicas. Ao lado dc uma ordem do em forma de pìòtê6!õ]ìõfrã-õ*famoso Martrc Pathetin dos franceses,
pontifice Inocêocio III de I2Io, ha leis regias como a 34' do titulo VI e verdadeirasentrudadaslsotaas)cheiasde chalacastradicionaes2.
'- ' ' '
új-í.io;iÍã aas Sìa Paniaas iiè A.lfonÀd o Sabiolr)55), è ãais tarãe Fõra dos lug'úes saÍttcis;tìeE se-iê; represéiitâdaí ein clãustroii;
Constituições sinodaes como a de Aranda (1473), coÍttiouadas eté àE teÍreiros, corros, pftrçAs, casas paÉicü.laÍes, paços regios ou priaci-
de Evoia de 1534. Pescos.
Essas pròibições e cominações e!am, com tudo, apeÍras parciaes e A mãe lgreja, essadesinteressara-se ÍraturalÍlente dos espectacu-
condicionaes. Visavam utrica@ente excessos: histÍionices, jogos de es-
carÍrio, arremedilhos grosseircs, canções escâtrda.losas, da paÍte de pes- I Scrrerr, Getdtichtad.r D.t&citcn Lüêrdtzr,6a cd., p, 235.
I Lêia-sc no livro citadb dc Scherer o rcsumo quc ha no cap, VlIl
írdr arar-
I Vid. Crüzrr^cq, eackickz út Nct ./.n Dìznas, !ol. L t tan& lvittclzlt.r) rcf^tiro e t6tÍo i Dcs Scbantti.t,
- 8o- -8r-
los desde que o cordão umbitical que os prendia a ela 6cãÍa coÍtado' otiaeito útdct dc Rota saisse. daborado oo Concilio tÍidcnüno ír íd( -
propagadorts dc erÍoÍÊt
contcotando_se coo vigiaa que nem Íosseo ja1q-*o9.:1',9t jg".-"0g1eq.!-rÊarer,urr--.
de costümca e Pr'ret de- '5"r;il;;;G;q".
ão,rt io".io", heterodorias dãgmaticas' neÍ! O ensejopaÍ-. os aclosque conduzirao à Reforoa e Contra-rcforoa,
coÍo resPeito a outros geÂ'ros oào_ e portanto p.r. a creaçãodo lt&z liôrcmm Trohióitonot e o útdzz
orevadas, exactacrerrtc coloo o fazia
drarnaticos. lìónrrm uftqanà:,txrt, paÍtiu, coúo acabo de dizer, dc Leão X.
lValdcnscs e
A luta contra cheresiagr como as dos Albigenses e Tendo coocedido a e<ploraçãodas graças cÁaaadasladulgèrias ou
Hu*:iËÇãéiEãilãïes!!1"3-3-illÊ$&'19 Jyflb"Si]lslllecn" Pcrücs 2 og Domiaìcznos(Domiai-caxcs),por es6aordco iaquisidore
de ideias - ^^i-iÃ^.ôíâq
--:-ì-F^:,t-:ì-
orooaganda Ítasras v."re
quc bastas
e oPiniô€s noviut' êe duê v'zre-lê|Errr{r'lc' ser rigorora co tudo, e o Pootince precioarde quâútias e.lonnc! patil
t;;ãoStltx (liõËõËìããuico4 t, conduziunoalÍíenre' a conrtruSo de Basüca de S. Pcdro de Rooa, a vcnda foi realizadaoa
"*."p.-Ë
ob"^, no teropo da Reforoa e CoÍrtrâ-Ícfotúa' ao catã- Suissae or A.leoenha pelo agentcTetzel tão iodbcÍetâmeatc que irri.
"o.iffiã! deotro do Trib"r:l de
úi""i-".r,o do Ildtt. 1ot uoa
w ::2í-' --- Congegação,
- tou o capirito scisúador de Luúcro (agostiahoc idcalista).A efraSo,
(fundado dePois da hoÍÍenri" it"t". a" religiio chaoada dor da paÍte delq n.s poÍtas da cated.al dc Wittenb.rg, das 95 te5e3con-
Ioquisiçio
e elcideraéo
Alúigenses) Para exaÍDe e exPu.gâção' ou condeoação trô clse Eercadejar (ar quaes se rêgumernna úroação qlu'esó Ders
e exteriorita€o ú'i3 aôsolac);a eaciaertÇo da bula de escorouohãos; a publicaçãodâstrês
de iãpressos e oanuscritos c!6o quiot*senci!
2'
DeÍfeita das aÌdas e consciencies obras fundamertae do Prot€statttisrro ou Eoaagclioto ri a defeca
a coobater
Claro que a iostafação das Mesas Ceosori'r' destinades audaz das suas doutdaas anti.ÍooaÁzs ÍÉr aole a diete dc Worms
oordT* oos diversos paises' e a d'bor'ção de ts Idcr levaratno Papaa dirigir à crirtandade o Breve a que já aludi, e logo
n^r;tot"r't
'scra.l. 6xa, clas cada vez mais volumoso, assio coÉo dc outÍos d.pois, outro csp€cia.lao Eúrperadore ao Rei de Portugal.
de base
Foi obiâ 6uito
Ltalogog especiaes,não sc Pôde realizaÍ coÍn ÍaPidez' rsuspcitaodo que aquele perdido c Ílaldito hodreo teatc diwlgãr
D."du que o PaPa Leâo X pôibira oa livrca dÀ nova 'herc- eo liogua cspaúola os scus livÍo!, já dc o6s e de Santa Sé coodcoa-
lcnt"
"ìé. igÍeia! da cÍi8-
sia tudesca' por ucr breve de 1521, diÍigido a todas as ! dos.,. pede encarecidaoenteque o Í€i vigie dê sorte que ncm a mais
iJol"ao ç.al, em especial ao erupirador Cados V e D' João III pcqucnaprrceh delcs seja admitida Ãastert.s lusilanas' !.
"- ãte qu." cooeçagsê a ioteÍveoção Íegulat e sistes'tica d'
à. fo*o$,
qrciooal dos iivror' c o
Censura inq-úsitoial no mercado ioteroaciooal e r E$ê pÌiúciÍo vcdrdciro.õr&r ê dê rj59 (vid. Rftics, p. r?62ot). Rc-
fcito por lEr CoEirrão do Corcilio, !âit| Fb s.Suodr vc, ctn t5ó+ E !G.s.
r dúto
rÌi& úúto e cacincÍâcão
coohccido, é â
corhccido, dc pârtc dr lrvnÍrr
9^-I!g! cltedo é. büc do quc úndr hojc cslá c6 yigor. í/r" ,43-28r).
cÍcúPto, rÌi&
Uo cÍcúplo,
Uo lnciíGr'ção 9.9Jgç
a"r"lì'.ã.'viri"'..(orciti::rro,..^"9:E1ryl*9.:"-.ï-ïï"-
dc!ÀÍÍicot@ Gú ra3')'-vid'
. As Iúlgc*tos .-faa gratas, DcÌ|s quâcs a krêir cooc.dir, do scculo E
ìr.i;i"ÌÃ'" ;; o;;,ì,iü),-fci!a Por.D'.Lopc cú dirútc, rb.oluÈo irtcgral ou r€úilrão parcial da! pcrú dc ccrto! pêc.doll
iã^orrl-X.""t, ü"a. Poí Bolllur' ltitt' Lü' âtt" P' t4o' contn câ3tigo! 6croÍc!, pcdtêoci& c diDhciro!, Em portuguê! o tcrrDo popu-
t A Cc[suíâ ií Íô.! dccrctads por Alc_:atrdrc VI (ta9''t5o3)' o ôolstnt|olâ_ Lrirou-lc- Prorüncjãdo Iadúcxça gus{n z*t.t&ryat,. a zplictt*.et 9cÍ-
âustcro ê faoadco GiÍohEo S'Yoor-
|lcatc viciGo Bo.giq quc fc' qucioar o dõc! dr Scdúa Salta co cspcciÂI, apÍ€go.dG com ccÍcEodira iEpÍÉ3sio-
;;- ü*-; tlu.ì" Porordc'n,dtc'not t"ooisò'!'-,^ c!ry4-e- rrÃtê. a. quiltr.Ícin ü lnixão,
"" r.gül-alúcotc scaão -c co lstr Pêto paP' rÌo Y' I Alcrodto,. cui.s irss coôtr. Gil VicÉntc tcÍci dc rcÍcriÍ-mc ú.i3 .bdto,
&&r c.s oão íoi iíltitüidr
-fõìiooiìao. Rc'
g"ral quc cJ r 5:r rcccbcu o bÍcvê dc Lcio x' ÍtLtivo à Pcrtêtrcd": à CooisÉão quê c.€oltuôgou ÌrtüêÍo.
quc logo dcpoii chcgou â scÍ Papa AdÍi'io Vl . /tt d.t úrittlickt
fo".r, ,fdtillo, Ád., dcr.ttcl." .Vatn,.,t.- Di. baòtbrórch. C.Íat g."t faÍt
"t"a.i"fgcrúaoicâ, dG aBtcrr sioPlicidadc' Coovcscido dr Í'cclsi'
ofú-" "o-oa. k Ní"d| .-tro, d./ Fr.ikit àí8 Cht'ittclr*t tclãr.
".ig". curtbsimo tcoPo do lcu poob6_ . ... ,t r. udtd'g
aadc da rcfoÃe da lgr€iâ aÍo corscguiu, no !r.i&t dicLìltí ltôío"r.t tt&.la à, r.gni t,!i Ulr.t reirb-
cadì. cncaninhá'la risse
gcntiao. ncm tão Pouco 6oubc rcãlizar o !€u looho ,rrr. -Oi BÍcvca dc 23 dc mãrço c ,o dc âgosto dc tsrt cícootrrÉ-lc rro Cor.
oo[dco. a rccouciliação dc Cârlos V com Fraocirco I' /o r,ìtl., vol. l(I, rsa (Supl.) c II, .t7,
ô
_83_
- Ú2'
.tuà'.g,noram-n'os tambem num só: a redondilha maior ou menor, de sete o1r De ensaiosespeciaes,aÍtisticos, como a iotrodu$o ao Auto da na
tural inumçãa, esctitacom admiravel e simpaticacompreeo€o da atÍna
"ig9g-"ü!g-"s'.-9gqdrcf 9*-s$?r9:@
á\, ç i.€ ) t!rdr_gg!gh*.S_d"glgg", metro belo e verdadeiramente naciooal, mas e musa vulgar, ou coÍno a de Alberto Pimeoiel ou Esteves Pereira,
monótooo, e contrapÍoduzeote quando aplicado a todos os estilos e levarão algo do perfume agreste de alfazema e macela de áridas char-
estadosde alma, necas soalheiras, graças à babilidade da exposição, mas não ideias subs-
Desse modo foram aíundando o auto oa iosigni6cancia,e no ano- taqciâesque proviessendos textos publicados.
nimado da literaíta uulgar. Fidelino de Figueiredo empreg? o termo A rica seoetrteira do Mestre oão produziu senão frutos de frac<r
ri eu prefiro chrmâ-lz literatura dz cordcl, baseando-me no sabor.
lolular
seu feitio nada artístico, nada belestrístico, e no facto de diversosautos Valor ético e estético,sopÍos de arte, que a escolhade um assunto
dos sucessoresdo cego da lladeira, do mulato de Evora, do anonimo elevado exhala, profundeza de pensamento,verdadeira religiosidade,
do Dia do juiao, etc., fazerem parte ainda hoje das üorerias do Pwo, quer inçnua e inata, quer adquirida à força de reflexão e exlxriencias
constituidas por folhas-volantes,sem capa, nem mesmo cosidas, que dolorosas, fantasia creadora, poesia que, brotando da altoa, prende
colportadoresde rnateriaimpressa eKpõemsobre cordelinhos oasesqui- almas, lirismo itgenito, veemencia dramatica, graciosa vivacidade no
nas de praças, por onde passao vulgo; e de vez em quaodo são insce- dizer ionde a ha nas obras de Sebastião Pires, João de Escovar, Anto-
nados em teatÍiobos improvisados de aldeia por gente do povo !. oio de Lisboaì Qual delas faz chorarì E mesmo qual delas provoca um
Quem alguma vez se ocupou da escola de Gil Vicente, estudando riso franco e benefico, logo que não possa ser inertinguivel como o
a Histoia dt Teatt'l lorhaguês de T. Braga, quer na redac$o meritoria dos deuses felües de Homerol Qual é entre os autos de devo$o o
de r87o, quer na refeita de Ì898 (refeita quanto à date.ia ooticiosa, que se possir comparar ao Auto da almz, tão cheio de coooção, apesar
não quanto ao espirito) creio sairá da leitura do volume segundo com da complicação e das hesitações da fraseologia! A Historia dz Det Eì
uma impressãodesoladora,embora lealÍnente se esforçassea interessar- A trilogia das Barcasì Onde está a Farsa de folgar que igtale a hu't
se peÌas minucias bibliograficas, etnograficas,folkloricas, paremiologi- Pereira em ds comicaì orrd,euma prosa viril como a da Cartt sobre os
cas que o ilustram, e tambern pela guerra constante feita à Inquisi€o judeus de Santarem?Quero soube imitar a retorica excessivasim, mas
e aos sectaÍios de Loyola. etev'ada, e o cava.lheirismo do rooattico D. Daardosì Quem entôa
hinos à Natureza, como os de Gil Vicette no Tiunfo do btoernoì Quem
foi.capazde encantar os palacianoscom musicas da sua pr6pria lavraì
I Leialo. Eistoria d4 Litardturt chksica (p. r o5- r08) a3 pagiíâs múto con-
^a Nem mesmo souberam escoiheÍ etrtre as que o povo cantava naquele
cisâs c scnsatâs quc o autor dedicou à tsr ld d. Gil Yic.tla.
t Vi tel cxposição aqui ro Porlo, na esquioa da Uoiversidadc, quc olta par tempo do rei felicíssimo quando em Portugal havia
o dcrcado do Anjo, c assisti a uma inscenaçãodo Ár.to & 'hnlo Antot io, nupo'to-
âção de Corvo (Arcozelo).- Na LivÍalia do PoÍo, tamtlcm dcstâ cidâdc (atrtiga- em cadacasapaDdeiÍo,
úcÀte dc Cluz-Couünho, agora Lcllo & Irmão)' rcimprimco-se cotrstadteúcd- c gaita eô cadapa.lheirol
lc,, p. ex., o Atto da '&nto Ákiao, ôc fultasar Diazi o Atto da Sattta Bórõard, óè a @Ìl^ Fotlz tn ta'reilo,
Afonso Alvarc? (trÀnsíoroado de ha ntuito p€la ignorancia c dcscuido dos im- cãdaaldci., dezfolias
prcssorcs co Alfonso Rodrigues); o llro da Paitaô, de Frâncisco Vâz dc Gui- cadaca8a,atabâquciro?
E,arãesi o Dia fu Vdsr, ctc. EÀtre os textos pÍofaDos, o ]|1dryt ét da i{dntaa, a
Enpaatri. Porcita, etc, De passagcÉ seja dito quc os prihciÌos opusculos vul- Nos tres a quatro deceoios em que o reino e as suas possessõesultra-
gaÍes, oão.dramaticos, que deram oa vista dos quali6cadorcs das lcituras. foram Earinas começâvan a decair rapidamente, os fazedores de autos não
a.Dontalõ ?.odor (1624) ê Roòêrto o Diaóo l5ar). Teapo scria de se rcfoúar
aÍrancavaÍn aos seus instrumeÍltos sons de iovialidade veranil. Sons
coE titro cgsa bibliotec aÍÌreda, pÊra poder íivalizar coru as scicnti6cas quc sc
oÍcrccee ao povo. Ìaourieatos, carregados de fadiga, isso sim. ó próprio Gil Vicentlií
7
L9tr
meçavaà queixâr-s"0"""" ; orque soaa ,r,e!0d;o-td!c dl ttaterir imflessã, quer espalhasseoca_rtilhas e oraçôel {l91toma11e-s,
l1ca o coração.Altos -';:: cjglsljfI9q.!99ljg!9gas, quer altos novaúente Íeitos. Em teoria
dc catilo úui eloqüentc, pereceque sim, uma vez que sem aprovação dos qualificadores,nen-
de mui nova! iüveÍçõeq buoa obra havia de alcançar a luz da publicidade. Mas na praxe, co-
só ele os produzira. Os outros viviam, cooo muito beru dissc o Soro- modista, conforoe ensina o proverbio rl{tzirna r,ão cua,tlroztor, parcce
pita perto de 1590, das varredurag do Mestre; repeüam, amortecidas, que as deirevam correr üvreroenüe, corn indiferença ou desprezo r. A
as toadas dele. Por isso não entusiasmavam, não inspirava.oninguem, coshrúeira dos prioeiros tres a quatro deceuios do seculo, em que
como o criador da Barca do Infemo havia sugerido as Cortcs de Ia havia autos (privilegiados por D. Manuel), qras aioda não havia censura
Mnerte, z Tragicotnedia alegorica dcl Iniíznto y del Paraiso, o Viaje dzl o6cial, apenas provisões especiaesem casos extraordinarios como o do
alma de Lope deVegal a Historia dz De*s, a Vìctoria Christi deBatto- Jubílm d.canor, cootinuou provaveloente iÍralterada âté I 5go. Só cer-
lomeu Paltu; a Conedia do vüao, o primeiro acto da ,?zdzza de Agor tos autores solicitaran e obtiveraa ltivibgio raal, quc com rcatrição
tinho Ortiz r. Ninguem os reimpriÍtriu ou Íepresentou lá fora. Ninguem os obrigava a proqurar o o;rto, aotes de 1539, de um determinado
os traduziu para câstelhaoo,francês, inglês, alemão. Nioguem os toroa teólogo; depois dessa data, do censor oôcial.
a let depois de os haver explorado uma vez. E eo vida deles, ninguem 84,.".:Di*, já sabemos,obteveeÍo r 532, dgèlgg9.-tr1,-eúi-
"
tomou a serio as suas ideias, e píeocupou-se com elas, como Aleandro, l"E9_lg=j9g1l,re publican e outns que tenciooavairoprioir. E
pero Êor oo tespecüvoalva_ra
ncavaobngado a apresentaras quc-.--
o cardeal-infante, Bartolomeu FerreirÀ com as de Gil Vicente, cujo in- Íos_
fluxo receavam. sem de devoçãoao examede MestrePedro Matgalho,saelcfaer alga-
Mas deixemos o confronto enke o Mestre e os discípulos para o
6o. Veiamoe primeiro qual foi o procediúeato da censura inouisito-
\<----l----:- Ínuito sa+jta!_c.9flg 99_P"S9t?! sê_plggqdjao_I-
' { S!p9.!99,1"__---"ogirã3 ,
4al paracomos fazedoresdejg!9"r.d3.gg::5|e.154g
,!$.!Lapg1ar_!g o*9'ì634.*;-lr: q9-lvji. r .p-reïF1.i8;"ú"..
ele tem.rea.lmente
jf_gglpgldgjggedgggiÈllggjpitadadoteat:c.nacio- -i-qêi.s.1ii'!1"$Ji"e:
erÁóa Dão coúbcCo livro que setigftca: Dc6 acsmo a Dcdtttcilo croaolo?icd ê atta-
nal; se destruiu enormes valores, o que a raça tinha produzido de oe- /r'tÈ*
lFlc sc o repertorio de rnil e quinhentos era imenso, e o dra.oa, o ç- tra6-!c, co or6c já dci:aci dito, to Dlcc. Biôl de lxwrcro or Swr c Brrro
Arr.E (vol UL u19 c )Ç 3E5 sq.)i Do C^totogo, de Nrrorucrro (ao t8z-86ó);
nero caracteíistico da literâtura portuguesa, como T, Braga úrma coo Sousr, Vrúrlo, -F/d Bd,rtolonar. Fertcira (?. r-5), Coú rd.ção sòllcote ao
veemenciae repetidas vezes. Plauto portugüês êô Br^rxcr!? Fturrr, p. 303-355; c. M. Dr Vlsco||clrlos, ì/o-
Pelo que 6ca dito, o leitor sabe a minha opiniâo, Mas preciso docu- tet Vkdr{er,I" I 16-16 e aBotâçõcr rcapcctiva!. Quadto  Espetha, MDaúrDs,
mentáìa- I PÊrlot H.tcroúrot ês?aâokt, voLll, p.6r&67ó (êpílogo), e AJhtdto pt.lìnÈ
trua, p. rvsf-!.x c cx:vn; Crt Dor, Eittoria da la LiL/a*tla cettêlldia,IJ'
p, r8a (& l3a), - No livto dc Rcusch c.tão rêpÍoduridos, cntrc Euito! outros,
o Inda dt Rona Q559),o hibrríú (tS6a), ttes hispaoicos(Í554, r559, t-r83),c
Ioporta saberoos se asfolhas-volanteir!q*iq!.q:, F:g.Ca;3g_ei!O o portuguà dc r S8r. - O Eüoolrio Hunti.ogto!, fuÀdedor d. Êlt anic Soci.t .
ou dç-zr€is, ou pouco úais, estavad sujeitasà ceosura,cooo a r€stante poblicoü fâc!i6il.do! os dc Valdés r55r, Valledoüd r55r c Tolcdo rS59.Vide
Catalog,a oÍ lttttafiort, oo r 7, r 9to.-Oa quc dc frltarro, 3ão or poÍtugüclca
dc r5ó4 c 1592.Pcaio.lEcdtc aó possuo o dc rór4, de iDportancia capccial para
I O TrisnÍo do Ito.lno foi rcpresentado co Abrit dc r 529 p. r9z). a,Evola dc Gil ,tÈ.r.r.. - O tÍ.zbalho dc quc todos carcccoor, é uo g$Cqgjq_
@urcur,
I R E' Hougc, quê publicoo casa codcdie cm rgro (Chiczgo), dir têrtual- lqge crposiÉo ê orieateção tãtrto lobae â! idcias c doutrinas, foroúas, locu-
Ecotc, comparando ccato tr€cbo dos lamcotos dos Vìuvoa: .While thcÍc is but çocs' paltvras que aj-:___-r__
lgrcia co[sidcrâvr. Ào scculo xvt. susocito3s!cúãboântcs.
üttlê verbal similarity betwcc! thc trro pa3sdgcstheir citlcme likcocs! iú othcr +-- -r--.-- dc nomes de iutorca e titulos de obraa.ê6
crorD ulll! attrb€ticaa ouc as fordas
rcspccts makc8 it sccD iDprobrblc that thcy aÍc of iodcpc[dcút origiÀ.' ctn-iÉr--cstëjio distinguidas dâ9 rcatauradar, c a! latiÂizadas da! vcroecrús.
- too - ot -
mds 1bras qt,c toqaernerncorrsd.le ,,ossa sarctz fër. Das profanas todavia de que Frei Bartolomeu Ferreira trasladaraem I58I as Ãrjzal do Con-
nada se diz. Não estaria portanto obrigado a submetê-las à critica. E cilio trideotioo r, como igualmente em pliegos sueltoscastelhanos,
no principio não o fez, apaíentemeote. Por isso mesmo acohteceulhe Até em foroa [oais explicita, com iouteis repetiçôes,como no se-
que uos versos que 6zera (em castelhanoì)- uma glosa a um rorDance guinte caso em gue Sto.Eloy e ro de Tnho ocorrem duas vezes,e por
muito famoso, de assuoto tragicameote novelesco (o do CondeAl.arcos, duas pessoasdiversasse perÍnite a impressãol.
tratãdo em drama por Lope de Vega, Guilleo de Castro e Mira de
llescua) desagradassequer ao caÍdeal-infante e seu lugar teneote, Frei Slo. Elôt d ro dz 7ulho.
pode.seimpriÍBir. - Fr. FrancoGuerrciro.
Jeronimo de Azambuja, quer aos inquisidores do país vizinho. O caso pode-seidprimir. - Lisboacrn Sto.Eloi,
é que foi pròibido. E desapareceu2.
a ro.deJulhode 1619.- Vicenteda Resurleição,.
Como oão se conservâssenenhum dos autos de devocãodesseBal-
_-:-=-".----i-.--.-.-i._ * f t
Lasar em lmDressao Clo securo xvr. a não ser o nosso exeoolar de Ma- Não ha que duvidar - desenvolvendo-sevâgarosamente,como tudo ïl*' i
í':'9'dó-"Ã:',to-ãó-fï;cü,'e;;o,-ú""io"òpói"àJ!ú"ãrïiiiãà,-"iã'i,r quanto se refereà loquisição em Portugat-, os requerimeqlos d9 licgl
" i.,ï:
esse veúa .marcadg p9Ín I ç[aqqqll-.9c??Jir_tllilqìa.Ieq-!L$as'-sí9-.f.9Í!'-. ça, rarissimos no decenio quarto, raros no ouinto e sento.foram multi- "ì'u'"f- "* '
tTjq;*9q_9Ss.iÍr-eeiç-ider9s,,Fco_T9_.cono-:aut9s,_ggit9.pl-otaq-o-:-Ìgjo_ plicando-sede 1564 eú diútè, e sgQretudog9l9,r-s"qg.:l;8-r. E na Mesa - v '^
Chiado se dê o mesmo caso (quanto aos exeoplares que existem entre bensoria havi# a" ì"t riÍta-ããã!1ìëiáera e o falar À
"oí'à"r.fàaoì "v-,ú.'
oïR;;;ì aà BìbÍiôteèi Nâèional de Lisboa, anteÍioÍes a r 56o) eÍL€ed. solto com alreÍregos e orações livianas, que os distioguia, aas sobre. ;11't
"Ár.'
mos mais adeartados níul nossasiovesügações.\g19i iiggJgfs!," tudo os erros contra as -Ra3'rasrelativas a pessoas eclëiasticas, figuras
.ãtiõìiõõãìã-iicõçt"êõïeììãgHa dezoito eilre os oossos autos, biblicas, actos sac.amettaes,assim como as gÌaças e zombarias sobÍe
es{-9_&Ãl!2/ae4_alAr3gd-!oú':4?t,!2!!sso coisas sagradas.J. fi""" dtr qr" * pri-. Êgrfrg1gÍnjt _
Po" e*t""sr. q - obras de Gil Vic€qte, em 1585, amplamente, Eas ainda qão tâ'o inci-
"lar"
sitorial cabia no esoaco restricto das folhas-volantes.Reduzido a pou- sivamente que não lhe etrcontrassemdefeitos em 1624. No grosso E-
- -,.v - ,\'$k
,.
cas linhas, ou à mera formula Jas &es palavras que acabo de citar, lurgatoio acabado oesse aoo, e que traz RegTas acrescentadas às do ,16'i -
cabia, e coube vezes sem conto, taoto em iÍtrpressões portuguesas, des. Catalogo tniaersal de Roma, mas orja prcpara$o levare seguraaente
bastante tempo, e só desse, assioado pelo jesuita da Cohgio dts Cm-
^ P*"6
soresPadre Baltasar Alvares, como Prarsas, é qluea Ècola dz Gil Vicm-
Dr"t *Dr5. Docú4rto" loro , Pi"to.to do
' t sai castigada de modo tal que não semelha demasiado íalar de satha.
Ior YVI9LY4.!dJJ".gÁ.-
ì-Ípròibição a quc aludo, lealizou-se em 1559.Vid- Rrúscr, p. 234: Glotd São os autores principaes da Escola Viceotina (com excepção da ô- t^ t,' n,
,.uaatt.ttta hêclt4?or. B4ltatd/ Di43 corz.l roríanc. qtc di&z : Rctlatdzattó Ia fn-
Jfanla.Nã,ofoi repctida nêm eE r58l trclr eo 1583,mas sio eo 4y no In&t d,e I Abúmos o Catdl^go do Condc Ãè.Sâbugosapara eacúplilcar, e cncontra-
Romai gto.untq& idia'al, (!), E renovada eú t624 (p- 9E).- Quc eu saib4 não remos a p, ro5 quetro autos iopÍessos êott tiaançad\ttaote o periodo iDdicadoI
subsisteexemplaÍ algum do folheto quc, quaodo úüito, seria de dezaseispagi- Santa Bórõdrd, ÍSgr; &nto Anlor,io, tí98i Santiago, rígEi &rrtd Cútafina, r5g2.
tras,coúquanto o terto glosado,sc eÉ coEo julgo o de Pedro de Riaio: ?z- Nã cdição de 1560ü E aÍrotina, h^ n forhula 6úal a ciplicãção scguinte: Cort
tratda êstd la InÍantõ - òün atí coao tolia, seja exterso (de 234 velsos lorgos,
ir,ioil.gio Rêa.lgzc n nbÍe lètroz a lorso irsl"i,íir, flart oèniLr, tat trdtêr d,trtld
glosadosêE outlas tantaEdcciúâs). Vid. DoEís, Romaaêefo,no 365; GÁrurDo,
?artë ittlr.ssa, soõ Ícnet contardar na Prioilcgio.
3603.- Muito popuìar em Portugal, esse roEâÍrce velbo loi citado por Prestes 2 No Cctrilogo dc^ì Salvá teoos plicgos sueltos Co, licarrcidi p. e:a., eÍ! nume.
Ão D.t.mòafgddor (p.23o), por Fcrreira dc Vascoícellos na Atrilo (f. ,j6), etc.- ro 2 (r59o);no ?6 (1603); Â.7r (1607);oo 95 (160ó);ôo r13; nô tr5, ctc.
Na Ercola d. Gil Wcezte,T. Braga oroitiu a Glasa na Bütriogrdfú, por Erelo des- N P. ex., no Auto tu
laízo de Íó23. - No A.tto de irtolalidad., impresso por
cuido, visto que a citara ío Roríanc.ìro (III, p. 966) e ta6beú ro Paoo lor- .A,ntonio Alvares, ha no f,:ú.Lat s Dco, - Vítto ?.lo D. Torgc Caòral, - Vbta a
tugt it. €or.Jfc/trôid ?oda cot"rcr. - 4rt Litòod, Gar2ar Tci*eíra, - Ftançisco B4/ìclo,
6gura excelsa.de Lri" d" c".;;; d.-"0" o" antigos como gal-
tysar Dias, Afonso Alaares, e o anóoimo do Dia e dentro-dele cortam-se
-"," do fiiízo, o Chiado, a 68J) clo vilâo pero Gil a
"n*ì*l"ìr,
Gonçalo Bras, de sem-ceremonia
Seòasüão Pies, loão de Escaaar, Atztonio dc Lisôoa, aoi
do ultimo rustica r.
quartef do seculo, como Ftancisco Vaz de Guinarães, E:rr" 06 autores anonimos (da
os autores do ,. . classe terceira) é que ha a famosa
Bras Quadrado, Duque de Florcnça, D. Andry', D. Lu)s Iista de uma .intìnidade de autos,t j;";;
c os T*rcos No ,"olidadè
", quinze,porque o ultimo não é dra "lo i";;ï,""
e outros.
Á quiozeúaci.,"odo""","';;;"-d"ïiïì:#;ïL1ïã11","1,,:::i"_::
- liÉ"
,,'
J,li te,ded. roz+c
obras portuguesas,
. w" e destruidos
(6,2, rZ) querapenas
condicionalmente
.''
nto,3itolia 1/o rcgzis L*sitadac qxi frê. ìSi'i.
-'-----! \'v'
l.til
ornttno, 6. Aúo da Adherencìaà paço- 'uir '
?a[ ad cupr.rgdtionên usquc
lrohiômtrar, registam_seas obls Itcm d4 Vida do paço.
em romance vulgar (em português, e por excepção 7.
em castelhaoo)de
autoÍes conhecidos,alfabeticamente. dt Btas euadrado, nâo se emendando
.,-!. lrri como Be oota ro
r:tprlfgotorio (p. 26gl.
&:t" 4 2srtq44!tz" (r).- Itemo de
" ,?, 1g:-{:glg-
J,.v.cente (2).-ltem o de Santa Baròora(3), não se emendando
como
9, Auto dos Catiaos, ehartado de Don LuTs
e dos Turcos.
seÉío
-
Erpurgatorio-ÇCïí í. Stl.- " "' '
Nesse, que constitue a parte III, manda o censor,
em nome do
.",::;,"Í'#"íïff
.'..ï'J:ïï.:iï:r::_"x!::;::,1
en cndechas*"t
"'qma Pagroaque tem por titulo rttilld
Colegio, riscar inücaçôesscenicasrelativas a actos ;;i";;.--'
sacramentaes,como tr.
o.batismo-da Santa (compreendo que riaca os próprios Auto dc Dom Azdre, não se riscando
actos). Alêm , . o que se manda no .Ez-
disso suprime o arrenego populat pcsar dt São'Saàonbo. purgatorio (p. z6g).
E âito u.- tz. Auto do D*qte dc Flora4a.
zes a seguir substitue o titulo de zi e o de pottifcc, relativo
a gentios, 13. Aato dc Deos paa.re,
Pelo d,epltsideate, teoria de onde os chalaceiros podem tirar a certeza lustta & Mìsericordìa.
g|le rcis e lonlifces sempre foram, são e serão 14. Auto do Dia do Juizo. 16., nãc se emendando o que se apoÍIta
cristãos, e todos os n"porgotorrlp.-iãt; '*"' no
lfesidentês são gentios 8.
De Antonio de Lisboa pròibe-se o Aato de do*s tadrôcs dlas eorn adres, não se eÍDendando,
(4), nãose :t 4ry *s etc.
emendando o que Íro Etpurgatotio se nota. Isto é, tres dos Fisícos (p. 126 e 625l t.
dìtos assaz lo-. 1*o
rudes e ingenuamenteamoraes. 17. Attto do lubilcn dt Amorcs.
De Antonio Ribeiro, o Chiado, pròibem_seem globo algumas t8. Auto dz Lrcitazta (com os
obri- diabos).
19. Auto da Farsa patzda. ìt
tas não-dramaticas, cono a pctição ao Comissario e a Rclra
). r-flnqsco. Entre os autos visa_seapenaso da Natural htungão
gcrat de
(l)
a"'-ooq."-,.-;';;;;1";;ï:,ïi:"t"::"ffi::::rliï:"ü;
I fim dcsse peragrafos. v. lrlro o leitor
^No é remetido âos nomcs dc Balta_
rar Días..., Francisco Vâz de Guimerães...,cil
Vicente...,Joam de ;;;;.:ï;"
csse uftimo, procurci-o de b^lde no
Er4r.r.gator.io.
- u. rrtdfda, e PêdrêarrrJcaiÍam cI! esquecimentot
/rb (p. ,5) tornam . âr";.;---"-"' -"r Só aqui' No Er,ffgato-
O? Fin:cos,vem â mençdÌode um st to c.ttitt
I ,-',,I!::"
da !*.'do,
tot ,rat dat iarrlor, tàdoOõra útit
Ponho de banda um passo Ìclativo eos poetalt ctissicos Sá cm Selamahca. 16ô.
dc Mlr.nda c eu,do.qucap.:6aé;ü;;;;;;;t;,"ï:,:.i:;;riy:::"::i:ï;:Xy:"
Al!9li9.f çr-.str"'oç-cqias-cqs!ç-diaïõÉ-rEãú
t{{9.1i;!, 9.i.1,1eor'.'qo"-;;;h;", @flt-o Narêi,i.ato . Vie & g. joao
qoÉ, provevçtmentc
Bauisra (Satraanca,;;;;l:: ;t.ï;f ã"
peÍdidos ou çscordidos, Ibi ,.egistâ;o po; -",
co;Í:ì;.-..'
- lo 4 - r 05 -
20. ALto do Prütcile Cldudiano. Deduzamos agora os resultados positivos, sempre com o 6m de
2r, Auto ou lTistoria de TeodoraDonzela 1. apurarr se é justo falar de uma enorme quantidade de autos sentencia"
E geralmente quaesquer Autos, Comedias, Tragedias, Farsas drs- d,os nos Indices e da extraordinaria riqueza do repertorio dramatico
quinhentista, que a Inquisição despiedosamentedestruia.
Eotre os autos condenadosiocondicionalmente,ouer aotes da intro-
dução do Tribunal da Fé,.por meio de provisõesesieciaes,quer desde
. o ano de 1536 até 1624, isto é durante a verdadeira guerra santa con-
tra o falar solto dos comediografos portugueses,ha alêm dos tres de
I58I e r583 fôra publicada, dando, segundo me pareceraos Inquisido- Gil Vicente, de que já tanta vez falei, um unico de que, segundo as
res, a faculdade de sem processo suprimirem outros autos do que os apaÍencias, não subsiste exemplar algum. O- p:r!glt!.-Ç!",Udl%*"**_.
especi6cados. c{g:egc3qgs ou pecadilhos porranto não pggfmog j.uJgqr.Dos autos,
Na Parte III, o Erlurgalorio (p. r95-Io47), manda o censor substi- prorDrdosapenascondicionaìmente,impondo-se lhes pequeninasmodi.
tuir e riscar num paragralo geral, uns sete passosdos autos anonimos 6cações,tres são os que desapareceram.Talvez por ràzõesextrinsecas:
já citados, do /uizo (ed. de 1609),DotusConlddt es (1605) e Bïds Qua- uma só edição de poucos exernplares,impressossobre papel ruim. São
drado (1613). o Bras Quadrado, espéciede D. João popular, tipo de um
Ouanto aos autos de escÍitores nomeados.ha (abstraccãofeita dos de amor, conÍotme o dizer de Luis de Camõesno prologo ao s.u Fú-
. ^. - . .
oe l.rrr v lcenle, oe que Ja largamente se lalou e de que alguns nguÍam dano, o Cristouaat de Bhnr, a que o ceosor mandou tirar unicamente
na lista supra dos anonimos) cinco de Baltala! Dias, iá re_visionados wa Letrilha flnal; e o Auto dos do*s Comiadrcs,
em I537, ou pouco depois, mas em que agora se suprimem mais uns Seria tambem por deterioração natur-al que se sumiu o auto de
trìËEiiõs de impressõesde I612, 16r3 e Ì617. Todos muito anodinos. Gonealo Chaml,ãoì Ou seria essa peça uma das que sucumbiram à
Na Pairâo, de F-ranciscoVaz de Guimarães (16r3), manda-sealte- acção secretados inquisidores, por recair no grupo úsado na Regra
rar uma unica frase: suprimem-se dois <movimentos>. considerados geralì
sacratrrerúaes: a consagraçãodo pão na ceia, e o desmaio de Nossa Se- (secundada pelo proverbial desleixo português
4JgréS9lLdolÊqFo
nhora. A flagelação dos ladÍões é substituida pelo acto de lhes que- em.conservar)hal,3 49 a*g}
"qtnil_r. iggg
brarem as pernas. solras, sem câpa, nem mesmo cosidas, de que se havia tirado Ìrma só
Eis o essencial.'fudo em forma concentrada,e não dispersoe Íepe- rigj]].ldÊiilia ""
Dï áii;inã;a quôiã-ÂÈã3"ËËãi;àìËË;'diiJilõ-aãï
tido, nem misturado com obras oão-portuguesas,como sucedena unica como D. Lttis, o Duque de Florença, a Farsa Penada.
obra nacional em que até hoje se tratara por extenso da acção dos cg*9-t1-li-ol-g:rgg-.,...u1!".-o,"--:9-99!srcs-ss&&á
jsâte
inquisidores sobre o Teatro português, Por extenso,mas não a fundo'. iggXg5{ggvo-g diqjivls:çm pq$Ado LPspagha.antes da pròi-
orçao; p-orque depqlll-glrgm possuia qlq-lgÀggtplalllfuüuJle-eqlter!í&
' **,t e quem apenas sabia da sua existensia estava obrigaão
1,],119:,-*{o:i
a denunciá-la sob pena de escomunhão.E na enttada de país a país
t A numeraçãoc)aro que é obra mioha.- D@-Ifu4gp,ggJgLi&,-$9ac-_ cada livro era suieito a exame.
tica (vindãde Espãnha,comoa E ?.ratrit Porcina)e para.Espanh4
do Oriente, D-'99
Dosautos.que por.gs.lrrem
ggndenadg: !e jglgltgps{99jggCr{g_
e a Drrmerra oorâ oa uteratula oe coroel oue a censura tnoulsliorlal DrolDtu. "pqo"*C"ç-p:r,.:
n3l9_9ltr
Ja o o€rxer orro mars aoma. \ r(r. t. ttRAG^troúo ?oltagvzs, rrt p. 46s-
o
?g:r'" ay.todç!:*Lak_e ito.:!!:l * jS.e._&,ar!,_e O^
, T. BR^G^, Eitlo ria do Tcatro
lorhtgtê-r,ll,p. | | S. | 3r',Injítrcnc.a do &t to Oféio Uous Ladúes,.o l)uqut de:Florerça e-a .Farsa Pmgda,
-
flQ T.alro ?ortuguêt (r i64, r 5E r, r'gj), ê p. rB'-2rc i Irrd.r ctcÍúEatolto de ú24. ignora{os, impressoç çem liçençar calculo gue aq-
-106- _r o7_
tes de I58r, mas totalmente esquecidosem 1624' eram e permanece- htmanar, e Auto dc Deus Padrc !. Misterios importantea,de concep$o
ram até hoje o At to de D. Fenutdo, o da Bela tnenina, o de Viantt internacional.
Azes Íocira, o das Capelas, o dos Euanos, e o de Floratça, de Joam Quaoto aos autos profanos haveria, alêm das obras dos mesmos,
de Escovar r. um volume com oa sete Antos de Antonb Pzd6 (porque a edição
As novidades que damos, são portanto realmente dignas de consi- de r87I já não satisfaz,muito meoos do que a do Chiado) e o Gotsdlo
deração e de aplausos,conìquanto ainda falte muito para chegarmos a Chambão desse jogral; outro, com o Aalo de Rodrigo e Mcttdo, de lorge
poss\ir o Tesout'o do antigo Teatro forttguês, tão completo como Pode Pinto; a CerzaPoliciana, de Henrique Lopes 8; a Doneela da Torre,
ser, depois das perdas sofridas. atribuida a um Gil Vicente (da Torre, por veotura identico com o de
Seria preciso !Ín co$o inteiro de ediçõ$ criticas, legiveis e co' Afmeida), ainda outro com os Attos anodmos dz .Floistel, os Escri-
mentadas, pelo menos, de todos os textos que até hoje não tiveram a oãts dt Pclourinho, Guiomar do Porto, o Auto das Padciras, o Caseiro
vantagem de sair dos prelos, bem grafados, pontuados, divididos nas dt Alualade, o Escudtiro vtrdo, e os mais que por ventura omiti e apa-
partes estroncas constituintes. Para os reunir seria preciso recorrer recerem '.
não sòmente aos raros da Biblioteca llaciooal de Lisboa mas tambem
às colecçõesparticulares de F. Palha, o conde de Sabugosa,conde de
quc tcm) e 1539(dstâ dâ sua mortc)l Cor^rrl.o, no Í3r. - E ondc parerá o ruto
Tarouca, conde de Sucena,coneelheiroMinhava, Dr. A. Â. de Carva' de Antonio de Âzevcdo, citado pclo Âbãde de Sever sobrc o vêrso do Evan-
lho Monteiro, bibliofilo Rego, a que foi de Fernandes Thomas. Para o gclho Vcnitê lost ,nc: fariarn oor Jíari litôôtor.t lominumì - E o Sattto .Ataiso d.
6m patriotico todos franqueariam, com certeza,as suaslivrarias, sobre- ScbastiãoPires, rcgistedo por Cotarclo como lcndo o numcÍo tst?r di livreri.
tudo se íosse sob os auspicios da Academia das Scienciascomo con- de FernaÌr Colonì (no r ro).
I Não é tÍadução (lo auto cspânhol da lrú.rrilr co,ttra cl gl,ra'o htttiôno, pü-
tinuadora da empresa já iniciada, a que me referi no principio desta
blicado por Rou,rnu, n" Lvrr,conforme ãventou T. BR^c^, p. r57, muito cmbora
Introducção. sc fuode nas mesmasidcias mcdicvaes â respcito da Virgem como advogededo
Dividido em duas partes - a das Oôras de dmoção e a das Oôras Homcm. Vetâ.se Roo^xrr, IV, p. 28S.
a Fc'ito pot wa Íamato a,ator, t^lq\tal a GcìatAô Ìrumana, qtf,e tcm a data dc
lrofartas - deveria compôr-se das Íespectivas representaçõesde Gil
Vicente, Baltasar Dias, Afonso Alvares, Fernão Mendes 2' João de Es- 1516,o A,rto de Dtut Padra tcm imprcsso no ÍrontiÊpicio uúr curiosa quintilha
que ae rcÍere a outra cdição anterior, ou outras cdições antcriorcs:
covar, Frei Antonio da listrela, Frei Antonio de Lisboa, Sebastião
A q!.1 obd v.r .Èc.órd.
Pires, João Vaz t, assim como dos arcaicos e anónimos da Geração lb. \t6 66r Í.ã.t. ur.ri
qo. rta .qút r.d.t. .drihl
il. o.!ll.B rtdr.ih,
| É ccrto que o Árto da l,lorcrrça naòd tem coo' o do Dtqué de tr:Iôrèn|q, M^3 ..6 lêr !.nüuD v o..
visto haver oo brdês dc 1624o lapso que indiquei, pronressade Íalar de João .Íír, apud. T. Brror, p, r57. Vcja-se Roulrrr, no XLIII e vol. lV, p. rS4, .46 c
de Escovãr no Erfrtt'gatorio, qtte depois não se rcalirou, talvezjá confundisscm 6cgúintes.Trâsledei a pobÍe quintilha parâ quc o lcitor a confla com a edvcr-
cnlão es d\ds Flol.r|çdt. tencia já citada do roslo do Axto dot Enanot: Ágora ,tooatrinrc irnTratto a amcí-
t O condc de Sebugositpossue um Aulo dt N.ttcirnaníod. S.7oAo a oitiraÍito dada, lilado dorat da hlra do líoltío olititral. E oom emczdadot ,tuitot arrot gtr.
di &nta r'saò.iltto , <;c Frnxlo Mrr,oes@ ,rat oulldt irrry'raitõct tc Jt4raar.
trìs*ïeìüõõ3ãõìõõ?Ei-o;ls;ìË-fi;iGÃor, c o de Fraocisco RodÍlsuc, Lobo' t O ,4tto do Físìco,de
JenónruoRIEf,IeoSo^rss, da mesmt colccçãodc r587,
aisim cáirro as tenÍãtiiâs ôã rìËi'Àmõió?ílo*"t.g'ìì-F;ïï"Â'irôiiÍõ-díEõ:- .ílinllad^ Prin.íía lalla dot dxlos ê .orr.cdíat ltot llgutrttt,3aÍu em t9t8, coÍrìo
trefa (cmbore até hoie não sc conhcçâ ncnhum excmplãÍ da Plalica dê llca /at' lll do. À{otflntcítot da Lltqlaíula Dldrnótica fulr gtcta,,ttid. p. 1.
/o,,rJ,anterior a 1626). . Podemosacresccntaro nomê de SrìíÍo l\Í^cü^Docomerfu e,4Uaia,dc 160!.
t Ondc cstará o At lo da oida de S. Roqacdes8c João Vaz, quc princiPiava sc lioda o quiserem cnglobar com os dreÍnâturgosde quiÍrheotos, Na Lila,.atú"a
com os veÍsos .assenta muy ben âhl I essamesa fcativstt' Na <mürrd de Se- ?orl gaetòltdaica parccc.mc quc íão havcr4 muitas contribuições, mês nFo g
yilhar visto que foi adquirido pelo filho do graídc çrbtóvaq c4trc r5t3 (datâ Étud€i e íuodo,
q.ql-n-o:.T9iql-ereor
Claroestáquen49d9JçT-.-Uar-l9lnt-09 3s.--.
tres tentativasde Luis de Camões,felizes,apesarde o poetasó inci-
"no'
dãïïrËântõ-tï'ttivãi õ gènero e nãb ie esmerar nel" t"nto
"oÀo --
li?ìto -ê-ïõïìtiiô, umã vez qúe, por isso mesmo, ainda não tivesse RESULTADOS
DA CENSURÀ
INOUISITOIìIAL
nìohum devoto verdaileiro, forá W. Stoick. Da mèsma maneíiã cãie-
de rèimpresúo con digtn a Ulysi/o e a Aulegrafa, de Jotge CAUSÁS
DA DECÁDENCIA
DOTEATROPORTUGUÊS
"àõ-ãìnd"de Vasconcellos,os Es?argeiros e os Villnlpatdos, de Sâ'de
Ferreira
Miranda, ao passo que as duas comedias de caracter um tanto celes-
tinescas do Dr. Antonio Ferreira (o Cioso e o Bristo) e a sluaCdstto
Aotecipando o que a geração nova apurará provavelmente, direi,
(que tiveram no visconde de Castilho e Dr. Mendes dos Remedios cui-
concluindo, quaes foranr os resultadosda acçirocondenadorac expuÍ-
dadosos interpretcs) exigem apenasreproduçiro, PaÍa não faltarem no
gadora, exercida pela lnquisição dos livros sobre o teatro quinhentista,
conjúnto.
etrr teoria desdeo tempo das cautelas,isto é de I52I, em praxe de r 53I
Serviço magno que a geração de agora só poderá ultimar, se, ani-
oü I539 em diaote,até 1624.
mada de muito boa vontade, e repartindo o trabalho, sem tardar, van-
Praoidadzs hefetic.ts, erroteq doutrinas falsas, malas, suspeitosas
tajosamente entre todos os academicosda segunda classe, meter mãos
quanto à íé catolica, realmente não as havia em autos portugueses,
à obra sem esperar peÌo dia de àmanhá.
Nem mesmo nos Allos dz Gil Vìcmtc, com quanto as suas sentenças
A proxima geraçãopertencerá emitir em seguida, à vista de todos
audazes contra o oendzr e eontlrar d,e Prona, pa/as adormidos, clétigos
os restos do Aúigo Teah'o torhryés, assim reunido num corpo inte-
devassoscom ninhadas de clerigozinhos, frades sem conto, de corpos
gral, opinião fundamentada acerca do seu valor, metendo em coota
tão robustos que apetecia vestirJhes arneses e mandálos contra os \ Íl
todas as variegadase oPostas manilestaçõesdo esforço dramatico dâ
mouros, bem podiam ter sido consideradose foram consideradoscomo a * Yïi
epoca auÍea da literatura, populares e classicas,em Prosa e em verso,
heterodoxos por fanatizados como Aleandro, Oleastro, o Cardeal-In- i,ouc!- *
sagradase proÍanas,originaes e irnitadas, ou traduzidas como a Vin-
fant ee Balt asarAlvar es. **d'>-
gatzçade Aganetor. Expondo bem, quaes as especiesque Gil Vicente
Invectivas contra a curia e a lgreja, freqüentes mesmo nos autos.p..r& Írr.
iniciou, e frisando de um lado o facto que Ferreira foi o Primeiro bom '1,T
subsistentes do mestreque pousoua pena eÍn r536, realmentenao
Europeuque ideoue realizouuma tragediaà maneiraclassicacom coros "r ?]-
.. jl Ur-
ha nos dos coevos e sucessore" E-!ggg:$fç-glg!,!1g-a1a!q *Srgra--f
que repre3entam d Voí Polt.h, sobre um assunto nacional da idade-
da EscÍitura assuntospara os seusã,t-utos populares,fazendóentrar neles tì 4/'tiç('
media; e do outro tado qre o Anftrião e o Rci Seleuto,de l-uis de Ca-
útv-'
mões, sâo as primeiãí ìeniativàs de reduziì à forma peninsular e aos ""9"1=i."5":e _frguraseclesiçllc,aq ao pa:so .qge em Esp.Sglq lof
cüygg@g:lomedja! d! santos,g.!" 1^e"ln-gsA*t!S-_StgS:._ )
metros curtos de redonàilhaum tema de mitologiaclassica,creio que "s "_
o" chãgarão a o pais i o óirhdõ ïã qdà fói 'coïsi- ry!r!y,t-.i?^ multiplicando-se, revelando um fervor religioso, gosto I
"dito."s "ônu"n.". aitislìõ-Ë poder de creação que a Ceosura n"- i"ntou
deravel o dispendio de força gasto no teatro pela nação, com'quanto "orrrl 1..r,'
bater. -"".o
não fosse o género para o qual estivessesuPeriormente dotado. / ôr
Na guerra contra grossariasdeshonestas,aríenegos, nomes realis-
ticos de coisas e actos, pela regra óe j'all>elle rn chien, un chìm, palba-
. :íl ....(", r çadas carnavalescas,ofensivas dog bons costumes, o sucessoda cen- i'Ì",-:v.
dttl, |r-
L-J>t1'Ì\,ì
r,d-rs ' i<',r.-" f''"'*: sura não foi completo. Na linguagem muito solta e muito pitoresca do
' - 33-
ào ceo quê Ao Aato dê -Frrra são a Verdade e sua companheira. Ô escudciro, dè
floÍ na Ínão, viÌado para aquêÌa que é a VõIqA!9l!9-l!9qBç!9IIã'
VI. Auro
P!-aúcadc trcze figuras Í. Vclha, Brcatiz I Negra' Cooad.e, Vcro Vaz, Noyuo'
Gravuraque represeÍrta ìlãy, I Ioam dualte, afonso tomet FerDanr I dardlade: Gomcz Godinho:
seus iados dois
GriDarêsâ-
anjos que tocaÉ buzioa; no fundo mortos que saem das sepulturâs.
À diÍeita um santo; à esquerda uma saota, de joelhos. No verso a carta eo ptosa ao virtuoso âuditoÍio.
In 4', 12 fol.: Art, A:rt, Aurr, Av, Avt. Acaba: ía tol. rr". C&.te1r,
Começaa obra com as 6gurasseguirtesI SamJoã EuãgeÌista,Chlisto, nossa
Sõra,SãmPcdro,Íã iguel, Sera6m,LuciÍe!, I Satanas,Dauid, Âbs€lão,Urias, dz tcrrryto qaal q*i/elarz tíes,j]oi*ex'-. ffi1*€rF$rerco.
Caym,Ab I cl, Samsam,DaÌida,hú Uilão, hú efcriuão,hú cardcciro, hüa Íega-
teiIâ, I hü Íooleiro.i EDtÍa lam JoãoEuãgelista. Arlro Dos Dovs LADRõ (R-e665).
IX Amovro Lrxsor. -
Ìn 4', r4 fol,; Ar;, .Arl.1,AruJ, Av, Avl, Avr1. Acaba na fol. t4- Finis-
Verso em branco. Dos dors Ladrões-j avururs. s Pfimeríls sao o jtÈ-
cudeiro, que aqui ÍepÍesenta um mlgdg;ülçg' e a.VÍoça. As uÌtimas:
um guerlero, de vara longa na mâo, outto, virado de costas, levaÂtaÍr-
do o braço esquerdo e pegaodo com a direita r,o sua longa espada;
\,\. (RÍosr).
Gu, Vrcerre. - Áuro us IìrÈsPERETRÁ talvez os dois escudeiros ladrões.
,.
â<
+rvuua \- ,, Àuto noüaEcotc Ícyto poí .4tttonio d. I Liràod, únyto gracioso. RcPrcsen_
l4-aÈ- .--9"-e+JÍqrrEi-d."-B@upadasduas tàòo zo Cond. de ,'irrúrr. Eín o qual entram oúzc 6gurãs | [. dous escudcyÍos, t
.tlf",* humjud€u, hum Uilem, dous moçosde pa | ço ã húa moça,hum meyrinho cõ
(r4Êq w.'
Âa capa curta, de que sar uma flor e o espadim, e úte! Peteira, moçt dous beìcguins,z huú moço Represetrtador.
vs ttt)2 _ ' ,r,ão peito, à direita; Lianor Vaz e a tllgà esquerda de longo
r- )/ d"
\"*f- "o In 4o, tz fol.: ary,arr1,anry,av, avt. -Acaba com a cadtiga do vilam.
uao;gr"uurasque reapaÍecembastasvezesnos autos destapublicação,
ailií5 ^1a
cts Fim, no verso da f' I I. A ultima é PÍeenchida por um ClziÍe que prin-
, a- e em outrâs.
ô.:y ci,pïa Lqt ditila y Ìt trr.ona e teríttlna gue aquel gue no ?erdonó l no cs
ô.!!,r.í\à ,FrfÍ, por GiÌ Viceote, rcprescorãdo ão rnuyto alto, z muy poderoso Rcy dom
ferdonzdo, e as Coplas de Olme la mi seiora lo que os quiero dzdr. E
Joam o terceyro no seu con I vento de Tomar. Era do senhorde À{DX)iÌÌJ. O seu I acaba
ügumclto hq hum e\emplo comum qüe dizcm: mãis quero asno que mc leue, Ni qúero quc mc lo to[Ic
quc cauallo que me de!Íube. I As frguras sâm as seguintes. lnês peÍeyra. sua
ni quierc quc úc lo siga'
mãy I Lianor Vaz, PeÍo mãrquer, dous Judeus, hum chamado Lãtam, z outro d quicle quê úc aquexc
Uidal I Hum Escudeyro com hììm seu I Moço, bum Ermitãm.
-- Entra ìoBo ÍÂes Pcrey.a, z 60gé que èstâ lauìando-soo ém casa,_zcabta esta
csntrga.
In 4', to fol.: Ar, Ary, Au;, Anu, Av. Termina: E assi se vam z
X. Jorv oe Escoven. -Auro oe FLonrxc,rfl-ao53!
\.._ ,/
se acabao dito Auto. Laas Deo. Arto da Floleryd. - q)ìãt o'gra14rra"
, tyg.*Ã" pastoÍ aPoiado
( no seu cajado (em outros autos é entitulado Ratinho), o esctdeìto com
VIII. Arhouo Rrsrvno Csr.{oo.- i\uro DAsnuoi."irn\ 1n-30331. qE, . olsr e uma casa.Por baixo Õ titulo :
---.---*-'_._ "
Aúo -_
dar R.gat yar, feyto por Atrtonio Ribeyro Chiadõ.
-) grâvuras Áuto ícjrto poí roam dc cscouar a cl Rcy dom Scbastiam por Natâì dc Eil c
Quatm
cm pcÍÂl agÍupãdas durs a duas. Um velho, de bastão; duas mulhcres dc olhos quiuhcntos z.ÍclIcnta, bú annos. As figuras sara as Íegúntcs. Í. Hum Ucado!,
* r t2 - * tr3 _
universal de Menéndez Pelayo, pôr termo a essas declamações.Des- pode ser do infante D. Henrique a pròibição, visto qr.renâo se encontra
assombradamentedeclarou nos Hetetodorcs espaíioles,no .F.studio!re- to Ìuder de 1559,mas sim no de 1624 1.
lininar, e nas belas paginas que na Aatologia dedicou a Git Vicente,
Quanto à Ttagicomedia de D. Duardos, escrita e representadaem
que o numero de peças pròibidas era dinrinuto, conrparadocom a õõndtciôìãlïìrê-fitá
riqueza totaÌ. Em todo o caso a Inquisição não pôde estorvar de ma- i ltrÌèll-*ìõ"õa"r.tr
qlquerr
?e.bií-mrr$vú.sque-in*---
urnto em 155I, como em Ì559i e por tanto pelo cardeal,esse
neira alguma a evolução e fecundidadeespantosada forma que efecti- sabia na perfeiçã{--nós todos sa-6êãõsque ela é iriaç:o de Git Vi_
vamente em Espanha é a nÌais nacional das artes literarias 1. cente e indispôs os revedores pelos excessosda sua linguagem poetica.
As pròibições de obras de valor leal não se sustentaramIá (como Sempre é Gil Vicente o personagemque vejo perseguido.Mesmu
entre nós tambem íão viogaram senão temporariaÍnente as de Gil Vi- quanro ao Auío dt U. La$,6em possivelé que a atribuiçãoa um Gil
ceote, da Menún e Moça, da Diana e das comedias de Jorge Ferreira Vicente de Almeida origioasse a sua condena$o. E sempre ele é, do
de Vasconcellos)por serem recebidascom dissabore contrastadastaci- ponto de vista dos inquisidores, o unico que merecia a perseguição,
tamente por amigos sinceros das letras, cuja ortodoxia não pâdecia por causada liberdadedo seu dizer e da audaciado seu pensar.
duvida. Na luta
_contraele é.que para mim se resumea activiàadeanti-tea_
*** tral-.{1.99gquraem Portugal. Âs guerritiiáJ"cìóntrãos póétáè "'
-"nores' .
e contra algumas obras de arre classìããìãõTãò-Àã;iãòì-eììIo-dôìãtú:-
Como eu tivessede documentar repetidas vezesa antipatia natural ral da guerra contra o erasmista mais atr-evidoque portugal plrgüãü
que me iospira a acção do cardeal-infante D. Henrique que, de r53g tõã'o.-ããTõ;ã õ; j?-;à; d;vit;spánrar nem ofender o" p",,rJã"""
a Ì58o, foi efectivamente a alma danada da Mesa Censoria,e em car- designao grupo de intelectua"" qu", no" pil'"liro"
tas e provisões especiaesmandou perseguir obras que supunha dani- iT:*:1J9.q':
qecenlos (lo seculo xvr combatiam os vicios do clero, sem intuitos
de
nhas, tendo de desculpar-se,p. ex., com Damião de Gões, por não ter heterodoxia dogmatica,e colocadosnas raias da Reforma. não as trans_
deixado entrar no país o volume dele rclativo i Religião e dos costt.- puseram quasi nuoca 2,
,ttesdos Etio?es2, acho do meu dever, lavá-lo de uma culpa que lhe foi
atribuida injustâmemte; a de haver censuradoe destruido obras belas I Mais àcima ficou explicado como foi que T.
de seu irmão carnal, o nobre infante D. Luis. Erâga sc persuadiu a si pro_
prio e persüadiu todos os seus leitores de que o Aato dc D, Lui, Íoi coodenado
Repito o que mais àcima expliquei, ao falar do auto que tem o título em t559, pelo CaÌdeâl-lnfante.Com ã conÍusãoentre as notas e o texto de FE-
sugestivamente enganador <le D. Luis e os tur.os: noaarrrertte jfeito eÍ RRErR^ GoRDoinficionou, p. ex.r o Sn. Corrrno, (ìue no seu Catéto1o.l, oòr.ar
1572, ele não pode ser obra de um príncipe falecidoem 1555;nem dr'amdti.dt dá inÍormaçõesinexactas a respeito dos seus no 7, .D. Lir; zo,Dom
Andrl; 3r\,Farsa Penada; 1j, Blas Ouadfddo.Erradas são tãmbem es iodica_
ções relativae ao n" 44, 58, 6r, a üão ser qu ehaja um Irrdct de 1559,nìuito divet_
I 9uanto à realmente espaDtosariqüezado Teâtro espanhol,bãstaÌálembrar so do quc cu conheço.
. Vid. PeL ao, AntoÌogía,VIf, p, rZ8.
ao leitoÍ português que o F€nix dos Ingenios escreveu mil e quinhentaspeçast
Juntarei todavia mais uns numeros signifrcativos:os r04 (96) Autos, contidos no
manuscritograndeda Biblioteca Nacional,publicadospor Rouanet,em quâtro vo-
lumes! as 160peçãs anteriores a Lope de Vegâ, registadospor NÍoratlnem rSzo!
e para daí um exemplo do tempo de Gil Vicente, as 28 peças de um dos suces-
sores de Juan del Encina: SÁNcsEzDEB^DÁJoz, (Vid. SÀLvI,no r406,Rêco?tlación.)
, -Fídcs,r.cligio, ntôr'csgu.Aettioi.,m çSat\. As cãrtas que o Cardeal dirigiu a
este proposito a Dâmião de Gões foram publicadaspor Lopes de MeDdonçano
Beu estudo Damião de Gõesc a Inquisirda da Porülgal (ll, p, 33o).