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Lê com atenção o texto que se segue e responde com frases completas e bem estruturadas às
perguntas:
1.1. No enunciado “Entrei pela porta de um livro e fechei-me lá dentro” (l. 1), segundo o
Dicionário Terminológico, a palavra sublinhada é
1.2. No enunciado “O que fazes tu aqui se não pertences a esta história?” (l. 10) deparamo-
nos com
a. complemento oblíquo.
b. complemento direto.
c. complemento indireto.
1.4. Na frase “Perplexo e exausto, decidi mudar de capítulo, esperando encontrar uma etapa
mais apaziguadora da narrativa. “ (ll. 14-15), deparamo-nos com
a. uma antítese.
b. um eufemismo.
c. a adjetivação.
d. um paralelismo.
1.5. Na frase “Confesso que começava a sentir saudades da minha mãe, dos seus gritos
ecoando pela casa enquanto me procurava, das punições injustas por abusos que eu não
cometera.” (ll. 16-18), deparamo-nos com uma
a. metáfora.
b. hipérbole.
c. metonímia.
d. enumeração.
1. A personagem principal é o narrador, um rapazinho muito magro (caracterização direta). Era
um menino atrevido, aventureiro, educado, dinâmico (caracterização indireta).
2. Os seus objetivos eram esconder-se da mãe para não ser castigado e chamar a atenção da
família.
4. O narrador é autodiegético: “Entrei pela porta de um livro…”; Era a primeira vez na minha
vida…”.
B. Este excerto pertence ao género do conto uma vez que notamos um reduzido número de
personagens (o narrador, o espadachim e os cavaleiros), o espaço limita-se ao livro onde o
narrador entrou e o tempo é igualmente limitado, desenrolando-se a aventura num único dia.
Existe ainda um narrador autodiegético e unidade da ação, já que a diegese se concentra na fuga
do rapaz (63 palavras).
II
Lê com atenção o poema que se segue e responde com frases completas e bem estruturadas às perguntas
que se seguem:
2. Camões aborda diferentes temas nos poemas que escreveu. Identifica o sentimento que é caracterizado neste texto.
3. Que figura de retórica está em evidência na primeira estrofe e qual a sua expressividade? Retira, pelo menos, dois
exemplos que provem a tua afirmação.
Num texto bem estruturado, entre 50 e 80 palavras, disserta sobre a conceção de amor para Luís de Camões.
II
Camões atingiu uma mestria do verso que deixa para trás os seus antecessores em redondilha ou em
decassílabo. A arte com que narra uma curta história (como em “Sete anos de pastor Jacob servia”), ou estiliza o
discurso interior (como na canção “Vinde cá” ou nas redondilhas “Sobre os rios”), ou desenvolve musicalmente,
como que sem discurso, um tema tradicional (“voltas ao mote Saudade minha”), ou discorre de modo reflexivo
(“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”), fazem de Camões, pela diversidade do registo, pelo poder de
síntese, pela fluência, pela adequação exata a um sentir que se está pensando ou a um pensar que se está
sentindo — o maior poeta português antes de Fernando Pessoa. […]
Óscar Lopes e António José saraiva, História da Literatura Portuguesa, Porto,
O primeiro registo deste diário data de 3 de novembro de 2000 e prolonga-se até dia 16 do mesmo
mês, uma fase de menos de 15 dias, em que a vida da autora se transforma profundamente. É que os pais
de Natália foram assassinados na Argélia, no Natal de 1973, e ela foi criada pelos avós maternos em Lisboa.
Após a morte destes, começa a questionar as suas origens, tentando responder a perguntas sempre
silenciadas. É esta fase que sabemos da sua relação com Paulo e com o primo deste, Jorge. E é também
aqui que começamos a percecionar um travo de intriga, de pseudo-verdades que se entrecruzam por todo o
retorcido enredo, atingindo um dos picos no seu relacionamento com Fátima, a esposa de Paulo, portanto o
ex-marido de Natália. Este “triângulo-quadrado” amoroso é apenas um dos retoques de contorcionismo
narrativo, num relato que se vai adensando psicologicamente, até que se perde num labirinto de emoções
assombradas e nocivas. Este bloco é retratado num conjunto de entradas do diário entre o fim de 2003 e o
início de 2004, culminando depois com dois registos finais em novembro de 2008. O pendor confessional,
típico de escrita de um diário é, no entanto, bastante credível, como se acompanhássemos de facto o modo
como os acontecimentos vão moldando a protagonista e o seu
crescimento. SUSANA NOGUEIRA
NATÁLIA
Helder Macedo
III
Num texto bem estruturado, com um mínimo de cento e trinta e um máximo de cento e sessenta palavras,
desenvolve um dos temas abaixo propostos:
A- A música ocupa um papel determinante nas nossas vidas. Através dela podemos alegrar a alma e apaziguar as
perturbações da mente e do corpo. Assim, refere-te à importância da música na tua vida.
B- A escola desempenha um papel fulcral na formação de cidadãos, visto que o que se pretende não é unicamente a
transmissão de saberes, mas também de valores cívicos e humanos. Assim, reflete sobre o papel cívico da escola
na formação dos cidadãos do futuro.
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Atenção: *Antes de redigires o texto, esquematiza, numa folha de rascunho, as ideias que pretendes desenvolver na
introdução, no desenvolvimento e na conclusão (planificação);
*Segue-se a etapa de revisão, que te permitirá detetar eventuais erros e reformular o texto. Para tal,
consulta o conjunto de tópicos que a seguir te apresento:
B……………………….. 30 (C=18+O=12)
BOM TRABALHO!
A DOCENTE: Lucinda Cunha
Correção:
1. Este poema trata-se de um soneto, pois é composto por duas quadras e dois tercetos. Os versos são decassilábicos e
o esquema rimático é abba/abba/cde/cde, ou seja, a rima é emparelhada e interpolada nas quadras e cruzada nos
tercetos.
1.1. Que em/ vi/vo ar/dor/ tre/men/do es/tou/ de/ fri/o Que em/ vi/vo ar/dor/ tre/men/do es/tou/ de/ fri/o
3. Na primeira estrofe está em evidência o paradoxo, que, combinando ideias contraditórias, permite caracterizar de
forma clara e exata o estado de espírito do sujeito poético. “em vivo ardor tremendo estou de frio;”; “juntamente choro
e rio” e “o mundo todo abarco e nada aperto”.
4. Este soneto pode dividir-se em duas partes. Na primeira parte, que inclui as três primeiras estrofes, o sujeito poético
descreve o seu estado de espírito, a situação de conflito que experiencia. Na segunda parte, que corresponde ao
último terceto, o sujeito poético coloca a hipótese de estar apaixonado, ou seja, apresenta o possível motivo da sua
enorme incerteza.
B. Resposta aberta
II
1.1. V,F,F,V,F,F,F,V,F
Correção:
1. Este poema trata-se de um soneto, pois é composto por duas quadras e dois tercetos. Os
versos são decassilábicos e o esquema rimático é abba/abba/cde/cde, ou seja, a rima é
emparelhada e interpolada nas quadras e cruzada nos tercetos.
1.1. Que em/ vi/vo ar/dor/ tre/men/do es/tou/ de/ fri/o Que em/ vi/vo ar/dor/ tre/men/do es/tou/
de/ fri/o
3. Na primeira estrofe está em evidência o paradoxo, que, combinando ideias contraditórias,
permite caracterizar de forma clara e exata o estado de espírito do sujeito poético. “em vivo ardor
tremendo estou de frio;”; “juntamente choro e rio” e “o mundo todo abarco e nada aperto”.
4. Este soneto pode dividir-se em duas partes. Na primeira parte, que inclui as três primeiras
estrofes, o sujeito poético descreve o seu estado de espírito, a situação de conflito que
experiencia. Na segunda parte, que corresponde ao último terceto, o sujeito poético coloca a
hipótese de estar apaixonado, ou seja, apresenta o possível motivo da sua enorme incerteza.
B. Resposta aberta
II
1.1. V,F,F,V,F,F,F,V,F
Como quando do mar tempestuoso
O texto é um soneto constituído por duas quadras e dois tercetos, em metro decassilábico, com o esquema rimático:
ABBA / ABBA / CDE / CDE, verificando-se a existência de rima interpolada em A, emparelhada em B, interpolada em
C, D, e E.
O soneto abrange o tema do Amor, especificamente os efeitos negativos que a visão da mulher amada provoca.
O sujeito poético, ao longo das duas quadras, fala de uma metafórica aventura pelo mar que se tornou violento e que
provocou um naufrágio, do qual o marinheiro conseguiu salvar-se: “… o marinheiro, lasso e trabalhado,/ de um
naufrágio cruel já salvo a nado, …”.
Embora este lhe tenha provocado medo, depois de se encontrar fora do mar, por interesse, regressa: “só ouvir falar
nele o faz medroso,…” ; “ jura (…) / não entrar nele mais, mas vai, forçado / pelo muito interesse cobiçoso, …”. Esta
metáfora – que acaba por se tornar numa imagem – remete para o homem que, perdido de amores, jura não voltar a
amar, porém acaba por voltar a apaixonar-se.
No início da primeira quadra e do primeiro terceto, o sujeito poético utiliza termos de comparação: “Como” (verso 1) e
“Assi” (verso 9), estabelecendo uma relação de semelhança entre o mar tempestuoso e a sua amada, o que permite a
descodificação de toda a metáfora do “mar tempestuoso” como relação amorosa.
Consciente de que ver a amada é uma “tormenta” (v.9), o poeta tenta salvar-se: “de vossa vista fujo, por salvar-me”
(v.10), no entanto, tal como o marinheiro que regressa ao mar, também o sujeito lírico acaba por voltar ao convívio
com a amada o que o leva ao sofrimento: “minh’alma, que de vós nunca se ausenta,/ dá-me por preço ver-vos, faz
tornar-me/ donde fugi tão perto de perder-me”.
Alma minha gentil, que te partiste
O soneto é constituído por duas quadras e dois tercetos, em metro decassílabo com um esquema rimático
ABBA//ABBA//CDC//CDC verificando-se a existência de rima interpolada em A, emparelhada em B e interpolada em
CD.
O poeta dirige o seu discurso à mulher amada, que, para sua tristeza, morreu jovem: “Alma minha gentil, que te
partiste/ Tão cedo desta vida, descontente,”. Ao longo do soneto, o poeta vai-lhe fazendo alguns pedidos, utilizando
frases imperativas, tais como: “repousa lá no céu…”,”não te esqueças daquele amor ardente…” e “roga a Deus…”.
Afirma também que está em sofrimento e aponta as razões desta tristeza, que se ligam, essencialmente, à ausência da
amada, marcada pela distância entre o céu - local de morada dela: ”repousa lá no Céu” - e a terra, espaço de vida do
poeta: “viva eu cá na terra”. Estas referências espaciais surgem associadas aos termos com valor deíctico “cá” e “lá”,
que reforçam a relação de afastamento entre os dois amantes. Assim, a solução para o sofrimento do sujeito poético
seria a aproximação entre os dois e, por isso, ele pede-lhe que rogue a Deus para o levar rapidamente para junto dela:
“Roga a Deus, que teus anos encurtou,/ Que tão cedo de cá me leve a ver-te,/ Quão cedo de meus olhos te levou.”
De notar a utilização constante de eufemismos para a referência quer da morte da amada, quer da do poeta: “partiste
tão cedo desta vida”, “Deus, que teus anos encurtou” e “que de cá me leve a ver-te”, o que é uma estratégia de
poetização de um afastamento irreversível.
1. Medidavelha.
1.1. O mote é o conjunto de versos que apresenta o tema que o poeta vai glosar (desenvolver)
nas várias estrofes (voltas). Enquanto o mote resume a ideia do poema, as voltas desenvolvem
essa ideia. No poema apresentado, o mote contém uma pergunta retórica, que tem implícita a
ideia de que o sujeito poético não pode fugir do sofrimento; as voltas apresentam razões que
justificam essa ideia.
2. A pergunta que encontramos no mote do poema pretende provar que não é possível fugir do
sofrimento. O sujeito lírico («me») diz que ele próprio é a razão do seu sofrimento («se me eu levo
comigo?»).
3. O sujeito lírico diz que não pode ‘ser contente’ porque nasceu, sugerindo assim que o
sofrimento está inscrito na sua natureza («pois que pude ser nascido»). Ele acrescenta ainda que
é o seu próprio perigo («que eu mesmo sou meu perigo»).
4. Nos quatro versos («E se de mi me livrasse / nenhum gosto me seria; / que, não sendo eu, não
teria / mal que esse bem me tirasse»), o sujeito poético afirma que não vale a pena livrar-se de si
mesmo (suicidar-se), porque, embora isso pudesse ser um bem (ele livrar-se-ia do seu tormento,
isto é, de si mesmo), como ele já existia («não sendo eu»), não poderia gozar esse bem. Conclui-
se, portanto, e de acordo com a ideia que percorre o poema, que, para o sujeito lírico, o
‘contentamento’ não é possível.
B)
A resposta deve incluir uma pequena definição de “petrarquismo” (ou do “feminino petrarquista”) e
um comentário ao poema. Este comentário deverá referir os traços que são atribuídos à figura
feminina (traços físicos e morais/espirituais, referidos através de imagens hiperbólicas).
Teoria da Imitação
- O que é a obra de arte ?
São imitações da natureza ou das acções.
Critério de apreciação da obra de arte: o valor da obra depende do quão imitada ela está.
Limitações: há muitas obras que de arte que não imitam nada, como as obras da pintura abstracta, da arquitectura, das obras
musicais, etc.
Teoria do expressionismo
- O que é a obra de arte ?
Quando expressa e comunica intencionalmente um sentimento vivido pelo artista.
Critério de apreciação da obra de arte: o valor da obra depende da capacidade de comunicsr e de suscitar a mesma impressão na
audiência.
Limitações:
Usam um raciocínio incorrecto porque define a forma significante a partir da emoção estética e a emoção estética a partir
da forma significante, cometendo um erro no raciocínio;
Faz depender a definição de arte da intuição e da sensibilidade do crítico de arte;
Não explica porque razão as obras de arte não provocam emoções estéticas em todas as pessoas.
O Texto argumentativo – Exemplo:
O Papel da Televisão na Vida dos Jovens
A televisão tem uma grande influência na formação pessoal e social dascrianças e dos jovens. Funciona como um
estímulo que condiciona oscomportamentos, positiva ou negativamente.A televisão difunde programas educativos
edificantes, tais como o ZigZag, os documentários sobre Historia, Ciências, informação sobre aactualidade,
divulgação de novos produtos…Todavia, a televisão exerce também uma influência negativa, ao exibirmodelos, cujas
características são inatingíveis pelas crianças e jovens emgeral. As suas qualidades físicas são amplificadas, os
defeitos esbatidos,criando-se a imagem do herói / heroína perfeitos. Esta construção produzsentimentos de
insatisfação do eu consigo mesmo e de menosprezo pelo outro.A violência é outro aspecto negativo da televisão, em
geral. As crianças/jovenstendem a imitar os comportamentos violentos dos heróis, o que pode colocarem risco a vida
dos mesmos. O mesmo acontece com o visionamento de cenasde sexo. As crianças formam uma imagem destorcida
da sua sexualidade,potenciando a pratica precoce de sexo e suscitando distúrbios afectivos.Em jeito de conclusão, é
legítimo que se imponha às estações detelevisão uma restrição de exibição de material violento ou desajustado à
faixaetária nas suas grelhas de programação, dado que a exposição a este tipo deconteúdos é extremamente
prejudicial no desenvolvimento das crianças e dos jovens, pois, tal como diz o povo, “violência só gera violência”.
A ação d' Os Maias passa-se em Lisboa, na segunda metade dos séc. XIX. Conta-nos a história de três gerações da família
Maia.
A ação inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O
seu único filho – Pedro da Maia – de caráter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e protecionista, casa-
se, contra a vontade do pai, com a negreira Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina. Mas a
esposa acabaria por o abandonar para fugir com um Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais se soube o
paradeiro. O filho – Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o suicídio de Pedro da Maia.
Carlos passa a infância com o avô, formando-se depois, em Medicina, em Coimbra. Depois de uma viagem pela Europa,
Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos, como o João da Ega,
Alencar, Dâmaso Salcede, Palma de Cavalão, Euzébiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o
rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar. Um dia fica deslumbrado ao
conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro Gomes. Carlos seguiu-a algum tempos sem êxito, mas
acaba por conseguir uma aproximação quando é chamado por Maria Eduarda para visitar, como médico, a governanta.
Começam então os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a
comprar uma casa onde instala a amante.
Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e
que, portanto, podia ficar com ela.
Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura para lhe entregar
um cofre desta que, segundo ela lhe disse, continha documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa
herança. Essa mulher era Maria Mãoforte – a mãe de Maria Eduarda era, portanto, também a mãe de Carlos. Os amantes
eram irmãos...
Contudo, Carlos não aceita este facto e mantém a relação – incestuosa – com a irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao
receber a notícia morre desgosto.
Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e Carlos, para se distrair, vai correr o mundo.
O romance termina com o regresso de Carlos a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega, que
lhe diz: - "falhamos a vida, menino!".
Personagens principais:
Afonso da Maia, Pedro da Maia, Carlos da Maia, Maria Eduarda, Maria Monforte (a família Maia)