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Gabarito
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Projeto horta
Bateu a fome bem no meio da madrugada e fiquei por alguns minutos naquela disputa mental entre
a fome e a preguiça. Até que a fome me venceu e eu me levantei, totalmente sonada e faminta. Ainda
calçando os chinelos me convenci de que não ligaria o fogão de forma alguma, resolveria o problema
no máximo com uma salada ou algumas bolachas com requeijão.
Abri a geladeira e avistei uma cenoura e um tomate na gaveta transparente. Pronto! Salada de
cenoura ralada com tomate picado, saudável e fácil. Mas, ao abrir a tal gaveta, também avistei uma
cebola bem no fundo, esquecida. Tão esquecida que um broto pequeno surgia de uma superfície,
ainda tímido. Fiquei fascinada com aquele broto, esqueci a cenoura, o tomate e, bem, até a fome.
FRENDER, C. Glamour, n. 35, fev. 2015.
Questão 01 - Um dos elementos que caracteriza esse texto como um diário é o(a)
a. ( ) uso dos verbos em primeira pessoa.
b. ( ) predominância da temática culinária.
c. ( ) apresentação de um fato científico.
d. ( ) emprego frequente de adjetivos.
Questão 03 - Segundo o texto de Drummond, a condição para haver novidade em uma flor, sem
agredi-la, é apenas admirá-la. O trecho do conto que satisfaz esta condição é
a. ( ) “Furtei uma flor daquele jardim”.
b. ( ) “Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia”.
c. ( ) “Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem”.
d. ( ) “Não adiantava restituí-la ao jardim".
Questão 04 - Ao longo do texto, o personagem vai gradativamente buscando manter a flor viva, mas
não é feliz no seu intento, pois a
a. ( ) colocou num copo com água.
b. ( ) depositou no jardim onde desabrochara.
c. ( ) colocou no vaso com terra.
d. ( ) furtou do jardim.
Leia o trecho do livro “O diário de Anne Frank”, para responder corretamente às proposições a seguir.
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas. Pudera! Era dia do meu aniversário. É claro
que eu não tinha permissão para levantar àquela hora, e por isso tive de refrear a minha curiosidade
até as quinze para as sete. Aí então não aguentei mais e corri até a sala de jantar, onde recebi as mais
efusivas saudações de Moortie (a gata). Logo depois das sete fui dar bom-dia à mamãe e ao papai, e,
depois, corri à sala de estar para desembrulhar meus presentes. O primeiro que me saudou foi você,
possivelmente o melhor de todos. Sobre a mesa havia também um ramo de rosas, uma planta e
algumas peônias; durante o dia chegaram outros. Ganhei uma porção de coisas de mamãe e papai e fui
devidamente presenteada por vários amigos. Entre outras coisas, deram-me um jogo de salão
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chamado Câmara Escura, muitos doces, chocolates, um quebra-cabeça, um broche, os Contos e lendas
dos Países Baixos, de Joseph Cohen, Daisy e suas férias nas montanhas (um livro espetacular) e algum
dinheiro. Agora posso comprar: Os mitos da Grécia e Roma — que legal!
FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Disponível em:
https://youtruth.weebly.com/uploads/1/3/1/8/1318459/o_diario_de_anne_frank_-
portuguese.pdf, acesso em 23 agosto de 2019.
II. O elemento “eu”, destacado no texto, pode ser classificado como um elemento de coesão textual
dêitico
PORQUE
O conhecimento sobre a representação específica de quem é o emissor do termo “eu” depende de
conhecimento extralinguístico.
III. O elemento “onde”, destacado no texto, pode ser considerado um elemento de coesão referencial
catafórico
PORQUE
Faz referência a um termo que se encontra no próprio corpo do texto, anterior ao pronome.
a. ( ) I, II e III.I e II apenas.
b. ( ) I apenas.
c. ( ) II apenas.
d. ( ) I e III apenas.
“Pois em suas mais íntimas profundezas, a juventude é mais solitária que a velhice’. Li esta frase
em algum livro, acho-a verdadeira e lembro-me sempre dela. Será verdade que os mais velhos passam
por maiores dificuldades que nós? Não, sei que não é assim. Gente adulta já tem opinião formada
sobre as coisas e não hesita antes de agir. É muito mais duro para nós, jovens, manter a firmeza e as
opiniões em tempos como estes em que os ideais são destruídos e despedaçados, as pessoas põem à
mostra seu lado pior e ninguém sabe mais se deve crer na verdade [...].
Quem afirma que os mais velhos passam por dificuldades maiores certamente não compreende
a que ponto nossos problemas pesam sobre nós; problemas para os quais somos jovens demais, mas
que aparecem continuamente até que acreditamos, depois de muito tempo, haver encontrado uma
solução; só que a solução parece não resistir aos fatos que, de novo, a reduzem a nada. Esta é a maior
dificuldade desses tempos: surgem dentro de nós ideais, sonhos e esperanças, só para encontrarem a
horrível verdade e serem destruídos.
Realmente, é de admirar que eu não tenha desistido de todos os meus ideais, tão absurdos e
impossíveis eles hão de se realizar. Conservo-os, no entanto, porque apesar de tudo ainda acredito que
as pessoas, no fundo, são realmente boas. Simplesmente não posso construir minhas esperanças sobre
alicerces formados de confusão, miséria e morte. Vejo o mundo transformar-se gradualmente em uma
selva. Sinto que estamos cada vez mais próximos da destruição. Sofro com o sofrimento de milhões e,
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no entanto, se levanto os olhos aos céus, sei que tudo acabará bem, toda essa crueldade desaparecerá,
voltarão a paz e a tranquilidade.
Enquanto isso, é necessário que mantenha firme meus ideais, pois talvez chegue o dia em que
os possa realizar.
Sua Anne”.
Questão 06 - “Anne Frank descreve as coisas com seu espírito crítico; não somente as alheias, mas
também as próprias.”, as palavras destacadas significam respectivamente:
a. ( ) de si mesma e das coisas que ela possuía.
b. ( ) das coisas que ela possuía e das outras pessoas.
c. ( ) de outras pessoas e de si mesma.
d. ( ) de si mesma e da sua imaginação.
Questão 08 - Em 16 de março de 1944, Ana anota: “O melhor de tudo é o que penso e sinto, pelo
menos posso descrever; senão, me asfixiaria completamente”. Podemos deduzir que:
a. ( ) através da escrita podemos expressar nossas emoções e sentimentos.
b. ( ) a escrita não serve para expressar emoções e sentimentos.
c. ( ) somente através da leitura podemos expressar nossas emoções e sentimentos.
d. ( ) existem várias maneiras de expressar nossas emoções e sentimentos.
Querida Kitty,
Até hoje, honestamente, não tive tempo de escrever pra você. Na quinta-feira fiquei o dia inteiro com
as minhas amigas, na sexta tivemos companhia, e a coisa veio assim até hoje.”
a. ( ) Esse trecho indica que Anne escrevia cartas para uma amiga chamada Kitty, além do
diário, que mantinha atualizado todos os dias.
b. ( ) Anne costumava chamar seu diário de Kitty, por considerá-lo uma grande amiga para
desabafar nos momentos de angústia.
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c. ( ) Anne escrevia cartas constantemente aos amigos que não tinha contato depois de
se esconder, porém não conseguia entregá-las.
d. ( ) Esse trecho é de uma carta que Anne começou a escrever a uma amiga chamada Kitty,
mas não teve como entrega, pois morreu logo depois disso.
e. ( ) Kitty era o nome da gata de Anne que não foi levada ao esconderijo. Para tentar conter
a saudade de seu animalzinho, Anne escrevia coisas a ela, como se estivesse conversando com a
gata.
Texto VI – Apelo
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti
falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o
batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de
jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o
canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite
eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade,
Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na
camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora,
conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
Dalton Trevisan.
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GABARITO
1–A
2–A
3–C
4–D
5–B
6 A-
7–D
8–A
9–B
10 – A