Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PORTUGUESA
9 º ANO
3 º Corte Temporal
MATERIAL DIDÁTICO
DE APOIO– ESTUDANTE
2023
SUMÁRIO
AULA 11:
Revisão ..........................................................................................................
..... 5
AULA 12:
Reportagens ..................................................................................................
.... 22
AULA 13:
Charge ...........................................................................................................
.... 28
Conto ................................................................................................... 43
LÍNGUA TURMA: 9º ANO
PORTUGUESA
AULA 11 - REVISÃO
ATIVIDADES
Assinale a alternativa correta com relação à letra da canção "Amor para recomeçar", do
grupo Barão Vermelho.:
(A)No verso II, o verbo "estar" está conjugado no modo subjuntivo e expressa uma certeza.
5
(B)No verso I, o verbo "ter" está conjugado no modo subjuntivo e expressa uma dúvida.
(C) Somente no verso IV o verbo está conjugado no modo subjuntivo.
(D) Tanto no verso I quanto no verso II, os verbos indicam uma certeza.
3. Leia o cartaz e responda:
A frase, vacine-se contra o HPV, cuja forma verbal, no modo imperativo, foi empregada neste
anúncio publicitário tem a intenção de
(WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo: E foi assim que tudo começou. São Paulo: Conrad, 2007. p. 95.) Acesso em 22 de jun. de
2022.
I. As ações descritas pelo menino fazem parte de seu plano com relação à possível vinda de
um irmão ou irmã.
II. A resposta de Calvin à pergunta de Haroldo indica que ele já pode abandonar o plano
que vinha executando. III. O menino adora sábados por se tratar de dia estratégico para
dar mais visibilidade aos seus esforços.
7
(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
(B) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(C) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(A) Trata-se de uma tirinha, por seu estilo humorístico e multimodal que trata de assuntos atuais.
(B) Trata-se de uma tirinha, por seu estilo crítico e sarcástico de uma situação crônica da
sociedade atual, em um único quadro ilustrado.
(C) Trata-se de uma charge, por seu estilo crítico e sarcástico de uma situação crônica da
sociedade atual, em um único quadro ilustrado.
(D) Trata-se de uma história em quadrinhos jornalística, por seu estilo humorístico e multimodal
que trata de assuntos atuais.
Leia o fragmento do conto “O gato preto”, de Edgard Allan Poe, para responder às
atividades 6 a 9.
8
Não espero nem solicito o crédito do leitor para a tão extraordinária e, no entanto, tão familiar
história que vou contar. Mas porque posso morrer amanhã, quero aliviar hoje o meu espírito. O
meu fim imediato é mostrar ao mundo, simples, sucintamente e sem comentários, uma série de
meros acontecimentos domésticos. O sentimento que em mim despertaram foi quase
exclusivamente o de terror; a muitos outros parecerão menos terríveis do que extravagantes.
Já na minha infância era notado pela docilidade e humanidade do meu caráter. Tão nobre era
a ternura do meu coração, que eu acabava por tornar-me num joguete dos meus companheiros.
Tinha uma especial afeição pelos animais e os meus pais permitiam-me possuir uma grande
variedade deles. Com eles passava a maior parte do meu tempo e nunca me sentia tão feliz como
quando lhes dava de comer e os acariciava. Esta faceta do meu caráter acentuou-se com os
anos, e, quando homem, aí achava uma das minhas principais fontes de prazer. No amor
desinteressado de um animal, no sacrifício de si mesmo, alguma coisa há que vai direto ao
coração de quem tão frequentemente pode comprovar a amizade mesquinha e a frágil fidelidade
do homem.
Casei jovem e tive a felicidade de achar na minha mulher uma disposição de espírito que não
era contrária à minha. Vendo o meu gosto por animais domésticos, nunca perdia a oportunidade
de me proporcionar alguns exemplares das espécies mais agradáveis. Tínhamos pássaros,
peixes dourados, um lindo cão, coelhos, um macaquinho, e um gato.
Este último era um animal notavelmente forte e belo, completamente preto e
excepcionalmente esperto. Quando falávamos da sua inteligência, a minha mulher, que não era
de todo impermeável à superstição, fazia frequentes alusões à crença popular que considera
todos os gatos pretos como feiticeiras disfarçadas. Não quero dizer que falasse deste assunto
sempre a sério, e se me refiro agora a isto não é por qualquer motivo especial, mas apenas
porque me veio à ideia.
Plutão, assim se chamava o gato, era o meu amigo predileto e companheiro de brincadeiras.
Só eu lhe dava de comer e seguia-me por toda a parte, dentro de casa. Era até com dificuldade
que conseguia impedir que me seguisse na rua.
(A) O texto é narrado em terceira pessoa, tendo o olhar distante e analítico do narrador sobre os
fatos descritos.
(B) O texto é narrado em terceira pessoa, e o narrador expõe seu ponto de vista, suas crenças e
seus sentimentos. (C) O narrador do texto é caracterizado como narrador-personagem, e os
fatos são narrados de acordo com seus pensamentos e percepções.
(D) O texto é narrado em primeira pessoa, e o narrador descreve os acontecimentos de forma
impessoal, sem demonstrar seu ponto de vista.
7. Observe o trecho do texto “Já na minha infância era notado pela docilidade e humanidade do
meu caráter. Tão nobre era a ternura do meu coração, que eu acabava por tornar-me num
joguete dos meus companheiros.”, qual é o foco narrativo desse trecho? Ou seja, ele está
narrado em qual pessoa verbal?
_____________________________________________________________________________
_________________
9
8. No trecho “Plutão, assim se chamava o gato, era o meu amigo predileto e companheiro de
brincadeiras.” podemos afirmar que em se tratando de classe gramatical, a primeira palavra
sublinhada é um substantivo, a segunda é um artigo definido, enquanto a terceira trata-se de
____________________________________________________ .
(A) tinha uma especial afeição pelos animais, pena que os seus pais não lhe permitiam que
os possuísse.
(B) passava a maior parte do seu tempo com os animais e se sentia muito feliz quando lhes
dava de comer e os acariciava.
(C) Amava animais em sua infância, mas quando tornou-se adulto, a convivência com eles
não lhe dava mais nenhum prazer.
(D) Casou-se jovem e teve a infelicidade de achar na esposa uma disposição de espírito
contrária a dele.
10
Venha ver o pôr do sol
Lygia Fagundes
Telles [...] Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas iam
rareando, modestas casas espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da
rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de
roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde. Ele a esperava encostado
a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e
desalinhados, tinha um jeito jovial de estudante.
– Minha querida Raquel.
Ela encarou-o séria. E olhou para os próprios sapatos.
– Veja que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que ideia, Ricardo,
que ideia! [...]
(A)observar os acontecimentos que narra sob uma ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às
personagens.
(B)propor-se a contar a história e a participar dela, incluindo-se também como uma personagem.
(C) relatar a história, participando dela e preocupando-se com o encontro das personagens.
(D) revelar-se um sujeito que sabe tudo sobre as personagens e sobre o que acontecerá no
encontro delas.
Quando de manhã cedo, saio da minha casa, triste e saudoso da minha mocidade que se foi
fecunda, na rua eu vejo o espetáculo mais engraçado desta vida.
Amo os animais e todos eles me enchem do prazer natureza.
Sozinho, mais ou menos esbodegado, eu, pela manhã desço a rua e vejo.
O espetáculo mais curioso é o da carroça dos cachorros. Ela me lembra a antiga caleça dos
ministros de Estado, tempo do império, quando eram seguidas por duas praças de cavalaria de
polícia.
Era no tempo da minha meninice e eu me lembro disso com as maiores saudades.
— Lá vem a carrocinha! — dizem.
E todos os homens, mulheres e crianças se agitam e tratam de avisar os outros.
Diz Dona Marocas a Dona Eugênia:
— Vizinha! Lá vem a carrocinha! Prenda o Jupi!
E toda a “avenida” se agita e os cachorrinhos vão presos e escondidos.
Esse espetáculo tão curioso e especial mostra bem de que forma profunda nós homens nos
ligamos aos animais.
Nada de útil, na verdade, o cão nos dá; entretanto, nós o amamos e nós o queremos.
11
Quem os ama mais, não somos nós os homens; mas são as mulheres e as mulheres pobres,
depositárias por excelência daquilo que faz a felicidade e infelicidade da humanidade — o Amor.
São elas que defendem os cachorros das praças de polícia e dos guardas municipais; são
elas que amam os cães sem dono, os tristes e desgraçados cães que andam por aí à toa.
Todas as manhãs, quando vejo semelhante espetáculo, eu bendigo a humanidade em nome
daquelas pobres mulheres que se apiedam pelos cães.
A lei, com a sua cavalaria e guardas municipais, está no seu direito em persegui-los; elas,
porém, estão no seu dever em acoitá-los.
Lima Barreto (Marginalia)
Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2020/10/cronica-carroca-dos-cachorros-lima.html Acesso em 20 de jun. de 2022.
11. A crônica em que há referência a fatos da vida cotidiana de alguns anos atrás — que era o
recolhimento de cães por carros das prefeituras parecidos com camburões de animais —
apresenta característica marcante do gênero crônica ao
(A) expressar o tema com dificuldades de compreensão ao leitor, pois não segue uma sequência
do tempo.
(B) manter-se fiel aos acontecimentos do cotidiano, retratando-os por meio de uma linguagem
ora rebuscada, ora simples e de fácil compreensão ao leitor.
(C) contar história centrada na solução de um enigma, construindo os personagens
psicologicamente e revelando-os pouco a pouco.
(D) mostrar, de maneira humorística, a vida na cidade, das relações humanas de seus
moradores e de como odiavam os animais.
12. A partir das informações do quadro, qual é o tipo de narrador do texto acima? Justifique e
comprove sua resposta com dois trechos do texto.
_________________________________________________________________________________
______________
_________________________________________________________________________________
______________
_________________________________________________________________________________
______________
_________________________________________________________________________________
______________
_________________________________________________________________________________
______________
12
13. Em “Quando de manhã cedo, saio da minha casa, triste e saudoso da minha mocidade que se
foi fecunda, na rua eu vejo o espetáculo mais engraçado desta vida.”, a palavra destacada serve
para
(A)um sonho custa tão pouco que é possível conquistá-lo jogando apenas uma moeda em um
poço de desejos.
(B)caso o personagem tivesse jogado várias moedas, seu sonho teria sido realizado.
(C) para que um sonho se realize, são necessárias dez moedas, no mínimo.
(D) os sonhos para serem realizados custam mais que apenas uma moedinha.
[...] Agrilhoados aos pares, pelas pernas, com uma corrente de cerca de 2 metros, os
condenados emergiam dos subterrâneos do Limoeiro e, ofuscados pela claridade, arrastavam-se
pelas ladeiras do bairro da Alfama em direção à Ribeira das Naus, o porto localizado a cerca de
meia légua (3 quilômetros) dali. Cobertos somente por uma túnica azul de algodão grosseiro, com
cabelo e barba raspados, macilentos e esqueléticos, os prisioneiros marchavam atados também
por um cinto de ferro preso em torno da cintura e que os mantinha separados por no máximo 1
metro entre si. Aos cativos de origem nobre era reservada a prerrogativa de serem acorrentados
unicamente pelos pés.
14
Texto I Tempos Modernos
No meio do trânsito, o motorista diminuiu a marcha do carro, que ficou reduzido à velocidade
de um pedestre. Estranhei a mudança, ele me apontou um esquisito negócio pendurado no poste
mais próximo e informou: “É o ‘Big Brother’”.
A expressão pegou graças ao famoso romance de George Orwell ("1984"), que virou série em
TVs de todo o mundo, representando a perda de privacidade dos cidadãos que ficam dispostos e
expostos ao olho implacável de uma câmera ligada ao estado-maior ou ao Grande Irmão que
patrulha todas as ações da sociedade. A primeira referência a esse tipo de poder universal não é
de George Orwell nem de seu livro, publicado em 1949.
Antes dele, em 1935, Charles Chaplin, em "Tempos Modernos", já mostrava a potencialidade
da tecnologia na guarda dos valores da classe dominante sobre o resto da manada. O operário
Carlitos, estressado na esteira de montagem de uma fábrica monstruosa, onde aperta parafusos
alucinadamente, pede ao capataz de seu setor a licença para ir ao banheiro. Mal entra ali, numa
imensa tela que ocupa toda a parede, aparece em "close" o dono da fábrica, de cara amarrada,
que o recrimina com aspereza, ordenando-lhe que retorne imediatamente ao trabalho: a produção
não pode parar. O filme de Chaplin continua sendo a crítica mais contundente aos tempos
modernos, mas nada tem de reacionário, pelo contrário: em alguns países, foi proibido por ser
propaganda comunista. Embora nunca tenha confessado, esta cena foi o ponto de partida para
Orwell criar o Big Brother, cuja amplitude é maior, universal.
Na Idade Média, quando a tecnologia da época era bem mais primitiva, os anacoretas e
ascetas (os solitários) colocavam em suas tendas ou celas um cartaz com o aviso: "Deus me vê!".
Dá mais ou menos no mesmo.
18. Após a leitura atenta do Texto I, percebe-se que o narrador traça uma possível relação
comparativa entre o filme de
Chaplin, o livro de Orwell “1984” e os tempos modernos porque
19. De acordo com o texto, em 1935, Charles Chaplin, já mostrava a potencialidade da tecnologia
na guarda dos valores da classe dominante sobre o resto da manada em
(A) Tempos Modernos. (C) Poder universal.
(B) George Orwel. (D) Big Brother.
15
(B) O operário Carlitos, estressado na esteira de montagem de uma fábrica monstruosa, onde
aperta parafusos alucinadamente, pede ao capataz de seu setor a licença para ir ao banheiro,
mas é recriminado pelo dono da fábrica, ordenando-lhe que retorne imediatamente ao
trabalho.
(C) O filme de Chaplin jamais foi visto como uma crítica aos tempos modernos, e nada tem de
reacionário, pelo contrário: em alguns países, é sugerido por ser propaganda comunista.
(D) Embora nunca tenha confessado, esta cena foi o ponto de partida para Orwell criar o Big
Brother, cuja amplitude é maior, universal.
Leia atentamente o poema a seguir, escrito por Vinicius de Moraes e Tom Jobim, para responder
as atividades de 21 a
23.
21. A segunda estrofe do poema, ao comparar a felicidade a uma pluma, os autores do poema
pretendem enfatizar que
"[...] A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do
mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve
um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz,
ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade
quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da
imaginação.”
Muito interessante essa leitura, né? Pois é! Nesse trecho, está escrita a mais pura verdade,
pois a leitura liberta da alienação da ideologia imposta pelo sistema, então, podemos chegar à
conclusão de que ler é realmente perigoso, mas muito mais perigosa é a alienação de quem sequer
sabe ler, e bem pior é quem sabe ler, mas não sabe o poder que as palavras têm não sabendo
interpretá-las. Beeeijos e até mais!!!
Disponível em: https://vermelho.org.br/2013/03/17/guiomar-de-grammont-ler-devia-serproibido/#:~:text=A%20leitura%20amea%C3%A7a%20os
%20indiv%C3%ADduos,tornar%20o%20homem%20perigosamente%20human. Acesso em: 21 jun. 2022.
No título do texto, a expressão “Comece a ler HOJE” tem como objetivo principal
A gente não pede para nascer, apenas nasce. Alguns nascem ricos, outros pobres; uns
nascem brancos, outros negros; uns nascem num país onde faz muito frio, outros, em clima
quente. Enfim, nós não temos muita opção mesmo. O fato é que, quando a gente percebe, já
nasceu. Eu nasci índio. Mas não nasci como nascem todos os índios. Não nasci numa aldeia,
17
rodeada de mato por todo lado; com um rio onde as pessoas pescam peixe quase com a mão de
tão límpida que é a água. Não nasci dentro de uma Uk’á. Eu nasci na cidade.
25. No trecho do texto A raiva de ser índio, romance biográfico de Daniel Munduruku, há uma
reconstrução da memória coletiva a partir da realidade individual do autor. Selecione um trecho
em que há registro de memória individual e um trecho em que há registro de memória coletiva.
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
26.Em “O fato é que, quando a gente percebe, já nasceu.” a conjunção destacada da ideia de
(A) adição.
(B) tempo.
(C) comparação.
(D) oposição.
27.Em “com um rio onde as pessoas pescam peixe quase com a mão de tão límpida que é a
água.” a palavra destacada serve para
(A) intensificar.
(B) quantificar.
(C) igualar.
(D) diminuir.
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
19
______________________________________________________________________________
_________________
[...] A definição do Oxford Dictionary para selfies é bem abrangente na estética — qualquer
foto que você tire de si mesmo é um selfie, mesmo que não seja do próprio rosto —, mas carrega
consigo a ideia de publicação: “Uma fotografia que alguém tira de si mesmo, tipicamente
registrada com um smartphone ou uma webcam e então postada em alguma rede social”. Ou
seja: embutido no conceito do selfie vem o ato de publicá-lo. Se ninguém o vir, não é um selfie.
[...]
NARCISISMO DIGITAL
20
31.O artigo da Revista Galileu trata do fenômeno de tirar e postar os selfies. Quais estratégias o
autor do artigo utiliza para sustentar seus argumentos? Qual é a relação construída entre tirar e
postar os selfies e a aprovação dos outros?
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
Disponível em:
https://www.vittude.com/blog/wp-
content/uploads/impactos-redes-sociais-saude-
34. Em ”explicou à GALILEU a professora José van Dijck, especialista em estudos de mídia da
Universidade de Amsterdã.” a vírgula foi utilizada para
O jingle acima foi criado para a Copa do Mundo de 1970. Tendo em vista o seu contexto, responda:
qual foi o intuito dos produtores ao lançar esse jingle?
_________________________________________________________________________________
______________
_________________________________________________________________________________
______________
_________________________________________________________________________________
______________
______________________________________________________________________________
_________________
A Organização da Nações Unidas (ONU) estabeleceu o ano 2020 como o ANO DOS
OCEANOS. Cobrindo cerca de 75% da superfície do planeta, eles são responsáveis por três
22
serviços ecossistêmicos fundamentais à nossa sobrevivência: vasta biodiversidade, fornecimento
de alimento e produção de oxigênio para o planeta (sim, os oceanos são o pulmão do planeta!).
Apesar dessa importância fundamental, as ações antrópicas têm degradado consideravelmente
esses ecossistemas, os colocando sob uma ameaça sem precedentes na história.
Um estudo japonês publicado em 2018, mostrou fotografias de sacolas plásticas na Fossa
das Marianas, considerado o lugar mais profundo do planeta, a mais de 10 000 metros de
profundidade. Essa informação associada a outros estudos, implica dizer que a poluição plástica
está em quase todos os ambientes terrestres do planeta e em todos os seus oceanos.
Anualmente, mais de dez milhões de toneladas de plástico entram nos ambientes marinhos e,
devido as correntes marítimas, esses resíduos acabam se concentrando em locais específicos, os
tornando verdadeiros lixões a céu aberto em pleno oceano.
Outra triste notícia é que os animais marinhos também sofrem as consequências de tudo isso.
Certamente, todos já vimos fotos de golfinhos, tartarugas, aves, peixes, entre outros animais,
com algum pedaço de plástico em seu corpo. Entretanto, não só os grandes organismos são
prejudicados por esses poluentes. Pesquisadores do Reino Unido, descobriram uma pequena
espécie de microcrustáceo (chamada de Eurythenes plasticus – semelhante a um pequeno
camarão) nas profundezas da Fossa Marinha. Ao analisarem o animal, os cientistas descobriram
em seus órgãos internos, partículas de PET (plástico utilizado na fabricação de garrafas, por
exemplo).
(...)
Assim, o cuidado com esses locais é primordial para que tenhamos uma sadia qualidade de vida
além de preservar a biodiversidade local, garantindo alimento e oxigênio para as presentes e
futuras gerações. Fica a pergunta: há algum lugar nesse mundo que esteja protegido da
poluição?
Qual a tese (opinião, ponto de vista, posicionamento) defendida pelo autor no primeiro parágrafo?
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
23
Malala: Como tenho feito no último ano, visitei vários países como Líbano e Jordânia. Conheci
meninas sírias refugiadas; conversei com garotas na Nigéria. E vou continuar fazendo isso nesse
cargo de Mensageira da Paz; estarei em países diferentes conhecendo meninas maravilhosas e
inspiradoras. Vou fazer questão de dizer que a voz delas é importante; que isso pode mudar o
mundo. Eu comecei falando no Vale do Swat e agora vocês podem ver que a voz de uma criança
é mais poderosa do que as armas dos terroristas. [...]
Qual o motivo do entrevistador ter usado a palavra “onde” (em destaque) e não “aonde”?
Justifique a sua resposta.
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
CENA XII
39. A que gênero textual pertence o texto acima? Que características do texto justificam a sua
resposta?
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
24
______________________________________________________________________________
_________________
40. No fragmento acima, a personagem Júlia faz uso do provérbio: “Em casa de ferreiro, espeto
de pau”. Considerando o contexto, qual o sentido desse dito popular?
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
Já se sabe há algum tempo que hábitos alimentares também podem modificar os trilhões de
microrganismos que vivem no intestino (conhecidos coletivamente como microbiota intestinal) e
contribuir para a obesidade, diabetes e câncer.
Uma parceria do Departamento de Imunologia do Instituto de Microbiologia da UFRJ com a
Universidade da Califórnia, em San Diego (UCSD), nos EUA, propôs estudar se a ingestão do
carboidrato Neu5Gc da carne vermelha poderia provocar alterações na microbiota intestinal.
Descobriu-se que algumas bactérias intestinais têm enzimas capazes de retirar o Neu5Gc das
proteínas da carne para utilizá-lo como nutriente.
O estudo, publicado em setembro de 2019 na revista Nature Microbiology, apresenta a
possibilidade de usar essas enzimas bacterianas, chamadas sialidases, para limpar o Neu5Gc de
nossos tecidos ou remover potencialmente o carboidrato da carne vermelha antes de ser
consumida. Karsten Zengler, pesquisador da Universidade da Califórnia e autor sênior do estudo,
disse esperar que essa abordagem possa ser usada como uma espécie de probiótico (produtos
com bactérias saudáveis) ou probiótico (produto que serve de alimento para as bactérias da
microbiota) para ajudar a reduzir a inflamação e o risco de doenças inflamatórias – sem abrir mão
do bife.
Os cientistas sabem há décadas que o câncer de cólon e a aterosclerose são mais comuns
em pessoas que comem muita carne vermelha, mas não em carnívoros não humanos. O Neu5Gc
foi implicado como o elo entre o consumo de carne vermelha e essas doenças humanas em
estudos anteriores publicados pelo mesmo grupo de pesquisas da UCSD. Eles mostraram que o
Neu5Gc na dieta promove inflamação, tumores e aterosclerose em camundongos deficientes em
Neu5Gc (semelhantes a humanos).
SILVA, F. A. Sem abrir mão do bife. Ciência Hoje, n° 362, jan-fev. 2019.
Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/sem-abrir-mao-do-bife/. Fragmento. Acesso em: 20 jun. 2022
Quais características presentes no texto acima o define como um artigo de divulgação científica?
______________________________________________________________________________
_________________
25
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
Dia treze de maio é conhecido como o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil. Nos versos
apresentados, a poeta estabelece uma crítica dirigida a pessoas que comemoram esse dia ou ao
contexto histórico e social que o rodeia? Justifique sua resposta com trechos do poema.
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
______________________________________________________________________________
_________________
AULA 12
Objeto de conhecimento: Gênero Textual Reportagens; Construção composicional e estilo dos
gêneros em questão; Diferença de fato e opinião; Morfossintaxe: Regência Nominal.
Habilidade: (EF69LP02-C) Perceber a construção composicional e o estilo dos gêneros em
questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos.
(EF89LP04-A) Identificar e diferenciar opinião de fato. (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato
central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em entrevistas, os principais
26
temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses
subtemas; em tirinhas, memes e charges, a crítica, a ironia ou o humor presente. (EF09LP07)
Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no
português brasileiro coloquial oral.
REPORTAGEM
O gênero reportagem tem por função expor informações sobre determinado assunto, assim
como a notícia. Contudo, apesar de serem textos jornalísticos, as reportagens apresentam um
assunto de maneira aprofundada, não só respondendo às perguntas de uma notícia (O quê?
Onde? Quando? Como? Quem?), e trazem opinião de especialistas, gráficos etc. Além disso, a
reportagem é um texto assinado, ou seja, tem caráter subjetivo envolvido. Já a notícia não, uma
vez que pretende ser objetiva e, por isso, não possui uma voz específica que discorre sobre os
fatos. Dessa forma, apesar da semelhança composicional e discursiva com a notícia, a
reportagem apresenta a função social de formar opinião.
Estrutura da reportagem
Embora apresente uma estrutura similar à da notícia, a reportagem é mais ampla e menos
rígida na estrutura textual. Ela pode incluir as opiniões e interpretações do autor, entrevistas e
depoimentos, análises de dados e pesquisa, causas e consequências, dados estatísticos, dentre
outros.
1. Título principal e secundário: as reportagens, tal qual as notícias, podem apresentar dois
títulos, um principal e mais abrangente (chamado de Manchete), e outro secundário (uma
espécie de subtítulo) e mais específico.
2. Olho ou lide: na linguagem jornalística, lide corresponde aos primeiros parágrafos dos
textos jornalísticos, os quais devem conter as informações mais importantes que serão
discorridas pelo autor. Portanto, a lide pode ser considerada uma espécie de resumo, onde
as palavras-chave serão apontadas.
3. Corpo do texto: desenvolvimento do texto, sem perder de vista o que foi apresentado na
Lide. Nessa parte, o repórter reúne todas as informações e as apresenta num texto coeso e
coerente.
Textos escritos em primeira e terceira pessoa; Presença de títulos; Foco em temas sociais, políticos,
econômicos; Linguagem formal, simples, clara e dinâmica; Discurso direto e indireto; Objetividade e
subjetividade; Textos assinados pelo autor.
27
expositiva e informativa, pois tem o propósito de expor informações sobre um determinado
assunto para informar o leitor. Ela também pode ser descritiva e narrativa, uma vez que descreve
ações e incluem tempo, espaço e personagens.
Por fim, a reportagem é também um texto opinativo, uma vez que apresenta juízos de valor sobre
o que está sendo discorrido.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/genero-textual-reportagem/ Acesso em 10, jun. 2022.(Adaptado)
ATIVIDADES
28
Pano, agulha e disposição. É isso que os cerca de 30 voluntários de Curitiba utilizam para
transformar simples tecidos antigos, em roupas para crianças carentes do Brasil e também de
outros lugares.
Eles já fizeram entregas em Porto da Folha (SE), Chapadinha (MA) e em
Moçambique, na África. O projeto já beneficiou mais de 500 crianças.
Tudo começou em 2016, quando a farmacêutica bioquímica Carla Maria Gabardo, de 54 anos,
viu, em um programa de televisão, uma senhora dos Estados Unidos que criava vestidos para
crianças a partir de fronhas de travesseiros, e depois doava.
"Sempre quis fazer algum trabalho voluntário, mas não sabia o que. Em outubro de 2016 fui
para a Índia com a minha filha Lorran, trabalhar como voluntária em uma das casas da Madre
Teresa, em Calcutá. Voltei e resolvi que não dava mais para ficar parada", disse ela.
Carla contou que após ver toda a necessidade do povo, quis apostar em um trabalho que
durasse mais naquela região, já que não poderia ficar viajando constantemente. Em vez de doação
de alimentos, trabalho com recreação, ou outras atividades, resolveu criar roupas para as crianças
carentes.
Ela contou que, como não sabia costurar, pediu ajuda para a irmã Célia. Em 2017, iniciava-se o
projeto "Pontos com Amor", que transformava as camisas antigas do marido dela em peças para os
pequenos.
As camisas masculinas foram essenciais porque, às vezes, rendiam tecidos para dois
vestidinhos, um feito do corpo e outro das mangas. Os voluntários agora também usam lençóis e
toalhas de mesa.
Conforme o tempo passou, a dupla de irmãs ganhou um reforço. Participam do projeto
atualmente mais de 30 pessoas, com encontros mensais. Não importa se é homem, mulher, jovem
ou idoso porque, segundo eles, cada um tem uma habilidade e pode contribuir de alguma forma.
Disponível
em: encurtador.com.br/yABCO / acesso em 10, jun. 2022.
De ponto a ponto
Depois das roupinhas prontas, é hora da entrega. Segundo
Carla, são os próprios voluntários que as realizam. "Cada um
que vai, paga a passagem e os custos. A gente sempre busca
lugares quentes para entregar porque fazemos vestidos de
alça, e selecionamos lugares que já tenham algum projeto
voltado para a educação infantil. É o amor indo de ponto a
ponto do mundo", explicou ela.
De acordo com os voluntários, neste ano eles começaram a
confeccionar também calções para os meninos. O grupo já fez
entregas em Porto da Folha (SE), Chapadinha (MA) e em
Moçambique, na África.
Já a voluntária Maria Rita Gonçalves Novacki, de 62 anos,
começou a participar do projeto por acaso. O irmão dela tinha
180 camisetas de uniformes para descartar, quando soube que
duas mulheres de Curitiba aproveitavam tecidos antigos para um bem maior.
"Fui eu, minha cunhada e meu marido conhecer o projeto, e já ficamos. Pedimos
ainda mais doações de sobras de confecção como fitas, rendas e aviamentos. Não sou costureira
profissional, apenas gosto de artesanato", relatou a voluntária.
O voluntário Tainan Miranda dos Santos, de 28 anos, contou que entrar no projeto e fazer as
entregas foi um marco na vida.
29
E no final de cada trabalho, o que todos os voluntários relatam é que ajudar transforma, tanto
quem vai, quanto quem está passando por necessidades. Os cerca de 30 voluntários conseguem
através do trabalho, alegrar centenas de crianças e embelezar a vida que muitas vezes não é fácil.
"Reconhecer que o trabalho realizado gerou frutos e trouxe a alegria para o próximo, é força
inspiradora e motivadora para darmos os próximos pontos", concluiu o voluntário.
Disponível em:https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2019/05/17/voluntarios-transformam-tecidos-usados-em-roupas-para-criancas-carentes-do-
brasil-e-da-africa.ghtml .
Acesso em 09 jun. 2022
7. O nome do projeto é “Pontos com Amor” a quais pontos esse nome faz referência?
O jovem não gosta de ler ou não foi seduzido para a leitura? (Trecho)
[...]
Milhares de jovens, na 23.ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, disputavam uma
senha para ouvir Cassandra Clare. Não, ela não é nenhuma cantora pop. Ela é autora de Os
instrumentos mortais e, sim, os jovens estavam lá para manter um contato com quem fala a
linguagem deles e desperta fantasias e imaginação. A pergunta é: Cassandra Clare,
Disponível em: https://super.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/07/paula-
pimenta.png/Acesso em: 10, jun. 2022. John Green, Sally Gardner, a brasileira Talita
30
Rebouças, entre outros autores da
literatura juvenil, vão na contramão do que aponta a 3.ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no
Brasil, promovida pelo Instituto Pró-Livro e executada pelo Ibope Inteligência? Essa foi a
provocação apresentada por Zoara Failla, mediadora do painel O jovem não gosta de ler ou não
foi “seduzido” para a leitura da literatura?
Para ela, que foi coordenadora da pesquisa e organizadora do livro Retratos da Leitura no
Brasil III, a resposta é “sim” e “não”. Segundo esse estudo, 80% dos jovens na faixa de 11 a 17
anos (24,3 milhões) leem para cumprir tarefas escolares. A grande maioria, 13 milhões, afirma
que ler é um tédio e que o fazem por obrigação, enquanto 6,5 milhões não leram nenhum livro em
um período de três meses. Mas como explicar o fenômeno na bienal? Apesar desses números,
segundo a pesquisa, 4,8 milhões de adolescentes leem literatura porque gostam. Certamente, é
esse público que foi muito bem representado na bienal e que consumiu 800 mil exemplares da
autora no Brasil.
Outros sinais confirmavam o fenômeno no evento. Estandes de editoras repletas de jovens,
os selfies com seu livro preferido e as postagens na rede.
O painel proposto pelo Instituto Pró-Livro, a convite da Abrelivros, no dia 29/8 para a Bienal,
foi o palco perfeito para esta discussão. O debate, mediado por Zoara, teve a participação do
profº Dr. João Ceccantini, da UNESP; de Claudia Aratangy, diretora de Projetos Especiais da
FDE/SEE-SP; Rita Carmona Leite, do Instituto Ayrton Senna; Maria Salles, diretora do CRE Mario
Covas da SEE-SP; e de Cirlene Fernandes, da SEEDUC/RJ.
A mediadora abriu o painel propondo uma reflexão sobre os diferentes “retratos” do interesse
dos jovens pela literatura, lembrando que a fila de jovens para contatar Cassandra Clare não é
um fenômeno isolado. O sucesso em vendas e “seguidores” tem levado autores do segmento
juvenil a declarar que nunca os jovens brasileiros leram tanto. Zoara provocou: “se esses jovens –
que compõem os quase 5 milhões que gostam de literatura – gostam de ler, por que os outros 19
milhões, segundo a Retratos, leem somente por obrigação? Como conquistar esses jovens para a
literatura?
Essa literatura de entretenimento é capaz de formar leitores para após a ‘onda’? O que está
sendo desenvolvido nas escolas para ‘seduzir’ os jovens para a literatura? Esses autores lhes são
oferecidos nas Salas de Leitura das escolas?”
[...]
Disponível em: https://www.prolivro.org.br/2014/09/10/o-jovem-nao-gosta-de-ler-ou-nao-foi-seduzido-para-a-leitura/ Acesso em: 10, jun. 2022.
9. A leitura atenta do texto permite afirmar que existe uma contradição em relação à leitura
entre os jovens brasileiros. Que contradição é essa?
10. O episódio com a escritora Cassandra Clare, descrito no início do texto, vai na contramão do
que aponta a 3.ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, promovida pelo Instituto Pró-
Livro e executada pelo Ibope Inteligência. Como se pode explicar isso?
11. É possível afirmar, de acordo com o texto, que o assédio a Cassandra foi o único sinal de
interesse dos jovens por leitura durante a 23.ª Bienal? Explique.
REGÊNCIA NOMINAL
Observe a frase a seguir O jovem não gosta de ler ou não foi seduzido para a leitura?
“Ela é autora de Os instrumentos mortais e sim, os jovens estavam lá para manter um contato.
Perceba que, apesar de ter os elementos essenciais para formar uma frase, o segundo
exemplo, escrito desse modo, parece incompleto. Isso ocorre porque certas palavras necessitam
de um complemento para “fechar” seu sentido (falta responder à questão: “contato com quem?”).
A regência é a ligação, por meio de uma preposição, entre um complemento e uma palavra,
sendo aquele necessário para completar o sentido desta. Releia a frase com a alteração em
destaque.
“Ela é autora de Os instrumentos mortais e, sim, os jovens estavam lá para manter um contato
com quem fala a linguagem deles”.
Porém, o adjetivo “repletas” exige um complemento, que deve se ligar a ele por meio de uma
preposição (repletas de quê?).
Relembre as preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre.
Em geral, uma pessoa que tem bastante contato com a língua padrão, na oralidade e na
escrita, não encontra dificuldades com as regras de regência, ou seja, é capaz de usar a
preposição adequada para conectar os termos quando há necessidade. Isso ocorre porque sua
gramática internalizada lhe dá essa capacidade. Na dúvida, é possível consultar um dicionário ou
uma gramática.
NOME PREPOSIÇÃO
32
apto a, para, em
atento a, em, para
capacidade de, para
contente com, de, por
descontente com, de
favorável a, para
idêntico a, em
longe de
parecido com, a, entre
semelhante a, em
referente a
13. Reescreva as frases substituindo a palavra destacada pelas sugeridas entre parênteses,
fazendo as devidas alterações.
a)Os jovens motivados para a leitura terão maiores chances de desenvolvimento intelectual.
(comprometidos)
b)O respeito aos livros estimula a capacidade de pensar. (contato/prática)
c) Se há interesse pela leitura, essa ação deve ser incentivada por todos os professores. (falta)
d)A busca por leituras mais interessantes leva os jovens a autores de sagas. (pesquisa)
a)A mediadora abriu o painel propondo uma reflexão sobre os diferentes “retratos” do interesse
dos jovens pela literatura, lembrando que a fila de jovens para contatar Cassandra Clare não é
um fenômeno isolado.
b)Claudia Aratangy apresentou projetos da FDE/SEE-SP voltados à formação de leitores,
destacando a importância de a escola promover uma escolha assistida.
c)Claudia, para defender a importância da mediação, trouxe o depoimento de jovem que atua em
projeto que coordena.
d)Maria Salles, da SEE-SP, e Cirlene Fernandes, da Seeduc/RJ, apresentaram suas experiências
em parceria com o Instituto Ayrton Senna.
PRODUÇÃO DE TEXTO
33
Nesta aula, você leu opiniões de especialistas, profissionais e autores de projetos sobre o
hábito de leitura dos jovens. Agora, chegou o momento de apresentar sua versão do tema por
meio de uma reportagem.
Pesquise sobre o assunto e escreva uma introdução para contextualizar o leitor. Para coletar
dados sobre os hábitos de leitura das pessoas, você pode pedir aos entrevistados que relatem
uma experiência positiva de leitura ou que façam um apanhado da trajetória de leitura deles até
hoje. Você poderá retomar as entrevistas feitas na seção desenvolver e aplicar.
Formule perguntas sobre os hábitos de leitura dos entrevistados, como as dos exemplos a
seguir:
• Sua relação com a leitura é boa, ruim ou inexistente?
• Procure se lembrar dos primeiros contatos que teve com livros. Foi em casa? Na escola?
Onde foi? • Quem são as pessoas que, de algum modo, aproximaram (ou tentaram
aproximar) você dos livros?
• Quais experiências na sua infância ou adolescência envolveram a leitura?
• Quantos livros você lê por ano? Quais são seus gêneros literários favoritos?
Ao transcrever as entrevistas, cite as falas dos entrevistados a fim de trazer veracidade ao
texto. Lembre-se de que os verbos devem estar conjugados no tempo passado e a linguagem
pode variar, podendo ser tanto formal quanto informal. Para finalizar, sintetize, no último
parágrafo, as ideias principais da temática trabalhada. Elabore um título e uma manchete
atraentes, para que captem a atenção do público.
BOM TRABALHO!!!
AULA 13
Objeto de conhecimento: Gênero Textual Charge; Efeitos de sentido e exploração da
multissemiose; Linguagem verbal, não verbal, visual e sonora; Colocação pronominal.
Habilidade: (EF69LP03-A) Compreender a relação de sentido entre imagem e texto verbal
(multimodalidade) nos variados gêneros, por meio de recursos linguísticos e semióticos.
(EF69LP05-A) Entender a crítica ou o humor de uma charge ou um meme, partindo do
conhecimento prévio do fato ou assunto criticado ou humorizado. (EF69LP05) Inferir e justificar,
em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou
crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos
iconográficos, de pontuação etc. (GOEF89LP40) Explorar efeitos multissemióticos (linguagens
verbais, não verbal, visual e sonora) em variados gêneros (EF09LP10) Comparar as regras de
colocação pronominal na norma-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.
CHARGE
O nome charge significa "fazer carga", "exagerar" ou "atacar", vem do francês charger. Esse
"ataque" é pontual, possui relação a um acontecimento específico, por isso as charges são
datadas, seu sentido pode se perder com o passar do tempo.
Características da charge
Linguagem verbal e não verbal; humor; leitura crítica do cotidiano; atual; efêmero; precisa de
contextualização; situações particulares; personagens públicas, fator social ou político.
Disponível em: https://www.diferenca.com/charge-e-cartum/ Acesso: 25 jun. 2022.
Existe também a Charge animada. Ela possui as mesmas características de uma charge em
desenho, foi popularizada por meio das redes sociais e televisão. Nesse tipo, é mais frequente o
uso da linguagem verbal, por ser desenhos em movimentos e com sonoridade.
Disponível em https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/charge Acesso 25 junho de 2022.
35
Disponível em https://themelisting.com/ Acesso 25 junho de 2022.
ATIVIDADES
36
1. Qual a finalidade desse texto?
37
Disponível em: https://www.folhadedourados.com.br/wp-content/uploads/2021/04/x-247.jpg Acesso em 11 julho de 2022.
7. Na charge acima, a garota utiliza a estrutura frasal “E se a gente levasse ele pra vacinar junto
com o Totó? O uso do pronome “ele”, na frase, é considerado gramaticalmente incorreto
porque
(A) um pronome de tratamento e que deve ser utilizado para se dirigir ao ouvinte .
(B) um pronome pessoal do caso reto e deve ser utilizado para marcar a primeira pessoa.
(C) um pronome pessoal do caso oblíquo e deve ser utilizado como complemento de verbo,
porém o utiliza como sujeito. (D) um pronome pessoal do caso reto e deve ser utilizado como
sujeito, porém o utiliza como complemento do verbo
.
10. Considerando a situação de uso da linguagem, na frase “Olha só o que mim inventou”
podemos afirmar que o falante
Produção de texto
Leia a notícia abaixo e a partir da sua leitura produza uma charge para ser afixada no mural
da sala. Lembre-se da linguagem, estrutura e tudo que acabamos de estudar sobre o gênero.
Bom trabalho!
39
LUTAR PELA PROTEÇÃO DO CLIMA É LUTAR PELAS INFÂNCIAS
Com resultado histórico, Supremo Tribunal Federal decide em favor do meio ambiente e
determina restabelecimento do Fundo Clima
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente, na última sexta-feira (1/7), a ação que
denuncia a omissão deliberada do governo brasileiro na gestão do Fundo Clima e no
contingenciamento de recursos do mecanismo. A decisão determinou que seja restabelecido o
funcionamento do fundo e garantida a continuidade da captação de recursos e sua efetiva
alocação, visando a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
O programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, atuou na ação (Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 708) como amicus curiae. Em resultado
histórico, a proteção do clima foi considerada um dever constitucional pelo ministro Luís Roberto
Barroso, relator do caso, e por nove dos demais ministros, que acompanharam o voto do relator,
tendo apenas um voto contra.
O Fundo Clima, criado em 2009, tem por objetivo garantir recursos para projetos, estudos e
empreendimentos que atuem pela redução das emissões de gases de efeito estufa e pela
mitigação das consequências das mudanças climáticas. Porém, desde o início da atual gestão
federal, a manutenção e financiamento do Fundo encontram-se paralisados. Segundo o relatório
financeiro do BNDES, ao final de 2021, havia disponível sem aplicação no Fundo Clima
aproximadamente 698 milhões de reais.
No Brasil, o desmatamento e as queimadas estão entre os principais fatores responsáveis por
nossas emissões. Na Amazônia, segundo dados do final de 2021, o desmatamento alcançou a
inaceitável marca de 13.235 km², representando um aumento de 75% em relação a 2018. Causa
espanto que, conforme descrito no Relatório Financeiro dos 2 semestres de 2021 do Fundo
Clima, considerando os valores das operações contratadas conforme a distribuição geográfica,
nem 1 real tenha sido disponibilizado para estados da Amazônia Legal.
No caso em questão, a omissão do governo, tanto por não apresentar um Plano Anual de
Aplicação de Recursos quanto por deixar de fornecer apoio a projetos fundamentais para conter o
desmatamento, evitar novas queimadas e enfrentar a crise climática, configuram violações aos
direitos à vida, à saúde e a um meio ambiente equilibrado, sobretudo das nossas crianças.
As crianças, que em nosso país representam cerca de 70 milhões de pessoas, somando um
terço da população nacional, são, por sua especial condição de vulnerabilidade e
desenvolvimento, o grupo mais afetado pelos impactos climáticos e ambientais. “A eficácia do
funcionamento do Fundo permitirá aumentar o investimento em adaptação ao clima e resiliência,
além de fortalecer a própria natureza e seus serviços ecossistêmicos, o que garantirá um futuro
mais seguro, estável e saudável para as futuras gerações”, afirma Angela Barbarulo, advogada do
programa Criança e Natureza.
Disponível em https://criancaenatureza.org.br/clima/protecao-clima-e-criancas/ Acesso em 11 julho de 2022.
40
AULA 14
Objeto de conhecimento: O Gênero Textual Debate e os Movimentos Argumentativos.
Habilidades: (EF69LP21-A) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não
institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas,
produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam
denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação. (EF69LP25-A)
Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de
colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas
de opiniões. (EF69LP25-B) Respeitar as opiniões contrárias e propostas alternativas. (EF89LP23)
Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos, os movimentos argumentativos
utilizados (sustentação, refutação e negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados.
42
“O objetivo de um debate é sempre uma questão social controversa para a qual soluções
diversas são previstas, pode ser concebido como um instrumento de construção coletiva. Às
vezes, há posições diferentes em relação à questão colocada, mas não necessariamente
contraditórias. O debate é constituído pelo conjunto das intervenções – cada uma delas fornece
esclarecimento à questão controversa; constituindo-se, então, numa construção conjunta de uma
resposta complexa à questão, como instrumento de reflexão que permite a cada debatedor (e a
cada ouvinte) precisar e modificar sua posição inicial; essa modificação é realizada,
essencialmente, pela escuta, pela consideração e pela integração do discurso do outro; cada
argumento, cada exemplo, o sentido de cada palavra transforma-se, continuamente, pelo fato de
serem confrontados aos dos outros debatedores, pelo fato de cada um esar, continuamente,
situando-se em relação a outras intervenções.” (SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. “Os gêneros
escolares – das práticas de linguagem aos objetos de ensino”. In: Gêneros orais e escritos na
escola. São Paulo: Mercado de Letras, 2011, p. 71)
Disponível em https://csa.osa.org.br/em-debate-o-genero-textual-debate-9o-ano/Acesso 17 de agosto de 2022.
ATIVIDADES
Os textos abaixo foram extraídos de uma elaboração do Gênero Debate. Leia o trecho abaixo
para responder às questões 1 a 5. Ele foi produzido para explanação sobre o tema “A internet
pode transformar-se em um problema para a vida pessoal dos usuários?".
(A)Os famosos não precisam ser assessorados e podem divulgar a vida pessoal como quiserem.
(B)As redes sociais, no caso dos artistas, não os prejudicam, pois são bem assessorados.
(C) Os famosos não são afetados nas redes sociais, pois são cautelosos.
(D) A necessidade de cautela ao utilizar a internet, principalmente, por parte das pessoas
consideradas famosas.
2. Qual argumento o consultor empresarial e professor universitário Cristiano Lopes utiliza para
defender o seu ponto de vista sobre a necessidade de assessoria que os famosos devem ter nas
redes sociais?
43
(A) Segundo o professor, o número de fotos publicadas é que deve ser monitorado, pois as fotos
podem ser replicadas. (B) Segundo o professor, um erro de ortografia, por exemplo, pode abalar
a imagem da celebridade e levar à perda de credibilidade.
(C) Segundo o professor, os especialistas em comunicação devem moderar as publicações dos
famosos nas redes sociais.
(D) Segundo o professor, a filha da Xuxa foi o principal alvo de agressões nos meios virtuais.
4. Na frase “Segundo ele, um simples erro de ortografia pode significar perda de credibilidade
junto aos seguidores”. O pronome destacado retoma qual(is) palavra(s)?
A)Famoso. C) Instrumento.
B)Cristiano Lopes. D) Contato
5. Por que Sasha Meneghel recebeu críticas ao escrever nas redes sociais a palavra “sena”?
Leia o texto de Felipe Menezez sobre as Redes sociais: virtudes e efeitos colaterais na nova
comunicação digital e, depois, responda às questões 6 a 10.
"Você vai até o conteúdo e interage com ele de todas as maneiras [...]. Isso é uma mudança
radical comparando com ontem." "Vivemos num país de pessoas criativas em relação à
tecnologia." Estas não foram as falas com que Tas começou sua palestra, mas certamente são as
que traduzem tudo o que o jornalista falou na noite do evento.
Segundo ele, as mídias digitais, hoje oferecem características essenciais, como
interatividade, velocidade, quantidade e mobilidade, que fazem da web uma rede de pessoas
muito mais que uma rede de computadores. "A comunicação hoje é em tempo real até para quem
não tem acesso à web", disse Tas.
Estabelecendo uma interação muito agradável com a plateia e contando com a colaboração
desta durante as explanações, *Tas falou ainda das virtudes dessa nova era digital: colaboração,
transparência, saber ouvir e o presente. "Tem muita gente que acha que as ferramentas da era
digital são feitas somente para falar." A colaboração e a transparência juntas, a partir do jornalista,
fazem das mídias sociais armas favoráveis para quem quer ouvir críticas, entender o público dos
seus produtos e crescer. Um exemplo disso é o Twitter. Segundo o palestrante, nesta ferramenta
"a imaginação é o limite" e "o presente é o único lugar em que podemos fazer a vida".
Disponível em https://atividadesdeportugueseliteratura.blogspot.com/2015/07/debate-de-opiniao-tema-redes-sociais.html Acesso em 17 de agosto
de 2022.
*Marcelo Tristão Athayde de Souza, mais conhecido pelo primeiro nome Marcelo Tas, é um apresentador, ator, roteirista,
diretor e escritor brasileiro.
44
6.Felipe Menezez busca na palestra de Tas uma forma de iniciar a discussão sobre os efeitos
colaterais e virtudes das redes sociais. Por que ele faz uso desse recurso?
7.Para convencer o leitor acerca de seu ponto de vista, Tas elenca algumas características
essenciais das mídias digitais. Quais são elas?
8.No trecho “Tas falou ainda das virtudes dessa nova era digital” a palavra destacada apresenta
qual sentido no texto? Explique.
10. Durante a produção do texto, Felipe Menezez utiliza as seguintes palavras para se referir a
Marcelo Tas: “ele”, “jornalista” e “palestrante”. Qual é o recurso utilizado por ele e por que fez
esse uso?
PREPARAÇÃO
1º passo: Formar grupos - a partir do número de alunos da turma- debatedores (a favor e contra);
moderadores.
2º passo: Definir regras do debate, como o tempo para exposição de cada grupo e o
momento de intervenção; 3º passo: Leiam os textos, retomando as opiniões dos
especialistas e das autoridades no assunto/tema em pauta.
4º passo: Façam os registros que consideram importantes e anotem a fonte de cada um deles.
DISCUSSÃO EM GRUPO
1.Com base nos textos lidos e nas discussões feitas, definam o posicionamento do grupo e os
argumentos pertinentes para defendê-lo.
2.Escolham um colega para ser o relator. Ele registrará o ponto de vista e os argumentos do
grupo. Para convencer os colegas, os argumentos devem ser coerentes e bem fundamentados.
3.Respeitem o tempo definido pelo professor para a discussão no grupo.
4.Ouçam com atenção a opinião dos colegas, respeitando a vez de falar de cada um.
5.Terminada a discussão, peçam ao colega relator que leia os registros, para que o grupo avalie
se eles estão de acordo com a opinião elaborada, os argumentos propostos e a conclusão a
respeito do tema.
45
Bom trabalho!
AULA 15
PARTE 1
Objeto de conhecimento: Poema; Recursos linguísticos em textos literários.
Habilidades: (EF69LP53-C) Ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de
forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos,
paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a
entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como
eventuais recursos de gestualidade e pantomima (gestos e/ou expressões faciais) que convenham
ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão. (EF69LP54-B) Analisar os
efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação,
metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os
efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas
(adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como
modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e
ações próprios de cada gênero narrativo.
PARTE 2
Objeto de conhecimento: Contos de enigma e Foco narrativo
Habilidades: (EF69LP47-A) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de
composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo
e articulam suas partes, as escolhas lexicais típicas de cada gênero para a caracterização dos
cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de
discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver)
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo. (EF69LP47-B) Perceber como se estrutura
a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de
cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e
psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto,
indireto e indireto livre), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e
processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero
narrativo.
PARTE 1
O QUE É POEMA?
46
O poema é um gênero textual que utiliza as palavras como matéria-prima, organizando-as em
versos, estrofes ou prosa, ou seja, apresenta uma estrutura que permite defini-lo como gênero. A
palavra poema é derivada do verbo grego poein, que significa “fazer, criar, compor”. No Brasil
existem vários e várias poetas, entre eles está o poeta Vinícius de Moraes, cujo poema é um belo
exemplo.
O poema pode ser escrito com normas rígidas, conforme exemplo ao lado (de forma fixa), ou
em versos livres, nos quais mais valem as imagens do que a métrica.
Observe como os aspectos linguísticos são bem trabalhados no poema de Cecília Meireles:
47
Disponível em https://nuhtaradahab.wordpress.com/2011/01/22/cecilia-meireles-antologia-poetica/ Acesso em 26 de ago. de 2022.
Tipos de poemas
Verso e métrica
O verso é cada linha de um poema, e a métrica representa as medidas dos versos utilizados.
Assim, os versos são classificados de acordo com as sílabas poéticas que apresentam. São eles:
Tipos de versos
Versos regulares: também chamados de versos isométricos, são aqueles que possuem a
mesma medida.
Versos livres: também chamados de versos heterométricos, são os aqueles que possuem
medidas diferentes, ou seja, são irregulares.
Versos brancos: também chamados de versos soltos, são aqueles que não apresentam
esquemas de rima, no entanto, podem apresentar métrica (medida).
48
Disponível em https://www.lucianodidimo.com/post/soneto-no-mar Acesso em 26 de ago. de 2022.
49
Rima
As rimas estão associadas à sonoridade dos poemas e que acontece com a aproximação
sonora entre as palavras ou expressões.
As figuras de linguagem são um dos recursos estilísticos mais utilizados nos poemas,
pois oferecem maior expressividade aos textos. Os poetas utilizam esses recursos para provocar
efeito interpretativo do leitor. Esses artifícios usados na linguagem apresentam como aspecto a
exposição de pensamentos que não abrangem o significado literal das palavras. As figuras de
linguagem são denominadas também de figuras de estilo.
50
ATIVIDADES
Leia, com muita atenção, o poema abaixo para responder às atividades 1 a 10.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Lembranças do mundo antigo. In: ___ Sentimento do Mundo, 1940.)
5. Pela data de publicação do poema lido, pode-se inferir que ele esteja metaforicamente ligado
aos problemas trazidos pela Segunda Guerra Mundial?
6. Há, no poema lido, um certo tom saudosista. Como isso é expresso no texto?
7. No verso “Nem sempre podia comprar um vestido novo” há uma menção à vida financeira de
Clara?
10. Releia o verso “As crianças olhavam o céu!/ Não era proibido”. O que fica sugerido?
11.No último verso, “Havia jardins, havia manhãs, naquele tempo!!!” sugerem metaforicamente
qual ideia?
PARTE 2
CONTO DE ENIGMA
52
No conto de enigma, há sempre um mistério a ser desvendado; a investigação do enigma
corresponde ao foco principal da história; caso o mistério corresponda a um crime, no início da
narrativa são apresentados alguns indícios deixados pelo culpado; conforme surgem pistas sobre
o crime, possíveis culpados e novos suspeitos ganham destaque na narrativa; os enigmas são
desvendados por meio de raciocínio lógico; o suspense, o medo e o desejo de saber são
ingredientes importantes na trama; os contos de enigma estabelecem um jogo entre o leitor e a
narrativa assumindo assim, uma postura investigativa.
Além disso, essas histórias, geralmente, apresentam a figura de um detetive ou de alguém
que desempenhe o papel de esclarecer o enigma, tornando-se um herói após desmembrar todo o
“problema”. Resumindo, o eixo desse tipo de narrativa é um enigma a ser desvendado. Seus
elementos básicos são: o enigma, a vítima, o culpado, o detetive, as pistas, a solução.
Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/
2016/2016_pdp_port_unesparparanavai_sirleneaparecidadeoliveira.pdf Acesso em 29 de ago. de 2022. (adaptado)
Foco Narrativo
Em primeira ou em terceira pessoa; é assim que se designa o foco narrativo (ou ponto de
vista do narrador), isto é, respectivamente, quando um dos personagens de alguma história é o
narrador ou quando quem narra não faz parte do contexto, sendo apenas espectador.
Exemplos de foco narrativo são: narrador observador – aquele que acompanha os fatos de
fora, em momento algum faz parte da história e ocorre em terceira pessoa; narrador
personagem (protagonista ou coadjuvante) – como a própria denominação traz, este faz parte da
trama e acontece em primeira pessoa do singular ou plural.
Ambos os casos citados anteriormente podem classificar-se como intruso – quando faz
comentários sobre aqueles envolvidos no contexto ou acerca de si mesmo (quando participante) e
até mesmo do ambiente – ou neutro – aquele que apenas narra os fatos, sem nenhum tipo de
influência.
O narrador observador e o narrador personagem possuem outras duas divisões cada; que
são, na ordem devida: onisciente e câmera; personagem e testemunha. O primeiro é classificado
quando o narrador sabe tudo sobre o enredo, personagens (pensamentos), cenário. O segundo
difere-se do anterior somente em relação aos intérpretes, pois não domina o que se passa na
cabeça de cada um deles.
O terceiro exemplo usado no parágrafo acima é o próprio protagonista, sua narração é de
acordo com seu ponto de vista, não sabendo, assim, o que os outros personagens pensam. Já o
quarto e último se parece com a descrição anterior, porém, como se fosse um segundo plano,
considerando-se que o narrador testemunha é um personagem secundário.
Em resumo, o quadro sinótico estabelecido pelos críticos americanos Cleanth Brook e Robert
Pen, esclarece, ainda mais, as linhas escritas anteriormente:
1. A personagem principal conta sua história - foco narrativo na primeira pessoa ou interno.
2. Uma personagem secundária conta a história da personagem principal - foco narrativo na
primeira pessoa ou interno.
3. O Narrador conta a história como observador - foco narrativo na terceira pessoa ou externo.
4. O escritor, analítico ou onisciente (sabedor de tudo), no papel de narrador, conta a história -
foco narrativo na terceira pessoa.
Disponível em https://www.infoescola.com/redacao/foco-narrativo/ Acesso em 29 de ago. de 2022.
53
Leia o trecho do conto A carta roubada, de Edgar Allan Poe, e responda às questões 11 a 15.
Em Paris, logo após o cair de uma noite tormentosa do outono de 18..., eu estava desfrutando
o duplo prazer da meditação e de um cachimbo de espuma-do-mar em companhia do meu amigo
C. Auguste Dupin, em sua pequena biblioteca, ou gabinete de leitura, au troisième, nº 33, rua
Dunôt, Fauborg Saint- Germain. Fazia ao menos uma hora que mantínhamos silêncio profundo,
enquanto cada um de nós, para qualquer observador eventual, podia parecer propositada e
exclusivamente ocupado com os anéis de fumaça rodopiantes que empesteavam o ar do cômodo.
Eu, porém, estava discutindo comigo mesmo certos assuntos que tinham constituído mais cedo o
objeto de nossa conversa naquela noite; refiro-me ao caso da rua Morgue e ao mistério que
envolvia o assassinato de Maria Roger.
Estava refletindo sobre a espécie de relação que existia entre os dois casos, quando a porta
do nosso apartamento abriu e deu passagem ao nosso velho conhecido, Monsieur G., chefe da
polícia de Paris.
Nós o saudamos cordialmente, pois o homem era quase tão divertido quanto desprezível e
fazia muitos anos que não o víamos. Estávamos sentados na escuridão, e Dupin se levantou para
acender a luz, mas voltou a sentar sem acendê-la, depois que G. declarou ter vindo para nos
consultar ou, melhor, para pedir a opinião do meu amigo sobre um assunto oficial que tinha
gerado muito transtorno.
Edgar Allan Poe (Em Leituras de escritor, Ana Maria Machado (org.). São Paulo: Edições SM, 2008, p. 11 e 12). Adaptado
11. No trecho selecionado, é possível identificar as marcas do foco narrativo do conto. Transcreva
e explique em qual pessoa do discurso foi construída a narrativa.
12. Identificado que o discurso é em primeira pessoa, qual é o narrador da história: personagem
ou observador? Explique e dê exemplos.
13. Pode-se afirmar que o texto lido acima, resultará em um conto de enigma? Explique.
a)narrador:
b)personagens principais:
c) tempo:
d)espaço:
e)conflito:
15. O narrador descreve a noite de outubro como tormentosa. Qual é o sentido da palavra
destacada?
(A) Tranquila.
(B) Comemorativa.
(C) Árdua. (D) Fácil.
54
Veja outro exemplo de conto de enigma
55
– Na maior parte das vezes o culpado é o mordomo – informou Sherlock. – Onde está o
suspeito?
– Não temos mordomo – lamentou tio Clarimundo.
– Então me levem à cena do crime.
Levamos Sherlock ao quintal, pequeno e espremido entre os prédios. Ele tirou a lupa do
bolso. Um palito ou folha de árvore, examinava concentradamente. Depois, tomava notas num
caderno. Mas, como a viagem o cansara, foi dormir cedo. Na manhã seguinte minha mãe
acordou-o com uma informação:
– Sumiu outra galinha.
– Esta noite dormirei no galinheiro.
E dormiu mesmo, sentado numa poltrona. Desta vez eu que o acordei.
– Mister Holmes, roubaram mais uma galinha.
A notícia fez com que se decidisse:
– A história se chamará mesmo “O incrível enigma do galinheiro”.
– Não estamos preocupados com títulos – rebateu meu tio. – Mas
meu editor está.
Neste dia consegui ler o caderno de anotações do detetive. Li: nada, nada, nada. Um nada
em cada página. Organizado, não? Também nesse dia Sherlock telefonou a Londres para trocar
impressões com o fiel Dr. Watson. Uma fortuninha em chamados internacionais.
E as galinhas continuavam desaparecendo, apesar de Sherlock Holmes dormir no galinheiro.
Ele já andava falando sozinho.
– Nem sinal de gato, cachorro, raposa, gambá. Todo o meu prestígio está em jogo.
Por fim, restou apenas uma galinha.
À hora do almoço o famoso detetive, sentindo-se velho e fracassado, sofreu uma crise,
chorando na frente de todos. Nós nos comovemos muito com a situação. Um homem daqueles
derramar lágrimas… Noca, então, deu um passo à frente e confessou:
– Eu que roubava as galinhas. Dava às famílias pobres duma favela.
Sherlock enxugou imediatamente as lágrimas na manga do paletó.
– Já sabia. Fingi chorar para que ela confessasse.
– Então desconfiava de Noca? – perguntou tio Clarimundo.
– Encontrei penas de galinha no quarto dela. Elementar, Clarimundo. E o que
dizem de comermos a penosa que resta no galinheiro?
Não sei se foi escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na verdade, eu
que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o detetive dormia no galinheiro.
Noca sabia disso e assumiu a culpa em meu lugar.
Elementar, Mister Sherlock Holmes.
(Marcos Rey, Em Vice-Versa ao Contrário. Org. Heloísa Prieto. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1993.)
Disponível em: http://professormarconildoviegas.blogspot.com/2016/09/prova-interpretacao-de-texto-sherlock.html/
Acesso em 15 de set. de 2022.
56
18. Na sua opinião, por que Noca assumiu a culpa no lugar do tio Clarimundo?
19. Qual é o foco narrativo desse texto? Grife no texto trechos que comprovem a sua
resposta.
21. O texto “O incrível enigma do galinheiro” apresenta Discurso Direto (com as falas das
personagens diretamente) ou Discurso Indireto (sem as falas das personagens diretas)?
Exemplifique com trecho do texto.
47
58