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ESCOLA DE ENGENHARIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
NITERÓI, RJ
2021
IGNO GUSTAVO DE PAULA
Orientadora:
Stella Maris Pires Domingues
Niterói, RJ
2021
IGNO GUSTAVO DE PAULA
Grau:
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Profa. DSc Stella Maris Pires Domingues – UFF
Orientador
___________________________________________
Profa. DSc Fabiana Rodrigues Leta – UFF
___________________________________________
Prof. DSc Raul Bernardo Vidal Pessolani – UFF
A GRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus todo poderoso pelo dom da minha vida e por todas
as graças derramadas durante toda a graduação. Não foram poucos os momentos de tribulação,
porém sempre senti Sua mão a me sustentar e acolher.
Agradeço a Nossa Senhora, Maria Santíssima, que sempre me cobriu com o seu manto
protetor. Principalmente em várias avaliações que eu estava completamente desesperançoso.
“Totus Tuus Ego Sum Mariae Et Omnia Mea Tua Sunt”.
Agradeço a minha amada esposa, Andressa, que foi uma peça primordial para eu
concluir essa graduação. Em todos os momentos de incertezas, você estava lá para me dar todo
o suporte para seguir em frente, sendo sempre a minha maior incentivadora.
Agradeço aos meus pais, que foram sempre as principais pessoas a quem eu queria
orgulhar. Vocês foram a base de toda a minha história e dos meus objetivos. Em especial,
agradeço ao meu pai, que tinha dificuldade de acreditar que o filho do operário se tornaria
engenheiro e, infelizmente, faleceu em 2016 deixando um enorme vazio em nossas vidas. Sinto-
me triste do senhor não ver esse sonho se concretizar.
Agradeço a minhas filhas, Manuela e Alice, que foram as maiores bençãos de Deus em
minha vida. Sem sombra de dúvidas, vocês são os maiores combustíveis para eu superar todas
as dificuldades e lutar para ser uma pessoa melhor a cada dia.
Agradeço a todo corpo docente da UFF. Não foram poucos professores importantes
nessa caminhada, porém não posso deixar de destacar, de maneira muito especial a professora
Stella, que aceitou ser minha orientadora, em um momento que eu estava totalmente sem
horizonte. E que com toda certeza, levarei em meu coração por toda a minha vida.
Por fim, agradeço aos meus sogros, Solange e Rafael, que sempre me apoiaram e me
trataram, verdadeiramente, como um filho. Ressalto em particular a importância da minha sogra,
que sonhava com o meu baile de formatura, mas infelizmente nos deixou em 2018. A senhora
foi uma das peças-chave para essa conclusão de curso.
iii
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“Jesus respondeu: ‘As coisas impossíveis aos homens são possíveis a Deus’”
Lucas 18, 27
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R ESUMO
Equipamentos de movimentação de carga são essenciais para a logística da maioria das
empresas, sendo um diferencial competitivo. Eles são utilizados para movimentar cargas
intermitentes de forma automatizada ou manual, com distância variada, e sua principal função
é transportar e/ou manejar. Existem diferentes tipos de equipamentos para movimentação de
cargas e a escolha do mais adequado deve levar em conta as necessidades das empresas e suas
limitações. Esta tomada de decisão pode trazer benefícios como redução de custos, aumento da
produtividade e consequentemente aumento dos lucros. Dentre estes equipamentos, destaca-se
o guindaste de coluna giratório, pelo seu fácil manuseio, não necessitando de mão de obra
especializada, máxima precisão, possibilidade de uso em locais com obstáculos, segurança,
elevada capacidade de carga, fácil instalação, uso em ambientes internos e externos, além de
ampla aplicabilidade em diversos ramos industriais. Ademais, é um equipamento com excelente
custo-benefício, tendo em vista a redução tanto do número de operadores para movimentação
das cargas quanto do risco de acidente inerentes ao processo. O presente trabalho tem como
objetivo principal desenvolver um modelo de guindaste de coluna para içamento de cargas de
até uma tonelada. Para isso, os seguintes passos foram realizados: revisão da literatura a fim de
verificar o estado da arte e a fundamentação teórica, dimensionamento da estrutura do guindaste,
análise dos elementos do equipamento, análise de tensões, seleção dos materiais utilizados para
a fabricação e análise pelo Método de Elementos Finitos através do software SolidWorks,
análise de custo e logística de montagem e transporte. O guindaste desenvolvido pode ser
considerado adequado, com bom custo-benefício, além de ter o transporte, montagem e
operação facilitados.
A BSTRACT
Cargo handling equipment is essential for the logistics of most companies, being a specific
differential. They are used to move intermittent loads automatically or manually, with varying
distances, and their main function is to transport and / or handle. There are different types of
equipment for handling loads and the choice of the most appropriate should take into account
the needs of companies and their limitations. This decision-making can bring benefits such as
reduced costs, increased productivity and, consequently, increased profits. Among these
equipments, the rotating column crane stands out, for its easy handling, requiring no specialized
labor, maximum precision, possibility of use in qualified locations, safety, high load capacity,
easy installation, use in indoor environments. and external, besides wide applicability in several
industrial branches. Furthermore, it is an equipment with excellent cost-benefit, with a view to
reducing both the number of operators for handling loads and the risk of accidents inherent to
the process. The present work has as main objective to develop a model of column crane for
lifting loads of up to one ton. For this, the following steps were carried out: literature review in
order to verify the state of the art and the theoretical foundation, dimensioning of the crane
structure, analysis of the equipment elements, stress analysis, selection of materials used for
manufacturing and analysis by the Finite Element Method through the SolidWorks software,
cost analysis and logistics of assembly and transportation. The developed crane can be
considered adequate, with good cost-benefit, besides having transportation, assembly and
operation facilitated.
L ISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Tipos de máquinas de elevação e transporte, Rudenko (1976) .................... 6
Figura 2. Classificação por tipo de projeto, Brasil (1985) ........................................... 8
Figura 3. Guindaste de Coluna Giratório, o autor (2021) .......................................... 18
Figura 4. Dimensões do guindaste giratório de coluna, o autor (2021) ..................... 19
Figura 5. Alturas máxima e mínima da articulação do guindaste (mm), o autor (2021)
.................................................................................................................................................. 20
Figura 6. Base do guindaste, o autor (2021) .............................................................. 21
Figura 7. Conexão da base à coluna vertical, o autor (2021)..................................... 21
Figura 8. Coluna vertical, o autor (2021)................................................................... 22
Figura 9. Bomba hidráulica tipo garrafa 6 toneladas Bonevau, Loja do Mecânico
(2021) ....................................................................................................................................... 23
Figura 10. Lança, o autor (2021) ............................................................................... 23
Figura 11. Guincho de coluna elétrico monofásico Motomil, Loja do Mecânico (2021)
.................................................................................................................................................. 24
Figura 12. Rolamento agulha SKF, Loja Brafer (2021) ............................................ 24
Figura 13. Análise de tensões na posição média (mm), o autor (2021) ..................... 25
Figura 14. Análise de tensões na posição da altura máxima (mm), o autor (2021) ... 27
Figura 15. Análise de tensões sobre a lança na posição da altura mínima (mm), o autor
(2021) ....................................................................................................................................... 28
Figura 16. Seção transversal da Coluna Vertical em milímetros (mm), o autor (2021)
.................................................................................................................................................. 30
Figura 17. Momento de inércia de um tubo retangular .............................................. 31
Figura 18. Seção transversal da Lança horizontal em milímetros (mm), o autor (2021)
.................................................................................................................................................. 33
Figura 19.Diagrama Esforço Cortante e Momento Fletor, o autor (2021) ................ 34
Figura 20. Vista lateral do guindaste de coluna giratório, o autor (2021) ................. 40
Figura 21. Vista em perspectiva do guindaste de coluna giratório, o autor ............... 41
Figura 22. Mapa de Calor da análise de tensões de von Mises sobre o conjunto do
guindaste, o autor (2021) ......................................................................................................... 42
Figura 23. Mapa de calor de deslocamento resultante do conjunto guindaste, o autor
(2021) ....................................................................................................................................... 43
xi
L ISTA DE TABELAS
Tabela 1. Classes de utilização da estrutura de equipamentos .................................. 12
Tabela 2. Estados de carga ......................................................................................... 12
Tabela 3. Estados de tensões de um elemento ........................................................... 13
Tabela 4. Classificação da estrutura dos equipamentos (ou dos elementos da estrutura)
em grupos ................................................................................................................................. 14
Tabela 5. Valores do coeficiente dinâmico para Guindaste com lanças .................... 16
Tabela 6. Propriedades mecânicas do aço SAE 4340 normalizado ........................... 36
Tabela 7. Propriedades mecânicas do aço SAE 1040 laminado ................................ 37
Tabela 8. Orçamento dos principais componentes do guindaste ............................... 45
Tabela 9. Massa dos elementos do guindaste ............................................................ 46
xiii
xiv
L ISTA DE SÍMBOLOS
S UMÁRIO
Agradecimentos ............................................................................................................. i
Resumo ........................................................................................................................ vi
Abstract .....................................................................................................................viii
Sumário ...................................................................................................................... xv
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
5.1 Diagrama de corpo livre para a determinação das tensões máximas .......... 25
5.3 Lança........................................................................................................... 32
9 Conclusões ......................................................................................................... 48
1 INTRODUÇÃO
Os primeiros registros do uso dessas técnicas são datados no Egito Antigo em diversas
aplicabilidades, abrangendo a construção de edifícios, mineração, transporte de água para as
obras, construção de navios e movimentação de pedras para as estátuas (MOURA, 2005).
Inicialmente, a movimentação vertical das cargas pesadas era realizada por meio de
rampas, mas este processo foi logo substituído após o desenvolvimento das alavancas e polias.
Ainda na Idade Média, começaram a ser utilizados guindastes portuários para manobras de
carga e na construção de embarcações. Já no fim da Idade Média, Leonardo Da Vinci projetou
Guindastes de Torre, um dos primeiros guindastes móveis (DOS SANTOS, 2014).
Cabe ressaltar que a construção deste tipo de equipamento necessita ser cuidadosamente
calculada e analisada a fim de minimizar os riscos durante as operações (GOMES, 2014). Uma
das formas de análise utilizada é o método dos elementos finitos por meio de softwares de
cálculo e modelagem como o SolidWorks, utilizado no presente trabalho.
3
1.1 OBJETIVOS
O Capítulo 4 apresenta uma análise detalhada do projeto de cada uma das peças do
guindaste giratório de coluno proposto no presente trabalho.
No Capítulo 8 são apresentadas informações adicionais, como análise de custo, vida útil
média, logística de transporte e montagem, além das dimensões mínimas do local de operação.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Capacidade horária requerida por unidade. Este tópico está relacionado a eficiência do
equipamento transportar carga durante o processo. Podendo ser dividido em capacidade horária
ilimitada ou limitada. No primeiro caso, o equipamento transporta cargas continuamente, como
pode ser observado em transportadores de ação contínua. Enquanto no segundo caso, as
máquinas possuem um ciclo com equipamento vazio, por exemplo: os carrinhos motorizados
ou pontes rolantes (RUDENKO, 1976).
Métodos de empilhar cargas nos pontos iniciais, intermediários e finais. Estes estão
diretamente relacionados com o tipo de carga (unitária ou a granel), devendo-se pensar de forma
serão removidas para outros locais. Por exemplo: as cargas podem ser descarregadas
diretamente sobre veículos ou em tablados, pelos quais serão removidas por outros aparelhos
de elevação e transporte (RUDENKO, 1976).
Condições específicas do local. Este tema apresenta pontos bastante variados, que
incluem desde a dimensão e forma da área, projeto e solo do edifício, condições de poeira e
umidade, presença de vapor ou gases, até mesmo a possível expansão da empresa, espécie de
energia disponível e segurança.
Uma outra classificação proposta por Rudenko (1976), bem mais generalizada, leva em
conta a aplicação dos equipamentos dividindo-os em: Maquinário de Elevação, Elevadores e
Guindastes. No presente trabalho, serão enfatizados apenas os guindastes de coluna, devido ao
projeto de equipamento proposto. A descrição desta classificação será apresentada no próximo
tópico.
8
Mais especificamente, os Guindastes giratórios de coluna são aqueles que possuem uma
coluna que possui dois mancais: um inferior e outro de escora superior. O mancal inferior
absorve impactos verticais e horizontais. Por outro lado, o mancal de escora superior é projetado
para receber somente esforços horizontais (BRASIL, 1985). Este tipo de guindaste, além de
realizar o levantamento de cargas, realiza um movimento de varredura horizontal.
São poucas as limitações dos guindastes giratórios de coluna, sendo a mais evidente o
fato se ser fixo, com raio de ação limitado pelo comprimento de sua lança.
Sendo assim, este capítulo apresenta os conceitos de cada item necessário para o
dimensionamento da estrutura a saber:
Um ciclo de levantamento pode ser definido como o tempo decorrente entre o instante em que
a carga é içada até o momento no qual o equipamento está pronto para o próximo içamento
(NBR 8400). O presente guindaste possui um ciclo de levantamento de aproximadamente 5 min,
entretanto, dificilmente executará diversos ciclos seguidos. Isto ocorre devido às peculiaridades
do serviço a ser executado, como a demanda intermitente e turno de serviço menor que 24h.
𝑄ℎ = 𝑛𝑄 (tf/h) (1)
Onde:
𝑄ℎ = 12 ∗ 1 = 12 tf/h
6,3 × 105
C Utilização regular em serviço intensivo
No atual projeto, espera-se que o uso seja ocasional, seguido por longos períodos de
repouso. Isto porque a proposta é que o equipamento execute o içamento de motores em oficinas
mecânicas ou a carga e descargas de objetos com até 1000 kg. Neste cenário, o equipamento
não é utilizado de maneira contínua e depende da demanda de serviços da empresa. Nesse
sentido, o atual projeto de guindaste se enquadra na classe de utilização A, conforme
apresentado na Tabela 1.
Fração mínima da
Estado de carga Definição
carga máxima
3
Equipamentos regularmente carregados com a carga nominal P=1
(pesado)
𝐹
𝑃=𝐹 (2)
𝑚á𝑥
Tendo em vista o serviço a ser executado pelo atual projeto de guindaste, o Estado de
carga seria classificado como 2 (médio), pois o equipamento frequentemente realizaria o
içamento de objetos com cargas entre 1/3 e 2/3 da carga nominal.
3
Elemento regularmente submetido à sua tensão máxima P=1
(pesado)
𝜎
𝑃= (3)
𝜎𝑚á𝑥
Tabela 4. Classificação da estrutura dos equipamentos (ou dos elementos da estrutura) em grupos
0 (muito leve)
1 2 3 4
P=0
1 (leve)
2 3 4 5
P=1/3
2 (médio)
3 4 5 6
P=2/3
3 (pesado)
4 5 6 6
P=1
Fonte: NBR8400
É importante ressaltar que o uso dos grupos apresentados no Quadro 4 é insuficiente para
os cálculos de fadiga de todos os elementos da estrutura. Isto se dá pelo fato de que a quantidade
de ciclos de uso e estados de carga pode variar entre cada elemento. Sendo assim, deve-se
determinar para cada elemento o grupo a ser verificado quanto à fadiga (NBR 8400).
• Solicitações principais;
• Efeitos climáticos;
• Movimentos verticais;
• Movimentos horizontais;
Grupos 1 2 3 4 5 6
Mx 1 1 1 1,06 1,12 1,20
Fonte: NBR 8400
18
Este guindaste, além de possuir uma lança que se articula, tem um motor elétrico que
realiza o levantamento de carga de até 1 tonelada. As suas dimensões podem ser observadas na
Figura 4.
Nota-se que a articulação do guindaste é de 30º para cima (CBC’’) e uma articulação
para o solo no ângulo de 50º (CBC’), tendo assim um alcance máximo de altura de 2960 mm e
alcance de cargas de 934 mm (Figura 5). Estas angulações são determinadas pelo curso do
êmbolo do levantador hidráulico. Vale lembrar que, como o presente guindaste de coluna ainda
possui um motor elétrico, possibilita o içamento de objetos em alturas inferiores ao curso
angular da lança.
Figura 9. Bomba hidráulica tipo garrafa 6 toneladas Bonevau, Loja do Mecânico (2021)
Figura 11. Guincho de coluna elétrico monofásico Motomil, Loja do Mecânico (2021)
5 ANÁLISE DE TENSÕES
• Na Posição Média
𝑦
𝐵
𝑥 𝑂 𝐴
𝑃𝑐⃗
𝑅𝑜⃗ ⃗
20º 𝑅𝐴
𝑅⃗𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜
𝑚
𝑃⃗𝑐 = 𝑚 ∙ 𝑔⃗ = 1000 𝑘𝑔 ∙ 9,807 𝑠 2 = 9807 𝑁 (4)
∑ 𝑀𝑜 = 0 (5)
−9807 𝑁 ∙ 1600 𝑚𝑚 + 𝑅𝐴 ∗ 430 𝑚𝑚 = 0
𝑅𝐴 = 36491,16 𝑁
𝑅𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 34290,48 𝑁
∑ 𝐹𝑦 = 0 (7)
𝑅𝑜 + 𝑅𝐴 − 𝑃𝑐 = 0
𝑅𝑜 + 36491,16 𝑁 − 9807 𝑁 = 0
𝑅𝑜 = −26684,16 𝑁
𝑃𝑐⃗
𝑅𝐴⃗
𝑅𝑜⃗
Figura 14. Análise de tensões na posição da altura máxima (mm), o autor (2021)
∑ 𝑀𝑜 = 0 (8)
𝑅𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 20313,55 𝑁
28
𝑅𝑜 𝑚 í𝑛𝑖𝑚𝑎⃗
𝑅𝐴⃗
C’
𝑃𝑐⃗
Figura 15. Análise de tensões sobre a lança na posição da altura mínima (mm), o autor (2021)
∑ 𝑀𝑜 = 0 (10)
𝑅𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 21258,42 𝑁
∑ 𝐹𝑦 = 0 (12)
𝑅𝑜 + 𝑅𝐴 − 𝑃𝑐 ∙ cos (30º) = 0
𝑅𝑜𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑎 + 23456,08 𝑁 − 9807 ∙ cos (50º) 𝑁 = 0
𝑅𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = −17152,25 𝑁
A coluna vertical pode ser projetada como uma escora ou um membro de tensão. Logo,
ela é exposta a uma componente de tensão de compressão e flexão (Eq. 13):
𝑃 𝑀𝐶 𝑅𝑜 (𝑅𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 ∙𝑠𝑒𝑛(70º))∙ℎ∙𝐶
𝜎𝑐 = 𝐴 + = + (13)
𝐼 𝐴 𝐼
Onde:
Dessa maneira, a distância da borda até a linha pode ser calculada por Eq. 14:
0,16𝑚
𝐶= = 0,08 𝑚 , ℎ = 0,86518 𝑚 (14)
2
• Na Posição Média
𝑦
𝑥 𝑂 𝐴
Figura 16. Seção transversal da Coluna Vertical em milímetros (mm), o autor (2021)
𝑅⃗𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜
𝐴 = [(0,16 ∗ 0,08) − (0,148 ∗ 0,068)]𝑚2 = 2,736 ∗ 10−3 𝑚2 (15)
Calculando o momento de inércia em relação ao eixo X (Eq. 16) com base nos valores
encontrados na Figura 16, tem-se:
𝐵𝐻 3 𝑏ℎ3
𝐼𝑥𝑥 = − (16)
12 12
Calculando o momento de inércia em relação ao eixo Y (Eq 17), com base nos valores
encontrados na Figura 16, tem-se:
𝐻𝐵3 ℎ𝑏3
𝐼𝑦𝑦 = − (17)
12 12
Observação: Como a força do cilindro hidráulico está sendo aplicado sobre plano
perpendicular ao eixo X, deve-se utilizar o momento de inércia sobre este eixo (𝐼𝑥𝑥 ), para assim
determinar a tensão máxima sobre a coluna vertical.
26684,16 (34290,48∙𝑠𝑒𝑛(70º))∙0,86518∙0.08
𝜎𝑐 = 2,2736∙10−3 + (18)
8,936512∙10−6
𝜎𝑐 = 259,32 𝑀𝑃𝑎
5.3 LANÇA
A lança articulável pode ser projetada como uma viga de tensão. Logo, ela é exposta
a uma componente de tensão de flexão (Eq. 18):
33
𝑀𝑐
𝜎𝑚á𝑥 = (19)
𝐼
Onde:
Assim, a distância da borda e a linha neutra pode ser calculada por (Eq. 20):
0,065
𝑐= (20)
2
𝑐 = 0,0325
• Na Posição Média
𝑦
𝑥 𝑂 𝐴
Figura 18. Seção transversal da Lança horizontal em milímetros (mm), o autor (2021)
𝑅𝑜⃗ 20º 𝑅𝐴
⃗
34
A área da seção transversal (Figura 18) da lança horizontal é obtida por (Eq. 21):
𝐵𝐻 3 𝑏ℎ3
𝐼𝑥𝑥 = 𝐼𝑦𝑦 = −
12 12 (22)
0,065 ∗ 0,0653 0,055 ∗ 0,0553
𝐼𝑥𝑥 = 𝐼𝑦𝑦 = −
12 12
𝐼𝑥𝑥 = 𝐼𝑦𝑦 = 7,25 ∗ 10−7 𝑚4
• Na Posição Média
𝑦
𝐵
𝑥 𝑂 𝐴
𝑃𝑐⃗
𝑅𝑜⃗ ⃗
20º 𝑅𝐴
𝑅⃗𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜
• Escoamento
• Cargas críticas de flambagem
• Resistência à fadiga
𝜎𝑒
𝜎𝑎 = (24)
1,5
Selecionou-se o aço SAE 4340 normalizado para a fabricação da lança, por ser um
material comumente utilizado para vigas estruturais. Suas propriedades mecânicas estão
apresentadas na Tabela 6.
Aplicando-se os dados fornecidos pela tabela 6 na Equação 25, pode-se calcular a tensão
de tração do aço SAE 4340 normalizado.
(25)
𝜎𝑒 860
= = 0,67
𝜎𝑟 1280
Tendo em vista que o valor calculado foi inferior a 0,70, pode-se utilizar a Equação 24
para verificar a tensão admissível do aço SAE 4340 normalizado.
860
𝜎𝑎 =
1,5
𝜎𝑎 = 573,33 𝑀𝑃𝑎
Considerando que a tensão máxima calculada para a lança foi de 514,17 Mpa, pode-se
afirmar que a escolha do material está adequada, uma vez que o valor da tensão máxima não
atinge a tensão admissível do aço SAE 4340 normalizado.
Para os demais elementos do guindaste (base, conexão da base à coluna vertical e coluna
vertical) selecionou-se o aço SAE 1040 laminado. Suas propriedades mecânicas estão
apresentadas na Tabela 7.
Aplicando-se os dados fornecidos pela tabela 7 na Equação 25, pode-se calcular a tensão
de tração do aço SAE 1040 laminado.
𝜎𝑒 415
= = 0,66
𝜎𝑟 620
Novamente, tendo em vista que o valor calculado foi inferior a 0,70, pode-se utilizar a
Equação 24 para verificar a tensão admissível do aço SAE 1040 laminado.
415
𝜎𝑎 =
1,5
𝜎𝑎 = 276,66 𝑀𝑃𝑎
Considerando que a tensão máxima calculada para a coluna vertical foi de 259,32 MPa,
pode-se afirmar que a escolha do material está adequada, uma vez que o valor da tensão máxima
não atinge a tensão admissível do aço SAE 1040 laminado.
39
Atualmente, existe uma ampla diversidade de softwares que utiliza o MEF para análise.
Eles reduzem o tempo e o custo do projeto, por permitir a otimização do conjunto antes da sua
fabricação, bem como a redução da probabilidade de falhas dos seus componentes (AZEVEDO,
2013 apud GOMES, 2014).
Figura 22. Mapa de Calor da análise de tensões de von Mises sobre o conjunto do guindaste, o autor (2021)
43
Figura 23. Mapa de calor de deslocamento resultante do conjunto guindaste, o autor (2021)
44
Figura 24. Mapa de calor da deformação equivalente do conjunto guindaste, o autor (2021).
Nota-se que, mesmo diante do deslocamento causado pela carga máxima (Figura 23),
os parâmetros de tensões (Figura 22) e deformação equivalente (Figura 24) encontram-se dentro
do limite permitido para os materiais utilizados no equipamento. Portanto, o projeto pode ser
considerado adequado e seguro para executar a demanda de serviço proposta.
45
8 INFORMAÇÕES ADICIONAIS
A análise de custo para a fabricação do guindaste do presente trabalho tem como base
orçamentos dos componentes através de fornecedores nacionais. Já os equipamentos adicionais
(macaco hidráulico, rolamento agulha e guincho elétrico) são obtidos por meio de lojas virtuais.
Os preços, marcas e respectivos fornecedores podem ser consultados na Tabela 8.
Outros custos adicionais, como parafusos, pintura, furos, cortes e soldas, não estão
incluídos no orçamento detalhado, tendo em vista que não acrescentam substancialmente o
valor final do produto. Sendo assim, o orçamento total do guindaste do presente trabalho é de
aproximadamente R$ 3500,00.
guindaste, bem como uma margem de segurança para manuseio da carga. Neste sentido, é
imprescindível a informação de qual tipo de carga será içada pelo guindaste, considerando que
as cargas unitárias podem ter dimensões bem distintas, mesmo dentro da capacidade máxima
do guindaste.
Se o guindaste for instalado permitindo um giro de até 270º, tem-se que o local deve
ter ao menos 5000 mm diâmetro livre, a depender da dimensão da carga. Já nos casos nos quais
o guindaste seja instalado de forma a permitir um giro de até 180º, é preciso um diâmetro livre
de ao menos 2600 mm, também a depender da dimensão da carga a ser içada.
Ambas indicam que a vida útil média deste tipo de equipamento é de aproximadamente
10 anos, com uma taxa anual de depreciação do valor de 10%.
48
9 CONCLUSÕES
Para trabalhos futuros pretende-se incluir a fixação das partes da estrutura, assim como
selecionar o motor elétrico a ser acoplado na lança e dimensionar a bomba hidráulica.
49
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES FILHO, Avelino. Elementos Finitos, A base da tecnologia CAE, 5ª Edição – Editora
Érica. 2009.