Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE ENGENHARIA
Pemba, 2017
UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ENGENHARIA
Supervisor:
Co-Supervisor:
Pemba, 2017
PENSAMENTO
E no tempo certo”.
Kardec, (2009).
iii
PÁGINA DE ACEITAÇÃO
_________________________________________
Presidente do Júri
_________________________________________
Secretário
_________________________________________
Vogal
Cidade e data:
iv
DECLARAÇÃO DE HONRA
Afirmo que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do meu co-supervisor e supervisor, o seu conteúdo é totalmente original e todas as
fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda, que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau Académico.
Assinatura:___________________________
Data: __________________________________
v
AGRADECIMENTOS
Ao Mestre Cosme João Lingongo e ao Engenheiro Jasse Alberto Semente que não mediram
esforços diante das vezes em que a eles recorri.
Aos docentes, que no decorrer do curso contribuíram ao meu aprendizado e estiveram sempre
prontos a esclarecer minhas dúvidas, em especial a Mestre Fátima Fidalgo e a Engenheira
Yisel Castañeda Rodrigues.
vi
DEDICATÓRIA
Os meus irmãos, que diante das dificuldades, sempre me socorreram com sua força e
perseverança.
Os meus Familiares, amigos, e colegas, pela força de prosseguir nesta busca incessante de
saber.
vii
LISTA DE ABREVIATURA
CM - Conselho Municipal
Km - Quilómetros
MTBF - Mean Time Between Failures (Tempo Médio entre duas Falhas)
N - Número de Falhas
viii
ÍNDICE DE TABELAS
ix
ÍNDICE DE FIGURAS
x
ÍNDICE DE FICHAS
xi
RESUMO
The research fits in the Mechanical Engineering Course, administered by the Universidade Lúrio in the
Faculty of Engineering, Cabo Delgado pole, and aims to obtain the bachelor‟s degree in Mechanical
Engineering, it has as the theme: Feasibility Analysis of the Urban Public Transport Maintenance
(TPU) Plan. Case of study: Municipal Pemba City Council (CMCP). The purpose of the analysis is to
extend the shelf life of vehicles that carry people from the Pemba city from one neighbourhood to the
other, thus allowing a reduction of costs with regard to repairs and avoid having vehicles immobilized.
Qualitative and quantitative research was conducted, Questionnaires were applied to employees of the
transport paths, after responding and delivered, these were observed that corrective maintenance was
prevalent, there was then the lack of preventative and consequential maintenance was not realized any
planning with Relation to maintenance on vehicles. For the purpose of this work, to achieve objectives
set out in the beginning of this monograph, which aims to assess the current situation of circulating
media, Of the urban public transport of CMCP, under a maintenance point of view, identifying the
causes of the constant stoppages, assessing the maintenance costs in function, the data collected and
proposing a preventive maintenance plan following the prescribed in the vehicle catalogues. Since
these studies have created alternatives and selected the best approaches to work on the main objective
that is to analyze the feasibility of a scheduled maintenance plan from the CMCP TPU functioning
catalogs. As a result, a plan was elaborated and a maintenance program for the vehicles and theoretical
knowledge of the functioning of the program. Thus, with this work, it is hoped to give the efficient
planning of maintenance, as well the positive results that the CMCP can achieve.
Keywords: Preventive Maintenance, Preventive Maintenance Plan, Vehicle availability, Low cost,
Transport Management, Files.
ÍNDICE GERAL
PENSAMENTO......................................................................................................................... iii
PÁGINA DE ACEITAÇÃO ...................................................................................................... iv
DECLARAÇÃO DE HONRA....................................................................................................V
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. VI
DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... vii
LISTA DE ABREVIATURA .................................................................................................. viii
ÍNDICE DE TABELAS............................................................................................................. ix
ÍNDICE DE FIGURAS ..............................................................................................................X
ÍNDICE DE FICHAS ................................................................................................................ xi
RESUMO .................................................................................................................................. 12
ABSTRACT.............................................................................................................................. 13
ÍNDICE GERAL....................................................................................................................... 14
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................ 17
1.1. Introdução ..................................................................................................................... 17
1.2. Delimitação do estudo da pesquisa ............................................................................... 18
1.3. Limitação do estudo ...................................................................................................... 19
1.4. Problematização ............................................................................................................ 19
1.5. Justificativa ................................................................................................................... 20
1.6. Hipóteses ....................................................................................................................... 21
CAPITULO II: OBJECTIVOS ................................................................................................. 22
2.1. Objectivo geral .............................................................................................................. 22
2.2. Específicos .................................................................................................................... 22
CAPITULO III: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 23
3.1. Breve história da manutenção ....................................................................................... 23
3.2. Evolução da manutenção .............................................................................................. 23
3.3. Conceito de manutenção ............................................................................................... 25
3.4. Custo da manutenção .................................................................................................... 27
5.3.2. Pessoal que realiza Manutenção dos Veículos dos TPU .............................. 42
5.3.3. Causas das avarias frequentes nos veículos dos TPU ................................... 42
5.3.4. Ciclo de produção de receitas diárias ........................................................... 43
1.1. Introdução
Os custos e gastos de manutenção não programada, são factores que levam a deficiência na
gestão do sector de manutenção e um mau funcionamento de uma empresa. Relativamente ao
estudo que me proponho apresentar, Análise de Viabilidade do Plano de Manutenção dos
veículos usados na área de Transportes Públicos Urbanos, no Conselho Municipal da Cidade
de Pemba (CMCP), tem em vista a redução do custo de operação, isto é, verificar custos
inerentes a manutenibilidade dos veículos com baixos índices de avarias, e viabilização dos
meios circulantes das actividades diárias, de modo a arrecadar mais receitas para Conselho
Municipal. E pretende-se também, levar a cabo a implementação de um sistema de
manutenção preventiva dos veículos públicos urbanos pertencente à área de transportes
públicos urbanos do Conselho Municipal da Cidade de Pemba (CMCP), permitindo assim
precaver a ocorrência das avarias, usando plano de manutenção preventiva com inspecções
diárias, isto é, programar as intervenções nos veículos, quando eles ainda estão dentro de
disponibilidades prescritas pelo fabricante quanto à sua utilização, com qualidade requerida
sem desgastes.
Para o alcance dos objectivos da pesquisa serão usados vários métodos e técnicas, com maior
realce para os seguintes: o método indutivo, a abordagem qualitativa, bibliográfica e
exploratória. As técnicas usadas de colecta de dados foram questionários, entrevistas e visita
18
directa das instalações e gabinetes de serviços.
O trabalho está dividido em seis capítulos, sendo que, o primeiro é a introdução, o segundo
capítulo é dos objectivos, o terceiro apresenta a fundamentação teórica, no quarto capítulo está
disposta a metodologia utilizada na pesquisa, no quinto capítulo é feita uma apresentação da
situação actual do CMCP e no sexto, além da análise dos custos porém está enquadrada à
proposta do trabalho que é procedimento para manutenção preventiva das viaturas dos
transportes públicos do CMCP, e em diante estão a conclusão e as recomendações.
A maioria das pesquisas de carácter qualitativo, tem se defrontando com varias limitações de
carácter económico, financeiras, acesso as fontes bibliográficas e tempo suficiente para a sua
plena prospecção, viabilidade e operacionalização. Neste caso concreto a destacar as
seguintes:
Difícil acesso a dados devido a excessiva burocracia;
A não disponibilização dos catálogos dos veículos para aferir a programação das
manutenções dos veículos;
1.4. Problematização
A indisponibilidade dos meios circulantes, para circulação dos munícipes, provocada por
avarias, origina constantes paralisações dos mesmos, e isto, obriga recorrer a manutenção
19
correctiva, logo é sintomático da má programação da gestão de manutenção dos veículos
urbanos de passageiros do CMCP, isto, acarreta custos e gastos avultados para a
operacionalidade dos veículos e elevado grau de deficiência na gestão dos transportes nesta
instituição, traduz na falta de transportes públicos urbanos.
1.5. Justificativa
Com um planeamento adequado, o CMCP reduzirá a ocorrência de avarias nos veículos e, por
consequência, um custo de manutenção mais acessível, disponibilizando os veículos para sua
utilização, deste modo gerando mais receitas e, uma melhor gestão dos transportes públicos
urbanos do CMCP.
Por fim, é também um assunto de extrema relevância para a engenharia mecânica, pois aborda
conceitos comuns à área, além do desafio na busca por soluções de problemas de gestão de
manutenção estudados ao longo do curso.
20
1.6. Hipóteses
Segundo Gil (2007, p.56), hipótese é “ uma proposição que se forma e que é aceite ou
rejeitada, somente quando devidamente for testada”. Com base no problema, para o presente
tema foram levantadas as seguintes hipóteses:
21
CAPITULO II: OBJECTIVOS
2.2. Específicos
22
CAPITULO III: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ela começou a ser conhecida com o nome de manutenção na Europa Central, com o
surgimento do relógio mecânico, quando, então, apareceram os primeiros técnicos em
montagem e assistência.
Naquela época, aquele que projectava as máquinas, treinava as pessoas para operarem e
consertarem, intervindo apenas em casos mais complexos. Até então, o operador era o
responsável pela manutenção. Somente no século passado, quando as máquinas passam a ser
movidas, também, por motores eléctricos, é que surgiu a figura do electricista de manutenção.
Segundo Xenos (1998, p.19), "o termo "manutenção" tem a sua origem no vocábulo militar,
cujo sentido era manter, nas unidades de combate, o efectivo e o material num nível constante.
É evidente que as unidades que nos interessam no presente trabalho são as unidades de
produção, e o combate é antes de tudo económico. O aparecimento do termo "manutenção" na
indústria ocorreu por volta do ano 1950 nos Estados Unidos da América. Em França, esse
termo sobrepõe-se progressivamente a palavra "conservação".
Viana (2008, p.21) reforça este facto afirmando que a manutenção é uma palavra derivada do
latim manus tenere, “que significa manter” o que se tem e está presente na história humana
há eras, desde que começamos a fazer manutenção às máquinas de produção.
23
a) Os equipamentos de produção são cada vez mais automatizados. Tornam-se mais
compactos, mais complexos e são utilizados de forma mais intensa.
b) Os equipamentos são mais “caros” (investimentos mais elevados) com períodos de
amortização mais curtos.
c) Os tempos de indisponibilidade sobre um “processo” são economicamente mais
Críticos que sobre um parque de máquinas em linha.
d) A exigência imposta por novos métodos de produção. Assim, o "Just-in-time” Exige a
eliminação total dos problemas e avarias das máquinas.
A evolução da manutenção num contexto mundial, pode ser apresentada por três Gerações
descritas a seguir (Ferreira, 1998, p. 4-10) e resumidamente:
2ª Geração (1940 a 1970): caracterizada pela disponibilidade crescente e maior vida útil dos
equipamentos, pelas intervenções preventivas baseadas no tempo de uso após a última
intervenção pelo custo elevado de manutenção quando comparado aos benefícios, pelos
sistemas manuais de planeamento e registo das tarefas e ocorrências de manutenção e
posteriormente pelo início de uso de computadores grandes e lentos para execução dessas
tarefas (Ferreira, 1998);
Monitorização com base no tempo. Manutenção planeada;
Disponibilidade crescente;
Planeamento e controlo manuais.
Pode-se definir a manutenção como o conjunto das acções destinadas a assegurar o bom
funcionamento das máquinas e das instalações, garantindo que são intervencionadas nas
oportunidades e com alcance certos, de forma a evitar que avariem ou baixem o seu
rendimento e, no caso de tal acontecer, que sejam repostas em boas condições de
operacionalidade com a maior brevidade, tudo a um custo optimizado (Cabral, 2006 em
Monchy, 1989).
25
A manutenção é a combinação das acções de gestão, técnicas e económicas, aplicadas aos
bens para a optimização dos seus ciclos de vida, entendendo-se por bem o produto concebido
para assegurarem uma determinada função. A manutenção traduz-se, portanto, no conjunto das
reparações e reacondicionamentos necessários para compensar a deterioração e desgaste
provocados pelo movimento relativo das pecas, pela oxidação ou perda de função dos
equipamentos, matérias ou seus elementos protectores. A boa manutenção consiste em
assegurar todas estas operações a um custo global optimizado manutenção (Ferreira, 2001).
Reconhece-se, hoje, na manutenção uma das áreas mais importantes e actuantes da actividade
industrial através do seu contributo para o bom desempenho produtivo, a segurança, a
qualidade do produto, as boas relações interpessoais, a imagem da empresa, a rentabilidade
económica do processo produtivo e a preservação dos investimentos.
Este reconhecimento e adicionalmente reforçado pelas crescentes exigências das normas da
qualidade relativamente a manutenção dos equipamentos produtivos.
As acções de manutenção têm sofrido grandes mudanças nos últimos tempos. O aumento de
complexidade e a grande inserção da automação para os mais diversos sistemas de produção,
enfatizam a grande importância da manutenção para os mais diversos sistemas, a fim de
mante-los em níveis de desempenho desejados, reduzir paralisações não planeadas e os altos
custos provenientes destas manutenção (Perreira, 2009).
26
É fundamental garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de modo a
atender a um processo de produção ou serviço, com confiabilidade, segurança, preservação do
meio ambiente e custos adequados.
A ausência de uma política de manutenção gera custos, alguns visíveis e outros não.
Para Viana (2002), custos directos são aqueles gastos directamente com manutenção, sendo
de fácil identificação. São aqueles gastos que a empresa tem de maneira imediata, ou seja, que
são pagos directamente pelo serviço prestado e peças a serem adquiridas.
27
Custo de materiais (lubrificantes, peças sobressalentes e de reserva);
Registo correcto destes custos de manutenção inclusos nos equipamentos são de fundamental
importância para a gestão dos mesmos, pois além de constituir o histórico económico do
equipamento, também estão directamente ligados ao custo final do produto acabado.
Por este motivo, os custos de manutenção são alocados nas ordens de serviço em um campo
apropriado, denominado centro de custo, no qual está instalado o equipamento em que serão
feitas as reparações.
Manutenção Correctiva;
28
Manutenção Preventiva;
Manutenção Sistemática;
Manutenção Condicionada.
É a manutenção que é realizada antes da ocorrência de uma previsível falha. Trata-se pois de
intervenções que são sempre programadas. Este tipo de manutenção pode ser baseado no
tempo ou em percurso de quilometragem. Será baseada no tempo quando as actividades para
manter as capacidades funcionais dos equipamentos ou sistema forem planeadas para serem
realizadas em pontos específicos e quilometragem determinadas de funcionamento, sendo
neste caso uma manutenção preventiva sistemática (Lafraia, 2001).
Análise de vibração;
Termografia;
Análise aos parâmetros de rendimento;
Inspecção visual;
Medições ultra-sónicas;
Análise de lubrificantes em serviço.
Os objectivos visados pela manutenção preventiva são (Kardec e Nascif, 2009, p.40-45):
29
Aumentar a fiabilidade de um equipamento, reduzindo as avarias em serviço: redução
de custos devido a avarias, aumento da disponibilidade;
Nos sistemas de produção de bens, as falhas significam: atraso de produção, trabalho extra,
ineficiência, desperdício de investimento, horas extras; uma série de prejuízos que podem ser
traduzidos em unidades monetárias, através do custo que, na maioria das vezes não atinge os
clientes. Por outro lado, principalmente em sistemas de produção de serviços, a falha tem uma
conotação bastante negativa e é de percepção imediata por parte do cliente. Neste sentido, a
elevada fiabilidade não é unicamente desejável é essencial. Passa a ser um objectivo
necessário que reduz a probabilidade de uma falha ocorrer numa determinada duração de
tempo e sobre condições predeterminadas (Viana, 2002).
30
estruturada e que mais facilmente alcança o objectivo de preservação do sistema produtivo em
estados específicos de desempenho.
Pode-se afirmar que existem muitas vantagens em aplicar uma manutenção preventiva e as
vantagens são (Perreira, 2009):
A redução do custo das reparações por simples reparações levadas a cabo antes de uma
avaria, necessitando de menos tempo de trabalho menos sobressalentes e interrupções
mais curtas, visto que as paralisações planeadas substituem aquelas que têm de se fazer
forçosamente devido a avarias;
31
3.5.1.3. Fase para Implementação da Manutenção Preventiva
Conforme Cabral (2006, p. 76), pôr a funcionar a manutenção pressupõe desenvolver esforço
em duas áreas distintas: Primeira fase: construir a informação base de manutenção; Segunda
fase: implementar os processos de gestão do dia-a-dia.
Para finalizar, para que qualquer plano de manutenção preventivo tenha êxito, deve ser bem
planificado e deve ser sempre actualizado, também deve incluir outras funções de manutenção
32
como trabalho de oficina bem organizado, planificação do trabalho e sua medição, formação
do pessoal, entre outros.
A manutenção correctiva é a forma mais primária e mais cara de manutenção. Apesar disto,
torna-se impossível eliminá-la completamente, pois não se pode prever o momento exacto em
que ocorrerá a avaria que obrigará a uma manutenção correctiva.
Esta é designada também por “curativa”, pois destina-se a reparar avarias e mau
funcionamento ocorridos em serviço.
São trabalhos de reparação de avarias que surgem sem aviso prévio. Se, por outro lado, a
aproximação destas avarias tivesse sido precedida de um aviso prévio que tivesse permitido
programar uma reparação anterior à ocorrência de avaria, propriamente, o trabalho deveria
assumir a designação de preventivo condicional, em vez de correctivo (Ferreira, 1998).
Convenciona-se então que qualquer trabalho que obrigue a alterar o modelo de produção de
uma instalação, isto é, que tenha um carácter planeável, se designa por trabalho preventivo.
33
3.5.3. Manutenção Sistemática
De acordo com Lafraia (2001, p.35), o custo da manutenção é igual á soma dos custos de
manutenção preventiva de reparos e frequência, médias de problemas. A melhor maneira de
avaliar o progresso da confiabilidade de um conjunto de equipamentos é definir indicadores
que representam o que se medir e calcular periodicamente esses indicadores, esses mesmos
podem ser utilizados para verificar melhorias no caso de implementação de medidas
correctivas num equipamento específico.
A disponibilidade pode ser entendida como o tempo no qual o equipamento está à disposição
para operar e em condições de produzir (Kardec e Nascif, 2007, p.110).
Para que se possa entender melhor a disponibilidade e também para que se possa determiná-la
é necessário primeiro que os conceitos de TMEF (Tempo Médio Entre Falhas) e TMPR
(Tempo Médio Para Reparo) sejam compreendidos. O TMEF, ou conhecido ainda como
MTBF, do inglês Mean Time Between Failures, representa o tempo médio entre duas falhas
consecutivas, ou seja, mede o tempo no qual o equipamento estará funcionando até que o
próximo problema seja constatado. Assim, pode ser calculado pela Equação 1:
TMEF = (T1+T2+…+TN)/N
Fonte: Adaptado de Kardec e Nascif, (2007, p.102)
Nessa equação, T1 é o tempo de funcionamento até que a primeira falha aconteça, T2 o tempo
de funcionamento entre a primeira e segunda falha e assim sucessivamente até a falha N.
35
O TMPR, ou MTTR (Mean Time To Repair), representa o tempo médio que a equipe de
manutenção leva para conseguir consertar o equipamento, considerando desde o momento de
solicitação do serviço. A Equação 2. Demonstra o cálculo do TMPR:
TMPR = (t1+t2+…+tN)/N
Nesse caso, t1 é o tempo de reparo da primeira falha, t2, o da segunda e assim até a falha N. A
disponibilidade de um activo pode ser então calculada, com a utilização do TMEF e TMPR, a
partir da Equação 2:
⁄
36
CAPÍTULO IV: METODOLOGIAS
Para Gil (2007, p.28), a pesquisa tem um carácter pragmático sendo um processo sistemático e
formal de desenvolvimento do método científico. Objectiva, fundamentalmente, descobrir
respostas para problemas, através do emprego de procedimentos científicos.
Esta pesquisa visou a observação directa das condições de uso das viaturas, analisou a
disponibilidade dos equipamentos, a incidência de quebras e defeitos que necessitavam da
manutenção, visando comprovar que a utilização da manutenção preventiva é mais benéfica
para a instituição.
Pesquisa qualitativa: pode ser considerada tudo aquilo onde se encontra afinidade
activa entre o mundo em que vivemos (real) e o sujeito, criando um vínculo entre
ambas as partes e que não pode ser mensurado ou transformado em números, (Silva e
Menezes, 2001, p.23).
Outra pesquisa que foi utilizada foi a por observação que vem a ser a efectiva observância de
factos pelo estudante, após ter seus objectivos previamente definidos, promovendo a colecta
de dados.
37
esclarecer melhor sobre o assunto. Em seguida, procedeu-se à colecta de dados através da
observação do funcionamento dos veículos dos transportes públicos e do emprego das
manutenções e seus custos. Por fim, foram analisados estes dados visando demonstrar que um
emprego maior da manutenção preventiva é benéfico para empresa, diminuindo seus gastos e
aumentando sua lucratividade.
De posse dos dados foi feita a classificação dos mesmos, a interpretação e a crítica das
informações colectadas. Com isso, visou-se o estudo com a observância da matéria em
discussão.
Quanto aos dados quantitativos e qualitativos foram utilizadas as ferramentas do Microsoft
Excel e do Microsoft Word, elaborando-se gráfico, tabelas, fichas e textos, visando facilitar o
entendimento dos resultados da pesquisa.
38
CAPITULO V: OBJECTIVO DO ESTUDO DE CASO
39
5.3. Tipo de Manutenção que se realiza no CMCP
Nas instalações da Vereação dos Transportes Equipamentos e Logística (VTL) do CMCP, não
existe nenhum espaço suficiente para realizar qualquer tipo de manutenção e nem manutenção
planificada, basicamente apenas se procede a uma manutenção correctiva ou condicionada que
só se realiza reparações quando ocorrem falhas sendo avarias de fácil reparação, para avarias
grossas é requerida aos serviços terciários.
Os veículos chegam a oficina, para ser realizada uma revisão um serviço que inclui mudança
de óleo do motor e filtro de óleo, mudança de filtro de combustível, lubrificantes, limpeza,
mudança de filtro de ar, substituição das rodas. Esta rotina realiza-se com muita frequência, e
quando a avaria é grande já que não existem condições de levar a cabo esse tipo de
intervenção, o veículo é levado a uma empresa subcontratada para ser reparado. Não existem
registos ou historial das actividades que têm sido realizadas nos veículos dos TPU. A figura 1
mostra uma tabela onde se faz a requisição das peças e é considerada um registo e trabalho
efectuado num determinado veiculo.
40
Tabela 2. Folha de requisição de peças para manutenção de veículos do CMCP. (Fonte: CMCP-VTL)
41
5.3.1. Organização do parque oficinal e segurança
No que tange as infra-estruturas pode-se constatar, claramente, que não existem condições na
oficina de que dispõem para realizar as manutenções e quando o veículo sofre avaria é
colocado no parque de estacionamento que está em cerca de 2 quilómetros da oficina do
Conselho Municipal, e não existem condições estruturais, materiais ou de ferramentas para
levar a cabo certo tipo de intervenção. O espaço é limitado o que não ajuda devido ao tipo de
viaturas que existem na instituição e no que respeita as peças de reposição, estas não tem
armazém e nem peças para as manutenções ou intervenções pontuais ou ainda revisões das
viaturas. O facto de não existir armazém bem como o facto de as ferramentas não estarem
catalogadas, são factores que dificultam o trabalho de manutenção.
Após a efectivação do inquérito e observação, as avarias mais frequentes nos veículos do TPU
são: (sistema de travões; embraiagem; desgastes de pneus), isto ocorre por deficiência na
gestão no sector dos transportes, a não a utilização das fichas diárias preenchidas pelos
motoristas, nas quais podem fazer constar todas as anomalias que notarem durante o tempo
que estão a circular, e as deficiências não são reportadas ao sector de transportes, para que este
sector possa providenciar um plano de acompanhamento e resolução das avarias em tempo
útil, antes que a viatura volte a circular. Os veículos alocados foram doados pelo FTC (Fundo
42
de Transporte e Comunicação) e por sua vez, o Conselho Municipal ainda não adquirio viatura
para o sector de Transportes Urbanos da Cidade de Pemba, para fazer acompanhamento de
como são operadas as viaturas. De tal forma que há uma má organização no sector da
manutenção e consequentemente, é frequente também a má utilização dos veículos por parte
dos condutores. Como exemplo, a falta de uma inspecção diária dos veículos e uma revisão
conforme consta do plano de manutenção prescritos nos catálogos dos mesmos. O número de
viaturas em circulação não satisfaz a necessidade de transporte dos utentes da urbe, a lotação
dos veículos é de 90 lugares, entretanto sobrecarregam-se mais acima da lotação prescrita, não
só, também os veículos efectuam paragens fora dos locais de sinalização onde podem fazer
descer e carregar passageiros para além de efectivação dos mesmos locais, e isto, tem
provocado avarias constantes como desgastes de disco de embraiagem, prenças e sistema de
travões, pneus, falta de baterias, devido a paragens bruscas.
As receitas diárias são produzidas dependente do estágio do veículo e dos operadores. Por
exemplo, o cobrador e o condutor divergem nos tempos de paragens nos locais de passageiros
pois também não estão pré-determinados pelo CMCP, dai que em média ficam 12 minutos em
cada paragem, por exemplo a rota de Maringanha (Zona da Baixa, Emulação, Praça dos
Heróis, Imbondeiro, PEP, Galp, Cerâmica, Gingone, Instituto de Formacao de Profissores
Alberto Chipande, ANE, SOS, Praia de Wimbe, Restaurante Wimbe, SAL, Mangueira,
Estufaria, Kauri e Maringanha) paragens de passageiros definidos pelo CMCP não contando
com paragens de emergência que de forma continua tem acontencido. Isso significa que, em
cada viajem os condutores fazem em média 3h:00 com uma produção de receita cerca de
3.000,00 conforme os nossos entrevistados, o que está muito abaixo do que se poderia
produzir com um bom plano e gestão das operações de circulação dos autocarros. Esta
disparidade ocorre por causa de paragens não programadas, isto traz consigo desgastes de
componentes nos sistemas mencionados, que no fim provoca avarias e paralisação da
circulação dos autocarros. Outrossim, é devido a falta de fiscalização ao longo das rotas.
43
CAPITULO VI. ANÁLISE DOS CUSTOS E PROCEDIMENTOS PARA
MANUTENÇÃO PREVENTIVA DAS VIATURAS DOS TRANSPORTES PÚBLICOS
DO CMCP
Como se pode constatar na tabela 1, existem duas marcas, sendo 6 viaturas da mesma marca e
o mesmo modelo, e uma viatura de marca diferente, que realizam esse tipo de serviço no
CMCP, todos com a mesma estrutura que procede o carregamento de pessoas, e por este
motivo criamos um padrão que permite desenhar um único procedimento de manutenção
preventiva para ser efectivado nessas viaturas.
As figuras a seguir, ilustram o estado da maior parte dos veículos parqueados devido a
deficiência mecânica e a gestão dos mesmos.
44
Pneu
danificado
Figura 1. Exemplo do estado de viatura parqueada com pneu danificado. (Fonte: Autor).
Figura 2. Exemplo do estado de viatura parqueada com desgaste de travão. (Fonte: Autor).
45
6.3. Análise dos Custos da Manutenção
Os dados desta análise foram solicitados para que se pudesse ter uma estimativa aproximada
dos custos de manutenção dos TPU do sector de transporte do CMCP.
Matricula
Período TOTAL (Mts)
AEB-609-MC AEB-604-MC AEB-606-MC
Janeiro 29,776.50 29,776.50 34,398.00 93,951.00
Março 24,277.50 29,776.51 71,498.70 125,552.71
Abril 0.00 0.00 10,840.05 10,840.05
Maio 27,378.00 27,378.00 28,372.50 83,128.50
Junho 0.00 20,124.00 28,080.00 48,204.00
Agosto 28,840.50 0.00 0.00 28,840.50
Diante destes resultados, verifica-se que o custo de maior relevância nas manutenções é pela
terceirização dos serviços. Como é verificado no gráfico abaixo, nota-se um registo de
pagamento de serviços de manutenção para a viatura com a matrícula AEB-606-MC.
46
O custo acima mostrado deve-se a vários factores como, à falta de inspecções sistemáticas,
falta de manutenções preventivas e falta de programação. Além de mais, sem procedimentos
reguladores para o controlo na utilização das viaturas, trás implicação no processo de
aquisição e troca de peças, nas mesmas, porque nem sempre se encontram disponíveis, de
maneira desejada. Um investimento em capacitação e manutenção preventiva levaria a uma
diminuição dos dispêndios dos tempos das paralisações das viaturas, o que geraria uma
diminuição do custo de operação, aumentando as receitas.
47
3) Para viabilização do estágio actual da frota de veículos, deve ser programado um plano
de manutenção correctiva geral, para sanar todas avarias que faz paralisar a circulação
de toda à frota;
4) Após a reposição da frota a circular, é preciso ter um plano de manutenção como segue
na Ficha 1. Plano de Manutenção;
48
PLANO DE MANUTENÇÃO
VIATURA DE TRANSPORTE PÚBLICO URBANO DA CIDADE DE PEMBA – MARCA: YUTONG Ano de 20_____
CRONOGRAMA
Descrição X 1000 Km
5 15 25 35 45 55 65 75 85 95 105 115 125 135 145 155 165 175 185
Inspecção
Óleo de Motor
Substituir Filtro de Óleo
Substituir Filtro de Combustível
Substituir Filtro de Ar
Substituir Filtro do habitáculo
Controlar Fluidos de Transmissão
Ajustar Sistema de ar comprimido
Controlar a tensão e Estado das Correias da
hélice
Controlar foles de exaustão e gaxetas de
vedação
Controlar disco de travão
Controlar disco de Embraiagem
Lubrificar Tirantes, Tracções, e Fechaduras
Lubrificar Manga de Eixo Dianteira
Controlar Motor e Caixa de velocidades
49
Controlar Porcas de Roda
Controlar Grampos de Molas e Parafusos de
Fixação
Controlar Direcção, Barra, Rótulas
Controlar Conexões, Fixações e Colocações
de Cabos: Bateria; Motor de arranque e
Alternador
Controlar Parafusos e Porcas: motor, caixa de
velocidades, eixos, chassis.
Controlar sistema de sinalização, luzes e
interruptores
Controlar Pneus: Estado e Pressão de Ar
50
6.5. Fichas de apoio para Manutenção Preventiva Programada
51
CHECK LIST - VERIFICAÇÃO DIÁRIA
MOTOR
Há fuga de óleo no motor?
Há fuga de óleo de combustível?
Há fuga do refrigerante?
Verifique a limpeza do óleo do motor e o nível
Verifique o nível do refrigerante
Verifique a vedação da admissão e linhas de exaustão
Verifique a tensão e a condição de desgaste da correia de
transmissão
O motor está anormal?
O terminar do gerador está fixo?
EMBRAIAGEM
O curso livre do pedal da embraiagem?
Verifique o nível de óleo no tanque de óleo
TRAVÃO
Há fuga/folga no sistema de travão?
Verifique o desempenho do travão de serviço
Verifique o desempenho do travão de estacionamento
DIRECÇÃO
Há fuga de óleo na caixa de direcção?
Verifique o curso livre do volante
Verifique a fixação de cada componente de direcção
52
SUSPENSÃO
O amortecedor tem folga/quebrado?
A mola da folha está danificada?
A altura do corpo é normal?
Há fuga de ar no sistema de suspensão?
EIXO DE TRANSMISSÃO
Anotações do Operador:
53
6.5.2. Ficha de Intervenção ou débito de Peças
A ficha 3 é uma ficha que é preenchida sempre que existe qualquer tipo de intervenção,
manutenção periódica ou acidental, podendo ou não haver substituição das peças, sendo o
tempo da intervenção registado apenas no caso de intervenção acidental, indicando-se nas
observações a causa da substituição da peça. Os dados recolhidos servirão de base para
actualizar o histórico das intervenções (ficha 5) ou de peças (ficha 6).
54
FICHA DE INTERVENÇÃO OU DÉBITO DE PEÇAS
Referência da
Descrição da Intervenção/Peça Horas Observação
Peça
55
6.5.3. Ficha de Ordem de Trabalho
56
ORDEM DE TRABALHO
Manutenção Preventiva/Correctiva
Marca/Modelo: Matricula:
Km Final:
Final: Final:
Operador: Responsável da OT:
Empresa
Executante:
57
6.5.4. Ficha de Histórico das Intervenções e Histórico de Peças
O histórico tanto das intervenções como das peças, integrará um arquivo no qual estarão as
informações sobre todas as reparações e peças utilizadas nos veículos ou equipamentos. Estas
fichas vão ser constituídas para todos os veículos e abrangidos pelo plano de manutenção
(ficha 1) e ordem de trabalho (ficha 4).
58
HISTÓRICO DAS INTERVENÇÕES
Intervenções
Intervenções
Intervenções
Nº Total das
Descrição das Intervenções
Tempo de Tempo de Tempo de
Km Intervenção Km Intervenção Km Intervenção
(Horas) (Horas) (Horas)
TMEF TMPR
59
HISTÓRICO DE PEÇAS
da Substituição
Tempo médio
Tempo médio
Substituição
1ª Substituição 2ª Substituição 3ª Substituição
Substituições
Nº Total das
entre
Descrição das Peças
Substituídas Tempo de Tempo de Tempo de
Km Intervenção Km Intervenção Km Intervenção
(Horas) (Horas) (Horas)
TMEF TMPR
60
A ficha de histórico, tanto de intervenções como de peças, por cada veículo, permite que o
sector de transporte tenha dados qualitativos e quantitativos para estabelecer-se a utilidade dos
veículos. Este histórico permite:
61
.
5. Obtenção de Custos por Cada Intervenção: no histórico devem ser incluídos os
dados sobre acessórios, substituídos, e mão-de-obra que foram necessários na
reparação, podendo com essa informação ter-se conhecimento sobre os custos que
envolvem a reparação, de por exemplo, um motor, caixa de velocidades, sistemas
hidráulicos, etc. Estes dados permitem controlar os custos da operação da frota.
Sempre que existir qualquer tipo de intervenção (manutenção periódica ou acidental) é aberta
uma obra e preenchido o respectivo registo através das fichas (fichas 3 e ficha 7 da
manutenção periódica. Com a ficha 7, possibilitara um maior controlo das intervenções feitas
e para que não haja falha durante as intervenções.
62
FICHA DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA
63
Grampos de Molas e Parafusos de fixação
Rótulas e Travões
Serviço de Inspecção Preventiva
Controlar: estado, função, estancamento, colocação,
danificação, corrosão e locais de atrito
Sistema de combustível
Eixos
Função de bloqueio da fechadura das portas
Accionamento dos travões
Conexões, fixações e colocações de cabos: bateria;
motor de arranque; alternador.
Ajuste da bomba de lubrificação
Embraiagem
Suspensão
Serviço de Controlo e de Conservação
Controlar Níveis de líquido
Sistema de Refrigeração e de Aquecimento
(controlar nível de fluido)
Óleo de motor
Direcção hidráulica
Accionamento da Embraiagem
Controlar: Funcionamento, Estado e Eficácia
Instalação Eléctrica: sistema de sinalização, luzes, e
interruptores.
Outros consumidores de corrente
Pneus: Estado e Pressão de Ar
Realizado por:___________________________________
Ficha 7. Manutenção Periódica. (Fonte: Autor)
64
6.6. Princípio de funcionamento das Fichas
65
CONCLUSÃO
De forma genérica, esse estudo pode-se concluir, através desta proposta de análise da
viabilidade do plano da manutenção preventiva em viaturas dos transportes públicos urbanos
do CMCP, que a manutenção preventiva planeada é indispensável para o bom funcionamento
de uma organização. Mas porém, o CMCP onde foi desenvolvido este trabalho não realiza
uma manutenção preventiva planeada, como ferramenta para a redução de tempos de
improdutividade dos veículos, principalmente para que estes se conservem em óptimas
condições de operação. Sendo a manutenção correctiva a mais privilegiada pela instituição, já
que em sua maioria a manutenção só ocorre quando o veículo apresenta avarias, tendo como
consequências negativas a perda de produção de receitas, implicando paragens inesperadas e
elevados custos de manutenção.
66
Aquisição de acessórios e sobressalentes para manutenção e para reparação do
equipamento motorizado – Orçamento (o preço dos acessórios nunca é o mesmo no
mercado, para ser predefino em aproximadamente 2 milhões de meticais, sabendo
que não tem um mercado do fabricante localmente), esta não é realidade, e não
corresponde a verdade.
Outro componente essencial, falta de fiscalização das rotas, por onde circulam os veículos,
deixando todo o sistema ao critério dos motoristas e cobradores, dai que eles levam tanto
tempo para completar uma rota, e fazem pouca receita.
A falta de uma constante capacitação dos técnicos e operadores, que realizam a operação e
manutenção é um factor que pode afectar os resultados esperados na utilização da frota.
Terminado o estudo ratifica-se a importância da manutenção preventiva no CMCP pelo seu
retorno, menor custo, maior tempo de disponibilidade dos veículos e equipamentos e aumento
da receita. Que este trabalho contribua de forma substancial para a implementação de novos
projectos de mudança de foco na gestão da manutenção de outras instituições municipais ou
empresas e que os dirigentes dos conselhos municipais vejam que o dinheiro gasto com a
implementação da manutenção preventiva, não é um custo, mas sim um investimento e o
maior beneficiado será o CMCP.
67
RECOMENDAÇÕES
68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[2] Fonseca, Júlio Sousa. (2002). Metodologia de Pesquisa Cientifica [PDF]. Brazil.
Disponível em: http://leg.ufpi.br/subsiteFiles/lapnex/arquivos/files/Apostila_METODOLOGI
A_DA_PESQUISA(1).pdf Acessado em 28/03/2017
[3] Flick, Uwe. (2009). Métodos de Pesquisa: Introdução à Pesquisa [PDF]. 3ª Edição. Porto
Alegre: Editora Artmed. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/docentes/geo/necioturra/PP
GG%20%20PESQUISA%20QUALI%20PARA%20GEOGRAFIA/flick%20%20introducao%
20a%20pesq%20quali.pdf Acesso em 10/04/2017
[5] Gil, António Carlos. (2007). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas S.A.
[6] Kardec, A., Nascif, J. (2007). Manutenção: Função Estratégica. Rio de Janeiro:
Qualitymark Editora.
[7] Kardec, A. & Nascif, Júlio. (2009). Manutenção: Função Estratégica [PDF]. 3ª Edição.
Rio de Janeiro: Editora Qualitymark. Disponivel em: https://www.passeidireto.com/arquivo/21
862338/manutencao---funcao-estrategica---3ed-alan-kardec--julio-nascif Acesso em
10/04/2017
[9] Lakatos, Eva Maria e Marconi, Marina de Andrade. (2009). Metodologia do Trabalho
Científico. 2ª Edição. São Paulo: Cortez Editora.
[10] Marconi, M. A. e Lakatos, E.M. (2003). Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5a.
Edição. São Paulo: Editora Atlas S.A.
[13] Viana, Herbet Ricardo Garcia. (2002). PCM – Planejamento e Controle de Manutenção.
1ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark.
QUESTIONÁRIOS
Nome:___________________________________________________________
Legenda:
1. Onde é que é feita a assistência técnica dos veículos? É efectivada no agente das
marcas?
( ) Sim
( ) Não
Porquê?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________
( ) Sim
( ) Não
Diga a localização:______________________________________________
Porque?
R__________________________________________________________________________
_____________________________________________________
Em caso do não, qual tem sido a solução para garantir a manutenção dos veículos?
R:_________________________________________________________________________
4. Qual é a periodicidade que é feita na manutenção dos veículos?
R:__________________________________________________________________________
____________________________________________________
R:__________________________________________________________________________
____________________________________________________
[ ] Inspecções Periódicas
[ ] Manutenção Preditiva
[ ] Manutenção Preventiva
[ ] Engenharia de Manutenção
[ ] Outros _____
( ) Sempre
( ) Raramente
( ) Nunca
R:______________________________________________________________
9. Como você classifica o nível de qualidade dos serviços de manutenção que são
feitos nos veículos?
( ) Muito Bom
( ) Bom
( ) Regular
( ) Péssimo
( ) Existem
12. As peças disponíveis são sempre adequadas, o que evita que os veículos
fiquem parados por falta delas?
( ) Na maioria das vezes as peças não são fornecidas por agente da marca dos veículos
( ) As peças disponíveis não são fornecidas por agente da marca dos veículos
( ) Sempre
( ) Raramente
( ) Nunca
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
16. O Conselho Municipal oferece treinamentos para os funcionários de manutenção
e operadores de veículos?
( ) Sempre
( ) Raramente
( ) Nunca
R:__________________________________________________________________________
____________________________________________________
( ) Sim
( ) Não
QUESTIONÁRIO PARA COBRADORES E MOTORISTAS DOS VEICULOS DE
PASSAGEIROS DO CMCP
Nome:___________________________________________________________
Legenda:
R:__________________________________________________________________________
____________________________________________________
R:__________________________________________________________________________
____________________________________________________
R:______________________________________________________________
R:______________________________________________________________
R:______________________________________________________________
R:______________________________________________________________
R:______________________________________________________________
R:______________________________________________________________
R:__________________________________________________________________________
____________________________________________________
( ) Não existe
R:__________________________________________________________________________
___________________________________________________
QUESTIONÁRIO PARA VEREADOR E DIRECTOR DE TRANSPORTE E
EQUIPAMENTO
Nome:________________________________________________________________
Legenda:
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
R:__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
6. É contabilizável o tempo efectivo que demora a realizar uma manutenção?
( ) Sim
( ) Não
7. Sabe-se com exactidão quais são os custos de perdas de intervenção por falha?
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
R:______________________________________________________________________
9. Estão disponíveis catálogos e informação técnica dos equipamentos?
( ) Sim
( ) Não
10. Existem registos, ou históricos, das manutenções de cada veículo de passageiros?
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
12. Está definido um orçamento anual para gastos de manutenção e obedece a uma
análise de necessidades?
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
( ) Sim
( ) Não
23. Está bem definido o ponto de pedido e as quantidades a reabastecer para cada
artigo no stock?
( ) Sim
( ) Não
OPINIÃO DO SUPERVISOR
Do trabalho desenvolvido, devo mencionar as várias fazes que mereceram muita atenção e
criatividade do autor. Primeiro pela deficiência de bibliografias nas nossas bibliotecas em
especial a da Faculdade Lúrio polo Pemba em relação as áreas ligada ao tema deste trabalho.
Mais mesmo assim, o autor mostrou o domínio nas pesquisas e análises dos conteúdos
relacionados ao tema. A segunda fase foi a recolha de dados no Conselho Municipal da Cidade
de Pemba (CMCP), o proponente apresentou-me muitas preocupações e dinâmica na resolução
das dificuldades.
Apesar das dificuldades na recolha de dados por motivos burocráticos que o autor enfrentou,
sinto-me convincente pela forma, domínio e um grau de independência extraordinário por
equilibrar e conciliar em tornar as dificuldades em soluções práticas.
Neste trabalho, o autor trouxe conhecimentos adquiridos durante o percurso estudantil como,
elaboração de um projecto científico, elaboração de um plano de manutenção e um programa
de manutenção, são bases estudadas na disciplina de Tribologia e Manutenção Industrial e
outras disciplinas técnicas.
Os resultados obtidos pelo autor, é de grande ênfase para a implementação e trará benefícios
ao CMCP na disponibilidade da frota das viaturas e um controlo nas receitas diárias,
sobretudo, uma maior gestão das manutenções. Os resultados e recomendações estão de
acordo com os objectivos traçados.
Para que este trabalho seja concreto no CMCP deve-se, formar uma equipe que somente vai
responder pela gestão dos veículos dos transportes públicos e conjuntamente devem ter uma
capacitação pelo autor e os respectivos tutores. E de seguida deve-se implementar o programa
de manutenção.
Recomendo que este trabalho deve ser publicado por meu conhecimento e submetido a defesa.
Engenheiro, Lic
_________________________________
Jasse.semente@unilurio.ac.mz
Pemba, aos_____/______/_______