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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

MESTRADO EM PLANEAMENTO TERRITORIAL E CONSERVAÇÃO DA

BIODIVERSIDADE

ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS

ANÁLISE CUSTO BENEFÍCIO DO PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DUMA PONTE

SOBRE O RIO TEMBWE – BAIRRO HERÓIS MOÇAMBICANOS

CIDADE DE CHIMOIO

Mestrandos:
Docentes:
Baptista João Boanha
Eng. Júlia Silota, MSc
Cidélio Pedro Buquine
Eng. Eduardo Mulima, PHD
David Luis Ofumane

Epifánio Caluane Benesse

José pedro Damião

Reginaldo Rapoio

Chimoio 2019
ÍNDICE

SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................................... i


CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1.1. Contextualização .............................................................................................................. 1
1.2. Apresentação do problema ............................................................................................... 2
1.3. Justificativa....................................................................................................................... 2
1.4. Objectivos......................................................................................................................... 3
1.5. Critérios considerados no projecto ................................................................................... 3
2. METODOLOGIA ................................................................................................................... 4
2.1. Análise da viabilidade financeira ......................................................................................... 4
2.2. Análise da viabilidade económica ....................................................................................... 6
2.2.1. Pressupostos considerados na análise económica ......................................................... 7
CAPÍTULO II: RESULTADOS ................................................................................................... 13
2.1. Identificação do projecto ................................................................................................ 13
2.2. Localização..................................................................................................................... 13
2.3. Problematização e justificativa do projecto ................................................................... 14
2.4. Objectivos do projecto ................................................................................................... 15
2.5. Análise financeira ........................................................................................................... 15
2.5.1. Custos de Investimento ........................................................................................... 15
2.5.2. Custos operacionais ................................................................................................ 16
2.5.3. Rentabilidade financeira ......................................................................................... 16
2.6. Análise económica ......................................................................................................... 17
CAPÍTULO III: CONCLUSÃO ................................................................................................... 19
3.1. Considerações finais .......................................................................................................... 19
ANEXOS ...................................................................................................................................... 20
SUMÁRIO EXECUTIVO

No âmbito da cadeira de Economia dos Recursos Naturais ministrado no curso de Planeamento


Territorial e Conservação da Biodiversidade, foi elaborado o presente documento, destinado a
apresentar o projecto de viabilidade económica e financeira para a análise custo benefício do
projecto de construção de uma ponte sobre o rio Tembwe no bairro Heróis Moçambicanos. A
construção da ponte representa uma oferta de mobilidade que proporcionará uma melhoria de
acessibilidade de pessoas e bens, redução de tempo e distância de percurso das viagens,
desenvolvimento social e económico do bairro em pauta. O financiamento em pleito corresponde
ao montante de 12.121.043,22 MT (doze milhões, cento e vinte um mil, quarenta e três meticais
e vinte e dois centavos) que será investido para a construção da ponte, aquisição de maquinarias,
materiais de construção, contratação da mão-de-obra entre outros serviços. Pela análise
prospectiva o projecto prevê um valor actual liquido económico - VALE de 2.244.638.213,45MT
(Dois Milhões, Duzentos e Quarenta e Quatro mil, Duzentos e Treze e Quarenta e Cinco
Centavos) e taxa interna de retorno económica - TIRE igual a 83%, demonstrando a viabilidade
económica do projecto.

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

A Autarquia de Chimoio, tal como as demais situadas nesta província de Manica, e as do


resto do país no seu todo, tendem a aumentar as necessidades de expansão de espaços
urbanos para a satisfação dos seus cidadãos em dispor de uma casa própria. Dentro da
autarquia de Chimoio, o Bairro Heróis moçambicanos possui uma grande área para sua
expansão, onde o município fez o parcelamento de terrenos e abertura de vias de acesso.
Portanto, o bairro é atravessado pelo rio Tembwe a jusante dividindo-o em duas zonas
dificultando o movimento de pessoas e bens de um tanto para o outro lado.

Este projecto apresenta um estudo de análise custo benefício para a construção duma ponte
sobre o rio Tembwe localizado no bairro Heróis Moçambicanos na cidade de Chimoio.

No presente documento faz-se uma apreciação dos efeitos financeiros e económicos da


ponte onde são descritos os investimentos, receitas bem como a análise prospectiva do
projecto.

O projecto em apreço tem por objecto a construção de uma ponte que divide duas zonas do
bairro Heróis Moçambicanos através do rio Tembwe.

No desenvolvimento deste documento, a metodologia utilizada teve como base as


recomendações da Comissão Europeia vertidas nos documentos intitulados “Manual de
Análise dos Custos e Benefícios dos Projectos de Investimentos (2004)”; Handbook of
External Costs of Transport (2014)” e orientações sobre a metodologia para a realização de
análises custo benefício disponíveis na literatura.

O presente documento está estruturado em três capítulos:

O primeiro capítulo é meramente científico, está dividida em duas partes, a primeira parte
sumariza a contextualização, problematização, objectivos e justificativa do trabalho. A
segunda parte reflecte a descrição metodológica da aplicação da análise custo benefício.

1
O segundo capítulo é apresentado os resultados. O capítulo inclui a apresentação do
Projecto propriamente dito, usando uma estrutura de projecto de investimento e
determinação da viabilidade financeira e económica do projecto.

O terceiro e último capítulo apresenta as principais conclusões sobre o projecto.

1.2. Apresentação do problema

O Bairro Heróis Moçambicanos encontra-se numa localização estratégica tanto para uma
rápida expansão urbana bem como o desenvolvimento económico por fazer fronteira com a
estrada nacional EN6. Por sua vez o bairro é atravessado pelo rio Tembwe dividindo-o em
duas zonas distintas.

O rio Tembwe está a criar dificuldades para a expansão das infra-estruturas públicas como
a rede de água e energia. Os utentes para deslocar a outra margem do rio percorrem
distancia média de 2,5Km facto que poderia ser mitigado com a construção da ponte e
trazer inúmeros benefícios para a sociedade.

A falta da ponte sobre o rio Tembwe tem sido uma limitação para expansão urbana no
bairro, um constrangimento para os utentes que vivem doutra margem do rio que fazem
deslocações diárias para a cidade, gastos excessivos de combustível e maior tempo de
viagens.

Portanto, olhando para o constrangimento que se vive no bairro em estudo, pensou-se que
este assunto é pertinente e merece especial atenção de modo a promover a melhoria do
bem-estar social, o que pensa-se fazer cumprir com a execução do presente projecto.

1.3. Justificativa

A construção da ponte sobre o rio Tembwe no bairro Heróis Moçambicanos representa uma
oferta de mobilidade que proporcionará tanto o desenvolvimento social bem como
económico das duas zonas em pauta.

A ponte possibilitará uma redução significativa do consumo de combustível o que implica


na redução significativa de danos ambientais e dos custos de transportes, aumentando a
competitividade de empreendimentos localizados ao longo do traçado da ponte/estrada,

2
proporcionando ainda a descentralização de investimentos e consequentemente a
catalisação de novos empreendimentos.

A ponte trará inúmeras vantagens para os munícipes de Chimoio como a redução das
distancias e tempo de deslocação, visto que actualmente para sair duma zona para outra
percorre-se cerca de 2,5 Km e com a ponte a distancia passa para 900m com a construção
da ponte, permitindo a travessia directa duma margem a outra do rio, possibilitando ainda o
aumento da mobilidade de pessoas e bens e instalação de infra-estruturas como água
canalizada, estradas e energia.

1.4. Objectivos
Geral:
Melhorar a transitabilidade entre as duas zonas do bairro Heróis Moçambicanos
atravessado pelo rio Tembwe

Específicos:

 Reduzir a distância percorrida pelos utentes duma zona a outra no bairro Heróis
Moçambicanos
 Facilitar a instalação de infra-estruturas e equipamentos sociais como estradas,
agua, energia
 Fazer fácil a circulação de pessoas e bens decorrente do rápido desenvolvimento da
área

1.5. Critérios considerados no projecto


Tabela 1: critérios do projecto

Critérios Aspectos
Período considerado do projecto 30 anos
Taxa de desconto financeiro 4,5% anual
Taxa de desconto económico 5,5% anual
Fonte: autor, 2019

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2. METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste projecto seguiu as recomendações propostas pela Comissão


Europeia e que está apresentada nas seguintes publicações:

 “Manual de Análise dos Custos e Benefícios dos Projectos de Investimentos (2004)”


 “Handbook of External Costs of Transport (2014)”

Foram também utilizadas as orientações sobre a metodologia para a realização de análises


custo benefício disponíveis na literatura.

A metodologia utilizada consistiu em determinar os custos e benefícios do projecto, e


calcular os indicadores chave financeiros e económicos, de acordo com o guia apresentada
pela Comissão Europeia.

Numa primeira fase, a análise focou-se nos impactes financeiros do projecto na óptica do
investidor. Esta análise permitiu determinar os indicadores financeiros do projecto.

Na avaliação económica do projecto a análise foi mais abrangente para incorporar


componentes
económicas adicionais da sociedade e assim determinar os indicadores económicos do
projecto.

2.1. Análise da viabilidade financeira

A determinação da análise financeira foi utilizada as previsões do cash-flow do projecto


para calcular as taxas de rentabilidade apropriadas, em especial a taxa (interna) de
rentabilidade financeira (TIRF) bem como o correspondente valor actual líquido financeiro
(VALF).

A análise financeira foi constituída por uma série de tabelas que reúnem os fluxos
financeiros do investimento, distribuídos entre os custos de investimento, custos de
operação, receitas e a análise do cash-flow para a determinação da viabilidade financeira do
projecto.

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Para a condução correcta da análise financeira, foram considerados os seguintes
pressupostos:

2.1.1. Horizonte temporal

Foi adoptado um horizonte temporal de 30 anos conforme as recomendações da comissão


europeia para projecto dessa envergadura;

2.1.2. Determinação dos custos totais

A determinação dos custos totais foi considerada de dois tipos: custos totais de
investimento e custos totais de Operação.

Custos totais de investimento – foram considerados custos de investimentos os gastos


directos ou indirectos relacionados com a construção da ponte, tais como aquisição de
maquinarias, contratação da mão-de-obra e materiais de construção o projecto assume que
estes custos serão incorridos durante o primeiro ano do projecto;

Custos totais de Operação – Os custos operacionais considerados na análise financeira são


as despesas correntes, incorridas à operação e manutenção da ponte, estas incluem os custos
com pessoal, matérias-primas, limpeza e manutenção, e energia.

2.1.3. Receitas

Tratando de projecto social, a construção da ponte não terá receitas do ponto de vista do
investidor.

2.1.4. Taxa de actualização

Segundo as recomendações da comissão Europeia, há necessidade de escolha de uma


taxa de actualização adequada na análise custo benefício de projectos. Esta taxa
representa a actualização de todos os custos e benefícios que ocorrem durante o período
de análise têm que ser descontados ao seu valor actual.

Para a Comissão Europeia para projectos dessa linha, recomenda-se usar taxas de 4%.

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2.1.5. Verificação da viabilidade financeira

A viabilidade financeira foi determinada a partir de dois principais indicadores de


desempenho (Valor actual liquido financeiro - VALF e taxa interna de retorno financeiro -
TIRF.

Esses indicadores foram determinados através de calculo de fluxos de caixa que por sua vez
obtidas através dos custos de investimentos e de operação.

2.2. Análise da viabilidade económica

A análise económica engloba benefícios mais vastos do que aqueles capturados na análise
financeira, como por exemplo os benefícios em redução do tempo de viagem, a variação
dos custos operacionais dos veículos, a variação do número de acidentes, e outras
externalidades.

Para a análise de viabilidade económica do projecto em análise foram consideradas as


principais
naturezas de benefícios que a Comissão Europeia, nos seus documentos de referência,
propõe para infra-estruturas desta natureza. Assim, no âmbito deste estudo foram
consideradas as seguintes naturezas de impactos:

 Impactos para os utilizadores do sistema de transportes


 Custos associados ao tempo de viagem, que quantificam o valor económico
da redução associado ao tempo despendido em viagem e combustível;
 Custos associados ao congestionamento;
 Custos operacionais e de manutenção associados ao transporte;
 Impactos ao nível das externalidades na sociedade
 Custos associados à poluição atmosférica, que quantificam o valor
económico associado à exposição da sociedade a estes elementos nocivos;
 Custos associados à sinistralidade rodoviária; que quantificam o valor
económico do não aproveitamento do capital humano de pessoas envolvidas
em acidentes rodoviários;
 Custos associados ao ruído, que quantificam o valor económico associado à
exposição da sociedade ao ruído produzido pelo sistema de transportes;

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2.2.1. Pressupostos considerados na análise económica

2.2.1.1. Taxa de actualização e período do projecto

No âmbito da análise económica, considerou-se uma taxa de desconto social de 5,5%,


segundo o valor proposto pela Comissão Europeia para projectos da área de transportes.

O período de projecto considerado foi o mesmo da análise financeira correspondente a 30


anos.

2.2.1.2. Correcções Fiscais


Segundo a metodologia proposta pela Comissão Europeia, os custos a considerar na análise
económica do projecto deverão ser ajustados a: correcções fiscais que representam os
impostos indirectos (por exemplo, IVA), subsídios e puros pagamentos de transferências
(por exemplo, pagamentos à segurança social).

Neste estudo não foi efectuada qualquer correcção fiscal, uma vez que se considerou que os
custos utilizados continham já todas as correcções relevantes para a análise, por se tratar de
um projecto social que não tem receitas liquidas directas, nem despesas com impostos, nem
subsídios e muito menos segurança social durante o funcionamento da ponte.

2.2.1.3. Benefícios para os utilizadores do sistema de transportes

 Tempo de viagem

Os benefícios associados a reduções do tempo de deslocação de pessoas reflecte o ganho


económico associado a um melhor aproveitamento do tempo, seja este aproveitamento feito
em actividades produtivas ou actividades de lazer. A determinação dos benefícios em
tempo depende do valor do tempo do utilizador que, por sua vez depende do motivo da
deslocação, nomeadamente se corresponde a uma deslocação pendular ou não, e do modo
de transporte utilizado.

A Comissão Europeia pretendeu normalizar o valor do tempo a ser usado em ACB para os
diferentes países da UE e criou uma comissão que compilou os valores usados em estudos
nos diferentes estados membros.

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A tabela 2 apresenta os custos em euros para diferentes motivos de viagens.

Tabela 2: factores de conversão por motivos de viagem

Valor utilizado (Euro/pax.h)


Motivo da viagem
Carro Outro
Serviço 23,01 18,47
Casa – Trabalho (>50 km)
6,05
Casa – Trabalho (<50 km) 8,41
Outro (>50 km)
7,05 5,07
Outro (<50 km)
Valor médio 10,61 6,29
Fonte: Handbook of External Costs of Transport (2014)

Neste estudo foi considerado os motivos de viagem de casa – trabalho e outros com
distâncias menor que 50 km, os factores de conversão foram cambiados usando uma taxa
de 1 Euro=65MZN).

Os preços sombra de redução de tempo de viagem foi determinado atraves da multiplicação


do factor de conversão pelo número de veículos estimados que passariam pela ponte.

 Congestionamento rodoviário

O conceito de impacte económico associado ao congestionamento rodoviário (ou à variação


das condições médias de circulação) está relacionado com os efeitos, em termos de conforto
e bem-estar, que cada utilizador da infra-estrutura rodoviária provoca nos restantes
utilizadores da infra-estrutura.

Assim, a construção da ponte sobre o rio Tembwe resulta numa redução do número de
veículos em circulação na Estrada Nacional EN6 e, consequentemente, em ganhos
económicos para os restantes utilizadores rodoviários.

Estes ganhos económicos estão associados, por exemplo, a uma melhoria da velocidade de
circulação ou ao aumento do sentimento de segurança por redução do número de veículos
em interacção nas vias.

Para a estimativa dos impactos económicos com congestionamento, a Comissão Europeia


propõe um conjunto de factores de custo, distintos para cada país membro da União
Europeia, para serem utilizados em Análises Custo-Benefício.

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A tabela 3 apresenta os factores de conversão de custos de congestionamento para veículos
ligeiros e BUS.

Tabela 3: factores de custos para congestionamento em euros

Congestionamento – factores de custos (Euros)


Tipo de Veiculo Capacidade livre Capacidade limite Média
Ligeiros 0,72 109,47 55,10
BUS 1,81 273,68 137,74
Fonte: Handbook of External Costs of Transport (2014)

Neste estudo foram usados factores de conversão médio para veiculos ligeiros, estes forma
convertidos para metical adoptando cambio de (1Euro=65MZN). Os preços sombra de
congestionamento foi determinado atraves da multiplicação do factor de conversão de
congestionamento pelo número de veículos estimados que passariam pela ponte.

 Custos operacionais dos veículos ligeiros

No âmbito desta análise foram considerados custos operacionais associados às seguintes


componentes: depreciação dos veículos, seguros, manutenção periódica, desgaste de pneus,
utilização de lubrificantes e consumo de combustíveis.

Para a determinação dos custos operacionais dos veículos ligeiros utilizou-se informação da
Comissão Europeia referente à utilização média de veículos e a custos médios (líquidos de
IVA) associados à utilização de tipo de veículos. Esta informação é apresentada na tabela 4.

Tabela 4: Factores de conversão para custos operacionais de veiculos

Custos Operacionais para veículos ligeiros (Euro/Veiculo-Km)


Depreciação 0,060
Manutenção 0,012
Pneus 0,010
Lubrificantes 0,002
Seguros 0,007
Combustivel 0,036
Media 0,127
Fonte: Handbook of External Costs of Transport (2014)

A determinação dos custos operacionais foi calculada atraves da multiplicação dos custos
médios operacionais pela estimativa do número de veiculos que passarão pela ponte.

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2.2.1.4. Impacto ao nível das externalidades

A construção da ponte tem um impacto económico indirecto pela relação que têm com a
melhoria da qualidade de vida e do bem-estar da sociedade.

Neste âmbito foi analisado o seguinte conjunto de benefícios:

 Redução da emissão de poluentes atmosféricos;


 Redução de sinistralidade rodoviária;
 Redução da poluição sonora (ruído);

i. Poluição atmosférica

Os veículos, ligeiros e pesados, são movidos a combustíveis fósseis e libertam para a


atmosfera elementos que têm a si associados um custo económico para a sociedade. Este
custo reflecte-se nos efeitos nocivos que a emissão de poluentes tem para a saúde
(problemas cardiovasculares e respiratórios) e termos de deterioração das infra-estruturas.

A redução das distâncias percorridas pelos veículos na estrada nacional EN6 para acessar a
outra zona do bairro em estudo, com a construção da ponte resulta na redução das emissões
de poluentes e consequente ganho económico para a sociedade pela sua menor exposição a
estes elementos.

Para o cálculo do custo associado às emissões de poluentes atmosféricas, utilizaram-se os


factores de custo propostos pela Comissão europeia através do documento “Handbook on
External Costs of Transport (2014)” que reflectem o custo marginal de cada quilómetro a
mais circulado.

Tabela 5: Factores de conversão para poluição atmosferica

Poluição atmosférica (Euro/veículo-km)


Ligeiros 0,69
BUS 5,04
Fonte: Handbook on External Costs of Transport (2014)

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ii. Sinistralidade rodoviária

O número de acidentes rodoviários é proporcional ao número e intensidade de veículos em


circulação na rede viária. Os benefícios com a redução da sinistralidade rodoviária
reflectem os ganhos económicos e sociais associados ao aproveitamento do capital humano,
seja em actividades produtivas ou de lazer, que deixa de estar envolvido em acidentes
rodoviários.

Na análise destes benefícios foi utilizada a metodologia proposta pela Comissão Europeia
através do documento “Handbook on External Costs of Transport (2014)” para a estimativa
dos Valor Estatístico da Vida.

Tabela 6: factores de conversão para sinistralidades rodoviarias

Sinistralidades rodoviárias (factores de conversão em euros)


Acidente/106 Euro/Acidente Factor Euro/veiculo -
veiculo -km correctivo km
Mortos 0,0032 886000 1,02 2,878
Feridos Graves 0,0110 115200 1,25 1,587
Feridos 0,1440 8,900 2,00 2,564
ligeiros
Fonte: Handbook on External Costs of Transport (2014)

iii. Ruído

A utilização de veículos para as deslocações diárias gera poluição sonora que tem
efeitos económicos negativos associados à exposição da sociedade ao ruído. A poluição
sonora varia consoante o modo de transporte em análise, a velocidade de percurso, e
tecnologia motora dos veículos.

A comissão Europeia através do documento “Handbook of External Costs of Transport


(2014)” propõe um conjunto de factores de custo marginal com poluição sonora,
distintos para cada país membro da UE, para serem utilizados em Análises Custo-
Benefício.

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Tabela 7: Factores de conversão para Ruído

Factores de conversão para Ruido (Euro/veiculo-km)


Ligeiros 6,80
BUS 34,10
Fonte: Handbook on External Costs of Transport (2014)

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CAPÍTULO II: RESULTADOS

2.1. Identificação do projecto

O projecto em questão tem por objecto a construção de uma ponte sobre o rio Tembwe
localizado no bairro Heróis Moçambicanos na cidade de Chimoio.

O bairro em apreço é atravessado pelo rio Tembwe dividindo-o em duas zonas. Esta divisão
tem ocasionado baixo desenvolvimento económico e instalação de infra-estruturas sociais
entre ambas zonas.

A construção dessa ponte poderá trazer inúmeras vantagens como a seguir são enumeradas:

 Desenvolver o bairro Heróis Moçambicanos nas duas margens do rio Tembwe


 Melhoria do desempenho das travessias actuais;
 Redução de tempos e distâncias de percurso das viagens;
 Melhoria da acessibilidade das áreas ou regiões periféricas;
 Redução de congestionamentos, eliminando limitações de capacidade nas redes e
nós únicos ou construindo novas vias de acesso.

A ponte terá uma extensão de aproximadamente 12 metros de comprimentos e 4,5 de


profundidade.

2.2.Localização

A Parcela em questão localiza-se no bairro Heróis Moçambicanos, na Cidade de Chimoio,


tendo como acesso principal o troço de cerca de 950m a partir do desvio da Estrada
Nacional EN6 conforme indicação em peça desenhada na figura 1. Através do acesso
secundário existe acesso num troço de cerca de 2.5km.

A figura seguinte apresenta a inserção territorial da ponte em estudo. Esta ponte permitirá
que se materializasse a operação de uma nova linha rodoviária que se desenvolve ao longo
do tronco comum entre as duas margens do rio Tembwe nas zonas A e B.

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Zona B

Zona de construção
da ponte

Actual rota para


deslocar de zona
A para B
Zona A

ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO DA ÁREA DE


Elaboração: Grupo V ESTUD- BAIRRO HEROIS MOÇAMBICANOS

Figura 1: localização da área de estudo

2.3.Problematização e justificativa do projecto

A urbanização e o surgimento de aglomerados de pessoas, está sempre associado a


necessidade de existência de vias de acesso para a mobilidade de pessoas e bens.

No bairro Heróis Moçambicanos, a falta da ponte sobre o rio Tembwe que divide o bairro
em duas zonas, tem dificultado a catalisação da expansão urbana na outra margem do rio.

Actualmente para chegar na outra margem do rio, os utentes percorrem uma distancia
aproximadamente de 2,5Km, facto que poderia ser evitado com a construção da ponte
passando a distancia de acesso a outra zona do bairro para 900m, dessa forma torna-se
relevante a construção da ponte, pois poderá trazer inúmeros efeitos sociais positivos desde

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a redução de custos de transporte até a facilidade de mobilidade pessoas e bens entre as
duas zonas do bairro em apreço.

2.4. Objectivos do projecto

Com a construção da ponte sobre o rio Tembwe no bairro Heróis Moçambicanos, pretende-
se melhorar a mobilidade entre as duas zonas, contribuir para o desenvolvimento urbano
adequado e como óbvio, melhorar as condições de vida e o bem-estar dos citadinos de
Chimoio.

Do ponto de vista do projecto, este documento pretende aplicar a análise custo beneficio
para prever a viabilidade financeira e económica do projecto. Assim os objectivos deste
documento prendem-se em:

 Apresentar uma metodologia detalhada sobre a aplicação da análise custo beneficio


para a construção da ponte sobre o rio Tembwe
 Efectuar a análise da viabilidade financeira
 Efectuar a análise da viabilidade económica
 Demonstrar a viabilidade do projecto

2.5.Análise financeira

2.5.1. Custos de Investimento

O presente projecto está orçado no montante de 12.121.043,22 MT (doze milhões, cento e


vinte e um mil, quarenta e três meticais e vinte e dois centavos). A tabela a seguir apresenta
em síntese as principais rubricas de despesas (vide em anexo a tabela de orçamento mais
detalhada).

Tabela 8: Custos de investimento do projecto

Itens. Descrição Preço


1. Preliminares e Gerais 1.028.000,00
2. Preparação e limpeza do local de Trabalho 144.000,00
3. Escavações para fundações sem enrocamento 36.672,00
4. Betão de limpeza (Classe B15/20) nas fundações 37.950,00
5. Betão B20 nas fundações 329.400,00

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6. muros de encontro e pilares em betao B25 451.600,00
7. Armaduras de betão nos encontros 982.062,25
8. Armaduras dos tabuleiros 800.712,25
9. Betão B30 nos tabuleiros 1.902.060,00
10. Drenagem atráz dos encontros 41.619,50
11. Base de Solos de rampas de accessos 1.260.000,00
12. Aterro em volta de estruturas 3.000.000,00
13. Tubos PVC de diâmetro 75mm 24.090,00
14. Parapeitos em tubo de ferro galvanizado de diâmetro 75mm 130.000,00
15. Ferrolhos (Tarrugos) nos encontros e pilares 19.200,00
16. Colocação de sinais rodoviárias verticais 60.000,00
17. Controlo de qualidade 112.500,00
18. Sub total 10.359.866,00
19. IVA (17% do valor dos trabalhos) 1.761.177,22
20. Custo total de investimento 12.121.043,22
Fonte: elaboração do grupo, 2019

2.5.2. Custos operacionais

Os gastos a serem incorridos nesta fase de operação do projecto são atinentes a despesas de
manutenção. Esta manutenção será efectuada periodicamente (antes da época chuvosa e
depois da época chuvosa de cada ano). A tabela a seguir apresenta as despesas incorridas
pela manutenção da ponte.

Tabela 9: Custos totais de operação

Item Descrição Qty / Ano Un Preço Unit Total (MT) /


(MT) Ano
1. Custos de operação
1.1. Contratação de mão-de-obra 2 5 4.500,00 45.000,00
1.2. Despesas pela manutenção das vias de 2 Un. 50.000,00 100.000,00
acesso
1.3. Manutenção das guardas 2 un 10.000,00 20.000,00
1.4. Total de custos totais de operação -- -- -- 165.000,00
Fonte: elaboração do grupo, 2019

2.5.3. Rentabilidade financeira


Durante o cálculo dos fluxos de caixa, foram considerados para a actualização dos cashflow
uma taxa de 4,5% segundo as recomendações da comissão Europeia para projectos dessa
natureza.

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Os valores de fluxo de caixa foram normalizados para custos totais anuais do projecto. O
cálculo de TIRF e VALF foi considerado para um período de 30 anos.
A análise da viabilidade financeira retornou num VALF negativo (tabela 10).

Tabela 10: Indicadores de viabilidade financeira

Indicador Valor
TIRF ----
VALF -14.808.709,8
Fonte: elaboração do grupo, 2019

Conforme a tabela 10, justifica-se o valor negativo de VALF por se tratar de um projecto
social sem fins lucrativos, sendo assim a falta de receitas correntes influenciou nos
resultados de VALF e TIRF (vide em anexo a tabela 14 a viabilidade financeira).

2.6.Análise económica

Na análise económica foram feitos os cálculo das externalidades, atribuídos os preços de


mercado a preços sombra e calculada a rentabilidade económica do projecto.

No estudo foi considerado que a construção da ponte resulta em ganho para a sociedade,
assim os efeitos económicos aqui considerados incluíram: a redução do tempo de viagem,
redução do congestionamento rodoviário, redução dos custos operacionais dos veículos e
efeito ao nível das externalidades positivas.

Os factores de conversão para preços sombra aqui considerados foram extraídos do


recomendado pela Comissão Europeia, os factores em euros foram cambiados adoptando
uma taxa de câmbio de 1 euro=65 MZN.

Para o estudo foi considerado um número estimado de 101 veículos que poderão passar
pela ponte por dia. Este valor foi estimado olhando para o bairro Heróis Moçambicanos,
segundo o Conselho Municipal, possui cerca de 2745 habitantes, o estudo considerou que
dentre a população que está concentrada próximo a margem do rio Tembwe,
aproximadamente 4% possui um carro próprio.

17
A tabela 11 apresenta os cálculos de preços sombra que seriam os ganhos dos utentes do
bairro com a construção da ponte olhando para diferentes efeitos económicos.

Tabela 11: Efeitos económicos da construção da ponte

Itens. Efeito Económico Pressuposto Factor de conversão Estimativa da Receita total


(MZN) frota/no acidentes
1. Impacto sobre o sistema de transporte
1.1. Casa.trabalho<50km 546,65 101veiculos 55211,65
Tempo de Viagem
Outros <50km 458,25 101 veiculos 46283,25
Sub total --- 101494,9
1.2. Congestionamento Carros 3581,5 101 veiculos 361731,5
rodoviário

1.3. Custos operacionais 8,26 834,26


dos veículos ligeiros
2. Impacto ao nível das externalidades
2.1. Poluição atmosférica 44,85 101 veiculos 4529,85
2.2.
2.2.1. Mortos 57590000 2 acidentes 115180000
Sinistros
2.2.2 feridos graves 7488000 2 acidentes 49976000
2.2.3 ligeiros 578500 2 acidentes 1157000
2.3.
Ruídos
2.4. carros ligeiros 442 101 veiculos 44642
3. Soma 166927727,4
Fonte: elaboração do grupo, 2019

No cálculo do fluxo de caixa, foi considerada uma taxa de actualização igual a 5,5%. Os
custos de investimentos e de operação da ponte foram os mesmos da análise financeira.
A determinação da viabilidade económica retornou num valor actual líquido económico
(VALE) igual a 2.244.638.213,45MT (Dois Milhões, Duzentos e Quarenta e Quatro mil,
Duzentos e Treze e Quarenta e Cinco Centavos) e TIRE igual a 83%.

A tabela 12 apresenta os indicadores de viabilidade económica do projecto (vide em anexos


a tabela 15 o calculo da viabilidade económica.

Tabela 12: Indicadores de rentabilidade económica do projecto

Indicador Valor
TIR 83%
VAL 2.244.638.213,45
Fonte: elaboração do grupo, 2019

18
CAPÍTULO III: CONCLUSÃO

3.1. Considerações finais

Este trabalho avaliou positivamente a viabilidade técnico-económica do projecto para a


construção da ponte sobre o rio Tembwe no bairro Heróis Moçambicanos. Foi constatado
que a implementação do projecto poderá gerar um valor económico em várias componentes
de benefícios potenciais a sociedade, das quais se destacam: redução do tempo e da
distância média
percorrida nas viagens, redução de congestionamentos, melhoria do desempenho das
travessias actuais e desenvolver o bairro Heróis Moçambicanos nas duas margens do rio
Tembwe.

Do ponto de vista económico, concluiu-se que os benefícios económicos gerados pelo


projecto são superiores aos seus custos de investimento e funcionamento demonstrando
assim claramente a viabilidade económica do projecto.

Os resultados dos indicadores de viabilidade económica do projecto apresentaram o VALE


de 2.244.638.213,45MT (Dois Milhões, Duzentos e Quarenta e Quatro mil, Duzentos e
Treze e Quarenta e Cinco Centavos) e TIRE igual a 83%, permitindo concluir que a
sociedade, como um todo, beneficiará da construção e funcionamento da ponte sobre o
Tembwe.

Do ponto de vista financeiro, o cálculo do fluxo de caixa retornou num valor actual líquido
(VALF) negativo. O perfil do fluxo de caixa financeiro com valores negativos não permitiu
o cálculo da taxa interna de retorno financeiro (TIRF) uma vez que, por se tratar dum
projecto social, não prevê receitas do ponto de vista do investidor.

Em suma, a análise custo beneficio feita para o projecto justifica a importância do


financiamento para a construção da ponte sobre o rio Tembwe uma vez que o trabalho
comprova a sua viabilidade técnica e económica e demonstra que o VALE é superior ao
VALF.

19
ANEXOS
Tabela 13: Custos de Investimentos do projecto

Item Descrição Unudade Quantidades Preço Valor Total


Unitário

1. Preliminares e Gerais
1.1 Mobilização da Obra vg 1,00 600.000,00 600.000,00
1.2 Desmobilização da Obra vg 1,00 250.000,00 250.000,00
1.5 Conformidade com condições
especiais do contrato
Desvio de agua durante a construcao vg 1,00 120.000,00 120.000,00
1.5. Programa de combate a HIV / SIDA sp 1,00 28.000,00 28.000,00
3
1.6 Produção e colocação de paineis un 1,00 30.000,00 30.000,00
informativos da obra

2. Ponte de 3 vaos (C x h): 4,0m x 1.50m,


cada
2.2. Preparação e limpeza do local de
Trabalho
Escavação e remoção de solos m3 360,00 400,00 144.000,00
impróprios (em quantidade)

2.3. Escavações para fundações sem


enrocamento
2.3. Volume de escavação em solos
1 normais
2 Encontros
.3.1.1
2 Cortinas laterais m3 16,80 400,00 6.720,00
.3.1.1.1
2 Muros de Ala m3 74,88 400,00 29.952,00
.3.1.1.2
2 Pilares ( 2 un) m3 400,00 0,00
.3.1.3.1

2.4. Betão de limpeza (Classe B15/20) nas


fundações
2.4. Encontros
1
2 Fundo de cortinas m3 0,21 11.500,00 2.415,00
.4.1.1
Muros de Ala 0,54 11.500,00 6.210,00
Placa inferior 2,55 11.500,00 29.325,00
2 Pilares ( 2 un) m3 0,00 11.500,00 0,00
.4.1.2
2 0,00
.4.2.1

2.5. Betão B20 nas fundações

20
2.5. Encontro
1
2 Muros do Testa m3 2,10 18.000,00 37.800,00
.5.1.1
Muros de Ala m3 3,60 18.000,00 64.800,00
Pilares
2 Pilares (2 un) m3 12,60 18.000,00 226.800,00
.5.1.2

2.6. muros de encontro e pilares em betao


B25
2.6.
1
2 Muros de Testa m3 8,40 20.000,00 168.000,00
.6.1.1
Muros de Ala 10,80 20.000,00 216.000,00
2 Pilares (2 un) m3 3,38 20.000,00 67.600,00
.6.1.2

2.7. Armaduras de betão nos encontros


2.7. Encontros
1
2 Sapatas
.7.1.1
2 - Diâmetro Y10 mm (Classe kg 834,80 200,00 166.960,00
.7.1.1.1 A40, fy = 400 N/mm2) em muros de
cortinas laterais
2 - Diâmetro Y12 - (Classe kg 837,31 200,00 167.462,00
.7.1.1.2 A40, fy = 400 N/mm2)
- Diâmetro Y- 25 mm (Classe kg 215,60 300,00 64.680,00
A40, fy = 400 N/mm2)- encoragem

2 Sapatas dos muros de ala


.7.1.1
2 - Diâmetro Y6 - 12 mm kg 700,46 200,00 140.092,00
.7.1.1.1 (Classe A40, fy = 400 N/mm2)
2 - Diâmetro Y16 - (Classe kg 1.148,79 275,00 315.917,25
.7.1.1.2 A40, fy = 400 N/mm2)
- Diâmetro Y- 25 mm (Classe kg 423,17 300,00 126.951,00
A40, fy = 400 N/mm2)- encoragem

2.8. Aparelhos de apoio (Amortecedores) de


Neoprena com as seguintes dimenções
30cm de comprimento x 30cm de largura x
3 cm de espessura
2.8. Encontros un 1.080,00 0,00
1
2.8. Pilares un 1.080,00 0,00
2

2.9. Armaduras dos tabuleiros


2.9. Malha superior

21
1
2 - Diâmetro 12 mm (Classe kg 803,14 200,00 160.628,00
.9.1.1 A40, fy = 400 N/mm2) (Ferro principal)
2 - Diâmetro 12 mm (Classe kg 619,98 200,00 123.996,00
.9.1.2 A40, fy = 400 N/mm2) (Ferro de
distribuicao)

Malha inferior
2 - Diâmetro 16 mm (Classe kg 1.425,79 275,00 392.092,25
.9.1.1 A40, fy = 400 N/mm2) (Ferro principal)
2 - Diâmetro 12 mm (Classe kg 619,98 200,00 123.996,00
.9.1.2 A40, fy = 400 N/mm2) (Ferro de
distribuicao)
2 - Diâmetro Y16 - 25 mm kg 300,00 0,00
.9.1.2 (Classe A40, fy = 400 N/mm2) (Cavaletas)

2.10. Betão B30 nos tabuleiros


2.1
0.1
2 Laje do tabuleiro m3 80,00 22.500,00 1.800.000,00
.10.1.1
2 Pilarettes m3 4,54 22.500,00 102.060,00
.10.1.2

2.11. Drenagem atráz dos encontros


2.1 Entrada
1.1
2 Escavação de trincheira [17,95 x m3 6,00 400,00 2.400,00
.11.1.1 0,60m x 2,72m] atraz do encontro
2 Betão de B15 sem finos no leito m3 1,41 9.000,00 12.672,00
.11.1.2 do trincheiro [[17,95 x 0,20m x 0,15m]
atraz do encontro
2 Aterro de materiais granulares m3 18,50 1.435,00 26.547,50
.11.1.3 [17,95 x 0,20m x 2,72m] atraz do encontro

2.12. Base de Solos de rampas de accessos


2
.12.1
2 Base de solos estabilizados
.12.1.1 mecanicamente (Camada de Saibro)
DTM 6 km (5 km até 7 km) m3 1.050,00 1.200,00 1.260.000,00

2.13. Aterro em volta de estruturas m3 4.000,00 750,00 3.000.000,00

2.14. Tubos PVC de diâmetro 75mm para relevo


de pressão hidráulico nos muros de apoio
2.1 Nos muros de Encontros
4.1
2 Muros de Testa m 19,80 550,00 10.890,00
.14.1.1
2 Muros de Alas m 24,00 550,00 13.200,00

22
.14.1.2

2.15. Parapeitos em tubo de ferro galvanizado de


diâmetro 75mm
2.1 Duas filas de tubos galvanizados de m 100,00 1.300,00 130.000,00
5.1 75 mm de diametro

2.16. Ferrolhos (Tarrugos) nos encontros e 38,40 500,00 19.200,00


pilares

2.17. Colocação de sinais rodoviárias m2 2,40 25.000,00 60.000,00


verticais

2.18. Controlo de qualidade


2.1 Ensaio de granulometria un 6,00 2.500,00 15.000,00
8.2
2.1 Ensaios de betão para a resistência a un 27,00 2.500,00 67.500,00
8.3 compressão de cubos
2.1 Ensaio de garrafa de areia un 6,00 2.500,00 15.000,00
8.4
2.1 Ensiao de 'CBR' un 6,00 2.500,00 15.000,00
8.5

SUB TOTAL 10.359.866,00


IVA (17% DO VALOR DOS TRABALHOS) 1.761.177,22
CUSTO TOTAL 12.121.043,22

23
Tabela 14: Fluxo de caixa e análise financeira do projecto

Período Investimento Receitas Custos totais Receita Cash Flow de Cachs Flow Taxa de CF Actualizado CF
inicial Totais de Exploração liquida Exploração Total=CF Actualizacao acumulado
(R) (C) Inv+CF Exp. (Tr=4,5%) Actualizado

0 12.121.043,22 0 0,00 0,00 12.121.043,22 -12.121.043,22 1 -12121043,22 -12121043


1 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,956937799 -157894,7368 -12278938
2 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,915729951 -151095,442 -12430033,4
3 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,876296604 -144588,9397 -12574622,3
4 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,838561344 -138362,6217 -12712985
5 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,802451047 -132404,4227 -12845389,4
6 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,767895738 -126702,7968 -12972092,2
7 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,734828458 -121246,6955 -13093338,9
8 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,703185127 -116025,5459 -13209364,4
9 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,672904428 -111029,2306 -13320393,7
10 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,643927682 -106248,0675 -13426641,7
11 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,616198739 -101672,7919 -13528314,5
12 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,589663865 -97294,5377 -13625609
13 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,564271641 -93104,82077 -13718713,9
14 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,539972862 -89095,52227 -13807809,4
15 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,516720442 -85258,87298 -13893068,3
16 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,494469323 -81587,43826 -13974655,7
17 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,473176385 -78074,1036 -14052729,8
18 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,452800369 -74712,06086 -14127441,9
19 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,433301788 -71494,79508 -14198936,7
20 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,41464286 -68416,07185 -14267352,7
21 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,396787426 -65469,92521 -14332822,7
22 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,379700886 -62650,64614 -14395473,3

1
23 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,36335013 -59952,77142 -14455426,1
24 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,347703474 -57371,07313 -14512797,2
25 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,332730597 -54900,54845 -14567697,7
26 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,318402485 -52536,41 -14620234,1
27 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,304691373 -50274,07656 -14670508,2
28 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,291570692 -48109,16417 -14718617,3
29 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,279015016 -46037,47767 -14764654,8
30 0 165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 -165.000,00 0,267000016 -44055,00256 -14808709,8

Tabela 15: fluxo de caixa e analise da viabilidade económica

Período Investimento Receitas Custos Receita liquida Cash Flow de Cachs Flow Taxa de CF CF acumulado
inicial Totais (R) totais de Exploração Total=CF Actualizacao Actualizado Actualizado
Exploração Inv+CF Exp. (Tr=5,5%)
(C)
0 12.121.043,22 -12.121.043,22 1 -12.121.043,22 -12.121.043,22
1 166927727,4 165.000,00 166.762.727,40 166.762.727,40 166.762.727,40 0,947867299 158068935,9 -20979834,7
2 166927727,4 165.000,00 166.762.727,40 166.762.727,40 166.762.727,40 0,898452416 149828375,3 128848540,6
3 166927727,4 165.000,00 166.762.727,40 166.762.727,40 166.762.727,40 0,851613664 142017417,3 270865957,9
4 166927727,4 165.000,00 166.762.727,40 166.762.727,40 166.762.727,40 0,807216743 134613665,7 405479623,6
5 166927727,4 165.000,00 166.762.727,40 166.762.727,40 166.762.727,40 0,765134354 127595891,7 533075515,3
6 166927727,4 165.000,00 166.762.727,40 166.762.727,40 166.762.727,40 0,725245833 120943973,2 654019488,5
7 166927727,4 165.000,00 166.762.727,40 166.762.727,40 166.762.727,40 0,687436809 114638837,1 768658325,6
8 166927727,4 165.000,00 166.762.727,40 166.762.727,40 166.762.727,40 0,651598871 108662404,8 877320730,4
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