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UNIVERSIDADE WUTIVI

FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FÍSICO

Curso de Licenciatura em Engenharia Civil

ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE ALVENARIA


EM BLOCO DE BETÃO, TIJOLO CERÂMICO E DE PEDRA, CASO DE ESTUDO:
ESCOLA PRIMARIA DE MAVIVE MOAMBA

Autor: Altenor Denílson Julião Mahanzul

Docente: Bernardo Nhassengo

Maputo, Outubro de 2022


UNIVERSIDADE WUTIVI

FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FÍSICO

Curso de Licenciatura em Engenharia Civil

Proposta de projecto final de curso

ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE ALVENARIA


EM BLOCO DE BETÃO, TIJOLO CERÂMICO E DE PEDRA, CASO DE ESTUDO:
ESCOLA PRIMARIA DE MAVIVE MOAMBA

Autor: Altenor Denílson Julião Mahanzul

Maputo, outubro de 2022


ÍNDICE

ÍNDICE DE FIGURAS..........................................................................................................IV
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO..............................................................................................1

1.3.1. PROBLEMATICA...............................................................................................2
1.3.2. PERGUNTAS DE PARTIDA.................................................................................2
1.3.3. HIPÓTESES.......................................................................................................2
1.4. OS OBJECTIVOS.......................................................................................................2

1.4.1. OBJECTIVO GERAL...........................................................................................2


1.4.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS................................................................................3
1.5. JUSTIFICATIVA.........................................................................................................3

2. LEITURA BIBLIOGRÁFICA................................................................................................3
2.1. BREVE HOSTORIAL..................................................................................................3

2.2. DEFINIÇÃO DE ALVENARIA.....................................................................................5

2.3. CLASSIFICAÇÃO DE ALVENARIA..............................................................................6

2.3.1. ALVENARIA DE VEDAÇÃO................................................................................6


2.3.2. ALVENARIA ESTRUTURAL................................................................................7
2.4. TIPOS DE PAREDE DE ALVENARIA...........................................................................9

2.4.1. PAREDE DE TERRA CRUA...............................................................................10


2.4.2. PAREDE DE ALVENARIA DE PEDRA................................................................12
2.4.3. PAREDES DE ALVENARIA DE TIJOLOS DE BARRO VERMELHO.......................14
2.4.4. PAREDES DE ALVENARIA DE BLOCOS DE BETÃO...........................................15
3. A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO..........................................................................17
Avaliação econômica em termos de custos diretos na aplicação dos diversos tipos
alvenaria..........................................................................................................................17
4. ESTUDO DE CASO.........................................................................................................17
4.1. ENQUADRAMENTO E DESCRIÇÃO GERAL DO EDIFÍCIO.......................................17

4.2. ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE ALVENARIA EM


BLOCO DE CIMENTO, TIJOLO CERÂMICO E DE PEDRA................................................18

4.2.1. ALVENARIA EM BLOCO DE CIMENTO............................................................18


4.2.2. ALVENARIA EM TIJOLO CERÂMICO...............................................................26

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4.2.3. ALVENARIA EM ALVENARIA DE PEDRA.........................................................30
5. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS...................................................................36
5. CONCLUSÃO.................................................................................................................38
6. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO........39

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL III


ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Muralha da China.............................................................................................5

Figura 2: Coliseu de Roma...............................................................................................6

Figura 3: Edifício Monadnock.de Chicago.......................................................................6

Figura 4: Alvenaria de vedacao........................................................................................8

Figura 5: Alvenaria estrutural. >.....................................................................................9

Figura 6: Aldeia em terra na Argélia (à esquerda) e edifício em terra (adobe) na Índia


(à direita).........................................................................................................................11

Figura 7: A Pirâmide de Quéops....................................................................................13

Figura 8: Troço da Via Ápia (à esquerda) e a Torre de Belém (à direita), em Lisboa.. 14

Figura 9: Alvenaria em parede de tijolo de barro vermelho..........................................15

Figura 10: Parede de alvenaria em bloco de betão........................................................16

Figura 11: Planta de piso do Edifício.............................................................................19

Figura 12: Esquema de assentamento de um bloco de alvenaria...................................23

Figura 13: Esquema de assentamento de um tijolo........................................................28

Figura 14: Ilustração do sistema constutivo de alvenaria em pedra..............................32

Figura 15: Custos directos para os tipos de alvenaria em estudo..................................37

Figura 16: Variação percentual comparativamente aos custos directos de concepção de


alvenaria em bloco de cimento........................................................................................38

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL IV


1. INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

Na área de construção civil, a escolha dos materiais para a concepção de uma estrutura é
uma arte, que deve ser conjugada com a segurança, comodidade de uso e economia na
concepção da mesma.

Com o processo de urbanização ainda crescente e com a multiplicação do número de


construções civis dos últimos anos em Moçambique, a necessidade de se construir mais
rapidamente e de forma mais racionalizada aumentou consideravelmente.

Com a obrigação de contribuir com novos empreendimentos no mercado imobiliário, é


de suma importância e necessidade, levar em consideração parâmetros com melhores
técnicas construtivas para promover o crescimento e possibilitar melhores investimentos
na área da construção civil. Nos dias de hoje, a sociedade se deparou com novas
exigências e com uma competitividade maior no meio da construção civil, por isso, a
aplicação de novas técnicas e novos métodos construtivos, foram renovadas e
relacionadas à eficiência com um menor custo do empreendimento.

Uma das maiores prioridades das empresas no ramo da construção é a economia na


execução das obras, construir passa a ser uma questão de custo e controle de gastos,
dessa forma, observa-se a busca por novas técnicas que facilitem o serviço. O objectivo
dos empreendimentos é atuar na relação preço e qualidade.

O presente trabalho consiste na elaboração da Análise Comparativa dos Custos de


Construção de Alvenaria em Bloco Vazado, Tijolo e de Pedra, onde inicialmente será
feita uma descrição geral dos tipos de alvenaria, a composição de materiais e processos
construtivos de cada tipo e posteriormente a respetiva comparação dos custos de
execução de cada tipo, com intuito de avaliar a aplicabilidade das mesmas.

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1.3.1. PROBLEMATICA

Em Moçambique, em várias obras, não tem se recorrido a estudos de viabilidade para a


concepção das edificações, o que resulta posteriormente no despendimento de custos
vultosos em determinadas obras, ou ainda o surgimento de patologias, facto que reduz
índice de confiança da construção.

“Vários edifícios em Moçambique, tem apresentado um estágio de degradação


estritamente avançado, que resultantes da aplicabilidade incorreta das soluções para
problemas específicos, o que afeta na economia, segurança e comodidade de uso dos
mesmos.”

1.3.2. PERGUNTAS DE PARTIDA

 Como escolher a solução de alvenaria mais econômica, segura e rápida de


executar de modo a maximizar o lucro das empresas?

1.3.3. HIPÓTESES

De acordo com o problema a ser investigado e em concordância com a pergunta de


partida, consideram-se as seguintes hipóteses de trabalho:

H(0): Elaborando previamente um estudo de viabilidade baseado em soluções


inovadoras.

H(1): Elaborando previamente um estudo de viabilidade baseado em um histórico de


soluções já aplicadas em outras obras.

1.4. OS OBJECTIVOS

1.4.1. OBJECTIVO GERAL

 Analisar comparativamente os custos de construção de alvenaria em bloco de


betão, tijolo cerâmico e de pedra.

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1.4.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Elaborar plantas da respetiva área em estudo;


 Descrever os processos construtivos dos variados tipos de solução em alvenaria;
 Elaborar a estimativa de custos diretos para a cada solução;
 Comparar os custos diretos de aplicação de cada tipo de solução.

1.5. JUSTIFICATIVA

O tema proposto da investigação é de extrema importância, pois pode possibilitar para


além da economia, segurança, comodidade de usos dos edifícios, a busca de soluções
mais inovadoras por parte dos consultores e empreiteiros facto que contribuirá bastante
na durabilidade das obras, contribuirá também para o crescimento da indústria de
construção

2. LEITURA BIBLIOGRÁFICA

2.1. BREVE HOSTORIAL

Com origem na pré-História, a alvenaria estrutural é um dos sistemas construtivos mais


antigos da humanidade. No decorrer de muitos séculos os construtores adquiriram a
prática de construir as primeiras alvenarias em tijolo cerâmico seco ao sol ou pedra.
Essas obras, quando eram mais imponentes, tinham grandes espessuras pelo fato de não
se conhecer as características resistentes dos materiais e dos procedimentos racionais de
cálculo (CAVALHEIRO, 1999 apud BLIND, 2018).

O autor continua explicando que até o início do século 19, o que predominaram foram
as construções em alvenaria de pedra ou tijolo cerâmico queimado que eram assentados
com betume, barro e mais tarde com argamassa de pozolana, cal e, por fim, cimento
Portland.

Algumas obras da antiguidade construídas com esse método construtivo se tornaram


marcantes. A figura 1 se refere à Muralha da China, cuja construção data de 770 a 475
anos antes de Cristo.

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https Figura 1: Muralha da China. Fonte: Disponivel://www.tricurioso.com/2018/12/15/14-
curiosidades-interessantes-sobre -a-grande-muralha-da-china/ curiosidades-interessantes-
sobre -a-grande-muralha-da-china/ <Acesso em 22 de Maio de 2022>

A figura 2 é uma imagem do Coliseu; um grande anfiteatro romano construído em torno


de 70 anos antes de Cristo. Ele tem mais de 500 metros de diâmetro e 50 metros de
altura e é composto por arcos e pilares, de modo que o esforço que predomina é o de
compressão (MAZER, 2007).

Figura 2: Coliseu de Roma. Fonte: Disponivel em


https://www.uol.com.br/nossa/viagem/noticias/2019/12/17/coliseu-e-eleito-atracao-mais-
popular-do-mundo-veja-o-ranking-dos -10-mais.amp.htm. <Acesso em 22 de Maio de 2022>

O principal exemplo na idade moderna é o Edifício Monadnock, que foi construído em


Chicago no início da década de 1890. Ele tem 65 metros de altura, 16 andares e algumas
paredes chegam a ter mais de 1,80 metros de espessura. Utilizando os mesmos
materiais, porém dimensionando pelos procedimentos atuais, acredita-se que as paredes
desse edifício teriam espessura inferior a 30 centímetros (MAZER, 2007).

Figura 3: Edifício Monadnock.de Chicago. Fonte: Disponivel


https://www.blueprintchicago.org/2010/07/07/the-monadnock-building/. <Acesso em 22 de
Maio de 2022>
2.2. DEFINIÇÃO DE ALVENARIA

As alvenarias são elementos da construção civil, resultantes da união de blocos ou


tijolos, justapostos, unidos com argamassa ou não (elementos de ligação), formando um
conjunto monolítico e estável destinados sob ponto de vista estrutural a suportar,
principalmente, esforços de compressão, sob ponto de vista arquitônico, de dividir
ambientes e isolar as coberturas da ação das intempéries e dos predadores
(MONTEIRO, 2011).

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A alvenaria pode ser entendida como a parede formada por pedras ou blocos, naturais
ou artificiais, ligadas entre si por juntas ou interposição de argamassa, formando um
conjunto rígido e coeso (SABBATINI, 1984 appud MOREIRA, 2017).

As alvenarias são também definidas como um subsistema do edifício formado por


elementos que dividem os ambientes internos, permitindo o controle da acção de
agentes indesejáveis, entre os quais intrusos, animais, ventos, chuvas, poeiras, ruídos;
ainda servem para proporcionar condições de habitabilidade necessária às edificações
(MARINOSKI, 2013).

2.3. CLASSIFICAÇÃO DE ALVENARIA

As alvenarias classificam-se em alvenaria de vedação e alvenaria estrutural.

2.3.1. ALVENARIA DE VEDAÇÃO

A alvenaria de vedação é o elemento de construção que tem a função de proteger o


edifício da influência do sol, vento, chuva e qualquer outra condição climática que
possa causar desconforto e danos ao ambiente e seus usuários, em outras palavras, sua
principal função é vedar o ambiente para protegê-lo e proporcionar o conforto
necessário (CARVALHO, 2019). As alvenarias de vedação não tem função estrutural,
suportam apenas o seu peso próprio e as cargas das portas e janelas (BEKAERT, 2018).

A alvenaria normalmente é composta por tijolos/blocos, argamassa de assentamento e


revestimento, que variam de acordo com a localização, nivel de conforto e protecção
desejada. Suas características devem ser definidas durante o desenvolvimento do
projecto arquitetônico e especificadas na Memória Descritiva.

Cada um dos componentes da alvenaria de vedação é de extrema importância, pois


impactam directamente na espessura da alvenaria, quantidade de materiais, isolamento
térmico e acústico, custos, tempo de execução e interferem em outros projectos, como o
projecto estrutural, projecto eléctrico e hidráulico.

A alvenaria de vedação podem ser materializada em: bloco de betão, tijolo cerâmico,

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Figura 4: Alvenaria de vedacao. Fonte: Disponível em
https://fotos.habitissimo.com.br/foto/alvenaria-de-vedacao-estrutural_1525939.
<Acesso em 26 de Maio de 2022>.

2.3.2. ALVENARIA ESTRUTURAL

2.3.2.1. APRESENTAÇÃO

Trata-se de uma metodologia racionalizada, que para além de servir para dividir os
ambientes, tem função de absorver cargas do edifício, reduzindo o elementos estruturais
no canteiro de obras, o que pode aliviar o orçamento (BEKAERT, 2019).

A alvenaria estrutural é um processo construtivo em que as paredes de alvenaria e lajes


enrijecedoras funcionam estruturalmente em substituição aos pilares e vigas utilizados
nos processos construtivos tradicionais, sendo dimensionado segundo métodos de
cálculos e de confiabilidade determinável (ROMAN, 2018).

Neste processo construtivo, as paredes constituem-se ao mesmo tempo nos subsistemas


estrutura e vedação, facto que proporciona um maior nível de racionalização.

Este tipo de alvenaria é capaz de sustentar edifícios de até 20 pisos. Contudo, não
permite alterações no projecto inicial. Cada parede é dimensionada para suportar uma

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determinada carga, o que elimina a possibilidade de reformas e mudança na disposição
dos ambientes.

Este tipo de construção também não permite a presença de grandes vãos e não se aplica
a prédios com fachadas de vidro. As passagens das instalações eléctricas e hidráulicas
deve ser realizada com blocos específicos, pois fazer qualquer corte na estrutura que não
estava previsto no projecto pode comprometer a distribuição de cargas pelas paredes.

Figura 5: Alvenaria estrutural. Fonte: Disponível em https://lume-re-


demontracao.ufrgs.br/alvenaria-estrutural/index.php <Acesso em 26 de Maio de
2022>.

2.3.2.2. VANTAGENS

A alvenaria estrutural, após passar por adequada etapa de implantação, apresenta várias
vantagens em relação aos processos construtivos tradicionais, sendo as principais:

 Diminuição no tempo da construção;


 Economia no custo da construção;
 Menor gasto em revestimento;
 Flexibilidade e vesatilidade da construção;
 Fácil coordenação e controle;

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 Técnica de execução simplificada;
 Menor diversidade de materiais e mão-de-obra;
 Eliminação de interferências;
 Facilidade de integração com outros subsistemas.

2.3.2.3. DESVANTAGENS

A alvenaria estrutural também apresenta várias desvantagens em relação aos processos


construtivos tradicionais, sendo as principais:

 Restrições de possibilidades de mudanças não planejadas;


 Dificuldade de improvisações;
 Limitação de grandes vãos e balanços;
 Exige maior esforço quanto a elaboração e estudo de projecto e organização e
planeamento na obra.

2.4. TIPOS DE PAREDE DE ALVENARIA

Segundo Flores-Colen et al (2015), as paredes consideradas são as mais se executam (ou


as que mais se executaram) na construção corrente, quer em edifícios para habitação
quer para edifícios industriais, escritórios, espaços comerciais, etc.:

 Parede de terra crua (adobe e taipa);


 Paredes de alvenaria de pedra;
 Paredes em tabique de madeira;
 Paredes de alvenaria de tijolos de barro vermelho;
 Paredes de alvenaria de blocos de betão;
 Paredes de alvenaria de blocos de betão celular autoclavado;
 Paredes de alvenaria de blocos de argila expandida;
 Paredes divisórias leves;
 Painéis pré-fabricados.

No entanto, serão abordadas apenas as tipologias acima sublinhadas.

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2.4.1. PAREDE DE TERRA CRUA

2.4.1.1. BREVE HISTORIAL

A construção em terra é, para além da técnica construtiva mais antiga e mais


amplamente utilizada pelo Homem em todo o Mundo, um tema da actualidade.

A utilização da terra para a execução de construções em geral e paredes em particular


vem desde tempos imemoriais, já que desde que os homens constroem cidades, há cerca
de dez mil anos, que existem construções em terra crua. Este foi um dos primeiros
materiais a ser utilizado pelo Homem para a construção das suas habitações (BRITO &
FLORES, 2003).

De facto, a arquitectura de terra constitui um excelente veículo para o estudo das


culturas e história de diversos povos, pois a uma infinidade de diferentes formas de
construção em terra correspondem diferentes culturas e modos de vida de diferentes
povos.

Figura 6: Aldeia em terra na Argélia (à esquerda) e edifício em terra (adobe) na Índia (à


direita). Fonte: Extraído de Brito & Flores (2003).

Com o advento de outros materiais construtivos mais competitivos (betão armado,


alvenaria de tijolo e outros), os materiais e técnicas ditos tradicionais / rústicos deixaram
praticamente de ser utilizados, sendo a sua sobrevivência por razões arquitectónicas
dependente dos melhoramentos de que possam vir a ser alvo.

2.4.1.1. VANTAGENS E DESVANTAGENS

Para além da componente arquitectónico / histórico / cultural / sentimental que estimula


o desejo de preservar esta forma de construção tradicional, algumas razões existem para

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estimular o regresso da terra com material construtivo, numa sociedade tão sensível aos
problemas da preservação do meio ambiente.

As principais vantagens da terra crua são:

 a terra é uma matéria-prima superabundante, facilmente disponível e de


propriedades facilmente corrigíveis;
 origina um sistema de construção económico (baixos custos de transporte e
climatização e mão-de-obra não qualificada ainda que especializada) e rápido;
 é um material ecológico, composto exclusivamente por elementos naturais, não
recorre a fontes de energia não recuperável não dá origem a entulhos, é
biodegradável e 100% reciclável;
 propicia um conforto térmico e higrométrico apreciável (elevada espessura das
paredes) e é incombustível.

Em termos de outras alternativas em construção tradicional, a utilização da terra é, do


ponto de vista da economia, uma solução melhor em regiões onde a pedra é um material
escasso ou em que os meios para o seu emprego são muito dispendiosos. No entanto,
apesar de existirem técnicas que melhoram significativamente o comportamento da terra
como material construtivo e que permitiram a existência de construções deste material
com centenas de anos, estão-lhe associadas diversas desvantagens / limitações.

As principais desvantagens da terra crua são:

 trata-se de um material frágil, nomeadamente em contacto com a água (lama) ou


o vento (poeira), pelo que o seu uso está mais difundido nas regiões secas do que
nas húmidas;
 obriga a uma manutenção assídua;
 apresenta fracas resistências mecânicas, sobretudo a acções horizontais, o que é
muito limitativo em regiões sísmicas;
 a limitação em termos de altura total e as elevadas espessuras das paredes em
terra baixam significativamente os potenciais retornos económicos que estas
soluções podem propiciar.

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2.4.2. PAREDE DE ALVENARIA DE PEDRA

2.4.2.1. BREVE HISTORIAL

Ao longo dos tempos, a pedra natural foi um dos principais materiais constituintes das
construções executadas pelo homem.

As novas construções em alvenaria de pedra, à vista ou revestidas, são, hoje em dia,


raras devido à escassez da pedra natural, ao seu elevado custo e à falta de mão-de-obra
especializada neste tipo de construção, que remonta aos primórdios da história do ser
humano. O interesse manifestado pela preservação / conservação do património
histórico-cultural leva a que as construções novas a serem executadas, em particular nos
centros históricos, tenham que respeitar a traça do edificado envolvente.

Em todas as grandes civilizações, das clássicas às contemporâneas, a pedra natural foi


quase sempre o material escolhido nas construções humanas que se pretendia viessem a
preservar ao longo dos tempos a fugaz memória dos seus autores. Entre muitos outros
exemplos, podem-se citar as Pirâmides de Gizé (Fig. 7), com mais de 4500 anos, com
mais de 6000 km construídos ao longo de mais de 2000 anos, a Via Ápia (Fig. 8, à
esquerda), a percursora de todas as estradas de carácter permanente, e, em Portugal, a
preciosa Torre de Belém (Fig. 8, à direita).

Figura 7: A Pirâmide de Quéops. Fonte: Disponível em


https://br.memphistours.com/Egito/Guia-de-Viagem/Piramides-do-Egito/wiki/a-grande-
piramide-de-khufu-queops. <Acesso em 26 de Maio de 2022>

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Figura 8: Troço da Via Ápia (à esquerda) e a Torre de Belém (à direita), em Lisboa. Fonte:
Brito & Flores (2003).

2.4.2.2. VANTAGENS E DESVANTAGENS

Interessa conhecer todas as diversas desvantagens e limitações associadas à utilização


actual da alvenaria de pedra natural:

 a elevada espessura exigida às paredes por razões estruturais e construtivas 


baixo aproveitamento da área potencial habitável;
 o elevado peso próprio  grandes solicitações gravíticas e sísmicas;
 a limitação às dimensões dos edifícios, sobretudo em altura, decorrente do ponto
anterior;
 o elevado custo, tanto no material como na mão-de-obra;
 a execução bastante morosa e a cada vez maior dificuldade em garantir mão-de-
obra especializada;
 o facto de não ser uma boa solução, à luz dos actuais parâmetros de
habitabilidade, como acabamento interior, por ser uma superfície fria;
 o mau comportamento acústico em termos do efeito de refracção.

No reverso da medalha, avultam as vantagens deste tipo de solução:

 o seu inegável valor estético, cultural e de integração urbana;


 a sua durabilidade, potencialmente elevada;
 a grande inércia térmica;
 o bom isolamento aos ruídos aéreos.

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2.4.3. PAREDES DE ALVENARIA DE TIJOLOS DE BARRO VERMELHO

2.4.3.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

O tijolo de barro vermelho é um material que pertence ao conjunto dos materiais


cerâmicos, sendo obtido por cozedura a altas temperaturas de matérias-primas naturais,
constituídas principalmente por argilas (silicatos de alumínio hidratados), e utilizadas
sem grandes tratamentos de purificação, quase sempre moldados conforme o fim a que
se destinam (CORREIA & BRITO, 2003).

A indústria cerâmica dos tijolos de barro vermelho pode ser considerada uma indústria
de processo químico, onde as matérias-primas utilizadas passam por uma sequência de
processamentos (em que a presença de calor é fundamental), de forma a que, em cada
etapa, adquiram ou alterem as suas propriedades físicas e químicas, até à obtenção do
produto final de acordo com as especificações pretendidas.

Figura 9: Alvenaria em parede de tijolo de barro vermelho. Fonte: Disponível em https://lume-


re-demonstracao.ufrgs.br/alvenaria-estrutural/index.php <Acesso em 26 de Maio de 2022>.

2.4.3.2. VANTAGENS E DESVANTAGENS

Interessa conhecer todas as diversas desvantagens e limitações associadas à utilização


actual da alvenaria de tijolo de barro vermelho:

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 maior complexidade de execução no caso da parede dupla;
 exigência de mão-de-obra qualificada;
 dificuldade de integração e compactibilização dos vários elementos construtivos
(zona corrente da parede, revestimento exterior e pontos singulares).

As vantagens deste tipo de solução:

 economia de execução;
 facilidade de assentamento;
 facilidade na abertura de roços;
 espessuras e peso próprio razoáveis;
 materiais constituintes incombustíveis;
 bom comportamento higrotérmico;
 satisfaz as exigências mínimas de isolamento acústico.

2.4.4. PAREDES DE ALVENARIA DE BLOCOS DE BETÃO

2.4.4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

Este tipo de parede de alvenaria tem muita aplicação nos dias de hoje, pois, com o
crescimento da indústria do cimento, o material torna-se cada vez mais disponível às
pessoas.

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Figura 10: Parede de alvenaria em bloco de betão. Fonte: Disponível em
https://www.universidadetrisul.com.br/etapas-construtivas/elevacao-da-alvenaria. <Acesso em
26 de Maio de 2022>

2.4.4.2. VANTAGENS E DESVANTAGENS

Interessa conhecer todas as diversas desvantagens e limitações associadas à utilização


actual da alvenaria de pedra natural:

 a possuem um custo e impacto ambiental maior, já que em sua produção é


utilizado o cimento, cujo processo de fabricação emite maior quantidade de
poluente;
 são porosos.

No reverso, avultam as vantagens deste tipo de solução:

 menor peso, o que proporciona maior produtividade da mão-de-obra, alivia a


fundação e ainda facilita seu transporte;
 proporciona conforto térmico;
 possui um alto desempenho acústico;
 absorve menos humidade.

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3. A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

Para a elaboração o trabalho de pesquisa, será feito um trabalho de investigação do tipo


analítico e descritivo baseado em:

 Pesquisa bibliográficas em manuais, livros, na internet e estudos referentes as


patologias em edifícios;
 Elaboração de mapa de medições;

Avaliação econômica em termos de custos diretos na aplicação dos diversos tipos


alvenaria

4. ESTUDO DE CASO

4.1. ENQUADRAMENTO E DESCRIÇÃO GERAL DO EDIFÍCIO

O edifício da Escola Primária Completa de Mavivine localiza-se em Mavivine, no


Distrito de Moamba.

O presente caso trata-se de um edifício de piso térreo executado em alvenaria estrutural


de composição mista de materiais (madeira, rede de galinheiros e pedra) o qual seu
custo de material e mão-de-obra serão comparados a soluções em alvenaria de tijolo
cerâmico e bloco de cimento. O edifício é constituído por duas salas de aula, uma
secretaria e a sala do director, conforme ilustra a figura 11.

 .

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Figura 11: Planta de piso do Edifício.

4.2. ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE


ALVENARIA EM BLOCO DE CIMENTO, TIJOLO CERÂMICO E DE PEDRA

Para fazer a análise comparativa dos custos de construção de alvenaria em bloco de


cimento, tijolo cerâmico e de pedra, será apresentado um mapa de quantidades que
serivá de auxílio na quantificação dos materiais a serem utilizados em cada tipo de
alvenaria a ser analisada.

4.2.1. ALVENARIA EM BLOCO DE CIMENTO

Os materiais utilizados comumente nesse tipo de construção são:


 Areia grossa seca lavada;
 Cimento;
 Água, e;
 Blocos de cimento.

A tabela 1 ilustra um mapa de quantidades que serve como base para a estimativa das
quantidades de materiais para a concepão de alvenaria em bloco de cimento.

Tabela 1: Mapa de quantidades para Alvenaria de Bloco de Cimento. Fonte: Conselho


Municipal da Vila de Moamba (2022).

Item Designação Unit. Qtd


I CAPÍTULO I – BETÃO, AÇO E COFRAGEM    
1.1 Fornecimento e colocação de betao da classe B20 m3 0.77
em pilares (secção 150x150mm), incluindo

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 17


cofragem e descofragem em madeira, varão de aço
(armadura 4∅ 10 e estribos ∅ 6@15cm), arame de
Ligação e trabalhos complementares para o bom
funcionamento
Fornecimento e colocação de betão da classe B20
em linteis (secção 150x150mm), incluindo
cofragem e descofragem em madeira, varão de aço
1.2 m3 0.41
(armadura 4∅ 10 e estribos ∅ 6@15cm), arame de
Ligação e trabalhos complementares para o bom
funcionamento
Fornecimento e colocação de betão dqa classe B20
em vigas de coroamento (secção 150x150mm),
incluindo cofragem e descofragem em madeira,
1.3 m3 0.85
varão de aço (armadura 4∅ 10 e estribos ∅ 6@15cm),
arame de Ligação e trabalhos complementares para
o bom funcionamento
  SUB-TOTAL I    
II CAPITULO II - ALVENARIAS    
Fornecimento e assentamento de blocos de areia e
2.1 cimento, com dimensões de 20x40x15cm em m2 238.37
alvenarias de elevação
  SUB-TOTAL II    

i. Estimativa de quantidades de materiais no mapa de quantidades da tabela 1.

 Betões

A tabela abaixo ilustra os traços para a composição das diferentes classes de betão

Tabela 2: Traços de betão para a composição das diversas classes.

B15 B20 B25 B30 B35 B40


Traço
1:2.5:3.5 1:2.5:3.5 1:2:3 1:1.5:2.5 1:1:2.5 1:1:2
Ciment 280 310 330 400 440 470
o (kg)
Areia
0.633 0.617 0.592 0.525 0.500 0.467
(m3)
Brita
0.597 0.612 0.623 0.630 0.612 0.597
(m3)
Água
120 115 110 115 120 130
(litros)

O volume total de betão requerido na obra (pilares, lintéis e viga de coroamento)


corresponde a 2.03 m3.

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 18


a. Quantidade de materiais constituintes de betão (B20)

mcimento =Qcimento ,B 20∗V betão =310∗2.03=629.30 kg

o mcimento 629.30
N sacosde cimento = = =12.58 sacos ≅ 13 sacos
50 50

V areia =V areia , B 20∗V betão =0.617∗2.03=1.25 m3 ≅ 2 m3

3 3
V brita =V brita, B 20∗V betão =0.612∗2.03=1.24 m ≅ 2m

 Cofragem

O perímetro total (pilares, lintéis e vigas) de cofragem é de 273.00 metros lineares,


admitindo os pilares serão cofrados em todas as faces e as vigas somente em 3 faces.

a. Quantidade de materiais cofragem

As pranchas utilizadas para a cofragem de peças em betão tem comprimento comercial


de 6 metros lineares.

Para a estimativa da quantidade de pranchas, como a betonagem dos elementos não será
feita em simultantâneo, ou seja, serão enchidos os pilares, posteriormente os lintéis e
por fim as vigas, será considerado uma quantidade inferior ao perímetro total, que irá
corresponder as quantidades de peças para a cofragem de elementos que consumirá
maior número de peças, que é a viga neste caso, conforme ilustra a tabela 3.

Tabela 3: Perímetro a cofrar os elementos estrturais.

Elemento
Perímetr
Pilares Lintéis Vigas
o
67.20 93.00 112.80

O número de pranchas é obtido pela seguinte fórmula:

o Perímetro máximo 112.80


N pranchas = = =18.80 ≅ 19 pranchas
6.00 6.00

A área tota de cofragem é de 40.95m2, admitindo que a quantidade de prego necessária


para cofragem por m2 é de 0.10kg.

Q pregos=0.10∗40.95=4.095 ≅ 4.00 kg

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 19


 Aço

O perímetro total (pilares, lintéis e vigas) dos elementos estruturais é de 85.40 metros
lineares.

a. Armadura transversal

Os estribos de todos os elementos estruturais serão de dimensão de 11x11cm de


diâmetro ∅ 6 espaçados a 15cm. O número do estribo é:

N oestribos /cintas =∫ ( Pe )+1=∫ ( 85.40


0.15
+1 )=570 estribos

b. Armadura longitudinal

Cada elemento estrutural levará 4 armaduras longitunais de diâmetro ∅ 10.

o 1.20∗4∗P 1.20∗4∗85.4
N al = = ≅ 71
5.80 5.8

c. Arame queimado

Admitindo que a quantidade de prego necessária para cofragem por metro linear é de
0.15kg. obtêm-se:

Qarrame =0.15∗85.4=12.81 ≅ 13.00 kg

 Alvenarias

A tabela 1 ilustra a área de alvenaria que o edifício possui, por isso, através desta
informação é possível obter as quantidades dos materiais constituintes.

a. Blocos

A figura abaixo ilustra esquema de um bloco com argamassa em duas faces. Este
modelo permittirá fazer a estimativa da quantidade dos componentes da alvenaria.

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 20


Figura 12: Esquema de assentamento de um bloco de alvenaria.

o A Total 238.37
N blocos = = =2410.21 ≅ 2411 blocos
A Bloco 0.43∗0.23

b. Constituintes da argamassa de assentamento de blocos

o Volume de argamassa por bloco e total

V a , u=( c 1∗l 1 +c 2∗l 2 )∗e b=( 0.23∗0.03+0.40∗0.03 )∗0.15=2.835× 10−3 m3 /bloco

o −3 3
V a , Total =V a ,u∗N blocos =2.835× 10 ∗2411=6.84 m

o Determinação dos constituintes da argamassa

Tabela 4: Traços para a composição de 1 m3 de argamassa.

Traço 1:1 1:1.5 1:2 1:2.5 1:3 1:4 1:5


Cimento 800 640 535 460 400 320 270
(kg)
Areia
0.670 0.535 0.445 0.385 0.335 0.270 0.225
(m3)

Considerando que a argamassa será feita ao traço 1:3, tem:

mcimento =Qcimento∗V a , Total =400∗6.84=2736.00 kg

o mcimento 2736.00
N sacosde cimento = = =53.72 sacos ≅ 55 sacos
50 50

3 3
V areia =V areia∗V a ,Total =0.335∗6.84=2.29 m ≅ 3.00 m

ii. Estimativa de custos directos para a concepção de alvenaria em bloco de


cimento

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 21


a. Estimativa dos custos de materiais

A tabela 5 ilustra a informação referente aos custos dos materiais:

Tabela 5: Estimativa de custos de materiais.

Unit Preço Preço Total


Item Descrição Material necessário Qtd.
. unit. (Mt)
Cimento Limak
13.00 405.00 5,265.00
42.5(50kg) un
1 Betões
Areia Grossa m3 2.00 1,000.00 2,000.00
Brita m3 2.00 1,000.00 2,000.00
  Sub-total         9,265.00
Pranchas un 19.00 950.00 18,050.00
2 Cofragem
Prego 3" kg 4.00 250.00 1,000.00
  Sub-total         19,050.00
Estribo ∅ 6mm 11x11cm un 570.00 13.00 7,410.00
3 Armaduras Varão ∅ 10mm un 71.00 335.00 23,785.00
Arrame queimado kg 13.00 130.00 1,690.00
  Sub-total         32,885.00
Bloco 20x40x15cm un 2,411.00 20.00 48,220.00
Cimento Limak
4 Alvenarias 55.00 405.00 22,275.00
42.5(50kg) un
Areia Grossa m3 3.00 1,000.00 3,000.00
  Sub-total         73,495.00
Total custos
134,695.00
  de materiais        

o Custo total de betão armado

O custo total de betão armado para o volume de 2.03m 3 é dado pela soma dos custos de
betão, cofragem e armaduras.

C BA =C B+ CC +C Ar=61,200.00 Mt

o Custo unitário de betão armado

C BA 61,200.00 3 3
C u ,BA = = =30,147.78 Mt /m ≅ 30,150.00 Mt /m
V BA 2.03

Nota: Este custo é referente ao custo de betão armado com a descrição da tabela 1.

o Custo total de alvenaria em bloco de cimento

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 22


O custo total de betão de alvenaria em bloco de cimento para a área de 238.37m 2 é dado
por:

C BC =73,495.00 Mt

o Custo unitário de alvenaria em bloco de cimento

C BC 73,495.00 2 2
C u ,BC = = =308.32 Mt /m ≅ 310 Mt / m
A 238.37

Nota: Este custo é referente ao custo de alvenaria em bloco de cimento com a descrição
da tabela 1.

b. Custos de mão-de-obra

O custo dos materiais normalmente é considerado igual à 20 à 30% dos custos dos
materiais associados a determinada actividade:

Tabela 6: Estimativa de custo de mão-de-obra.

Custo unitário de materiais Custo de mão-de-obra


Item Descrição
(MT/un) (25%*Cm)

1 Aplicação de betão armado 30,150.00 7,537.50


2 Execução de alvenaria 310.00 77.50

c. Estimativa do custo de construção em alvenaria de bloco de cimento

A tabela

Tabela 7: Estimativa dos custos directos para a concepção de alvenaria em bloco de cimento.

Custo Custo Custo


Custo
Unit. Unit. Unit.
Item Designação Unit. Qtd Total
Material MDO Total
(MT)
(MT) (MT) (MT)
CAPÍTULO I - BETÃO,
           
I AÇO E COFRAGEM
1.1 Fornecimento e m3 0.77 30150.00 7537.50 37,687.5 29,019.38
colocação de betão da 0
classe B20 em pilares
(secção 150x150mm),
incluindo cofragem e
descofragem em madeira,

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 23


varão de aço (armadura 4
∅ 10 e estribos ∅
6@15cm), arame de
Ligação e trabalhos
complementares para o
bom funcionamento
Fornecimento e
colocação de betão da
classe B20 em linteis
(secção 150x150mm),
incluindo cofragem e
descofragem em madeira, 37,687.5
1.2 m3 0.41 30150.00 7537.50 15,451.88
varão de aço (armadura 4 0
∅ 10 e estribos ∅
6@15cm), arame de
Ligação e trabalhos
complementares para o
bom funcionamento
Fornecimento e
colocação de betão dqa
classe B20 em vigas de
coroamento (secção
150x150mm), incluindo
cofragem e descofragem
37,687.5
1.3 em madeira, varão de aço m3 0.85 30150.00 7537.50 32,034.38
0
(armadura 4∅ 10 e
estribos ∅ 6@15cm),
arame de Ligação e
trabalhos
complementares para o
bom funcionamento
  SUB-TOTAL I           76,505.63
CAPITULO II -
II            
ALVENARIAS
Fornecimento e
assentamento de blocos
de areia e cimento, com
2.1 m2 238.37 310.00 77.50 387.50 92,368.38
dimensões de
20x40x15cm em
alvenarias de elevação
  SUB-TOTAL II           92,368.38
 
  TOTAL           168,874.00

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 24


4.2.2. ALVENARIA EM TIJOLO CERÂMICO

Os materiais utilizados comumente nesse tipo de construção são:


 Areia grossa seca lavada;
 Cimento;
 Água, e;
 Tijolo cerâmico.

A tabela 8 ilustra um mapa de quantidades que serve como base para a estimativa das
quantidades de materiais para a concepão de alvenaria em tijolo cerâmico.

Tabela 8: Mapa de quantidades para Alvenaria de tijolo cerâmico. Fonte: Conselho Municipal
da Vila de Moamba (2022).

Item Designação Unit. Qtd


I CAPÍTULO I – BETÃO, AÇO E COFRAGEM    
Fornecimento e colocação de betão da classe B20
em pilares (secção 150x150mm), incluindo
cofragem e descofragem em madeira, varão de aço
1.1 m3 0.77
(armadura 4∅ 10 e estribos ∅ 6@15cm), arame de
Ligação e trabalhos complementares para o bom
funcionamento
Fornecimento e colocação de betão da classe B20
em linteis (secção 150x150mm), incluindo
cofragem e descofragem em madeira, varão de aço
1.2 m3 0.41
(armadura 4∅ 10 e estribos ∅ 6@15cm), arame de
Ligação e trabalhos complementares para o bom
funcionamento
Fornecimento e colocação de betão dqa classe B20
em vigas de coroamento (secção 150x150mm),
incluindo cofragem e descofragem em madeira,
1.3 m3 0.85
varão de aço (armadura 4∅ 10 e estribos ∅ 6@15cm),
arame de Ligação e trabalhos complementares para
o bom funcionamento
  SUB-TOTAL I    
II CAPITULO II - ALVENARIAS    
Fornecimento e assentamento de tijolos cerâmicos,
2.1 com dimensões de 20x30x15cm em alvenarias de m2 238.37
elevação
  SUB-TOTAL II    

i. Estimativa de quantidades de materiais no mapa de quantidades da tabela 8.

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 25


Os custos de quantidades de betões não serão calculados por serem os mesmos que os
da situação da construção de alvenaria em tijolo cerâmico.

 Alvenarias

A tabela 8 ilustra a área de alvenaria que o edifício possui, por isso, através desta
informação é possível obter as quantidades dos materiais constituintes.

a. Tijolos Cerâmicos

A figura 13 ilustra esquema de um tijolo com argamassa em duas faces. Este modelo
permittirá fazer a estimativa da quantidade dos componentes da alvenaria.

0.30

Figura 13: Esquema de assentamento de um tijolo.

A Total 238.37
N otijolos = = =3,140.58 ≅ 3,141tijolos
A tijolos 0.33∗0.23

b. Constituintes da argamassa de assentamento de tijolos

o Volume de argamassa por tijolo e total

V a , u=( c 1∗l 1 +c 2∗l 2 )∗e b=( 0.23∗0.03+0.30∗0.03 )∗0.15=2.285× 10−3 m3 /tijolo

o −3 3
V a , Total =V a ,u∗N tijolos =2.285× 10 ∗3141=7.49 m

o Determinação dos constituintes da argamassa

Tabela 9: Traços para a composição de 1 m3 de argamassa.

Traço 1:1 1:1.5 1:2 1:2.5 1:3 1:4 1:5


Cimento 800 640 535 460 400 320 270
(kg)
Areia
0.670 0.535 0.445 0.385 0.335 0.270 0.225
(m3)

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 26


Considerando que a argamassa será feita ao traço 1:3, tem:

mcimento =Qcimento∗V a , Total =400∗7.49=2996 kg

o mcimento 2996.00
N =
sacosde cimento = =59.92 sacos ≅ 60 sacos
50 50

V areia =V areia∗V a ,Total =0.335∗7.49=2.51 m3 ≅ 3.00 m3

ii. Estimativa de custos directos para a concepção de alvenaria em bloco de


cimento

a. Estimativa dos custos de materiais

A tabela 10 ilustra a informação referente aos custos dos materiais:

Tabela 10: Estimativa de custos de materiais para a concepção de alvenaria em tijolo


cerâmico.

Unit Preço Preço Total


Item Descrição Material necessário Qtd.
. unit. (Mt)
Cimento Limak
13.00 405.00 5,265.00
42.5(50kg) un
1 Betões
Areia Grossa m3 2.00 1,000.00 2,000.00
Brita m3 2.00 1,000.00 2,000.00
  Sub-total         9,265.00
Pranchas un 19.00 950.00 18,050.00
2 Cofragem
Prego 3" kg 4.00 250.00 1,000.00
  Sub-total         19,050.00
Estribo ∅ 6mm 11x11cm un 570.00 13.00 7,410.00
3 Armaduras Varão ∅ 10mm un 71.00 335.00 23,785.00
Arrame queimado kg 13.00 130.00 1,690.00
  Sub-total         32,885.00
Tijolo 20x30x15cm un 3,141.00 20.00 62,820.00
Alvenarias em
Cimento Limak
4 Tijolo 60.00 405.00 24,300.00
42.5(50kg) un
Cerâmico
Areia Grossa m3 3.00 1,000.00 3,000.00
  Sub-total         90,120.00
Total custos
151,320.00
  de materiais        

o Custo total de alvenaria em tijolo cerâmico

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 27


O custo total de alvenaria em tijolo cerâmico para a área de 238.37m2 é dado por:

C tijolo=90,120.00 Mt

o Custo unitário de alvenaria em tijolo cerâmico

C tijolo 90,120.00 2 2
C u ,tijolo = = =378.06 Mt /m ≅ 380 Mt /m
A 238.37

Nota: Este custo é referente ao custo de alvenaria em bloco de cimento com a descrição
da tabela 1.

b. Custos de mão-de-obra

Tabela 11: Estimativa de custo de mão-de-obra.

Custo unitário de materiais Custo de mão-de-obra


Item Descrição
(MT/un) (25%*Cm)

1 Aplicação de betão armado 30,150.00 7,537.50


2 Execução de alvenaria 380.00 95.00

c. Estimativa do custo de construção em alvenaria de tijolo cerâmico

A tabela 12 elucida um mapa geral dos custos directos para concepção de alvenaria em
tijolo cerâmico.

Tabela 12: Estimativa dos custos directos para a concepção de alvenaria em tijolo.

Custo Custo Custo


Custo
Unit. Unit. Unit.
Item Designação Unit. Qtd Total
Material MDO Total
(MT)
(MT) (MT) (MT)
CAPÍTULO I - BETÃO,
           
I AÇO E COFRAGEM
1.1 Fornecimento e m3 0.77 30150.00 7537.50 37,687.5 29,019.38
colocação de betão da 0
classe B20 em pilares
(secção 150x150mm),
incluindo cofragem e
descofragem em madeira,
varão de aço (armadura 4
∅ 10 e estribos ∅
6@15cm), arame de
Ligação e trabalhos

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 28


complementares para o
bom funcionamento
Fornecimento e
colocação de betão da
classe B20 em linteis
(secção 150x150mm),
incluindo cofragem e
descofragem em madeira, 37,687.5
1.2 m3 0.41 30150.00 7537.50 15,451.88
varão de aço (armadura 4 0
∅ 10 e estribos ∅
6@15cm), arame de
Ligação e trabalhos
complementares para o
bom funcionamento
Fornecimento e
colocação de betão dqa
classe B20 em vigas de
coroamento (secção
150x150mm), incluindo
cofragem e descofragem
37,687.5
1.3 em madeira, varão de aço m3 0.85 30150.00 7537.50 32,034.38
0
(armadura 4∅ 10 e
estribos ∅ 6@15cm),
arame de Ligação e
trabalhos
complementares para o
bom funcionamento
  SUB-TOTAL I           76,505.63
CAPITULO II -
II            
ALVENARIAS
Fornecimento e
assentamento de tijolo
2.1 cerâmico com dimensões m2 238.37 380.00 95.00 475.00 113,225.75
de 20x30x15cm em
alvenarias de elevação
  SUB-TOTAL II           113,225.75
 
  TOTAL           189,731.38

4.2.3. ALVENARIA EM ALVENARIA DE PEDRA

Os materiais utilizados comumente nesse tipo de construção são:


 Pedra ¾”
 Rede galinheira;
 Estrutura de madeira;

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 29


 Ripas.

Figura 14: Ilustração do sistema constutivo de alvenaria em pedra.


A tabela 13 ilustra um mapa de quantidades que serve como base para a estimativa das
quantidades de materiais para a concepão de alvenaria em pedra.

Tabela 13: Mapa de quantidades para Alvenaria de Pedra. Fonte: Conselho Municipal
da Vila de Moamba (2022).

Item Designação Unit. Qtd

I CAPITULO I - ESTRUTURA DAS PAREDES    


Fornecimento e assentamento de Estacas com
secção diâmetro de 14cm com comprimento de
4.0m devidamente tratadas e com todos os
1.1 un 44.00
elementos de ligação e fixação para estrutura
principal das paredes de acordo com as
especificações técnicas
Fornecimento e assentamento de Estacas com
secção diâmetro de 10cm com comp. 4.0m
1.2 devidamente tratadas e com todos os elementos de un 90.00
ligação e fixação para estrutura secundárias das
paredes de acordo com as especificações técnicas
Fornecimento e assentamento de malha de ripas
1.3 m2 238.37
em toda a estrutura de parede
1.4 Fornecimento e assentamento de barrotes de ml 87.96
madeira com secção 150x50mm denominadas de

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 30


"vigas de madeira" em topos de paredes com
todos os elementos de ligação e fixação de acordo
com os desenhos do projecto e as normas de boa
execução de construção civil
  SUB-TOTAL I    
II CAPITULO II - ALVENARIAS    
Fornecimento e assentamento de rede galinheira
2.1 em paredes para fixação dos blocos queimados na m2 238.37
estrutura das paredes
Fornecimento e assentamento de pedras ¾” nas
2.2 m2 238.37
estruturas das paredes
  SUB-TOTAL II    

i. Estimativa de quantidades de materiais no mapa de quantidades da tabela 13.

 Estacas diâmetro de 14cm e 10cm e comprimento de 4.0 m

A tabela 13 já contém a informação referente à quantidade de estacas necessárias para a


concepção da estrutura de suporte principal da alvenaria.

 Ripas

O principal objectivo é determinar a quantidade de ripas necessárias para conceber a


estrutura de suporte secundária da alvenaria, que servirá de auxílio para a fixação da
rede galinheira nas duas faces da parede (interior e exterior).

O perímetro total da edificação é de 51.2 metros lineares e com base na planta ilustrada
na figura 11. Sabendo que a altura da edificação e a área útil (interior e exterior) da
parede de alvenaria são respectivamente, 3.30 m e 238.37m2, facilmente pode-se
determinar a quantidade de ripas.

Considerando que as ripas estão espaçadas em 30cm. Facilmente pode-se obter o


número de ripas a colocar ao longo do perímetro de 51.2 metros.

N ripas=N faces∗∫
( H∗P
e∗l n )
+1 =2∗∫ (
3.30∗51.20
0.30∗6.00 )
+1 =94 ≅ 100 ripas

 Barrotes

Com base no comprimento apresentado na tabela 13, é possível também, determinar a


quantidade de barrotes necessárias para colocar no topo das paredes.

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 31


N barrotes =∫
( )(
L
lN
+1 =
87.96
6.00 )
+ 1 =14.66 ≅ 15 barrotes

 Rede galinheira

A rede galinheira tal como a malha de ripas serão colocadas nas duas faces e, é
encontrada no mercado em rolo com dimensão nominal de 25 m2.

N rolos =N faces∗∫
( A
An )
+1 =2∗∫ (
238.37
25.00 )
+1 =10 rolos

A área tota de alvenaria é de 238.37m 2, admitindo que a quantidade de prego necessária


para cofragem por m2 é de 0.15kg.

Q pregos=N faces∗r p∗Aalv =2∗0.15∗238.37=71.51 kg ≅ 75.00 kg

 Pedra

A pedra será preenchida em uma espessura de 14 centímetros e uma área de 238.37m 2,


assim, é possível determinar a quantidade de pedra necessária para conceber a alvenaria.

3 3
V pedra = Aalv∗e alv =238.37∗0.14=33.37 m ≅ 35.00 m

ii. Estimativa de custos directos para a concepção de alvenaria em pedra

a. Estimativa dos custos de materiais

Tabela 14: Estimativa de custos de materiais para concepcao de alvenaria em pedra.

Item Descrição Material necessário Unit. Qtd. Preço unit. Preço Total
Estacas de diâmetro de
un 44.00 1,500.00 66,000.00
14cm
Estrutura da Estacas de diâmetro de
1 un 90.00 1,200.00 108,000.00
Parede 10cm
Ripas un 100.00 120.00 12,000.00
Barrotes 150x50mm un 15.00 840.00 12,600.00
  Sub-total         198,600.00
Rede galinheira (rolo de
un 10.00 4,250.00 42,500.00
25m2)
3 Alvenarias
Prego 3" kg 75.00 250.00 18,750.00
Pedra 3/4" m3 35.00 1,000.00 35,000.00
  Sub-total         96,250.00
  Total custos         294,850.00

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 32


de materiais

b. Estimativa dos custos unitários

 Ripas

Como base na informação do mapa de quantidades da tabela 13, é possível determinar o


custo unitário de fornecimento de ripas:

C ripas 12,000.00
C u ,ripas= = =50.34 MT ≅ 55.00 MT
A 238.37

 Vigas de madeira (150x50mm)

Como base na informação do mapa de quantidades da tabela 13, é possível determinar o


custo unitário de fornecimento de vigas de madeira:

C barrotes 12,600.00
C u ,barrotes = = =143.30 MT ≅145.00 MT
L 87.96
 Rede galinheira

C rede+ C pregos 42,500.00+18,750.00


C u ,rede= = =256.95 MT ≅ 260.00 MT
A 238.37
 Pedra
C pedra 35,000.00
C u , pedra = = =146.83 MT ≅ 150.00 MT
A 238.37

c. Estimativa de custo de mão-de-obra

O custo de mão-de-obra para cada item será considerado no valor de 25% do custo de
materiais.

d. Estimativa do custo total

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 33


Tabela 15: Estimativa de custos directos de alvenaria em pedra.

Custo Unit. Custo Unit. Custo


Custo Total
Item Designação Unit. Qtd Material MDO Unit. Total
(MT)
(MT) (MT) (MT)
I CAPITULO I - ESTRUTURA DAS PAREDES
Fornecimento e assentamento de Estacas com secção
diâmetro de 14cm com comprimento de 4.0m
1.1 devidamente tratadas e com todos os elementos de un 44.00 1,500.00 375.00 1,875.00 82,500.00
ligação e fixação para estrutura principal das paredes de
acordo com as especificações técnicas
Fornecimento e assentamento de Estacas com secção
diâmetro de 10cm com comp. 4.0m devidamente
1.2 tratadas e com todos os elementos de ligação e fixação un 90.00 1,200.00 300.00 1,500.00 135,000.00
para estrutura secundárias das paredes de acordo com
as especificações técnicas
Fornecimento e assentamento de malha de ripas em toda
1.3 m2 238.37 55.00 13.75 68.75 16,387.94
a estrutura de parede
Fornecimento e assentamento de barrotes de madeira
com secção 150x50mm denominadas de "vigas de
madeira" em topos de paredes com todos os elementos
1.4 ml 87.96 145.00 36.25 181.25 15,942.75
de ligação e fixação de acordo com os desenhos do
projecto e as normas de boa execução de construção
civil
SUB-TOTAL I 249,830.69
II CAPITULO II - ALVENARIAS
Fornecimento e assentamento de rede galinheira em
2.1 paredes para fixação dos blocos queimados na estrutura m2 238.37 260.00 65.00 325.00 77,470.25
das paredes
Fornecimento e assentamento de blocos queimados nas
2.2 m2 238.37 150.00 37.50 187.50 44,694.38
estruturas das paredes
SUB-TOTAL II 122,164.63

TOTAL 371,995.31

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 34


5. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para analisar os resultados do estudo, tendo em conta os resultados obtidos no capítulo


anterior, será feita uma análise comparativa, cujos resultados serão apresentados por
meio de tabelas e gráficos.

Conforme verificado no capítulo anterior, o custo de alvenaria em bloco de cimento é o


mais baixo e será utilizado como base na análise.

Tabela 16: Análise comparativa dos custos de diretos para os tipos de alvenaria em análise.

Alvenaria em
Alvenaria em
Tipo de Alvenaria Tijolo Alvenaria
Bloco de cimento
Ceramico em Pedra
Custos directos (MT) 168,874.00 189,731.38 371,995.31
Diferença - 20,857.38 203,121.31
Percentagem da
- 12.35 120.28
diferença

A figura 15 representa graficamente os custos directos para os tipos de alvenaria em


estudo.

Custos directos (MT)


400,000.00 371,995.31
350,000.00
300,000.00
250,000.00
168,874.00 189,731.38
200,000.00
150,000.00
100,000.00
50,000.00
0.00
to ico dr
a
en m Pe
ci m ra
Ce em
de lo ria
co Ti
jo na
B lo ve
em Al
em ria
ria na
na lve
ve A
Al

Figura 15: Custos directos para os tipos de alvenaria em estudo.

Conforme pode-se verificar na figura acima, os custos directos para a concepção de


alvenaria em bloco de cimento e de tijolo cerâmico são relativamente próximos, sendo o
menor o de alvenaria em bloco.

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 35


A figura 16 ilustra a variação percentual entre os custos de alvenaria em tijolo cerâmico
e em pedra, relativamente aos custos directos para concepção de alvenaria em bloco de
cimento.

VAriaÇÃo percentual comparativamente aos custos directos


de concepÇÃo de alvenaria em bloco de cimento
140.00

120.00
120.28
100.00

80.00

60.00

40.00

20.00
12.35
0.00
Alvenaria em 0.00
Bloco de cimento Alvenaria em Tijolo Ceramico Alvenaria em Pedra

Figura 16: Variação percentual comparativamente aos custos directos de concepção de


alvenaria em bloco de cimento.

A figura 16 ilustra de forma mais clara a relação entre custos directos para a concepção
dos tipos de alvenaria em estudo.

Os custos directos de concepção da alvenaria em pedra correspondem mais que o dobro


dos custos directos para a concepção da alvenaria em bloco de cimento.

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 36


5. CONCLUSÃO

Pelo meio do estudo realizado nesse trabalho, onde buscou-se comparar os três sistemas
construtivos, a pesquisa concretizou as referencias já estudas por diversos autores,
buscando avaliar o sistema construtivo de menor custo final. Através das empresas que
fornecem matérias para a região, obteve-se os quantitativos e os custos das composições
existentes para a estrutura de cada sistema.

Constatou-se que em termos de custos directos a solução em sistema construtivo de


alvenaria em bloco de cimento é a mais econômica, comparativamente aos outros dois
sistemas estudados. No entanto, isto não quer dizer que em termos de custos globais seja
a solução mais econômica, há que balançar também os custos indirectos para se obter
efectivamente a solução mais econômica. Pois pode-se se dar ao caso de que a solução
mais econômica em termos de custos directos envolva gastos com a administração
central da construção (salários, impostos, seguros, transporte dos materiais, despezas
com viagens, etc.) muito elevados.

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 37


6. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE
INVESTIGAÇÃO

1. BEKAERT, B. (2019). Alvenaria de Vedação. Disponível em


https://blog.belgobekaert.com.br/engenharia/construção-civil/o-que-e-e-alvenaria-de-
vedacao-e-como-minimizar-problemas/. Acesso em 22 de Abril de 2022. Brasil.

2. BLIND, A. H. (2018). Avaliação da situação de Alvenaria Estrutural no Brasil.


Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado à disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso 1, do Curso Superior de Bacharelado em Engenharia Civil do
Departamento Acadêmico de Construção Civil (DACOC) da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Curitiba.

3. DE BRITO, J. & FLORES, I. (2003). Paredes de Alvenaria de Pedra Natural.


Cadeira de Construção de Edifícios do Curso de Mestrado Avançado em construção e
Reabilitação do Instituto Superior Técnico. Lisboa.

4. DE BRITO, J. & FLORES, I. (2003). Paredes em Terra Crua. Cadeira de Construção


de Edifícios do Curso de Mestrado Avançado em construção e Reabilitação do Instituto
Superior Técnico. Lisboa.

5. CORREIA, J. R. & DE BRITO, J. (2003). Paredes de Alvenaria de Tijolo de Barro


Vermelho. Cadeira de Construção de Edifícios do Curso de Mestrado Avançado em
construção e Reabilitação do Instituto Superior Técnico. Lisboa.

6. MARINOSKI, D. (2011). Alvenarias: conceitos, alvenaria de vedação, processos


construtivos. Notas de Aula. UFSC – Departamento de Arquitetura e Urbanismo.

7. MAZER, W. (2007). Alvenaria Estrutural: Notas de Aula. Universidade Tecnológica


Federal do Paraná. Curitiba.

8. SILVA, P. E. V. & MOREIRA, R. R. (2017). Projeto de Alvenaria de Vedação –


Diretrizes Para a Elaboração, Histórico, Dificuldades e Vantagens da Implementação
e Relação com a NBR 15575. Monografia apresentada na disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso II do Curso de Graduação de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Goiás. Goiânia.

ALTENOR DENILSON JULIAO MUHANZUL 38


Anexos

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