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Manaus
2017
JONAS LIMA MACHADO
Manaus
2017
JONAS LIMA MACHADO
Comissão examinadora:
___________________________________
Professor examinador
Faculdade Metropolitana de Manaus
___________________________________
Professor examinador
Faculdade Metropolitana de Manaus
Manaus
2017
Dedico este trabalho a toda minha família,
que me concederam todo suporte para
construir os alicerces desta grande
conquista.
AGRADECIMENTOS
The use of good quality paving is a crucial factor for safe and pleasant displacement
by land, for this the dissemination of studies and implementation of new paving
methods aimed at improving the quality of the roads is essential, given that the
increasing volume of traffic combined with environmental conditions has led to
progressive deterioration of the pavement. The use of hot machined Bituminous
Concrete - CBUQ stocked and cold applied has grown a lot in the work of recapping
holes, Repair or construction of new roads in Brazil. This is a comparative study
through a bibliographic review with the objective of presenting the advantages of the
use of CBUQ cold and their results in relation to conventional CBUQ seeking to inform
about their properties, behavior and functional and executive particulars in operations
of holes coverage in the city of Manaus. The results obtained demonstrate that the
CBUQ cold applied corroborate advantages in relation to its easy applicability, storage
parameters, transport, execution and quality in the pavement, taking into account the
recurrent pathologies in the paved roads of the region.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
1.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 12
1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 13
2.1 Um Breve Histórico da Pavimentação no Brasil .............................................. 13
2.2 Aspectos Gerais Sobre Pavimentos ................................................................ 14
2.3 Camadas Constituintes de Um Pavimento ...................................................... 15
2.4 Principais Tipos de Pavimentos ...................................................................... 16
2.4.1 Pavimentos Rígidos .............................................................................. 16
2.4.2 Pavimentos Flexíveis ............................................................................ 17
2.5 Materiais Betuminosos para Pavimentação .................................................... 18
2.6 Revestimento Pré-Misturado a Frio – PMF ..................................................... 21
2.7 Revestimentos de Misturas Asfálticas a Quente ............................................. 21
2.7.1 Concreto Betuminoso Usinado a Quente – Convencional .................... 23
2.7.2 Concreto Betuminoso Usinado a Quente – Estocável e Aplicado a Frio
.................................................................................................................24
2.8 Usinas Asfálticas ............................................................................................. 25
2.8.1 Partes Constituintes de Usinas Asfálticas ............................................. 26
2.8.2 Usinas de Asfalto para Misturas a Quente ............................................ 28
2.8.3 Dosagem de Misturas Usinadas a Quente ............................................ 29
2.9 Patologias em Pavimentos Flexíveis ............................................................... 30
2.10 Tapa-Buracos ................................................................................................ 35
2.10.1 Procedimentos para execução de tapa buraco para asfalto com
espessura – 5cm com CBUQ Convencional ............................................................. 36
2.10.2 Procedimentos para execução de tapa buraco para asfalto com
espessura – 5cm com CBUQ Estocável e aplicado a frio ......................................... 37
3 METODOLOGIA ................................................................................................... 40
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 41
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47
11
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No Brasil, uma das primeiras estradas que se tem registro é o Caminho aberto
para a ligação de São Vicente ao Planalto Piratininga. Fernão Dias, grande
empreendedor, iniciou, em 1674, a expedição que seria o passo inicial para
povoamento do território mineiro. Criou então um caminho provisório para os
bandeirantes, o que seria o "embrião" da União Indústria. Sete anos mais tarde, o
governador do Rio de Janeiro, Artur de Sá Menezes, incumbiu Garcia Rodrigues Paes,
filho de Fernão Dias, da construção de um caminho permanente para as minas gerais
do Cataguás, já que a viagem pelo caminho antigo levava cerca de 100 dias e, ainda,
colocava os viajantes à mercê dos piratas que atuavam na baía de Angra dos Reis.
Rodrigues Paes conseguiu diminuir o tempo da viagem para 25 dias. Só que, após
seis anos de intensos trabalhos, encontrou-se com a saúde debilitada e com a fortuna
esgotada, ambas na dedicação àquele que viria a ser conhecido como o Caminho
Novo. Com isso, o encargo foi passado ao cunhado de Rodrigues Paes, Domingos
Rodrigues da Fonseca, em 1704. Somente em 1709, contudo, o objetivo foi alcançado
e a via possibilitava o trânsito regular de tropeiros. Em 1725, Bernardo Soares
Proença traçou uma variante, encurtando a jornada em 4 dias, o que facilitou ainda
mais o eixo Rio/Minas, e permitindo maior rapidez no trânsito das inúmeras riquezas
extraídas naquela província mineira (DNIT, 2001).
A origem dessa primeira Estrada de Rodagem do Brasil, maior obra de
engenharia na América Latina em seu tempo, deu-se a 7 de agosto de 1852, quando
o visionário Mariano Procópio obteve, graças ao decreto do governo imperial nº 1.301,
a autorização para a construção, melhoramento e conservação de duas linhas de
estradas. O empreendimento, considerado por muitos como impossível de ser
realizado, foi iniciado em 12 de abril de 1856, com a presença e o incentivo de D.
Pedro II. A obra exigia, entretanto, um esforço notável para os engenheiros e
operários, já que a estrada era entrecortada por cursos d’água e pelas escarpas
graníticas da serra do Taquaril. Mariano Procópio, então, contratou profissionais
alemães. O brasileiro Antônio Maria Bulhões ficou responsável pelo trecho entre
Petrópolis e três Rios, enquanto o alemão Keller assumia a responsabilidade do trecho
Três Rios a Juiz de Fora, na época a Cidade do Paraibuna (DNIT, 2001).
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Balbo (2007) define que o pavimento é uma estrutura não perene, composta
por camadas sobrepostas de diferentes materiais compactados, adequada para
atender estrutural e operacionalmente ao tráfego, de maneira durável e ao custo
mínimo possível, considerando diferentes horizontes para serviços de manutenção
preventiva, corretiva e de reabilitação obrigatórios. Ferrara (2006) afirma que ao
chegar perto da vida útil, o pavimento começa a perder a capacidade de servir com
uma boa qualidade os seus usuários. As fundações (revestimento, base, sub-base e
subleito) e operações de manutenção e restauração dos pavimentos dependem muito
do tipo de revestimento utilizado.
Na maioria dos pavimentos brasileiros usa-se como revestimento uma mistura
de agregados minerais, de vários tamanhos, podendo também variar quanto à fonte,
com ligantes asfálticos que, de forma adequadamente proporcionada e processada,
garanta ao serviço executado os requisitos de impermeabilidade, flexibilidade,
estabilidade, durabilidade, resistência à derrapagem, resistência à fadiga e ao
trincamento térmico, de acordo com o clima e o tráfego previstos para o local.
(BERNUCCI et al., 2008).
Base: É a camada que tem por função aliviar a tensão das camadas inferiores, permitir
a drenagem das águas que se infiltrarem no pavimento (por meio de drenos) e resistir
a tensões e deformações atuantes. Silva (2008) define que os materiais que podem
ser empregados como base são: Brita Graduada Simples (BGS), Concreto
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Fonte: Balbo,2007
dessa camada.
Fonte: Balbo,2007
Bernucci et al. (2008) pontuam em sua literatura que o asfalto é um dos mais
antigos e versáteis materiais de construção utilizados pelo homem. Seu uso em
pavimentação é um dos mais importantes e, na maioria dos países do mundo, a
pavimentação asfáltica é a principal forma de revestimento. Há várias razões para o
uso intensivo do asfalto em pavimentação, sendo as principais: proporciona forte
união dos agregados agindo como um ligante que permite flexibilidade controlável; é
impermeabilizante, é durável e resiste à ação da maioria dos ácidos, dos álcalis e dos
sais, podendo ser utilizado aquecido ou emulsionado, em amplas combinações de
esqueleto mineral, com ou sem aditivos. Segundo Pinto e Pinto (2015), com relação
ao material utilizado são empregadas as seguintes conceituações:
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• Asfalto diluído do tipo cura rápida (CR): (CAP + fração leve, gasolina).
• Asfalto diluído do tipo cura média (CM): (CAP + fração média, querosene).
• Asfalto diluído do tipo cura lenta (CL): (CAP + fração pesada, óleo diesel).
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2010).
Senço (2001) afirma que o revestimento, também denominado capa, é a
camada do pavimento que recebe diretamente os esforços verticais e horizontais
oriundos do tráfego, e os transmite para as camadas inferiores. É a camada,
responsável por transmitir a sensação de conforto e segurança ao trafegar e por
garantir maior durabilidade, flexibilidade e impermeabilidade à estrutura.
Os revestimentos betuminosos são classificados de acordo com sua
composição, finalidade e características executivas e que os revestimentos a quente
e a frio se diferem quanto ao tipo de ligante utilizado. Enquanto os pré-misturados a
quente se valem da incorporação do cimento asfáltico de petróleo (CAP), as misturas
pré-misturadas a frio são compostas por emulsão asfáltica de petróleo (EAP).
(BALBO, 2007).
Em seu estudo, Balbo (2007) refere que a Camada Porosa de Atrito (CPA) e
o Stone Matrix Asphalt (SMA) são considerados dois tipos especiais de misturas
usinadas a quente. Os dois revestimentos se diferem do CBUQ principalmente no que
se refere à granulometria. Outra diferença fundamental é que essas misturas são
sempre utilizadas sobre outra camada pré-existente de revestimento, enquanto o
CBUQ é normalmente utilizado formando uma camada única do revestimento.
O SMA é uma mistura densa e descontínua com uma grande proporção de
agregados graúdos. Possui também fíller, areia, ligante e fibras formando um
mastique asfáltico. Sua composição garante à mistura principalmente uma boa
estabilidade a altas temperaturas, resistência ao desgaste, boa adesividade entre os
agregados e ligantes, resistência à derrapagem e redução do ruído, sendo, portanto,
ideal para utilização em rodovias com alto volume de tráfego de caminhões, rampas,
pontes, paradas de ônibus, e pistas de pouso (BERNUCCI et al., 2008). O SMA é uma
mistura com elevado teor de ligante asfáltico, resultando em custo de 20 a 40% maior
que o CBUQ. Também possui uma produtividade inferior, pela dificuldade de
incorporação do fíller à mistura.
O CPA tem granulometria aberta formando uma camada drenante e com boa
aderência entre o pneu e o revestimento. Desta forma, é um pavimento com baixo
risco de aquaplanagem, baixo ruído e lâmina d’água reduzida, proporcionando
conforto e segurança aos condutores nos dias chuvosos (BERNUCCI et al., 2008).
Porém por possuir uma granulometria aberta, o CPA deve ser executado sobre uma
camada de revestimento impermeável para evitar a entrada de água na estrutura do
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Silos frios: Destinam-se a receber os diversos agregados que vão ser utilizados no
preparo das misturas. Usualmente, são constituídos de chapas metálicas, embora a
utilização de madeira, em casos de instalações mais ou menos improvisadas, possa
ser adotada. Na parte inferior dos silos frios acham-se localizados os chamados
alimentadores frios, que permitem regular os fluxos do agregado de acordo com o
desejado.
Sistema coletor de pó: São instalados sistemas coletores de pó nas usinas, a fim de
reduzir os inconvenientes que resultariam do lançamento de pó na atmosfera, bem
como para possibilitar a recuperação de uma parcela de finos que são retirados dos
agregados no secador. O sistema é constituído fundamentalmente por uma tubulação
na qual são instalados, pela ordem, uma ventoinha e um ciclone. A mistura de gases
mais pó é succionada no interior do secador por intermédio da ventoinha, sendo
encaminhada para o ciclone, no qual os finos são separados dos gases pela força
centrífuga. Em certos tipos de usina, a fração de pó recuperada no ciclone retorna ao
fluxo de agregado, geralmente na base do elevador quente. Em outras usinas isso
não ocorre, havendo, porém, a possibilidade de se estocar, à parte, a parcela de finos
recuperada.
• Corrugações/Ondulações
• Afundamentos
• Exsudação de Asfalto
• Desgaste;
• Panela
• Escorregamento do Revestimento Betuminoso
• Fendas: Trincas e Fissuras
• Remendos
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Corrugações/Ondulações
Afundamentos
Figura 5- Afundamentos
Exsudação de Asfalto
Desgaste
Panela
Figura 6- Panela
Trincas e Fissuras
após o mesmo, pode haver o bombeamento de finos (argila ou silte), os quais são
levados à superfície pela água. Este bombeamento causa recalques diferenciais no
pavimento e conduz à formação de novas trincas.
São chamadas de fendas quaisquer descontinuidades na superfície do
pavimento podendo assumir a feição de fissuras. As fendas são causadas
genericamente pelas seguintes ocorrências que atuam em conjunto:
Figura 7- Trincas
Remendos
2.10 Tapa-Buracos
Fonte: Asfatec,2016
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
produto não se mistura, não havendo contaminação da água. Durante a aplicação não
são necessários equipamentos convencionais de execução de pavimentação
asfáltica, o produto dispensa pintura de ligação (Único Asfalto, 2017). No CBUQ
convencional, o processo de aplicação difere em relação ao CBUQ aditivado, tendo
em vista que o convencional necessita ser transportado até o ponto de aplicação por
caminhões basculantes, coberto por uma lona para que o material fique protegido
principalmente de chuva e permaneça com a temperatura ideal a ser aplicado
(CEHOP, 2013). O CBUQ somente deverá ser fabricado, transportado, e aplicado
quando a temperatura ambiente for superior a 10°C. Quando realizado o
espalhamento e compressão da massa asfáltica na pista, estes processos devem ser
realizados com equipamentos adequados, tais como: vibro-acabadora para
espalhamento e rolo- compressores pneumáticos e de chapa para realização da
compressão. O processo de rolagem/compressão inicia-se imediatamente após o
espalhamento, para que assim a massa asfáltica não perca temperatura. Os
revestimentos asfálticos recém-acabados devem ser mantidos sem tráfego, até o seu
completo resfriamento (DNIT 031/2006 – ES).
Conforme Asfaltec (2016) em relação às desvantagens da utilização do CBUQ
convencional em tapa buracos, constata-se o elevado número de equipamentos e
pessoas necessárias, aumentando o custo por aplicação, desperdício de material na
sua aplicação, pois ele perde a sua resistência devido à perda de calor, inferior a 130º.
Não sendo permitido a utilização pontual de 1 ou 2 toneladas, a usina fabrica apenas
quantidades maiores, o que necessita de um maior planejamento para sua execução.
Já em comparação com a utilização do CBUQ aplicado a frio, observa-se que
o produto em questão tem coesão e aderência ao pavimento antigo, permitindo
inclusive o trabalho durante o período de chuvas. A massa é produzida a quente, nas
usinas tradicionais de CBUQ a partir da mistura homogênea de pedrisco, pó de pedra
e asfalto modificado com polímero. Pela sua qualidade de alta aderência, elimina a
necessidade de se utilizar pintura de ligação. Além das vantagens citadas, vale
ressaltar que o material é de fácil aplicação, com baixo número de mão de obra e
menor custo benefício, utilizando poucos equipamentos (apenas pá, rodo e placa
compactadora), não havendo desperdício e não depende de fornecimentos externos.
É aplicado em qualquer situação climática (ASFALTEC, 2016).
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A empresa PavFácil afirma que o asfalto frio é 35% mais econômico que o
asfalto convencional, considerando a redução de mão de obra, maquinário, tempo de
aplicação e interdição, materiais adicionais e desperdício. (PAVFÁCIL, 2017).
Conforme consta no Diário Oficial do Município de Manaus publicado na data
de 4 de setembro de 2015, foi realizada uma licitação ao pregão presencial de número
059/2015-CML/PM – Registro de Preços, com o objetivo de aquisição do Concreto
Betuminoso Usinado à Quente – C.B.U.Q., aplicado à frio – à granel no valor de R$
555,35, e licitação ao pregão presencial de número 047/2015-CML/PM – Registro de
Preços, a aquisição do Concreto Betuminoso Usinado à Quente – C.B.U.Q., ao valor
de R$ 264,05.
É notório que o valor do CBUQ aplicado a frio é relativamente superior ao
tradicional, porém, deve-se levar em consideração que em relação ao custo de mão
de obra e equipamentos utilizados para sua execução é bem menor que o
convencional, o que corrobora vantagens se mostrando como uma tecnologia
eficiente e inovadora na recuperação das patologias dos pavimentos, tendo em vista
que o métodos convencionais são mais indicados para construção e recapeamento
de grandes obras viárias, e não para tapar buracos.
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
PAVFÁCIL – Asfalto a Frio com alta tecnologia e qualidade. 2017. Disponível em:
<http://www.pavfacil.com.br/empresa/>. Acesso em: 11/outubro/2017.