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COSMETOLOGIA E
AROMATERAPIA
SUMÁRIO
COSMETOLOGIA .......................................................................................................................................................................... 3
LEGISLAÇÃO .................................................................................................................................................................................. 3
ÓRGÃOS FISCALIZADORES ................................................................................................................................................ 3
ANVISA......................................................................................................................................................................................... 4
CLASSIFICAÇÃO DOS COSMÉTICOS ................................................................................................................................... 5
RISCOS E DANOS ..................................................................................................................................................................... 5
FÍSICO – QUÍMICA ....................................................................................................................................................................... 6
MATÉRIA..................................................................................................................................................................................... 6
MISTURA OU DISPERSÃO ................................................................................................................................................... 6
POTENCIAL DE HIDROGÊNIO – PH ............................................................................................................................... 7
QUÍMICA ORGÂNICA .................................................................................................................................................................. 7
COMPONENTES BÁSICOS ................................................................................................................................................... 7
PELE................................................................................................................................................................................................... 8
FLORA CUTÂNEA .................................................................................................................................................................... 8
ATIVIDADE FUNCIONAL DO ÓRGÃO CUTÂNEO ...................................................................................................... 8
FILME OU MANTO HIDROLIPÍDICO .............................................................................................................................. 8
GRAU DE ACIDEZ DA PELE ................................................................................................................................................ 9
TIPOS DE PELE......................................................................................................................................................................... 9
FORMULAÇÃO COSMÉTICA ................................................................................................................................................ 10
VEÍCULOS OU EXCIPIENTES .......................................................................................................................................... 10
EMULSÃO ............................................................................................................................................................................ 10
GEL ......................................................................................................................................................................................... 12
LÍQUIDO ............................................................................................................................................................................... 13
PÓ............................................................................................................................................................................................ 13
VEÍCULOS VETORIAIS ................................................................................................................................................... 14
PRINCÍPIO ATIVO ................................................................................................................................................................ 15
ATIVOS PARA HIDRATAÇÃO: .................................................................................................................................... 15
ADITIVOS ................................................................................................................................................................................. 16
CLASSIFICAÇÃO DOS COSMÉTICOS ................................................................................................................................ 17
CARACTERÍSTICAS A SEREM OBSERVADAS NOS COSMÉTICOS.................................................................. 17
TENDÊNCIAS NA COSMÉTICA ....................................................................................................................................... 17
TIPOS DE COSMÉTICOS ......................................................................................................................................................... 17
SABÕES ..................................................................................................................................................................................... 18
CREMES E GÉIS ..................................................................................................................................................................... 18
MÁSCARAS .............................................................................................................................................................................. 18
EFEITO: ................................................................................................................................................................................ 19
ARGILAS ................................................................................................................................................................................... 19
CONSELHOS PRÁTICOS: .............................................................................................................................................. 19
TRATAMENTO COSMETOLÓGICO DA PELE ................................................................................................................ 20
UMECTANTES........................................................................................................................................................................ 20
POLIÓIS (GLICOIS): ............................................................................................................................................................. 21
POLIGLICOIS: ......................................................................................................................................................................... 21
CARBOIDRATOS: .................................................................................................................................................................. 21
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COSMETOLOGIA
A preocupação com a aparência vem desde as antigas
civilizações. Os chineses há cerca de 4500 anos a.C. foram
os primeiros a descobrir os poderes medicinais das
plantas, mas foram os egípcios que levaram o crédito por
conhecer e explorar as suas propriedades químicas.
Cleópatra (51 a 30 a.C.) deu origem a pesquisa
cosmética com o “Cleopatre gynoecirium libri”, editado em
seu reinado, um formulário onde foram descritos
cuidados higiênicos e tratamentos de diversas afecções da
pele, inclusive com prescrição de pomadas coloridas e
linimentos a base de plantas e óleos vegetais, com
finalidade terapêutica e cosmética.
Pompéia, a favorita do imperador Nero, na Roma
Imperial, conhecida por sua pele alva, difundiu no meio abastado o uso de máscaras noturnas - a
papa da beleza – compostas por farinha de favas, miolo de pão diluído em leite de jumenta.
Galeno, no ano 150 da era Cristã, teria criado o primeiro creme facial misturando cera de abelha,
azeite de oliva e água.
Século XX, 1910, Helena Rubstein inaugura o primeiro salão de beleza do mundo em Londres.
Em 1921 o batom passa a ser embalado e vendido em tubos.
Em 1950 chegam ao Brasil, as empresas Avon e L'Oréal trazendo muitas novidades.
Nas décadas de 70 e 80 surgem os filtros solares, os aparelhos a laser e os AHAS (ácidos glicólicos
e mandélicos) começam a serem utilizados no tratamento de rugas e manchas.
Na década de 90 surgem os cosméticos multifuncionais, como batom com protetor solar e
hidratante que previne o envelhecimento.
Com a chegada do século XXI as pesquisas avançam em direção à manipulação genética para
maior eficácia dos cosméticos.
Com o passar do tempo, a descoberta de novas matérias-primas e substâncias químicas de origem
sintética ou semissintética, revolucionou a Cosmetologia, os alfa-hidroxiácidos (AHA) são utilizados
em cremes para renovação da pele e as pesquisas avançam em direção à manipulação genética, para
maior eficácia dos cosméticos.
Os produtos cosméticos aplicam-se, tanto aos produtos de beleza como aos produtos de higiene
para limpeza e tratamento da pele, cabelos, dentes e unhas. No passado, tinham o principal objetivo
de disfarçar defeitos físicos, sujeira e mau-cheiro.
A Cosmetologia tem evoluído ao longo dos anos e se associado a outras áreas do conhecimento,
como fitoterapia, aromaterapia, aromacologia e cronobiologia, além de se subdividir em várias
vertentes como cosmecêutica, fitocosmética, neurocosmética e outras, tornando a Cosmetologia,
cada vez mais, uma ciência multidisciplinar.
O Podólogo não precisa conhecer detalhes de uma preparação de um produto. Mas sim, deve saber
como são fabricados, quais os componentes possivelmente utilizados, a formulação cosmética, sua
ação, a razão dos seus feitos, as contraindicações, e principalmente a legislação envolvida, para
tornar-se cada vez mais exigente e qualificado, contribuindo assim para a qualidade do atendimento
dos nossos pacientes e prevenindo determinadas Podopatias.
LEGISLAÇÃO
ÓRGÃOS FISCALIZADORES
INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA E NORMATIZAÇÃO E QUALIDADE
INDUSTRIAL:
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ANVISA
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) foi criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro
de 1999, subordinada ao Ministério da Saúde.
A finalidade da Agência é promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle
sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à ela, inclusive dos
ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados... (art.6)
Os cosméticos no Brasil são controlados pela Câmara Técnica de Cosméticos da ANVISA
(CATEC/ANVISA) e pela Resolução RDC nº. 211, de 14 de julho de 2005.
A ANVISA possui várias outras atribuições, como:
Autorizar o funcionamento de empresas de fabricação, distribuição e importação dos
produtos;
Conceder registro de produtos, segundo as normas de sua área de atuação;
Conceder e cancelar o Certificado de Cumprimento de Boas Práticas de Fabricação e
Controle (CCBPFC);
Interditar, como medida de vigilância sanitária, os locais de fabricação, controle,
importação, armazenamento, distribuição e venda de produtos e prestação de serviços
relativos à saúde em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde;
Proibir a fabricação, a importação, o armazenamento, a distribuição de produtos e insumos
em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde;
A Agência está encarregada de regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que
envolvem risco à saúde pública.
LEI Nº 6.360/1976, DECRETO-LEI Nº 7.9094/1977 E PORTARIAS:
São normas estabelecidas pelo Sistema de Vigilância Sanitária e coordenadas pela Secretaria
Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), que atende ao Ministério da Saúde (MS). Entre outras
determinações estabelecem que é obrigatório aos fabricantes fazer constar dos rótulos de seus
produtos:
Número de registro no Ministério da Saúde (MS);
Autorização da Vigilância Sanitária;
Composição química dos produtos (matérias-primas, ativos, bioativos, conservantes,
perfumes, bactericidas, fungicidas, protetores solares etc., permitidos para uso em
cosmética), orientações para o usuário quanto às formas de uso, precauções,
contraindicações etc.
LEI Nº 8.078/1990 (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR)
Conforme essa lei, acompanhada pela Secretaria Estadual de Educação de Defesa da Cidadania, os
fabricantes são obrigados a informar ao consumidor, no rótulo dos produtos cosméticos:
Composição química do produto: nomenclatura ou abreviações universais das substâncias que
entram na composição da formulação cosmética. Caso seja mencionada a função específica de
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RISCOS E DANOS
Os produtos cosméticos devem atender a parâmetros toxicológicos e conhecimento em áreas
específicas que passam por avaliação para garantir a segurança dos produtos.
E quanto aos riscos a ANVISA, classifica da seguinte forma:
GRAU 1 - Produtos com risco mínimo, ou seja, são produtos de higiene pessoal, cosméticos e
perfumes cuja formulação se caracteriza por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja
comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao
seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto.
Ex.: maquiagem (pós-compactos, bases líquidas, sombras, rímel, delineadores, batons em pasta e
líquidos), perfumes, sabonetes, xampus, cremes de barbear, pastas dentais, cremes hidratantes, géis
para fixação de cabelos, talcos perfumados, sais de banho, etc.
GRAU 2 - Produtos com risco potencial, ou seja, são produtos de higiene pessoal, cosméticos e
perfumes cuja formulação possui indicações específicas, cujas características exigem comprovação
de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso.
Ex.: xampus anticaspa, desodorantes e sabonetes líquidos íntimos femininos, desodorantes de
axilas, talcos antissépticos, protetores labiais e solares, cremes depiladores, repelentes, tinturas para
cabelos, sprays para fixação e modeladores de penteados, clareadores de pelos, enxaguantes bucais,
esmaltes, óleos para massagens, etc. Todos os produtos para bebês, apesar de totalmente inócuos,
são classificados como grupo de risco nível 2, pois passam por processos mais rigorosos de inspeção
antes de serem comercializados.
FÍSICO – QUÍMICA
FÍSICA – É a ciência que investiga os fenômenos inanimados da natureza, como as leis universais
que dizem respeito à matéria, à energia, ao espaço-tempo e suas interações.
QUÍMICA – É a ciência que estuda a constituição da matéria, a estrutura das substâncias, suas
propriedades, transformações e as leis que as regem. As fronteiras entre a física e a química estão,
cada vez mais, imperceptíveis.
FÍSICO-QUÍMICA – É a ciência interdisciplinar, que estuda as características físicas e químicas de
um fenômeno, investigando as propriedades macroscópicas de um sistema, relacionando-as com sua
estrutura microscópica ou, de modo inverso, partindo da estrutura microscópica, a fim de obter suas
propriedades macroscópicas, utilizando métodos da física e da química.
MATÉRIA
É toda e qualquer substância que possui massa e ocupa lugar no espaço. Ela pode se manifestar de
várias maneiras e tem a propriedade de se transformar. E ainda pode ser divida em matéria
inorgânica e matéria orgânica.
MATÉRIA INORGÂNICA: Pode apresentar-se sob diversos aspectos, constituída de partículas
elementares, que correspondem aos estados da matéria:
ESTADO SÓLIDO: argila e ferro;
ESTADO LÍQUIDO: água e óleo mineral;
ESTADO GASOSO: hidrogênio e oxigênio.
MATÉRIA ORGÂNICA: Também apresenta-se sob diversos aspectos e contém nessa partículas
elementares, formando os sistemas biológicos, que abrangem desde os microorganismos, (vírus,
bactérias, fungos, protozoários etc.) até os maiores seres vivos, sejam eles animais ou vegetais.
Toda matéria, seja ela orgânica ou inorgânica, é constituída de átomos. A união de dois ou mais
átomos resulta na formação de uma molécula. A união de duas ou mais moléculas dá origem a uma
substância, que constitui a matéria, que dá forma a determinado corpo, que é definido como qualquer
porção limitada da matéria (pedra, madeira, animal etc.).
Átomo é a menor quantidade de matéria, a menor quantidade de uma substância simples que tem
as propriedades químicas de um elemento e que permanece inalterada em uma transformação
química. Formado por um núcleo positivamente carregado (prótons) e carga nula (nêutrons), e uma
envolvente eletrônica (elétrons).
MISTURA OU DISPERSÃO
É um sistema no qual uma substância está dispersa em uma segunda substância, sob a forma de
pequenas partículas. As dispersões são classificadas como soluções verdadeiras ou homogêneas
(açúcar e água), soluções coloidais ou heterogêneas (gelatina em água) e suspensões e suspensões
(terra em água).
SOLUÇÃO: Mistura de duas ou mais substâncias, na qual cada uma mantém íntegra suas
características. Elas são classificas como soluções moleculares, soluções iônicas ou
eletrolíticas, soluções coloidais e soluções aquosas.
SOLUÇÕES MOLECULARES: Aquelas que não conduzem corrente elétrica.
SOLUÇÕES IÔNICAS OU ELETROLÍTICAS: Aquelas que conduzem corrente elétrica, ou
seja têm em seu meio partículas dispersas que são íons.
SOLUÇÕES COLOIDAIS: Aquelas que apresentam partículas dispersas no solvente.
POTENCIAL DE HIDROGÊNIO – PH
É um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma substância.
As soluções podem ser ácidas, neutras ou básicas.
SOLUÇÃO ÁCIDA – Aquela cujo pH é menor que 7.
SOLUÇÃO NEUTRA – Aquela cujo pH está situado em torno de 7.
SOLUÇÃO BÁSICA OU ALCALINA – Aquela cujo pH é maior que 7.
Como os ácidos e as bases são composições completamente opostos, quando misturados, suas
propriedades são anuladas, tornando a substância resultante neutra. Quando ocorre a mistura,
obtém-se uma reação de neutralização, com a formação de água e um sal.
QUÍMICA ORGÂNICA
É a parte da química que estuda a composição, as propriedades e as reações das moléculas
orgânicas, que são compostos que contêm cadeias de carbono, as unidades químicas fundamentais
da vida. Exemplos de moléculas orgânicas: glicídios, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos, em que o
principal componente é o carbono.
Um dos principais objetivos da química orgânica é relacionar a estrutura de uma molécula e
suas reações. Através desse conhecimento consegue-se criar novas moléculas, o que é permitido
através de um estudo das etapas que ocorrem em cada tipo de reação.
Segundo alguns pesquisadores, a química orgânica é de fundamental importância para o estudo da
Cosmetologia, em virtude da grande quantidade de compostos orgânicos utilizados nesse ramo de
conhecimento.
FUNÇÃO: Orgânica - é um conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes
COMPONENTES BÁSICOS
Existe uma dificuldade para classificar e estudar os diversos itens que compõem as preparações
cosméticas sob variadas formas de apresentação que nos leva a debater as diversas possibilidades de
composição que estas preparações estão sujeitas.
As matérias-primas são utilizadas nas formulações de acordo com suas propriedades
funcionais e físico-químicas. Estas propriedades são derivadas de suas respectivas estruturas
químicas.
QUANTO À CONSTITUIÇÃO
QUANTO À ORIGEM QUANTO À FUNÇÃO
QUÍMICA
Inorgânicos; Ester; Conservantes;
Orgânicos Éter; Veículos/excipientes;
Aldeído; Umectantes;
Cetona; Emolientes;
Ácido carboxílico; Espessantes;
Amina; Viscosantes;
Amida. Neutralizantes;
Detergentes;
Emulsionantes;
Espumantes;
Sobreengordurantes;
Antioxidantes;
Fragrâncias;
Colorantes.
PELE
Considerado o maior órgão do corpo com inúmeras funções de relevante importância para o
funcionamento geral do organismo, sem dúvida, o sistema tegumentar forma uma barreira entre o
meio interno e o meio externo.
Representada por três subcamadas ou também conhecidos por extratos: Epiderme, derme e
hipoderme (tela subcutânea).
Possui as seguintes funções principais:
Proteção contra lesões mecânicas, químicas e térmicas;
Termo regulação: a pele impede o corpo de perder calor;
Impermeabilidade à água e impede que ela também saia (Conservação de fluídos);
Barreira a organismos patogênicos – barreira física;
Detecção de estímulos sensoriais.
Apesar dessas variações que refletem diferentes demandas funcionais, todos os tipos de pele
possuem a mesma estrutura básica. A pele espessa cobre a palma da mão e a planta dos pés, possui
glândulas sudoríparas, mas não possuem folículos pilosos, músculos eretores do pêlo e glândulas
sebáceas. A pele delgada cobre a maior parte do resto do corpo e contém folículos pilosos, músculos
eretores do pêlo, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
FLORA CUTÂNEA
A pele é preenchida em toda sua superfície por diversos tipos e microrganismos (fungos ou
bactérias), constituindo a flora cutânea. Ela é formada:
Por uma flora chamada residente ou permanente, compostos por germes saprófitos, normalmente
não patogênicos, mas podendo tornar-se devido a certas condições.
Por uma flora transitória ou patogênica, resultantes da contaminação diária.
Os microrganismos que a compõem são hóspedes acidentais da pele, cuja sobrevivência sobre o
território cutâneo é fraca e temporária.
A competição entre os microrganismos resistentes e os transitórios permite uma proteção relativa
contra estes últimos. É, portanto primordial conservar a flora cutânea resistente em bom estado,
garantindo maior proteção contra a inoculação de microrganismos patógenos.
TIPOS DE PELE
IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PELE:
Perfeita atuação do cosmético;
Escolha da formulação adequada;
Evita problemas do uso de bases cosméticas ou dermatológicas erradas.
CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PELE:
Fototipo cutâneo
Níveis de sensibilidade
Grau de envelhecimento cutâneo
Características étnicas e raciais
Distribuição de oleosidade e hidratação facial
TIPOS DE PELE:
PELE EUDÉRMICA Fina, lisa, macia, perfeita e umedecida, lubrificada de maneira equilibrada,
emulsão epicutânea é O/A, este tipo de pele encontra-se nos bebes (pele
normal e sadia).
PELE LIPÍDICA Predominância da secreção oleosa ou sebácea (untuosa, EM-Epi A/O,
bastante brilho e ocorre principalmente meninos e adolescência) .
PELE ALÍPTICA Deficiência na produção de sebo (2 fatores pode ocasionar tal tipo de pele: -
deficiência na secreção sebácea (pessoas da raça nórdica, pele frágil –
varizes) e fatores ambientais - uso frequente de substância alcalinas,
calcária e solventes orgânicos.
PELE DESIDRATADA Pode ser por 2 causa : deficiência na função sudoral e mudança qualitativa
da secreção sebácea
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PELE HIDRATADA Grau de umidade esta além do normal (pessoas que morra no litoral)
PELE MISTA Dois ou mais tipo de pele em diferentes regiões do corpo (ex. lipídica na
parte central da face e desidratada nas laterais.
CLASSIFICAÇÃO ÉTNICA DA PELE:
LEUCODERMOS Pele branca
XANTODERMOS Pele amarela
MELANODERMOS Pele escura
FORMULAÇÃO COSMÉTICA
As formulações de cosméticos são complexas e utilizam muitas matérias-primas diferentes,
porque cada cosmético deve apresentar várias propriedades simultaneamente ajustadas para as
aplicações desejadas.
Originam-se vários tipos de cosméticos constituídos por veículo, princípio ativo (PA) e aditivo,
que são utilizados de acordo com os objetivos dos procedimentos estéticos.
As substâncias que constituem as formulações podem ser formadas por um ou mais
componentes de origem vegetal, animal ou mineral. Podem ser naturais ou sintéticas.
VEÍCULOS OU EXCIPIENTES
É quase sempre composto de uma ou mais substâncias e sua finalidade é dar forma ao cosmético,
bem como favorecer ou reduzir os efeitos dos princípios ativos.
Os veículos cosméticos estão classificados em emulsão, gel, líquido, pó ou vetorial.
Aquele que formula deve selecionar o veículo observando a melhor compatibilidade entre os
componentes e a finalidade do princípio ativo, conforme o tipo cutâneo.
Emulsões - cremes, leites e loções cremosas;
Géis - gel aquoso e gel oleoso (gel-creme);
Líquidos - loções (aquosas e adstringentes);
Pós - cosméticos em pó (talco, maquiagem, etc.);
Vetoriais - lipossomos, nanosferas e silanóis.
EMULSÃO
CREMES, LEITES E LOÇÕES CREMOSAS
É um sistema heterogêneo composto de duas fases que não se misturam. Uma fase fica dispersa na
outra. As duas fases da emulsão são: fase externa ou contínua; e fase interna, descontínua ou
dispersa.
TIPOS:
Existem dois tipos de emulsão: A/O (emulsão água em óleo) e O/A (óleo em água). Existem
também as emulsões mistas – O/A/O (óleo/água/óleo) e A/O/A (água/óleo/água).
EMULSÃO A/O:
EMULSÃO O/A:
É aquela em que a fase interna é constituída pelos componentes oleosos e a fase externa pela
água, ou seja, o óleo se dissolve na água. São geralmente menos oleosas. São facilmente laváveis com
água, podendo ocorrer à formação de espuma.
É aquela em que uma emulsão A/O e O/A podem existir simultaneamente, ou seja, uma gotícula
de óleo pode conter diversas partículas de água e, por sua vez, estar suspensa em uma fase aquosa.
Quando se fala de emulsão devemos levar em conta que se trata de um complexo sistema
heterogêneo, pois possui em sua formulação dois componentes que não se misturam e para manter
sua estabilidade deve conter pelo menos três componentes.
Supõe-se que entre os componentes que não se misturam exista uma força de repulsão, que gera
tensão entre as fases, denominada tensão interfacial. Para isso algumas substâncias como os agentes
emulsionantes são usadas para reduzir a força de repulsão entre as duas fases, e também os agentes
estabilizantes, que aumentam a viscosidade, impedindo dessa forma a mobilidade da fase aquosa.
COMPONENTES DE UMA EMULSÃO
Os componentes de uma emulsão são água, óleo, tensoativos, umectantes, espessantes, princípios
ativos e aditivos.
ÁGUA:
Permite uma secagem mais rápida do produto, facilitando a permeação e ainda deixa o cosmético
mais eficaz.
A água precisa ser estéril, sem eletrólitos e resíduos de metais pesados, porque podem provocar
ou acelerar reações químicas nocivas ao produto. A mais indicada é a água filtrada, deionizada e a
desmineralizada.
ÓLEO:
TENSOATIVO:
UMECTANTES:
ESPESSANTES OU ESTABILIZANTES:
GEL
É um sistema coloidal constituído de duas fases: uma fase dispersora líquida (solvente
aquoso) e outra fase dispersora sólida (agentes gelificantes). O gel é um veículo cosmético, viscoso,
mucilaginoso, transparente, preparado em estado sólido ou semissólido.
Fase dispersora sólida:
Natrazol (HEC), cellosize (HEC), carboximetilcelulose (CMC).
DERIVADOS DA CELULOSE:
TIPOS DE GÉIS:
AQUOSOS:
Nesse veículo temos a fase dispersora líquida conhecido também como um solvente aquoso, como
água, propilenoglicol, glicerol, acetona, álcool (os dois últimos são os menos comuns) e a fase sólida
um agente gelificante hidrossolúvel, como resinas, silicatos, polímeros etc. Esse tipo é apropriado
para peles bastante oleosas, trazendo uma sensação de frescor e bem estar. Contudo, apresentam
limitações, uma vez que a maioria dos princípios ativos são não-aquosos.
CREMOSOS:
São géis emulsionados com substâncias oleosas em baixa concentração de graxos, e alta
concentração de hidrófilos. Apresentam algumas vantagens sobre o gel aquoso, uma vez que
podemos adicionar à parte oleosa, princípios ativos lipossolúveis e ainda assim ter um produto com
baixa concentração de óleos, garantindo frescor para as peles. São chamados de cremes “oil-free” e
de loções “oil-free”.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO GEL:
VANTAGENS DESVANTAGENS
Menos gorduroso; Pode ressecar a pele (principalmente os
Secagem rápida com rápida absorção; hidroalcoólicos);
Fácil aplicação; Controle de pH é bastante crítico;
Recebe ativos hidrófilos ( gel aquoso); Uso limitado (peles oleosas e mistas).
Recebe ativos lipófilos (gel-creme);
Não são oclusivos;
Baixo índice de toxicidade (preparo
simples);
Sensação de frescor
LÍQUIDO
LOÇÕES
As loções cosméticas são formulações simples em que o componente principal é a água, ou a
mistura de água e álcool (hidroalcoólicas), além de agentes umectantes e conservantes. Existem dois
tipos de loções: aquosas e adstringentes.
São adicionados ácidos orgânicos fracos às loções tônicas aquosas ou hidroalcoólicas
(adstringentes) para ajustar o pH do produto ao pH da pele. E para promover esse ajuste, os ácidos
mais utilizados são o cítrico e o lático.
TIPOS DE LOÇÕES:
AQUOSAS
São cosméticos preparados principalmente com água e ativos hidrofílicos, podem também conter
agentes umectantes como o propilenoglicol ou o glicerol.
Faz-se necessária a adição de conservantes devida à presença de água no produto, o que propicia
ataques bacterianos, os mais usados: ácido bórico e ácido benzóico, além de outros.
A água utilizada pode ser desmineralizada ou a destilada, essa última é a mais indicada por ser
totalmente inóqua, como possui íons metálicos torna-se necessário a adição de agente sequestrante
(geralmente EDTA).
ADSTRINGENTES – HIDROALCOÓLICAS
São cosméticos preparados com água e álcool em quantidade de até 20% do etanol (álcool etílico),
mais indicados para peles oleosas ou acneicas, por conter álcool possui ação adstringente e
refrescante.
O álcool também atua como conservante, porém é necessário adicionar esse agente, mesmo em
menor quantidade.
Nessas loções são adicionadas ativos diversos, como hamamelis, arnica, própolis, mentol entre
outros, com objetivo de garantir efeito calmante, antiflamatório ou secativo, além de adstringência.
PÓ
Veículo, cujas matérias-primas precisam ser preservadas de qualquer umidade. É necessário que o
produto seja preparado e conservado em seu estado seco para que a adição de líquidos ocorra no
momento de sua aplicação, como é, por exemplo, o caso de algumas máscaras argilosas, secativas e
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outras, ou ainda porque a função principal do produto seja a de absorver umidade, como o talco e os
produtos de maquiagem em pó, que além de garantir colorido e textura também absorvem a
oleosidade e a umidade excessiva a pele.
As matérias-primas mais usadas para veículos em pó são o óxido de zinco, óxido de titânio,
carbonato de cálcio, silicato de alumínio etc.
VEÍCULOS VETORIAIS
LIPOSSOMOS, NANOSFERA, SILANOIS
São estruturas capazes de carrear princípios ativos hidro e lipossolúveis até as camadas mais
profundas da epiderme, depositando o ativo diretamente na camada basal e colocando-o a disposição
do tecido.
LIPOSSOMOS OU LIPOSSOMAS:
São estruturas muito similar da membrana plasmática da célula, assim permitindo a dissolução
dos lipossomos com a membrana celular. Ao se dissolverem, os vetores liberam seu conteúdo na
primeira célula viva que encontra sendo imediatamente absorvido. Os lipossomos aceleram a eficácia
e a permeação de ativos na epiderme.
Possui estrutura laminar e bimolecular, contendo camadas lipídicas e aquosas, pode-se incluir
princípios ativos lipófilos nas paredes dos lipossomos e ativos hidrófilos no interior dele na cavidade
central. Existem variedades de lipossomos de acordo com o número de compartimentos e com o
tamanho.
TIPOS DE LIPOSSOMOS:
Os lipossomas podem conter uma única bicamada lipídica ou bicamadas múltiplas em torno do
compartimento aquoso interno e, portanto, são classificados em unilamelar e multilamelar.
SUV (small unilamellar vesicles) Lipossomos unilamelares pequenos, são pequenas vesículas
contendo apenas uma parede lipófila e um compartimento aquoso.
LUV (large unilamellar vesicles) Lipossomos unilamelares grandes, iguais ao anterior diferindo
apenas pelo tamanho.
MLV: Lipossomos multilamelares, constituídos por várias paredes e compartimentos
concêntricos, devido a essa estrutura, podem conter vários ativos lipo e hidrossolúveis.
NANOSFERAS:
São estruturas poliméricas inertes, com capacidade de fixar em sua superfície ou armazenar
princípios ativos de natureza diversa que podem estar dissolvidos em seu interior, dispersados ou
encapsulados. Devido a inércia química do polímero, seu conteúdo e liberado lenta e gradativamente
na medida em que vai sendo absorvido pelo tecido. Promovendo dessa forma, uma ação mais
uniforme e controlada. O produto tem uma relação de objetividade com o princípio ativo
nanosferizado que por sua vez, dará então objetividade e potencialidade ao produto final.
Temos, por exemplo:
Vitamina E nanosferada (tocoferol);
Vitamina C nanosferada (Fosfato de ascorbil Magnésio)
Nanosfera com silanol e elastina;
Nanosfera com silanol e vitaminas; etc.
As nanosferas podem ter tamanhos diversos, são também chamadas de nanocápsulas e são
capazes de migrar para dentro da célula, sendo absorvida pelo tecido, em um processo que leva em
torno de 12 horas, liberando seu conteúdo dentro do citoplasma, conferindo a este maior eficácia.
assimilação do silício diminui sensivelmente com a idade o que com certeza vem colaborar com o
processo de envelhecimento, uma vez que o silício é um dos maiores captadores de radicais livres.
A indústria cosmética elaborou produtos de alta tecnologia, aproveitando a grande receptividade
do silício pelo organismo, com isso tornam-se cosméticos com grande capacidade de penetração
cutânea e absorção celular, fazendo do silício um vetor de grande potencial. São chamados pelo
mercado de silanois.
Este vetor é um biocosmético composto por moléculas orgânicas que se encontram combinadas
com o silício. Normatizam a bioatividade celular, reduzindo consideravelmente a oxidação e
consequentemente o processo de envelhecimento, melhorando e acelerando a regeneração celular e
o processo de hidratação.
A atuação dos silanóis está diretamente ligada ao princípio ativo a ele agregado. Assim, pode-se
ter: silanóis hidratantes, calmantes, antiinflamatórios, silanóis para cabelo, de nutrição etc. Eles
podem se apresentar de diversas formas, como: soluções, emulsões, lipossomos ou nanosferas.
Os silanóis apresentam algumas vantagens devido a sua atividade ampliada e diversificada, são
elas:
Atuam em diversas necessidades, como por exemplo: produtos para cabelos, pele, tratamentos de
rejuvenescimento facial, unhas etc;
Podem conter ativos específicos lipossomados ou nanosferados agregados ao silanol;
São mais rapidamente absorvidos pelos tecidos constituintes do nosso organismo;
Apresentam mais eficácia nos tratamentos onde é necessário maior penetrabilidade, como é o
caso do tecido conjuntivo/adiposo nos tratamentos de celulite e gordura localizada.
PRINCÍPIO ATIVO
São substâncias químicas ou biológicas que possuem atividade comprovadamente eficaz sobre a
célula. Enquanto o veículo é responsável pelo transporte, pela forma cosmética e por garantir a
melhor penetração na pele, o princípio ativo promove ação específica sobre a célula que pode ser de
várias formas, por exemplo: de hidratação, nutrição, cicatrização, revitalização etc.
Os princípios ativos precisam estar em perfeita afinidade e estabilidade química com as formas
veiculares para garantir a eficácia e o sucesso do produto final.
O princípio ativo é quem exerce a função do produto.
hidratante do produto, uma vez que as emulsões cosméticas contêm água em sua composição e faz-
se necessário que essa água permaneça no produto até o final do consumo para que não ocorra a
formação de crostas e torne o cosmético de aparência desagradável. Os umectantes mais usuais em
cosmetologia são: Glicerol ou glicerina; Propilenoglicol; Sorbitol; Etilenoglicol; D-pantenol.
HIDRATAÇÃO POR MECANISMO INTRACELULAR
Essa hidratação é obtida através de princípios ativos que em ação conjunta com os umectantes e
as substâncias que garantam a qualidade da fase lipídica, vão promover a reidratação da pele
proporcionando as condições necessárias para a recuperação das suas propriedades naturais.
Os ativos são veiculados de forma a se obter a máxima penetração no tecido epitelial para que
atuem ainda sobre a camada basal, repondo os nutrientes necessários à saúde da célula e mantendo
em equilíbrio os componentes do NMF (Fator Natural de Hidratação). È necessário que se preserve a
quantidade e qualidade desses componentes através de ativos de hidratação que atuam diretamente
na camada germinativa.
As substâncias mais utilizadas para esse fim são: Uréia; PCA-Na; Ácido Hialurônico; Ácido
Lático.
ALGUNS ATIVOS ESPECÍFICOS
ADITIVOS
Os aditivos usados nas formulações cosméticas podem ser classificados em três tipos
fundamentais. Perfumes, conservantes e corantes.
QUANTO AO LOCAL DE
Facial; Capilar; Corporal; mãos; pés; unhas; etc...
APLICAÇÃO
TENDÊNCIAS NA COSMÉTICA
Matérias-primas que combinem com as substâncias da pele;
Produtos reunindo várias funções em único produto;
Sensorial diferenciado;
Comprovação de benefícios e atributos;
Novos métodos de avaliação: segurança e eficácia.
TIPOS DE COSMÉTICOS
O profissional da estética tem como grande aliado, os cosméticos, pois com eles são alcançados os
objetivos em relação à manutenção do equilíbrio da pele. E são necessários três tipos de
conhecimento: a histologia, para conhecer a pele; a fisiologia para sabermos como a pele se comporta
normalmente e reage diante de agressões de todo tipo; a Cosmetologia, que envolve, entre outros
fatores, a ação e a indicação de cada componente de uma formulação cosmética, conforme as
características e as necessidades de cada pele. Resumindo, pode-se acrescentar que, para trabalhar
na área estética, não é suficiente dominar a ciência biológica, mas a ciência cosmetológica é
fundamental.
Os cosméticos podem ser utilizados para diversas finalidades, como higiene, proteção, correção e
prevenção das alterações da pele e seus anexos, lembrando que o veículo deve ser adequado ao tipo
cutâneo e os princípios ativos devem ser adequados às suas necessidades ou às de seus anexos, sem
provocar efeitos indesejáveis de nenhuma natureza.
O profissional deve ter o conhecimento necessário para orientar corretamente a maneira exata de
utilizar os cosméticos, reforçando a necessidade do compromisso com a manutenção, pois só fará
efeito se for utilizado, ou seja, o sucesso de qualquer proposta de tratamento, seja ele clínico ou
estético, depende da disciplina.
Os principais tipos de cosmético são sabões, demaquilantes, loções faciais, cremes, géis, máscaras,
argilas e óleos essenciais.
SABÕES
Possuem a capacidade de decompor o óleo e arrastar impurezas ou sujidades, são substâncias
compostas basicamente por tensoativos e matérias graxas de origem animal ou vegetal.
Em alguns clientes mal informados, esses cosméticos podem trazer mais prejuízos, devido a
tendência de lavar o rosto toda vez que apresentar aspecto oleoso. Isso faz com que o manto
hidrolipídico seja removido, deixando a pele exposta à poluição e sujeita às agressões climáticas,
acelerando o processo de envelhecimento.
É importante, durante a análise da pele, levar em consideração alguns aspectos, como idade, clima
e alimentação entre outros, além do tipo e das subclassificações.
A produção das glândulas sebáceas começa a diminuir após os 30 anos, e isso vai se intensificando
com o tempo.
A escolha deve ser feita com consciência, respeitando os diferentes tipos de pele. Cada pele, sendo
seca ou oleosas, precisam de cosméticos apropriados para suas necessidades.
CREMES E GÉIS
São veículos que contêm triglicerídeos de origem animal, vegetal, mineral ou sintéticos em suas
formulações. Ajudam a preservar o manto hidrolipídico, pois diminuem a perda transepidérmica.
Os cosméticos assim formulados devem ter como objetivo a proteção da pele contra agressões
climáticas, ser hidratantes, ter FPS, se destinados ao uso diurno, não promover oclusão, ser laváveis
em água, ser inodoros ou ter odor suave, não deixar a pele com aspecto brilhante e oleoso, não irritar
a pele, ter ação higroscópica, ter pH neutro, não devendo ultrapassar 7,5, espalhar com facilidade e
promover emoliência.
Sempre utilizadas após a higiene e tonificação, as emulsões podem conter ativos hidratantes,
nutritivos, antioxidantes e ceratolíticos, ou apenas ter ação emoliente, para auxiliar nos
procedimentos de extração, e deslizante, para massagens corporais com ativos lipolíticos,
vasomotores, hidratantes e hiperemiantes.
Os cremes apresentam maior incorporação e deslizamento quando aplicados sobre a pele úmida.
Devem ser usados à noite, aproveitando o período de equilíbrio, quando ocorre maior absorção e,
por isso, os ativos hidratantes, nutritivos e antioxidantes, são os mais indicados, principalmente para
peles desvitalizadas, desnutridas e envelhecidas. Para esses casos, os cremes A/O (água/óleo) são os
mais indicados, proncipalmente no inverno.
Devido à agitação intensa das grandes cidades, as pessoas possuem certa dificuldade de
desenvolver hábito de utilizar cosméticos de maneira preventiva, por isso devemos orientar os
clientes, convencendo-os a dar preferência àqueles que forneçam completa proteção.
Os melhores cremes hidratantes faciais e corporais devem ter antioxidantes e FPS 15, no mínimo,
em suas fórmulas.
Os géis são os mais indicados para as peles seborreicas e/ou acneicas. Eles podem ser
encontrados na forma de géis aquosos ou géis-cremes. Os mesmos podem ser formulados com ativos
calmantes, antissépticos, secativos, umectantes, adstringentes, refrescantes, anti-inflamatórios,
ceratolíticos e hidratantes.
MÁSCARAS
Cosméticos utilizados na estática facial, corporal ou capilar, para tratamentos com diversas
finalidades. Podem ser formuladas em cremes, géis, pós (argilas) e gomas (hidroplásticas).
Conforme o ativo utilizado, as máscaras podem ter efeito calmante, oclusivo, descongestionante,
antioxidante, ceratolítico, secativo, rubefasciente, antisséptico, adstringente, nutritivo, revitalizante,
clareador e tensor.
Dependendo da área, pode ser aplicada com pincéis individuais ou descartáveis, ou ainda com as
mãos, deixando agir por uns 10 a 20 minutos e retiradas com água.
As máscaras não devem ter secagem rápida, para permitir uma permeação mais prolongada de
seus ativos.
Máscaras oclusivas são recomendadas após o procedimento de iontoforese, para promover maior
penetração dos ativos.
EFEITO
Ceratolítico;
Hidroplásticas e tensoras;
Rubefascientes;
Veiculadas em géis ou cremes com ativos hidratantes, antioxidantes e nutritivos, após o tempo
estipulado: massagem.
ARGILAS
Possuem diversas funções e aplicações, possui muita importância na rotina dos profissionais da
estética.
Argiloterapia ou geoterapia é o uso de recursos minerais empregados com a finalidade de
promover efeitos terapêuticos. Contudo usar argila para curar não é nenhuma novidade.
As rochas são constituídas de material orgânico que, depois de muitos anos em decomposição, são
extraídas.
A coleta, por sua vez, deve ser realizada de maneira responsável, tomando alguns cuidados: o
material não deve ser colhido de terrenos úmidos, afastados de poluição, para que não haja alteração
das propriedades desse barro. Além disso, deve ser extraído de camadas profundas do solo.
Essas rochas são trituradas até se tornarem pó e submetidas a vários processos de purificação, as
argilas, também conhecida como silicato minimizado. Elas contêm ainda componentes químicos que
variam em suas quantidades, o que inclusive determina sua coloração e indicação, são conhecidos
como oligoelementos, possuem doses baixas de minerais, mas seu efeito se faz notar mesmo nessas
quantidades.
As argilas possuem ainda uma propriedade terapêutica que é muito importante que é seu poder
energético. Nos minerais que as argilas contêm, encontram-se energias iônicas, por causa da
presença de elétrons livres, e energias radiônicas. Podem funcionar como doadoras e receptoras de
energia, como um condensador, sendo capaz de liberar a energia armazenada.
Existem muitas propriedades e técnicas de utilização das argilas, na estética podem ser aplicadas
nos procedimentos faciais, corporais e capilares.
Suas propriedades, as indicações e a coloração variam conforme sua composição, porém quase
todas são ativadoras do metabolismo, absorventes, adsorventes, antioxidantes, calmantes,
cicatrizantes, descongestionantes, purificadoras, refrescantes, regeneradoras, revitalizantes,
bactericidas, parasiticidas, vermicidas, além de neutralizar e absorver radioatividade.
Todas essas propriedades são acionadas quando a argila é umedecida.
Existem vários cosméticos que contêm argilas em sua composição, porém o profissional deve
pesquisar e utilizá-las também in natura, apenas adicionando loções com diversos ativos, como óleos
essenciais, veículos base neutros, água destilada, ou soro fisiológico.
CONSELHOS PRÁTICOS:
A argila pode ser usada quente ou fria;
Ao utilizar argilas com ação calmante e secativa, deve-se acrescentar líquido frio para
aproveitar sua ação vasoconstritora;
Nos tratamentos quentes, a argila é utiliazada principalmente por sua ação
desintoxicadora, regeneradora e ativadora do metabolismo;
Nos tratamentos capilares com argila, deve-se acrescentar um pouco de xampu, para
facilitar sua retirada;
Quando se usa argila com óleo essencial (OE), primeiro adiciona-se um carreador ao OE,
em seguida, dilui-se a argila em um veículo neutro, que pode ser água, creme, gel, xampu,
loção etc. Logo em seguida, acrescenta-se o carreador acrescido do OE;
Ao realizar peeling físico, aplica-se a argila na área a ser esfoliada, Depois de seca, utiliza-se
luva própria umedecida para o corpo, gaze umedecida para o rosto e a ponta dos dedos
para o couro cabeludo;
A argila deve ser retirada após secagem, pois perde seu efeito terapêutico.
Deve-se observar se a procedência da argila é confiável;
A argila deve ser guardada em recipientes de vidro, cerâmica ou madeira e mantida em
local seco;
Não se deve utilizar metais para manipular a argila.
Não se deve reutilizar a argila;
HIDRATAÇÃO DA PELE
HIDRATANTE
São matérias-primas higroscópicas intracelulares, ou seja, substâncias que intervém no processo
de reposição do teor de água da pele de maneira ativa. Por isso, diferenciam-se dos umectantes, que
são um processo passivo.
FUNÇÕES:
Equilíbrio hídrico da pele:
Emulsão epicutânea;
Trocas de água entre a pele e meio ambiente (transpiração; absorção da água do ambiente;
água de lavagem ou cosméticos);
Falta de água no estrato córneo: deficiência sudoral; na absorção (respiração) e fatores
hidro-retentores;
Mecanismos que controlam a hidratação e lubrificação da pele;
Oclusividade;
Umectação e emoliente;
Restauradores de determinados compostos NMF (Fator de hidratação natural) – poder de
reter a água.
UMECTANTES
São substâncias higroscópicas que tem o objetivo de reduzir a dessecação superficial pelo contato
com o ar (das fórmulas) e sobre a pele forma uma película que permanece sobre esta após a
aplicação do produto favorecendo a hidratação. Estes reduzem a velocidade da perda da água, porém
este efeito pode ser reforçado com adequado nível de vedação dado pelas tampas das embalagens.
Podem ser:
POLIÓIS (GLICOIS)
Álcoois contendo mais de um grupo OH, solúveis em água, possuem toque untuoso (pegajoso).
Ex.: propilenoglicol, glicerina, sorbitol.
POLIGLICOIS
São solúveis e água, seu estado físico depende do grau de etoxilação (PM).
Ex.: polietilenoglicoL.
CARBOIDRATOS
Aldeídos ou cetonas que são ao mesmo tempo polióis.
Ex.: Açucares (glicose, frutose), amido, celulose.
ESPESSANTES/VISCOSANTES
Substâncias responsáveis por aumentar a viscosidade das formulações. Os espessantes podem ser
orgânicos e inorgânicos.
Os espessantes orgânicos dividem-se por sua vez em 2 classes:
AGENTES ORGÂNICOS
DE FASE OLEOSA
São espessantes de fase oleosa, que são insolúveis em água e solúveis em óleo. São empregados
em cremes, loções e condicionadores.
Exemplos: Álcoois graxos; Monoestearato de gliceríla; Ésteres de álcoois e ácidos graxos; Ceras
naturais e minerais, óleos e gorduras.
DE FASE AQUOSA
Conferem viscosidade à fase aquosa. São normalmente insolúveis na fase oleosa.
Exemplos: CMC – carboximetilcelulose; HEC - hidroxietilcelulose – natrosol; Vinílicos: Carbômero,
PVP, álcool polivinílico; Polissacarídeos: amido, agar-agar, gomas e alginatos;
AGENTES INORGÂNICOS (ELETRÓLITOS)
Cloreto de sódio;
Citrato de sódio;
Fosfato de sódio ou amônio.
CONSERVANTES
Os conservantes são substâncias que adicionadas aos produtos tem como finalidade preservá-los
de danos causados por microorganismos durante a estocagem, ou mesmo de contaminações
acidentais produzidas pelos consumidores durante o uso.
Para cada tipo de agente conservante e dependendo da formulação existe uma concentração
máxima permitida que deva ser seguida rigorosamente. Os contaminantes se dividem entre bactérias
e fungos e algumas características destes estão descritas a seguir:
BACTÉRIAS
Encontram-se bastantes difundidas (ar, água e terra)
PH ótimo para crescimento de 6 a 8
Temperatura ideal: 35-40 °C
Utilizam como substrato: proteínas, vitaminas, sais, dentre outros.
Principais: Pseudomonas, Enterobacter, Klebsiella, Staphylococcus
ANTI-OXIDANTES
Substâncias que inibem ou bloqueiam o processo de oxidação dos componentes orgânicos (óleos
vegetais, gorduras vegetais ou animais, óleos essenciais e vitaminas). Estes processos de oxidação
podem se manifestar principalmente por modificações do odor e da cor podendo até provocar
irritações no tecido cutâneo.
Os componentes mais propensos a sofrerem oxidação são as fragrâncias, os corantes, alguns
ativos e os óleos (emolientes).
ESPESSANTES
Substâncias que promovem o aumento da viscosidade do xampu. Podem ser de dois tipos,
promovendo o espessamento por processos diferentes:
1° PROCESSO:
modificação dos parâmetros reológicos do sistema água-tensoativo mediante adição de eletrólitos
(NaCL, NH4CI, Na2SO4) ou de amidas de ácidos graxos. O aumento da viscosidade não é proporcional
ao aumento dos eletrólitos, chega a um ponto máximo depois decresce.
2° PROCESSO:
pela incorporação de substâncias espessantes convencionais, tais como gomas (adraganta,
arábica), derivados da celulose, polímeros carboxivinílicos (carbopol), álcool polivinílico e derivados
de PVP. Sua adição não é sempre conveniente, pois pode se separar quando em repouso.
SUAVIZANTES OU CONDICIONADORES
Para evitar ou diminuir uma possível ação detergente excessiva, recorre-se ao emprego de
substâncias que promoverão certa lubrificação ou, ainda, diminuição de atrito que permitirá pentear
mais fácil, com maior volume. Esses efeitos são conseguidos pela adição, quer de derivados de
lanolina, de polivinilpirrolidona, de óleos vegetais, de derivados de lecitina, de ésteres graxos de
glicol ou glicerol e ainda de hidrocolóides e derivados de proteína.
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PERMEABILIDADE CUTÂNEA
Os cosméticos possuem vários desafios, um deles é romper uma das principais funções da pele: a
barreira cutânea entre os meios endógeno e exógeno. Se a pele pudesse absorver qualquer
substância, teríamos sérios problemas de intoxicação ou de edemas, ao tomar banho ou ao entrar em
uma piscina.
É o comportamento fisiológico e físico-químico que as camadas da epiderme têm de aceitar ou não
a penetração de substâncias, ou seja, é a capacidade que a pele possui de absorver uma substância,
permitindo que ela penetre até as estruturas mais profundas, chegando inclusive à corrente
sanguínea.
BIODISPONIBILIDADE
Velocidade ou extensão pela qual uma substância ingressa na circulação sanguínea, o que permite
acesso à área de ação. É avaliado pela concentração da substância nos fluidos corporais, ou pela
importância da resposta ao tratamento.
Pode ser comparada à clássica frase: semelhante dissolve semelhante, onde substâncias que
apresentam compatibilidade com a pele possuem capacidade de penetração garantida.
BIOEQUIVALÊNCIA
Propriedade que algumas substâncias têm que apresentar os mesmos efeitos biológicos, quando
comparadas com outras substâncias.
Como já foi apresentado, anteriormente, os conceitos sobre cosméticos, cosmecêuticos e
dermocosméticos , demostram que s diferença entre eles está na profundidade que alcançam na pele,
no seu grau de eficiência, na classificação dos ativos e em suas propriedades terapêuticas.
Podemos analisar os fatores a seguir: profundidade alcançada, a eficiência e as propriedades
terapêuticas, visando buscar a preservação, a manutenção e o equilíbrio da pele saudável.
PROFUNDIDADE
Podemos utilizar os vetores como carreadores veiculares, eles possuem a capacidade de penetrar
até as camadas mais profundas.
EFICIÊNCIA
Em relação à preservação, à manutenção e ao equilíbrio da pele saudável, os ativos utilizados são
muito eficientes, principalmente quando formulados com a concentração correta e os veículos
adequados.
PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS
O uso de cosméticos na estética visa à nutrição, à hidratação, ao equilíbrio na produção das
glândulas sebáceas, à proteção contra agentes exógenos e à prevenção do envelhecimento.
A indústria cosmética nacional tem se empenhado em lançar produtos de baixo custo, com
excelentes propriedades terapêuticas.
Alguns recursos nos procedimentos estéticos facilitam a penetração dos ativos, assim como o
corpo pode ser permeável, semipermeável ou impermeável, as substâncias também podem ser
assim. O que permite essa passagem é o reconhecimento e a necessidade da substância pela
membrana celular.
FATORES BIOLÓGICOS
Espessura da epiderme: Quando com característica de hiperceratinizada tem menor
permeabilidade.
Idade: Com o passar dos anos, há diminuição da hidratação, o que favorece o espessamento do
estrato córneo e a menor permeabilidade.
Região anatômica: As mucosas, áreas com maior número de folículos pilossebáceos, e as áreas
mais vascularizadas têm maior permeabilidade.
FATORES FISIOLÓGICOS
Fluxo sanguíneo: O aumento do fluxo sanguíneo resulta em hiperemia e maior permeabilidade.
Hidratação: Peles mais hidratadas têm maior permeabilidade.
FATORES COSMETOLÓGICOS
Concentração: A permeação é diretamente proporcional à concentração do ativo e ao tamanho
das moléculas.
Solubilidade: Quanto mais lipossolúvel é a substância, maior a penetração.
Veículos: Veículos vetoriais têm tem permeação garantida
Tempo de exposição: Quanto maior for o tempo de exposição, maior a permeação.
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS
Peso molecular baixo: Maior permeabilidade.
Substancias iônicas: Maior permeabilidade.
Capacidade de difusão do ativo: Maior permeabilidade.
Temperaturas elevadas: Maior permeabilidade.
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AROMATERAPIA
No panorama mundial atual, o uso das terapias complementares tem recebido destaque, tanto nos
países ocidentais desenvolvidos como nos países pobres e em desenvolvimento e, sobretudo, por
estar sendo estimulado pela própria Organização Mundial de Saúde (AMARAL, 2015).
No Brasil, o uso de algumas dessas terapias é adequado ao Sistema Único de Saúde (SUS) por meio
da Portaria nº 971, que incentiva e regulamenta a adoção dessas técnicas nas unidades de
atendimento dos Estados, Municípios e Distrito Federal (AMARAL, 2015).
O crescimento dessas terapias está relacionado não apenas à sua eficácia e baixo custo, mas
também ao modo de assistência que, neste caso, tem seu foco de atenção voltado ao indivíduo, como
um todo e não apenas à doença, proporcionando uma abordagem holística de assistência, já descrita
na Teoria de Martha Rogers, em 1970, e Myra Estrin Levine, em 1973 (AMARAL, 2015).
As Terapias Complementares compreendem a Aromaterapia, que é uma prática que se utiliza de
concentrados voláteis, conhecidos como óleos essenciais. Estes são compostos orgânicos de origem
vegetal, formados por moléculas químicas de alta complexidade, que apresentam várias funções
químicas, como alcoóis, aldeídos, ésteres, fenóis e hidrocarbonetos, havendo sempre a prevalência de
uma ou duas delas e, assim, caracterizarão seus aromas (AMARAL, 2015).
São extraídos das plantas aromáticas pelo processo de destilação ou prensagem de partes desses
vegetais, como flores, folhas, sementes, frutos ou raízes e diluídos em diversas concentrações, que
dependem da intenção do uso. São substâncias empregadas com a finalidade de equilibrar as
emoções, melhorar o bem-estar físico e mental e que atuam de diversas formas no organismo,
podendo ser absorvidas por meio de inalação pelas vias aéreas, por uso tópico ou ingestão (AMARAL,
2015).
Quando inaladas, uma porcentagem mínima do óleo essencial (OE) ativa o sistema do olfato pelo
bulbo e nervos olfativos, que propiciam uma ligação direta com o Sistema Nervoso Central, levando o
estímulo ao Sistema Límbico, responsável pelo controle da memória, emoção, sexualidade, impulsos
e reações instintivas. O restante da quantidade inalada trafega pelo sistema respiratório e chega à
corrente sanguínea (AMARAL, 2015).
Quando a atuação das moléculas ocorre por via cutânea, o óleo essencial é absorvido e
transportado pela circulação sanguínea, sendo conduzido até os órgãos e tecidos do corpo.
Quando ingeridos, as moléculas dos óleos essenciais são absorvidas pelo intestino e levadas aos
diversos tecidos corporais (AMARAL, 2015).
OSMOLOGIA
Palavra de origem grega (os = cheiro e logos = logica), a osmologia é um raro ramo da ciência
medica que estuda o olfato e dos odores (AMARAL, 2015).
AROMACOLOGIA
É o termo usado para definir a psicologia do olfato, ou seja, aquilo que chamamos de cheiros
relaxantes, estimulantes, polarizantes, masculinos, femininos, infantis, alegres, refrescantes, entre
outros adjetivos que podemos classifica-los (AMARAL, 2015).
APLICABILIDADE
A aromaterapia utiliza apenas óleos essenciais puros e naturais, preconizando sua aplicação no
corpo e no ambiente de forma terapêutica.
A aromacologia utiliza óleos essenciais, essências e fragrâncias sintéticas, preconizando sua
aplicação no corpo e no ambiente para fins de perfumação funcional (AMARAL, 2015).
ÓLEOS VEGETAIS
Os óleos vegetais são bases importantes para a aplicação de óleos essenciais na pele por
possuírem uma afinidade natural com o tecido cutâneo. Os ácidos graxos presentes nos óleos
vegetais são encontrados também na pele humana e fazem parte de seus processos de manutenção
do manto hidrolipídico e de manutenção da flexibilidade da pele (AMARAL, 2015).
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Ricos em ácidos graxos, os óleos vegetais tem alta qualidade, quando aplicamos na pele penetram
de forma rápida, leve e suave, deixando o tecido cutâneo macio e umectado. Poucos minutos após a
aplicação a pele demonstra uma maciez aveludada e, com aplicações contínuas, mantem esse toque
macio de forma duradoura (AMARAL, 2015).
De modo geral, acredita-se que a aplicação de óleos na pele e nos cabelos aumenta a oleosidade
deste, o que não é verdadeiro quando se trata da aplicação de óleos vegetais puros. A sensação de
excesso de oleosidade só ocorre com aplicação de óleos minerais, estes simoclusivos, ou seja, tem a
propriedade de fechar os poros e evitar a penetração de água, daí sua utilização em bebês nas trocas
de fraldas (AMARAL, 2015).
O propósito da utilização do óleo vegetal na pele é justamente o fato de ele integrar-se
rapidamente ao manto hidorlipídico, aumentando a umectação da pele, mas sem ocluí-la totalmente.
Pode se dizer que os óleos vegetais se fundem à parte oleosa do manto hidrolipídico, contribuindo,
assim para o controle da perda de água transdérmica e para o fortalecimento dos ácidos graxos como
fonte de energia para o meio celular. E no caso da aplicação dos óleos essenciais, estes se fixam nos
óleos vegetais, sendo liberados lentamente no sistema cutâneo (AMARAL, 2015).
COMPOSIÇÃO
GLICEROL
É o componente comum em quase todos os óleos fixos, e o que estabelece diferença entre os óleos
vegetais é a natureza dos ácidos graxos que ele contém (AMARAL, 2015).
O glicerol é um líquido viscoso incolor e inodoro, possui sabor adocicado e sua molécula é
formada por 3 hidoxilas, e suas importâncias no contexto dos óleos vegetais vem do fato de ser um
dos percursores dos triglicerídeos, que são uma forma lipídica especializada no armazenamento de
energia. Já os triglicerídeos são ésteres derivados de uma molécula de glicerol e três moléculas de
ácidos graxos livres. O glicerol é também um dos percursores dos fosfolipídios, que são os principais
constituintes das membranas biológicas das células e organelas. O glicerol pode ainda ser usado para
formar a glicose e fornecer energia para o metabolismo celular (AMARAL, 2015).
ÁCIDOS GRAXOS
Ácidos graxos são compostos orgânicos que são produzidos quando ocorre a quebra das gorduras.
Pouco solúveis em água, quanto maior a cadeia carbônica, melhor a solubilidade, eles são
considerados fonte de energia pelas células. Eles se dividem em saturados, monoinsaturados e poli-
insaturados (AMARAL, 2015).
Dos três tipos os poli-insaturados (ácidos graxos essenciais) são os que conferem ao organismo
uma série de benefícios, daí serem chamados de gorduras boas. Sendo mais indicado para questões
alimentares participando de diversas funções no organismo. Quanto aos monoinsaturados contém
uma ligação dupla de carbono (C=C), já os saturados são formados de ligações simples (C-C) ou
duplas (C=C) entre si (AMARAL, 2015).
ÓLEO DE ARGAN
Nome comercial: ÓLEO DE ARGAN
Nome cientifico: Argania sinosa
INCI Name: ARGANIA SPINOSA KERNEL OIL
Código CAS: 299184-75-1
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Palavra chave: Cabelos: couro cabeludo, caspa, seborreia, queda de cabelo, brilho, densidade da
haste capilar, flexibilidade dos fios, blindagem de escamas capilares, fortalecimento das pontas,
hidratação, umectação, resistência, força. Face: áreas pequenas da face, rugas, manchas, asperezas,
ressecamentos, hidratação, proteção. Corpo: aplicado com outros óleos corporais, como girassol,
amêndoas, semente de uva. Pés e mãos: hidratação, regeneração, umectação, proteção, unhas
cutículas (AMARAL, 2015).
Resumo: extraído pela prensagem das sementes do fruto da árvore de Argan, o óleo foi
descoberto originalmente em áreas selvagens de Marrocos, nas fronteiras do deserto. Indicado em
tratamentos para o corpo e cabelo. Rico em ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados,
possui grande concentração de ácido oleico e linoleico, considerados importantes na regeneração e
proteção da pele. Ele deve ser escolhido para situações de regeneração celular e de hidratação em
áreas pequenas do corpo e da face, podendo ser aplicado no couro cabeludo, assim como na haste
capilar. Esse óleo trata os fios desde o bulbo até o córtex e auxilia sua reestruturação. Excelente para
a recuperação de cabelos com tratamentos químicos ou quebradiços. É um óleo de penetração lenta e
protetora (AMARAL, 2015).
ÓLEO DE ABACATE
Nome comercial: ÓLEO DE ABACATE
Nome cientifico: Persea gratíssima
INCI Name: PERSEA GRATÍSSIMA OIL
Código CAS: 8024-21-6
Palavra chave: Cabelos: couro cabeludo, caspa, seborreia, queda de cabelo, brilho, densidade da
haste capilar, flexibilidade dos fios, blindagem de escamas capilares, fortalecimento das pontas,
nutrição, hidratação das pontas. Face: áreas da face total, rugas, manchas, asperezas, ressecamentos,
hidratação, umectação, drenagem linfática, nutrição, vitalização. Corpo: penetração rápida,
drenagem linfática, ultrassom, endermoterapia, alta frequência, massagem hidratante, maciez,
hidratação, umectação. Pés e mãos: hidratação leve, reflexologia podal (AMARAL, 2015).
Resumo: extraído pela prensagem das sementes do fruto da Persea gratíssima, originária do
México esse óleo é delicado, suave e fino. Trata-se de um óleo leve e altamente compatível com a pele
facial e com os cabelos. Ideal para massagens faciais e corporais leves ou drenagens linfáticas. Óleo
de penetração rápida e fácil deslizamento. Nos cabelos, conforme brilho e maciez. É rico em vitamina
A, B1, B2, e D, seu teor mais alto em ácidos graxos esta no ácido oleico, que corresponde ao ácido
graxo mais abundante na pele humana. Possui substâncias nutrientes essenciais para pele normais e
oleosas. Pode ser aplicado puro ou associado a óleos essenciais e vegetais, aumentando a penetração
de óleos mais densos, como o óleo de copaíba, de Argan e de Rosa-mosqueta. Promove maciez e
umectação duradoura com toque aveludado (AMARAL, 2015).
Resumo: extraído pela prensagem das sementes das folhas da Prunus amygdalus dulci, originária
da Ásia, é o óleo vegetal mais consumido no mundo. Excelente para os cuidados com peles normais
ou sensíveis, pode se utilizado em crianças e idosos. Ideal na proteção de estrias durante a gravidez
promove rápida penetração cutânea. É um óleo de baixa densidade, mantendo a hidratação e a
flexibilidade natural da pele. Rico em vitaminas A, B1, B2, B6 e E e em ácidos graxos, principalmente
o ácido oleico, que entra em mais de 70% da sua composição. Age como suavizante e emoliente para
todos os tipos de pele. Pode ser usado como um hidratante corporal pós-banho para todas as idades.
É um ótimo óleo base corporal, no entanto não é tão indicado para o uso em face e cabelos pela sua
absorção lenta (AMARAL, 2015).
ÓLEO DE COPAÍBA
Nome comercial: ÓLEO DE COPAÍBA
Nome científico: Copaifera officinalis
INCI Nome: COPAIPERA OFFICINA LIS RESIN
Código CAS: 8001.61-4
Palavras-chave: Cabelos: Inflamação, couro cabeludo, psoríase, seborreia. Face: pequenas áreas
faciais, lábios, inflamações, furos de brinco, herpes, ressecamentos, rugas, manchas, asperezas,
hidratação, umectação, regeneração, cicatrização, tonificação, proteção. Corpo: áreas pequenas do
corpo, cotovelos, joelhos, unhas, inflamação, frieira, dores, ressecamentos, escamações eczemas,
irritações, tendinites, tensão nervosa, picada de inseto. Pés e mãos: hidratação, regeneração,
umectação, proteção, unhas, cutículas, frieiras, micoses, inflamações (AMARAL, 2015).
Resumo: o óleo de copaíba é amplamente utilizado na cultura indígena brasileira como anti-
inflamatório natural e analgésico. Conhecido como protetor da pele e para o alívio de picadas de
insetos, também é utilizado na cicatrização de pequenos cortes. Trata-se de um óleo vegetal resinoso
com uma porção de óleo essencial em sua composição. Essa natureza mista ocorre naturalmente na
árvore, a mistura natural de óleo vegetal e óleo essencial é uma característica rara e valiosa. O óleo
de copaíba se destaca pelo equilíbrio entre os ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poli-
insaturados, uma característica única entre todos os óleos vegetais. A árvore da copaíba é oriunda da
região amazônica e fornece um óleo já bem conhecido e utilizado no Brasil que serve para aplicação
pura e também associado a óleos essenciais ou outros óleos vegetais. Suas propriedades são
interessantes em áreas pequenas do corpo, como lábios, unhas, cutículas, cotovelos, joelhos,
pequenas inflamações, espinhas, cortes, feridas, frieiras... É um óleo denso para aplicação em áreas
grandes do corpo como massagem corporal; pode ser acrescido de outros óleos base apropriado,
como o óleo de semente de uva ou de amêndoas doces para participar de tratamentos corporais e
favorecer o tratamento. Deve ser visto como um óleo tónico, fortalecedor e protetor para áreas
pequenas, irritadas e inflamadas. Aqueles cantinhos do corpo que sofrem incomodo recuperam-se
rapidamente com esse óleo. O pensamento básico em relação ao óleo de copaíba deve ser o apoio à
regeneração da pele (AMARAL, 2015).
ÓLEO DE GIRASSOL
Nome comercial: ÓLEO DE GIRASSOL
Nome científico: Helianthus Annuus
INCI Name: HELIANTHUS ANNUUS SEED OIL
Código CAS: 8001-21-6
Palavras-chave: Cabelos: pontas ressecadas, pontas duplas, hidratação. Face: área facial total,
rugas, manchas, asperezas, ressecamentos, hidratação, umectação, nutrição, vitalização, base
universal para uso de óleos essenciais, manobras intensas, base nas terapias ayurvédicas. Corpo:
penetração lenta, ultrassom, endermoterapia, alta frequência, massagem hidratante, maciez,
hidratação, umectação, base universal para uso de óleos essenciais, hipoalergênico, antiestrias,
proteção, modeladora, escaras, pés ou mãos ressecadas. Pés e mãos: hidratação, regeneração,
umectação, proteção, unhas, cutículas, frieiras, rachaduras (AMARAL, 2015).
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Resumo: Extraído pela prensagem das sementes de Helianthus annutts, originária da América do
Sul, hoje é cultivado em diversos países do mundo. É um óleo que se destaca pelo alto teor de ácido
linoleico, que é poli-insaturado e considerado um ácido graxo essencial. Trata-se de um excelente
óleo para todos os tipos de massagens, principalmente as modeladoras manuais e intensas, pois sua
densidade promove fácil deslizamento na pele. Seu preço é acessível, possuindo ótimo
custo/benefício. Indicado para os tratamentos corporais ou utilização em áreas grandes do corpo,
pode ser utilizado no corpo todo. Ideal em combinações com óleos essenciais, também pode ser
utilizado em equipamentos de estética e como óleo base para as terapias de relaxamento muscular. É
um óleo com teores de óleos graxos bem equilibrados e similares à fisiologia da pele. Excelente
umectante, protetor e regenerador. É bastante utilizado em cuidados com pacientes de cama, para a
proteção da formação das escaras, tendo ficado muito famoso por essa utilidade. Nutritivo e protetor
confere brilho e vitalidade à pele, por possuir uma característica proeminente na umectação da pele
(AMARAL, 2015).
ÓLEO DE JOJOBA
Nome comercial: ÓLEO DE JOJOBA
Nome científico: Simmondsia chinensis.
INCI Name: SIMMONDSIA CHINENSIS SEED OIL
Código CAS: 61789.91-1
Palavras-chave: Cabelos: couro cabeludo, caspa, seborreia, queda de cabelo, brilho, densidade da
haste capilar, flexibilidade dos fios, blindagem de escamas capilares, fortalecimento das pontas,
maciez. Face: áreas pequenas da face, rugas, manchas, asperezas, ressecamentos, hidratação,
proteção, acne, drenagem, lábios. Corpo: aplicado associado a outros óleos corporais como de
abacate, amêndoa doces, semente de uva, girassol. Pés e mãos: hidratação (AMARAL, 2015).
Resumo: extraído pela prensagem das sementes da Simmondsia chinensls, a jojoba é amplamente
cultivada no México e nos Estados Unidos. O óleo vegetal da jojoba é considerado mais uma cera
líquida do que um óleo vegetal. Um óleo muito leve e especial pode ser avaliado como um óleo nobre,
de alta compatibilidade com a pele humana. Possui ação de desobstrução e limpeza dos poros e das
glândulas sebáceas, sua composição é formada pela esterificação de longas cadeias de ácidos graxos e
álcoois graxos. Regula naturalmente a oleosidade da pele. No cabelo, limpa o bulbo capilar, regula a
oleosidade e permite o crescimento de novos fios. Popularmente utilizado nos Estados Unidos para o
tratamento de rosácea facial, no Brasil é mais conhecido e utilizado para acne e tratamentos
capilares. Trata-se de um óleo com toque seco e especial para tratamento da face e dos cabelos. É um
óleo muito interessante para peles com excesso de oleosidade, e sua característica única de limpeza
dos poros faz que os tratamentos faciais tenham maior durabilidade e efeito. Seu toque seco
rapidamente deixa uma sensação de maciez aveluda, na pele. Surpreende pela hidratação e
umectação sem uma sensação oleosa ou pegajosa. De altíssimo nível, é um óleo importante em todos
os tratamentos de estética facial, excelente finalizador facial e de manutenção dos tratamentos
faciais. Uma pequena quantidade desse óleo (10 gotas) pode ser utilizada todos os dias no rosto
antes de dormir, ele limpa e protege a pele como nenhum outro, sendo um apoio importante nos
tratamentos anti-aging e clareadores, podendo, nesse caso, ser associado ao óleo essencial de gerânio
(Pelargonium gramolens). Nas terapias capilares, limpa o bulbo capilar, permitindo o crescimento e a
formação de novos fios. Mistura-se muito bem com óleos essenciais nobres, como óleos de rosa, de
néroli ou de olíbano, assim como com óleos de atividade circulatória e regeneradora como alecrim e
lavanda (AMARAL, 2015).
ÓLEO DE MACADÂMIA
Nome comercial: ÓLEO DE MACADÂMIA
Nome cientifico: Macadamia ternifolia
INCI Name: MACADAMIA TERNIFOLIA SEED OIL
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Palavras-chave: Cabelos. Brilho, densidade da haste capilar, flexibilidade dos fios, blindagem de
escamas capilares, fortalecimento das pontas, maciez, hidratação. Face: áreas pequenas face, rugas,
manchas, asperezas, ressecamentos, hidratação, proteção, acne, drenagem, lábios, anti-aging,
flacidez, umectação, hipoalergênico, alta penetração. Corpo: alta penetração, maciez, flexibilidade,
massagem relaxante, massagem detox, drenagem linfática. Pés e mãos: hidratação, regeneração,
umectação, proteção, unhas, cutículas, frieiras, rachaduras (AMARAL, 2015).
ÓLEO DE ROSA-MOSQUETA
Nome comercial: ÓLEO DE ROSA-MOSQUETA
Nome científico: Rosa rubiginasa
INCI Name: ROSA RUBIGINOSA SEED OIL
Código CAS: 84603-93-0
Resumo: o óleo de rosa-mosqueta é extraído pela prensagem das sementes Rosa rubiginosa (ou
Rosa canina), originária da Ásia, radicada na Europa e hoje amplamente cultivada no Chile, país
produtor de um óleo de rosa-mosqueta de altíssima qualidade. Esse óleo é tradicionalmente
conhecido por suas propriedades terapêuticas e pelo grande poder regenerador. Rico em ácidos
graxos poli-insaturados, promove a renovação celular da epiderme. É comumente aplicado em
pequenas áreas ressecadas, como mãos, rosto, pés, cicatrizes, manchas e pontos específicos com
ressecamentos, lábios ou contorno dos olhos. Indicado para fricções, tratamentos localizados. É
prescrito por cirurgiões para cicatrização pós-cirúrgica. Ele alivia a impressão da cicatriz, e permite
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Palavras-chave: Cabeça: pontas ressecadas, hidratação. Face: área facial total, rugas, manchas,
asperezas, ressecamentos, hidratação, umectação, drenagem linfática, nutrição, vitalização, base
universal para uso de óleos essenciais, flexibilidade. Corpo: penetração média/rápida, drenagem
linfática, ultrassom, endermoterapia. alta frequência massagem hidratante, maciez, hidratação,
umectação, base universal para uso de óleos essenciais, hipoalergênico, antiestrias, flexibilidade,
tônus, proteção. Pés e mãos: hidratação, regeneração, umectação, proteção, unhas, cutículas
(AMARAL, 2015).
Resumo: o óleo de semente de uva é extraído pela prensagem de sementes da Vitis vinifera.
Tendo sido introduzido no mercado pela França. Hoje, é também extraído na Espanha, na Itália, na
Califórnia e na Argentina. É um óleo com elevado teor de vitamina E cerca de 1g/kg de óleo, ácidos
linoleico, oleico e palmítico, substâncias responsáveis pela regeneração e manutenção da pele,
principalmente pela sua flexibilidade. É empregado em massagens corporais completas e em áreas
grandes do corpo que necessitem de bastante óleo para melhor deslizamento na epiderme. Ele
promove maior flexibilidade pele. É o óleo preferido dos profissionais de estética corporal e
massoterapia. Poderoso aliado da flexibilidade da pele evita a ocorrência de estrias, podendo ser
utilizado puro para a hidratação do ventre durante o período de gravidez. Também é considerado
uma base universal para a aplicação de óleos essenciais na pele. Contra as estrias, é mais eficiente
que o óleo de amêndoas doces, que é mais hidratante e umectante. É um óleo sem toxicidade,
considerado hipoalergênico. Amplamente utilizado pela indústria cosmética, aparece em
formulações faciais anti-aging e do contorno dos olhos. Pode ser utilizado em protocolos corporais
de estética com aparelhos de ultrassom, alta frequência e endermoterapia. É uma excelente opção
para quem está perdendo peso, por ajudar na prevenção de estrias, e um grande aliado das terapias
corporais (AMARAL, 2015).
ÓLEOS ESSENCIAIS
Hoje, existem mais de 300 óleos essenciais diferentes sendo utilizados em práticas de saúde e
beleza no mundo todo, e sobre cada um deles, uma série de fatores contribui para que ele se torne
mais ou menos conhecido nas práticas da aromaterapia, os fatores que levam um óleo essencial
popularidade são: origem regional, origem cultural, disponibilidade no mercado, preço, propriedades
terapêuticas e, por fim, segurança no uso (AMARAL, 2015).
É necessário entender que cada óleo essencial possui várias atividades, e que nem sempre estas
estão isentas de riscos de alergias; por isso, alguns óleos essenciais devem ser aplicados com
cuidado. Usado da forma correta, nenhum deles oferece perigo (AMARAL, 2015).
Todos os óleos essenciais são importantes, e a seleção que trazemos neste livro encontra-se
dentro das condições culturais e mercadológicas do cenário da região Sudeste do Brasil.
Convém lembrar que os óleos essenciais são substâncias que ocorrem na natureza dentro de
plantas, e acredita-se que existam mais de 30 mil espécies de plantas produtoras de óleos essenciais;
assim, em uma análise mais profunda da relação do homem com essas plantas, encontraremos
registros em farmacopeias de diversos países e também em ensinamentos ancestrais, como os Vedas,
na cultura indiana (AMARAL, 2015).
Aplicações gerais: a planta do alecrim é um arbusto lenhoso. Embora de pequeno porte, sua
estrutura assemelha-se muito à de plantas coníferas. Sua origem é mediterrânea, e o uso da planta é
amplamente difundido no mundo todo pela culinária. O óleo essencial de alecrim deve ser escolhido
como tónico, fortalecedor do sistema para a maior penetração de outros óleos essenciais na área
aplicação, sendo muito interessante nos tratamentos da celulite e da gordura localizada, finalidade
para a qual deve ser combinado com outros óleos de ação lipolítica, como o grapefruit (lipolítico) e o
lemongrass (linfático e diurético). O óleo essencial de alecrim pode ser aplicado para potencializar o
efeito de outros óleos, por exemplo: o óleo essencial de lavanda participa de tratamentos relaxantes e
o de alecrim é contraindicado em tratamentos calmantes e relaxantes; no entanto, digamos que para
esse tratamento sejam empregadas 8 gotas entre os óleos essenciais, sete das quais sejam de lavanda
e uma de alecrim, nessa proporção, ele aumenta a permeabilidade do óleo principal (de lavanda),
elevando assim a eficácia do óleo essencial principal do tratamento. Isso acontece com praticamente
todos os outros óleos, até mesmo nas terapias em que o óleo de alecrim seja contraindicado. As
contraindicações têm uma relação maior com a dose do que com o óleo em si, por isso surgiram os
blends de óleos essenciais. O óleo essencial de alecrim é tónico e estimulante: ele atua sobre o
sistema circulatório, os músculos e as articulações (excelente para alongamentos musculares e
articulares), estimulando a oxigenação no local da aplicação e fortalecendo a musculatura e a pele. A
aplicação em banhos favorece todo o sistema circulatório e é recomendada entre horários matinais,
principalmente para as pessoas que sofrem de problemas circulatórios na região das mãos e dos pés.
Suas propriedades principais são: Vasodilatação; Capacidade mucolítica; Apoio aos lipolíticos;
Podendo também ter ação antisséptica e cicatrizante, mas, nesses casos, quando utilizado em
vapores de ozónio e em compressas. Nos tratamentos: Capilares, é um óleo que dá força ao sistema
capilar, ajuda a limpar o bulbo e a melhorar a circulação periférica no local, devendo ser aplicado
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diluído em óleo vegetal de abacate ou de jojoba. Faciais, é um óleo mais ligado a drenagens linfáticas
e flacidez, para cujo tratamento ele pode ser diluído em óleo de jojoba, de rosa-mosqueta ou de
abacate. Nunca ultrapassando 1 gota por aplicação racial. Corporais, vai muito bem com todos os
tratamentos relacionados à flacidez, gordura localizada, massagem modeladora, massagem
esportiva, recuperação de atrofias ou convalescenças, recuperação de enfermidades físicas ou
respiratórias. Pernas e nos pés, ativa a circulação, tonifica a região e desintoxica, alivia o inchaço e a
gota (AMARAL, 2015).
Aplicações gerais: o óleo essencial de cedro é bastante popular nos Estados Unidos; a queima da
madeira dessa árvore era utilizada em rituais indígenas de purificação antes de o óleo se tornar
conhecido pela perfumaria. É um ingrediente muito apreciado pela indústria de perfumes. Esse óleo
deve ser selecionado principalmente para os tratamentos da circulação venosa, pois ele age como um
protetor e fortalecedor, melhorando a qualidade da estrutura e do sistema venoso. Para a proteção
contra a formação de varizes, deve ser diluído em óleo vegetal de gérmen de trigo. Outro ponto de
destaque desse óleo essencial é sua eficiência em tratamentos de queda de cabelo, principalmente
masculino: ele fortalece e engrossa os fios, cuida do couro cabeludo e elimina a seborreia e a caspa,
conferindo brilho e maciez aos cabelos. Para essa aplicação, deve ser combinado com óleo essencial
de alecrim e óleo vegetal de JoJoba. Na face, age como regulador das secreções sebáceas e pode ser
utilizado em tratamentos de acne, aqui combinado com o óleo essencial de melaleuca e óleo vegetal
de jojoba. Nos tratamentos corporais, deve ser visto como um flebotónico, dado que ajuda bene-
ficamente no fortalecimento das estruturas venosas e aumenta a drenagem linfática natural do
organismo, podendo ser utilizado com bastante eficiência em drenagens linfáticas, principalmente no
pré e pós-operatório. Nos pés, pernas, joelhos e cotovelos, ele hidrata profundamente, dada a sua
natureza mais densa. evitando os ressecamentos na pele e protegendo contra rachaduras e fissura,
principalmente aquelas que ocorrem entre os dedos dos pés (AMARAL, 2015).
CARACTERÍSTICAS: aroma herbal, fresco, verde, toque de pinho mais amadeirado, com um leve
toque de pimenta-do-reino.
ASPECTO: óleo transparente, de incolor a levemente amarelado.
(AMARAL, 2015)
Aplicações gerais: o óleo de cravo é rico em eugenol, uma substância amplamente conhecida e
utilizada na odontologia. O cravo é originário da índia, e ficou famoso por sua característica
anestésica local. Um botão cravo, quando mastigado, libera o óleo essencial na mucosa bucal e
podemos sentir o efeito anestésico: embora esse efeito dure poucos minutos, deve ter sido muito útil
no passado, quando não se conheciam os anestésicos atuais. O eugenol tem a capacidade de deprimir
os receptores sensoriais envolvidos na percepção da dor. Estudos mostram que o eugenol bloqueia a
ação das enzimas cicloxigenase e lipoxigenase, o que inibe a biossintese das prostaglandinas. O
cheiro característico de consultório dentário vem desse ativo utilizado como antisséptico e
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analgésico bucal. O óleo é um tónico estomacal e seu aroma fortalece o sistema digestivo,
principalmente nos momentos de convalescença e fraquezas provocadas por doenças em geral.
Na pele, pode ser aplicado puro sobre verrugas ou calos, ajudando na remoção destes. Suas
principais propriedades: Anti-infeccioso, Antiviral, Fungicida, Bactericida, Anti-inflamatório,
Carminativo, Antiespasmódico, Anestésico, Analgésico local. O óleo de cravo é dominante e potente,
podendo-se reduzir sua dosagem nas aplicações corporais para metade da dose utilizada
normalmente com outros óleos essenciais. Até 4 gotas de óleo essencial de cravo são suficientes para
uma massagem corporal completa, enquanto outros óleos, como o de lavanda ou de lemongrass,
necessitam de 8 gotas. Ele age como revigorante, fortalecendo e aquecendo o corpo, proporcionando
força e resistência física. Atua sobre a musculatura e evita câimbras e dores por excesso de exercidos
físicos. O óleo de cravo age pontualmente em áreas pequenas do corpo, como unhas, matando muitos
tipos de fungos e restaurando o tecido da cutícula (eponíqueo) e a própria unhas, fortalecendo-as. Na
estética facial, pode ser usado em compressas mornas, frias, saunas faciais, vapor de ozônio e outros
meios como máscaras de argila, principalmente para o alívio da dor da limpeza de pele e para
tratamentos estéticos da acne. Na unha encravada (onicocriptose). Pode-se aplicar de 2 a 3 gotas em
um chumaço de algodão um umedecido e coloca-lo na forma de compressa sobre o local doente: em
poucos minutos, pode-se aplicar equipamento para a eletrossedação ou laser, normalmente como
procedimento prático de podologia. O local logo estará anestesiado. Em verrugas plantares também
se pode aplicar o óleo puro, com uma haste flexível umedecida em água, a água no algodão da haste
não deixa o algodão absorver o óleo essencial e, assim, ele é integralmente direcionado à área da
verruga plantar, que, por sua vez, deve ter sido desbastada, conforme procedimento Podológico. Em
micoses de unha o óleo essencial de cravo é bastante eficiente, e sua ação se torna ainda mais
abrangente quando misturado ao óleo essencial de melaleuca para essa finalidade, recomenda-se a
utilização com óleo base vegetal, que pode ser o de copaíba ou de rosa-mosqueta. A aplicação deve
ocorrer três vezes ao dia, e a concentração dos óleos essenciais é de 2 gotas de cravo e 2 gotas de
melaleuca para cada 5 ml de óleo base (AMARAL, 2015).
Aplicações gerais: trata-se de um óleo essencial de muitos usos, regenerador, devolve ao tecido
sua estrutura original e mantém o ambiente imune a fungos, infecções e parasitas. Seus efeitos
benéficos são evidentes logo nas primeiras aplicações. É excelente para uso contra: algumas micoses
de unha, afitas, herpes, dor de dente, dor de ouvido, alguns casos de candidíase, psoríase, frieiras,
calos, furúnculos, tratamento de acne, fortalece o sistema imunológico, possui ação sudorífera e
estimulante, evita a ocorrência de fungos, trata frieiras e feridas nos pés. Nos cabelos, possui mais
afinidade com o couro cabeludo, com os excessos de sebo produzidos pela glândula sebácea, sendo
indicado no tratamento da seborreia, da caspa e da psoríase. Também regula a produção de sebo em
cabelos oleosos. Na face, é indicado em vapor e compressa nos tratamentos de acne e em massagens
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faciais para drenagem linfática, desintoxicação do tecido como tratamento pré e pós-cirurgia.
Excelente no tratamento de dor de garganta, bastando fazer gargarejos algumas vezes ao dia com 2
gotas de óleo essencial de melaleuca. Para dor de ouvido, faça um blend com 1 gota de óleo essencial
de lavanda, 1 gota de óleo essencial de eucalipto, e 1 gota de óleo essencial de melaleuca em meia
colher de sopa de óleo vegetal de semente de uva, de girassol ou de amêndoas doces. Misture todos
os óleos essenciais no óleo vegetal escolhido, espalhe na palma das mãos e massageie o contorno do
ouvido doente de forma muito leve e carinhosa o suficiente para transferir os óleos da palma da mão
para o tecido. À medida que o movimento transfere óleo e assim que uma boa quantidade houver
penetrado na pele, coloque a mão em forma de concha sobre o ouvido até sentir o calor na palma da
mão. Então, deixe a mão esquentar sozinha sobre o ouvido por 10 minutos. Pronto, o resultado é
imediato (AMARAL, 2015).
Aplicações gerais: o óleo essencial de tomilho foi descoberto no Brasil por profissionais da área
da saúde. Na França, é amplamente utilizado pela medicina natural como um poderoso agente anti-
infeccioso genérico. O óleo essencial de tomilho possui vasta gama de aplicabilidade: Nos cabelos
pelo seu amplo espectro anti-infeccioso, pode tratar doenças infecciosas como tínea, ptiríase,
foliculite, psoríase, enfim, qualquer desordem no couro cabeludo pode ser beneficiada com a
aplicação do óleo essencial de tomilho de acordo com as técnicas de terapia capilar. Na face, pode ser
aplicado em compressas e vapores para a purificação: nos casos de acne ou micoses facial, aplicar
bem diluído em compressas de água fria. No corpo em massagens e banhos, fortalece o sistema
imunológico, a musculatura, retira a fadiga e age como estimulante do corpo. Gargarejos com o óleo
essencial de tomilho servem como tratamento complementar da halitose, infecção bacteriana na
gengiva, dor de dente, inchaços, dor garganta, amigdalite. Nos pés, elimina fungos, cicatriza feridas,
trata unhas infectadas por fungos ou contaminações causadas por ferimentos ou unha encravada
(Onicocriptose). Regula a produção do suor nos pés e elimina odores indesejáveis nos pés e sapatos,
ótimo em escalda-pés (AMARAL, 2015).
BIBLIOGRAFIA
AMARAL, Fernando. Técnicas de aplicação de óleos essenciais: terapias de saúde e beleza. São Paulo:
Cengage, 2015. 1 v.
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em: 11 abr. 2018