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PROFESSOR: MARCELO PINHEIRO

É a etapa que transforma matérias-primas e componentes em um


produto final. Pode ser definido como um ambiente humano-máquina
compartilhado no qual funções repetitivas são executadas. Existem
vários modelos utilizando métodos, equipamentos e técnicas distintas.
O sistema de produção é um conjunto de elementos, pessoas, máquinas e
processos responsáveis por produzir um produto ou serviço. Esses
elementos se interligam para alcançarem o objetivo final, que é produzir.

Conforme uma indústria vai crescendo, é necessário adequar e melhorar o


seu sistema de produção.

Isso porque o processo vai ficando cada vez mais complexo e para atender
bem seus clientes e ainda manter uma boa margem de lucro, é preciso
extrair o melhor resultado da sua capacidade produtiva.
Tipos de Sistema de Produção TRADICIONAL

Sistema de produção contínua

Sistema de produção intermitente

Produção para grandes projetos


Sistema de Produção Contínua
Esse é o sistema de produção mais clássico da indústria. Sua principal
característica é a linha produção em um fluxo contínuo, que busca produzir
o maior número de produtos no menor tempo possível, sem interrupções
ou pausas.
CARACTERÍSTICAS
• Grandes volumes e pouca variedade.
• Sequência linear.
• Produtos padronizados, não é flexível.
• As etapas de produção fluem numa sequência prevista de um
posto de trabalho para outro.
• As etapas são balanceadas para que as atividades mais lentas não
prejudiquem a velocidade do processo.
• São mais eficientes.
• Pode ser dividida em 2 tipos de Produção Continua: PRODUÇÃO EM
MASSA E PRODUÇÃO ININTERRUPTA

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• PRODUÇÃO CONTINUA -PRODUÇÃO EM MASSA
• Produção em grandes quantidades para linhas de montagem
• Serve para produtos variados produzidos na mesma plataforma
• Pode ser ininterrupta
• Indústrias de refrigerantes
• Indústria de eletrodomésticos
• Indústria alimentícia
• Indústria de CDs


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• PRODUÇÃO CONTINUA - PRODUÇÃO ININTERRUPTA

• Processo totalmente automatizado


• Produtos padronizados
• Tarefas repetitivas
• Rentabilidade obtida através da produção de grandes volumes


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• PRODUÇÃO CONTÍNUA – PRODUÇÃO ININTERRUPTA

• Custos altos em função de máquinas e equipamentos


• A linha de montagem não pode ser modificada
• Indústria química
• Indústria de papel
• Indústria de derivados de petróleo
• Indústria de aço


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• Cuidados para com o sistema de fluxo
• Competição e concorrência
• Risco de obsolescência do produto
• Risco de mudanças tecnológicas
• Monotonia do trabalho para os empregados
• Processos caros – tanto em investimentos iniciais quanto de
manutenção.


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Sistema de Produção Intermitente
No sistema intermitente a fábrica produz por lotes, seguindo a
demanda da previsão de vendas ou por encomendas realizadas por
seus clientes.
Esse modelo pode ser usado para produtos únicos, feitos sob
encomenda para produtos únicos ou repetitiva em lotes, para produtos
diferenciados.


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CARACTERÍSTICAS
• Cada tipo de produto tem o seu processo e ao fim de cada lote os produtos
podem ser diversificados.
• Há famílias de produtos com pouca variação
• Para processos automatizados exige-se maiores volumes.
• Em geral os projetos são dos clientes.
• O arranjo físico é conforme o processo de produção e podem ser
disposto de acordo com as habilidades das pessoas, operações do
processo e/ou equipamentos.
• Não há regularidade no fluxo dos produtos de uma fase para
outra.
• Os recursos humanos são mais exigidos.
• São necessárias mudanças e calibragens nos equipamentos de
acordo com os produtos.

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Exemplos:
Indústrias de máquinas e ferramentas, roupas, algumas
indústrias alimentícias, peças para automóveis.
• Indústria metalúrgica - portas, janelas, portões.
• Indústria moveleira – armários e móveis em geral.


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• Cuidados para com o sistema por lotes:
• É bastante flexível e pode apresentar problemas diversos.
• O controle de estoques deve ser perfeito.
• A programação da produção deve ser do conhecimento de todos antes do
início do processo.
• Exige a implantação de programas de qualidade para evitar desperdícios,
erros, etc.


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• Há perda de tempo com os rearranjos.
• Perde-se em eficiência e o volume de produção são
baixos.
• O mercado pode ser reduzido.


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Sistema de Produção de Grandes Projetos
O terceiro sistema de produção comum no mercado é a produção
para grandes projetos.
Nesse modelo a fábrica deve atender as necessidades específicas dos
seus clientes, considerando um início e fim bem marcados.
Normalmente esse modelo de produção possui preços mais altos, já
que quase nada é padronizado e o trabalho é feito de forma
totalmente personalizada.

Alguns exemplos de setores são a construção civil e a produção de


grandes veículos, como aviões e outras máquinas específicas.

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CARACTERÍSTICAS

• Cada projeto é um produto único.


• Não há um fluxo do produto.
• Produção em baixos volumes e grande variedade.
• Processo de longa duração, com início e fim bem definidos.
• Tarefas com pouca ou nenhuma repetitividade.
• Intervalos de tempos diferentes.


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• Produtos de alto custo.
• Há dificuldades para gerenciar os projetos em função das
diferentes atividades concorrentes e concomitantes.
• Necessita de planejamento e controle de todo o processo, com
técnicas como PERT-COM (é uma ferramenta que auxilia o gestor de
projetos a calcular o tempo correto de execução de uma obra e calcular as
folgas de cada atividade)


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• Exemplos:
• Estaleiros – navios
• Fabricação de aviões
• Grandes estruturas de engenharia e construção civil (túnel no Canal da
Mancha, pontes, hidroelétricas, edifícios).
• Turbo geradores para Itaipu.
• Produção de filmes.


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Linha de montagem é um método de produção que consiste na divisão do processo
produtivo em trabalhos específicos que seguem uma sequência pré-definida. Onde são
determinadas quais etapas devem ser feitas, por quem (seja máquinas, pessoas ou robôs),
quando (em que lugar da ordem pré-definida) e em quanto tempo. Dessa forma, o
método permite uma produção extremamente eficiente, rápida e controlada, ideal para
produções em massa.

Visto que a linha de montagem preza pela otimização da produção, os custos são
minimizados e a qualidade facilmente controlada. Dessa forma, a linha de montagem é
basicamente uma padronização organizada e ordenada do processo produtivo.
A montagem na prática é geralmente feita por um processo de composição de
blocos, começando por pequenas submontagens indo em direção de
submontagens maiores, até combiná-las precisamente para formar o produto
projetado.

Componente no processo de montagem peça  produto também permite


vários meios de compor a montagem descritos da seguinte forma:

• os componentes são ser montados parametricamente pela especificação de


sua posição relativa ao componente base e/ou a outro componente e/ou a
features de referencia na montagem;

• os componentes podem ser montados manualmente (o projetista define as


inter-relações da montagem) ou automaticamente (o sistema interpreta a ação
do projetista), ou ainda, usar interfaces de componentes pré-definidas para
acelerar o processo de composição da montagem;
• os componentes podem ser montados não parametricamente, isto ´e, eles
podem ser adicionados sem todas as relações de posicionalmente, ficando
parcialmente montado; neste caso o componente é chamado de Pack age.
Uma peca montada assim, ´e um meio de inseri-la temporariamente na
montagem; pode-se finalizar a sua colocação usando as instruções de
montagem.

• e ainda, criar um componente/peça diretamente no modo da montagem,


aproveitando a metodologia discutida em produto  peca para associar
geometria de pecas já montadas a nova peca.
Devido à sequência de montagem organizada e ao controle do tempo de cada etapa, a
produção se torna extremamente eficiente e rápida, ideal para produção em massa.

Portanto, a linha de montagem ainda reduz os custos de produção buscando a otimização


do processo produtivo ao organizar minuciosamente cada etapa em uma sequência pré-
definida. Dessa forma, a produção se torna padronizada, trazendo agilidade ao processo e
qualidade ao produto final, visto que, com a padronização da produção, os produtos
tendem a ser extremamente similares entre si.

Com o avanço da tecnologia, ainda, há máquinas introduzidas na linha de montagem que,


além de auxiliar os montadores no processo, representam uma queda significativa na
probabilidade de falhas durante o processo.
Ademais, devido aos padrões de consumo atuais, é de extrema importância a
flexibilidade da linha de montagem para produzir novos produtos. Afinal, o mercado
exige que se possa reagir com rapidez, introduzindo novos produtos e possíveis
adaptações, sem haver perda de qualidade.

Por último, outra vantagem desse método de produção é a confiabilidade da empresa


quanto ao volume de produção desejado dentro do prazo necessário, garantida pela
padronização do processo produtivo.
Uma das inovações proporcionadas pela Segunda Revolução Industrial foi a linha de montagem
inventada por Henry Ford. Tendo como objetivo aumentar a eficiência e a velocidade de produção
no Período Entre guerras, quando o consumismo do “American Way of Life” estava em alta e o mais
importante para uma empresa era a produção em massa.

O método inovador, conhecido e utilizado até hoje, teve êxito por atender a demanda de consumo
enquanto ainda barateia o custo de produção. Dessa forma, refletindo no valor final de venda e
tornando o produto acessível para diversas classes. Isso visto que o princípio do Fordismo era a
produção máxima e o estoque infinito, sempre atendendo pedidos com baixa espera.

Entretanto, o Fordismo e a ideia de estoque infinito foram superados pelo Toyotismo, ou “Just in
Time”. Ele trouxe à tona o custo de armazenamento do estoque, preferindo-se produzir apenas a
quantidade demandada e no momento necessário.

Todavia, as linhas de montagem continuam muito utilizadas e necessárias, sendo capazes de


proporcionar eficiência e velocidade de produção. Visto isso, podemos concluir que houve uma
importante mudança, pois, atualmente, o objetivo não é a produção máxima.
Ter uma linha de montagem significa determinar quais atividades devem ser feitas ao
longo da produção do produto. Por isso, ela se torna favorável para a organização dos
processos produtivos de diversas empresas.

Porém, em alguns casos, ela se torna indispensável quando comparada a outros,


destacando a produção em massa. Dessa forma, dependendo do que é produzido,
cada tarefa da linha de montagem é classificada como manual, robótica ou
automática. E, então, ordenada ao longo da linha de produção.

A linha de montagem é substancial para produções em série e de grandes produtos.


Todavia, em produções “artesanais” ela também tem seus benefícios. Afinal, divide o
trabalho em etapas e permite uma organização extremamente útil para o controle de
qualidade.

Dessa forma, possibilitando a identificação de gargalos, que podem gerar atrasos nas
entregas de mercadorias. Ainda possibilitando uma visão da produção, podendo prever
quanto tempo e quantas etapas são necessárias até que o produto esteja finalizado.
A linha de montagem consiste em robôs, máquinas e humanos espalhados
ordenadamente ao longo de uma sequência de esteiras rolantes que transformam a
matéria-prima no produto. Assim, a transformação ocorre de maneira que a matéria-
prima segue o caminho das esteiras passando por cada etapa de sua montagem na
ordem pré-estabelecida. Assim vai, gradualmente, se transformando até chegar no
resultado final.

O layout, o tamanho das esteiras e a ordem escolhidas vão depender do produto


produzido. Exemplificando, uma linha de montagem de carros é extremamente diferente
de uma linha de produção de balas. Contudo, é importante que a linha de montagem
adotada pela fábrica seja flexível, buscando atender às instáveis exigências do
mercado para que as empresas possam se manter atualizadas e competitivas.
Para desenvolver uma linha de montagem, primeiramente, deve-se realizar o
planejamento, determinando o capital e os objetivos da empresa, como nível de
qualidade, volume de produção desejado e prazo de entrega. Em seguida, é necessário
separar o processo produtivo em etapas, como montagem, acabamento e embalagem.

Posteriormente, deve-se decidir quantas e quais máquinas adquirir para os processos, a


fim de otimizar a linha de produção pensando no orçamento determinado previamente.
Além disso, recomenda-se instalar sistemas tecnológicos integrados para a fiscalização
e o monitoramento das etapas de produção, auxiliando, assim, a identificar falhas e
possíveis melhorias.
PROFESSOR: MARCELO PINHEIRO
Invólucro destinado a proteger os produtos durante o manuseio e a estocagem,
preservando os para posterior consumo, além de protegê-los contra danos mecânicos
e perda de qualidade.

Para que servem as embalagens?


A embalagem é uma das principais responsáveis pela proteção do produto. Desde a
produção até o consumo efetivo, a embalagem irá proteger e conservar o produto,
evitando a contaminação por micro-organismos, insetos, entre outros, mantendo sua
integridade.
Hoje em dia, a logística de uma empresa (departamento da área administrativa que
cuida do processo de planejamento, execução e distribuição de produtos ou matérias-
primas desde a fabricação até o consumidor final) trabalha com diversos tipos de
produtos. Então, seria entranho e extremamente errado utilizar apenas um tipo de
embalagem. Por isso, para algumas situações, existem embalagens específicas.

Os principais tipos de embalagem utilizados na operação logística em suas diversas


funções são:

 Primária

 Secundária

 Terciária
 Primária
A embalagem primária é aquela que está em contato direto com o produto e
que faz parte da sua identidade visual. Como exemplo, podemos citar
embalagem de bolachas, do arroz, de um bombom.
 Secundária

A embalagem secundária envolve a embalagem primária, principalmente para


utilizar mercadorias e facilitar o seu manuseio. É o caso de vários sabonetes em
barra, que podem ser agrupados em um único pacote.
 Terciária

A embalagem terciária acomoda a mercadoria que está envolvida pela


embalagem secundária e é utilizada para facilitar o transporte. Então, vários
sacos de arroz podem ser embalados juntos.
Ainda podemos citar um quarto tipo de embalagem, que ajudam a organizar o
transporte da mercadoria em embalagem terciária. O palete está incluso nessa
categoria.

O quinto tipo pode acomodar todas as embalagens descritas acima e também é


utilizada para fazer o transporte da mercadoria por longas distâncias, como o
contêiner.
Papelão, plástico, isopor e madeira são os tipos mais comuns de material utilizado
para fabricar embalagens. O papelão está incluso em quase todas as ocasiões,
principalmente no que se refere ao transporte da carga.

Utiliza-se bastante plástico nas embalagens secundárias e o isopor, além de dar uma
segurança maior para itens delicados – como eletrodomésticos – também consegue
manter a temperatura de produtos perecíveis.

A madeira é muito comum no transporte de frutas e legumes, pois além de ser resistente
a impactos, também facilita a acomodação da carga no veículo de transporte.
É preciso analisar vários pontos importantes, como redução de custo, identidade
do produto e até fatores ambientais.
É preciso investir em um material de qualidade que realmente garanta que o
produto vai chegar sem avarias ao seu consumidor final. Economizar na
embalagem pode significar outros tipos de prejuízo.
Não adianta produzir uma embalagem espetacular se o atendimento que o seu
cliente recebe é de baixa qualidade. É preciso equilibrar todos os fatores.
A consciência ambiental está cada vez mais presente no nosso dia a dia,
ademais, os consumidores estão de olho no posicionamento das marcas. É preciso
lembrar que a maior parte das embalagens vão para o meio ambiente.
Empresas que enviam embalagens plásticas em excesso, por exemplo, podem não
ser bem vistas pelo seu público, já que esse material demora muitos anos para se
decompor.

Portanto, podemos ver que a escolha da embalagem correta para o seu negócio
envolve muitos detalhes e uma boa assessoria pode facilitar esse processo.

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