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Custos da Qualidade

Parte 3

Prof. Me. Paulo O. Fioroto


Custos da Qualidade

• Aulas anteriores
– Custos da qualidade
– Filosofia Lean Manufacturing

• Nessa aula
– Planejamento e controle de produção (PCP)
Custos da Qualidade

• O PCP e a filosofia Lean caminham de


mãos dadas, visto que ambos possuem
como base:
– Eliminação de estoques;
– Just-in-Time;
– Eliminação de desperdícios;
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• Primeiramente...
– Não vincule “produção” apenas à indústria;
– Podemos muito bem considerar que a
produção esteja relacionada à prestação de
serviços ou ao fornecimento de informação;
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• O PCP se trata de ações que integram as


informações do setor produtivo com outros
departamentos de uma empresa;
• Dessa forma, ele influencia diretamente
na melhoria contínua;
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• Todo e qualquer sistema de produção é


constituído de uma combinação de
elementos, sejam eles recursos humanos,
materiais, físicos ou informações;
• Entretanto, eles podem ser divididos em
categorias e subcategorias;
– No caso, há 5 principais divisões;
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• Grau de padronização
– Quanto maior a padronização, menos flexível é o
processo;

– Produtos sob medida: exclusividade, pouca


padronização, pouca automação, tempo ocioso,
produtos mais caros;
– Produtos padronizados: larga escala,
organização, produtos uniformes, pouco tempo
ocioso, maior controle;
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• Fluxo de processo
– Linha: sequência de tarefas bem definidas,
com todas elas sendo interdependentes;
– Lote: fluxo descontínuo, com intervalos entre
um lote e outro, com cada produto possuindo
uma sequência específica de tarefas;
– Projeto: produção de apenas um produto,
geralmente sob medida, com sequência de
processos definida pelo produto;
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• Ambiente de produção
– Categoria que se refere a como a empresa lida com
estoques;
– Make-to-stock: ocorre estocagem de produtos já
finalizados, de forma que o tempo de atendimento ao
cliente se baseia apenas no processamento e expedição
do pedido
– Assemble-to-stock: são estocadas partes e peças do
produto final, de forma que ele só é montado após o
pedido do cliente;
– Make-to-order: não são estocadas peças, sendo que elas
serão fabricadas apenas após o cliente realizar o pedido;
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• Tipo de operação
– Contínuo: automação, alta demanda, alta
padronização (por exemplo, serviços de busca
na internet);
– Discreto
• Em massa: se assemelha ao contínuo, com a
diferença de que é necessária uma equipe
especializada para realização (por exemplo, abate de
aves);
• Em lote: quantidade limitada que será produzida a
cada vez, com intervalos definidos entre um e outro;

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• Ainda sobre os tipos de operação...


– Sob encomenda: baixa demanda, baixo
volume de produção, alta flexibilidade e
variedade do produto (exemplo: construção
de uma aeronave);

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• Natureza do produto
– Bem material;
– Serviço;

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• Para que o PCP ocorra adequadamente:


– Comunicação constante entre diferentes
setores;
• O processo de planejamento ocorre de
forma contínua, de forma que é preciso ter
noção da situação atual, visão das
situações futuras e compreensão de como
elas afetam o presente;

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• Com um PCP realizado adequadamente, é


possível prever:
– Demanda de mercado;
– Recursos a serem utilizados;
– Quanto, quando e onde deve haver a
produção;
– Entre outras questões;
• Mais do que planejamento, o PCP
colabora no contexto estratégico;
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• Planejamento estratégico da produção


– Primeiramente, devemos lembrar que o planejamento
deve sempre levar em conta a demanda;
– A previsão da demanda é de grande importância, pois
assim saberemos quantos equipamentos e mão-de-
obra serão necessários para que a produção possa
ocorrer adequadamente;
– As demandas podem ser classificadas em:
• Pontual
• Dependente
• Independente

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• Demanda pontual
– Ocorre de forma esporádica, sendo muito
requisitada num momento e depois tendo
uma queda drástica
– Exemplo: produção de uma vacina

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• Demanda dependente
– Ocorre quando a demanda depende da
demanda de outro produto;
– Exemplo: uma demanda de 10 carros por dia
exige que sejam produzidos 40 pneus, então
a demanda de pneus depende da demanda
de carros;

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• Demanda independente
– Demanda de produtos acabados, depende
apenas dela mesma;
– Exemplo: água mineral;

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• Variação da demanda
– Ainda que seja possível realizar uma
estimativa, sempre irá ocorrer uma variação
na demanda prevista, seja pequena ou
grande;
– Ela pode ocorrer por causas aleatórias ou
não-aleatórias

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• Causas aleatórias
– Há uma variação inesperada da demanda de
um produto em alguma época;
– Exemplo: devido à greve de caminhoneiros, a
demanda por combustível aumentou
drasticamente num determinado período;

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• Causas não-aleatórias
– Ocorre um aumento ou diminuição drástica
da demanda em uma determinada época do
ano. Tende a ser regular.
– Exemplo: aumento da demanda por cerveja
no carnaval, redução da demanda por sorvete
nos meses de inverno;

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• Por conta do aumento de demanda, seja


previsto ou imprevisto, é importante que
as empresas tenham algum estoque
reservado para essas situações;

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• Tipos de estoque
– Estoque em trânsito – irá depender do tempo de
deslocamento de um local a outro;
– Estoque de ciclo – ocorre fabricação de uma quantidade
maior, visando atender a demanda de um período pré-
definido;
– Estoque de segurança – visa proteger a empresa das
irregularidades e inseguranças do mercado;
– Estoque por antecipação – quando sabe-se que a
demanda de um determinado período será tão grande
que não haverá capacidade para produzir tudo a tempo,
então produz-se de forma adiantada;

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• Kanban
– Um sistema básico para produção puxada é o
kanban;
– O mesmo apresenta diversas vantagens,
visto que possui baixo custo e auxilia na
redução de estoques desnecessários;

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• O Kanban se baseia na utilização de


cartões que autorizem a produção ou a
movimentação de peças dentro da
produção;
• Quem envia os cartões é o setor cuja
etapa é posterior, e não anterior;
– Dessa forma, a produção é sempre puxada, e
não empurrada;

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• A partir das ferramentas apresentadas


nessa aula e na anterior, podemos
desenvolver um sistema de produção que
reduz desperdícios e auxilia numa
produção mais organizada;
• Leva tempo para que tudo ocorra de forma
perfeita, porém as mudanças poderão
começar a ser vistas a curto prazo;

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• Desafio: implantar uma das ferramentas


citadas em sua empresa e verificar as
mudanças;
• Recomenda-se estudar a aplicação de
cada uma de forma mais aprofundada
antes de iniciar;
• Conte o resultado para o mediador! =)

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