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Planejamento e Controle da
Produção - PCP
Conceitos
Apesar de ser um sistema complexo, quase todas as funções do PCP são passíveis de
serem rotinizadas, de forma a serem operacionalizadas pela baixa e média
administração (desde que o sistema tenha sido bem projetado).
Um bom sistema de PCP otimiza o uso dos recursos produtivos, proporciona fluidez à
produção, reduz dificuldades e auxilia a manter a eficiência em níveis elevados.
Empresas que definem seu próprio mix de produção (fabricação repetitiva), devem
procurar desenvolver seus planos de produção sob um horizonte de planejamento com
extensão de até doze meses, principalmente quando existe sazonalidade na demanda
de seus produtos. Só assim será possível considerar, na elaboração do plano de
produção, a possibilidade de transferência de estoques de um período para os
seguintes, como uma das possíveis políticas de combate a sazonalidade. As revisões
O PCP é responsável pelas decisões de médio, curto e curtíssimo prazo e deve ser
projetado de forma que as tarefas necessárias à tomada de decisão, sempre que
possível, sejam desenvolvidas através de rotinas preestabelecidas.
Como Produzir O que e quanto produzir Quando produzir Onde e quem produzir
PCP
• Coleta de
dados para controle.
Tipos de indústria
A fabricação repetitiva pode ser iniciada a partir de uma previsão de vendas, já que a
linha de produtos é definida. A sequência de operações também é muito variável, mas
menos do que no caso da fabricação por encomenda, podendo haver simplificações e
fluxos predominantes decorrentes da repetitividade dos lotes de fabricação. O arranjo
físico varia em cada setor da fábrica, e geralmente todos os tipos são encontrados:
num setor é o posicional noutro, o funcional: mais adiante, o linear; ali, o celular.
Plano de produção
Previsão de Capacidade
vendas produtiva
Plano de
produção
Plano de Carga de
vendas trabalho
Pela importância que possui, o plano de produção deve ser aprovado pela alta
administração da empresa. O PCP, portanto, submete-o à aprovação juntamente com
alguns indicadores, como, por exemplo, nível geral de atendimento dos clientes,
destacando os clientes preferenciais e os casos críticos, nível de utilização da mão-de-
obra, nível geral dos estoques, resultados econômicos, etc. A alta administração
interage com o PCP quantas vezes forem necessárias até que o plano de produção
seja aprovado, e as decisões para o próximo período são então congeladas.
Uma linha automatizada de fluxo inclui diversas máquinas automatizadas unidas por
máquinas automatizadas de transferência e manipulação de peças. A máquina
automatizada na linha usa alimentadores automatizados de matéria-prima e executa
automaticamente suas operações sem a necessidade de participação humana.
Quando cada máquina conclui suas operações, peças parcialmente concluídas são
automaticamente transferidas para a máquina seguinte na linha numa seqüência fixa
até que o trabalho seja concluído. Esses sistemas, comuns na industria
automobilística, são normalmente usados para produzir um componente principal
inteiro: por exemplo, caixas de câmbio para caminhões.
montagem por mãos humanas não pode ser aplicado diretamente a um sistema
automatizado de montagem , porque as capacidades dos seres humanos não podem
ser reproduzidas por robôs. Por exemplo, um trabalhador pode usar um parafuso,
arruela de aperto e porca para unir duas peças, mas, na montagem automatizada,
novos procedimentos e projeto de produtos modificados são necessários.
Princípios como os que seguem são aplicados quando se redesenha produtos para
montagem automatizada:
vez mais esses robôs podem ser reprogramados para outros produtos e operações,
reduzindo assim a necessidade de que a demanda por produtos seja estável e se
estenda muito no futuro.
Não obstante o custo inicial desses sistemas ser elevado, os custos de produção por
unidade são baixos e, tanto a qualidade como a flexibilidade dos produtos são
elevadas. Os FMS estão crescendo em termos de importância, e muitas empresas
estão considerando instalá-los.
MPS computadorizado
Uma vez que os fabricantes podem não saber o momento de ocorrência (timing) e a
quantidade da demanda por clientes, muitos produtos de cada tipo são produzidos de
antemão e armazenados no estoque de produtos acabados. Quando são leitos
embarques para os clientes, o tanque “estoque de produtos acabados” tem seus
produtos drenados, e a montagem final faz mais unidades deles drenando as peças e
submontagens que foram feitas antecipadamente e guardadas no estoque de produtos
em processo. À medida que os estoques de produtos em processo se exaurem, mais
NTP – Núcleo de Tecnologia dos Polímeros 103
Escola SENAI Mario Amato – Logística
Sistemas empurrar
Num sistema empurrar (push), a ênfase se desloca para o uso de informações sobre
clientes, fornecedores e produção para administrar fluxos de materiais. Lotes de
matérias-primas são planejados para chegar a uma fábrica aproximadamente no prazo
necessário para se fazer lotes de peças e submontagens. Peças e submontagens são
feitas e entregues para montagem final aproximadamente quando necessário, e produ-
tos acabados são montados e embarcados mais ou menos quando os clientes
necessitam deles. Lotes de materiais são empurrados pelas portas dos fundos das
fábricas, um após o outro, os quais, por sua vez, empurram outros lotes ao longo de
todas as etapas de produção. Esses fluxos de materiais são planejados e controlados
por uma série de programas de produção que estabelecem quando lotes de cada
produto em particular devem sair de cada etapa da produção. “Isto é um sistema
empurrar: fazer as peças e enviá-las para onde elas serão necessárias em seguida, ou
para estoque, empurrando, assim, materiais ao longo da produção de acordo com o
programa”.
semana para atravessar cada uma das quatro etapas de produção, o programa seria o
seguinte:
Etapas de produção
Data de início Data de encerramento
Comprar materiais
3 de Agosto 9 de Agosto
Produzir kits de peças
10 de Agosto 16 de Agosto
Fazer submontagens
17 de Agosto 23 de Agosto
Montagem final
24 de Agosto 30 de Agosto
Sistemas puxar
deve funcionar conforme é esperado, sem quebras. Se isso não acontecer, as inter-
rupções na produção serão intoleráveis.
Certas mudanças na fábrica e na maneira pela qual ela é administrada devem ocorrer
antes que o JIT possa ser bem-sucedido. Para simplificar a produção, os níveis de
produção devem permanecer relativamente constantes por longos períodos. Isso pode
ser obtido por meio da utilização de estoques para compensar a diferença entre a
variabilidade de demanda e a capacidade nivelada de produção, ou os gerentes devem
envolver-se em táticas de preempção para nivelar a demanda por produtos por parte
dos clientes.
Além disso, a quantidade de trabalho necessária para preparar máquinas para outros
produtos deve ser drasticamente reduzida. Se isso não for realizado, o grande número
de pequenos lotes de produtos necessários no JIT resultaria em exorbitantes custos de
preparação.
Os benefícios dos programas JIT são de tal maneira convincentes que não se admira
que o JIT seja tão popular atualmente. Estoques reduzidos, rápida entrega de
produtos, melhorada qualidade de produto e custos de produção mais baixos são
argumentos fortes para se transformar alguns sistemas empurrar em sistemas puxar.
operações gargalo, lotes de produtos chegam mais rápido do que podem ser
concluídos. Dessa forma, essas operações controlam a capacidade de uma fábrica
inteira.
Se for necessário que um produto percorra uma série de operações, não importa quão
rápidas sejam outras operações da série, a capacidade do gargalo determina a
capacidade da série. E nesse ponto que a OPT exibe sua vantagem sobre outros
sistemas. Uma vez que os gargalos tenham sido localizados, a OPT usará um grupo
de algoritmos proprietários para programar trabalhadores, máquinas e ferramentas nos
centros de trabalho que sejam gargalo.
Para ilustrar os efeitos da TOC, o Dr. Goldratt e Jeff Cox escreveram uma obra de
ficção fascinante e altamente recomendável, The Goal: A Process of Ongoing
Improvement, que ilustra de maneira dramática a implementação da TOC numa
fábrica. Alex Rogo, a personagem principal em The Goal, é um gerente
de fábrica que procura uma maneira de salvar sua fábrica, que está prestes a ser
enterrada por uma alta administração desatenciosa e ignorante. Seguindo o conselho
de Jonah, um consultor que faz continuamente perguntas que são facilmente
entendidas e que têm respostas muito difíceis, a fábrica sobrevive.
O Dr. Goldratt escreveu posteriormente It’s Not Luck, outra obra de ficção altamente
recomendável que é um livro que acompanha The Goal. Ele também escreveu Critical
Chain, que aplica conceitos TOC a administração de projetos.
Processo seguido pelo gerente de fábrica em The Goal está no âmago da TOC.
Primeiro, o gerente de fábrica mede as taxas de produção das principais operações na
fábrica. Ele descobre uma operação que é muito mais lenta do que todas as outras, um
gargalo. Em seguida, ele pede a uma equipe de seu melhor pessoal para descobrir
maneiras de aumentar a taxa de produção da operação gargalo. Então, depois que a
taxa de produção da operação gargalo é aumentada, observa-se que a taxa de
produção da fábrica inteira é aumentada. A equipe passa então para a operação mais
lenta seguinte e repete o processo. A produção da fábrica aumenta à medida que a
taxa de produção de cada operação gargalo é aumentada. Esse procedimento resulta
em um aumento substancial da taxa de produção da fábrica, com pouco custo adi-
cional e com uma conseqüente elevação dos lucros.
O sistema de controle se baseia nos conceitos de tambor, pulmão buffer (área usada
para armazenamento temporário; pulmão) e corda. A produção é controlada em pontos
de controle, ou gargalos, que são coletivamente chamados tambor (drum), porque es-
tabelecem o ritmo ou cadência a ser seguido por todas as outras operações. O tambor
fornece o MPS que é coerente com os gargalos de produção. Um pulmão na forma de
estoque é mantido antes de um gargalo, a fim de que sempre haja material no qual
trabalhar. Esses pulmões garantem a segurança de que as promessas de entrega aos
clientes possam ser feitas com elevada confiabilidade. Uma corda (rope) é aIguma
forma de comunicação, como, por exemplo, uma programação, que é comunicada no
sentido inverso do processo para impedir que os estoques se elevem e para coordenar
as atividades necessárias para sustentar o MPS. A corda garante que toda etapa de
produção esteja sincronizada com o MPS.