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Introdução à Manufatura Mecânica

Prof. Carlos Alberto Oian

2023

Engenharia Mecânica
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
Depois de verificar a viabilidade do plano de produção em
relação à disponibilidade de materiais, o sistema MRP envia
o plano para o módulo CRP (Capacity Requirements
Planning) – Planejamento das Necessidades de Capacidade.

RCCP – Rough-cut Capacity Planning


(Planejamento Grosseiro da Capacidade)
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
O CRP ou Planejamento das Necessidades de Capacidade
constitui-se no módulo de planejamento da capacidade de
produção e é fundamental como o planejamento dos próprios
materiais.

Sem a provisão da capacidade correta, o planejamento não


terá todos os seus benefícios alcançados.

O CRP utiliza informações detalhadas a respeito dos roteiros


de produção e do consumo de recursos produtivos por item,
e então calcula período a período, as necessidades de
capacidade produtiva, de forma detalhada, permitindo a
identificação de ociosidades ou excessos de capacidade e
possíveis insuficiências.
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
Exemplo de Folha de Processos ou de Instrução de Trabalho
XXXXXXXXXXXXX
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
Exemplo de Folha de Processos ou de Instrução de Trabalho
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
Vamos ilustrar a questão da capacidade de uma determinada
organização industrial através do gráfico que se segue,
gerado pelo módulo CRP para um determinado período de
tempo, expresso em semanas:

O gráfico é feito tendo em mãos todos os itens e quantidade


de materiais que foram programados para uma determinada
máquina em uma determinada semana e seu tempo de
execução. Esses tempos são então somados e verifica-se se
há capacidade suficiente. (neste caso, não há na semana 17)
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
É importante ressaltar que a capacidade de produção é uma
variável finita.

Portanto, MRP e programador devem zelar pela geração de


um programa exequível. Em caso de “estouro” de capacidade
ou ociosidade, o programador tomará providências para
viabilizar o plano. O ideal é já alimentar o MRP tendo
sensibilidade para essas questões, evitando reprogramações
sucessivas.

Além dos tempos produtivos, em que a máquina esteja


produzindo efetivamente, deve-se considerar os tempos de
setup para eventuais “viradas” de linha.

Adicionalmente, deve-se prever um fator de eficiência das


máquinas, linhas de produção ou da própria mão de obra,
caso a operação seja manual.
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
Caso não seja viável o cumprimento dos planos
programados, deve-se buscar soluções alternativas tais
como:
 Execução de atividades em regime de HE;
 Adoção de um turno adicional de trabalho;
 Duplicação de máquinas e/ou equipamentos (elevação da
capacidade instalada);
 Subcontratação ou terceirização;
 Renegociar datas de entrega;

O CRP permite reprogramações de modo que se


reprogramem atividades visando o atendimento das
necessidades.
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
Importante!!!

Mesmo que as soluções anteriores sejam implementadas...

 Atividades em regime de HE podem custar até 50% a mais;


Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade
Importante!!!

Mesmo que as soluções anteriores sejam implementadas...

 A adoção de um turno adicional não ocorre da noite para o


dia;
 A aquisição de novas máquinas é demorada (1 ano ou +);
 A subcontratação ou terceirização depende de
disponibilidade, capacidade técnica, critérios qualitativos,
análise de custos e contratos;
 Renegociar datas de entrega pode manchar o nome da
empresa;
Planejamento de Requisitos de Materiais
e dos Recursos de Capacidade

FIM
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
As atividades de programação da produção são dependentes
de como o sistema produtivo está projetado: para empurrar
ou puxar a produção.

Nos sistemas de puxar a produção (Just-in time),


normalmente implementados com o Kanban, as atividades
de programação da produção são deixadas a cargo dos
setores de produção.

Já nos sistemas convencionais de empurrar a produção, há a


necessidade de definir a cada programa de produção sua
sequência, baseada em critérios predeterminados, e emitir
ordens autorizando a compra, fabricação e montagem dos
itens.
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
No sistema empurrado, parte da demanda, depende de uma
previsão, já no sistema puxada a demanda é concreta. No
entanto, no sistema puxado toda a cadeia produtiva deve
estar envolvida.
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
O sequenciamento sob a ótica convencional envolve 4 tipos
de sistemas de produção:

• Processos contínuos: os produtos não podem ser


identificados individualmente, são produzidos através de
processos automatizados. (Ex.: indústria petroquímica e
química, em geral)
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
O sequenciamento sob a ótica convencional envolve 4 tipos
de sistemas de produção:

• Processos repetitivos em massa: produção cadenciada


em grande escala de produtos altamente padronizados,
porém, identificáveis individualmente. (Ex.: automobilística,
eletrodomésticos, eletroeletrônicos e produtos da linha
branca)
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
O sequenciamento sob a ótica convencional envolve 4 tipos
de sistemas de produção:

• Processos repetitivos em lote: produção de um volume


médio de produtos padronizados em lotes, utilizando m.o.
polivalente, maquinário menos especializado, logo, mais
flexível. (Ex.: confecções, calçados, bebidas, laticínios)
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
O sequenciamento sob a ótica convencional envolve 4 tipos
de sistemas de produção:

• Processos por projeto: equipamentos, máquinas,


recursos e m.o. são alocados para um projeto específico.
(Ex.: Indústria Naval ou de Construção Civil)
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
O Scheduling ou Sequenciamento da Produção lida com a
alocação de operações em recursos. É um processo de
tomada de decisão com o objetivo de otimizar um ou mais
objetivos, como minimizar número de pedidos atrasados,
tempo de processamento dos pedidos, entre outros.
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
O sequenciamento da produção é vital para a
competitividade das empresas, pois uma boa programação
dos pedidos pode evitar desperdício de tempo, estoque e
mão de obra entre outros, permitindo que os esforços da
empresa na produção estejam coordenados a fim de atender
efetivamente os seus objetivos.

A aplicação do sequenciamento nas empresas é integrada


com outras funções do PCP, e seu uso é possível tanto no
setor de serviços como em indústrias.
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
O sistema de planejamento de fabricação é uma atividade
complexa devido ao número de variáveis, dentre estas,
pode-se destacar o sequenciamento da produção e, nas
empresas, esta tarefa normalmente é exercida pela área
produtiva em conjunto com o PCP e não exclusivamente
pelo setor de PCP.

O estabelecimento da sequência visa à otimização dos


recursos e à maximização do atendimento aos clientes no
prazo de entrega.
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
A movimentação dos materiais dentro de um processo
produtivo, de forma rápida e ordenada, deve ser, na medida
do possível, sincronizada, para assim atender às demandas
de mercado da forma mais otimizada possível.

Para organizar este processo Tubino (2000), descreve


algumas formas de realizar o sequenciamento, através de
meios lógicos para saber qual lote terá prioridade.
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
Estas regras podem ser combinadas em duas ou mais, e a
combinação destas regras varia de acordo com o tipo de
produção de cada empresa:

a) PEPS – Primeiro que Entra Primeiro que Sai: os lotes


serão processados de acordo com sua chegada ao
recurso;

b) MTP – Menor Tempo de Processamento: os lotes serão


processados de acordo com os menores tempos de
processamento no recurso;

c) MDE – Menor Data de Entrega: os lotes serão


processados de acordo com as menores datas de
entrega;
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
d) IPI – Índice de Prioridade: os lotes serão processados
de acordo com o valor da prioridade atribuída ao cliente
ou ao produto;

e) ICR - Índice Crítico: os lotes serão processados de


acordo com o menor valor do resultado da relação entre
a folga de produção (data de entrega menos a data
atual) pelo tempo de processamento;
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
f) IFO - Índice de Folga: os lotes serão processados de
acordo com o menor valor do resultado da relação entre
a data de entrega, tempo de processamento e o número
de operações restantes de produção;
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
g) IFA – Índice de Falta: os lotes serão processados de
acordo com o menor valor de resultado quantidade em
estoque / taxa de demanda.
Sequência de manufatura e Regras de
Sequenciamento
Importante!! As regras de sequenciamento devem:

• Ser simples e rápidas de entender e aplicar;

• Ser transparentes, ou seja, a lógica por trás das regras


deve estar clara, caso contrário o usuário não verá
sentido em aplica-la;

• Ser interativas, logo devem facilitar a comunicação entre


os agentes do processo produtivo;

• Gerar prioridades palpáveis, ou seja, de fácil


interpretação;

• Facilitar o processo de avaliação, promovendo,


simultaneamente à programação, a avaliação de
desempenho da utilização dos recursos produtivos.
Sequência de manufatura e regras de
sequenciamento

FIM
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

Estoques são acúmulos de materiais entre fases


específicas do processo produtivo.

Podem existir estoques de matérias-primas, inter processos


(WIP) e de produtos acabados.

O JIT (Just-in-time) preconiza a eliminação dos estoques


como forma de expor os problemas e resolve-los.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

Os estoques surgem em função de:

• Falta de coordenação;

• Incertezas;

• Especulação.

Quando trabalhamos com o modelo clássico de gestão de


estoques, a adoção do lote econômico de compra (LEC) e
do ponto de reposição ou ressuprimento (PR) mostra-se,
relativamente, eficiente para projeções futuras.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

O modelo do ponto de reposição (PR) considera que todas


as vezes que o estoque de um determinado material atingir
uma quantidade pré-determinada, deve-se adquirir um novo
lote, o qual denomina-se lote de ressuprimento.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

O Lote econômico de compra pode ser definido como sendo a


quantidade a ser comprada de um determinado item ou
insumo que minimiza os custos de estocagem e aquisição.

Fundamenta-se em:

 Uma demanda aproximadamente constante;

 Na inexistência de restrições em relação ao tamanho dos


lotes associados aos fornecedores ou no transporte;

 No custo de estocagem e no custo de fazer o pedido;

 No conhecimento do lead-time e de sua constância.


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

Para determinarmos os parâmetros do sistema, vamos adotar


uma abordagem de custos, envolvendo o custo para fazermos
um pedido (Cf) e o custo unitário de estocagem (Ce).

O custo de armazenagem (CA) é dado por:

CA = Ce.(L/2), onde (L/2) é o estoque médio

O custo do pedido (CP) é dado por:

CP = Cf.(DA/L), onde DA é a demanda anual do item e L é o


tamanho do lote de compra.

O comportamento de CA e CP em função do tamanho do lote


(L) dar-se-á conforme se segue.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

O ponto de mínimo custo ocorre quando CA = CP, logo:

Ce.(LEC/2) = Cf.(DA/LEC)  LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2


CT = CA + CP = Ce.(LEC/2) + Cf.(DA/LEC)
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

Para calcularmos o ponto de reposição (PR) ou ressuprimento,


basta dividirmos a demanda anual (DA) pelo valor do lote
econômico calculado (LEC), ou seja:

PR = DA/LEC

(lembre que este número deve ser inteiro e arredondado para


cima por razões de segurança)
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Exercícios – Lote Econômico de Compra
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Exercício 1

LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2
LEC = (2.20000.35/0,35)1/2  LEC = 2000 unidades

CT = CA + CP
CT = Ce.L/2 + Cf.DA/L  CT = (0,35.2000/2) + (35.20000/2000)
CT = 700 ($)

Lote atual = 1,75.2000 = 3500 unidades

CT (L = 3500) = (0,35.3500/2) + (35.20000/3500)  CT = 812,5 ($)


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

a) LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2
LEC = (2.20000.10/0,35)1/2  LEC = 1069 unidades

b) CT = Ce.L/2 + Cf.DA/L  CT = (0,35.1069/2) + (10.20000/1069)


CT = 374,16 ($)

% CT = ((374,16 – 700)/700).100% = -46,55%


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

a) LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2
LEC = (2.14000.20/0,1)1/2  LEC = 2366 unidades

b) PR = DA/LEC  PR = 14000/2366  PR = 5,92 ou 6 pedidos/ano


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

c) CT = Ce.L/2 + Cf.DA/L  CT = (0,1.2366/2) + (20.14000/2366)


CT = 236,6 ($)

d) LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2
LEC = (2.21600.45/0,075)1/2  LEC = 5091 unidades
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
4. Uma empresa decide estabelecer o LEC para um item. A demanda anual é de
100.000 unidades, cada uma custando $ 8,00. O custo do pedido é de $ 32,00 por
pedido e o custo de manutenção de estoques é de 20% aa. Calcule: a) LEC; b) O
número de pedidos no ano; c) O custo do pedido, o de manutenção e o custo total para
este item.

5. Um item do estoque apresenta um consumo de 3.000 unidades por semestre e é


adquirido em lotes de compra de 5000 unidades a um preço unitário de R$ 10,00.
Conhecendo a taxa de manutenção de estoques de 20% ao ano e o custo unitário do
pedido de R$ 50,00, pede-se determinar os custos de manutenção de estoques e o
custo do pedido do item. Qual seria o valor do CT se utilizássemos o LEC?
a) Lote atual de compra = 5000 unidades
DA = 2.3000 = 6000 unidades

CT = (2.5000/2) + (50.6000/5000)  CT = 5060 ($)

b) LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2  LEC = (2.50.6000/2)1/2  LEC = 548 unidades

CT = 2.Cf.DA/LEC  CT = 2.50.6000/548  CT = 1095 ($)


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
6. Determinar o custo total do estoque de um item conhecendo a taxa de manutenção
de estoques de 20% ao ano, o custo unitário do pedido de R$ 10,00, o preço unitário
do item de R$ 50,00 e o consumo anual do item de 10.000 unidades, para compras em
lotes de 100 unidades, 500 unidades e 1000 unidades. Se for empregado o modelo do
LEC, qual o custo total?

L = 100 unidades L = 500 unidades L = 1000 unidades

CA 10.100/2 = 500 10.500/2 = 2500 10.1000/2 = 5000

CP 10.10000/100 = 1000 10.10000/500 = 200 10.10000/1000 = 100

CT 1500 2700 5100

LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2  LEC = (2.10.10000/10)1/2  LEC = 141 unidades

CT = 2.Cf.DA/L  CT = 2.10.10000/141  CT = 1418,44 ($)


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
7. O consumo previsto de um produto é de 1000 unidades ao mês. A negociação do
departamento de compras resultou na escolha de um fornecedor que se compromete a
entregar o produto mantendo o preço unitário constante ao longo do ano em $ 3,50.
Estima-se que a taxa de manutenção de estoques anual seja de 20% para o período e
que o custo de cada pedido seja $ 100,00 . Calcular o lote econômico de compra, o
número de pedidos ao longo do ano e o custo total do estoque .

DA = 12.1000 = 12000 pçs


Cu = $ 3,50
Ce = $ 0,70
Cf = $ 100
LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2  LEC = (2.100.12000/0,70)1/2  LEC = 1852 pçs

CT = CA + CP = (0,70.1852/2) + (100.12000/1852) = $ 1296,2

PR = DA/LEC = 12000/ 1852 = 6,48  7 vezes/ano


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
8. Uma dada empresa consome por mês 1.000 unidades de uma determinada peça
utilizada por suas máquinas. O custo de armazenagem por peça por mês é de R$ 2,50
(dois reais e cinquenta centavos) e o custo de cada pedido de compras é de R$ 5,00
(cinco reais). O preço unitário de cada peça é de R$ 10,00 (dez reais).
Tomando por base esses dados, analise as afirmativas a seguir relativas ao lote
econômico de compras para essa determinada peça, considerando que (i) o consumo
mensal é determinístico e com uma taxa constante e (ii) a reposição é instantânea
quando os estoques chegam ao nível zero.
I- O lote econômico de compra é de 200 unidades por pedido.
II- O preço unitário de compra das peças não é usado para o cálculo do lote
econômico.
III- O número total de pedidos por mês é de cinco, considerando-se o lote econômico
de compra calculado.
DA = 12.1000 = 12000 pçs
Estão corretas as afirmativas:
Ce = $ 2,50 Cf = $ 5,00
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
LEC = ((2.5.12000)/2,5)1/2  LEC = 219,09 pçs
c) II e III apenas. Logo, LEC = 220 pçs
d) I, II e III.
PR = DA/LEC = 12000/ 220 = 55 pedidos/ano
Ou, aproximadamente, 5 pedidos/mês
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
9. O consumo de determinado produto é de 20.000 unidades por ano. O custo de
manter por peça por ano é de R$ 1,90 e o custo de pedido é de R$ 500,00. O preço
unitário de compra é de R$ 2,00. Determine:
1. Lote Econômico de Compra
2. O Custo Total anual de Estocagem Econômica
3. O número de pedidos por ano (usando o lote econômico)
4. A duração média (em dias) entre os pedidos.

1) LEC = ((2.500.20000)/1,9)1/2  LEC = 3245 pçs

2) CT = 2.Cf.DA/LEC  CT = 2.500.20000/3245  CT = 6163,32 ($)

3) PR = DA/LEC = 20000/3245 = 6,16 pedidos/ano

4) Intervalo entre pedidos em dias: 365/6,16 = 59,25 dias


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
10. Calculou-se o Lote Econômico de Compra de uma mercadoria, tendo sido
obtido o valor de 5.000 unidades. Posteriormente, os números usados no cálculo
foram revistos: A nova demanda anual resultou ser 80% do valor que foi usado no
calculo inicial; O novo custo do pedido é 30% maior do que o usado; O custo
unitário de manutenção é de 90% do valor que foi usado. Com essas informações,
qual é o novo valor do LEC ?

LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2 = 5000 LEC’ = (2.1,3.Cf.0,8.DA/(0,9.Ce))1/2


LEC’ = LEC.(1,3.0,8/(0,9))1/2
LEC’ = 5000.1,075 = 5375
11. Uma determinada peça é utilizada na fabricação de um projeto industrial. A
demanda anual é de 70 mil unidades, com custo unitário de R$ 0,10. Para emitir e
colocar um pedido, tem-se um custo de R$ 10,00, e a porcentagem do custo de
manutenção é de 10% a.a.; Considerando-se que as peças são adquiridas
empregando-se o LEC, quantos pedidos deverão ser feitos por ano para atender a
demanda?

LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2  LEC = (2.10.70000/0,01)1/2  LEC = 11833 pçs


PR = DA/LEC = 70000/11833 = 5,92  6 pedidos/ano
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
12. O Lote de Compra do produto X-5 foi dimensionado pelo programador, com
base nos seguintes dados: Demanda Anual 10.000 unidades, Custo de um pedido,
R$ 300,00, Custo de manutenção do estoque 25% e Custo unitário de R$ 40,00
a) Qual o lote que deverá ser dimensionado pelo programador?
b) Considere-se que o custo real de colocação de um pedido não é R$ 300,00 mas
sim R$ 250,00: Qual é o verdadeiro Lote Econômico? Qual a sua proporção em
relação ao lote programado? Qual o prejuízo decorrente da utilização da
estimativa errada (em R$)?

LEC = (2Cf.DA/Ce)1/2  LEC = (2.300.10000/10)1/2  LEC = 775 pçs

LEC’ = (2Cf.DA/Ce)1/2  LEC’ = (2.250.10000/10)1/2  LEC = 708 pçs

Variação %: (708/775). 100% = 91,35%

CT = CA + CP = (Ce.LEC)/2 + (Cf.DA)/LEC
CT = (10.775)/2 + (300.10000)/775 = 3875 + 3871 = 7746 ($)
Prejuízo: 675 ($)
CT’ = (10.708)/2 + (250.10000)/708 = 3540 + 3531 = 7071 ($)
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Estrutura Geral da Classificação ABC.

Antes de aprendermos como aplicar a Classificação ABC,


precisamos entender de forma geral o raciocínio por trás desta
importante ferramenta. Na Figura abaixo podemos ver um
gráfico em que o Eixo X (horizontal) corresponde à quantidade
de SKUs no estoque e o Eixo Y (vertical) representa o valor
acumulado consumido pelos itens.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Estrutura Geral da Classificação ABC.

O termo Stock Keeping Unit (SKU), em português Unidade de


Manutenção de Estoque está ligado à logística de armazém e
designa os diferentes itens do estoque, estando normalmente
associado a um código identificador.

Um posto de gasolina trabalha com 4 SKUs (gasolina comum,


aditivada, etanol e diesel) e um hipermercado pode trabalhar
com 60 mil, pois qualquer diferença na mercadoria (tamanho,
cor, sabor), mesmo sendo de uma mesma marca, representa um
SKU diferente.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Estrutura e diversidade dos estoques.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Em geral, encontramos a seguinte relação ao aplicarmos a
Classificação ABC:

Vale ressaltar que os valores na tabela acima são


aproximados, pois cada empresa possui padrões diferentes
de consumo. Em alguns casos, haverá maior concentração
de valores nos itens Classe A, com poucos itens
representando cerca de 80% do consumo. Por outro lado,
algumas empresas terão um perfil de consumo mais
suavizado, o que resultará em uma quantidade maior de
itens na Classe A.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Para aplicarmos a Classificação ABC, precisamos consultar o
histórico de consumo dos SKUs ao longo de um período,
geralmente, de um ano. Em empresas que utilizam sistemas
ERP, tais informações podem ser obtidas via relatórios. Abaixo
temos um exemplo com o consumo de 10 SKUs ao longo de um
ano.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
A seguir são apresentados os passos para aplicar a
Classificação ABC.

Passo 1: Ordenar os itens de maneira decrescente em relação


ao valor usado.
Passo 2: Calcular o valor total de todos os SKUs.
Passo 3: Calcular as porcentagens que cada item representa
individualmente.
Passo 4: Calcular as porcentagens acumuladas.
Passo 5: Definir os critérios de corte e fazer a classificação.

A seguir podemos ver o resultado da aplicação dos 3 primeiros


passos. Em primeiro lugar, repare que os SKUs foram
reordenados de maneira decrescente com relação à coluna
“Valor Usado”.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

A tabela abaixo mostra uma síntese dos resultados.


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Representação gráfica.

A B C
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
A curva ABC é valiosa para as distribuidoras (CD - Centros de
Distribuição) pois permite aos gestores dessas empresas
organizarem a frequência da contagem cíclica do estoque.

Os itens da categoria A podem ser contatos trimestralmente,


pois exigem menor tempo de reposição. Na categoria B a
contagem pode ser semestral. Já na categoria C, os artefatos
têm menos saída e possibilitam um cálculo anual.

Para as distribuidoras, esse controle significa racionalização do


estoque, formação de preços estratégicos e melhora no nível
de atendimento ao cliente. Além disso, essas empresas não
correm o risco de perder consumidores e vendas por falta de
produtos ou de ficar com dinheiro parado no estoque.

Alguns autores destacam, também, sua importância quando


tratamos de franquias como um meio de se reduzirem custos.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

Kopenhagen Chocolates
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

Grupo Pão de Açúcar - GPA


Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Exercícios – Estoque ABC
1. A empresa MDA BRASIL Ltda. precisa definir critérios prioritários de suprimentos para
itens de consumo regular. Por decisão superior, passou a coletar dados para um sistema
do tipo ABC, conforme tabela que se segue. A partir destes dados, determine o grupo de
produtos ABC, a porcentagem que cada um contribui e trace a curva.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC

(80 – 15 – 5)
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
2. A empresa X pretende melhorar o controle dos estoques e para tanto
decidiu utilizar a classificação ABC. A planilha a seguir informa a demanda
anual de 10 destes itens.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
3. Determine a curva ABC do conjunto de dados detalhados à seguir.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
3. Determine a curva ABC do conjunto de dados detalhados à seguir.

(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(f)
(g)
(h)
(i)
(j)
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
3. Determine a curva ABC do conjunto de dados detalhados à seguir.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
3. Determine a curva ABC do conjunto de dados detalhados à seguir.
100,00

ABC
80

70,09
70

60

50
% acumulada

40
A B C
30

20

10,64 10,2
10
1,94 1,88 1,69 1,25 0,94 0,75 0,63
0
a b c d e f g h i j
Item
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
4. A empresa Cyclus SA, precisa definir critérios prioritários de suprimentos para itens
de consumo regulares. Por decisão de seus administradores, passou a coletar dados
para confecção de um sistema de classificação ABC, conforme podemos visualizar pela
tabela abaixo:
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
5. Uma determinada empresa fabrica uma linha de 11 itens diferentes. A quantidade
utilizada anualmente e o custo desses itens, por unidade, são apresentados no quadro
abaixo. Determine a curva ABC destes itens.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
6. Monte a curva ABC para os itens detalhados na tabela que se segue.
Lote Econômico,
Ponto de Reabastecimento e Estoque ABC
7.

Quais são os itens classificados como B?

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