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SEQUENCIAMENTO E
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EMISSAO DE ORDENS
6.1 INTRODUÇÃO
Programação da produção
Administração de estoques
Seqüenciamento
Os processos contínuos de produção são empregados para produtos que não podem
ser identificados individualmente, com alta uniformidade na produção e demanda, onde
)
SEQÜ ENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS 149
Exemplo 6.1: admitindo-se que um produto é montado em uma linha que trabalha
480 minutos por dia (8 horas) a partir de seis operações seqüenciais, com os seguintes
tempos unitários:
(6.1)
TC= TP (6.2)
D
I.t (6.3)
N,n ínim o= TC
Como não existem postos de trabalho fracionados, este número mínimo deve ser
arredondado para três postos. Uma alternativa de composição destes três postos seria:
uma alternativa é avaliada em função de quanto tempo livre ela gera. Uma forma de
calcular este índice de eficiência é:
Ordem 1 ) Recurso 1)
Decisão 1 Decisão 2
A segunda decisão, que diz respeito à escolha do recurso a ser utilizado dentre um
grupo de recursos disponíveis, na prática fica restrita à situações onde existem variações
significativas no desempenho dos equipamentos, seja nos tempos de processamento ou
de setup. Via de regra, nos processos repetitivos em lote, quanto maior o volume de
produção e, conseqüentemente, a repetição na programação dos lotes, a decisão quanto
a que recurso prioritariamente usar é estabelecida na etapa de projeto do sistema
produtivo. À medida que o sistema de produção se aproxima da produção sob projeto,
onde o grau de repetição de lotes de um mesmo item diminui, fazendo com que a
seqüência de produção se altere a cada novo pedido dos clientes, a decisão sobre que
recurso escolher dentre um grupo de recursos disponíveis é mais premente.
154 MANUAL DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
pedido 1 Efsi@I
j pedido 2 !:Jórhêár'.6:fl
pedido 3 ~~~~~----~ [iffüjllFnr,~ ·àf~2ÍMii;ís .
Com a evolução dos pacotes computacionais para PCP, uma das limitações
clássicas do emprego efetivo dos gráficos de Gantt para a programação da produção em
situações muito dinâmicas, resultante da dificuldade de atualização manual das ordens
programadas, foi eliminada, fazendo com que este tipo de ferramenta de visualização
possa ser empregado nas mais diferentes situações. Neste sentido, os pacotes computa-
cionais voltados para a programação da produção , como o PREACTOR aqui apresen-
tado, podem, a partir de um banco de dados básico, gerar várias alternativas de
visualização da seqüência escolhida, facilitando à análise e tomada de decisões . A Figura
SEQÜENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS 155
Torno Romi
J
Torno Traub tHàsté§u6là'<2>> > > >>>>:JI-Ju~o·-çfo ili
Fresa [@,~i]J E IEixo l iftci
Furadeira de Pedestal [~/!lttitlfe~ITÍQelGtyâe R IEix/KGi½& is w'&iiW-:VE
Retífica
t~mm ~J
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Uma vez cumprida estas condições (como no Exemplo 6.2 a seguir), a determi-
nação da seqüência pela regra de Johnson segue os seguintes passos:
158 MANUAL DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
5 10 13 17 19 23 24 28 31 Horas
Figura 6.5 Gráfico de Gantt para a regra PEPS.
2 6 9 10 15 20 23 29 Horas
Figura 6.6 Gráfico de Gantt para a regra MTP.
.
. ' ..
.. '
.. .'
4 67 1O 11 15 16 21 23 29 Horas
Figura 6.7 Gráfico de Gantt para a regra MDE.
8 10 14 18 19 23 28 31 Horas
Figura 6.8 Gráfico de Gantt para a regra IP/.
160 MANUAL DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
4 7 12 16 18 21 23 28 32 Horas
Figura 6.9 Gráfico de Gantt para a regra ICR.
4 7 8 10 13 15 17 22 23 29 Horas
Figura 6.10 Gráfico de Gantt para a regra IFO .
2 6 11 16 19 23 25 28 Horas
Figura 6.11 Gráfico de Gantt para a regra de Johnson .
A Tabela 6.4 resume o desempenho de cada regra aplicada no Exemplo 6.2 com
relação ao lead time total do programa a ser seqüenciado, o lead time médio para o
conjunto das cinco ordens , o atraso médio em relação ao prazo de entrega e o tempo
de espera médio para processamento das cinco ordens.
SEQÜENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS 161
A regra PEPS é a mais simples delas, sendo pouco eficiente. É muito empregada em
sistemas de serviços on.de o cliente esteja presente. Esta regra faz com que lotes com tempos
longos retardem toda a seqüência de produção, gerando tempo ocioso nos processos à frente,
fazendo com que o tempo de espera médio dos lotes seja elevado (2,4 horas). A regra MTP
obtêm um índice de lead time médio baixo, reduzindo os estoques em processo, agilizando
o carregamento das máquinas à frente e melhorando o nível de atendimento ao cliente. No
Exemplo 6.2, foi a regra com melhor desempenho global, perdendo apenas para a regra
de Johnson, no que se refere ao lead time. Como ponto negativo, a regra MTP faz com
que ordens com tempos-longos de processamento sejam sempre preteridas, principalmente
se for grande a dinâmica de chegada de novas ordens com tempos menores. Uma solução
para este caso seria associarmos uma regra complementar que possibilitasse à uma ordem
que fosse preterida um determinado número de vezes, ou após um determinado tempo de
espera, avançar para o topo da lista.
A regra MDE, como prioriza as datas de entrega dos lotes, faz com que os atrasos
se reduzam, o que é conveniente em processos que trabalham sob encomenda. Porém,
como não leva em consideração o tempo de processamento, pode fazer com que lotes
com potencial de conclusão rápido fiquem aguardando. Nos processos repetitivos em
lotes, onde trabalhamos com estoques, as vantagens em priorizar apenas as datas de
entrega não são muito claras, Da mesma forma, a regra IPI, baseada em atribuirmos
um índice de prioridade a cada ordem, apresenta a mesma característica, seu desempe-
nho no Exemplo 6.2 foi o pior entre as sete regras testadas quanto ao atraso e o tempo
de espera médios, sendo mais conveniente empregá-la apenas como critério de desem-
pate para outra regra .
As demais regras da Tabela 6.1 (ICR, IFO, IFA) baseadas em cálculo de índices,
são normalmente empregadas em sistemas do tipo MRPII, dentro de um módulo
chamado "controle de fábrica", o qual se encarrega de gerar prioridades para as ordens
liberadas pelo módulo MRP, discutido no capítulo anterior. As regras ICR e IFO,
testadas no Exemplo 6.2, estão baseadas no conceito de folga entre a data de entrega
do lote e o tempo de processamento, sendo que a regra IFO considera não só a operação
imediata, como todas as demais à frente. Estas duas regras privilegiam o atendimento
ao cliente, porém devido a simplicidade do Exemplo 6.2, a regra ICR obteve o pior
lead time (32 horas) e um atraso médio alto. Por outro lado, a regra IFA, relacionando
os estoques atuais com a demanda, busca evitar que os estoques se esgotem, causando
prejuízo ao fluxo produtivo, sendo mais empregada para os itens intermediários que
compõem os produtos acabados .
162 MANUAL DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Maquina A
Maquina 8
07-12-96
Tempo (C: \PRE,A.CTOR\DEMO\pr400\schedule .D.11,T)
07-12-96 07-12-96 07-12-96 08-12-96
.!J
00:00 06:00 12:00 18:00 00:00
OF1
OF2
OF3
OF4
OFS
~ ~
Figura 6.14 Gráfico de Gantt para as ordens.