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SUMÁRIO
3.3.1 Problema de sequenciar n tarefas em uma máquina para minimizar a medida F....10
3.3.2 Problema de sequenciar n tarefas com pesos ponderadores em uma máquina para
minimizar TFTw.........................................................................................................................11
REFERÊNCIAS...............................................................................................................................15
As empresas podem ser vistas como um sistema que transforma, por algum meio de
processamento, entradas (matéria-prima, mão-de-obra, insumos, equipamentos, máquinas, etc.) em
saídas (produtos finais) úteis aos seus clientes. Para conseguir produzir seus bens e serviços
(produtos), as organizações precisam adequar seus planos em termos de prazo. Em geral, as
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Com base no PMP, nos registros de controle de estoques e nas informações técnicas da
Engenharia, a Programação da Produção, estabelece a curto prazo as atividades do quanto e quando
comprar, fabricar ou montar de cada item que compõe os produtos. Para cumprir o que foi
determinado, a Programação da Produção se encarrega de emitir ordens de compra para itens
comprados, ordens de fabricação para itens a serem fabricados e ordens de montagem para
submontagem de itens e de produtos finais. Geralmente, a programação da produção também se
encarrega de realizar o sequenciamento das ordens produção, no intuito de melhorar a utilização de
recursos. Se o Plano de Produção captou corretamente os recursos necessários e o PMP realizou o
equacionamento dos gargalos, não deverão ocorrer problemas para o programa de produção
sequenciado. Dependendo do sistema de programação da produção da empresa (empurrado ou
puxado), a Programação enviará ordens para os respectivos setores responsáveis (empurrando) ou
apenas para os setores clientes dos supermercados montados (puxando).
Outra atividade operacional realizada pelo PCP é o acompanhamento e controle da
produção, onde dados são coletados e analisados para garantir que o programa de produção emitido
seja executado. O acompanhamento e controle da produção também pode coletar outros dados
como índices de defeitos, horas/máquina ou horas/funcionário consumidas, consumo de materiais,
índice de quebras de máquinas, para apoiar outros setores produtivos.
As aulas seguintes serão dedicadas à exposição individual das atividades do PCP em cada
nível de planejamento estudado nas aulas anteriores. Nesta nota de aula se encontra o conteúdo
referente as aulas de Planejamento Mestre da Produção, com enfoque no Programa Mestre de
produção (MPS). Para entendimento e compreensão dessa aula é necessário que o aluno tenha
conhecimentos prévios em sistemas de produção, funcionamento básico do PCP, previsão de
demanda, planejamento agregado e planejamento desagregado.
Com as ordens a serem executadas num período obtidas, estas deverão ser pprogramadas ou
sequenciadas por meio de regras de controle. A programação ocorre quando n ordens (tarefas ou
Jobs) devem ser alocadas em m recursos. O sequenciamento consiste em estabelecer a sequência
das n tarefas em um dado recurso.
O último conjunto de atividades do controle de chão de fábrica é o Apontamento da
Produção que compreende as seguintes atividades:
Acompanhamento ou monitoramento: Devido as incertezas que podem ocorrer no chão de
fábrica, o acompanhamento das ordens se faz necessário para garantir que o programa de
produção seja cumprido ou para identificar desvios que podem estar ocorrendo. A atividade
de coleta de dados deve obter informações relevantes do andamento da ordem e suas
informações devem ser armazenadas em um banco de dados de modo a torna-los úteis. A
velocidade de coleta de dados e seu posterior feedback pode representar uma vantagem em
termos de produção. Quanto mais cedo forem identificados os problemas, menores serão os
desvios a corrigir, os custos com correções, o tempo em que as ordens de produção ficam
fora de controle e a insatisfação do cliente;
Cálculo de indicadores de desempenho apropriados: As medidas de desempenho são
informações retiradas do processo de produção para acompanhar o progresso das ordens,
avaliar o desempenho do processo de produção ou da mão de obra direta ou de qualquer
outro objetivo. Cada empresa possui uma relação de medidas que é dependente do tipo de
sistema de produção. Em geral, máximo nível de serviço ao cliente, mínimo investimento
em estoque e baixo custo de operação da planta são objetivos fundamentais de uma empresa.
Neste sentido, o controle da fábrica deve balancear o nível de serviço e os investimentos em
estoque e conduzir a fábrica de modo a minimizar os custos incorridos. Dessa maneira,
qualquer conjunto de medidas de desempenho deve incluir comparação de índices de
operação da planta com suas metas, visando controlar os três objetivos de desempenho
citados anteriormente;
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Segundo Pinedo (2008), scheduling ou programação das operações pode ser definido com a
alocação de ordens (tarefas ou jobs) à um número m de recursos dado um horizonte de
planejamento de tempo. Um programa de operações especifica o momento em que cada tarefa
começa e termina em cada máquina. Uma sequência é definida como uma ordem de tarefas, por
exemplo, J1-J4-J2-J3 é uma sequência de tarefas que determina que a tarefa J1 é a primeira a ser
processada, J4 é a segunda, J2 a terceira e por fim J3 como a quarta tarefa a ser processada. O
número de sequências possíveis para um número de n tarefas e uma máquina é de n!
(FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010). Se as n tarefas devem ser processadas em m recursos, e
em cada recurso há uma sequência diferente, um total de (n!)m sequências são possíveis de ser
geradas. A medida que o número de tarefas e máquinas aumenta o problema vai se tornando difícil
de ser solucionado. Logo, há a necessidade de bons algoritmos para determinar as melhores
sequências.
Com a o aumento da diversificação dos produtos, produção em pequenos lotes, entregas
rápidas e a aderência a datas de entrega prometidas, tornou-se necessário flexibilizar a produção
para responder as mudanças nas ordens dos clientes, à disponibilidade de material ou de capacidade.
Tudo isso aliado à diminuição de estoques e ao custo alto de ter capacidade em excesso, tem
tornado a programação de operações mais relevante dentro do PCP. Alguns benefícios de um
sistema de scheduling de capacidade finita são:
Mais atendimento dos pedidos no tempo certo;
Lead times reduzidos;
Aumento da capacidade;
Produção mais suave;
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Maior tempo para o gerente de PCP cuidar de outros problemas muito imporantes.
As notações seguintes foram adotadas das bibliografias de Baker (1974), Graham et al.
(1979) e Pinedo (2008).
i, n – Número de tarefas onde i = 1, ..., n tarefas;
j, m – Número de máquinas ou número de operações de uma tarefa i, onde j = 1, ..., m
máquinas;
pi,j – Tempo de processamento da tarefa i na máquina j ou tempo da j-ésima operação da
tarefa i, onde i = 1, ..., n e j = 1, ..., m. Se m = 1, então o tempo de processamento torna-se pi,
ou seja, tempo de processamento da tarefa i.
di – prazo de entrega ou data devida (due date) da tarefa i;
ri – Data de liberação da tarefa i;
Wi,j – Tempo de espera da tarefa i no momento que termina sua operação na máquina (j-1) e
espera para iniciar seu processamento na máquina j;
n
Wi – Tempo total de espera da tarefa i, onde W i = ∑ W i , j;
i =1
n n
Ci - Tempo de conclusão da tarefa i, onde Ci = r i + ∑ pi, j + ∑ W i , j;
j =1 j =1
Cmax – Tempo total de conclusão das n tarefas, ou duração total da programação, onde
n
Cmax = ∑ Ci ;
i =1
Avião i (tarefa i), que é de um determinado porte (pequeno, médio ou grande), está
circulando a uma dada altura liberada pelo controlador de modo que nenhum outro avião
esteja circulando nessa mesma altura (o que evita a possibilidade de o avião se chocar com
outro que também está aguardando autorização para aterrissar) e deve aterrissar até a data
devida di, que tanto pode ser o instante um poco antes de acabar seu combustível ou o
instante em que oi programada sua provável aterrissagem;
Tempo de processamento do avião i (pi) possui alguns componentes: o tempo de
desembarque (que ocorre na pista 1 ou 2) mais o tempo de reabastecimento e limpeza do
avião mais o tempo de embarque (que ocorrem no pátio) e o tempo de decolagem (que
ocorre na pista 1 ou 2). Os componentes do tempo de processamento podem ser pi,1, pi,2, pi,3,
respectivamente. O tempo pi,1 e pi,3 em princípio independem em qual pista (1 ou 2) serão
realizadas a aterrissagem e decolagem, respectivamente;
A restrição mais importante a ser respeitada pelos controladores de voo é: dois aviões não
podem operar ao mesmo tempo na pista. Em maio de 2008, numa pista dos EUA, um
pequeno avião pousou sobre outro avião que estava decolada;
Outra restrição é que avião de grande porte não pode operar na pista 1 (que é mais curta que
a pista 2) e só em caso excepcional um avião de pequeno porte poderia ter autorização para
operar na pista 2.
Obviamente o problema real possui muito mais detalhes do que foi exposto, mas isso já é
suficiente para ilustrar um importante problema de programação de operações na área de serviços.
O problema exige que os controladores de voo decidam quando e em que pista cada avião irá
aterrissar ou decolar, ou seja, há a necessidade de programar as operações do tipo 1 (aterrissagem),
tipo 2 (no pátio) e tipo 3 (decolagem).
metálica, modelo, roteiro e necessidades de mão de obra. A fundição tenta minimizar o estoque em
processo e o estoque de itens acabados. Expedir a tarefa na data de entrega é importante, mas a
tarefa não deveria ser produzida com muita antecedência. Isso fornece uma janela de tempo na qual
cada tarefa deveria ser produzida.
A cada dia um programa de tarefas é gerado para um horizonte rolante de cinco dias. A
instalação foi projetada para os produtos fluírem suavemente pelo processo sem estoques
intermediários (a etapa j + 1) do processo é um pouco mais rápida que a etapa anterior j. Assim toda
linha de produção, ilustrada na Figura 2 é tratada como um processador único. A oficina de machos
tem mais capacidade que a linha; seu programa de produção é ditado pelo programa da fundição
que é especificado pelo PCP. O problema está em determinar quais tarefas serão feitas e quando, ou
seja, o problema é programar a fundição.
Razão crítica – RC (Critical Ratio): as tarefas são sequenciadas na ordem crescente de suas
razões críticas.
A seguir são mostrados exemplos de aplicação para cada uma das regras apresentadas em
um problema de scheduling de n tarefas e uma máquina.
Tarefas J1 J2 J3 J4
pi 5 20 10 15
Fonte: Autor (2021).
Ordenando a sequência por meio da regra SPT tem-se que: J1 < J3 < J4 < J2. Portanto, a
sequência que minimiza o tempo total de fluxo (TFT) é J2, J3, J4, J2, com TFT correspondente a
110 unidades de tempo (u.t.). Esta regra também minimiza o tempo total de conclusão (Cmax), cujo
valor corresponde a 50. O gráfico de gantt ilustrado na Figura 3 ilustra o resultado do
sequenciamento.
3.3.2 Problema de sequenciar n tarefas com pesos ponderadores em uma máquina para
minimizar TFTw
n
O tempo total de fluxo ponderado (TFTw) é definido como: TFT w = ∑ wi F i. De acordo
i =1
com a regra SPT, as tarefas são sequenciadas de acordo com a ordem crescente dos tempos de
processamento. Já para o coeficiente de ponderação wi, tarefas com maior wi devem estar mais no
início da sequência. A regra SPT ponderada minimiza esta função objetivo e consiste em determinar
a ordem crescente da razão pi / w i . Suponha o exemplo descrito na Tabela 2.
Pelos dados do problema, a sequência que minimiza o tempo total de fluxo ponderado
(TFTw) é J2, J5, J3, J6, J1, J4.
3.3.3 Problema de sequenciar n tarefas em uma máquina para minimizar o atraso máximo ou
maior tempo de atraso
A regra EDD (Earliest Due Date) minimiza Tmax e Lmax e consiste em sequenciar as tarefas na
ordem decrescentes das datas de entrega di. Suponha os problemas apresentados na Tabela 3.
Pelos dados apresentados, a sequência via regra EDD é J5, J4, J8, J3, J2, J6, J7, J1.
T2 = max{21-21;0} = 0 T6 = max{0;29-25} = 4
T7 = max{36-28;0} = 8 T1 = max{0;46-35} = 11
3.3.4 Problema de sequenciar n tarefas em uma máquina para minimizar F sujeito à restrição
de que as tarefas não devem ter atraso
Na escolha entre J2 e J4 como p2 = p4 poderia ser escolhido para ser o último J2 ou J4; J2 foi
escolhido pelo critério de desempate EDD. O critério de desempate poderia ser qualquer outro
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como a tarefa com menor número vem antes na sequência ou a tarefa do cliente mais importante
vem antes da sequência. A sequência ótima obtida foi J4-J2-J3-J5-J1.
MOORE, M. An n job, one machine sequencing algorithm for minimizing the number of late jobs.
Management Science, v. 15, n. 1, 1968.
PINEDO, M. L. Scheduling Theory, Algorithms, and Systems. 3. ed. Nova York: Prentice Hall,
2008.