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ASSUNTOS DIVERSOS

Boletim Imposto de Renda n° 02 - 2ª Quinzena. Publicado em: 17/01/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

PROGRAMA EMERGENCIAL DE RETOMADA DO SETOR DE


EVENTOS (PERSE)
Orientações tributárias para 2023

Roteiro 

1. INTRODUÇÃO
2. ATIVIDADES ENQUADRADAS PARA EFEITOS TRIBUTÁRIOS
3. DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA
3.1. Data de produção dos efeitos da desoneração fiscal
3.2. Simples Nacional
3.3. Lucro Presumido
3.3.1. IRPJ e CSLL
3.3.2. Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins
3.4. Lucro Real
3.4.1. IRPJ e CSLL
3.4.2. Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins
3.4.2.1. Créditos
3.5. Retenções federais
3.6. Desoneração para pessoas jurídicas novas
4. TRATAMENTO CONTÁBIL

1. INTRODUÇÃO
A Lei n° 14.148/2021 propôs ao setor de eventos e turismo ações emergenciais e temporárias, em função dos impactos sofridos em detrimento da covid-19,
por meio do Perse.

Denomina-se Perse o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, que inclui, ao longo da Lei n° 14.148/2021, várias medidas para a retomada
econômica, como desoneração tributária, renegociação de dívidas e concessão de créditos às instituições financeiras.

O objetivo desta matéria é evidenciar as orientações tributárias a respeito da desoneração apresentada pelo artigo 4° da Lei n° 14.148/2021, normatizado
pela Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, considerando as alterações já trazidas pela Medida Provisória n° 1.147/2022 e Portaria ME n° 11.266/2022
que, a partir de 2023, foram retiradas 50 atividades do benefício tributário.

Para mais informações sobre o Perse, recomenda-se a leitura do material:

PROGRAMA EMERGENCIAL DE RETOMADA DO SETOR DE EVENTOS (PERSE) - Orientações Tributárias e Aplicabilidade


Boletim n° 14/2022
Legal

2. ATIVIDADES ENQUADRADAS PARA EFEITOS TRIBUTÁRIOS


Com a nova redação dada pela Medida Provisória n° 1.147/2022 (DOU de 21.12.2022), as empresas pertencentes ao setor de eventos, beneficiadas pela
alíquota zero do artigo 4° da Lei n° 14.148/2021, serão apartadas das pessoas jurídicas relacionadas no artigo 2° dessa mesma Lei.

O artigo 4°, § 4° da Lei n° 14.148/2021 dispõe que os códigos CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) previstos na Portaria ME n°
7.163/2021 somente serão considerados para fruição do benefício fiscal, enquanto o Ministério da Economia (ME) não definir quais serão os códigos. Esse
ato, por sua vez, foi publicado no DOU de 02.01.2023, através da Portaria ME n° 11.266/2022 com data de vigência imediata, sendo que a lista de empresas
beneficiadas foi consideravelmente reduzida.

A partir da nova disciplina, temos a seguinte regra de enquadramento tributário:

Benefício da Lei n°
De 18.03.2022 até 01.01.2023 De 02.01.2023 até 17.03.2027
14.148/2021

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Pessoas Jurídicas relacionadas nos Anexos I e II da Pessoas Jurídicas relacionadas nos Anexos I e II da
Tributário do artigo 4°
Portaria ME n° 7.163/2021 Portaria ME n° 11.266/2022

De acordo com a nova redação do artigo 4° da Lei n° 14.148/2021 c/c artigo 2° e Anexo I da Portaria ME n° 11.266/2022, as empresas beneficiadas pela
alíquota zero dos tributos federais a partir de 02.01.2023 são aquelas que, em 18.03.2022, já exerciam as seguintes atividades:

CNAE Subclasse Descrição

5510-8/01 HOTÉIS

5510-8/02 APART-HOTÉIS

5590-6/01 ALBERGUES, EXCETO ASSISTENCIAIS

5590-6/02 CAMPINGS

5590-6/03 PENSÕES (ALOJAMENTO)

5590-6/99 OUTROS ALOJAMENTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

5911-1/02 PRODUTORA DE FILMES PARA PUBLICIDADE

5914-6/00 ATIVIDADES DE EXIBIÇÃO CINEMATOGRÁFICA

7319-0/01 CRIAÇÃO DE ESTANDES PARA FEIRAS E EXPOSIÇÕES

7420-0/01 ATIVIDADES DE PRODUÇÃO DE FOTOGRAFIAS, EXCETO AÉREA E SUBMARINA

7420-0/04 FILMAGEM DE FESTAS E EVENTOS

7490-1/05 AGENCIAMENTO DE PROFISSIONAIS PARA ATIVIDADES ESPORTIVAS, CULTURAIS E ARTÍSTICAS

7721-7/00 ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS RECREATIVOS E ESPORTIVOS

7739-0/03 ALUGUEL DE PALCOS, COBERTURAS E OUTRAS ESTRUTURAS DE USO TEMPORÁRIO, EXCETO ANDAIMES

8230-0/01 SERVIÇOS DE ORGANIZAÇÃO DE FEIRAS, CONGRESSOS, EXPOSIÇÕES E FESTAS

8230-0/02 CASAS DE FESTAS E EVENTOS

9001-9/01 PRODUÇÃO TEATRAL

9001-9/02 PRODUÇÃO MUSICAL

9001-9/03 PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS DE DANÇA

9001-9/04 PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS CIRCENSES, DE MARIONETES E SIMILARES

9001-9/06 ATIVIDADES DE SONORIZAÇÃO E DE ILUMINAÇÃO

9001-9/99 ARTES CÊNICAS, ESPETÁCULOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE

9003-5/00 GESTÃO DE ESPAÇOS PARA ARTES CÊNICAS, ESPETÁCULOS E OUTRAS ATIVIDADES ARTÍSTICAS

9319-1/01 PRODUÇÃO E PROMOÇÃO DE EVENTOS ESPORTIVOS

Nesse primeiro Anexo, foram suprimidas 19 atividades, se compararmos os Anexos I das Portarias ME n° 7.163/2021 e n° 11.266/2022. Caso o contribuinte
constate que, na nova redação, a sua CNAE deixou de constar, isso significa que a partir de 02.01.2023 essas receitas passam a ser tributadas normalmente,
pois foram excluídas do benefício tributário aplicável ao Perse.

Também se enquadram no Perse as pessoas jurídicas prestadoras de serviços turísticos, conforme o artigo 21 da Lei n° 11.771/2008, desde que, em
18.03.2022, sua inscrição no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos) já estivesse regular e possuísse alguma das seguintes CNAEs: (Lei
n° 14.148/2021, artigo 4° c/c Portaria ME n° 11.266/2022, artigo 2°, parágrafo único e Anexo II)

CNAE Subclasse Descrição
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4923-
SERVIÇO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS - LOCAÇÃO DE AUTOMÓVEIS COM MOTORISTA
0/02

4929-
TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIROS, SOB REGIME DE FRETAMENTO, MUNICIPAL
9/01

4929- TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIROS, SOB REGIME DE FRETAMENTO, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E
9/02 INTERNACIONAL

4929-
ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, MUNICIPAL
9/03

4929-
ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL
9/04

5011-
TRANSPORTE MARÍTIMO DE CABOTAGEM - PASSAGEIROS
4/02

5012-
TRANSPORTE MARÍTIMO DE LONGO CURSO - PASSAGEIROS
2/02

5099-
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO PARA PASSEIOS TURÍSTICOS
8/01

5611-
RESTAURANTES E SIMILARES
2/01

7911-
AGÊNCIAS DE VIAGEM
2/00

7912-
OPERADORES TURÍSTICOS
1/00

9102-
ATIVIDADES DE MUSEUS E DE EXPLORAÇÃO DE LUGARES E PRÉDIOS HISTÓRICOS E ATRAÇÕES SIMILARES
3/01

9321-
PARQUES DE DIVERSÃO E PARQUES TEMÁTICOS
2/00

9493-
ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES ASSOCIATIVAS LIGADAS À CULTURA E À ARTE
6/00

Para essa segunda lista, foram excluídas 31 atividades, a partir de 02.01.2023, do benefício tributário do Perse em comparação ao Anexo II das Portarias ME
n° 7.163/2021 e n° 11.266/2022. Logo, se a atividade da empresa deixa de constar na nova Portaria n° 11.266/2022, significa que a partir de janeiro de 2023
ela deixa de gozar desse benefício.

Posto isto, o requisito para efeitos de enquadramento no Perse resume-se assim basicamente:

Se a CNAE está no Anexo I da Portaria ME n° 11.266/2022: Se a CNAE está no Anexo II da Portaria ME n° 11.266/2022:
1) Ter a CNAE prevista no CNPJ até dia 18.03.2022. 1) Ter a CNAE prevista no CNPJ até dia 18.03.2022; e
  2) Ter o Cadastur regular em 18.03.2022.

3. DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA
O artigo 4° da Lei n° 14.148/2021 traz para as pessoas jurídicas indicadas no tópico 2 desta matéria uma redução a 0%, pelo prazo de 60 meses, contado do
início da produção de efeitos dessa Lei, das alíquotas dos seguintes tributos incidentes sobre o “resultado auferido”:

a) PIS/Pasep (Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público);

b) Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);

c) CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido); e



d) IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas).
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O artigo 4° dessa Lei não fez parte do texto vigente desde a publicação original no Diário Oficial da União (DOU), de 04.05.2021, em decorrência do veto
presidencial.

No entanto, o Congresso Nacional derrubou o veto e a referida desoneração fiscal foi incorporada à Lei mediante a publicação na Edição Extra do DOU, de
18.03.2022.

Diante desse cenário, alguns pontos de atenção serão acrescentados a seguir.

3.1. Data de produção dos efeitos da desoneração fiscal


A desoneração fiscal passa a ser considerada a partir dos “resultados auferidos” em março de 2022, ou seja, da derrubada do veto presidencial, conforme as
explicações a seguir expostas.
Compreende-se que, uma vez derrubado o veto parcial, segue o texto dessa parte para promulgação, publicação e entrada em vigor, o qual ocorrerá em data
posterior ao do texto não vetado. Diante desse entendimento, tem-se duas datas de vigência para a mesma lei: (i) uma da parte sancionada e (ii) outra da
parte cujo veto foi rejeitado, conforme a Doutrina pesquisada:

A imediata entrada em vigor da parte não vetada, que é possível no Direito brasileiro, apresenta vantagens, mas também desvantagens graves.
Sem dúvida, é vantajoso que as disposições estabelecidas pelo Congresso e aprovadas pelo Presidente possam desde logo ser aplicadas.
Todavia, se superado o veto, ocorre o inconveniente tantas vezes sentido entre nós de uma mesma lei ter vigorado com um texto (o da
publicação sem a parte vetada, até a publicação do texto com a parte que fora vetada incluída) e passar a vigorar com outro texto. Esse
inconveniente tem até provocado a prática esdrúxula de a parte vetada ser publicada com outro número, como se fosse outra lei. Dessa situação
(em vigor a parte não vetada, pendente a parte vetada) resulta sempre incerteza sobre o alcance e o verdadeiro sentido da lei, o que redunda
necessariamente em insegurança jurídica. (FERREIRA FILHO, M. G. 2002, p. 224)

Nesse sentido, a vigência do artigo, cujo veto foi derrubado em 18.03.2022, passa a valer também a partir de março de 2022, encerrando-se a desoneração
fiscal em 60 meses a partir deste, o que leva à compreensão de que a desoneração se aplica até março de 2027.

Pela redação do artigo 7° da Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, a desoneração contempla o mês inteiro, ou seja, começando a aplicar o benefício em
01.03.2022, isto é, antes do texto da derrubada, e ao invés de encerrar no dia 17.03.2027, o fim do benefício se dará no encerramento do mês 02/2027.

O quadro abaixo exemplifica a interpretação apresentada nesse tópico com indicação das receitas e do vencimento da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins até o 25° dia do mês subsequente ao fato gerador: (Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022, artigo 114)

Competência da Receita Vencimento da DARF Tratamento Tributário da Receita/Resultado

Fevereiro/2022 25.03.2022 Tributada

Março/2022 25.04.2022 Desonerada

Fevereiro/2027 25.03.2027 Desonerada

Março/2027 23.04.2027 Tributada

No dia 06.05.2022, a RFB atualizou a tabela da EFD-Contribuições (Escrituração Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita) confirmando o
entendimento de que o início da alíquota 0% para a Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins começa em 18.03.2022 e vai até 17.03.2027. Tais datas não
foram modificadas até o presente momento, nem mesmo depois da publicação da Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022.

Mas considerando a redação do artigo 7° da Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, é recomendado aplicar o benefício considerando o mês integral, ou
seja, de 01.03.2022 a 28.02.2027.

3.2. Simples Nacional


Embora o Projeto de Lei n° 5.638/2020 do Perse originalmente apresentasse a redução, inclusive para os optantes do Simples Nacional, a Lei publicada não
fez essa referência e, ainda, pelo artigo 24, § 1° da Lei Complementar n° 123/2006, os optantes por esse regime não podem aplicar a redução a 0% sobre os
tributos federais.

Com a publicação da Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, o parágrafo único do artigo 4° confirmou a restrição dos benefícios aos resultados auferidos
pelas empresas optantes pelo Simples Nacional.

Em caso de desenquadramento do regime tributário favorecido, a partir dos efeitos da exclusão em conformidade com os artigos 30 e 31 da Lei
Complementar n° 123/2006, é possível a aplicação da desoneração destinada ao setor caso a atividade da empresa esteja devidamente enquadrada na

Portaria ME n° 11.266/2022, conforme exemplificação do item 2 desse boletim.
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3.3. Lucro Presumido


O artigo 4°, § 1° da Lei n° 14.148/2021, tem o propósito de auxiliar o setor garantindo a desoneração da Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins, IRPJ e CSLL
durante 60 meses sobre as receitas e os resultados auferidos das atividades do setor de eventos previsto na Portaria ME n° 11.266/2022.

Segundo o escritor e jurista De Plácido e Silva, o termo “resultado” na linguagem contábil é o lucro, o provento ou o ganho obtido em um negócio. São
denominadas “contas de resultados” aquelas em que se apuram os lucros ou prejuízos. Com isso, a compreensão da aplicação da alíquota 0% está
relacionada às contas de receitas que guardem relação direta com as CNAEs do Perse.

Por meio da Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, ficou estabelecido no artigo 2° que o benefício somente se relaciona com as CNAEs previstas na
Portaria do Ministério da Economia (ME), enfatizando que receitas de outras atividades não relacionadas na Portaria ME, bem como as receitas financeiras e
os resultados não operacionais, ficam sujeitas à tributação.

Operação Tributada?

Receita Bruta vinculada à CNAE dos Anexos I e II da Portaria ME n° 11.266/2022 Não, a receita é desonerada.

Receita Bruta NÃO vinculada à CNAE dos Anexos I e II da Portaria ME n° 11.266/2022 Sim, a receita bruta é tributada.

Receita Financeira, Ganho de Capital e Demais Receitas Sim, as demais receitas são tributadas.

3.3.1. IRPJ e CSLL


De início, houve certo receio quanto aos reflexos que a desoneração do IRPJ ou CSLL poderia trazer para o contribuinte, uma vez que o artigo 14, inciso IV da
Lei n° 9.718/98, obriga a tributar pelo Lucro Real a pessoa jurídica que usufrua de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda.

Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:


(…)
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

No entanto, em 05.07.2022, foi publicada a Lei n° 14.390/2022, estabelecendo em seu artigo 4° que o benefício não importa, por si só, na obrigatoriedade de
tributação pelo Lucro Real durante o período de 60 meses. Desta maneira, os contribuintes passam a ter segurança jurídica na aplicação do benefício ao
Lucro Presumido.

Para a formação da base de cálculo do IRPJ e CSLL, devem ser separadas as receitas das atividades do setor de eventos relacionadas às CNAEs da Portaria
ME e todas as outras receitas, sendo que as receitas beneficiadas pelo Perse não serão computadas na base de cálculo do IRPJ e da CSLL. (Lei n°
14.148/2021, artigo 4°, § 1°; Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, artigo 5°, inciso II e artigo 7°, § 1°, inciso III)

Por exemplo, a pessoa jurídica Praia Boa Camping Ltda. possuía em seu CNPJ, no dia 18.03.2022, a CNAE 5590-6/02 (campings) e a CNAE 7721-7/00
(aluguel de equipamentos recreativos e esportivos). No primeiro trimestre de 2023, a Praia Boa Camping Ltda. apresentou os seguintes dados:

R$ 70.000,00
Receita Bruta da CNAE 5590-6/02 (prevista no Anexo I da Portaria ME n° 11.266/2022)
(receita desonerada)

R$ 30.000,00
Receita Bruta da CNAE 7721-7/00 (prevista no Anexo I da Portaria ME n° 11.266/2022)
(receita desonerada)

R$ 25.000,00
Receitas Financeiras e Ganho de Capital com a venda de imobilizados
(receita tributada)

Aplicando as disposições dos artigos 5° e 7° da Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022 e do artigo 4°, § 1° da Lei n° 14.148/2021, as receitas brutas
vinculadas ao Perse (desoneradas) não serão computadas na base de cálculo.

Sendo assim, a base de cálculo nesse exemplo compreenderá apenas as receitas não desoneradas, ou seja, os R$ 25.000,00 relacionados às receitas
financeiras e ao ganho de capital.

Fórmula da base de cálculo do Lucro Presumido pelo artigo Fórmula da base de cálculo do Perse no Lucro Presumido:
25 da Lei n° 9.430/96: Lucro Presumido = (Receita Bruta das atividades NÃO beneficiadas x
Lucro Presumido = (Receita Bruta x Percentual de Presunção) Percentual de Presunção) + Receita Financeira, Ganho de Capital e Demais
+ Receita Financeira, Ganho de Capital e Demais Receitas Receitas

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Aplicação da fórmula da base de cálculo do Perse no Lucro Presumido:

Lucro Presumido = (R$ 0,00) + R$ 25.000,00

Lucro Presumido = R$ 25.000,00

A partir da definição da base de cálculo do Lucro Presumido, formada apenas pelas receitas não incentivadas, serão aplicadas as alíquotas gerais de 15% de
IRPJ e 9% de CSLL. (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigos 29 e 30, inciso III)

Sobre a parcela do Lucro Presumido que, no trimestre, ultrapassar R$ 60.000,00 (R$ 20.0000,00 multiplicado pelo número de meses do período de apuração),
será devido mais 10% de IRPJ de adicional do Imposto de Renda. Vale destacar que, no cálculo do adicional, só serão compreendidas as receitas não
desoneradas pelo Perse. (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 29, § 1°; Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, artigo 5°, inciso II e artigo 7°, § 1°,
inciso III)

3.3.2. Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins


Para a Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, a aplicação da alíquota 0% sobre os resultados auferidos pelas pessoas jurídicas beneficiárias do Perse está
associada à indicação do CST (Código da Situação Tributária) 06: Operação Tributável à Alíquota Zero, tanto na emissão dos documentos fiscais quanto na
escrituração da apuração no Sped. (Instrução Normativa RFB n° 1.009/2010, tabelas II e III)

Em vista da atualização da tabela 4.3.13 do Sped em 23.12.2022, a natureza de receita indicada para a escrituração dessas receitas na EFD-Contribuições é
a 920.

Código de Início de Término de


Natureza da Descrição Escrituração Escrituração
Receita Mês/Ano Mês/Ano

Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos).


Resultado auferido pelas pessoas jurídicas de que trata o artigo 2° da Lei 14.148/2021,
920 18.03.2022 17.03.2027
atualizada pelos artigos vetados pelo Presidente da República, mantido pelo Congresso
Nacional e publicado na Edição Extra B do DOU de 18.03.2022.

Conforme já explanado no item 3.1 desta matéria, apesar de a tabela acima trazer a aplicação do benefício de 18.03.2022 até 17.03.2027, observamos que o
§ 2° do artigo 7° da Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022 é específico ao determinar a aplicação da alíquota zero para todo o mês de março de 2022 e, por
conseguinte, antecipa a aplicação do benefício em relação ao ano de 2027, permitindo a aplicação apenas até o mês de 02/2027, assim excluindo os 17 dias
do mês 03/2027.

Para a apuração mensal das contribuições, a pessoa jurídica deverá segregar, da receita bruta total, as receitas decorrentes das atividades beneficiadas pelo
Perse, sobre as quais será aplicada a alíquota de 0%. (Lei n° 14.148/2021, artigo 4°, § 1°; Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, artigos 6° e 7°, § 2°)

Vale destacar que o benefício fiscal não se aplica ao PIS/Pasep-importação e à Cofins-importação, de acordo com o artigo 3°, parágrafo único da Instrução
Normativa RFB n° 2.114/2022.

3.4. Lucro Real


O Lucro Real fará jus à alíquota zero sobre as receitas e os resultados auferidos das atividades do setor de eventos conforme Portaria ME n° 11.266/2022.
(Lei n° 14.148/2021, artigo 4°, § 1°)

Segundo o escritor e jurista De Plácido e Silva, o termo “resultado” na linguagem contábil é o lucro, o provento ou o ganho obtido em um negócio. São
denominadas “contas de resultados” aquelas em que se apuram os lucros ou prejuízos.

Diante disso, a alíquota 0% está relacionada às contas de receita, custos e despesas que guardem relação direta com CNAEs do Perse. As receitas não
vinculadas às atividades da Portaria ME, assim como as receitas financeiras e os resultados não operacionais, serão tributadas de acordo com a Instrução
Normativa RFB n° 2.114/2022, artigo 2°, parágrafo único.

Operação Tributada?

Resultado vinculado à CNAE dos Anexos I e II da Portaria ME n° 11.266/2022 Não, é desonerado.



Resultado NÃO vinculado à CNAE dos Anexos I e II da Portaria ME n° 11.266/2022 Sim, é tributado.
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3.4.1. IRPJ e CSLL


Durante o período de aplicabilidade da desoneração, no Lucro Real, o IRPJ e a CSLL serão calculados a partir do lucro da exploração das receitas
desoneradas. (Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, artigo 5°, inciso I e artigo 7°, § 1°, inciso I)

As empresas que apurarem o Lucro Real anual pela estimativa mensal aplicarão o benefício sobre as receitas desoneradas durante os períodos de 03/2022 a
02/2027, conforme Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022, artigo 7°, § 1°, inciso II. Nesse caso, a pessoa jurídica que gozar de incentivos calculados com
base no lucro da exploração poderá excluir da receita bruta total, para fins de determinação da base de cálculo estimada, o valor da receita bruta proveniente
da atividade incentivada.

Na apuração anual, as alíquotas de 15% e de 9% serão aplicadas respectivamente sobre o lucro real do IRPJ e o resultado ajustado da CSLL, sendo
autorizada a dedução do benefício calculado sobre o lucro da exploração desses valores. (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigos 66 e 67)

Na Escrituração Contábil Fiscal (ECF), as pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral ou anual do IRPJ, que gozem de benefícios fiscais do Perse
calculados com base no lucro da exploração, devem preencher o registro N600. (Manual de Orientação do Leiaute 9 da ECF, p. 271)

3.4.2. Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins


Para a Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, a aplicação da alíquota 0% sobre essas receitas auferidas pelas empresas beneficiadas pelo Perse está
associada à indicação do CST 06: Operação Tributável à Alíquota Zero, tanto na emissão dos documentos fiscais quanto na escrituração do Sped-
Contribuições. (Instrução Normativa RFB n° 1.009/2010, tabelas II e III)

Em vista da atualização da tabela 4.3.13 do Sped, em 23.12.2022, a natureza de receita indicada para a escrituração dessas receitas na EFD-Contribuições é
a 920.

Código de Início de Término de


Natureza da Descrição Escrituração Escrituração
Receita Mês/Ano Mês/Ano

Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos).


Resultado auferido pelas pessoas jurídicas de que trata o artigo 2° da Lei 14.148/2021,
920 18.03.2022 17.03.2027
atualizada pelos artigos vetados pelo Presidente da República, mantido pelo Congresso
Nacional e publicado na Edição Extra B do DOU de 18.03.2022.

Porém, conforme explicado no item 3.1 desta matéria, o § 2° do artigo 7° da Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022 é específico ao determinar para as
contribuições PIS/Pasep e Cofins a aplicação da alíquota zero para todo o mês de março de 2022 e, por conseguinte, antecipa a aplicação do benefício em
relação ao ano de 2027, permitindo a aplicação apenas até o mês de 02/2027, assim excluindo os 17 dias do mês 03/2027.

O benefício fiscal não se aplica ao PIS/Pasep-importação e à Cofins-importação, de acordo com o artigo 3°, parágrafo único da Instrução Normativa RFB n°
2.114/2022.

3.4.2.1. Créditos
No que diz respeito à manutenção dos créditos vinculados às receitas desoneradas, a Medida Provisória n° 1.147/2022 trouxe alterações com efeitos a partir
de 01.04.2023, conforme:

Art. 4°...
§ 2° O disposto no art. 17 da Lei n° 11.033, de 21 de dezembro de 2004, não se aplica aos créditos vinculados às receitas decorrentes das
atividades do setor de eventos de que trata este artigo.

A regra geral estabelecida pelo artigo 17 da Lei n° 11.033/2004 autoriza que o crédito devidamente apurado em relação aos gastos seja mantido (não seja
estornado), mesmo que a receita à qual esteja vinculado o dispêndio que originou o crédito seja contemplada com as desonerações, como a alíquota zero.

Assim, o crédito vinculado às operações de receita com alíquota 0% de PIS/Pasep e Cofins pode ser mantido pelo contribuinte até 31.03.2023. A partir de
01.04.2023, todo o crédito vinculado ao benefício do Perse deve ser estornado.

Para melhor compreensão, na escrituração da EFD-contribuições, por ocasião da apropriação dos créditos, o próprio contribuinte deve fazer a vinculação
(rateio) dos créditos às suas receitas, permitindo assim o controle de manutenção e utilização desses créditos. (Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022,
artigo 165)

Na EFD-Contribuições, as operações geradoras de crédito precisam ser vinculadas às receitas de naturezas diversas, decorrentes de: (Guia Prático da EFD-
Contribuições - Versão 1.35, Atualização em 18.06.2021, p. 295 e 329; Instrução Normativa RFB n° 1.009/2010, Anexos II e III) 
ASSUNTOS DIVERSOS
Boletim Imposto de Renda n° 02 - 2ª Quinzena. Publicado em: 17/01/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

a) operações tributadas no mercado interno: trata-se dos créditos escriturados com os CSTs de entrada entre 50 e 67 e vinculados à receita com CST 01, CST
02 e CST 03. Nos registros M100 (crédito de PIS do Período de Apuração) e M500 (crédito de Cofins do Período de Apuração), o tipo de crédito indicado será
compatível com o Grupo 100 - códigos vinculados à receita tributada no mercado interno na tabela 4.3.6 do Sped;

b) operações não tributadas no mercado interno: trata-se dos créditos escriturados com os CSTs de entrada entre 50 e 67 e vinculados ao CST 06 de alíquota
zero; ou CST 07 de isenção; ou CST 08 de sem incidência ou CST 09 de suspensão. Nos registros M100 (crédito de PIS do PA) e M500 (crédito de Cofins do
PA), o tipo de crédito indicado será compatível com o Grupo 200 - códigos vinculados à receita não tributada no mercado interno na tabela 4.3.6 do Sped); e

c) operações de exportação: trata-se dos créditos escriturados com os CSTs de entrada entre 50 e 67 e vinculados ao CST 08 de sem incidência. Nos
registros M100 (crédito de PIS do PA) e M500 (crédito de Cofins do PA), o tipo de crédito indicado será compatível com o Grupo 300 - códigos vinculados à
receita de exportação na tabela 4.3.6 do Sped).

Isso significa que, mesmo a partir de 01.04.2023, no ato da compra ou apropriação do gasto gerador do crédito, a empresa beneficiada pelo Perse poderá
apropriar créditos normalmente (rateando entre os grupos 100, 200 e 300), com base nos critérios dispostos no artigo 3° das Leis n° 10.637/2002 e n°
10.833/2003, e esses créditos serão naturalmente compensados no próprio mês com os valores devidos de PIS/Pasep e Cofins.

Porém, o crédito vinculado à receita desonerada pelo Perse (grupo 200, com os CSTs de entrada classificados como 51, 53, 55, 56, 61, 63, 65 e 66), que não
for utilizado no período de apuração para desconto do PIS/Pasep e Cofins devidos no regime não cumulativo, deverá ser estornado a partir da nova regra, ou
seja, não poderá ser mantido para compensação com o devido nos meses posteriores e nem mesmo para ressarcimento via PER/DCOMP.

3.5. Retenções federais


Na Lei n° 14.148/2021, em sua redação original, não havia previsão quanto às retenções na fonte.

No entanto, a partir de 21.12.2022 a Medida Provisória n° 1.147/2022 acrescentou o § 3° ao artigo 4° da Lei n° 14.148/2021, de modo que ficam dispensadas
as retenções na fonte de IR e das contribuições sociais para o PIS/Pasep, Cofins e CSLL, quando o pagamento ou crédito se referir a receitas desoneradas.

Logo, os prestadores de serviços ou vendedores de bens sujeitos à alíquota zero de IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, pelo artigo 4° da Lei n° 14.148/2021, não
devem sofrer a retenção desses tributos sobre as notas emitidas e/ou os valores recebidos.

Embora a lei não preveja destaque, recomenda-se que o beneficiário das receitas desoneradas pelo Perse apresente no seu documento fiscal a informação
da dispensa combinado com o artigo 4°, § 3° da Lei n° 14.148/2021, evitando assim que o tomador realize indevidamente as retenções.

3.6. Desoneração para pessoas jurídicas novas


Não há no artigo 4° da Lei n° 14.148/2021 e na Instrução Normativa RFB n° 2.114/2022 nenhuma limitação temporal quanto ao uso das alíquotas 0% para os
tributos federais, no sentido de restringir a desoneração pela data de constituição das pessoas jurídicas.

Por outro lado, o artigo 1° da mesma Lei menciona que o propósito do Perse é compensar os efeitos econômicos decorrentes das medidas de isolamento ou
quarentena realizadas para enfrentamento da covid-19, ou seja, para as empresas existentes durante o estado de calamidade pública.

Ao entendimento desta consultoria, as novas empresas, bem como aquelas que incluam algumas das CNAEs ou tenham regularizado sua situação no
Cadastur após 18.03.2022, não podem se beneficiar das medidas de desoneração.

Diante desse impasse, adicionalmente, indica-se consulta à matéria a seguir sobre a interpretação da lei:

INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Solução de Consulta Boletim n° 09/2022

4. TRATAMENTO CONTÁBIL
Uma vez que o artigo 4° da Lei n° 14.148/2021 associa a desoneração ao “resultado auferido pelas pessoas jurídicas de que trata o artigo 2° desta Lei”,
sugere-se que a entidade assuma controles contábeis em contas distintas, que permitam distinguir as “contas de resultado” das atividades vinculadas ao
Perse das demais “contas de resultado”.

Portanto, embora o resultado tenha desoneração tributária, a contabilização da receita bruta ocorre normalmente dentro das respectivas competências.

Outro fator diz respeito ao reconhecimento das desonerações tributárias, como receitas de subvenção governamental nos termos da NBC TG 07. Pelo item
20, uma subvenção governamental, na forma de compensação por gastos ou perdas já incorridos ou para finalidade de dar suporte financeiro imediato à
entidade sem qualquer despesa futura relacionada, deve ser reconhecida como receita no período em que se tornar recebível.

Por não haver nenhuma condição futura vinculada à desoneração tributária (a subvenção não é condicional), admite-se que a receita é reconhecida de
imediato, ou seja, nas competências em que os tributos devidos e registrados no passivo vão deixando de ser arrecadados.


Pelo registro dos tributos como se devidos fossem na mesma competência dos resultados vinculados às atividades de eventos e turismo que as geraram,
exemplifica-se:
ASSUNTOS DIVERSOS
Boletim Imposto de Renda n° 02 - 2ª Quinzena. Publicado em: 17/01/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

D- Contribuição para o PIS/Pasep Sobre Receita Bruta - (Conta de Resultado Redutora da Receita Bruta)
C- Contribuição para o PIS/Pasep a Recolher - (Passivo Circulante)

Imediatamente após o registro do tributo “devido”, registra-se como redução dessa despesa uma receita pela subvenção, fazendo com que seja devidamente
evidenciado na Demonstração de Resultado da empresa em que há um resultado incentivado a compor o desempenho da entidade. (Manual de
Contabilidade Societária - Fipecafi 2018, item 22.5.8)

D- Contribuição para o PIS/Pasep a Recolher - (Passivo Circulante)


C- Doações e Subvenções para Custeio - (Conta de Resultado)

Os registros acima são interpretações contábeis, não há todavia nenhuma orientação oficial nesse aspecto.

Autor: Equipe Técnica Econet Editora

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