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de Abreu Ribeiro
Ficha 1
1. Introdução
PIB = C + I + G + NX
Investimentos Privados
Estoque de capital é o valor de todos os bens que proporcionarão serviços úteis no futuro.
Investimento privado é o incremento do estoque de capital de um país durante um ano.
Construção residencial
Embora a maioria dos imóveis novos se destine a aquisição por famílias e, por isso, possa ser
considerada um gasto em consumo, todos eles são considerados, na realidade, um gasto em
investimento. Isso porque os imóveis residenciais constituem uma parte importante do estoque de
capital de um pais, pois continuarão proporcionando serviços no futuro. Portanto, se querem que
a medição do gasto em investimento privado corresponda ao incremento do estoque de capital do
país, precisamos incluir no investimento essa importante categoria da formação de capital.
Variação de estoque
Os estoques são os bens produzidos que ainda não foram vendidos. Incluem os bens estocados
nas prateleiras das lojas e nos armazéns, os bens que se encontram em processo de produção nas
fábricas e as matérias primas que ainda serão utilizadas. No cálculo do PIB, a variação dos
estoques das empresas é contabilizada como parte do investimento, pois, quando os bens são
produzidos, mas não vendidos durante o ano, terminam entre os bens inventariados pelas
empresas.
O gasto público inclui: 1) as compras feitas pelos distintos níveis da administração pública. 2) os
bens (automóveis, material de escritório, imóveis) e os serviços, como aqueles prestado pelos
deputados ou pela polícia.
NX = X – M
Quando uma empresa vende produtos a um país estrangeiro, esses produtos são considerados
bens finais, mesmo que na realidade sejam bens intermediários, pois, mesmo sendo de produção,
sua transformação posterior não repercutirá na economia do pais de origem.
Assim, de tudo isso se depreende que, para calcular o PIB pelo método do dispêndio, soma-se o
valor dos bens e serviços que cada um dos distintos usuários finais adquire.
A soma de todos os gastos em bens e serviços realizados pelos diferentes agentes económicos, ou
seja, os consumidores (c) , as empresas (I), o sector publico (G) e o sector externo (NX), é o PIB
a preços de mercado (PIBpm).
PIBpm = C + I + G + NX
Além do método do dispêndio, há outras formas de calcular o PIB: uma é a do valor agregado, a
outra é a do custo de produção.
Um método alternativo ao custo dos factores para calcular o PIB parte do conceito de valor
agregado e da distinção entre bens intermediários e bens finais. Por esse método, obtêm-se o PIB
somando o custo de produção dos bens e serviços finais ou, o que da no mesmo, o valor agregado
gerado por todas as actividades produtivas realizadas em determinado pais.
Valor agregado é a diferença entre o preço de venda de um bem, sem levar em conta os impostos
indirectos, e o custo dos bens intermediários adquiridos para a sua produção.
Para uma empresa, o valor agregado é a receita auferida por meio das vendas menos o custo dos
bens intermediários adquiridos.
Para obter o PIB pelo método da receita, renda ou custo de factores, temos de somar as receitas
ou rendas auferidas pelas economias domésticas em troca de seu aporte de factores ou recursos ao
processo produtivo.
Sob esse enfoque, o PIB deve ser igual ao custo total dos factores pago por todas as empresas na
economia. Analogicamente, pode-se calcula-lo somando todas as receitas (salários, alugueis,
juros e lucros) obtidas por todas as famílias da economia.
Este método evidencia uma importante realidade da macroeconomia: o PIB (a produção total de
uma economia) é igual a renda gerada nessa mesma economia.
1.3. Equivalência dos dois factores
Se pretendemos medir PIB como um fluxo de produtos finais, isto é, segundo o enfoque do
dispêndio, devemos considerar o que as famílias consomem ao ano de bens e serviços finais. Para
valorar os diferentes bens e serviços, utilizamos os preços de mercado.
Se, alternativamente, preferimos calcular o PIB segundo o enfoque das receitas ou dos custos,
devemos considerar todos os custos das empresas, isto é, os salários pagos aos trabalhadores, os
alugueis pagos aos proprietários dos imóveis e dos terrenos, os lucros pagos ao capital.
Logicamente, o que é um custo para uma empresa será a receita auferida por uma família. O
fluxo anual dessas receitas nos permite obter o PIB, que também expressa os custos de produção
dos bens finais da economia.
+ +
Gasto Publico (G) Impostos indirectos
+ +
Exportações Liquidas (NX) Depreciação ou Amortização
+
Lucros
Levando em conta os impostos e os subsídios, o PIB a preços de mercado, obtido a partir do PIB
a custo de factores, é expresso:
PIBpm = PIB + Ti – S
O PIB a preços correntes é medido pelos preços existentes quando se realiza a produção,
enquanto o PIB a preços constantes é medido pelos preços de um ano base específico.
Como os preços dos diferentes bens variam em diferentes proporções, tentamos sempre
estabelecer uma variação “ Geral” de preços. Para tanto, recorremos aos índices de preços.
Índices de preços são medias ponderadas dos preços de cada período nos quais cada bem ou
serviço é valorado, de acordo com o seu peso ou importância para o produto total.
O índice de preço ao consumidor é uma medida dos preços agregados, calculada como uma
media ponderada dos bens de consumo finais. O gasto da família medida em cada bem constitui a
ponderação utilizada.
Apresentamos a evolução dos preços durante três anos, definida como a diferença entre o preço
em 31 de Dezembro do ano anterior e o preço em 31 de Dezembro do ano actual.
No caso em questão, o mês de Dezembro de 2004 é o que se toma como período base para o
cálculo do índice do IPC.
1. Mede-se o preço de cada bem ou serviço em todos anos para os quais se pretende calcular
o IPC.
2. Escolhe-se um ano como base e calcula-se, para esse, a percentagem do gasto da família
media em cada bem.
3. Calcula-se o IPC como uma media ponderada dos quocientes para cada produto, entre o
preço no ano em questão e o preço no ano base.
Como o ano 2004 foi tomado como base, o índice de preços ao consumidor nesse ano assume o
valor de 100.
Desses dados deduzimos que os preços, medidos pelo IPC, aumentaram 13,97 por cento entre
2004 e 2005 e 55,17 por cento em 2006. Como durante os dois anos os preços subiram, dizemos
que houve inflação.
Produzido por:
Ivandro Gilberto de Abreu Ribeiro
Fevereiro de 2023