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23/05/2023, 10:07 ICMS/NACIONAL - SUBSTITUIÇÃO DO CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e) - Alterações promovidas pelo Ajuste SINIEF nº 31/2022

ICMS/NACIONAL
Boletim ICMS n° 08 - 2ª Quinzena. Publicado em: 25/04/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

SUBSTITUIÇÃO DO CONHECIMENTO DE TRANSPORTE


ELETRÔNICO (CT-E)
Alterações promovidas pelo Ajuste SINIEF n° 31/2022

Roteiro 

1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
2.1. Tomador de serviço
2.2. Contribuinte do ICMS
2.3. Não contribuinte do ICMS
2.4. Evento
3. FATO GERADOR DO ICMS
4. CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e)
5. ANULAÇÃO DE VALORES X SUBSTITUIÇÃO DO CT-e
6. REGISTRO DE EVENTO – PRESTAÇÃO EM DESACORDO
6.1. Prazo para registro de evento – prestação de serviço em desacordo
6.2. Cancelamento do evento de prestação de serviço em desacordo indevido
7. CT-e DE SUBSTITUIÇÃO
7.1. Prazo para emissão do CT-e de substituição
8. CANCELAMENTO CT-e SUBSTITUTO
9. CRÉDITO ICMS – PRESTADOR DE SERVIÇO
10. LANÇAMENTO NA ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD)
10.1. CT-e original prestador de serviço
10.2. CT-e substituto prestador de serviço
10.3. CT-e substituto tomador do serviço
11. SIMPLES NACIONAL
12. MANIFESTAÇÃO DOS ESTADOS

1. INTRODUÇÃO
Nesta matéria, serão abordadas as alterações trazidas do Ajuste SINIEF n° 31/2022 para o Ajuste SINIEF n° 09/2007, acerca da substituição do
Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), após o início da prestação de serviço de transporte intermunicipal e interestadual rodoviário de cargas,
quando acontecem erros na emissão do CT-e original que não podem ser alterados por Carta de Correção Eletrônica (CC-e) ou por documento complementar,
inclusive em relação ao tomador do serviço de transporte informado erroneamente no CT-e original.

Salienta-se que as referidas alterações entraram em vigência a partir de 03/04/2023, conforme disposto na Cláusula quarta, inciso II do Ajuste SINIEF n°
31/2022.

2. CONCEITO
Para prosseguir com a matéria, primeiramente, faz-se necessária a conceituação de alguns termos que serão utilizados, explanados nos subtópicos a seguir.

2.1. Tomador de serviço


Conforme o artigo 58-A, inciso III do Convênio SINIEF n° 006/1989, o tomador do serviço de transporte é a pessoa física ou jurídica, que consta no contrato
de prestação de serviço de transporte como responsável pelo seu pagamento, podendo ser o remetente, o destinatário ou um terceiro interveniente.

2.2. Contribuinte do ICMS


Pode ser considerada contribuinte do ICMS qualquer pessoa física ou jurídica que realize operações de circulação de mercadoria ou prestação de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal, com habitualidade ou volume que caracterize intuito comercial, conforme o artigo 4° da Lei Complementar n°
87/96.

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2.3. Não contribuinte do ICMS


Consoante com o artigo 4° da Lei Complementar n° 87/96, conclui-se que não contribuinte do ICMS é a pessoa física ou a pessoa jurídica que não realiza a
operações de circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, com habitualidade ou volume que caracterize
intuito comercial.

2.4. Evento
Conforme o Manual de Orientação do Contribuinte - Visão Geral - Versão 4.0 - fevereiro/2023, o evento é considerado um fato vinculado ao documento fiscal
eletrônico que poderá alterar ou não a condição deste documento.

Nesta matéria, será abordado o evento de desacordo (evento XV) do CT-e “Prestação de serviço em desacordo com o informado no CT-e”, que é a
manifestação do tomador de serviço de transporte declarando que a prestação descrita do CT-e não foi descrita como acordado, conforme disposto na
Cláusula décima oitava-A, § 1°, inciso XV do Ajuste SINIEF n° 09/2007.

3. FATO GERADOR DO ICMS


O fato gerador do ICMS ocorre no início da prestação de serviço de transporte intermunicipal (início e término da prestação em municípios distintos) e
interestadual (início e término da prestação em estados distintos) de qualquer natureza, conforme determina o artigo 12, inciso V da Lei Complementar n°
87/96.

Assim, o ICMS da prestação de serviço de transporte será devido ao estado onde essa prestação se iniciar.

4. CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e)


Segundo a Cláusula primeira, § 1° do Ajuste SINIEF n° 09/2007, o CT-e é um documento que deverá ser emitido pelo prestador de serviço, antes do início da
prestação de serviço rodoviário de cargas, internacional, intermunicipal ou interestadual, sendo que sua validade jurídica é assegurada pela assinatura
eletrônica do prestador de serviço, bem como pela autorização de uso deferida pela Administração Tributária do Estado em que o prestador de serviço está
localizado.

5. ANULAÇÃO DE VALORES X SUBSTITUIÇÃO DO CT-e


Antes das alterações trazidas pelo Ajuste SINIEF n° 31/2022 ao Ajuste SINIEF n° 09/2007, caso o prestador de serviço de transporte verifique, após o início
dessa prestação, que no CT-e foi emitido um valor superior ao devido, não podendo este ser corrigido por meio de CC-e, seria realizada a anulação de valores,
sendo que, para a correção do CT-e original, conforme a condição do tomador de serviço, contribuinte ou não do ICMS, deveriam ser realizados os seguintes
procedimentos:

a) tomador contribuinte do ICMS;

Para correção da prestação de serviço de transporte tomado, o tomador contribuinte do ICMS possuía a opção de emitir uma NF-e de anulação de valores,
sendo que, após a sua emissão, o prestador de serviço emitiria um CT-e substituto, ou a opção de efetuar o registro de evento de desacordo (evento XV) e,
posteriormente, o prestador de serviço de transporte emitiria o CT-e de anulação e o CT-e substituto.

b) tomador não contribuinte do ICMS.

Nesse caso, para o tomador não contribuinte do ICMS, haveria a previsão de realização da emissão de uma declaração com os dados do CT-e original
emitido erroneamente, devendo ser consignado nessa declaração o motivo do erro, para ser entregue ao prestador de serviço; ou então, poderia ser efetuado
o registro de evento de desacordo (evento XV) e, em ambos os casos, posteriormente, o prestador de serviço emitiria o CT-e de anulação e o CT-e substituto.

Com o intuito de simplificar a correção do CT-e original emitido com valor a maior, com a nova redação das Cláusulas décima sétima e décima sétima-A,
ambas do Ajuste SINIEF n° 09/2007 pelo Ajuste SINIEF n° 31/2022, não serão mais necessárias as realizações dos procedimentos mencionados.

Assim, independentemente de o tomador do serviço ser ou não contribuinte do ICMS, será realizado o registro de evento de desacordo (evento XV) e,
posteriormente, será efetuada somente a emissão do CT-e substituto pelo prestador de serviço.

Já no caso em que o tomador do serviço informado erroneamente no CT-e, independentemente de o tomador do serviço ser contribuinte do ICMS,
anteriormente, ou não, fazia-se necessário o registro de evento de desacordo (evento XV) e, posteriormente, o prestador do serviço emitiria o CT-e de
anulação e o CT-e substituto.

Com as novas alterações, também não será mais necessária a realização dos procedimentos mencionados.

Assim, será devido somente o registro de evento de desacordo (evento XV) pelo tomador do serviço e, posteriormente, será feita a emissão do CT-e
substituto pelo prestador de serviço.

Por fim, não haverá mais o procedimento de anulação do CT-e, mas, sim, o procedimento de substituição do CT-e. 

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6. REGISTRO DE EVENTO – PRESTAÇÃO EM DESACORDO


Para a correção do CT-e emitido com valor errôneo ou CT-e com a informação errada sobre o tomador, independentemente de esse tomador ser contribuinte
do ICMS ou não, deverá ser realizado o registro de evento de desacordo (evento XV), conforme determina a Cláusula décima sétima, inciso III, alínea “a”,
Cláusula décima sétima-A, inciso I e Cláusula décima oitava-A, § 1° inciso XV do Ajuste SINIEF n° 09/2007.

Somente o tomador do serviço informado no CT-e original poderá realizar o registro de evento de desacordo (evento XV) e, caso outra pessoa física ou
jurídica tentar efetuar o referido registro, aparecerá a rejeição 755 “Autor do evento prestação do serviço em desacordo deve ser o tomador do serviço do CT-
e”, conforme consta no Manual de Orientação do Contribuinte - Visão Geral - Versão 4.0 - fevereiro/2023.

O registro de evento de desacordo (evento XV) poderá ser realizado por meio do aplicativo disponibilizado pela SEFAZ no Portal do Conhecimento de
Transporte Eletrônico – SVRS.

Conforme as informações constantes no referido Portal, bem como no Manual de Orientação do Contribuinte - Visão Geral - Versão 4.0 - fevereiro/2023, se o
tomador do serviço for uma pessoa jurídica, o acesso ao aplicativo e à assinatura do evento será por meio de um certificado digital que contenha o CNPJ
base do tomador do serviço do CT-e; mas, se o tomador de serviço for pessoa física, o acesso se dará por meio de login realizado na plataforma gov.com, e
assinado com o CNPJ da SEFAZ Virtual RS.

O registro de evento em desacordo (evento XV) poderá ser realizado por meio da ferramenta “EcoDF-e”, disponibilizada pela Econet.

6.1. Prazo para registro de evento – prestação de serviço em desacordo


Segundo a Cláusula décima sétima, § 6° e a Cláusula décima sétima-A, § 4°, ambas do Ajuste SINIEF n° 09/2007, o prazo para que o tomador do serviço de
transporte realize o registro de evento de desacordo (evento XV) da prestação de serviço é de 45 dias contados da data de autorização do CT-e original.

Após o prazo mencionado, não será possível a realização do registro de evento em desacordo, e, ao tentar realizá-lo, aparecerá a rejeição 787 “Data do
evento da prestação de serviço em desacordo deve ocorrer em até 45 dias da data da autorização do CT-e”, conforme é possível verificar no Manual de
Orientação do Contribuinte - Visão Geral - Versão 4.0 - fevereiro/2023.

Por exemplo, no caso do CT-e original emitido em 01/04/2023 o evento de desacordo deverá ser realizado até 16/05/2023. No entanto, se for preciso fazer a
regularização desse CT-e após essa data, ou seja, a partir de 17/05/2023, sugere-se que seja protocolizado junto à Administração Fazendária de
circunscrição do prestador de serviço, por meio de uma denúncia espontânea, e que se aguarde as orientações do fisco estadual, em consoante com o artigo
138 da Lei n° 5.172/1966 (Código Tributário Nacional).

6.2. Cancelamento do evento de prestação de serviço em desacordo indevido


Embora não esteja na legislação, verifica-se no Manual de Orientação do Contribuinte - Visão Geral - Versão 4.0 - fevereiro/2023 que, se por ventura, o
tomador do serviço informar indevidamente o evento de desacordo (evento XV), ele poderá cancelar esse evento, por meio do “cancelamento do evento de
prestação de serviço em desacordo”.

Para a realização do cancelamento do evento de desacordo (evento XV), deverão ser adotados os mesmos procedimentos abordados no tópico 6 desta
matéria.

Salienta-se que, se o prestador de serviço de transporte já tiver emitido o CT-e de substituição, o cancelamento do evento de desacordo (evento XV) não
poderá ser feito, conforme disposto no Manual de Orientação do Contribuinte - Visão Geral - Versão 4.0 - fevereiro/2023.

7. CT-e DE SUBSTITUIÇÃO
Conforme a Cláusula décima sétima, inciso III, alínea “c” e a Cláusula décima sétima-A, inciso III, ambas do Ajuste SINIEF n° 09/2007, após o registro de
evento de desacordo (evento XV) realizado pelo tomador de serviço de transporte, o prestador de serviço deverá realizar a emissão do CT-e substituto,

citando o CT-e emitido com erro e consignando a seguinte expressão: “Este documento substitui o CT-e ‘número’ de ‘data’ em virtude de ‘tomador informado
erroneamente’; ou substituição de valores”, conforme o caso.

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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

Embora não esteja expresso na legislação, consoante com o artigo 5° do Convênio s/n° de 1970, orienta-se, especialmente, que o CT-e substituto seja
emitido com as seguintes informações:

a) tipo do CT-e: opção 3 “CT-e de substituição”;

b) tomador: no caso de erro não vinculado ao tomador, serão informados os dados do tomador do CT-e original; e, no caso de erro vinculado à identificação
do tomador do CT-e original, serão informados os dados corretos do tomador;

c) emitente: os dados do prestador de serviço, emitente do CT-e original/CT-e substituto;

d) CFOP: em regra, será o mesmo do CT-e original, ou seja, dependerá da condição do tomador do serviço, como os CFOPs 5.353/6.353 “Prestação de
serviço de transporte a estabelecimento comercial”, e os 5.352/6.352 “Prestação de serviço de transporte a estabelecimento industrial” etc.;

e) CST: de acordo com a tributação da prestação, sendo, em regra, o mesmo CST do CT-e original;

f) base de cálculo e valor do ICMS: os valores corretos que deveriam constar no CT-e original;

7.1. Prazo para emissão do CT-e de substituição


A emissão do CT-e substituto deverá ser realizada no prazo de 60 dias a partir da data da autorização de uso do CT-e original que será corrigido, conforme
disposto na Cláusula décima sétima, § 5° e na Cláusula décima sétima-A, § 5°, ambas do Ajuste SINIEF n° 09/2007. Após esse prazo, não será possível a
realização da emissão do CT-e substituto.

Por exemplo, no caso do CT-e original emitido em 01/04/2023 o evento de desacordo deverá ser realizado até 16/05/2023. No entanto, se for preciso fazer a
regularização desse CT-e após essa data, ou seja, a partir de 17/05/2023, sugere-se que seja protocolizado junto à Administração Fazendária de
circunscrição do prestador de serviço, por meio de uma denúncia espontânea, e que se aguarde as orientações do fisco estadual, em consoante com o artigo
138 da Lei n° 5.172/1966 (Código Tributário Nacional).

8. CANCELAMENTO DO CT-e SUBSTITUTO


Conforme a Cláusula décima sétima, § 4°, e a Cláusula décima sétima-A, § 3°, ambas do Ajuste SINIEF n° 09/2007, o prestador de serviço de transporte
deverá se atentar ao realizar a emissão do CT-e substituto, visto que, para cada CT-e original com erro, é possível emitir apenas um CT-e substituto, e, após
isso, não poderá ser feito o cancelamento do CT-e substituto e do CT-e original.

Em conformidade com o Manual de Orientação do Contribuinte - Visão Geral - Versão 4.0 - fevereiro/2023, temos as seguintes rejeições ao cancelamento do
CT-e:

a) “Rejeição 574: Vedado o cancelamento de CT-e do tipo substituição (tipo=3)” – Indicando que não é possível cancelar um CT-e substituto; e

b) “Rejeição 576: Vedado o cancelamento se possuir CT-e de Substituição associado” – Indicando que não é possível cancelar um CT-e normal, caso este
possua um CT-e substituto vinculado.

9. CRÉDITO ICMS – PRESTADOR DE SERVIÇO


Na Cláusula décima sétima, § 1° e na Cláusula décima sétima-A, § 1°, ambas do Ajuste SINIEF n° 009/2007, somente após a emissão do CT-e substituto, o
prestador de serviço poderá se apropriar de possível crédito de ICMS vinculado à substituição do CT-e original.

Salienta-se que, visto que o ICMS é um imposto estadual, conforme disposto no artigo 155, inciso II da Constituição Federal de 1988, o contribuinte deverá
verificar os procedimentos para a apropriação de crédito de ICMS vinculado à substituição do CT-e, junto à Unidade da Federação de sua circunscrição.

10. LANÇAMENTO NA ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD)


Os contribuintes optantes pelo regime normal de tributação ou que, mesmo não estando obrigados, optaram por realizar a entrega da Escrituração Fiscal
Digital (EFD) efetuarão a entrega dessa EFD, conforme disposto na Cláusula terceira, § 2° do Ajuste SINIEF n° 002/2009.

O Ajuste SINIEF n° 09/2007 não traz disposições específicas quanto à escrituração. Dessa forma, nos subtópicos a seguir, serão indicadas as orientações
que seguem as regras gerais.

10.1. CT-e original prestador do serviço


Em conformidade com o Guia Prático da EFD, o prestador de serviço de transporte deverá informar os seguintes registros:

a) D100: refere-se ao registro do CT-e, sendo preenchido especificamente os campos 19 VL_BC_ICMS (base de cálculo do ICMS) e 20 VL_ICMS (valor do
ICMS);

b) D190: trata-se do registro analítico do CT-e, o qual tem por objetivo realizar a totalização de CST, CFOP e alíquota do ICMS.

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10.2. CT-e substituto prestador de serviço


De acordo com o Guia Prático da EFD, o prestador de serviço de transporte deverá informar os seguintes registros:

a) D100: refere-se ao registro do CT-e, sendo preenchido especificamente os campos 19 VL_BC_ICMS (base de cálculo do ICMS) e 20 VL_ICMS (valor do
ICMS);

b) D190: trata-se do registro analítico do CT-e, o qual tem por objetivo realizar a totalização de CST, CFOP e alíquota do ICMS.

c) 0450: refere-se à tabela de Informação Complementar do documento fiscal, sendo informado no campo 03 TXT “Este documento substitui o CT-e ‘número’
de ‘data’ em virtude de ‘tomador informado erroneamente’; ou substituição de valores”, conforme o caso.

d) 0460: trata-se da tabela de observações do documento fiscal: no campo 02 “COD_OBS”, será informado o código da observação criado no Registro 0450.

10.3. CT-e substituto tomador do serviço


Segundo o Guia Prático da EFD, o tomador do serviço de transporte deverá informar os seguintes registros:

a) D100: refere-se ao registro do CT-e, sendo preenchidos os campos 19 VL_BC_ICMS (base de cálculo do ICMS) e 20 VL_ICMS (valor do ICMS) somente se o
tomador do serviço possuir direito a crédito de ICMS da prestação de serviço tomado.

b) D190: trata-se do registro analítico do CT-e, o qual tem por objetivo realizar a totalização de CST, CFOP e alíquota do ICMS.

c) 0450: refere-se à tabela de Informação Complementar do documento fiscal, sendo informada no campo 03 TXT “Este documento substitui o CT-e ‘número’
de ‘data’ em virtude de ‘tomador informado erroneamente’; ou substituição de valores”, conforme o caso.

d) 0460: trata-se da tabela de observações do documento fiscal: no campo 02 “COD_OBS”, será informado o código da observação criado no Registro 0450.

Considerando a ocorrência de destaque do imposto no CT-e original que será substituído, presume-se que haverá o estorno do débito referente ao CT-e
original. Entretanto, a legislação nacional não dispõe sobre esse ajuste, por isso, orienta-se que o contribuinte consulte a legislação de seu estado para
verificar tal situação.

11. SIMPLES NACIONAL


Os procedimentos explanados nesta matéria, aplicam-se inclusive ao prestador de serviço de transporte optante pelo regime do Simples Nacional.

Contudo, a tributação do ICMS ocorrerá no PGDAS-D conforme a receita bruta auferida (regime de competência) ou recebida (regime de caixa), segundo a
opção realizada pelo contribuinte, de acordo com o artigo 16 da Resolução CGSN n° 140/2018.

Ressalta-se que eventual direito à compensação do ICMS recolhido indevidamente ou a maior – devido à emissão errônea do CT-e original – deverá ser
respeitado por meio do aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, conforme disposto no artigo 131 da Resolução CGSN n° 140/2018.

Com relação aos procedimentos para compensação do ICMS, mais informações poderão ser verificadas no Manual da Compensação – Simples Nacional.

12. MANIFESTAÇÃO DOS ESTADOS


Mesmo que na Unidade da Federação não tenha ocorrido a regulamentação do Ajuste SINIEF n° 31/2022, os novos procedimentos previstos para a correção
de CT-e deverão ser adotados pelo prestador e tomador do serviço, visto que as determinações contidas nos Ajustes SINIEF possuem ratificação tácita no
caso de falta de manifestação que deverá ser feita no prazo de 15 dias a partir da sua publicação, conforme o artigo 36 do Convênio ICMS n° 133/1997.

Autor: Equipe Técnica Econet Editora

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