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IVA

Legislação Avulsa
Índice
Assunto Páginas

Aplicação das taxas de IVA nas Regiões Autónomas – Decreto-Lei n.º 347/85, de 23-08 Revogado em 2022 8

Comunicação dos elementos das faturas – Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24-08 40

Conceito amostras e ofertas de pequeno valor – Portaria n.º 497/2008, de 24-06 38

Declaração periódica de IVA, anexo R e anexos das regularizações dos campos 40 e 41 45

Faturas emitidas por via eletrónica - condições 42

Isenção n.º 20 do art.º 9.º do CIVA – Despacho Normativo n.º 118/85, de 31-12 28

Isenção IVA transmissões bens bagagem pessoal para fora União Europeia - Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14-02 55

Isenção IVA nas vendas mercadorias efectuadas a exportadores nacionais – Decreto-Lei n.º 198/90, de 19-06 37

Lei da Liberdade Religiosa – Lei n.º 16/2001, de 22-06 38

Pagamento IVA nas importações através DP - Opção n.º 8 do artigo 27.º do CIVA – Portaria 215/2017, de 20.07 55

Reembolsos – Regime Normal – Obrigações declarativas – Despacho Normativo n.º 18-A/2010, de 01-07 22

Reembolsos a não residentes – Decreto-Lei 186/2009, 12-08 33

Regime Bens em Circulação objecto de transacções entre sujeitos passivos de IVA 8

Regime de Cobrança e Reembolsos do IVA 16

Regime de substituição da responsabilidade pela entrega do imposto 1

Regime especial de IVA de Caixa 43

Regime especial de tributação das agências de viagens e organizadores de circuitos turísticos 7

Regime especial de tributação das vendas de peixe, crustáceos e moluscos efectuadas pelas lotas 1

Regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objectos de arte, de colecção e antiguidades 4

Regime especial de tributação dos tabacos manufacturados 1

Regime especial do ouro para investimento 2

Regime especial para sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-membro de consumo ou não estabelecidos na
Comunidade que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão e serviços prestados por via electrónica a 20

não pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas na Comunidade.

Renuncia à isenção na venda/arrendamento imóveis 28

Requisitos das faturas e documentos equivalentes – art.º 5.º Decreto-Lei n.º 198/90, de 19-06 36

Restituição à Igreja Católica e IPSS – Decreto-Lei n.º 20/90, de 13/01 – Tacitamente Revogado 30

Restituição às IPSS, às Forças Armadas, às forças e serviços de segurança e aos bombeiros – DL 84/2017, de 21/07 32

Regimes especiais do IVA aplicáveis aos sujeitos passivos que prestem serviços a pessoas que não sejam sujeitos
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passivos, efetuem vendas à distância e determinadas transmissões internas de bens –L 47/2020, de 24/08

Francisco Carlos Dias outubro 2023


IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Regime especial de tributação dos tabacos manufacturados (DL 346/85, 23-08)


Artigo 1.º
1 - Nas transmissões de tabacos manufacturados, o imposto sobre o valor acrescentado é devido à saída do local de produção pelos
respectivos produtores, no caso de importação, pelos importadores e nas aquisições intracomunitárias, pelos respectivos adquirentes, com
base no preço de venda ao público.
2 – Não obstante o disposto no número anterior, no caso de tabacos manufacturados sujeitos ao regime de entreposto não aduaneiro, a
que se refere o n.º 1 do artigo 15º do Código do IVA, o imposto é devido à saída desse regime pelo depositário autorizado referido no
Decreto-Lei n.º 52/93, de 26 de Fevereiro, com base no preço de venda ao público (Lei n.º 10-B/96, de 23 de Março (OE).
Artigo 2.º
1 - Os revendedores dos bens referidos no presente diploma não entregarão qualquer imposto ao Estado relativamente às transmissões
dos mesmos bens, devendo, porém, registar separadamente as respectivas aquisições e vendas.
2 – Os revendedores não poderão, porém, deduzir o imposto contido no preço desses bens, sem prejuízo do direito à dedução que lhes
couber, nos termos gerais do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, relativamente às restantes despesas.
Artigo 3.º
O valor das operações a que se refere o presente diploma não será tomado em consideração para efeitos da aplicação aos respectivos
revendedores dos artigos 40º, 53º, 60º e 73º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
Artigo 4.º
A disciplina geral do IVA será aplicável às transmissões referidas neste diploma, na medida em que não se revelar contrária à presente
regulamentação (Decl. rect. publicada no Decreto Regulamentar n.º 286/85, de 12 de Dezembro).

Regime especial de tributação das vendas de peixe, crustáceos e moluscos efectuadas pelas lotas
(DL 122/88, 20-Abr)
Artigo 9.º
1 – O IVA correspondente às vendas de peixe, crustáceos e moluscos efectuadas pelas lotas será por estas entregue ao Estado, em
substituição dos pescadores ou armadores por conta de quem as vendas são efectuadas.
2 – A liquidação efectuada pelas lotas nos termos do número anterior não impedirá o exercício do direito à dedução do imposto
suportado a montante, por parte dos pescadores e armadores.
3 – O valor das operações a que se refere o presente artigo não será tomado em consideração para efeitos de aplicação aos pescadores e
armadores do disposto nos artigos 40º, 53º, 60º e 73º do CIVA.

Regime de substituição da responsabilidade pela entrega do imposto


(DL 122/88, 20-Abr)
Artigo 10º
1 – As empresas que o requeiram ao Ministro das Finanças poderão entregar todo o IVA correspondente ao preço de venda ao público
dos seus produtos, em substituição dos respectivos revendedores directos, desde que respeitem as seguintes condições:
a) A totalidade do seu volume de negócios derive de vendas ao domicílio por revendedores agindo em nome e por conta própria;
b) Existam e sejam cumpridas tabelas de venda ao público quanto a todos os seus produtos.
2 – Os revendedores dos bens referidos no presente artigo não entregarão qualquer imposto ao Estado relativamente às transmissões dos
mesmos bens, devendo, porém, registar separadamente as respectivas aquisições e vendas.
3 – Os revendedores não poderão porém, deduzir o imposto contido no preço desses bens, sem prejuízo do direito à dedução que lhes
couber, nos termos gerais do CIVA, relativamente às restantes despesas.
4 – O valor das vendas a que se refere o presente artigo não será tomado em consideração para efeitos da aplicação aos respectivos
revendedores dos artigos 40º, 53º, 60º e 73º do CIVA.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Regime Especial aplicável ao Ouro para Investimento


DL 362/99, de 16.09
ARTIGO 1.º - Âmbito
O regime especial aplica-se às operações sobre ouro para investimento.
ARTIGO 2.º - Ouro para investimento
1 - Considera-se ouro para investimento:
a) O ouro sob a forma de barra ou de placa, com pesos aceites pelos mercados de ouro, com um toque igual ou superior a 995 milésimos,
representado ou não por títulos, com excepção das barras ou placas de peso igual ou inferior a 1 g;
b) As moedas de ouro que, cumulativamente preencham os requisitos seguintes:
i) Tenham um toque igual ou superior a 900 milésimos;
ii) Tenham sido cunhadas depois do ano de 1800;
iii) Tenham ou tenham tido curso legal no país de origem;
iv) Sejam habitualmente vendidas a um preço que não exceda em mais de 80% o valor, no mercado livre, do ouro nelas contido.
2 - Para efeitos do presente diploma, considera-se que as moedas que preenchem os requisitos da alínea b) do número anterior não são
transaccionadas pelo seu interesse numismático.
3 - Para efeitos do presente diploma, considera-se que as moedas constantes da lista anual das moedas abrangidas publicada pela
Comissão Europeia preenchem, durante todo o ano para o qual a lista foi publicada, os requisitos exigidos pela alínea b) do n.º 1.
4 - As moedas de ouro que não constem da lista a que se refere o número anterior mas que preencham os requisitos na alínea b) do n.º 1
beneficiam igualmente do disposto no presente diploma.
5 - Para efeitos da alínea a) do n.º 1 consideram-se como pesos aceites pelo mercado as barras ou placas de ouro com as seguintes
unidades e pesos: (Aditado pela Lei n.º 3-B/2000, de 04/04)
Unidade Pesos
Quilograma 12,5/1
Grama 500/250/100/50/20/10/5/2,5/2
Onça (1 onça=31,1035 g) 100/10/5/1/1 /2/1 /4
Tael (1 tael=1,913 onças) 10/5/1
Tola (10 tolas=3,75 onças) 10
ARTIGO 3.º - Isenção
1 - Estão isentas de imposto sobre o valor acrescentado as transmissões, as aquisições intracomunitárias e as importações de ouro para
investimento.
2 Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se ainda transmissões de bens as operações sobre ouro para investimento
representado por certificados de ouro, afectado ou não afectado, ou negociado em contas-ouro, incluindo, nomeadamente, os
empréstimos e swaps de ouro que comportem um direito de propriedade ou de crédito sobre ouro para investimento, bem como as
operações sobre ouro para investimento que envolvam contratos de futuro ou contratos forward que conduzam à transmissão do direito
de propriedade ou de crédito sobre ouro para investimento (Lei n.º 3-B/00, de 04.04).
3 - As operações referidas no número anterior consideram-se localizadas em território nacional quando aqui se encontre o ouro de
investimento a que elas se reportam.
4 - Estão ainda isentas de imposto as prestações de serviços de intermediários que actuam em nome e por conta de outrem quando
intervenham nas operações de ouro para investimento.
ARTIGO 4.º - Definições
Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo anterior considera-se:
a) Ouro afectado, o ouro em barras especificamente atribuídas ao comprador;
b) Ouro não afectado, o direito de saque sobre existências de ouro em barra não especificamente determinado;
c) Certificados de ouro, o ouro representado por títulos que conferem ao respectivo titular um direito de propriedade ou de crédito, sobre
uma quantidade de ouro depositado numa instituição financeira;
d) Contrato de futuro, um contrato estandardizado e negociável em mercado específico institucionalizado de compra ou venda de ouro,
numa data futura, com liquidação nesse activo ou no equivalente em dinheiro, conforme estabelecido no contrato;
e) Contrato forward, um contrato que configura uma obrigação de vender ou comprar uma determinada quantidade de ouro, numa data
certa, a um preço fixado;
f) Swaps, contratos que consistem na troca de direitos de crédito sobre uma determinada quantidade de ouro, numa certa data, revertidos
noutra data certa posterior.
ARTIGO 5.º - Renúncia à isenção
1 - Os sujeitos passivos que produzam ouro para investimento, ou transformem qualquer ouro em ouro para investimento, podem
renunciar à isenção, optando pela aplicação do imposto às transmissões a que se refere o artigo 3.º, desde que o adquirente seja outro
sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do artigo 2.º do Código do IVA, um sujeito passivo registado para efeitos de IVA noutro
Estado membro ou um adquirente de um país não pertencente à Comunidade Europeia.
2 - Os sujeitos passivos não abrangidos pelo disposto no número anterior, que forneçam habitualmente ouro para fins industriais no
quadro da sua actividade profissional, podem igualmente renunciar à isenção, optando pela aplicação do imposto às transmissões de ouro
para investimento, quando o adquirente seja outro sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA,
um sujeito passivo registado para efeitos de IVA noutro Estado membro da Comunidade Europeia ou um adquirente de um país não
pertencente à Comunidade Europeia.
3 - Os intermediários que actuem em nome e por conta de outrem nas transmissões de ouro para investimento podem renunciar à isenção
optando pela aplicação do imposto às suas prestações de serviços, desde que se reportem a transmissões em que tenha havido renúncia à
isenção de imposto, nos termos dos números anteriores.
4 - A renúncia à isenção deve ser exercida caso a caso e a respectiva factura ou documento equivalente, sempre que o adquirente seja
outro sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, deve conter a menção "Regime especial do
ouro - IVA devido pelo adquirente" (Lei n.º 3-B/00, de 04.04).
4 - A renúncia à isenção deve ser exercida caso a caso e a respetiva fatura, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados
na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, deve conter a menção 'IVA - autoliquidação'. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º
197/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/01/2013]
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

ARTIGO 6.º - Dedução do imposto


1 - Os sujeitos passivos que renunciarem à isenção do imposto têm direito à dedução do imposto que tenha incidido sobre os bens ou
serviços adquiridos, importados ou utilizados para a realização dessas operações nos termos do n.º 1 do artigo 20.º do Código do IVA e
do n.º 2 do artigo 19.º do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias de Bens.
2 - A dedução do imposto referida no número anterior deve ser efectuada segundo o método da afectação real previsto no n.º 2 do artigo
23.º do Código do IVA.
3 - As operações relativas ao ouro de investimento, tenha havido ou não renúncia à isenção do imposto, não são consideradas para efeitos
da determinação da percentagem de dedução referida no n.º 4 do artigo 23.º do Código do IVA que seja aplicável a outras operações
desenvolvidas pelo sujeito passivo.
ARTIGO 7.º - Transmissões de ouro sem renúncia à isenção
1 - Os sujeitos passivos que não exerçam a renúncia à isenção do imposto nas transmissões de ouro para investimento expedido ou
transportado para fora do território nacional, com destino a outro Estado membro, ou para um país não pertencente à Comunidade
Europeia, apenas têm direito à dedução do imposto suportado nos termos do artigo 8.º.
2 - As transmissões de ouro para investimento com destino a sujeitos passivos de imposto noutros Estados membros da Comunidade
Europeia, efectuadas nas condições previstas no número anterior, não devem ser incluídas no anexo recapitulativo previsto na alínea c)
do artigo 23.º do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias de Bens.
ARTIGO 8.º - Operações isentas de imposto
Sem prejuízo da aplicação, se for caso disso, do disposto nos n.ºs 1 e 4 do artigo 23.º do Código do IVA, os sujeitos passivos que
efectuem operações isentas de imposto nos termos do artigo 3.º têm direito a deduzir:
a) O imposto devido ou pago sobre o ouro para investimento adquirido a um outro sujeito passivo que tenha exercido a renúncia à
isenção prevista no artigo 5.º;
b) O imposto devido ou pago sobre as aquisições efectuadas no território nacional, as aquisições intracomunitárias e as importações de
ouro que não seja de ouro para investimento que. por si ou em seu nome, seja posteriormente transformado em ouro para investimento;
c) O imposto devido ou pago nas prestações de serviços adquiridas para alterar a forma, o peso ou o toque de ouro para investimento, ou
de ouro que, através dessas operações, seja transformado em ouro para investimento.
ARTIGO 9.º - Produção e transformação de ouro para investimento
Os sujeitos passivos que produzam ou transformem ouro em ouro para investimento, cuja transmissão seja isenta de imposto nos termos
do artigo 3.º, têm direito a deduzir o imposto por eles devido ou pago relativamente à aquisição no território nacional, aquisição
intracomunitária ou importação dos bens ou serviços ligados à produção ou transformação desse ouro.
ARTIGO 10.º - Cumprimento da obrigação
1 - Nas transmissões de ouro para investimento em que tenha sido exercida a renúncia à isenção do imposto prevista no artigo 5.º e nas
transmissões de ouro sob a forma de matéria-prima ou de produtos semitransformados de toque igual ou superior a 325 milésimos, o
pagamento do imposto e demais obrigações decorrentes dessas operações, com excepção das previstas no artigo 12.º, devem ser
cumpridos pelo adquirente quando este seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA,
que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto.
2 - A factura ou documento equivalente das transmissões de ouro sob a forma de matéria-prima ou de produtos semitransformados de
toque igual ou superior a 325 milésimos deve conter expressamente a menção "IVA devido pelo adquirente" quando este seja um sujeito
passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto.
2 - As faturas referentes às transmissões de ouro sob a forma de matéria-prima ou de produtos semitransformados de toque igual ou
superior a 325 milésimos devem conter expressamente a menção 'IVA - autoliquidação', quando o adquirente seja um sujeito passivo dos
mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto. [Redação
dada pelo Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/01/2013]
ARTIGO 11.º - Sujeitos passivos sem ligação ao território nacional
Os sujeitos passivos que não possuam em território nacional a sede da sua actividade, estabelecimento estável ou domicílio, nem se
encontrem registados para efeitos de IVA em Portugal, e que efectuem transmissões de ouro de investimento isentas de imposto nos
termos do artigo 3.º estão dispensados de efectuar o registo para efeitos de IVA e da entrega da declaração de imposto desde que não se
encontrem obrigados ao cumprimento do disposto no artigo 12.º
ARTIGO 12.º - Registo de operações
1 - Os sujeitos passivos que efectuem operações abrangidas no âmbito deste diploma devem possuir um registo com a identificação de
cada cliente com quem realizem operações de montante igual ou superior a 2 500 000$, ainda que não se encontrem obrigados ao
pagamento do imposto nos termos do artigo 10.º.
1 — Os sujeitos passivos que efetuem operações abrangidas no âmbito do presente diploma devem possuir um registo com a
identificação de cada cliente com quem realizem operações de montante igual ou superior a € 3000, ainda que não se encontrem
obrigados ao pagamento do imposto nos termos do artigo 10.º. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro – OE]
2 - Se o montante a que se refere o número anterior não for conhecido no momento do início da operação o sujeito passivo deve proceder
à identificação do cliente logo que aquele montante seja atingido.
3 - Os sujeitos passivos devem igualmente identificar no registo referido nos números anteriores os representantes legais dos seus
clientes.
4 - Os sujeitos passivos devem ainda manter a contabilidade de todas as operações a que se referem os números anteriores e conservar
cópia ou referências dos documentos comprovativos da identificação durante um período de cinco anos após o termo das operações.
ARTIGO 13.º - Regime subsidiário
Em tudo o que não se revelar contrário ao disposto no presente regime especial aplicam-se as disposições do Código do IVA e do
Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias de Bens.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Regime Especial de Tributação dos Bens em 2ª Mão Objectos de Arte, de Colecção e


Antiguidades
(DL 199/96, 18.10)
ARTIGO 1º - Incidência
Estão sujeitos a imposto sobre o valor acrescentado, segundo o regime especial de tributação da margem, as transmissões de bens em
segunda mão, de objectos de arte, de colecção e de antiguidades, efectuadas nos termos deste diploma, por sujeitos passivos
revendedores ou por organizadores de vendas em leilão que actuem em nome próprio, por conta de um comitente, de acordo com um
contrato de comissão de venda.
ARTIGO 2º - Definições
Para efeitos do presente Regime Especial, entende-se por:
a) Bens em segunda mão – os bens móveis susceptíveis de reutilização no estado em que se encontram ou após reparação, com exclusão
dos objectos de arte, de colecção, das antiguidades, das pedras preciosas e metais preciosos, não se entendendo como tais as moedas ou
artefactos daqueles materiais;
b) Objectos de arte, objectos de colecção e antiguidades – os bens mencionados, respectivamente, nos pontos A, B e C da lista em anexo;
c) Sujeito passivo revendedor – o sujeito passivo que, no âmbito da sua actividade, compra, afecta às necessidades da sua empresa ou
importa, para revenda, bens em segunda mão, objectos de arte, de colecção ou antiguidades, quer esse sujeito passivo actue por conta
própria, quer por conta de outrem nos termos de um contrato de comissão de compra e venda;
d) Organizador de vendas em leilão – um sujeito passivo que, no âmbito da sua actividade económica, proponha a venda de um bem, em
seu nome, mas por conta de um comitente, nos termos de um contrato de comissão de venda, com vista à sua adjudicação em leilão;
e) Comitente de um organizador de vendas em leilão – qualquer pessoa que entregue um bem a um organizador de vendas de bens em
leilão, nos termos de um contrato de comissão de venda, com vista à sua adjudicação em leilão.
ARTIGO 3º - Revendedores
1 – As transmissões de bens em segunda mão, de objectos de arte, de colecção ou de antiguidades, efectuadas por um sujeito passivo
revendedor, são sujeitas ao regime especial de tributação da margem, desde que este tenha adquirido esses bens no interior da
Comunidade, em qualquer uma das seguintes condições:
a) A uma pessoa que não seja sujeito passivo;
b) A outro sujeito passivo, desde que a transmissão feita por este tenha sido isenta de imposto, ao abrigo do n.º 33 do artigo 9º do Código
do Imposto sobre o Valor Acrescentado, ou de disposição legal idêntica vigente no Estado membro onde tiver sido efectuada a
transmissão;
c) A outro sujeito passivo, desde que a transmissão feita por este tenha tido por objecto um bem de investimento e tenha sido isenta de
imposto, ao abrigo do artigo 53º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, ou de disposição legal idêntica vigente no Estado
membro onde tiver sido efectuada a transmissão;
d) A outro sujeito passivo revendedor, desde que a transmissão dos bens por esse outro sujeito passivo revendedor tenha sido efectuada
ao abrigo do disposto neste diploma, ou de regulamentação idêntica vigente no Estado membro onde a transmissão dos bens tiver sido
efectuada.
2 – Os sujeitos passivos revendedores poderão optar pela aplicação do regime especial de tributação da margem, previsto neste diploma,
às seguintes transmissões:
a) De objectos de arte, de colecção ou de antiguidades que eles próprios tenham importado;
b) De objectos de arte que tenham sido adquiridos no interior da Comunidade ao seu autor, aos seus herdeiros ou legatários;
c) De objectos de arte que tenham sido adquiridos a um outro sujeito passivo, não revendedor, desde que a transmissão por esse outro
sujeito passivo ou a aquisição intracomunitária dos bens pelo sujeito passivo, revendedor, se for caso disso, tenha beneficiado da
aplicação da taxa reduzida de imposto prevista nas alíneas c) e e) do artigo 15º deste Regime Especial.
3 – O direito de opção será exercido relativamente ao conjunto das operações referidas no número anterior, mediante comunicação prévia
à Direccão-Geral dos Impostos, produzindo efeitos imediatos.
4 – A opção, uma vez exercida, deverá ser mantida durante um período de, pelo menos, dois anos civis completos.
5 – Decorrido o prazo a que se refere o número anterior, se o sujeito passivo pretender renunciar à opção efectuada relativamente aos
bens adquiridos nas condições previstas no n.º 2 deste artigo, deverá comunicar esse facto à Direcção-Geral dos Impostos.
6 – A comunicação referida no número anterior só poderá ser apresentada durante o mês de Janeiro de um dos anos seguintes àquele em
que se tiver completado o prazo do regime de opção, produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da sua apresentação, podendo ser
exercido o direito à dedução do imposto respeitante aos bens adquiridos durante o período da opção e que se encontrem em existência no
final do ano.
ARTIGO 4º - Valor tributável
1 – O valor tributável das transmissões de bens referidas no artigo anterior, efectuadas pelo sujeito passivo revendedor, é constituído pela
diferença, devidamente justificada, entre a contraprestação obtida ou a obter do cliente, determinada nos termos do artigo 16º do Código
do Imposto sobre o Valor Acrescentado, e o preço de compra dos mesmos bens, com inclusão do imposto sobre o valor acrescentado,
caso este tenha sido liquidado e venha expresso na factura ou documento equivalente.
2 – Quando as transmissões digam respeito a objectos de arte, de colecção ou antiguidades, importados pelo próprio sujeito passivo
revendedor, o preço de compra a ter em conta para o cálculo referido no número anterior será igual ao valor tributável na importação,
determinado nos termos do artigo 17º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, acrescido do imposto devido ou pago na
importação.
3 – O apuramento do imposto devido será efectuado individualmente em relação a cada bem, não podendo o excesso do preço de compra
sobre o preço de venda afectar o valor tributável de outras transmissões.
4 – Quando não for possível determinar exactamente o preço de compra de objectos de arte, considerar-se-á como tributável um valor
igual a 50% da contraprestação, determinada nos termos do n.º 1.
ARTIGO 5º - Exclusão do direito à dedução
1 – O sujeito passivo revendedor, que destine os bens adquiridos a transmissões sujeitas ao regime especial de tributação da margem, não
poderá deduzir o imposto sobre o valor acrescentado devido ou pago, relativamente:
a) Aos objectos de arte, de colecção ou antiguidades, por ele importados;
b) Aos objectos de arte que lhe são ou venham a ser transmitidos pelo seu autor, herdeiros ou legatários;
c) Aos objectos de arte que lhe são ou venham a ser transmitidos por um sujeito passivo não revendedor.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

2 – O imposto que tenha onerado as reparações, a manutenção ou outras prestações de serviços respeitantes aos bens sujeitos ao regime
especial de tributação da margem é, porém, dedutível, nos termos gerais do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
3 – O imposto liquidado pelo sujeito passivo revendedor nas transmissões de bens sujeitas ao regime especial de tributação da margem
não é dedutível pelo sujeito passivo adquirente, ainda que este destine esses bens à sua actividade tributada.
ARTIGO 6º - Facturas (requisito das)
1 – As facturas ou documentos equivalentes, emitidos pelos sujeitos passivos revendedores, relativos às transmissões efectuadas ao
abrigo do regime especial de tributação da margem, não podem discriminar o imposto devido e devem conter a menção «IVA-Bens em
segunda mão» ou «IVA-Objectos de arte, de colecção ou antiguidades», conforme os casos.
1 - As faturas relativas às transmissões efetuadas ao abrigo do regime especial de tributação da margem, emitidas pelos sujeitos passivos
revendedores, não podem discriminar o imposto devido e devem conter a menção 'Regime da margem de lucro - Bens em segunda mão',
'Regime da margem de lucro - Objetos de arte' ou 'Regime da margem de lucro - Objetos de coleção e antiguidades', conforme os casos.
[Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/01/2013]
2 – As transmissões sujeitas ao regime de tributação da margem devem ser escrituradas de modo a evidenciar os elementos que permitam
concluir a verificação das condições previstas no artigo 3º e dos elementos determinantes do valor tributável referidos no artigo 4º.
3 – Quando, no âmbito da sua actividade, o sujeito passivo aplique, simultaneamente, o regime geral do imposto sobre o valor
acrescentado e o regime especial de tributação da margem, deverá proceder ao registo separado das respectivas operações.
ARTIGO 7º - Opção pelo regime normal
1 – O sujeito passivo revendedor poderá optar pela liquidação do imposto nos termos gerais do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, em relação a cada transmissão sujeita ao regime especial de tributação da margem.
2 – Sempre que se verifique a opção a que se refere o número anterior, o sujeito passivo revendedor poderá deduzir, do imposto de que é
devedor, o imposto devido ou pago nas importações ou aquisições referidas no n.º 1 do artigo 5º.
3 – O direito à dedução a que se refere o número anterior nasce no momento em que se torna exigível o imposto devido pela transmissão
em relação à qual o sujeito passivo revendedor opta pela aplicação do regime geral do imposto sobre o valor acrescentado.
ARTIGO 8º - Isenções
1 – As transmissões de bens em segunda mão, de objectos de arte, de colecção ou de antiguidades, sujeitas ao regime especial de
tributação da margem, são isentas de imposto, quando efectuadas nos termos do artigo 14º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
2 – A isenção referida no número anterior confere direito a dedução do imposto que eventualmente tenha onerado as aquisições dos
respectivos bens e venha expresso na factura ou documento equivalente.
ARTIGO 9º - Vendas em leilão
1 – São ainda sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado, segundo o regime especial de tributação da margem previsto neste diploma,
as transmissões de bens efectuadas por organizadores de vendas em leilão que actuem em nome próprio, nos termos de um contrato de
comissão de venda desses bens em leilão, por conta:
a) De qualquer pessoa que não seja sujeito passivo;
b) De outro sujeito passivo, desde que a transmissão feita por este seja isenta de imposto, ao abrigo do n.º 33 do artigo 9º do Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado ou de idêntica disposição legal vigente no Estado membro onde a transmissão dos bens seja
efectuada;
c) De outro sujeito passivo, desde que a transmissão feita por este tenha tido por objecto um bem de investimento e seja isenta de
imposto ao abrigo do artigo 53º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado ou de idêntica disposição legal vigente no Estado
membro onde a transmissão dos bens seja efectuada;
d) De outro sujeito passivo revendedor, desde que a transmissão feita por este seja sujeita a imposto nos termos do regime especial de
tributação da margem, previsto neste diploma, ou de idêntica regulamentação vigente no Estado membro onde seja efectuada a
transmissão.
2 – A transmissão dos bens do comitente para o sujeito passivo organizador de vendas em leilão, referida nas alíneas b), c) e d) do
número anterior, considerar-se-á efectuada no momento da realização da venda em leilão desses mesmos bens.
ARTIGO 10º - Valor tributável nas vendas em leilão
O valor tributável das transmissões de bens em segunda mão, de objectos de arte, de colecção ou antiguidades, efectuadas por
organizadores de vendas em leilão, de acordo com o disposto no artigo anterior é constituído pelo montante facturado ao comprador, nos
termos do artigo 12º, deduzido:
a) O montante líquido pago ou a pagar pelo organizador de vendas em leilão, determinado nos termos do artigo 11º; e
b) O montante do imposto devido pelo organizador de vendas em leilão, relativo à transmissão dos bens.
ARTIGO 11º - Valor a pagar pelo leiloeiro ao comitente
O montante líquido pago ou a pagar pelo organizador de vendas em leilão ao seu comitente é igual à diferença entre:
a) O preço de adjudicação do bem em leilão; e
b) O montante da comissão obtida ou a obter, pelo organizador de venda em leilão, do respectivo comitente, de acordo com o
estabelecido no contrato de comissão de venda.
ARTIGO 12º - Facturas nas vendas em leilão (requisitos das)
1 – O organizador de vendas em leilão deve fornecer ao comprador uma factura, ou documento equivalente, com indicação do montante
total da transmissão dos bens e em que se especifique, nomeadamente:
a) O preço de adjudicação do bem;
b) Os impostos, direitos, contribuições e taxas, com exclusão do próprio imposto sobre o valor acrescentado;
c) As despesas acessórias, tais como despesas de comissão, embalagem, transporte e seguro, cobradas pelo organizador ao comprador do
bem.
2 – As facturas ou documentos equivalentes, emitidos pelos sujeitos passivos organizadores de vendas em leilão, devem conter a menção
«IVA – Regime especial de venda de bens em leilão», sem discriminar o imposto sobre o valor acrescentado.
3 – O organizador de vendas em leilão a quem for transmitido o bem nos termos de um contrato de comissão de venda em leilão deve
apresentar um relatório ao seu comitente.
4 – O relatório referido no número anterior deve identificar os intervenientes no contrato e indicar, nomeadamente, o preço de
adjudicação do bem, deduzido o montante da comissão obtida ou a obter do comitente, substituindo a factura que este, no caso de ser
sujeito passivo, deveria entregar ao organizador da venda em leilão.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

ARTIGO 13º - Registo em contas de terceiros


Os organizadores de vendas em leilão que efectuem transmissões de bens nas condições previstas no artigo 9º são obrigados a registar,
em contas de terceiros e devidamente justificados:
a) Os montantes obtidos ou a obter do comprador do bem; e
b) Os montantes reembolsados ou a reembolsar ao comitente.
ARTIGO 14º - Aquisições intracomunitárias de bens em 2ª mão
1 – Não obstante o disposto nas alíneas a) e d) do artigo 1.º do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, aprovado e publicado
em anexo ao Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de Dezembro, não são sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado as aquisições
intracomunitárias de bens em segunda mão, de objectos de arte, de colecção ou de antiguidades, se o vendedor for um sujeito passivo
revendedor ou um organizador de vendas em leilão e os bens tiverem sido sujeitos a imposto sobre o valor acrescentado no Estado
membro de expedição ou transporte, de acordo com um regime especial de tributação idêntico ao previsto neste diploma.
2 – Não obstante o disposto nas alíneas a) e c) do artigo 14.º do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, são tributáveis as
transmissões de bens em segunda mão, objectos de arte, de colecção ou de antiguidades, efectuadas nos termos deste Regime Especial,
por um sujeito passivo revendedor ou por um organizador de vendas em leilão, agindo como tal, quando os bens sejam expedidos ou
transportados para outro Estado membro.
3 – Não obstante o disposto no artigo 10º do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, são tributáveis as transmissões de bens
em segunda mão, objectos de arte, de colecção ou de antiguidades, efectuadas nos termos deste Regime Especial.
ARTIGO 15º - Taxa aplicável
A taxa reduzida prevista na alínea a) do artigo 18º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado é aplicável:
a) Às importações de objectos de arte;
b) Às transmissões de objectos de arte efectuadas pelo seu autor, herdeiros ou legatários;
c) Às transmissões de objectos de arte efectuadas ocasionalmente por um sujeito passivo não revendedor, se esses bens tiverem sido
importados pelo próprio sujeito passivo, adquiridos ao seu autor, herdeiros ou legatários ou lhe tiverem conferido direito à dedução total
do imposto aquando da sua aquisição;
d) Às aquisições intracomunitárias de objectos de arte, efectuadas por um sujeito passivo revendedor, quando o sujeito passivo vendedor
desses bens, em outro Estado membro, seja o seu autor, herdeiros ou legatários;
e) Às aquisições intracomunitárias de objectos de arte, efectuadas por um sujeito passivo revendedor, quando a transmissão
correspondente pudesse ser sujeita a taxa reduzida, de acordo com as condições previstas na alínea c) deste artigo, caso tivesse ocorrido
em território nacional.
ARTIGO 16º - Meios de transportes novos(exclusão do regime)
São excluídas do âmbito de aplicação deste diploma as transacções intracomunitárias de meios de transporte considerados novos por não
preencherem os requisitos previstos no n.º 2 do artigo 6º do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias.
ARTIGO 17º - Regime dos pequenos retalhistas
O regime previsto nos artigos 60º a 68º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado não será aplicável aos sujeitos passivos que
efectuem transmissões de bens em segunda mão, de objectos de arte, de colecção ou de antiguidades, nos termos deste Regime Especial
(Decreto-Lei n.º 199/96, de 18 de Outubro; alterado pelo Decreto-Lei n.º 257-A/96, de 31 de Dezembro; Repristinado pela Lei n.º 4/98,
de 12 de Janeiro).
ARTIGO 18º - Inventário de existências/regime de transição
1 – Os sujeitos passivos revendedores de bens em segunda mão ou de objectos de arte, de colecção e antiguidades que se encontravam
abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 504-G/85, de 30 de Dezembro, poderão deduzir o imposto suportado nas aquisições, expresso em factura
ou documento equivalente, e o imposto devido ou pago na importação relativo aos bens em existência à data da cessação do regime
especial regulado naquele diploma legal, passando a aplicar-se a esses bens a disciplina geral do imposto sobre o valor acrescentado.
2 – Para efeitos da dedução do imposto a que se refere o número anterior, os sujeitos passivos deverão elaborar um inventário das
existências daqueles bens, do qual deverão constar as quantidades e a descrição dos bens, o preço de compra e o imposto suportado.
3 – O imposto apurado no inventário referido no número anterior será objecto de dedução na declaração periódica correspondente à data
da entrada em vigor do regime especial previsto neste diploma.
4 – O disposto no n.º 1 não será aplicável aos sujeitos passivos revendedores que optem pela tributação segundo o regime especial da
margem, nos termos do n.º 2 do artigo 3º.
ARTIGO 19º - Livros e impressos
O Ministro das Finanças pode, por despacho, criar ou alterar os modelos de livros e impressos necessários à execução das obrigações do
presente Regime Especial.
ARTIGO 20º - Leis subsidiárias
A disciplina do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado e a do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias serão
aplicáveis em tudo o que não se revelar contrário ao disposto no presente Regime Especial.
ANEXO – Objectos de arte, de colecção e antiguidades
A) Para efeitos do presente Regime Especial, entende-se por objectos de arte os seguintes bens:
- Quadros, colagens e peças similares, pinturas e desenhos, inteiramente executados à mão pelo artista, com exclusão dos desenhos de
arquitectos, engenheiros e outros desenhos industriais, comerciais, topográficos ou similares, dos artigos manufacturados decorados à
mão, das telas pintadas para cenários de teatro, fundos de estúdios ou utilizações análogas (código NC 9701);
- Gravuras, estampas e litografias originais, ou seja, provas tiradas directamente a preto ou a cores em número não superior a 200
exemplares, de uma ou várias chapas inteiramente executadas à mão pelo artista, independentemente da técnica ou do material utilizados,
excluindo qualquer processo mecânico ou fotomecânico (código NC 9702 00 00);
- Produções originais de estatuária ou de escultura, em qualquer material, desde que as produções sejam inteiramente executadas à mão
pelo artista; fundições de esculturas de tiragem limitada a oito exemplares e controlada pelo artista ou pelos seus sucessores (código NC
9703 00 00);
- Tapeçarias (código NC 5805 00 00) e têxteis para guarnições murais (código NC 6304 00 00) de confecção manual a partir de desenhos
originais fornecidos por artistas, desde que não sejam confeccionados mais de oito exemplares de cada;
- Exemplares únicos de cerâmica, inteiramente executados à mão pelo artista e por ele assinados;
- Esmaltes sobre cobre, inteiramente executados à mão, limitados a oito exemplares numerados e assinados pelo artista ou pela oficina de
arte, com exclusão de artigos de bijutaria, ourivesaria ou joalharia;
- Fotografias realizadas pelo artista, tiradas por ele ou sob o seu controlo, assinadas e numeradas até ao limite de 30 exemplares,
independentemente do respectivo formato ou suporte.
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

B) Entende-se por objectos de colecção os seguintes bens:


- Selos de correio, selos fiscais, carimbos postais, envelopes de 1º dia, blocos postais e análogos, obliterados, ou então não obliterados,
mas que não estejam em circulação nem se destinem a ser postos em circulação (código NC 9704 00 00), colecções e espécimes para
colecções de zoologia, botânica, mineralogia ou anatomia ou que tenham interesse histórico, arqueológico, paleontológico, etnográfico
ou numismático (código NC 9705 00 00).
C) Entende-se por antiguidades os bens, com exclusão dos objectos de arte e dos objectos de colecção, com mais de 100 anos de idade
(código NC 9706 00 00).

Regime especial de tributação das agências de viagens e organizadores de circuitos turísticos


(DL 221/85, 03-Jul)
Artigo 1.º
1 – A disciplina do presente diploma aplica-se às operações das agências de viagens e organizadores de circuitos turísticos que actuem
em nome próprio perante os clientes e recorram, para a realização dessas operações, a transmissões de bens ou a prestações de serviços
efectuadas por terceiros.
2 – As operações referidas no número anterior serão consideradas como uma única prestação de serviços, como tal sujeita a imposto
sobre o valor acrescentado (IVA), desde que a agência de viagens ou o organizador de circuitos turísticos tenha no território nacional
sede ou estabelecimento estável a partir dos quais preste os seus serviços.
3 – Se as operações relativamente às quais a agência de viagens recorre a terceiros forem efectuadas por estes fora da Comunidade, a
prestação de serviços da agência é assimilada a uma actividade de intermediário, isenta por força da alínea s) do n.º 1 do artigo 14º do
CIVA (Aditado pelo Decreto-Lei n.º 206/96, de 26 de Outubro).
4 – Se as operações referidas no número anterior forem efectuadas na Comunidade e fora dela, só é considerada isenta a parte da
prestação de serviços da agência de viagens referente às operações realizadas fora da Comunidade (Aditado pelo Decreto-Lei n.º 206/96,
de 26 de Outubro).
Artigo 2.º
1 – A prestação de serviços considera-se efectuada no acto do pagamento integral da respectiva contraprestação ou imediatamente antes
do início da viagem ou alojamento, consoante o que se verificar primeiro.
2 – É considerado início da viagem a altura em que é efectuada a primeira prestação de serviços ao cliente.
Artigo 3.º
1 – O valor tributável das prestações de serviços efectuadas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 1º é constituído pela diferença
entre a contraprestação devida pelo cliente, excluído o IVA que onera a operação, e o custo suportado nas transmissões de bens e
prestações de serviços efectuadas por terceiros para benefício directo do cliente, com inclusão do IVA.
2 – Não obstante o disposto no número anterior, o valor tributável das operações referidas no n.º 4 do artigo 1º é determinado mediante a
aplicação de uma percentagem ao valor da contraprestação devida pelo cliente, com exclusão do IVA que onera essa contraprestação
(Decreto-Lei n.º 206/96, de 26 de Outubro).
3 – A percentagem referida no número anterior resulta de uma fracção que comporta no numerador o custo suportado nas transmissões
de bens e prestações de serviços efectuadas por terceiros na Comunidade e para benefício directo do cliente, com inclusão do imposto
sobre o valor acrescentado, e no denominador o custo de todas as operações efectuadas por terceiros na Comunidade e fora dela para
benefício directo do cliente, imposto incluído (Aditado pelo Decreto-Lei n.º 206/96, de 26 de Outubro).
4 – Se, mantendo-se o valor da contraprestação devida pelo cliente, a diferença ou percentagem referidas nos ns. 1 e 2 vierem a alterar-se
para mais ou para menos por efeito de variações no custo suportado nas transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas por
terceiros para benefício directo do cliente, o excesso do imposto ficará a cargo do sujeito passivo, não tendo o cliente direito ao
reembolso das diferenças para menos (Aditado pelo Decreto-Lei n.º 206/96, de 26 de Outubro).
Artigo 4.º
1 – Os sujeitos passivos abrangidos pela disciplina do presente diploma não terão direito à dedução do IVA que onerou as transmissões
de bens ou prestações de serviços referidas no artigo 1º (Decreto-Lei n.º 206/96, de 26 de Outubro).
Artigo 4.º
2 – As facturas emitidas pelos mesmos sujeitos passivos podem não descriminar o IVA e não conferem, em qualquer caso, direito à
dedução do mesmo imposto.
2 - As faturas respeitantes a prestações de serviços abrangidas pelo presente diploma não podem discriminar o imposto devido e devem
conter a menção 'Regime da margem de lucro - Agências de viagens', não conferindo, em qualquer caso, direito à dedução do imposto.
[Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/01/2013]
Artigo 5.º
As operações efectuadas pelas agências de viagens e organizadores de circuitos turísticos abrangidos pelo presente diploma devem ser
escrituradas em registo especial, de modo a evidenciar os elementos referidos no artigo 3º (Decreto-Lei n.º 206/96, de 26 de Outubro).
Artigo 6.º
O imposto devido é calculado do seguinte modo:
a) Ao montante das contraprestações, com IVA incluído, respeitante às operações tributáveis registadas no período deduz-se o montante,
igualmente com inclusão do IVA, dos custos registados no mesmo período relativos às transmissões de bens e prestações de serviços
efectuadas por terceiros para benefício directo do cliente na Comunidade (Decreto-Lei n.º 206/96, de 26 de Outubro);
b) A diferença obtida nos termos da alínea anterior é dividida por 119, multiplicando-se o quociente por 100 e arredondando o resultado
por defeito ou por excesso para a unidade mais próxima; (Redacção dada pela Lei n.º 32-B/2002, de 30 de Dezembro - OE)
c) Sobre a base tributável obtida nos termos da alínea anterior incide a taxa do imposto;
d) Se o montante dos custos referidos na alínea a) for superior ao montante das contraprestações respeitantes às operações tributáveis, o
excesso acresce aos custos registados no mês ou trimestre seguinte;
e) Ao montante do imposto obtido nos termos da alínea c) deduz-se o imposto suportado ou devido pela agência em relação a bens e
serviços que não os fornecidos por terceiros para benefício directo do cliente, adquiridos ou importados no exercício da sua actividade
comercial.
Artigo 7.º
Se, efectuada a prestação de serviços nos termos do n.º 1 do artigo 2º, for alterado o valor da contraprestação, haverá lugar à rectificação
do montante referido na alínea a) do artigo 6º.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Artigo 8.º
As normas do presente diploma não se aplicam às prestações de serviços efectuadas pelas agências de viagens e organizadores de
circuitos turísticos em nome e por conta do cliente, as quais serão submetidas à disciplina geral do IVA.
Artigo 9.º
A disciplina do IVA será aplicável às prestações de serviços referidas neste diploma, na medida em que não se revelar contrária à
presente regulamentação (Decl. rect. publicada no DR, n.º 286/85, de 12 de Dezembro).

TAXAS - CIVA - REGIÕES AUTONOMAS – (DL 347/85, 23-Ago – Revogado pela alínea a) do n.º 1 do
art.º 329. º da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho)
Artigo 1.º
1 - São fixados em 5 %, 10 % e 18 %, respetivamente, as taxas do imposto sobre o valor acrescentado a que se referem as alíneas a), b)
e c) do n.º 1 do artigo 18.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de
dezembro, a aplicar às transmissões de bens e prestações de serviços que se considerem efetuadas na Região Autónoma dos Açores e
nas importações cujo desembaraço alfandegário tenha lugar nesta Região. (Vigor a partir 01/01/2014 – L83-B/2013, 31/12)
1 - São fixadas em 4 %, 9 % e 18 %, respetivamente, as taxas do imposto sobre o valor acrescentado a que se referem as alíneas a), b) e
c) do n.º 1 do artigo 18.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de
dezembro, a aplicar às transmissões de bens e prestações de serviços que se considerem efetuadas na Região Autónoma dos Açores e
nas importações cujo desembaraço alfandegário tenha lugar nesta Região. (L 63-A/2015, 30.11 – vigor 01/07/2015)
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, as operações tributáveis considerar-se-ão localizadas no continente ou nas Regiões
Autónomas dos Açores e da Madeira, de acordo com os critérios estabelecidos pelo artigo 6.º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, com as devidas adaptações.
3 - Não obstante o disposto no n.º 2, as prestações de serviços de transporte entre o continente e as Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira e vice-versa serão consideradas, para efeitos do presente diploma, como tributáveis no local do estabelecimento estável a
partir do qual são efectuadas.

Regime de bens em circulação objecto de transacções entre sujeitos passivos de IVA


(DL n.º 147/2003, 11-Jul)
Artigo 1.º - Âmbito de aplicação
Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objecto de operações realizadas
por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acompanhados de documentos de transporte processados nos
termos do presente diploma.
Artigo 2.º - Definições
1 - Para efeitos do disposto no presente diploma considera-se:
a) «Bens» os que puderem ser objecto de transmissão nos termos do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;
a) ‘Bens’, os que puderem ser objeto de transmissão ou de prestação de serviços nos termos dos artigos 3.º e 4.º, ambos do Código do
Imposto sobre o ValorAcrescentado; (OE 2015)
b) «Documento de transporte» a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes; [Redação
dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de Agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
c) «Valor normal» o preço de aquisição ou de custo devidamente comprovado pelo sujeito passivo ou, na falta deste o valor normal
determinado nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;
d) «Remetente» a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada que colocou os bens em circulação à disposição do
transportador para efectivação do respectivo transporte ou operações de carga, bem como o transportador quando os bens em circulação
lhe pertençam;
d) ‘Remetente’ a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que coloca os bens em circulação à disposição do
transportador para efetivação do respetivo transporte ou operações de carga, bem como o transportador quando os bens em circulação lhe
pertençam; (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
d) ‘Remetente’, a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que, por si ou através de terceiros em seu nome e por
sua conta, coloca os bens à disposição do transportador para efetivação do respetivo transporte ou de operações de carga, o transportador
quando os bens em circulação lhe pertençam ou, ainda, outros sujeitos passivos quando os bens em circulação sejam objeto de prestação
de serviços por eles efetuada; (OE 2015)
e) «Transportador» a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada que, recebendo do remetente ou de anterior
transportador os bens em circulação, realiza ou se propõe realizar o seu transporte até ao local de destino ou de transbordo ou, em caso de
dúvida, a pessoa em nome de quem o veículo transportador se encontra registado, salvo se o mesmo for objecto de um contrato de
locação financeira, considerando-se aqui o respectivo locatário;
f) «Transportador público regular colectivo» a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada que exerce a actividade
de exploração de transportes colectivos e que se encontra obrigada ao cumprimento de horários e itinerários nas zonas geográficas que se
lhes estão concessionadas;
g) «Destinatário ou adquirente» a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada a quem os bens em circulação são
postos à disposição;
h) «Local de início de transporte ou de carga» o local onde o remetente tenha entregue ou posto à disposição do transportador os bens em
circulação, presumindo-se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado;
i) «Local de destino ou descarga» o local onde os bens em circulação forem entregues ao destinatário, presumindo-se como tal o
constante no documento de transporte, se outro não for indicado;
j) «Primeiro local de chegada» o local onde se verificar a primeira ruptura de carga.
2 - Para efeitos do disposto no presente diploma:
a) Consideram-se «bens em circulação» todos os que se encontrem fora dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição, dos
estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de
transmissão gratuita, de devolução, de afectação a uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de
incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efectuadas pelos sujeitos passivos
referidos no artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

8
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

b) Consideram-se ainda bens em circulação os bens encontrados em veículos nos actos de descarga ou transbordo mesmo quando tenham
lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os
bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem os Decretos-Leis n.ºs 252/86, de 25 de Agosto, e 259/95, de 30 de
Setembro.
b) Consideram -se ainda ‘bens em circulação’ os bens encontrados em veículos nos atos de descarga ou transbordo mesmo quando
tenham lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem
como os bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem a Lei n.º 27/2013, de 12 de abril, e o Decreto -Lei n.º 173/2012,
de 2 de agosto. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
Artigo 3.º - Exclusões
1 - Excluem-se do âmbito do presente diploma:
a) Os bens manifestamente para uso pessoal ou doméstico do próprio;
b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se destinem a consumidores finais que previamente os tenham adquirido,
com excepção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas eléctricas, máquinas ou aparelhos receptores, gravadores ou
reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias;
c) Os bens pertencentes ao activo imobilizado;
c) Os bens pertencentes ao ativo fixo tangível; (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
c) Os bens registados como ativo fixo tangível do remetente; (OE 2015)
d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados
pelo próprio ou por sua conta;
d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas, de aquicultura ou de pecuária resultantes da sua própria produção e
os bens que manifestamente se destinem a essa produção, transportados pelo próprio ou por sua conta; (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de
propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se destinem a venda;
f) Os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espectáculos cinematográficos, quando para o efeito
tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respectivo
conteúdo e a sua identificação fiscal;
g) Os veículos automóveis, tal como se encontram definidos no Código da Estrada, com matrícula definitiva;
h) As taras e embalagens retornáveis;
i) Os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas efectuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo
serviço.
i) Os resíduos sólidos urbanos ou legalmente equiparados, provenientes das recolhas efetuadas pelas entidades competentes ou por
empresas que prestem o mesmo serviço; (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
i)Os resíduos urbanos, cuja gestão é assegurada pelos municípios nos termos do Regime Geral de Gestão de Resíduos, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de agosto, pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de
dezembro, e pelos Decretos-Leis n.os 183/2009, de 10 de agosto, 73/2011, de 17 de junho, e 127/2013, de 30 de agosto, provenientes das
recolhas efetuadas por aqueles, no âmbito das suas competências, ou por outras entidades a prestar o mesmo serviço; (OE 2015)
j) Os resíduos hospitalares sujeitos a guia de acompanhamento nos termos do artigo 21.º do Decreto –Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro,
alterado pelo Decreto –Lei n.º 173/2008, de 26 de agosto, pela Lei n.º 64 -A/2008,
de 31 de dezembro, e pelos Decretos -Leis n.os 183/2009, de 10 de agosto, e 73/2011, de 17 de junho; (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
l) Os bens a entregar aos respetivos utentes por instituições particulares de solidariedade social ou outras entidades no âmbito de acordos
outorgados com o sistema de segurança social; (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
m) Os bens recolhidos no âmbito de campanhas de solidariedade social efetuadas por organizações sem fins lucrativos; (art.º 187.º L 83-
B/2013, 31/12)
n) Os bens resultantes ou necessários à prossecução das atividades desenvolvidas por entidades do setor empresarial local ou do Estado
que se dediquem à gestão de sistemas de abastecimento de água, de saneamento ou de resíduos urbanos. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
2 - Encontram-se ainda excluídos do âmbito do presente diploma:
a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 4.º do Código dos Impostos Especiais de
Consumo, publicado em anexo ao Decreto-Lei n.º 566/99, de 22 de Dezembro, quando circularem em regime suspensivo nos termos
desse mesmo Código;
a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 5.º do Código dos Impostos Especiais de
onsumo, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 73/2010, de 21 de junho, quando circularem em regime suspensivo nos termos desse
mesmo Código; (OE 2015)
b) Os bens respeitantes a transacções intracomunitárias a que se refere o Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de Dezembro;
c) Os bens respeitantes a transacções com países ou territórios terceiros quando em circulação em território nacional sempre que sujeitos
a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do
Conselho, de 12 de Outubro;
d) Os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam
comunicados às direcções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o
transportador fazer-se acompanhar de cópia dessas comunicações.
3 - Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte nos termos do
presente diploma, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir-se prova da sua proveniência e destino.
4 - A prova referida no número anterior pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e
quantidade dos bens, sua proveniência e destino.
Artigo 4.º -Documentos de transporte
1 - As facturas devem conter, obrigatoriamente, os elementos referidos no n.º 5 do artigo 35.º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
1 - As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE
2013)]
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do presente artigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes devem conter, pelo menos, os
seguintes elementos:
a) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente;
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

b) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente;


c) Número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do artigo 2.º do Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado;
d) Designação comercial dos bens, com indicação das quantidades.
3 - Os documentos de transporte referidos nos números anteriores cujo conteúdo não seja processado por computador devem conter, em
impressão tipográfica, a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu, a respectiva numeração atribuída e
ainda os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal.
4 - As facturas, guias de remessa ou documentos equivalentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga, referidos como tais, e a
data e hora em que se inicia o transporte.
5 - Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir-se-ão como tais os constantes
do documento de transporte.
6 - Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do
artigo 2.º, são processados globalmente, devendo proceder-se do seguinte modo à medida que forem feitos fornecimentos:
6 - Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do
artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder-se do seguinte
modo à medida que forem feitos os fornecimentos: [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de
01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
6 - Os documentos de transporte, quando o destinatário ou os bens a entregar em cada local de destino não sejam conhecidos na altura da
saída dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em
papel, devendo proceder -se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos: (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
6 - Os documentos de transporte, quando o destinatário ou os bens a entregar em cada local de destino não sejam conhecidos na altura da
saída dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente e impressos em papel ou emitidos eletronicamente, devendo
proceder -se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos: (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
a) No caso de entrega efectiva dos bens, devem ser processados em duplicado, utilizando-se o duplicado para justificar a saída dos bens;
a) No caso de entrega efetiva dos bens, os documentos previstos no presente diploma, bem como a fatura simplificada a que se refere o
n.º 1 do artigo 40.º do Código do IVA, devem ser processados em duplicado, utilizando -se o duplicado para justificar a saída dos bens;
(art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento
próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento equivalente.
b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento
próprio, processado por uma das vias previstas no n.º 1 do artigo 5.º, nomeadamente folha de obra ou outro documento equivalente. (art.º
187.º L 83-B/2013, 31/12)
b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento
de transporte próprio, nomeadamente folha de obra ou outro documento equivalente. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
7 - Nas situações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior, deve sempre fazer-se referência ao respectivo documento global.
8 - As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados devem ser
anotadas pelo transportador nos respectivos documentos de transporte.
8 - As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à
emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado. [Redação dada pelo Decreto-
Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
8 - As alterações ao destinatário ou adquirente, ou ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total
dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o(art.º 187.º L 83-
B/2013, 31/12) documento alterado.
9 - No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far-se-á menção do facto no documento de transporte.
9 - No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far-se-á menção do facto no documento de transporte, exceto
quando este for uma fatura processada nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do Código do IVA. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
10 - Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho,
abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código
do IVA, respetivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia
com o artigo 36.º do mesmo Código. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5
do art.º 198.º OE 2013)]
10 - Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho,
abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código
do IVA, respetivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia
com os artigos 36.º e 40.º do mesmo Código. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
11 - Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados na forma prevista na alínea b)
do n.º 6 do artigo seguinte. [Aditado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º
OE 2013)]
11 - Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados, por inserção no Portal das
Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro – OE - Vigor a partir de
01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
11 - Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados até ao 5.º dia útil seguinte ao
do transporte, por inserção no Portal das Finanças, ou por outra forma de transmissão eletrónica de dados, a definir por portaria do
membro do Governo responsável pela área das finanças. (OE 2015)
11 - Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados por transmissão eletrónica de
dados ou, quando emitidos nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º, por inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte ao
do transporte. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
Artigo 5.º - Processamento dos documentos de transporte
1 - Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias: [Redação dada pelo
Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
1 - Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º são processados nos termos do Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de
fevereiro, por uma das seguintes vias: (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no
Código do IVA; [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE
2013)]
a) Por via eletrónica; (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos
termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22-A/2012, de 24 de janeiro; [Redação dada pelo Decreto-Lei
n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT); (Vigor
16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respetivos
direitos de autor seja detentor; [Decreto 98/2012, de 24/08 – Vigor a partir de 01/05/2013] – Revogada a partir de 16/02/2019 – DL
28/2019, 15/02
c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, que seja detentora
dos respetivos direitos de autor; . (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12) – Revogada a partir de 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02
d) Diretamente no Portal das Finanças; [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º
5 do art.º 198.º OE 2013)]
d) Diretamente no Portal das Finanças; (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
e) Em papel, utilizando-se impressos numerados seguida e tipograficamente. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de
agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
e) Em papel, utilizando -se documentos pré -impressos em tipografia autorizada. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
2 - Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processados em três exemplares, com uma ou
mais séries, convenientemente referenciadas. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro - OE – Vigor a partir de
01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
2 - Os documentos emitidos nos termos das alíneas b), d) e e) do número anterior devem ser processados em três exemplares, com uma
ou mais séries, convenientemente referenciadas. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
3 - A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão. [Redação
dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)] – Revogada a partir
de 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02
4 - Quando, por exigência de ordem prática, não seja bastante a utilização de um único documento dos referidos na alínea b) do n.º 1 do
artigo 2.º, deve utilizar-se o documento com o número seguinte, nele se referindo que é a continuação do anterior. [Anterior n.º 3; Passou
a n.º 4 pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
5 - Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes
do início do transporte. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/01/2013]
5 - Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1,
incluindo o respetivo código único de documento, antes do início do transporte. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
6 - A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma: [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de
agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1; [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º
198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a), b) e d) do n.º 1; (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019,
15/02)
b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com
inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a
partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com
inserção no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte, nos casos da alínea e) do n.º 1 ou, nos casos de inoperacionalidade do sistema
informático da comunicação, desde que devidamente comprovado pelo respetivo operador. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31
de dezembro - OE – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
7 - Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao documento. [Redação dada pelo
Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
8 - Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT fica dispensado da
impressão do documento de transporte. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º
5 do art.º 198.º OE 2013)]
8 - Nos casos referidos no número anterior, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT, fica dispensado de se
fazer acompanhar de documento de transporte. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro - OE – Vigor a partir de
01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
8 - O transportador fica dispensado de se fazer acompanhar de documento de transporte quando o mesmo tenha sido previamente
comunicado à AT nas situações previstas na alínea a) do n.º 6, desde que se faça acompanhar do código único de documento e do código
de barras bidimensional (código QR), quando este seja obrigatório. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
9 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos
previstos na alínea a) do n.º 6. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do
art.º 198.º OE 2013)]
10 - A comunicação prevista nos n.ºs 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos
dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a € 100.000. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º
198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
10 - A comunicação prevista nos n.os 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, tenham um
volume de negócios inferior ou igual a € 100 000. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
11 - Nos casos em que a fatura serve também de documento de transporte e seja emitida pelos sistemas informáticos previstos nas alíneas
a) a d) do n.º 1, fica dispensada a comunicação prevista no n.º 6, devendo a circulação dos bens ser acompanhada da respetiva fatura
emitida. [Aditado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro - OE – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

12 - Nos casos em que, por exigências comerciais, for necessário o processamento de mais de três exemplares dos documentos referidos
nas alíneas b), d) e e) do n.º 1, devem os exemplares que excedam aquele número conter impressa a seguinte expressão: ‘Cópia de
documento não válida para os fins previstos no regime de bens em circulação’. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
Artigo 6.º - Circuito e validade dos documentos de transporte
1 - Os documentos de transporte são processados pelos sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA e
pelos detentores dos bens e antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do presente diploma.
1 - Os documentos de transporte são processados pelos remetentes dos bens, sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º
do Código do IVA, ou, mediante acordo prévio, por terceiros em seu nome e por sua conta, antes do início da circulação nos termos do
n.º 2 do artigo 2.º do presente diploma, podendo ainda ser processados por outros sujeitos passivos quando os bens em circulação sejam
objeto de prestação de serviços por eles efetuada. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
1 - Os documentos de transporte são processados pelos remetentes dos bens ou, mediante acordo prévio, por terceiros em seu nome e por
sua conta, antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º (OE 2015)
2 - Ainda que processados nos termos do número anterior, para efeitos do presente diploma consideram-se não exibidos os documentos
de transporte emitidos por sujeito passivo que se encontre em qualquer das seguintes situações:
a) Que não esteja registado;
b) Que tenha cessado atividade nos termos dos artigos 33.º ou 34.º do Código do IVA; [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de
24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos
consecutivos. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE
2013)]
3 - O disposto no número anterior aplica-se apenas aos casos em que simultaneamente se verifiquem a qualidade de remetente e
transportador.
4 - Consideram-se ainda não exibidos os documentos de transporte na posse de um sujeito passivo que, sendo simultaneamente
transportador e destinatário, se encontre em qualquer das situações referidas no n.º 2 do presente artigo.
5 - Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados: [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º
198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou adquirente dos mesmos;
b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização durante a circulação dos
bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT; [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012,
de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
c) O terceiro, ao remetente dos bens.
6 - Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do Código do IVA, devem ser mantidos em arquivo, até ao final do 2.º ano seguinte ao da
emissão, os exemplares dos documentos de transporte destinados ao remetente e ao destinatário, bem como os destinados à inspecção
tributária que não tenham sido recolhidos pelos serviços competentes.
6 - Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do Código do IVA, devem ser mantidos em arquivo, até ao final do 4.º ano seguinte ao da sua
emissão, os exemplares dos documentos de transporte destinados ao remetente e ao destinatário, bem como os destinados à inspeção
tributária que não tenham sido recolhidos pelos serviços competentes. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
7 - Os sujeitos passivos que utilizem documentos de transporte cujo conteúdo seja processado por computador são obrigados a conservar
em boa ordem até final do 4.º ano seguinte ao da sua emissão os suportes informáticos relativos à análise, programação e execução dos
respectivos tratamentos.
7 - Nos casos referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo anterior, consideram-se exibidos os documentos comunicados à AT desde
que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro -
OE – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
7 - Nos casos referidos nas alíneas a), b) e d) do n.º 1 do artigo anterior, consideram -se exibidos os documentos comunicados à AT
desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
7 - Nos casos referidos nas alíneas a), b) e d) do n.º 1 do artigo anterior, consideram -se exibidos os documentos comunicados à AT
desde que lhes tenha sido atribuído o código, nos termos do disposto no n.º 7 do mesmo artigo, e sejam apresentados o código único de
documento e o código de barras bidimensional (código QR), quando este seja obrigatório. (Vigor 01/01/2023 – DL 85/2022, 21/12)
8 - Sempre que exigidos os documentos de transporte ou de aquisição relativos aos bens encontrados nos locais referidos na alínea a) do
n.º 2 do artigo 2.º, cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à disciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou detentor dos
bens alegue que o documento exigido não está disponível no local, por este ser diferente da sua sede ou domicílio fiscal ou do local de
centralização da escrita, notificar-se-á aquele para no prazo de cinco dias úteis proceder à sua apresentação, sob pena da aplicação da
respectiva penalidade.
9 - Relativamente aos bens sujeitos a fácil deterioração, o documento exigido no número anterior deve ser exibido de imediato.
10 - Se ultrapassado o prazo estabelecido na parte final do n.º 6 do presente artigo, considera-se exibido o documento exigido nos termos
do n.º 8 se os bens em causa se encontrarem devidamente registados no inventário final referente ao último exercício económico.
10 - Se for ultrapassado o prazo estabelecido no n.º 6, considera-se exibido o documento exigido nos termos do n.º 8 caso os bens em
ausa se encontrem devidamente registados no inventário final referente ao último exercício económico. (OE 2015)
Artigo 7.º - Transportador
1 - Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos
remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do
artigo 5.º [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
2 - Tratando-se de bens importados em Portugal que circulem entre a estância aduaneira de desalfandegamento e o local do primeiro
destino, o transportador deve fazer-se acompanhar, em substituição do documento referido no número anterior, de documento probatório
do desalfandegamento dos mesmos.
3 - Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular coletivo de passageiros ou mercadorias ou
por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode
acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º [Redação dada
pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
4 - A disciplina prevista neste artigo não se aplica ao transportador público de passageiros quando os bens em circulação pertencerem aos
respectivos passageiros.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Artigo 8.º - Impressão dos documentos de transporte


1 - A impressão tipográfica dos documentos de transporte referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografias
devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca. [Redação dada pelo
Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
2 - [Revogado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
3 - [Revogado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
4 - Nos casos em que, por exigências comerciais, for necessário o processamento de mais de três exemplares dos documentos referidos, é
permitido à tipografia autorizada executá-los, com a condição de imprimir nos exemplares que excedam aquele número uma barra com a
seguinte indicação: «Cópia de documento não válida para os fins previstos no Regime dos Bens em Circulação.» (Rectificado pela
Declaração de Rectificação n.º 10-C/2003, de 31 de Julho)
5 - A autorização referida no n.º 1 é concedida, mediante a apresentação do respectivo pedido, às pessoas singulares ou colectivas ou
entidades fiscalmente equiparadas que exerçam a actividade de tipografia ou que a iniciem, na condição de que:
a) Não tenham sofrido condenação nos termos dos artigos 87.º a 91.º, 103.º a 107.º, 113.º, 114.º, 116.º a 118.º, 120.º, 122.º e 123.º do
Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho, nem nos termos das normas correspondentes do
Regime Jurídico das Infracções Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 20-A/90, de 15 de Janeiro;
a) Não tenham sofrido condenação nos termos dos artigos 87.º a 107.º, nem se encontrem em situação punível pelos artigos 108.º a 111.º,
113.º, 114.º, 116.º a 118.º, 120.º, 122.º, 123.º e 127.º, todos do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de
5 de junho, nem nos termos das normas correspondentes dos regimes jurídicos das infrações fiscais aduaneiras e não aduaneiras,
aprovados, respetivamente, pelos Decretos -Leis n.os 376 -A/89, de 25 de outubro, e 20 -A/90, de 15 de janeiro; (art.º 187.º L 83-B/2013,
31/12)
b) Não estejam em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do n.º 1 do artigo 26.º e dos n.ºs 1 e 2 do artigo 40.º do
Código do IVA, do n.º 1 do artigo 57.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do n.º 1 do artigo 96.º do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas;
b) Não estejam em falta, relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do n.º 1 do artigo 27.º, do artigo 28.º, dos n.os 1 e 2 do
artigo 41.º do Código do IVA, do n.º 1 do artigo 57.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do n.º 1 do
artigo 104.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas; ; (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
c) Não se encontrem em estado de falência;
c) Não se encontrem em estado de falência ou de insolvência; [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro - OE – Vigor a
partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
d) Não tenham sido condenadas por crimes previstos nos artigos 256.º, 258.º, 259.º, 262.º, 265.º, 268.º e 269.º do Código Penal.
6 - O pedido de autorização referido no número anterior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a
identificação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos:
[Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
a) Certificado do registo criminal do proprietário da empresa, ou, tratando-se de sociedade, de cada um dos sócios gerentes ou
administradores em exercício;
b) Certificado, processado pela entidade judicial respectiva, para efeitos da alínea c) do número anterior.
Artigo 9.º - Subcontratação
1 - É permitido às tipografias autorizadas encarregar outras tipografias, desde que também autorizadas, da impressão dos documentos que
lhes forem requisitados, desde que façam acompanhar os seus pedidos da fotocópia das requisições recebidas.
2 - Tanto a tipografia que efectuou a impressão como a que a solicitou devem efectuar os registos e a comunicação referidos no artigo
10.º.
Artigo 10.º - Aquisição de documentos de transporte
1 - A aquisição dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º é efectuada mediante requisição escrita do adquirente utilizador, a qual
contém os elementos necessários ao registo a que se refere o n.º 2 do presente artigo.
2 - O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografia autorizada, em suporte informático, devendo conter os
elementos necessários à comunicação referida no n.º 5. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de
01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
3 - [Revogado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
4 - As requisições e os registos informáticos referidos nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica,
pelo prazo de quatro anos. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/01/2013]
5 - Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, previamente à
impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no
n.º 1 do artigo 8.º [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE
2013)]
6 - A comunicação referida no número anterior deve conter o nome ou denominação social, número de identificação fiscal, concelho e
distrito da sede ou domicílio da tipografia e dos adquirentes, documentos fornecidos, respetiva quantidade e numeração atribuída.
7 - [Revogado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
8 - Nos casos em que os adquirentes não se encontrem registados na AT para o exercício de uma atividade comercial, industrial ou
agrícola, a AT emite, em tempo real, no Portal das Finanças, um alerta seguido de notificação, advertindo a tipografia de que não pode
proceder à impressão dos documentos, sob pena de ser cancelada a autorização de impressão. [Aditado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de
dezembro - OE – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
Artigo 11.º - Revogação da autorização de impressão de documentos de transporte
O Ministro das Finanças, por proposta do diretor-geral da AT, pode determinar a revogação da autorização concedida nos termos do
artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n.º 5, sejam detetadas irregularidades
relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa
autorizada. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro - OE – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
Artigo 12.º - Obrigação de utilização de documentos de transporte impressos tipograficamente [Revogado pelo Decreto-Lei n.º
198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
Quando forem detectadas situações irregulares ou anómalas resultantes da utilização dos documentos processados por computador, o
Ministro das Finanças, por proposta do director-geral dos Impostos, pode determinar, por despacho, a obrigatoriedade de os sujeitos
passivos utilizarem exclusivamente documentos de transporte impressos tipograficamente, por um período não inferior ao determinado

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

no referido despacho, num mínimo de um ano civil e máximo de quatro anos civis. [Revogado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de
agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
Artigo 13.º - Entidades fiscalizadoras
1 - Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente
diploma compete à AT e à unidade com as atribuições tributárias, fiscais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana, cabendo também
a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração
que lhes for solicitada para o efeito. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5
do art.º 198.º OE 2013)]
2 - Para assegurar a eficácia das acções de fiscalização, as entidades fiscalizadoras podem proceder à abertura das embalagens, malas ou
outros contentores de mercadorias.
3 - Relativamente à abertura de embalagens ou contentores acondicionantes de produtos que, pelas suas características de fácil
deterioração ou perigo, não devam ser manuseados ou expostos ao meio ambiente, devem ser tomadas as seguintes providências:
a) As embalagens ou contentores de tais produtos devem ser sempre rotulados ou acompanhados de uma declaração sobre a natureza do
produto;
b) As entidades fiscalizadoras, em tais casos, não devem abrir as referidas embalagens, sem prejuízo de, em caso de dúvida quanto aos
bens transportados, serem tomadas as medidas adequadas para que se verifique, em condições aconselháveis, se os bens em circulação
condizem com os documentos de transporte que os acompanham.
4 - Os funcionários a quem incumbe a fiscalização prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em
circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certificado, e sempre que se verifiquem quaisquer infrações às normas
do presente diploma, devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte. [Redação dada pelo
Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
5 - Sempre que as outras autoridades atuem em conjunto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a
que haja lugar. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE
2013)]
6 - Sempre que a infracção for detectada no decurso de operações em que colaborem duas ou mais autoridades, a parte do produto das
coimas que se mostrem devidas destinadas ao autuante será repartida, em partes iguais, pelos serviços envolvidos.
7 - Sempre que aplicável, as entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido
recolhido o respetivo duplicado. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do
art.º 198.º OE 2013)]
Artigo 14.º - Infracções detectáveis no decurso da circulação de bens
1 - A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo
7.º e ainda as situações previstas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º farão incorrer os infractores nas penalidades previstas no artigo 117.º do
Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao
transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo
serviço.
1 - A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo
7.º ou as situações previstas nos n.os 2 a 4 do artigo 6.º fazem incorrer os infratores nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime
Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis, quer ao remetente dos bens, quer ao
transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo
serviço. (OE 2015)
2 - As omissões ou inexactidões praticadas nos documentos de transporte referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º que não sejam a
falta de indicação do número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente dos bens ou de qualquer das menções referidas nos n.ºs
4 e 8 do artigo 4.º e no n.º 3 do artigo 8.º ou ainda o não cumprimento do disposto no n.º 7 do artigo 4.º farão incorrer os infractores nas
penalidades referidas no artigo 117.º do Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho,
aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou
empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço.
2 - As omissões ou inexatidões praticadas nos documentos de transporte referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º, que não sejam a
falta de indicação do número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente dos bens, ou de qualquer das menções elencadas nos
n.os 4 e 8, ou ainda o não cumprimento do disposto no n.º 7, todos do artigo 4.º, fazem incorrer os sujeitos passivos a que se refere o n.º 1
do artigo 6.º nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de
junho. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
3 - Será unicamente imputada ao transportador a infracção resultante da alteração do destino final dos bens, ocorrida durante o transporte,
sem que tal facto seja por ele anotado.
3 - É unicamente imputada ao transportador a infração resultante da alteração do destino final dos bens, ocorrida durante o transporte.
(art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
4 - Quando os bens em circulação, transportados num único veículo, provierem de mais de um remetente, a cada remetente será imputada
a infracção resultante dos bens por ele remetidos.
5 - Sempre que o transportador dos bens em circulação em situação irregular não identifique o seu remetente, ser-lhe-á imputada a
respectiva infracção.
6 - Consideram-se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de
comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de
01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
7 - Somente são aplicáveis as sanções referidas no presente artigo quando as infracções forem verificadas durante a circulação dos bens.
[Redacção dada pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril - OE]
8 - É sempre competente para a aplicação de coimas por infracções ao presente diploma o chefe do serviço de finanças da área onde
foram detectadas. [Redacção dada pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril - OE]
9 - Sempre que aplicável, considera-se falta de exibição do documento de transporte a não apresentação imediata do código previsto no
n.º 7 do artigo 5.º [Aditado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
Artigo 15.º - Apreensão provisória
1 - Quando, em relação aos bens encontrados em circulação nos termos dos artigos 1.º e 3.º, o seu detentor ou transportador declare que
os mesmos não são provenientes de um sujeito passivo de IVA ou face à sua natureza, espécie e quantidade, se possa concluir que os
mesmos não integram nenhuma das situações de exclusão previstas e em todos os casos em que haja fundadas suspeitas da prática de
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

infracção tributária, pode exigir-se prova da sua proveniência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se proceder à
imediata apreensão provisória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16.º
1 - Quando, em relação aos bens encontrados em circulação nos termos dos artigos 1.º e 3.º, as entidades fiscalizadoras detetem indícios
da prática de infração criminal, podem exigir prova da sua proveniência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se
proceder à imediata apreensão provisória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16.º (art.º 187.º L 83-B/2013,
31/12)
2 - Do auto devem obrigatoriamente constar os fundamentos que levaram à apreensão provisória, designadamente os requisitos exigidos
no número anterior.
3 - Se a prova exigida no n.º 1 não for feita de imediato ou não for efectuada dentro de cinco dias úteis, a apreensão provisória converter-
se-á em definitiva, passando a observar-se o disposto no artigo 17.º
4 - O disposto no presente artigo aplica-se, com as devidas adaptações, às situações previstas no n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º (revogado art.º
188.º L 83-B/2013, 31/12)
Artigo 16.º - Apreensão dos bens em circulação e do veículo transportador
1 - Independentemente das sanções aplicáveis, as infracções referidas nos n.ºs 1 e 2 do artigo 14.º relativas aos bens em circulação
implicam a apreensão destes, bem como dos veículos que os transportarem, sempre que estes veículos não estejam afectos aos
transportes públicos regulares de passageiros ou mercadorias ou afectos a empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço por
conta daqueles. (revogado art.º 188.º L 83-B/2013, 31/12)
2 - No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa-se o preceituado no
artigo 886.º-C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis.
[Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
2 - No caso de os bens apreendidos nos termos do artigo anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa -se o disposto no Código
de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário, com as devidas adaptações. (art.º 187.º
L 83-B/2013, 31/12)
3 - Da apreensão dos bens e dos veículos será lavrado auto em duplicado ou, no caso do n.º 6 do presente artigo, em triplicado, sendo os
mesmos entregues a um fiel depositário, de abonação correspondente ao valor normal dos bens apreendidos expressamente referido nos
autos, salvo se puderem ser removidos, sem inconveniente, para qualquer depósito público.
4 - O original do auto de apreensão será entregue no serviço de finanças da área onde foi detectada a infracção.
4 - O original do auto de apreensão é entregue no serviço de finanças da área onde foi detetada a infração, devendo este serviço dar
conhecimento imediato ao órgão de polícia criminal com competência na matéria. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
5 - O duplicado do auto de apreensão será entregue ao fiel depositário mediante recibo.
6 - Quando o fiel depositário não for o condutor do veículo ou o transportador, será entregue a este último, ou na sua ausência ao
primeiro, um exemplar do auto de apreensão.
7 - Nos casos de apreensão em que o remetente não seja o transportador dos bens, proceder-se-á, no prazo de três dias úteis, à notificação
do remetente para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 17.º
Artigo 17.º - Regularização das apreensões
1 - Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação
encontrada em falta, mediante exibição ou emissão dos documentos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos
referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º e
do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo. [Redação
dada pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
1 - Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores demonstrar a proveniência
ou destino dos bens perante o órgão de polícia criminal, sem prejuízo da coima que ao caso couber. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
2 - No caso previsto no número anterior, o órgão de polícia criminal dá conhecimento ao serviço de finanças da área onde foi detetada a
infração da inexistência de indícios de crime, devendo o serviço de finanças prosseguir com o processo de contraordenação, levantando-
-se, para o efeito, o respetivo auto de notícia relativo à infração praticada. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
3 - As despesas originadas pela apreensão são da responsabilidade do infractor, sendo cobradas conjuntamente com a coima.
4 - Para efeitos do número anterior, o serviço de finanças comunica o facto ao apreensor, que, após o levantamento do auto respectivo,
lho remete. (revogado art.º 188.º L 83-B/2013, 31/12)
5 - Nos casos em que o chefe do serviço de finanças competente constate que a apreensão foi feita sem preencher os requisitos previstos
no presente diploma ou de que foi feita a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, não deverá ser levantado auto de notícia, arquivando-se
o auto de apreensão, depois de ouvido o apreensor sempre que tal se mostre conveniente. (revogado art.º 188.º L 83-B/2013, 31/12)
6 - Nos casos de haver manifesta impossibilidade em fazer a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, pode o chefe do serviço de finanças
proceder de conformidade com o disposto no número anterior após proceder às diligências que se mostrarem necessárias. (revogado
art.º 188.º L 83-B/2013, 31/12)
7 - As decisões proferidas nos termos dos n.ºs 5 e 6 do presente artigo podem ser alteradas, no prazo de 30 dias, por despacho do
director de finanças do distrito, a quem o respectivo processo será remetido. (revogado art.º 188.º L 83-B/2013, 31/12)
8 - O despacho proferido nos termos do número anterior pode determinar o prosseguimento do processo, unicamente para pagamento
das coimas que se mostrem devidas, considerando-se sempre definitiva a libertação dos bens e meios de transporte. (revogado art.º
188.º L 83-B/2013, 31/12)
9 - Nos casos referidos no número anterior são os infractores notificados do despacho do director de finanças, podendo utilizar a
faculdade prevista no n.º 1 do presente artigo, contando-se o prazo aí referido a partir da data da notificação. (revogado art.º 188.º L
83-B/2013, 31/12)
10 - As decisões a que se referem os n.ºs 5 e 7 serão sempre comunicadas ao apreensor. (revogado art.º 188.º L 83-B/2013, 31/12)
11 - Da decisão de apreensão cabe recurso para o tribunal tributário de 1.ª instância.
11 - Da decisão de apreensão cabe recurso para o tribunal judicial de 1.ª instância, com competência criminal, da área em que foi
efetuada a apreensão. (art.º 187.º L 83-B/2013, 31/12)
Artigo 18.º - Decisão quanto à apreensão
1 - À decisão sobre os bens em circulação e veículos de transporte apreendidos ou ao produto da sua venda é aplicável o disposto do n.º 4
do artigo 73.º do Regime Geral das Infracções Tributárias com as necessárias adaptações.
2 - O levantamento da apreensão do veículo e dos bens respectivos só se verificará quando:

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o original e o duplicado ou, no caso
de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se
encontrem regularizadas as situações previstas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º;
a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o comprovativo de emissão ou, sendo
caso disso, o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos
mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º; [Redação dada pelo
Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto – Vigor a partir de 01/05/2013 (n.º 5 do art.º 198.º OE 2013)]
b) For prestada caução, por meio de depósito em dinheiro ou de fiança bancária, que garanta o montante das coimas e dos encargos
referidos na alínea a);
c) Se verificar o trânsito em julgado da decisão que qualifica a infracção ou apreensão insubsistente.
3 - Nos casos de apreensão em que o remetente não seja transportador dos bens, o levantamento da apreensão, quer dos bens quer do
veículo, será efectuado nos termos do número anterior, relativamente a cada um deles, independentemente da regularização efectuada
pelo outro infractor.
Artigo 19.º - Legislação subsidiária
Ao presente regime complementar é aplicável subsidiariamente o Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pela Lei n.º
15/2001, de 5 de Junho.

Regime de cobrança e reembolsos do IVA – (DL 229/95, 11-09)


Artigo 1.º - Locais de cobrança
1 - O pagamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) só poderá ser efectuado:
a) Em toda a rede de cobrança do IVA, para todos os casos de autoliquidação, exceptuando os do regime especial de pequenos retalhistas
e das situações previstas no n.º 2 do artigo 26.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; (Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º
124/2005, de 3 de Agosto)
1 - O pagamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) deve ser efetuado nos locais de cobrança legalmente autorizados.
[Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
b) Nas tesourarias da Fazenda Pública, nos casos expressamente exceptuados na alínea anterior, bem como em todos aqueles em que não
haja autoliquidação do imposto.
2 - As normas deste diploma não se aplicam ao imposto cuja liquidação e cobrança compete aos serviços aduaneiros nos termos dos n.os
3 a 5 do artigo 27.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
2 - Para efeitos do número anterior consideram-se 'locais de cobrança legalmente autorizados' as secções de cobrança dos serviços de
finanças, os balcões dos CTT, bem como as instituições de crédito que tenham celebrado os necessários acordos com a Agência de
Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E. P. E. (IGCP). [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
3 - O pagamento do imposto pode ainda ser feito através de sistema de pagamento automático Multibanco ou do serviço de
Homebanking nas instituições de crédito que o disponibilizem. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
4 - A certificação ou o recibo emitido pelas entidades cobradoras da receita constitui prova de pagamento. [Redação dada pela Lei n.º
64/2012, de 20 de dezembro]
5 - As normas deste diploma não se aplicam ao imposto cuja liquidação e cobrança compete aos serviços aduaneiros nos termos dos n.ºs
3 e 4 do artigo 28.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, abreviadamente designado Código do IVA. [Redação dada pela
Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 2.º - Extractos da situação tributária [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
A DSCIVA emitirá trimestralmente, para os contribuintes do regime mensal e, semestralmente, para os do regime trimestral, extractos
relativos à sua situação tributária em termos de IVA, neles se incluindo os créditos disponíveis, os reembolsos pagos, os reembolsos em
fase de apreciação e ainda os valores remetidos para pagamento do imposto.
Art. 3.º - Envio da declaração periódica a sujeito passivo [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
1 - Para efeitos do cumprimento das obrigações estabelecidas no n.º 1 do artigo 26.º e nos n.os 1 e 2 do artigo 40.º do Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado, a DSCIVA enviará directamente aos sujeitos passivos que se encontrem registados a declaração
periódica com elementos pré-impressos acompanhada de envelope devidamente endereçado e com porte pago, para devolução daquela
declaração.
2 - Completado o preenchimento da declaração pelo seu sujeito passivo, deverá a mesma ser devolvida juntamente com o
correspondente meio de pagamento, se for caso disso, utilizando-se o envelope referido no número anterior.
3 - O não recebimento pelo sujeito passivo dos documentos referidos no n.º 1, bem como a sua inutilização, não o desobrigam do
cumprimento das disposições citadas no mesmo número.
Art. 4.º - Meios de pagamento
1 - O pagamento do imposto pela forma prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 1.º pode ser efectuado: (Redacção dada pelo Decreto-Lei
n.º 124/2005, de 3 de Agosto)
1 - O pagamento do imposto só pode ser efetuado: [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
a) Com moeda corrente; (Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 124/2005, de 3 de Agosto)
b) Por meio de cheque sacado sobre instituição de crédito localizada em qualquer Estado membro da União Europeia ou no espaço
económico europeu; (Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 124/2005, de 3 de Agosto)
b) Por cheque sacado sobre instituição de crédito localizada no território nacional ou em outro Estado membro da União Europeia, ou no
Espaço Económico Europeu; [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
c) Por transferência conta a conta feita em instituição de crédito localizada em qualquer Estado membro da União Europeia ou no espaço
económico europeu contendo obrigatoriamente a referência de pagamento; (Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 124/2005, de 3 de
Agosto)
c) Por transferência bancária, efetuada mediante instituição de crédito localizada no território nacional ou em outro Estado membro da
União Europeia, ou no Espaço Económico Europeu, devendo conter a referência de pagamento; [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de
20 de dezembro]
d) Através de outras entidades cobradoras, que para esse efeito celebrem com a Direcção-Geral do Tesouro os indispensáveis acordos.
(Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 124/2005, de 3 de Agosto)
d) Através de outras entidades cobradoras que, para esse efeito, venham a celebrar com o IGCP os necessários acordos. [Redação dada
pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

2 - Cada meio de pagamento deverá respeitar a uma única declaração periódica. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
3 - Para pagamento do imposto apurado em declaração periódica de substituição apresentada depois de terminado o prazo previsto no
n.º 2 do artigo 83.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, pode o sujeito passivo levar em conta o montante da liquidação
oficiosa, emitindo pela diferença o meio de pagamento correspondente ao imposto apurado na referida declaração. (Redacção dada
pelo Decreto-Lei n.º 124/2005, de 3 de Agosto) [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 4-A – Formas de pagamento [Artigo aditado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Para cumprimento da obrigação de pagamento do imposto, estabelecida no artigo 27.º do Código do IVA, os sujeitos passivos devem
utilizar, consoante o caso, um dos seguintes documentos a obter no Portal das Finanças:
a) Documento de pagamento gerado após a submissão da respetiva declaração periódica;
b) Guia de pagamento do modelo P2, DUC (Documento Único de Cobrança), aprovado pela Portaria n.º 92/2004, de 23 de janeiro.
Art. 5.º - Certidão de dívida
Quando a declaração periódica a remeter nos termos previstos no artigo 3.º não for acompanhada do meio de pagamento ou este se
mostre insuficiente face ao apuramento feito pelo sujeito passivo, a DSCIVA extrairá, de acordo com o disposto no n.º 5 do artigo 26.º do
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, a respectiva certidão de dívida a qual deverá ser remetida à repartição de finanças
competente.
Quando não for efetuado o pagamento do imposto ou o pagamento se mostre insuficiente face ao valor do imposto apurado pelo sujeito
passivo na declaração periódica enviada, é extraída a respetiva certidão de dívida, nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 6 do
artigo 27.º do Código do IVA. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 6.º - Compensação
1 - Quando o valor do meio de pagamento for superior ao do imposto apurado pela DSCIVA com base nos valores indicados na
declaração periódica correspondente, será a diferença daí resultante comunicada ao sujeito passivo para efeitos da sua compensação nos
períodos de imposto seguintes, aplicando-se para a sua utilização a limitação temporal estabelecida no n.º 6 do artigo 71.º do Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado, sem prejuízo do disposto no n.º 7 do mesmo artigo.
1 - Quando o valor do pagamento efetuado for superior ao do imposto apurado com base nos valores indicados na declaração periódica
correspondente, a diferença daí resultante é creditada em conta corrente, para efeitos da sua compensação com o imposto que vier a
mostrar-se devido. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
2 - A comunicação referida no número anterior só terá lugar quando a diferença apurada seja igual ou superior ao quantitativo indicado
no n.º 5 do artigo 88.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, sendo a sua utilização condicionada ao recebimento efectivo
da comunicação remetida pela DSCIVA. (Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 472/99, de 8 de Novembro)
2 - Ultrapassado o prazo previsto no n.º 2 do artigo 88.º do Código do IVA e após o pagamento da liquidação oficiosa apurada nos
termos do n.º 1 do mesmo artigo, à data da apresentação da respetiva declaração periódica será o valor de imposto considerado nos
termos seguintes: [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
a) Se superior ao valor da referida liquidação oficiosa, será este tido em conta, mostrando-se apenas devida a diferença; [Redação dada
pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
b) Se inferior ao valor da referida liquidação oficiosa, será a diferença creditada em conta corrente para efeitos de compensação em
imposto que venha a mostrar-se devido; [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
c) Se houver imposto a favor do sujeito passivo, apurado na declaração periódica, será este creditado na conta corrente para efeitos do
disposto no n.º 4 do artigo 22.º do Código do IVA, ficando o valor da liquidação oficiosa disponível para compensação em imposto que
venha a mostrar-se devido. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 7.º - Erros na liquidação
Havendo erro na liquidação resultante dos factos previstos no n.º 6 do artigo 71.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado e
não procedendo o sujeito passivo à respectiva regularização pela forma e nos prazos estabelecidos, deve a DSCIVA:
Havendo erro na liquidação resultante dos factos previstos no n.º 6 do artigo 78.º do Código do IVA e não efetuando o sujeito passivo a
respetiva regularização pela forma e no prazo estabelecido no Código do IVA, a Autoridade Tributária e Aduaneira procede à retificação
das declarações dos sujeitos passivos e emite a liquidação adicional que se mostrar devida, nos termos do artigo 87.º do mesmo Código,
sem prejuízo de proceder a compensações com eventuais créditos que se encontrem disponíveis em conta corrente. [Redação dada pela
Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
a) Enviar à repartição de finanças respectiva os elementos necessários ao cumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 82.º, quando
houver imposto entregue a menos; [Revogada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
b) Considerar como não efectuadas regularizações posteriores, sendo a diferença entre a importância constante do meio de pagamento
enviado e a do imposto apurado na DSCIVA tratada nos termos dos artigos 5.º e 6.º, consoante o seu valor seja, respectivamente,
negativo ou positivo. [Revogada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 8.º - Utilização de créditos
1 - Os excessos a reportar, bem como as regularizações a crédito, transportados de períodos anteriores, nos termos do n.º 4 do artigo 22.º
do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado e do artigo 6.º do presente diploma, só serão tomados em conta quanto incluídos em
declarações periódicas apresentadas dentro do prazo legal.
1 - Para efeitos de utilização em períodos de imposto seguintes, são creditados na conta corrente do sujeito passivo os seguintes
montantes: [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
a) Créditos apurados em declarações periódicas enviadas depois do termo do prazo previsto no artigo 41.º do Código do IVA; [Redação
dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
b) Créditos resultantes de declarações periódicas de substituição, submetidas no prazo estabelecido no n.º 6 do artigo 78.º do referido
Código, os quais serão repercutidos nas declarações periódicas dos períodos de imposto seguintes àqueles a que se reportam. [Redação
dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
2 - As declarações periódicas apresentadas depois de terminado o prazo legal, em substituição de uma liquidação oficiosa prevista no
artigo 83.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado ou de uma declaração periódica anteriormente apresentada, relativamente
ao mesmo período do imposto, deverão ser feitas em declaração modelo C, anexa ao presente diploma, devendo ser remetidas ao Serviço
de Administração do IVA, nos termos do n.º 1 do artigo 26.º do referido Código. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
3 - O crédito apurado em declaração periódica apresentada depois de terminado o prazo previsto no artigo 40.º do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado será comunicado pela DSCIVA, de acordo e para os efeitos previstos no artigo 6.º. [Revogado pela Lei n.º
64/2012, de 20 de dezembro]

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

4 - O crédito resultante de declaração periódica de substituição apresentada depois de terminado o prazo legal previsto no artigo 40.º do
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, com crédito superior ou débito inferior relativamente à anteriormente apresentada, será
comunicado pela DSCIVA nos termos e para os efeitos do artigo 6.º [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
5 - Sem prejuízo do disposto no n.º 7 do artigo 71.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, as declarações de substituição
apresentadas nos termos do número anterior terão de dar entrada na DSCIVA no prazo de um ano contado da data da apresentação da
declaração a substituir. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 9.º - Pagamento inconsistente
Sempre que na DSCIVA seja recebido algum meio de pagamento emitido à ordem da Direcção-Geral do Tesouro que não seja
acompanhado da correspondente declaração periódica, sendo, no entanto, possível identificar o sujeito passivo que o enviou, deverá a
respectiva importância ser considerada no pagamento do imposto que vier a mostrar-se devido.
Sempre que for efetuado um pagamento que não corresponda a qualquer valor autoliquidado, deverá a respetiva importância ser creditada
em conta corrente, para efeitos da sua compensação em imposto que venha posteriormente a mostrar-se devido. [Redação dada pela Lei
n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 10.º - Documento único de cobrança
Para efeitos do disposto no artigo 87.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, a DSCIVA remeterá ao sujeito passivo
devedor o documento de cobrança previsto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 275-A/93, de 9 de Agosto.
Para efeitos do disposto no artigo 92.º do Código do IVA, a Autoridade Tributária e Aduaneira remete ao sujeito passivo devedor o
documento único de cobrança a que se refere o artigo 11.º do regime da tesouraria do Estado, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º
191/99, de 5 de junho. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 11.º - Cheques sem provisão ou falta de requisitos [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
1 - Havendo lugar à devolução de cheques por falta de provisão, a DSCIVA deverá expedir, sob registo, comunicação desse facto ao
sujeito passivo devedor. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
2 - Havendo lugar à devolução de cheques por falta de algum dos requisitos formais que impossibilite o seu pagamento, a DSCIVA
expedirá, sob registo, comunicação desse facto ao sujeito passivo devedor. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
3 - Nas situações referidas nos números anteriores, a DSCIVA emitirá a certidão de dívida correspondente ao imposto em falta, para
efeitos do disposto no n.º 5 do artigo 26.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de
dezembro]
4 - Tendo em conta o disposto no número anterior, a Direcção-Geral do Tesouro comunicará, semanalmente, à Direcção-Geral das
Contribuições e Impostos todas as situações previstas nos n.os 1 e 2. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
5 - A DSCIVA não procederá, contudo, à emissão da certidão de dívida referida no n.º 3 se o sujeito passivo tiver regularizado a dívida
até à data da sua emissão. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 12.º - Pagamentos nulos
São considerados nulos todos os pagamentos que, de acordo com o previsto no artigo anterior, não permitam a arrecadação da receita
relativa ao IVA.
São considerados nulos todos os pagamentos que, nos termos legais, não permitam a arrecadação da receita relativa ao IVA,
nomeadamente os efetuados com cheques sem provisão ou sem observância dos necessários requisitos formais, procedendo a Autoridade
Tributária e Aduaneira à extração de certidão de dívida, nos termos do n.º 6 do artigo 27.º do Código do IVA. [Redação dada pela Lei n.º
64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 13.º - Pagamentos por conta [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
1 - Sempre que o imposto deva ser pago na tesouraria da Fazenda Pública competente, por força do disposto nos artigos 5.º e 7.º,
poderá o sujeito passivo efectuar pagamentos por conta que serão considerados na dívida final. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20
de dezembro]
2 - Os pagamentos referidos no número anterior só poderão ser efectuados até à data em que derem entrada na repartição de finanças
competente os elementos previstos nos artigos 5.º e 10.º, momento em que se restituirá ou cobrará a diferença. [Revogado pela Lei n.º
64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 14.º - Pedidos de reembolso
1 - Os reembolsos do IVA são solicitados:
a) Nos casos previstos nos n.os 5 e 6 do artigo 22.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, através da declaração prevista na
alínea c) do n.º 1 do artigo 28.º ou, tratando-se de sujeitos passivos abrangidos pelo regime especial dos pequenos retalhistas, na
declaração referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 67.º, ambas do mesmo Código;
a) Nos casos previstos nos n.ºs 5 e 6 do artigo 22.º do Código do IVA, através da declaração prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º
ou, tratando-se de sujeitos passivos abrangidos pelo regime especial dos pequenos retalhistas, na declaração referida na alínea b) do n.º 1
do artigo 67.º, ambas do mesmo Código; [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
b) Nos demais casos previstos na lei, em impresso de modelo aprovado.
b) Nos demais casos previstos na lei, em formulário de modelo aprovado. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
2 - Apresentado o pedido de reembolso, fica o sujeito passivo impedido de proceder à dedução prevista no n.º 4 do artigo 22.º do Código
do Imposto sobre o Valor Acrescentado pela respectiva importância, até à comunicação da decisão que recair sobre o pedido.
2 - Apresentado o pedido de reembolso, fica o sujeito passivo impedido de proceder à dedução prevista no n.º 4 do artigo 22.º do Código
do IVA pela respetiva importância, até à comunicação da decisão que recair sobre o pedido. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20
de dezembro]
3 - Os pedidos de reembolso, depois de informados sempre que se mostre conveniente, serão apreciados segundo níveis de competência a
estabelecer por despacho do director-geral das Contribuições e Impostos.
3 - Para efeitos de concessão do reembolso, são considerados apenas os pedidos que constem de declaração periódica enviada dentro do
respetivo prazo legal, ainda que se trate de declaração de substituição, sem prejuízo dos respetivos acertos em conta corrente resultantes
de valores apurados em declarações apresentadas para além do referido prazo. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
4 - Sem prejuízo da manutenção do respectivo crédito, só serão considerados os pedidos de reembolso que constem de declaração
apresentada dentro do respectivo prazo legal, e, no caso da apresentação de declarações rectificativas relativas ao mesmo período de
imposto, só será tomado em conta o primeiro pedido de reembolso apresentado.
4 - Sempre que o sujeito passivo seja devedor de IVA é suspensa a concessão de reembolsos que não estejam garantidos nos termos do
artigo 22.º do Código do IVA, até que o imposto seja pago ou garantido nos termos do artigo 169.º do Código de Procedimento e de
Processo Tributário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, sem prejuízo de poder ser efetuada a compensação com
créditos tributários, nos termos do artigo 90.º deste Código. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

5 - Sem prejuízo do disposto no artigo 83.º-B do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado e sempre que o sujeito passivo seja
devedor de IVA, será suspensa a concessão dos reembolsos que não estejam garantidos nos termos do n.º 7 do artigo 22.º do Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado, até que o imposto seja pago ou garantido nos termos do artigo 169.º do Código de Procedimento e
de Processo Tributário. (Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 160/2003, de 19 de Julho).
5 - No caso de cessação de atividade, de alteração para um dos regimes especiais ou quando o sujeito passivo passe a praticar
exclusivamente operações isentas que não conferem direito à dedução, os pedidos de reembolso apenas são considerados se solicitados
em declaração apresentada dentro do prazo fixado no n.º 2 do artigo 98.º do Código do IVA. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20
de dezembro]
Art. 15.º - Pagamento dos reembolsos
1 - O pagamento dos reembolsos do IVA é efectuado pela DSCIVA por transferência conta a conta, sempre que o sujeito passivo faça
nas declarações de início de actividade ou de alterações a indicação de conta bancária para o efeito e a respectiva instituição de crédito a
confirme.
1 - O pagamento dos reembolsos do IVA é efetuado pelo IGCP por ordem da Direção de Serviços de Reembolsos da Autoridade
Tributária e Aduaneira, através de transferência bancária para conta indicada pelo sujeito passivo, que se mostre válida e vigente em
qualquer instituição de crédito localizada em território nacional ou em outro Estado membro da União Europeia, ou no Espaço
Económico Europeu. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
2 - Na falta das condições referidas no número anterior, o pagamento dos reembolsos será efectuado por cheque do Tesouro.
2 - Na falta das condições referidas no número anterior, o pagamento dos reembolsos será efetuado por cheque do IGCP. [Redação dada
pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
3 - Se o pagamento for feito através de cheque do Tesouro, a DSCIVA fixará, aquando da sua remessa ao sujeito passivo beneficiário,
um prazo para o seu levantamento.
3 - O meio de pagamento a que se refere o número anterior tem o prazo de validade de 60 dias. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de
20 de dezembro]
4 - O prazo fixado nos termos do número anterior não poderá ser inferior a 60 dias contados desde a data da expedição do cheque.
[Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
5 - O reembolso considera-se efectuado na data em que for dada ordem de pagamento à respectiva instituição de crédito nos casos
previstos no n.º 1, e no 2.º dia seguinte ao do respectivo registo de expedição, nos casos em que o pagamento é feito nos termos do n.º 2.
[Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 16.º - Extravio de declarações e meios de pagamento [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
1 - Nos casos em que se alegue o extravio de declarações ou de meios de pagamento que tenham sido remetidos à DSCIVA nos termos
da alínea a) do n.º 1 do artigo 1.º, o sujeito passivo poderá justificar através de exposição devidamente fundamentada, que cumpriu tal
obrigação, juntando sempre o talão anexo à declaração periódica como prova da sua entrega nos serviços dos correios ou fotocópia
completa do cheque através da qual seja visível o endosso feito pela DSCIVA. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
2 - A exposição a que se refere o número anterior deverá dar entrada na repartição de finanças competente no prazo de 90 dias a contar
da data em que o sujeito passivo teve conhecimento do extravio e ser acompanhada da declaração periódica e do meio de pagamento
que, eventualmente, esteja em falta. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
3 - Apreciada a exposição e aceite a justificação alegada no sentido de não ser imputada ao sujeito passivo a responsabilidade do
extravio, o director distrital de finanças remeterá para a DSCIVA as declarações e meios de pagamento referidos no número anterior.
[Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
4 - São aplicáveis as normas da Lei Geral Tributária e do Código de Procedimento e de Processo Tributário relativas ao procedimento
de reclamação graciosa, designadamente no que se refere à matéria de competência e às regras de tramitação dos procedimentos, em
tudo o que não estiver previsto nos números anteriores. (Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 160/2003, de 19 de Julho). [Revogado pela
Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 17.º - Operações respeitantes exclusivamente às Regiões Autónomas [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
1 - Sempre que o pagamento do imposto ou o seu reembolso sejam efectuados nos termos, respectivamente, da alínea a) do n.º 1 do
artigo 1.º e do artigo 14.º deste diploma e respeitem a sujeitos passivos que, no âmbito das disposições contidas no Decreto-Lei n.º
347/85, de 23 de Agosto, realizem operações exclusivamente numa das Regiões Autónomas dos Açores ou da Madeira, serão os
correspondentes montantes movimentados em nome do respectivo Governo Regional. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de
dezembro]
2 - No caso previsto no número anterior, e sempre que as operações sejam realizadas em qualquer das Regiões Autónomas dos Açores
ou da Madeira conjuntamente com as operações localizadas no continente ou na outra Região, serão os correspondentes montantes do
imposto pago ou reembolsado movimentados proporcionalmente aos valores, respectivamente, do imposto liquidado ou dedutível,
imputáveis a cada um daqueles espaços. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 18.º - Anexos à declaração periódica
1 - Os sujeitos passivos mencionados no n.º 2 do artigo anterior, quando obrigados à apresentação de declaração periódica, enviarão à
DSCIVA, juntamente com esta, anexos relativos às operações que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de Agosto, se
considerem localizadas em cada um daqueles espaços.
1 - Os anexos relativos às operações que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, alterado pela Lei n.º 2/92, de 9 de
março, pelo Decreto-Lei n.º 166/94, de 9 de junho, pela Lei n.º 39-B/94, de 27 de dezembro, pelo decreto-lei n,º 91/96, de 12 de julho, e
pelas Leis n.ºs 16-A/2002, de 31 de maio, 39/2005, de 24 de junho, 26-A/2008, de 27 de junho, 12-A/2010, de 30 de junho, e 55-A/2010,
de 31 de dezembro, e pela Lei n.º 14-A/2012, de 30 de março, se considerem localizadas em cada uma das regiões autónomas, devem ser
submetidos com a respetiva declaração periódica da qual são parte integrante. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro
2 - Os anexos referidos no número anterior farão parte integrante da respectiva declaração periódica. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de
20 de dezembro]
Art. 19.º - Depósito da rceita nas contas do Tesouro [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
A DSCIVA depositará, diariamente, nas contas da Direcção-Geral do Tesouro abertas para esse efeito nas diversas instituições de
crédito a receita ilíquida arrecadada nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 1.º [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 20.º - Impressos [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Fica autorizado o Ministro das Finanças a, por despacho, criar ou alterar os modelos de livros e impressos que se tornem necessários à
execução do presente diploma, bem como adaptar os actuais modelos de livros e demais elementos de escrituração das contas do
Estado. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Art. 21.º [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]


É revogado o Decreto-Lei n.º 504-M/85, de 30 de Dezembro, considerando-se como feitas ao presente diploma as referências que lhe
são feitas na legislação em vigor. [Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]
Art. 22.º - Produção de efeitos
O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação.
O presente diploma produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2012. [Redação dada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro]

Regime especial do imposto sobre o valor acrescentado para sujeitos passivos não
estabelecidos no Estado-membro de consumo ou não estabelecidos na Comunidade
que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços
por via eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou
domiciliadas na Comunidade.
(Decreto-Lei n.º 158/2014, de 24/10)
(Este regime será revogado a partir 01/01/2021 pelo art.º 8.º da L 47/220, de 24/08)
CAPÍTULO I
Âmbito de aplicação do regime
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 1.º - Objeto
O presente regime especial do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) é aplicável aos sujeitos passivos que disponham de sede,
estabelecimento estável ou domicílio na Comunidade mas não estejam estabelecidos no Estado-membro de consumo e aos sujeitos
passivos não estabelecidos na Comunidade, que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via
eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas na Comunidade.
Artigo 2.º - Conceitos
Para efeitos do presente regime, entende-se por:
a) «Sujeito passivo», um sujeito passivo não estabelecido no Estado-membro de consumo ou um sujeito passivo não estabelecido na
Comunidade;
b) «Sujeito passivo não estabelecido no Estado-membro de consumo», as pessoas singulares ou coletivas com sede, estabelecimento
estável ou domicílio na Comunidade, que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio no território do Estado-membro
de consumo;
c) «Sujeito passivo não estabelecido na Comunidade», as pessoas singulares ou coletivas que não disponham de sede, estabelecimento
estável ou, na sua falta, domicílio no território da Comunidade e não devam estar registadas, para efeitos do imposto sobre o valor
acrescentado, em qualquer Estado-membro pela prática de outras operações tributáveis;
c) ‘Sujeito passivo não estabelecido na Comunidade’, as pessoas singulares ou coletivas que não disponham de sede, estabelecimento
estável ou, na sua falta, domicílio no território da Comunidade; (vigor 01/01/2019 – L71/2018, 31/12)
d) «Estado-membro de consumo», o Estado-membro no qual se considera efetuada a prestação de serviços de telecomunicações, de
radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica;
e) «Estado-membro de identificação», o Estado-membro escolhido pelo sujeito passivo não estabelecido na Comunidade para declarar o
início da sua atividade na qualidade de sujeito passivo no território da Comunidade ou o Estado-membro no qual o sujeito passivo
estabelecido na Comunidade tem a sede, estabelecimento estável, ou na sua falta, um domicílio;
f) «Serviços de telecomunicações», «serviços de radiodifusão ou televisão» e «serviços por via eletrónica», os serviços a que se refere a
alínea h) do n.º 9, a alínea h) do n.º 10, a alínea d) do n.º 12 e os n.os 14 e 15 do artigo 6.º do Código do IVA;
f) ‘Serviços de telecomunicações’, ‘serviços de radiodifusão ou televisão’ e ‘serviços por via eletrónica’, os serviços a que se refere a
alínea h) do n.º 9, a alíneah) do n.º 10, a alínea d) do n.º 12, os n.os14 e 15 do artigo 6.º e o artigo 6.º -A do Código do IVA; (vigor
01/01/2019 – L71/2018, 31/12)
g) «Declaração de IVA», a declaração que contém as informações necessárias para determinar o montante de imposto devido em cada
Estado-membro.
Artigo 3.º - Opção pelo regime especial
1 - Os sujeitos passivos referidos no artigo 1.º que reúnam as condições previstas nas secções seguintes, podem optar pela aplicação do
presente regime, devendo para esse efeito efetuar eletronicamente o respetivo registo junto da Autoridade Tributária e Aduaneira.
2 - Quando exerçam a opção referida no número anterior, os sujeitos passivos ficam obrigados ao cumprimento, por via eletrónica, junto
da Autoridade Tributária e Aduaneira, de todas as obrigações previstas no presente regime.
Artigo 4.º - Exclusão do regime especial
A Autoridade Tributária e Aduaneira procede à exclusão oficiosa dos sujeitos passivos do regime especial e ao cancelamento do
respetivo registo nos seguintes casos:
a) Quando os sujeitos passivos tenham deixado de preencher os requisitos necessários para integrar o regime especial;
b) Quando os sujeitos passivos comuniquem que deixaram de prestar serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e
serviços por via eletrónica;
c) Quando existam indícios de que as suas atividades tributáveis abrangidos pelo presente regime especial cessaram;
d) Quando reiteradamente os sujeitos passivos não cumpramas regras relativas ao regime especial.
SECÇÃO II
Disposições aplicáveis aos sujeitos passivos estabelecidos na Comunidade
SUBSECÇÃO I
Regime especial aplicável aos sujeitos passivos estabelecidos no território nacional
Artigo 5.º - Opção pelo regime especial
1 - Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio em território nacional, que prestem serviços de
telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

domiciliadas em qualquer outro Estado-membro da Comunidade, podem optar pelo registo em território nacional, para efeitos do
cumprimento de todas as obrigações decorrentes da prestação dos referidos serviços.
2 - Tendo exercido a opção prevista no número anterior, o regime especial aplica-se a todos os referidos serviços prestados na
Comunidade a não sujeitos passivos nela estabelecidos ou domiciliados, exceto aos serviços que sejam prestados em Estado-membro no
qual o sujeito passivo disponha de um estabelecimento estável.
3 - Um sujeito passivo que não disponha de sede na Comunidade mas disponha de um estabelecimento estável em território nacional e
estabelecimentos estáveis em outros Estados-membros, e que tenha exercido a opção a que se refere o n.º 1, é obrigado a manter o
território nacional como Estado-membro de identificação durante o ano civil em que exerceu a opção e nos dois anos civis subsequentes.
Artigo 6.º - Número de identificação fiscal
Para efeitos do disposto no artigo anterior os sujeitos passivos estabelecidos em território nacional utilizam o respetivo número de
identificação fiscal.
Artigo 7.º - Direito à dedução
Os sujeitos passivos estabelecidos em território nacional que optem pela aplicação do regime especial exercem o direito à dedução do
imposto suportado em território nacional para a realização das prestações de serviços por ele abrangidas na declaração periódica a que se
refere o artigo 41.º do Código do IVA.
Artigo 8.º - Direito ao reembolso
1 - Os sujeitos passivos referidos no artigo anterior podem solicitar o reembolso do imposto suportado noutros Estados-membros para a
realização das prestações de serviços abrangidas pelo regime especial, nos termos do Regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos
não estabelecidos no Estado-membro de reembolso, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.
2 - O disposto no número anterior não é aplicável se os sujeitos passivos estiverem registados para efeitos do IVA no território dos
Estados-membros de consumo.
SUBSECÇÃO II
Regime especial aplicável aos sujeitos passivos estabelecidos noutros Estados-membros
Artigo 9.º - Direito ao reembolso
1 - Os sujeitos passivos estabelecidos noutros Estadosmembros, que neles optem pela aplicação do regime para declarar as prestações de
serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica efetuadas no território nacional, estão excluídos
do direito à dedução previsto nos artigos 19.º e seguintes do Código do IVA, podendo solicitar o reembolso do imposto suportado em
território nacional, nos termos do Regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-membro de reembolso,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.
2 - O direito ao reembolso previsto no número anterior não está subordinado ao disposto no n.º 1 do artigo 5.º do Regime de reembolso
do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-membro de reembolso.
3 - Não obstante o disposto nos números anteriores, se os sujeitos passivos referidos no n.º 1 estiverem registados para efeitos do IVA em
território nacional, o direito à dedução do imposto suportado em território nacional para a realização das prestações de serviços
abrangidas pelo regime especial deve ser exercido na declaração periódica a que se refere o artigo 41.º do Código do IVA.
SECÇÃO III
Disposições aplicáveis a sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade
Artigo 10.º - Opção pelo regime especial
1 - Os sujeitos passivos que não disponham de sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio na Comunidade, nem aí estejam
obrigados a registo para efeitos do IVA, que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via
eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas na Comunidade, podem optar pelo registo em
território nacional, para efeitos do cumprimento de todas as obrigações decorrentes da prestação dos referidos serviços.
1 - Os sujeitos passivos que não disponham de sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio na Comunidade, que prestem
serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos,
estabelecidas ou domiciliadas na Comunidade, podem optar pelo registo em território nacional, para efeitos do cumprimento de todas as
obrigações decorrentes da prestação dos referidos serviços. (Vigor 01/01/2019 – L71/2018, 31/12)
2 - Tendo exercido a opção referida no número anterior, o regime especial aplica-se a todos os serviços de telecomunicações, de
radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica prestados na Comunidade, independentemente do Estado-membro da tributação.
Artigo 11.º - Número de identificação
1 - Para efeitos do disposto no artigo anterior, a Autoridade Tributária e Aduaneira atribui aos sujeitos passivos não estabelecidos na
Comunidade um número de identificaçãopara efeitos do IVA, que lhes é comunicado por via eletrónica.
2 - Os sujeitos passivos devem utilizar esse número de identificação no cumprimento das obrigações decorrentes da prestação dos
serviços referidos no n.º 1 do artigoanterior.
Artigo 12.º - Declaração de registo no regime
1 - Na declaração de registo no regime o sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve indicar, como elementos de identificação,
o nome, endereço postal, os endereços eletrónicos, incluindo os sítios na internet, o número de identificação fiscal no respetivo país, se o
tiver, e declarar que não se encontra registado para efeitos do IVA em qualquer outro Estado-membro da Comunidade.
1 - Na declaração de registo no regime o sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve indicar, como elementos de identificação,
o nome, endereço postal, os endereços eletrónicos, incluindo os sítios na Internet, o número de identificação fiscal no respetivo país, se o
tiver, e declarar que não tem a sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio na Comunidade. (Vigor 01/01/2019 – L71/2018,
31/12)
2 - O sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve comunicar quaisquer alterações das informações apresentadas, no prazo de
15 dias a contar da data da alteração.
Artigo 13.º - Direito ao reembolso
1 - Os sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade que optem pela aplicação do regime previsto na presente secção estão
excluídos do direito à dedução previsto nos artigos 19.º e seguintes do Código do IVA, podendo solicitar o reembolso do imposto
suportado em território nacional, de acordo com o disposto nos artigos 18.º a 20.º do Regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos
não estabelecidos no Estado-membro de reembolso, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.
2 - Para efeitos da concessão do reembolso previsto no número anterior, não há lugar à aplicação das regras de reciprocidade e de
nomeação do representante fiscal, previstas no artigo 18.º do Regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no
Estado-membro de reembolso.
CAPÍTULO II
Obrigações dos sujeitos passivos que optem pelo regime especial
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Artigo 14.º - Pagamento do imposto


1 - Os sujeitos passivos que efetuem o registo em território nacional devem proceder ao pagamento do imposto devido por todos os
serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica prestados a pessoas que não sejam sujeitos
passivos, estabelecidas ou domiciliadas em Estados-membros da Comunidade, nos quais os sujeitos passivos não estejam estabelecidos,
no momento da declaração a que se refere o artigo 16.º, ou o mais tardar, no termo do prazo para a apresentação da mesma.
2 - Cada pagamento deve respeitar apenas a uma declaração entregue, remeter para o número de referência dessa declaração e ser
efetuado mediante transferência para uma conta bancária, em euros, indicada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública
— IGCP, E. P. E.
3 - Quando a contraprestação pelos serviços prestados não for expressa em euros, deve ser aplicada a taxa de câmbio em vigor no último
dia do período abrangido pela declaração.
4 - As taxas de câmbio a utilizar são as taxas de câmbio do dia referido no número anterior publicadas pelo Banco Central Europeu ou,
quando não haja publicação nesse dia, do dia de publicação seguinte.
Artigo 15.º - Obrigações declarativas
1 - Além da obrigação de pagamento do imposto, os sujeitos passivos que optem pelo registo no regime especial são ainda obrigados a:
a) Declarar, por via eletrónica, o registo, a alteração e a cessação da sua atividade abrangida pelo regime especial;
b) Submeter, por via eletrónica, uma declaração de IVA, por cada trimestre do ano civil, relativa aos serviços de telecomunicações, de
radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica prestados a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas
na Comunidade; e
c) Conservar registos das operações abrangidas pelo regime especial, de forma adequada ao apuramento e fiscalização do imposto.
2 - As declarações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior obedecem aos modelos aprovados pelo Regulamento de Execução
(UE) n.º 815/2012, da Comissão, de 13 de setembro de 2012.
3 - Os sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade que tenham exercido a opção prevista no artigo 3.º, bem como os sujeitos
passivos estabelecidos em outros Estados- membros da Comunidade que se encontrem abrangidos por um regime especial equivalente
noutro Estado-membro, estão dispensados do cumprimento das obrigações previstas no Código do IVA, relativamente às prestações de
serviços de telecomunicações, radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos,
estabelecidas ou domiciliadas em território nacional.
Artigo 16.º - Declaração de IVA
1 - A declaração de IVA prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo anterior deve mencionar o número de identificação do sujeito passivo e,
por cada Estado-membro de consumo em que o imposto é devido, o valor total, líquido de imposto, das prestações de serviços efetuadas
durante o período de tributação, o montante de imposto correspondente discriminado por taxas, bem como a taxa ou taxas aplicáveis, e o
montante total do imposto devido.
2 - A declaração de IVA a submeter por sujeitos passivos estabelecidos em território nacional inclui ainda, quando o sujeito passivo
tenha um ou mais estabelecimentos estáveis a partir do qual os serviços são prestados, além do situado em território nacional, o valor
total das prestações de serviços abrangidas pelo regime especial, relativamente a cada Estado-membro no qual disponha de um
estabelecimento, bem como o número de identificação para efeitos de IVA ou o número de identificação fiscal desse estabelecimento,
discriminado por Estado-membro de consumo.
3 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, as taxas do imposto aplicáveis são as que vigorem em cada Estado-membro de
consumo.
4 - A declaração de IVA deve ser submetida até ao dia 20 do mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as prestações de
serviços.
5 - A obrigação de submissão da declaração de IVA subsiste mesmo que não haja, no período correspondente, operações tributáveis em
qualquer Estado-membro.
Artigo 17.º - Registo contabilístico das operações
1 - O registo contabilístico das prestações de serviços deve ser organizado de forma a possibilitar o conhecimento dos elementos
necessários ao cálculo do imposto e permitir o seu controlo.
2 - Os registos devem ser conservados por um prazo de 10 anos, a contar de 31 de dezembro do ano em que operação tiver sido efetuada.
3 - Os registos devem ser disponibilizados eletronicamente, a pedido da Autoridade Tributária e Aduaneira ou de qualquer Estado-
membro de consumo.
4 - Os sujeitos passivos não estabelecidos em território nacional que se encontrem abrangidos por um regime especial equivalente noutro
Estado-membro e prestem serviços de telecomunicações, radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica a pessoas que não sejam
sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas em território nacional, devem disponibilizar eletronicamente, a pedido da Autoridade
Tributária e Aduaneira, os registos dessas operações.
CAPÍTULO III
Garantias dos sujeitos passivos
Artigo 18.º - Notificações
1 - Para efeitos deste regime especial, as notificações dirigidas a sujeitos passivos não estabelecidos em território nacional são efetuadas
por via eletrónica, autenticadas com assinatura eletrónica avançada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação Eletrónica do
Estado — Infraestrutura de Chaves Públicas.
2 - As notificações efetuadas nos termos do número anterior presumem-se feitas na data do envio, servindo de prova a cópia da
mensagem de onde conste que esta foi enviada com sucesso.
Artigo 19.º - Meios de defesa
Da recusa do registo ou decisão de exclusão do regime especial cabe recurso hierárquico, a submeter por via eletrónica, ou impugnação
judicial, nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário.
CAPÍTULO IV
Disposição final
Artigo 20.º - Direito aplicável
A disciplina do Código do IVA e respetiva legislação complementar é aplicável em tudo o que não se revelar contrário ao disposto no
presente regime especial, no Regulamento de Execução (UE) n.º 282/2011, do Conselho, de 15 de março de 2011, e no Regulamento de
Execução (UE) n.º 815/2012, da Comissão, de 13 de setembro de 2012.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

REEMBOLSOS DO IVA - OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS – (DN 18-A/2010, 01.07)


Com a entrada em vigor do Despacho Normativo n.º 53/2005, de 15 de Dezembro, foram alterados os procedimentos relativos aos
pedidos de reembolso do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e à correspondente metodologia de controlo.
Todavia, a Lei n.º 2/2010, de 15 de Março, introduziu alterações ao regime dos reembolsos do IVA que determinam uma revisão
profunda do referido despacho normativo.
Para além da previsão da diminuição do prazo geral para o reembolso de imposto, que passa a ser até ao final do 2.º mês seguinte ao da
apresentação do pedido, o que se traduz na antecipação, em um mês, do prazo de pagamento dos reembolsos, criou -se o regime de
reembolso mensal, que depende de inscrição a pedido do sujeito passivo.
Torna -se necessário estabelecer os termos e condições de acesso dos sujeitos passivos ao regime de reembolso mensal do IVA.
Assim, nos termos do artigo 22.º do CIVA, aprovado pelo Decreto--Lei n.º 394 -B/84, de 26 de Dezembro, republicado pelo Decreto-
Lei n.º 102/2008, de 20 de Junho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 186/2009, de 12 de Agosto, e pela Lei n.º 2/2010, de 15 de Março,
determina–se o seguinte:
CAPÍTULO I
Disposições comuns
Artigo 1.º - Objecto
O presente despacho normativo regulamenta os pedidos de reembolso de imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e os termos e
condições de acesso ao regime de reembolso mensal previsto nos n.os 8 e 9 do artigo 22.º do Código do IVA (CIVA).
Artigo 2.º - Instrução dos pedidos de reembolso
1 - Os sujeitos passivos que solicitem reembolsos através da declaração prevista no artigo 41.º do CIVA devem remeter a respectiva
declaração periódica dentro do prazo legal e por transmissão electrónica de dados, através do sítio electrónico da Direcção -Geral dos
Impostos na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt), acompanhada dos seguintes elementos: (redação originária)
1 - Os sujeitos passivos que solicitem reembolsos através da declaração prevista no artigo 41.° do CIVA devem remeter a respetiva
declaração periódica dentro do prazo legal e por transmissão eletrónica de dados, através do portal das finanças da Autoridade Tributária
e Aduaneira na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt), acompanhada dos seguintes elementos: (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor
01/01/2015)
a) Relação com identificação dos clientes a quem, com referência ao período declarativo, foram efectuadas as transmissões de bens e as
prestações de serviços referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do CIVA, previstas em legislação especial, sem liquidação do IVA,
com direito a dedução e indicação do respectivo valor, conforme o modelo do anexo I do presente despacho, que dele faz parte
integrante;
b) Relação com identificação por campo da declaração periódica dos fornecedores de bens ou serviços e das importações em que, com
referência ao período declarativo, tenha havido liquidação de imposto, com indicação do respectivo valor de aquisição, do IVA
dedutível e, se for caso disso, das situações em que, por força da lei, o sujeito passivo adquirente dos bens ou destinatário dos serviços
se substitui ao fornecedor na liquidação do imposto, conforme o modelo do anexo II do presente despacho, que dele faz parte
integrante;
c) Relação com identificação, quando aplicável, dos sujeitos passivos a que respeitam as regularizações mencionadas no campo 40 do
quadro 06 da declaração periódica relativa ao período declarativo e indicação do respectivo valor líquido de imposto e do IVA
regularizado, conforme o modelo do anexo III do presente despacho, que dele faz parte integrante.
2 — Nas relações previstas no número anterior podem ser incluídos num único valor e até ao limite de 5 % do montante total de cada
relação:
a) No que respeita à referida na alínea a), as transmissões de bens ou prestações de serviços de montante inferior a € 5000, efectuadas a
clientes sediados em Portugal;
b) No que respeita à referida na alínea b), os bens ou prestações de serviços de montante inferior a € 5000, adquiridos a fornecedores
sediados em Portugal;
c) No que respeita à referida na alínea c), as operações a que respeitem regularizações de imposto não previstas nos artigos 23.º a 26.º
do CIVA e inferiores a € 1000. – Revogada (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
3 - Nas relações a que se referem as alíneas a) e b) do n.º 1, a identificação das transmissões de bens efectuadas com clientes e
fornecedores sediados fora da União Europeia efectua -se mediante menção dos respectivos documentos aduaneiros.
4 - Havendo crédito de imposto reportado de período anterior de valor superior a 25 % do reembolso pedido e sendo o imposto
dedutível do período inferior ao reembolso pedido, devem ser submetidas, quando ainda não apresentadas, as relações referidas no n.º 1
correspondentes aos períodos, no máximo de três, cujos reportes estão a influenciar o reembolso.
Artigo 3.º - Requisitos de concessão do reembolso
A concessão de qualquer reembolso depende da verificação cumulativa dos seguintes requisitos:
a) Inexistência de divergências entre o valor dos campos da declaração periódica e o correspondente ao somatório das respectivas
parcelas dos outros elementos referidos no n.º 1 do artigo 2.º do presente despacho normativo; (redação originária)
a) Inexistência de divergências entre o valor dos campos da declaração periódica e o correspondente ao somatório das respetivas parcelas
dos outros elementos referidos no n.° 1 do artigo 2.° do presente despacho normativo, bem como a inexistência de divergências entre o
valor do campo 40 do quadro 06 da declaração periódica e o total do anexo do campo 40, parte integrante da declaração periódica
mencionada na alínea c) do n.° 1 do artigo 29.° do CIVA; (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
b) Não se encontrar o sujeito passivo em situação de incumprimento declarativo relativo ao IVA, ao imposto sobre o rendimento das
pessoas colectivas ou ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, consoante o caso, com referência a períodos de imposto
anteriores; (redação originária)
b) Não se encontrar o sujeito passivo em situação de incumprimento declarativo relativo ao IVA, ao Imposto sobre o Rendimento de
Pessoas Singulares (IRS) ou ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), consoante o caso, com referência a períodos de
imposto anteriores, ter comunicado todas as faturas emitidas no período ou nos períodos anteriores, e não se verificar a existência de
divergências entre os valores comunicados e os valores declarados do imposto liquidado e dedutível; (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor
01/01/2015)
b) Não se encontrar o sujeito passivo em situação de incumprimento de pagamentos por conta, de obrigações declarativas ou de
comunicações à AT, nomeadamente relativo ao IVA, ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) ou ao Imposto sobre o
Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), consoante o caso, com referência a períodos de imposto anteriores, ter comunicado todas as
faturas emitidas no período ou nos períodos anteriores, e não se verificar a existência de divergências, nomeadamente entre os valores
comunicados e os valores declarados do imposto liquidado e dedutível; (declaração retificação n.º 144/2015, 23/02)

23
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

c) Existência de conta bancária de que o sujeito passivo seja titular, confirmada pela respectiva instituição de crédito estabelecida na
União Europeia;
d) Não constarem das relações de clientes, fornecedores e regularizações, a que se refere o n.º 1 do artigo 2.º, sujeitos passivos com
número de identificação fiscal inexistente ou que tenham a actividade cessada no período a que respeita o imposto. (redação originária)
d) Não constarem das relações de clientes e fornecedores, a que se refere o n.° 1 do artigo 2.°, sujeitos passivos com número de
identificação fiscal inexistente ou que tenham a atividade cessada no período a que respeita o imposto; (redação DN 17/2014, 26/12 –
vigor 01/01/2015)
e) Não constar do Anexo — Regularizações do campo 40, parte integrante da declaração periódica mencionada na alínea c) do n.° 1 do
artigo 29.° do CIVA, sujeitos passivos com o número de identificação fiscal inexistente, inválido ou cessado no período anterior ou nos
dois anos anteriores ao período da declaração, consoante se trate respetivamente de operações nos termos do n.° 2 ou 3 e 6 do artigo 78.°
do CIVA; (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
f) Ter o sujeito passivo comunicado à administração tributária a sua caixa postal eletrónica, nos termos do n.° 9 do artigo 19.° da Lei
Geral Tributária (LGT). (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015) – Revogado pelo art.º 2.º DN 12/2019, 05/04 – vigor
06/04/2019)
Artigo 4.º - Prestação de garantia
1-A garantia prevista no n.º 7 do artigo 22.º do CIVA deve:
a) Ser constituída a favor da Direcção -Geral dos Impostos — Direcção de Serviços de Reembolsos — mediante fiança bancária,
seguro-caução ou depósito bancário, devendo, neste último caso, o depósito ser feito em qualquer instituição legalmente autorizada, à
ordem do director de serviços de Reembolsos; (redação originária)
a) Ser constituída a favor da Autoridade Tributária e Aduaneira - Direção de Serviços de Reembolsos — mediante fiança bancária,
seguro-caução, depósito bancário ou garantia bancária autónoma à primeira solicitação; (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
b) Conter a identificação do autor do pedido de reembolso e a cláusula através da qual o fiador se obriga como principal pagador e
renuncia ao benefício da excussão; (redação originária)
b) Conter o valor e o período do reembolso a que respeita, bem como o número de identificação fiscal do requerente; (redação DN
17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
c) Ser remetida, no prazo de 20 dias a contar do pedido de reembolso, à Direcção de Serviços de Reembolsos, Avenida de João XXI,
apartado 8220, 76, 1802 -001 Lisboa. (redação originária)
c) Ser submetida pelo sujeito passivo por transmissão eletrónica de dados, através do portal das finanças da Autoridade Tributária e
Aduaneira na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt); (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
d) Ser confirmada eletronicamente pela entidade garante. (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
2 - Na fiança bancária, a entidade garante obriga -se como principal pagador, renunciando ao benefício da excussão. (redação DN
17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
3 - No seguro -caução, a entidade garante compromete-se a pagar a quantia garantida logo que lhe seja solicitada pela Autoridade
Tributária e Aduaneira, não podendo opor quaisquer meios de defesa de que o requerente possa prevalecer -se. (redação DN 17/2014,
26/12 – vigor 01/01/2015)
4 - O depósito bancário referido na alínea a) do n.° 1 deve ser efetuado em qualquer instituição de crédito legalmente autorizada, à ordem
do Diretor de Serviços de Reembolsos. (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
5 - No caso se tratar de primeiro reembolso nos termos da alínea a) do n.° 1 do artigo 9.°, deve a garantia espontânea ser prestada dentro
do prazo de 20 dias a contar do pedido. (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
Artigo 5.º - Suspensão do prazo de reembolso
1 - A não verificação das condições referidas nas alíneas b) e c) do artigo 3.º determina a suspensão do prazo de concessão do
reembolso e da contagem de juros previstos no n.º 8 do artigo 22.º do CIVA, sendo o sujeito passivo notificado para regularizar a falta
no prazo fixado nos termos do artigo 23.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), sob pena do indeferimento do
reembolso e consequente reporte do crédito para a conta corrente. (redação originária)
1 - A não verificação das condições referidas nas alíneas, b), c), e) e f) do artigo 3.° determina a suspensão do prazo de concessão do
reembolso e da contagem de juros previstos no n.° 8 do artigo 22.° do CIVA, sendo o sujeito passivo notificado para regularizar a falta
no prazo fixado nos termos do artigo 23.° do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), sob pena do indeferimento do
reembolso e consequente reporte do crédito para a conta corrente, salvo quando não se verifiquem as condições previstas na alínea e) do
artigo 3.°, caso em que se procede à correção do valor a reembolsar ou do excesso a reportar ou, se devida, à liquidação nos termos do
artigo 87.° do CIVA. (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
1 - A não verificação das condições referidas nas alíneas b), c) e e) do artigo 3.º determina a suspensão do prazo de concessão do
reembolso e da contagem de juros previstos no n.º 8 do artigo 22.º do CIVA, sendo o sujeito passivo notificado para regularizar a falta no
prazo fixado nos termos do artigo 23.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), sob pena do indeferimento do
reembolso e consequente reporte do crédito para a conta corrente, salvo quando não se verifiquem as condições previstas na alínea e) do
artigo 3.º, caso em que se procede à correção do valor a reembolsar ou do excesso a reportar ou, se devida, à liquidação nos termos do
artigo 87.º do CIVA. (redação DN 12/2019, 05/04 – vigor 06/04/2019)
2 - O prazo de concessão do reembolso é ainda suspenso, assim como a contagem dos juros a que se refere o número anterior, quando,
decorrido o prazo fixado nos termos do artigo 23.º do CPPT, o sujeito passivo não tenha posto à disposição dos serviços competentes os
elementos por estes solicitados que permitam averiguar da sua legitimidade ou do correcto apuramento do imposto. (redação originária)
2 - O prazo de concessão do reembolso é ainda suspenso, assim como a contagem dos juros a que se refere o número anterior: (redação
DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
a) Quando, decorrido o prazo fixado nos termos do artigo 23.° do CPPT, o sujeito passivo não tenha posto à disposição dos serviços
competentes os elementos por estes solicitados que permitam averiguar da sua legitimidade ou do correto apuramento do imposto;
(redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
b) Sempre que existem indícios de crime tributário, para cuja comprovação e posterior transmissão da notícia de crime se afigure
necessário o desenvolvimento de diligências no âmbito do procedimento tributário, designadamente, pelo recurso aos instrumentos de
assistência mútua e cooperação administrativa internacional. (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
3 - Se passados seis meses não for cumprida a obrigação a que se refere o número anterior, a suspensão converte -se em indeferimento
do reembolso nos termos do n.º 11 do artigo 22.º do CIVA, após notificação ao sujeito passivo. (redação originária)
3 - Se passados quatro meses não for cumprida a obrigação a que se refere a alínea a) do número anterior, a suspensão converte -se em
indeferimento do reembolso nos termos do n.° 11 do artigo 22.° do CIVA, após notificação ao sujeito passivo. (redação DN 17/2014,
26/12 – vigor 01/01/2015)
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

CAPÍTULO II
Regime de reembolso mensal
Artigo 6.º - Inscrição no regime de reembolso mensal
Podem solicitar a inscrição no regime de reembolso mensal do IVA a que se refere o n.º 8 do artigo 22.º do CIVA os sujeitos passivos
que, tendo a sua situação tributária regularizada, cumpram os requisitos previstos nas alíneas b) e c) do artigo 3.º no termo do prazo da
inscrição referido no n.º 14 do artigo 22.º do CIVA.
Artigo 7.º - Admissibilidade e renúncia ao regime
1 - Após a verificação das condições de admissibilidade a que se refere o artigo 6.º, a Direcção -Geral dos Impostos notifica o sujeito
passivo da decisão sobre a aceitação da inscrição no regime de reembolso mensal. (redação originária)
1 - Após a verificação das condições de admissibilidade a que se refere o artigo 6.°, a Autoridade Tributária e Aduaneira notifica o
sujeito passivo da decisão sobre a aceitação da inscrição no regime de reembolso mensal. (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor
01/01/2015)
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 15 do artigo 22.º do Código do IVA, os sujeitos passivos podem solicitar a renúncia ao regime de
reembolso mensal, com produção de efeitos a partir do primeiro período de imposto seguinte à renúncia.
3 - A renúncia a que se refere o número anterior é efectuada por transmissão electrónica de dados, a qual deve ser efectuada através do
sítio electrónico da Direcção -Geral dos Impostos na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt). (redação originária)
3 - A renúncia a que se refere o número anterior é efetuada por transmissão eletrónica de dados, a qual deve ser efetuada através do portal
das finanças da Autoridade Tributária e Aduaneira na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt). (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor
01/01/2015)
4 - A renúncia ao regime de reembolso mensal determina a não admissibilidade de nova inscrição durante os três anos seguintes.
Artigo 8.º - Reenquadramento
1 - Os sujeitos passivos do regime normal de periodicidade trimestral que se inscrevam no regime de reembolso mensal ficam, à data de
produção de efeitos da inscrição, enquadrados no regime de periodicidade mensal previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 41.º do CIVA.
2 - No caso de exclusão ou renúncia ao regime de reembolso mensal, o eventual reenquadramento do sujeito passivo no regime de
periodicidade trimestral previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 41.º do CIVA só se verifica após notificação da Direcção -Geral dos
Impostos. (redação originária)
2 - No caso de exclusão ou renúncia ao regime de reembolso mensal, o eventual reenquadramento do sujeito passivo no regime de
periodicidade trimestral previsto na alínea b) do n.° 1 do artigo 41.° do CIVA só se verifica após notificação da Autoridade Tributária e
Aduaneira. (redação DN 17/2014, 26/12 – vigor 01/01/2015)
Artigo 9.º - Regime especial de reembolso mensal
1 - Em conformidade com o n.º 9 do artigo 22.º do CIVA, o imposto cujo reembolso, de valor superior a € 10 000, for solicitado por
sujeitos passivos que efectuem operações isentas ou não sujeitas que conferem direito a dedução, ou relativamente às quais a obrigação
de liquidação do imposto seja da responsabilidade do adquirente e que representem, pelo menos, 75 % do valor total das transmissões
de bens e prestações de serviços do respectivo período e que, sendo o primeiro reembolso, tenham prestado garantia, é restituído no
prazo de:
a) 30 dias a contar da data de recepção da garantia prestada, no caso de primeiro reembolso;
b) 30 dias a contar da data de recepção do pedido de reembolso, nos restantes casos.
2 - Os sujeitos passivos referidos no número anterior ficam dispensados da inscrição no regime de reembolso mensal do IVA a que se
refere o artigo 6.º, não lhes sendo aplicável o disposto no n.º 15 do artigo 22.º do CIVA.
CAPÍTULO III
Disposições finais
Artigo 10.º - Entrada em vigor e norma revogatória
1 — O presente despacho normativo entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, podendo os sujeitos passivos requerer a partir
desse momento a inscrição no regime de reembolso mensal.
2 — É revogado o Despacho Normativo n.º 53/2005, de 15 de Dezembro.
ANEXO I
Relação de clientes
[a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º]

Instruções de preenchimento da relação de clientes


1 — Esta relação deve ser submetida conjuntamente com a declaração periódica em que seja feito o pedido de reembolso e destina -se a

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

identificar os clientes a quem foram efectuadas transmissões de bens e prestações de serviços enquadradas na alínea b) do n.º 1 do artigo
20.º do CIVA e outras operações previstas em legislação especial, em que não houve liquidação de imposto mas que conferem direito a
dedução, que corresponde, em termos de valor, ao campo 8 do quadro n.º 06 da declaração periódica.
2 — Deve ser utilizada uma só linha por cliente, englobando todas as vendas e prestações de serviços efectuadas no período declarativo,
em que não houve liquidação de imposto.
3 — Podem ser excluídos desta relação os clientes nacionais com os quais tenham sido efectuadas transacções de montante inferior a €
5000, no máximo de 5 % do total das transacções mencionadas no presente anexo, devendo o montante excluído ser indicado,
globalmente, na correspondente linha.
4 — Tendo havido crédito reportado de período anterior de valor superior a 25 % do reembolso pedido e se o imposto dedutível do
período for inferior ao pedido de reembolso, devem ser submetidas, desde que ainda não entregues, as relações, no máximo de três,
correspondentes aos períodos de reporte que estão a influenciar o pedido de reembolso.
5 — A col. 1 deve ser preenchida com a identificação fiscal dos clientes nacionais com os quais tenham sido efectuadas as seguintes
operações:
a) Transmissões de bens e prestações de serviços referidos nas subalíneas I) a VI) da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do CIVA;
b) Transmissões de bens isentas nos termos do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 198/90, de 19 de Junho;
c) Operações abrangidas pelo artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 362/99, de 16 de Setembro;
d) Operações abrangidas pelas alíneas i), j) e l) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA.
5 - A coluna 1 deverá ser preenchida com a identificação fiscal dos clientes nacionais com os quais tenham sido efetuadas as seguintes
operações: (DN 7/2017, de 28/07)
a) Transmissões de bens e prestações de serviços referidos nas subalíneas I) a VI) da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do CIVA; (DN
7/2017, de 28/07)
b) Transmissões de bens isentas nos termos do artigo 6.º do Decreto--Lei n.º 198/90, de 19 de junho; (DN 7/2017, de 28/07)
c) Operações abrangidas pelo artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 362/99, de 16 de setembro; (DN 7/2017, de 28/07)
d) Operações abrangidas pelas alíneas i), j) e l) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA; (DN 7/2017, de 28/07)
e) Operações referidas no n.º 2 do artigo 6.º do regime aprovado pelo Decreto -Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro. (DN 7/2017, de 28/07)
6 — A col. 2 deve ser preenchida com o número de identificação da declaração de exportação, excepto quando a exportação se processa
em estância aduaneira situada fora do território nacional, sendo nesses casos de indicar a sigla EAFTN.
7 — Na col. 3 devem ser inscritos os valores das transmissões de bens, das prestações de serviços ou o valor de exportação.
8 — Nas linhas correspondentes deve ser indicado o montante global das seguintes operações efectuadas no período:
a) Operações efectuadas no estrangeiro, nomeadamente as transmissões de bens e prestações de serviços referidas nos n.os 5, 7, 9 e 11 do
artigo 6.º do CIVA, bem como as prestações de serviços que não sejam tributáveis em território nacional em resultado da aplicação do
disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do CIVA;
b) Outras operações isentas ou sem liquidação de imposto que conferem direito à dedução, nomeadamente operações internas cuja
liquidação não compete ao declarante.
ANEXO II
Relação de fornecedores
[a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º]

Instruções de preenchimento da relação de fornecedores


1 — Esta relação deve ser submetida conjuntamente com a declaração periódica em que seja feito o pedido de reembolso e destina -se
a identificar os fornecedores de bens ou serviços que deram origem a dedução de imposto.
2 — Da relação deve constar o número de identificação fiscal (NIF) dos fornecedores de bens ou serviços ou, no caso de importação, o
número de liquidação constante do recibo de pagamento informatizado ou das listagens dos registos de liquidação, ambos emitidos pelas
tesourarias da Direcção -Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC), que deu origem ao imposto
deduzido, fazendo –se essa discriminação por campo da declaração periódica.
3 — No caso de fornecedores nacionais e de outros países comunitários, os valores relativos a cada campo da declaração devem ser
agrupados por fornecedor e período de emissão das respectivas facturas ou documentos equivalentes. Tratando -se de fornecedores de
países terceiros, os dados devem ser discriminados por número de liquidação da declaração de importação.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

4 — Desta relação podem ser excluídos os fornecedores com quem tenham sido efectuadas transacções de montante inferior a € 5000, no
máximo de 5 % do total das prestações de serviços e aquisições mencionadas no presente anexo, devendo o montante excluído ser
indicado globalmente na correspondente linha.
5 — Tendo havido crédito reportado de período anterior de valor superior a 25 % do reembolso pedido e se o imposto dedutível do
período for inferior ao pedido de reembolso, devem ser submetidas, desde que ainda não entregues, as relações, no máximo de três,
correspondentes aos períodos de reporte que estão a influenciar o reembolso.
6 — A col. 1 deve ser preenchida com o prefixo do Estado membro da União Europeia que atribuiu o NIF ao fornecedor.
Caso a liquidação do imposto dedutível tenha sido efectuada por sujeitos passivos não enquadrados no regime normal do IVA, devem ser
inscritas nesta col. as siglas «OI» para as «Operações Imobiliárias», «AI» para os «Actos Isolados» e «OR» para «Outros Regimes».
7 — A col. 2 destina -se à indicação do NIF, quer de fornecedores nacionais quer de fornecedores pertencentes a outros Estados membros
da União Europeia. No caso em que a liquidação e a dedução do imposto tenham sido efectuadas pelo adquirente dos bens ou pelo
destinatário dos serviços, quando não sejam aquisições intracomunitárias de bens, deve ser mencionado o NIF do declarante, indicando
obrigatoriamente na col. 1 o prefixo «RC».
7 - A col. 2 destina-se à indicação do NIF, quer de fornecedores nacionais quer de fornecedores pertencentes a outros Estados membros
da União Europeia. No caso em que a liquidação e a dedução do imposto tenham sido efetuadas pelo adquirente dos bens ou pelo
destinatário dos serviços, quando não sejam aquisições intracomunitárias de bens ou de serviços deve ser mencionado o NIF do
declarante, indicando obrigatoriamente na col. 1 o prefixo 'RC' ou o prefixo 'IM' no caso de importações sujeitas ao regime previsto nos
números 8 e 9 do artigo 27.º do CIVA. (DN 7/2017, de 28/07)
8 — Na col. 3 deve ser mencionado o número da liquidação constante do recibo de pagamento informatizado ou das listagens dos
registos de liquidação, ambos emitidos pelas tesourarias da DGAIEC que deram origem ao imposto deduzido. Neste caso não são
preenchidas as cols. 1 e 2.
8 - Na col. 3 deve ser mencionado o número da liquidação constante do recibo de pagamento informatizado ou das listagens do registo de
liquidação, ambos emitidos pelas tesourarias da AT que deram origem ao imposto deduzido. Neste caso, não são preenchidas as cols. 1 e
2. No caso de importações sujeitas ao regime previsto nos números 8 e 9 do artigo 27.º do CIVA, na col. 3 deve ser preenchido o número
da liquidação constante do documento de importação. Neste caso também serão preenchidas as cols. 1 e 2, com o prefixo 'IM' e com o
NIF do declarante respetivamente. (DN 7/2017, de 28/07)
9 — Na col. 4 devem ser indicados o mês e o ano da operação que deu origem ao imposto deduzido, isto é, no caso de fornecedores
nacionais ou comunitários, o da emissão das facturas ou documentos equivalentes e, no caso de fornecedores de países terceiros, a data
de pagamento do IVA liquidado constante do recibo de pagamento informatizado ou das listagens de registo de liquidação, ambos
emitidos pelas tesourarias da DGAIEC, correspondentes à declaração de importação.
9 - Na col. 4 devem ser indicados o mês e o ano da operação que deu origem ao imposto deduzido, isto é, no caso de fornecedores
nacionais ou comunitários, o da emissão das faturas ou documentos equivalentes e, no caso de fornecedores de países terceiros, a data de
pagamento do IVA liquidado constante do recibo de pagamento informatizado ou das listagens de registo de liquidação, ambos emitidos
pela tesourarias da AT, correspondentes à declaração de importação. No caso de importações sujeitas ao regime previsto nos números 8 e
9 do artigo 27.º do CIVA, na col. 4 devem ser indicados o mês e o ano da emissão do documento de importação. (DN 7/2017, de 28/07)
10 — Na col. 5 deve ser indicado o valor tributável relativo à(s) aquisição(ões) de bens ou de serviços e à(s) importação(ões),
constante(s) do(s) correspondente(s) documento(s), sujeita(s) a imposto.
11 — Na col. 6 deve ser mencionado o IVA efectivamente deduzido em consequência, nomeadamente, das limitações do direito à
dedução previstas no artigo 21.º do CIVA ou da utilização do pro rata.
ANEXO III
Relação dos sujeitos passivos a que respeitam as regularizações
[a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º]

Instruções de preenchimento da relação de sujeitos passivos a que respeitam as regularizações mencionadas no campo 40 do
quadro n.º 06 da declaração periódica do IVA
1 — Esta relação deve ser submetida conjuntamente com a declaração periódica em que seja feito o pedido de reembolso e destina -se a
identificar as regularizações a favor do sujeito passivo constantes do campo 40 da referida declaração.
2 — Deve ser utilizada uma só linha por sujeito passivo nacional objecto de regularização de imposto, que engloba todos os valores
regularizados no período considerado. No caso de terem sido efectuadas mais regularizações em nome do mesmo sujeito passivo, mas
com datas diferentes da do período declarativo, esses valores devem ser discriminados por linhas, de acordo com o período de emissão
dos documentos em causa.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

3 — Desta relação podem ser excluídas as regularizações de imposto não previstas nos artigos 23.º a 26.º do CIVA inferiores a € 1000
por operação de regularização e até ao limite de 5 % do total relacionado no presente anexo, devendo o montante excluído ser indicado
globalmente na correspondente linha «Regularizações de imposto inferiores a € 1000».
4 — Tendo havido crédito reportado de período anterior de valor superior a 25 % do reembolso pedido e se o imposto dedutível do
período for inferior ao pedido de reembolso, devem ser submetidas, quando ainda não o tenha sido feito, as relações, no máximo de três,
correspondentes aos períodos de reporte que estão a influenciar o pedido de reembolso.
5 — A col. 1 deve ser preenchida com o número de identificação fiscal dos clientes ou fornecedores nacionais que sejam sujeitos
passivos de imposto.
6 — Na col. 2 devem ser indicados o mês e o ano da operação em que houve regularização de imposto correspondente à data de emissão
da factura ou documento equivalente.
7 — Na col. 3 deve ser indicada a base de incidência da regularização.
8 — Na col. 4 deve ser inscrito o montante do IVA regularizado.
9 — As regularizações do imposto inferiores a € 1000 e as regularizações por alteração do pro rata devem ser incluídas de forma global
nas linhas respectivas.
10 — As regularizações relativas a sujeitos passivos não enquadrados no regime normal do IVA ou que não sejam sujeitos passivos do
imposto, bem como outras regularizações não englobáveis em qualquer outra linha desta relação, devem ser incluídas de forma global na
linha «Outras regularizações».

ISENÇÃO – CIVA – n.º 20 do art.º 9.º (DN 118/85, 31-Dez)


1 – ......................................................................
2 – Para efeitos da isenção prevista no nº 22 do artigo 9º do mesmo Código, é fixado em 8 o número anual de manifestações ocasionais
promovidas por entidades cujas actividades habituais se encontram isentas nos termos dos nºs 2, 7, 8, 9, 10, 11, 13, 14, 15 e 21 do
referido artigo.
3 – A isenção referida no número anterior incidirá não só sobre o direito de acesso às manifestações e aos espectáculos realizados, mas
também sobre o conjunto das receitas recebidas pelas entidades beneficiárias relativamente ás diversas operações efectuadas nessa
ocasião, como, por exemplo, bufete, bar, aluguer de stands, venda de programas, lembranças, receitas publicitárias, etc.
4 – Para efeitos do nº 2 do presente despacho, deverão as entidades referidas participar previamente tal facto à repartição de finanças da
área da sede, indicando, nomeadamente, o local, a data e o género de manifestação a realizar.
5 – Poderá a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos, mediante requerimento devidamente fundamentado, autorizar, a título
excepcional, que o número limite referido no nº 2 do presente despacho seja ultrapassado.
6 – O disposto no número 2 não se aplica às entidades que gozam dos benefícios fiscais previstos pelo Decreto-Lei nº 595/74, de 7 de
Novembro.

Regime da renúncia à isenção do IVA nas operações relativas a bens imóveis


(DL 21/2007, 29-01)
Artigo 1.º Objecto
A renúncia à isenção do IVA nas transmissões de bens e prestações de serviços abrangidas pelos n.os 30 e 31 do artigo 9.º do Código do
IVA, prevista nos n.os 4 a 6 do artigo 12.º do mesmo Código, pode ser exercida nos termos e condições definidos no presente regime.
Artigo 2.º Condições objectivas para a renúncia à isenção
1 - A renúncia à isenção é admitida nas operações relativas a bens imóveis quando se mostrem satisfeitas as seguintes condições:
a) O imóvel se trate de um prédio urbano ou de uma fracção autónoma deste ou ainda, no caso de transmissão, de um terreno para
construção;
b) O imóvel esteja inscrito na matriz em nome do seu proprietário, ou tenha sido pedida a respectiva inscrição, e não se destine a
habitação;
c) O contrato tenha por objecto a transmissão do direito de propriedade do imóvel ou a sua locação e diga respeito à totalidade do bem
imóvel;
d) O imóvel seja afecto a actividades que confiram direito à dedução do IVA suportado nas aquisições;
e) No caso de locação, o valor da renda anual seja igual ou superior a 25 avos do valor de aquisição ou construção do imóvel. [Redacção
dada pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]
2 - Verificadas as condições previstas no número anterior, a renúncia só é permitida quando o bem imóvel se encontre numa das
seguintes circunstâncias:
a) Esteja em causa a primeira transmissão ou locação do imóvel ocorrida após a construção, quando tenha sido deduzido ou ainda seja
possível deduzir, no todo ou em parte, o IVA nela suportado;
b) Esteja em causa a primeira transmissão ou locação do imóvel após ter sido objecto de grandes obras de transformação ou renovação,
de que tenha resultado uma alteração superior a 50% do valor patrimonial tributável para efeito do imposto municipal sobre imóveis,
quando ainda seja possível proceder à dedução, no todo ou em parte, do IVA suportado nessas obras;
b) Esteja em causa a primeira transmissão ou locação do imóvel após ter sido objeto de grandes obras de transformação ou renovação, de
que tenha resultado uma alteração superior a 30 % do valor patrimonial tributável para efeito do imposto municipal sobre imóveis,
quando ainda seja possível proceder à dedução, no todo ou em parte, do IVA suportado nessas obras; (art.º 190.º L 83-B/2013, 31.12)
c) Na transmissão ou locação do imóvel subsequente a uma operação efectuada com renúncia à isenção, quando esteja a decorrer o prazo
de regularização previsto no n.º 2 do artigo 24.º do Código do IVA relativamente ao imposto suportado nas despesas de construção ou
aquisição do imóvel.
3 - No caso de contratos realizados em simultâneo, em que haja lugar à renúncia à isenção, a condição prevista na alínea b) do n.º 1,
relativamente à inscrição em nome do proprietário, deve verificar-se em relação ao sujeito passivo que realiza a transmissão do imóvel
no primeiro dos contratos.
4 - Não é permitida a renúncia à isenção na sublocação de bens imóveis, excepto quando estes sejam destinados a fins industriais.
(Alterado pelo OE2009 – L64A/2008, de 31.12)

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Artigo 3.º Condições subjectivas para a renúncia à isenção


1 - A renúncia à isenção é permitida quando o transmitente e o adquirente do bem imóvel ou, no caso de locação, quando o locador e o
locatário sejam sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, que preencham as seguintes condições:
a) Pratiquem operações que confiram direito à dedução ou, no caso de sujeitos passivos que exerçam simultaneamente operações que
conferem direito à dedução e operações que não conferem esse direito, quando o conjunto das operações que conferem direito à dedução
seja superior a 80% do total do volume de negócios;
b) Não estejam abrangidos pelo regime especial dos pequenos retalhistas constante dos artigos 60.º e seguintes do Código do IVA;
c) Disponham de contabilidade organizada nos termos dos Códigos do IRS ou do IRC.
2 - A percentagem referida na alínea a) do número anterior é determinada nos termos dos n.os 4, 5, 7 e 8 do artigo 23.º do Código do
IVA, com base no montante das operações realizadas no ano anterior, independentemente do critério que o sujeito passivo utilize para o
exercício do direito à dedução.
3 - Não obstante o disposto na alínea a) do n.º 1, podem renunciar à isenção, ainda que o conjunto das operações que confere direito à
dedução não seja superior à percentagem aí prevista, os sujeitos passivos cuja actividade tenha por objecto, com carácter de
habitualidade, a construção, reconstrução ou aquisição de imóveis para venda ou para locação.
4 - No caso de operações relativas a imóveis detidos ou a deter em regime de compropriedade, a renúncia à isenção só é admitida quando
as condições referidas nos números anteriores se verifiquem relativamente a todos os comproprietários e o direito de renúncia à isenção
seja exercido por todos eles.
Artigo 4.º Formalidades para a renúncia à isenção
1 - Os sujeitos passivos que pretendam renunciar à isenção devem dirigir à Direcção-Geral dos Impostos, por via electrónica, um pedido
de emissão de certificado para efeitos de renúncia, do qual conste os seguintes elementos:
a) O nome ou designação social do sujeito passivo transmitente ou locador e do sujeito passivo adquirente ou locatário do imóvel, bem
como os respectivos números de identificação fiscal;
b) A identificação do imóvel;
c) Se se trata de uma operação de transmissão do direito de propriedade do imóvel ou de uma operação de locação do mesmo;
d) A actividade a exercer no imóvel;
e) O valor da venda do imóvel ou o valor mensal da renda;
f) A declaração de que se encontram reunidas todas as condições para a renúncia à isenção, previstas no Código do IVA e no presente
regime.
2 - A Direcção-Geral dos Impostos, após a recepção do pedido de emissão de certificado, deve, por via electrónica, dar conhecimento do
mesmo ao sujeito passivo adquirente ou locatário do imóvel, para efeitos de confirmação por este, pela mesma via, dos elementos que lhe
dizem respeito.
3 - Não obstante o disposto no número anterior, quando a informação disponibilizada no pedido não corresponder aos elementos na posse
dos serviços centrais da Direcção-Geral dos Impostos, a decisão de emissão do certificado é tomada pelo chefe do serviço de finanças da
área da sede, do estabelecimento estável ou, na sua falta, do domicílio do transmitente ou locador, após a apreciação da conformidade
dessa informação.
4 - O certificado para efeitos de renúncia é emitido no prazo de 10 dias a contar da data da confirmação a que se refere o n.º 2.
5 - O certificado emitido é válido por seis meses e tem exclusivamente por efeito titular que os sujeitos passivos intervenientes na
operação manifestaram à Direcção-Geral dos Impostos a intenção de renunciar à isenção do IVA nessa operação e que declararam estar
reunidas as condições legalmente previstas para que a renúncia se efectivasse.
Artigo 5.º Momento em que se efectiva a renúncia à isenção
1 - A renúncia à isenção só opera no momento em que for celebrado o contrato de compra e venda ou de locação do imóvel, ou, no caso
de contrato de locação financeira relativo a imóvel a construir, no momento em que o locador tome posse do imóvel, desde que o sujeito
passivo esteja na posse de um certificado de renúncia válido e se continuem a verificar nesse momento as condições para a renúncia à
isenção estabelecidas no presente regime. [Redacção dada pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]
2 - Deixando de se verificar as condições de renúncia à isenção antes da celebração do contrato referido no número anterior, ou tendo
decorrido o prazo de validade do certificado de renúncia sem que tal contrato haja sido celebrado, deve o sujeito passivo que solicitou a
emissão do mesmo comunicar, por via electrónica, esse facto à administração tributária.
3 - O exercício da renúncia à isenção sem que estejam reunidas as condições referidas no n.º 1 não produz efeitos.
Artigo 6.º Obrigações decorrentes da opção pela tributação
1 - A opção pela tributação das operações previstas nos n.os 30 e 31 do artigo 9.º do Código do IVA determina, para o sujeito passivo
transmitente ou locador do imóvel, o cumprimento das obrigações previstas na legislação do IVA.
2 - Não obstante o disposto no primeiro parágrafo da alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, são sujeitos passivos do imposto
os adquirentes de bens imóveis em relação aos quais tenha havido renúncia à isenção na respectiva transmissão.
3 - No período de imposto em que, nos termos do n.º 1 do artigo 5.º, tem lugar a renúncia à isenção, deve o sujeito passivo proceder à
liquidação do IVA, incluindo o respeitante aos adiantamentos do preço a que tenha havido lugar.
Artigo 7.º Valor tributável
1 - Não obstante o disposto no n.º 1 do artigo 16.º do Código do IVA, na transmissão ou locação de bens imóveis efectuadas com
renúncia à isenção do IVA por sujeitos passivos que tenham entre si relações especiais, na acepção do n.º 4 do artigo 58.º do Código do
IRC, o valor tributável é o valor normal determinado nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Código do IVA, quando se verifique qualquer
das seguintes situações:
a) A contraprestação seja inferior ao valor normal e o destinatário da operação não tenha direito a deduzir integralmente o imposto;
b) A contraprestação seja superior ao valor normal e o transmitente ou o locador do bem imóvel não tenha direito a deduzir totalmente o
IVA.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se que o valor normal da transmissão do imóvel não pode ser inferior ao valor
patrimonial tributário definitivo que serviu de base à liquidação do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis ou que
serviria no caso de não haver lugar à liquidação deste imposto.
Artigo 8.º Exercício do direito à dedução
1 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, os sujeitos passivos intervenientes em operações em que tenha ocorrido a renúncia à
isenção no âmbito do presente regime têm direito à dedução do imposto suportado para a realização das operações relativas a cada bem
imóvel, segundo as regras definidas nos artigos 19.º a 25.º do Código do IVA.

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2 - Os transmitentes ou locadores podem deduzir o IVA relativo ao bem imóvel na declaração do período de imposto ou de período
posterior àquele em que, nos termos do n.º 1 do artigo 5.º do presente regime, tem lugar a renúncia à isenção, tendo em conta o prazo a
que se refere o n.º 2 do artigo 91.º do Código do IVA.
3 - O prazo previsto no n.º 2 do artigo 91.º do Código do IVA é elevado para o dobro para efeitos da dedução do imposto suportado na
construção de bens imóveis por sujeitos passivos cuja actividade tenha por objecto, com carácter de habitualidade, a construção de
imóveis para venda ou para locação, quando essa construção, comprovadamente, tenha excedido o prazo referido naquela disposição.
4 - Os sujeitos passivos adquirentes de bens imóveis podem deduzir o imposto liquidado pela respectiva aquisição na declaração do
período de imposto em que, nos termos do n.º 1 do artigo 5.º, tem lugar a renúncia à isenção.
Artigo 9.º Obrigatoriedade de utilização do método da afectação real
1 - A dedução do imposto relativo a cada imóvel efectua-se segundo o método da afectação real de todos os bens e serviços utilizados, de
harmonia com o referido no n.º 2 do artigo 23.º do Código do IVA.
2 - Quando a Direcção-Geral dos Impostos considere inadequados os critérios de imputação utilizados na afectação real, pode fixar
critérios diferentes, disso notificando o sujeito passivo, com indicação das razões que fundamentaram a decisão.
Artigo 10.º Regularização do imposto deduzido
1 - Não obstante o disposto no n.º 1 do artigo 25.º do Código do IVA, os sujeitos passivos que utilizem bens imóveis relativamente aos
quais houve direito à dedução total ou parcial do imposto que onerou a respectiva aquisição são obrigados a regularizar, de uma só vez,
nos termos do n.º 5 do artigo 24.º do mesmo Código, as deduções efectuadas, considerando que os bens estão afectos a uma actividade
não tributada, quando:
a) O bem imóvel seja afecto a fins alheios à actividade exercida pelo sujeito passivo;
b) Ainda que não seja afecto a fins alheios à actividade exercida pelo sujeito passivo, o bem imóvel não seja efectivamente utilizado em
fins da empresa por um período superior a dois anos consecutivos.
b) Ainda que não seja afeto a fins alheios à atividade exercida pelo sujeito passivo, o bem imóvel não seja efetivamente utilizado em fins
da empresa por um período superior a três anos consecutivos. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro - OE]
b) Ainda que não seja afeto a fins alheios à atividade exercida pelo sujeito passivo, o bem imóvel não seja efetivamente utilizado na
realização de operações tributadas por um período superior a cinco anos consecutivos. (art.º 190.º L 83-B/2013, 31.12)
2 - O montante das regularizações referidas no número anterior deve ser incluído na declaração de imposto relativa ao último período do
ano em que ocorrer a situação que lhes dá origem.
3 - O disposto na alínea b) do n.º 1 não prejudica o dever de proceder às regularizações anuais previstas no n.º 1 do artigo 25.º do Código
do IVA até ao decurso do prazo de dois anos referido nessa alínea.
3 - O disposto na alínea b) do n.º 1 não prejudica o dever de proceder às regularizações anuais previstas no n.º 1 do artigo 26.º do Código
do IVA até ao decurso do prazo de três anos referido nessa alínea. [Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro - OE]
3 - O disposto na alínea b) do n.º 1 não prejudica o dever de proceder às regularizações anuais previstas no n.º 1 do artigo 26.º do Código
do IVA até ao decurso do prazo de cinco anos referido nessa alínea. (art.º 190.º L 83-B/2013, 31.12)
Artigo 11.º Obrigações contabilísticas e de facturação
1 - As facturas ou documentos equivalentes emitidos por sujeitos passivos transmitentes de bens imóveis, quando ocorra a renúncia à
isenção, devem conter a expressão «IVA devido pelo adquirente», quando este seja um sujeito passivo dos mencionados no n.º 2 do
artigo 6.º do presente regime.
2 - Nas transmissões de imóveis com sujeição a IVA, a escritura substitui a factura exigida para efeitos deste imposto, desde que dela
constem, à excepção da numeração, as indicações referidas no artigo 35.º do Código do IVA e a menção referida no número anterior.
3 - Para efeitos do cumprimento do disposto no artigo 44.º do Código do IVA, os sujeitos passivos transmitentes ou locadores de bens
imóveis devem na sua contabilidade registar separadamente os proveitos e custos relativos, respectivamente, aos imóveis a alienar ou a
arrendar com sujeição a imposto.
4 - Os sujeitos passivos adquirentes de bens imóveis em relação aos quais tenha havido renúncia à isenção na respectiva transmissão,
estão obrigados, para efeitos da alínea c) do n.º 2 do artigo 44.º do Código do IVA, a evidenciar separadamente na sua contabilidade o
valor do imposto liquidado pela aquisição desses imóveis.
Artigo 12.º Outras obrigações acessórias
1 - Os sujeitos passivos que se encontrem registados no regime de isenção decorrente do artigo 9.º do Código do IVA, que estejam em
condições de renunciar à isenção do imposto nas operações imobiliárias, devem apresentar a declaração de alterações prevista no n.º 1 do
artigo 31.º do mesmo Código antes de formularem pela primeira vez um pedido de emissão de um certificado para efeitos de renúncia.
2 - Para efeitos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 28.º do Código do IVA, o Ministro das Finanças pode determinar a
obrigatoriedade de os sujeitos passivos, relativamente a cada operação e a cada imóvel objecto de renúncia à isenção, discriminarem o
valor da contraprestação e do IVA liquidado, bem como o valor dos custos suportados e do imposto nele contido.
Artigo 13.º Regime subsidiário
A disciplina do Código do IVA é aplicável em tudo o que não se revelar contrário ao disposto no presente regime.

Restituição de IVA à Igreja Católica e às instituições particulares de solidariedade social


(DL 20/90, 13-Jan)
Artigo 1º
1 - A Direcção-Geral dos Impostos procede à restituição do imposto sobre o valor acrescentado correspondente às aquisições e
importações efectuadas por instituições da Igreja Católica — Santa Sé, Conferência Episcopal, dioceses, seminários e outros centros de
formação destinados única e exclusivamente à preparação de sacerdotes e religiosos, fábricas da igreja, ordens, congregações e institutos
religiosos e missionários, bem como associações de fiéis — relativas a: (L 55-A/2010, 31/12)
a) Objectos que se destinem única e exclusivamente ao culto religioso, constantes de declarações de importação, facturas ou documentos
equivalentes de valor não inferior a 50 000$, com exclusão do IVA, devendo aquele valor respeitar na totalidade àquele tipo de bens;
b) Bens e serviços respeitantes à construção, manutenção e conservação de imóveis destinados exclusivamente ao culto, à habitação e
formação de sacerdotes e religiosos, ao apostolado e ao exercício da caridade, constantes de facturas ou documentos equivalentes de
valor não inferior a 200 000$, com exclusão do IVA.
2 - As entidades referidas no número anterior podem optar entre a aplicação do regime nele previsto ou a usufruição do benefício fiscal
previsto no n.º 4 do artigo 32.º da Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho, alterada pelas Leis n.os 91/2009, de 31 de Agosto, e 3-B/2010, de 28
de Abril, nos termos e condições a definir em portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças, caso em que uma

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quota equivalente a 0,5 % do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, liquidado com base nas declarações anuais, lhes pode
ser destinada pelo contribuinte, para fins religiosos ou de beneficência. (L 55-A/2010, 31/12)
Artigo 2º - Revogado - (A partir 01/01/2011 -L 55-A/2010, 31/12)
1 – O Serviço de Administração do IVA procederá à restituição de um montante equivalente ao IVA suportado pelas instituições
particulares de solidariedade social, bem como pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, relativamente às seguintes operações:
a) Aquisições de bens ou serviços relacionados com a construção, manutenção e conservação de imóveis utilizados total ou
principalmente na prossecução dos respectivos fins estatutários, desde que constantes de facturas de valor não inferior a 200 000$, com
exclusão do IVA; Revogada a partir 01/01/2011 (L 55-A/2010, 31/12), mas repristinada para o ano de 2012 pelon.º1 do art.º 190.º do OE 2012, para
o ano de 2013 pelo art.º 251.º do OE 2013, para o ano de 2014 pelo art.º 225.º do OE 2014, para o ano de 2015 pelo art.º 228.º do OE 2015, para o ano de
2016 pelo art.º 7.º da L 159-C/2015, de 30/12 e para o ano de 2017 pelo n.º 1 do art.º 239.º Lei 42/2016, 28/12.
b) Aquisição de bens ou serviços relativos a elementos do activo imobilizado corpóreo sujeitos a deperecimento utilizados única e
exclusivamente na prossecução dos respectivos fins estatutários, com excepção de veículos e respectivas reparações, desde que
constantes de facturas de valor unitário não inferior a 20.000$, com exclusão do IVA, e cujo valor global, durante o exercício, não seja
superior a 2.000.000$, com exclusão do IVA; Revogada a partir 01/01/2011 (L 55-A/2010, 31/12), mas repristinada para o ano de 2012 pelo n.º
1 do art.º 190.º do OE 2012, para o ano de 2013 pelo art.º 251.º do OE 2013, para o ano de 2014 pelo art.º 225.º do OE 2014, para o ano de 2015 pelo art.º
228.º do OE 2015, para o ano de 2016 pelo art.º 7.º da L 159-C/2015, de 30/12 e para o ano de 2017 pelo n.º 1 do art.º 239.º Lei 42/2016, 28/12.
c) Aquisições de veículos automóveis novos, ligeiros de passageiros ou de mercadorias, para utilização única e exclusiva na
prossecução dos respectivos fins estatutários, desde que registados em seu nome, não podendo o reembolso exceder 500 000$;
Revogado - (A partir 01/01/2011 -L 55-A/2010, 31/12)
d) Aquisições de veículos automóveis pesados novos utilizados única e exclusivamente na prossecução dos respectivos fins estatutários,
desde que registados em seu nome, não podendo o seu nome exceder 1 500 000$; Revogado - (A partir 01/01/2011 -L 55-A/2010, 31/12)
e) Reparações de veículos utilizados única e exclusivamente na prossecução dos respectivos fins estatutários, desde que registados em
seu nome e constantes de facturas de valor global não superior, durante o exercício, a 100 000$, com exclusão do IVA. Revogado - (A
partir 01/01/2011 -L 55-A/2010, 31/12)
2 – As instituições particulares de solidariedade social, bem como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, só poderão utilizar o
benefício previsto nas alíneas c) e d) do nº 1 relativamente à aquisição de um veículo, de cada categoria, podendo novamente utilizá-lo
decorridos quatro anos sobre a data da respectiva aquisição, excepto em caso de furto ou acidente grave devidamente comprovados,
podendo, nestas situações, o Ministro das Finanças, a requerimento dos interessados, autorizar a restituição referente à aquisição de
nova viatura num prazo inferior. Revogado - (A partir 01/01/2011 -L 55-A/2010, 31/12)
N.º 2 do art.º 130.º da L 55-A/2010, 231/12 (OE 2011) - O direito à restituição de um montante equivalente ao IVA suportado pelas
instituições particulares de solidariedade social e pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa relativo às operações previstas nas
alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de Janeiro, mantém-se em vigor no que respeita às operações que se
encontrem em curso em 31 de Dezembro de 2010, bem como às que no âmbito de programas, medidas, projectos e acções objecto de co-
financiamento público com suporte no Quadro de Referência Estratégico Nacional, no Programa de Investimentos e Despesas de
Desenvolvimento da Administração Central ou nas receitas provenientes dos jogos sociais, estejam naquela data a decorrer, já
contratualizadas ou com decisão de aprovação da candidatura.
N.º 2 do art.º 190. º do OE 2012 – A restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de
Janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, excepto nos casos de operações abrangidas pelo n.º 2 do artigo
130.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro, relativamente às quais se mantém em vigor o direito à restituição de um montante
equivalente ao IVA suportado.
N.º 2 do art.º 251. º do OE 2013 - A restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13/01, é
feita em montante equivalente a 50% do IVA suportado, excepto nos casos de operações (em curso em 31/12/2010) abrangidas pelo n.º
2 do artigo 130.º, da Lei n.º 55-A/2010, de 31/12, relativamente às quais se mantém em vigor o direito à restituição de um montante
equivalente ao IVA suportado.
N.º 2 do art.º 225.º do OE 2014 - A restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto -Lei n.º 20/90, de 13 de
janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações abrangidas pelo n.º 2 do artigo
130.º da Lei n.º 55 -A/2010, de 31 de dezembro, relativamente às quais se mantém em vigor o direito à restituição de um montante
equivalente ao IVA suportado.
N.º 2 do art.º 228.º do OE 2015 - A restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto -Lei n.º 20/90, de 13 de
janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações abrangidas pelo n.º 2 do artigo
130.º da Lei n.º 55 -A/2010, de 31 de dezembro, relativamente às quais se mantém em vigor o direito à restituição de um montante
equivalente ao IVA suportado.
N.º 2 do art.º 7.º da L 159-C/2015, 30/12 (para o ano de 2016) - A restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do
Decreto -Lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações
abrangidas pelo n.º 2 do artigo 130.º da Lei n.º 55 -A/2010, de 31 de dezembro, relativamente às quais se mantém em vigor o direito à
restituição de um montante equivalente ao IVA suportado.
N.º 2 do art.º 239.º Lei 42/2016, 28/12 (OE 2017) - A restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do art.º 2.º do DL n.º 20/90, de
13/01 (imóveis e AFT exceto viaturas), é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações
abrangidas pelo n.º 2 do art.º 130.º da L n.º 55-A/2010, de 31/12, relativamente às quais se mantém em vigor o direito à restituição de um
montante equivalente ao IVA suportado.

Artigo 3º
1 - Os pedidos de restituição, acompanhados de relação de modelo oficial da qual constem os elementos identificativos dos bilhetes de
importação, facturas ou documentos equivalentes, devendo estes últimos ser processados, para o efeito, nos termos dos artigos 35.º e 38.º
do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezembro, são remetidos à
Direcção-Geral dos Impostos por transmissão electrónica de dados. [Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro]
2 - A apreciação e decisão sobre a legitimidade do pedido é da competência do director de finanças do distrito da sede ou domicílio fiscal
da entidade requerente, que disponibiliza à Direcção de Serviços de Reembolsos a respectiva informação para efeitos de restituição do
IVA. [Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro]
3 - O pedido de restituição será efectuado dentro do prazo de um ano a contar da data do bilhete de importação, factura ou documento
equivalente que comprovem a importação ou aquisição dos bens ou serviços. [Anterior n.º 2; Passou a n.º 3 pelo Decreto-Lei n.º
238/2006, de 20 de Dezembro]
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4 - O pedido de restituição relativo às aquisições referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º deve ser apresentado durante os meses de
Janeiro e Fevereiro, englobando unicamente aquelas operações realizadas durante o ano anterior. (L 55-A/2010, 31/12)
5 - No pedido de restituição, as entidades requerentes devem indicar o seu número de registo de pessoa colectiva e os dados de
identificação de uma conta bancária destinada ao crédito dos montantes restituídos, cujo número e demais elementos de identificação são
confirmados pela respectiva instituição de crédito no primeiro pedido em que forem mencionados. [Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º
238/2006, de 20 de Dezembro]
6 - O pedido de restituição do IVA apenas é considerado válido para efeitos de apreciação da sua legitimidade, após confirmação da
natureza do adquirente e do destino dos bens, pela entidade que exerce a autoridade directa, através de declaração de modelo oficial.
[Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro]
7 - A Direcção de Serviços de Reembolsos pode solicitar quaisquer outras informações para apreciação do pedido de reembolso,
incluindo a apresentação dos originais dos documentos constantes da relação que acompanha o pedido a que se refere o n.º 1. (L 55-
A/2010, 31/12)
Artigo 4º
Os originais dos documentos constantes da relação que acompanha o pedido de restituição de imposto a que se refere o n.º 1 do artigo
anterior devem ser mantidos em arquivo pelo prazo de quatro anos. [Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro]
Artigo 5º
Deferido o pedido, a Direcção de Serviços de Reembolsos credita na conta bancária indicada o montante da restituição, no termo dos três
meses seguintes à recepção do pedido, excepto no caso dos pedidos referidos n.º 4 do artigo 3.º, em que é creditado até ao final do mês de
Junho seguinte. [Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro]
Artigo 6º
1 – O imposto indevidamente restituído ou restituído em excesso será deduzido em futuros pedidos, até à concorrência dos respectivos
montantes.
2 – À dedução referida no número anterior é aplicável o disposto no artigo 87º-A do Código do IVA.
3 – Decorridos mais de 90 dias sobre a restituição indevida ou em excesso, sem que possa ter aplicação o determinado no nº 1, efectuar-
se-á liquidação adicional pela importância devida através da repartição de finanças da área da sede da entidade que pediu a restituição.
4 – Enquanto não estiverem pagas as liquidações efectuadas nos termos do presente artigo, não se procederá a qualquer restituição de
imposto à mesma entidade.
Artigo 7º
O presente diploma produz efeitos desde 1 de Setembro de 1989.

N.º 3 do Artigo 228.º do OE 2015 - Instituições particulares de solidariedade social e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Durante o ano de 2015 é igualmente restituído um montante equivalente a 50 % do IVAsuportado pelas instituições particulares de
solidariedade social, bem como pela Santa Casa daMisericórdia de Lisboa, relativamente às aquisições de bens ou serviços de
alimentação e bebidas no âmbito das atividades sociais desenvolvidas, nos termos do n.º 1, com as devidas adaptações. (OE 2015)

N.º 3 do art.º 7.º L 159-C/2015, 30/12.- Durante o ano 2016 é igualmente restituído um montante equivalente a 50 % do IVA suportado
pelas instituições particulares de solidariedade social, bem como pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, relativamente às
aquisições de bens ou serviços de alimentação e bebidas no âmbito das atividades sociais desenvolvidas, nos termos do n.º 1, com as
devidas adaptações.

N.º 3 do art.º 239.º Lei 42/2016, 28/12 (OE 2017) - Durante o ano 2017 é igualmente restituído um montante equivalente a 50 % do
IVA suportado pelas instituições particulares de solidariedade social, bem como pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa,
relativamente às aquisições de bens ou serviços de alimentação e bebidas no âmbito das atividades sociais desenvolvidas, nos termos
do n.º 1, com as devidas adaptações.

Restituição de IVA às instituições particulares de solidariedade social, às Forças Armadas, às


forças e serviços de segurança e aos bombeiros
(Decreto-Lei n.º 84/2017, de 21/07)
Artigo 1.º - Objeto
O presente decreto-lei regula o benefício concedido às Forças Armadas, às forças e serviços de segurança, aos bombeiros, à Santa Casa
da Misericórdia de Lisboa e às instituições particulares de solidariedade social, através da restituição total ou parcial do montante
equivalente ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA) suportado em determinadas aquisições de bens e serviços.
O presente decreto-lei regula o benefício concedido às Forças Armadas, às forças e serviços de segurança, aos bombeiros, à Santa Casa
da Misericórdia de Lisboa, às instituições particulares de solidariedade social, às entidades sem fins lucrativos do sistema nacional de
ciência e tecnologia e ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), através da restituição total ou parcial
do montante equivalente ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA) suportado em determinadas aquisições de bens e serviços. (art.º
340.º L 2/2020, de 31/03 – vigor 01/04/2020)
O presente decreto-lei regula o benefício concedido às Forças Armadas, às forças e serviços de segurança, aos bombeiros, à Santa Casa
da Misericórdia de Lisboa, às instituições particulares de solidariedade social, às instituições de ensino superior e às entidades sem fins
lucrativos do sistema nacional de ciência e tecnologia e ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.),
através da restituição total ou parcial do montante equivalente ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA) suportado em determinadas
aquisições de bens e serviços. (art.º 381.º L 75-B/2020, de 31/12)
O presente decreto-lei regula o benefício concedido às Forças Armadas, às forças e serviços de segurança, aos bombeiros, à Santa Casa
da Misericórdia de Lisboa, às instituições particulares de solidariedade social, às instituições de ensino superior e às entidades sem fins
lucrativos do sistema nacional de ciência e tecnologia, ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), e às
entidades com a classificação portuguesa de atividades económicas principal ‘82300 — Organização de feiras, congressos e outros
eventos similares’, através da restituição total ou parcial do montante equivalente ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA) suportado
em determinadas aquisições de bens e serviços. (Vigor 22/12/2022 – DL 85/2022, de 21/12)
Artigo 2.º - Entidades beneficiárias
1 - Beneficiam da restituição total ou parcial do montante equivalente ao IVA suportado as seguintes entidades:

32
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

a) As Forças Armadas, a Guarda Nacional Republicana, a Polícia de Segurança Pública, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o Serviço
de Informações de Segurança, o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, a Polícia Judiciária, a Direção-Geral de Reinserção e
Serviços Prisionais e a Autoridade Nacional de Proteção Civil quanto ao material de guerra e outros bens móveis destinados
exclusivamente à prossecução de fins de defesa, segurança ou socorro, incluindo os serviços necessários à conservação, reparação e
manutenção desse equipamento;
b) As associações humanitárias de bombeiros e os municípios, relativamente a corpos de bombeiros, quanto aos bens móveis de
equipamento diretamente destinados à prossecução dos respetivos fins, incluindo os serviços necessários à conservação, reparação e
manutenção desse equipamento;
b) O ICNF, I. P., as associações humanitárias de bombeiros e os municípios, relativamente a corpos de bombeiros, quanto aos bens
móveis de equipamento diretamente destinados à prossecução dos respetivos fins, incluindo os serviços necessários à conservação,
reparação e manutenção desse equipamento; (art.º 340.º L 2/2020, de 31/03 – vigor 01/04/2020)
c) A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e as instituições particulares de solidariedade social, quanto a:
i) Construção, manutenção e conservação dos imóveis utilizados, total ou principalmente, na prossecução dos fins estatutários;
ii) Elementos do ativo fixo tangível sujeitos a deperecimento utilizados única e exclusivamente na prossecução dos respetivos fins
estatutários, com exceção de veículos e respetivas reparações;
iii) Aquisições de bens ou serviços de alimentação e bebidas no âmbito das atividades sociais desenvolvidas;
d) As entidades sem fins lucrativos do sistema nacional de ciência e tecnologia inscritas no Inquérito ao Potencial Científico e
Tecnológico Nacional (IPTCN), quanto aos instrumentos, equipamentos e reagentes adquiridos no âmbito da sua atividade de
investigação e desenvolvimento (I&D), desde que o IVA das despesas não se encontre excluído do direito à dedução nos termos do artigo
21.º do Código do IVA. (art.º 340.º L 2/2020, de 31/03 – vigor 01/04/2020)
d) As instituições de ensino superior e entidades sem fins lucrativos do sistema nacional de ciência e tecnologia inscritas no Inquérito ao
Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPTCN), quanto aos instrumentos, equipamentos e reagentes adquiridos no âmbito da sua
atividade de investigação e desenvolvimento (I&D), desde que o IVA das despesas não se encontre excluído do direito à dedução nos
termos do artigo 21.º do Código do IVA. (art.º 381.º L 75-B/2020, de 31/12)
e) As entidades com a classificação portuguesa de atividades económicas principal ‘82300 — Organização de feiras, congressos e outros
eventos similares’, quanto às seguintes despesas relativas à organização de congressos, feiras, exposições, seminários, conferências e
similares, nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 21.º do Código do IVA: (Vigor 22/12/2022 – DL 85/2022, de 21/12)
i) Despesas de transportes e viagens de negócios e do seu pessoal, incluindo as portagens; (Vigor 22/12/2022 – DL 85/2022, de 21/12)
ii) Despesas respeitantes a alojamento, alimentação e bebidas; (Vigor 22/12/2022 – DL 85/2022, de 21/12)
iii) Despesas de receção, incluindo as relativas ao acolhimento de pessoas estranhas à empresa; (Vigor 22/12/2022 – DL 85/2022, de
21/12)
iv) Despesas relativas a imóveis ou parte de imóveis e seu equipamento, destinados principalmente a tais receções. (Vigor 22/12/2022 –
DL 85/2022, de 21/12)
2 - Beneficiam ainda da restituição total ou parcial do montante equivalente ao IVA suportado as entidades públicas com competência
para aquisições de bens ou serviços destinados exclusivamente às entidades previstas no número anterior que integrem a estrutura
orgânica dos respetivos Ministérios, nos termos e com os limites aplicáveis àquelas entidades.
Artigo 3.º - Limites ao benefício
Apenas pode ser objeto de restituição, ao abrigo do presente regime, o montante equivalente ao IVA suportado nas aquisições internas,
nas importações e nas aquisições intracomunitárias, cujo valor por fatura seja igual ou superior aos seguintes montantes:
a) Às entidades referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo anterior, (euro) 1 000 com exclusão do IVA;
b) À Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e às instituições particulares de solidariedade social:
i) (euro) 1 000 com exclusão do IVA para os bens e serviços previstos na subalínea i) da alínea c) do n.º 1 do artigo anterior;
ii) (euro) 100 com exclusão do IVA para os bens e serviços previstos na subalínea ii) da alínea c) do n.º 1 do artigo anterior e cujo valor
global durante o exercício não seja superior a (euro) 10 000 com exclusão do IVA;
iii) Sem qualquer limite para os bens e serviços previstos na subalínea iii) da alínea c) do n.º 1 do artigo anterior.
c) Às entidades e para os bens previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo anterior, sem qualquer limite. (art.º 340.º L 2/2020, de 31/03 –
vigor 01/04/2020)
c) Às entidades e para os bens previstos nas alíneas d) e e) do n.º 1 do artigo anterior, sem qualquer limite. (Vigor 22/12/2022 – DL
85/2022, de 21/12)
Artigo 4.º - Montante a restituir
Ao abrigo do presente regime o montante restituído é:
a) 50 % do valor equivalente ao IVA suportado nas aquisições internas, nas importações e nas aquisições intracomunitárias, nos casos
previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º;
b) 100 % deste valor, nos restantes casos.
c) 50 % do IVA suportado, na medida em que este não seja dedutível nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 21.º do Código do IVA,
nos casos previstos na alínea e) do n.º 1 do artigo 2.º. (Vigor 22/12/2022 – DL 85/2022, de 21/12)
Artigo 5.º - Requerimento
1 - O pedido de restituição é apresentado pelo beneficiário, por transmissão eletrónica de dados, a partir do segundo mês seguinte à
emissão dos documentos de suporte, até ao termo do prazo de um ano da data de emissão daqueles.
2 - O pedido de restituição deve reportar-se a períodos mensais, englobando a totalidade dos documentos de suporte.
3 - Constituem documentos de suporte, para efeito dos números anteriores, as faturas emitidas nos termos previstos no Código do IVA e
comunicadas pelo sujeito passivo à Autoridade Tributária e Aduaneira, as declarações aduaneiras de importação, bem como os
documentos previstos no n.º 1 do artigo 27.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias.
4 - Os documentos de suporte devem ser mantidos em arquivo pelo prazo de quatro anos, sem prejuízo dos prazos de conservação de
documentos estabelecidos para efeitos fiscais.
5 - O pedido de restituição pode ser corrigido por iniciativa do beneficiário no prazo previsto no n.º 1.
Artigo 6.º - Decisão do pedido
1 - Os pedidos de restituição são analisados pela Autoridade Tributária e Aduaneira no prazo de 90 dias, após confirmação da respetiva
elegibilidade, por transmissão eletrónica de dados, com faculdade de delegação, pelas seguintes entidades:
a) Quanto às Forças Armadas, pelos dirigentes máximos que integram a estrutura orgânica do Ministério da Defesa Nacional, pelo Chefe
do Estado-Maior-General das Forças Armadas e pelos Chefes do Estado-Maior dos respetivos ramos, consoante os serviços que
processam as referidas aquisições;
33
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

b) Quanto às forças e serviços de segurança, bem como às demais entidades previstas na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, pelo respetivo
comandante ou dirigente máximo;
c) Quanto às associações humanitárias de bombeiros e aos municípios, pelo dirigente máximo da Autoridade Nacional de Proteção Civil
ou dos serviços regionais de proteção civil em relação às entidades aí sedeadas;
d) Quanto à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e às instituições particulares de solidariedade social, pelo dirigente máximo da
administração central direta do Estado que exerça os poderes de inspeção, auditoria e fiscalização ou outra entidade que exerça a tutela
nos termos legais.
e) Quanto ao ICNF, I. P., pelo presidente do conselho diretivo desta entidade; (art.º 340.º L 2/2020, de 31/03 – vigor 01/04/2020)
f) Quanto às entidades sem fins lucrativos do sistema nacional de ciência e tecnologia, pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que
deve ser apoiada pela Agência Nacional de Inovação, S. A., relativamente a projetos de I&D da sua competência. (art.º 340.º L 2/2020,
de 31/03 – vigor 01/04/2020)
f) Quanto às instituições de ensino superior e às entidades sem fins lucrativos do sistema nacional de ciência e tecnologia, pela Fundação
para a Ciência e Tecnologia, que deve ser apoiada pela Agência Nacional de Inovação, S. A. (ANI, S. A.), relativamente a projetos de
investigação e desenvolvimento (I&D) da sua competência.(art.º 381.º L 75-B/2020, de 31/12)
g) Quanto às entidades com a classificação portuguesa de atividades económicas principal ‘82300 — Organização de feiras, congressos e
outros eventos similares’, pelo Turismo de Portugal, I. P. (Vigor 22/12/2022 – DL 85/2022, de 21/12)
2 - A Autoridade Tributária e Aduaneira pode proceder à correção do benefício apurado, por iniciativa própria ou com base em correção
do pedido de restituição por iniciativa do beneficiário, determinando o montante a restituir ou a pagar, sendo o valor a pagar deduzido
das restituições subsequentes no prazo de 90 dias e emitida liquidação adicional do remanescente.
3 - A restituição fica suspensa enquanto a entidade requerente não tiver a sua situação tributária regularizada.
4 - As restituições autorizadas e não suspensas são pagas exclusivamente por transferência bancária para o IBAN (número internacional
de conta bancária) que conste da base de dados da Autoridade Tributária e Aduaneira.
Artigo 7.º - Norma revogatória
É revogado o Decreto-Lei n.º 113/90, de 5 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 139/92, de 17 de julho, e pelas Leis n.os 30-C/2000, de
29 de dezembro, e 55-B/2004, de 30 de dezembro.
Artigo 8.º - Entrada em vigor
O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de julho de 2017.

Regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado membro de


reembolso (DL 186/2009, de 12.08)
CAPÍTULO I - Âmbito do regime
Artigo 1.º - Objecto
1 - Os sujeitos passivos estabelecidos em território nacional que pretendam obter o reembolso do imposto sobre o valor acrescentado
(IVA) suportado em importações, transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas noutros Estados membros da Comunidade,
devem cumprir os procedimentos referidos no capítulo II.
2 - Os sujeitos passivos não estabelecidos no território nacional têm direito ao reembolso do IVA que suportaram em importações,
transmissões de bens e prestações de serviços nele efectuadas, nos termos e nas condições estabelecidos no capítulo III.
CAPÍTULO II - Reembolso do imposto suportado noutros Estados membros a sujeitos passivos estabelecidos em território nacional
Artigo 2.º - Apresentação do pedido
1 - Os sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional, e que pretendam obter o
reembolso do imposto suportado em operações tributáveis efectuadas noutro Estado membro da Comunidade, devem apresentar junto da
Direcção –Geral dos Impostos, por via electrónica, o correspondente pedido, no prazo a que se refere o artigo 8.º, de acordo com as
condições fixadas no Estado membro ao qual é solicitado o reembolso.
2 - O pedido só se considera apresentado quando contenha todas as informações referidas nos n.os 1 e 2 do artigo 7.º
3 - Após a recepção do pedido, a Direcção -Geral dos Impostos envia ao sujeito passivo, por via electrónica, um aviso de recepção,
indicando a data em que o pedido foi recebido.
Artigo 3.º - Remessa do pedido
A Direcção -Geral dos Impostos procede à remessa do pedido para o Estado membro de reembolso, acompanhado das demais
informações que considere úteis, no prazo de 15 dias após a recepção do pedido, depois de verificada a validade do número de
identificação fiscal do requerente e a sua qualidade de sujeito passivo enquadrado no regime normal de tributação.
Artigo 4.º - Recusa do pedido
1 - Não obstante o disposto no artigo anterior, a Direcção -Geral dos Impostos não procede ao envio do pedido para o Estado membro de
reembolso quando, durante o período a que respeita o reembolso, o requerente se encontrasse numa das seguintes situações:
a) Não fosse um sujeito passivo para efeitos do IVA;
b) Estivesse abrangido pelo regime de isenção previsto no artigo 9.º do Código do IVA;
c) Esteja abrangido pelo regime especial de isenção previsto no artigo 53.º ou pelo regime especial dos pequenos retalhistas previsto no
artigo 60.º do Código do IVA.
2 - Verificada qualquer uma das situações referidas no número anterior, o requerente é notificado, por via electrónica, da decisão de não
envio do pedido para o Estado membro de reembolso.
3 - Da decisão referida no número anterior, cabe reclamação para o director de serviços de reembolsos ou impugnação judicial, de acordo
com o disposto no Código de Procedimento e de Processo Tributário.
CAPÍTULO III -Reembolso a sujeitos passivos não estabelecidos em território nacional
SECÇÃO 1 -Disposições comuns
Artigo 5.º - Âmbito de aplicação
1 - Têm direito ao reembolso do imposto suportado em território nacional os sujeitos passivos que, no período a que respeita o
reembolso, satisfaçam as seguintes condições:
a) Não disponham em território nacional da sede da suaactividade económica, de um estabelecimento estável, ou, na falta de sede ou de
estabelecimento estável, do domicílio ou residência habitual, a partir dos quais tenham sido efectuadas operações tributáveis;
b) Não tenham efectuado qualquer transmissão de bens ou prestação de serviços que se considere realizada no território nacional, com
excepção:
34
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

i) Das prestações de serviços de transporte e dos serviços acessórios do transporte, isentos por força da alínea f) do n.º 1 do artigo 13.º ou
dos artigos 14.º e 15.º do Código do IVA;
ii) Das transmissões de bens e prestações de serviços cujo imposto seja devido pelos adquirentes, nos termos das alíneas e), g) e h) do n.º
1 do artigo 2.º do Código do IVA e do n.º 5 do artigo 24.º do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias.
2 - Não são objecto de reembolso os montantes de imposto que tenham sido indevidamente mencionados em factura, incluindo os
relativos a operações que estejam ou possam estar isentas nos termos do artigo 14.º do Código do IVA ou do artigo 14.º do Regime do
IVA nas Transacções Intracomunitárias.
Artigo 6.º - Operações que conferem direito à dedução
1 - O direito ao reembolso respeita ao imposto suportado pelo sujeito passivo não estabelecido no território nacional, em transmissões de
bens, prestações de serviços e importações de bens nele efectuadas, desde que esses bens e serviços sejam utilizados para os fins das
operações correspondentes às referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 20.º do Código do IVA, no n.º 2 do artigo 19.º do Regime do
IVA nas Transacções Intracomunitárias e na alínea b) do n.º 1 do artigo anterior.
2 - Exclui -se do direito ao reembolso o imposto suportado nas despesas mencionadas no artigo 21.º do Código do IVA, nas condições aí
previstas.
SECÇÃO 2 -Regime aplicável a sujeitos passivos estabelecidos noutros Estados membros
Artigo 7.º - Apresentação do pedido
1 - O pedido de reembolso deve ser apresentado, por via electrónica, no Estado membro de estabelecimento do sujeito passivo, para
efeitos do seu envio à Direcção –Geral dos Impostos, e conter os seguintes elementos:
a) A identificação do sujeito passivo, incluindo o respectivo número de identificação para efeitos de IVA;
b) Os endereços postal e electrónico;
c) A descrição da sua actividade profissional através dos códigos harmonizados da nomenclatura estatística das actividades económicas
(NACE);
d) A identificação da conta bancária, incluindo o número de conta bancária internacional (IBAN) e o código identificador bancário
(BIC);
e) O período de reembolso a que respeita o pedido;
f) Uma declaração do requerente em como reúne as condições referidas no n.º 1 do artigo 5.º
2 - O pedido de reembolso deve conter, relativamente a cada documento de importação ou factura emitida em território nacional, nos
termos dos artigos 36.º ou 39.º do Código do IVA, as seguintes informações:
2 - O pedido de reembolso deve conter, relativamente a cada documento de importação ou fatura emitida em território nacional, nos
termos dos artigos 36.º, 39.º ou 40.º do Código do IVA, as seguintes informações (L 114/2017, 29/12 – OE 2018):
a) O nome, endereço e, excepto no caso de importação, o número de identificação fiscal do fornecedor ou prestador dos serviços,
precedido do prefixo PT;
b) A data e o número da factura ou do documento de importação;
c) O valor tributável e o montante do IVA, expresso em euros;
d) O montante do IVA dedutível e, quando aplicável, a percentagem de dedução;
e) A natureza dos bens e serviços adquiridos, definidos por códigos de identificação.
3 - O pedido deve também conter, quando seja caso disso, o nome, endereços postal e electrónico, bem como o respectivo número de
identificação para efeitos de IVA do representante fiscal do requerente.
4 - O pedido de reembolso é apresentado em língua portuguesa ou inglesa.
5 - A Direcção -Geral dos Impostos notifica o requerente, por via electrónica, da data em que o pedido foi recepcionado.
Artigo 8.º - Período e prazo para apresentação do pedido
1 - O período de reembolso deve reportar -se ao ano civil imediatamente anterior, desde que o montante a reembolsar não seja inferior a
€ 50.
2 - Não obstante o disposto no número anterior, pode ser solicitado o reembolso referente ao imposto suportado no próprio ano civil,
respeitante a um período não inferior a três meses consecutivos, desde que o montante a reembolsar seja superior a € 400.
3 - O pedido de reembolso pode ser apresentado por um período inferior ao referido no número anterior, desde que esse período termine
em 31 de Dezembro do ano civil imediatamente anterior e o montante a reembolsar não seja inferior a € 50.
4 - O pedido de reembolso deve respeitar ao imposto suportado em aquisições de bens ou serviços facturadas ao sujeito passivo não
estabelecido em território nacional durante o período a que o reembolso respeita, quando o IVA se tenha tornado exigível nesse período,
ou em importações de bens efectuadas durante esse período, podendo também incluir facturas ou documentos de importação não
incluídos em pedidos anteriores, desde que referentes a operações concluídas durante o ano civil em questão.
5 - Em qualquer dos casos referidos nos números anteriores, o pedido deve ser apresentado ao Estado membro de estabelecimento até 30
de Setembro do ano civil seguinte àquele em que o imposto se tornou exigível.
5 - Em qualquer dos casos referidos nos números anteriores, o pedido deve ser apresentado ao Estado-Membro de estabelecimento até 30
de setembro do ano civil seguinte àquele em que o imposto se tornou exigível, sem prejuízo do disposto nos n.os 2 e 4 do artigo seguinte.
(L 114/2017, 29/12 – OE 2018)
Artigo 9.º - Alteração do pedido de reembolso
1 - Após a apresentação de um pedido de reembolso e antes de ser tomada a decisão, o requerente pode proceder à substituição do
pedido, o que determina a anulação do pedido anterior e o início de uma nova contagem do prazo para a decisão.
1 - Após a apresentação de um pedido de reembolso o requerente pode proceder à alteração do pedido, dentro do prazo referido no n.º 5
do artigo 8.º (L 114/2017, 29/12 – OE 2018).
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, poderá ainda ser apresentado um pedido de reembolso durante o ano civil seguinte
àquele a que o reembolso respeita (até 31/12 do ano seguinte), quando a correção em causa se referir aos elementos a que se refere o n.º 2
do artigo 7.º (L 114/2017, 29/12 – OE 2018).
3 - A substituição do pedido de reembolso a que se refere o n.º 1 e a correcção a que se refere o n.º 2 só são consideradas quando
apresentadas no prazo referido no n.º 5 do artigo 8.º (Revogado - L 114/2017, 29/12 – OE 2018).
4 - Se, após a apresentação do pedido de reembolso, for alterada a percentagem de dedução a que o requerente tem direito no Estado
membro onde se encontra estabelecido, deve o mesmo proceder à correcção, em conformidade, do montante pedido ou já reembolsado, a
relevar num pedido de reembolso apresentado durante o ano civil seguinte àquele a que o reembolso respeita ou, caso não apresente
qualquer pedido de reembolso durante esse ano civil, mediante declaração submetida separadamente por via electrónica através do
Estado membro de estabelecimento.
Artigo 10.º - Pedidos de informação
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

1 - Quando considerar não dispor de todas as informações necessárias para apreciar o pedido de reembolso, a Direcção -Geral dos
Impostos pode, dentro do prazo referido no n.º 1 do artigo 11.º, solicitar, por via electrónica, informações adicionais ao requerente ou às
autoridades competentes do Estado membro de estabelecimento.
2 - O pedido de informações adicionais pode ainda ser dirigido a terceiras entidades, por via electrónica ou por qualquer outro meio
considerado adequado pela Direcção--Geral dos Impostos.
3 - As informações solicitadas podem incluir o original ou uma cópia das facturas ou dos documentos de importação considerados
relevantes, quando se suscitarem dúvidas fundadas relativamente à validade ou à exactidão dos elementos constantes do pedido.
4 - Se, após a recepção das informações solicitadas nos termos dos n.os 1 a 3, a Direcção -Geral dos Impostos considerar que ainda não
dispõe de informações que lhe permitam tomar uma decisão quanto ao pedido, pode solicitar novas informações adicionais.
5 - As informações adicionais a que se referem os n.os 1a 4 devem ser fornecidas no prazo de um mês a contar da data em que o pedido
tenha sido recebido pela pessoa ou entidade a quem foi dirigido.
6 - Quando sejam solicitados e recebidos originais das facturas ou de documentos de importação, a Direcção--Geral dos Impostos
procede à sua restituição ao requerente no prazo de um mês após a recepção desses originais.
Artigo 11.º - Prazos para a decisão
1 - A Direcção -Geral dos Impostos deve notificar o requerente da decisão de deferir ou de indeferir o pedido de reembolso no prazo de
quatro meses a contar da data da recepção do pedido.
2 - Quando tenham sido solicitadas as informações adicionais previstas nos n.os 1 a 3 do artigo anterior, o prazo a que se refere o n.º 1 é
de seis meses a contar da data da recepção do pedido de reembolso.
3 - Quando tenham sido solicitadas as novas informações adicionais previstas no n.º 4 do artigo anterior, o prazo a que se refere o n.º 1 é
de oito meses a contar da data da recepção do pedido de reembolso.
4 - Não obstante o disposto no n.º 2, a Direcção –Geral dos Impostos dispõe de dois meses para proferir a decisão, a contar da data da
recepção das informações adicionais solicitadas ou, quando não tenha obtido resposta a esse pedido de informações, a contar do termo do
prazo estabelecido no n.º 5 do artigo anterior, não podendo, em qualquer caso, ser excedido o prazo de oito meses para a tomada de
decisão.
Artigo 12.º - Direito à dedução relativo a bens e serviços de utilização mista
Quando o sujeito passivo não estabelecido em território nacional efectue, no Estado membro em que está estabelecido, operações que
conferem direito à dedução e operações que não conferem esse direito, o reembolso do imposto suportado no território nacional é
efectuado na proporção da utilização dos bens ou serviços em operações que conferem direito à dedução, de acordo com as regras
aplicadas no Estado membro de estabelecimento.
Artigo 13.º - Indeferimento tácito
Na ausência de decisão quanto ao pedido de reembolso até ao termo dos prazos fixados, consoante os casos, nos n.os 1 a 4 do artigo 11.º,
presume -se indeferido o pedido para efeitos de reclamação ou impugnação.
Artigo 14.º - Pagamento
1 - O pagamento dos montantes a reembolsar é feito por transferência bancária no prazo máximo de 10 dias úteis a contar do termo do
prazo a que se refere o n.º 1 do artigo 11.º, ou, quando tenham sido solicitadas informações adicionais ou novas informações adicionais,
dos prazos a que se referem os n.os 2 a 4 desse artigo.
2 - O pagamento é feito para a conta bancária indicada pelo requerente, desde que a correspondente instituição de crédito se situe em
Estado membro da Comunidade.
3 - Quando o pagamento do reembolso implique encargos com a transferência de fundos, estes são suportados pelo requerente, por
dedução no montante a pagar.
Artigo 15.º - Juros indemnizatórios
1 - São devidos juros indemnizatórios nos termos do artigo 43.º da Lei Geral Tributária, quando não seja cumprido o prazo fixado no n.º
1 do artigo anterior para pagamento do reembolso devido.
2 - Não obstante o disposto no número anterior, não são devidos juros relativamente ao período de tempo decorrido entre o final do prazo
de que o requerente dispõe para a prestação de informações adicionais ou de novas informações adicionais e o momento em que essas
informações tenham sido efectivamente prestadas.
3 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, os juros são calculados desde o dia seguinte ao termo do prazo de pagamento do
reembolso, determinado em aplicação do n.º 1 do artigo anterior, até ao dia em que o reembolso seja efectivamente pago.
Artigo 16.º - Indeferimento do pedido
1 - Quando o pedido de reembolso for total ou parcialmente indeferido, a decisão, devidamente fundamentada, é notificada ao
requerente nos prazos a que se refere o n.º 1 do artigo 11.º, ou, quando tenham sido solicitadas informações adicionais ou novas
informações adicionais, nos prazos a que se referem os n.os 2 a 4 do mesmo artigo.
2 - Da decisão cabe reclamação para o director de serviços de reembolsos ou impugnação judicial, de acordo com o disposto no Código
de Procedimento e de Processo Tributário.
Artigo 17.º - Reembolso indevido
1 - No caso de reembolso indevido, a Direcção –Geral dos Impostos procede à liquidação adicional da importância indevidamente
restituída e dos juros compensatórios devidos, bem como à instauração do procedimento contra -ordenacional a que haja lugar, sem
prejuízo das disposições relativas à assistência mútua em matéria de cobrança do IVA.
2 - A cobrança do imposto liquidado nos termos do número anterior pode operar por compensação com pedidos de reembolso entretanto
apresentados e deferidos.
3 - Se houver lugar à imposição de qualquer penalidade ou à exigência de juros compensatórios, ficam suspensos quaisquer outros
reembolsos ao requerente, até ao limite do montante em débito, até que aqueles se mostrem pagos.
4 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, considera -se competente o Serviço de Finanças de Lisboa 3.
SECÇÃO 3 - Regime aplicável a sujeitos passivos estabelecidos fora da Comunidade
Artigo 18.º - Âmbito
1 - As pessoas singulares ou colectivas não estabelecidas no território da Comunidade, que no respectivo país sejam sujeitos passivos de
um imposto geral sobre o volume de negócios, têm direito ao reembolso do IVA nos termos e condições referidos na secção 1 deste
capítulo, desde que exista reciprocidade de tratamento por parte dos Estados em que se encontrem estabelecidas.
2 - Para o exercício do direito ao reembolso, os sujeitos passivos referidos no número anterior devem nomear um representante fiscal
residente em território nacional, munido de procuração com poderes bastantes, que deve cumprir as obrigações decorrentes do presente
regime e que responde, solidariamente com o representado, pelo cumprimento de tais obrigações.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Artigo 19.º - Apresentação do pedido


1 - O pedido de reembolso é apresentado na direcção de serviços de reembolsos, em relação aos períodos e no prazo definidos no artigo
8.º, pelo representante do requerente, em requerimento de modelo aprovado, acompanhado dos seguintes documentos:
a) Originais das facturas e dos documentos de importação, passados na forma legal, comprovativos de que o IVA foi suportado;
b) Certificado, emitido pelo Estado onde se encontra estabelecido, comprovativo da sujeição do requerente a um imposto geral sobre o
volume de negócios, bem como o reconhecimento, no país respectivo, do direito ao reembolso desse imposto por parte dos sujeitos
passivos estabelecidos em Portugal.
2 - O reconhecimento referido na alínea b) do número anterior é dispensado quando existir um acordo de reciprocidade celebrado entre o
Estado português e o Estado em causa.
3 - O certificado mencionado na alínea b) do n.º 1 é válido pelo período de um ano a contar da data de emissão. 4 — A Direcção -Geral
dos Impostos apõe um visto em cada factura ou documento de importação remetidos para efeitos do pedido de reembolso, restituindo -os
ao requerente no prazo de um mês.
5 - O pedido de reembolso pode ainda ser efectuado por via electrónica, acompanhado de relação, conforme modelo aprovado, da qual
constem os elementos identificativos das facturas ou documentos de importação, referidos no n.º 2 do artigo 7.º
6 - Quando considerar não dispor de todas as informações pertinentes para apreciar o fundamento do pedido de reembolso, a Direcção -
Geral dos Impostos pode solicitar quaisquer outras informações necessárias, incluindo, no caso de pedidos apresentados por via
electrónica, a apresentação dos originais dos documentos constantes da relação que acompanha o pedido.
7 - Aos pedidos de reembolso apresentados nos termos do n.º 1 é aplicável o limite mínimo do valor do reembolso definido no artigo 8.º
(L 114/2017, 29/12 – OE 2018).
Artigo 20.º - Decisão e pagamento
1 - O reembolso do imposto, quando devido, deve ser efectuado até ao fim do sexto mês seguinte ao da apresentação do pedido.
2 - A contagem do prazo referido no número anterior tem início na data em que dêem entrada na Direcção –Geral dos Impostos todos os
documentos exigidos no n.º 1 do artigo 19.º, ou, quando o pedido seja apresentado por via electrónica, na data da recepção do pedido.
3 - Aos pedidos de reembolso abrangidos por esta secção é aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto no n.º 3 do artigo 14.º e
nos artigos 15.º, 16.º e 17.º do presente regime.

Requisitos das facturas e documentos equivalentes


(art.º 5.º do DL n.º 198/90, de 19-06)
Artigo 5.º
1 - As faturas referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA devem ser processadas através de sistemas informáticos ou
ser pré–impressas em tipografias autorizadas, de acordo com as regras previstas no n.º 1 do artigo 8.º e nos artigos 9.º a 11.º do regime de
bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos do IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de
julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto–Lei n.º 198/2012
–Art.º 7.º DL 197/2012, de 24/08 - Vigor a partir de 01/01/2013
1 - As faturas e os documentos retificativos referidos na alínea b) do n.º 1 e no n.º 7, ambos do artigo 29.º do Código do IVA, devem ser
processados através de sistemas informáticos ou ser pré –impressos em tipografias autorizadas, de acordo com as regras previstas no n.º 1
do artigo 8.º e nos artigos 9.º a 11.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos do IVA, aprovado em
anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, pela Lei n.º 3 -B/2010,
de 28 de abril, alterado e republicado pelo Decreto -Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, e alterado pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de
dezembro. (art.º 189.º L 83-B/2013, 31.12)
2 - Os documentos referidos no número anterior, identificados através das respetivas designações, são emitidos em uma ou mais séries,
convenientemente referenciadas, de acordo com as necessidades comerciais, devendo ser datados e numerados de forma progressiva e
contínua, dentro de cada série, por um período não inferior a um ano fiscal. (art.º 189.º L 83-B/2013, 31.12)
3 - Os sujeitos passivos do IVA que processem facturas ou outros documentos fiscalmente relevantes através de sistemas informáticos
devem assegurar a respectiva integridade operacional, a integridade da informação arquivada electronicamente e a disponibilidade da
documentação técnica relevante. (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
4 - A integridade operacional do sistema deve, no mínimo, garantir: (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
a) A fiabilidade dos processos de recolha, tratamento e emissão de informação, através de:
i) Controlo do acesso às funções do sistema mediante adequada gestão de autorizações; (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
ii) Existência de funções de controlo de integridade, exactidão e fiabilidade da informação criada, recebida, processada ou emitida; (L60-
A/2005, 30-12 – OE2006)
iii) Existência de funções de controlo para detecção de alterações directas ou anónimas à informação gerida ou utilizada no sistema;
(L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
iv) Preservação de toda a informação necessária à reconstituição e verificação da correcção do processamento de operações fiscalmente
relevantes, total ou parcialmente suportadas pelo sistema; (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
b) A inexistência de funções ou programas, de qualquer proveniência, instalados no local ou remotamente com acesso ao sistema, que
permitam alterar directamente a informação, fora dos procedimentos de controlo documentados para o sistema, sem gerar qualquer
evidência rastreável agregada à informação original. (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
5 - Para efeitos do n.º 2, consideram-se condições de garantia da integridade da informação arquivada electronicamente para efeitos
fiscais as seguintes: (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
a) O armazenamento seguro da informação durante o período legalmente estabelecido, através de: (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
i) Preservação da informação em condições de acessibilidade e legibilidade que permitam a sua utilização sem restrições, a todo o tempo;
(L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
ii) Existência de controlo de integridade da informação arquivada, impedindo a respectiva alteração, destruição ou inutilização; (L60-
A/2005, 30-12 – OE2006)
iii) Abrangência da informação arquivada que seja necessária à completa e exaustiva reconstituição e verificação da fundamentação de
todas as operações fiscalmente relevantes; (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
b) A acessibilidade e legibilidade pela administração tributária da informação arquivada, através da disponibilidade de: (L60-A/2005, 30-
12 – OE2006)

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

i) Funções ou programas para acesso controlado à informação arquivada, independentemente dos sistemas informáticos e respectivas
versões em uso no momento do arquivo; (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
ii) Funções ou programas permitindo a exportação de cópias exactas da informação arquivada para suportes ou equipamentos correntes
no mercado; (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
iii) Documentação, apresentada sob forma legível, que permita a interpretação da informação arquivada. (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
6 - Os sujeitos passivos do IVA devem garantir a disponibilidade, acessibilidade e legibilidade pela administração tributária de
documentação técnica relevante para a aferição da integridade operacional dos sistemas informáticos que utilizam, documentando
concretamente: (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
a) As funcionalidades asseguradas e respectiva articulação; (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
b) Os ciclos operativos de exploração do sistema; (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
c) As funcionalidades de controlo disponíveis e a auditabilidade das mesmas; (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)
d) Os mecanismos, físicos ou lógicos, utilizados na preservação da integridade e exactidão da informação e dos processos; (L60-A/2005,
30-12 – OE2006)
e) O modelo de dados e dicionário permitindo identificar o conteúdo das estruturas de dados e respectivo ciclo de vida. (L60-A/2005, 30-
12 – OE2006)
7 - Nos casos em que, ao longo do período legalmente previsto de conservação da informação, tenham sido usados diferentes sistemas ou
diferentes versões do mesmo sistema, a documentação prevista no número anterior deverá estar disponível, para cada sistema ou versão,
nas mesmas condições de acessibilidade e legibilidade. (L60-A/2005, 30-12 – OE2006)

Isenção de IVA na venda de mercadorias efectuadas a exportadores nacionais


(art.º 6.º do DL n.º 198/90, de 19-06, com a redacção OE 2012)
Artigo 6.º- Sistema excepcional de suspensão da liquidação do imposto nos casos de vendas efectuadas a exportadores nacionais
de mercadorias que não são entregues a estes, mas antes são directamente enviadas pelo fornecedor para o estrangeiro
1 - Estão isentas do imposto sobre o valor acrescentado, com direito à dedução do imposto suportado a montante, nos termos do artigo
20.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, as vendas de mercadorias de valor superior a € 1000, por factura, efectuadas por
um fornecedor a um exportador nacional, exportadas no mesmo estado, desde que:
1 - Estão isentas do imposto sobre o valor acrescentado, com direito à dedução do imposto suportado a montante, nos termos do artigo
20.º do Código do IVA, as vendas de mercadorias de valor superior a € 1000, por fatura, efetuadas por um fornecedor a um exportador
que possua no território nacional sede, estabelecimento estável, domicílio ou um registo para efeitos do IVA, expedidas ou transportadas
no mesmo Estado para fora da União Europeia, por este ou por um terceiro por conta deste, desde que: (art.º 189.º L 83-B/2013, 31.12)
1 — Estão isentas do imposto sobre o valor acrescentado, com direito à dedução do imposto suportado a montante, nos termos do artigo
20.º do Código do IVA, as vendas de mercadorias de valor superior a € 1000, por fatura, efetuadas por um fornecedor a um exportador
que possua no território nacional sede, estabelecimento estável, domicílio ou um registo para efeitos do IVA, expedidas ou transportadas
no mesmo estado para fora da União Europeia, por este ou por um terceiro por conta deste, desde que: (OE 2015)
a) A aceitação da declaração aduaneira de exportação ocorra até 30 dias, a contar da data da factura emitida pelo fornecedor;
b) A saída das mercadorias do território aduaneiro da Comunidade ocorra até 60 dias, a contar da data de aceitação da declaração
aduaneira de exportação; e c) O certificado comprovativo da exportação (CCE) seja entregue ao fornecedor no prazo de 90 dias, a contar
da data da factura por ele emitida.
2 - As mercadorias não podem ser entregues ao exportador, salvo se for titular de um armazém de exportação, devendo as mesmas ser
apresentadas num dos locais a seguir referidos, que determinam a estância aduaneira competente para a entrega da declaração aduaneira
de exportação:
a) Instalações do fornecedor, em caso de carregamentos completos;
b) Porto ou aeroporto de embarque, no caso de carga não consolidada;
c) Armazém de exportação;
d) Entreposto não aduaneiro de bens sujeitos a impostos especiais de consumo previsto no artigo 15.º do Código do Imposto sobre o
Valor Acrescentado.
3 - A isenção prevista no n.º 1 deve ser invocada na declaração aduaneira de exportação, no momento da sua apresentação, mediante:
a) A aposição do código específico definido na regulamentação aduaneira; e
b) A indicação dos seguintes elementos específicos:
i) Fornecedor: número de identificação fiscal;
ii) Mercadorias: designação, quantidade, natureza dos volumes, peso bruto e peso líquido;
iii) Factura do fornecedor: número, data e valor.
4 - O CCE deve conter, para além dos indicados na alínea b) do número anterior, os seguintes elementos:
a) Exportador: nome, morada e número de identificação fiscal;
b) Fornecedor: nome e morada;
c) Local de apresentação das mercadorias;
d) Marca e número do contentor, quando for o caso;
e) Número e data de aceitação da declaração aduaneira de exportação;
f) Estância aduaneira e data de saída das mercadorias do território aduaneiro da Comunidade;
g) Data de validação do certificado.
5 - No caso de inacessibilidade do sistema electrónico de processamento da declaração aduaneira, que não permita a emissão do
certificado por essa mesma via, o exportador ou seu representante deve, no prazo previsto na alínea b) do n.º 1, entregar na estância
aduaneira o certificado em suporte papel com todos os elementos previstos na alínea b) do n.º 3 e nas alíneas a) a d) do n.º 4.
6 - O CCE validado pelos serviços aduaneiros, após a saída das mercadorias e verificados os requisitos enunciados nos n.os 1 a 4, é
disponibilizado, em suporte papel ou electrónico, ao exportador ou seu representante que o deve entregar ao fornecedor.
7 - Se o fornecedor não estiver na posse do CCE, validado pelos serviços aduaneiros, no prazo de 90 dias a contar da data da factura por
ele emitida, deve, no prazo referido no n.º 1 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, proceder à liquidação do
imposto, debitando -o ao exportador em factura ou documento equivalente emitido para o efeito.
8 - O fornecedor pode efectuar a regularização do imposto a que se refere o número anterior, no prazo previsto no n.º 2 do artigo 98.º do
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, desde que esteja na posse do CCE, validado pelos serviços aduaneiros, e da prova de

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

que o adquirente tomou conhecimento da rectificação ou de que foi reembolsado do imposto, sem o que se considera indevida a
respectiva dedução.
9 - Dentro do prazo de 60 dias, a contar da data de aceitação da declaração aduaneira de exportação, o adquirente pode afectar as
mercadorias a um destino diferente da exportação, desde que esteja na posse da factura ou documento equivalente do fornecedor com a
liquidação do imposto respectivo, sem prejuízo, se for o caso, do cumprimento das regras de anulação da declaração aduaneira de
exportação.
10 - Nas vendas de bens abrangidas pelo presente artigo, o fornecedor pode exigir do adquirente o montante do IVA, obrigando -se a
restituí-lo quando lhe for entregue o CCE.

Conceito de amostras e ofertas de pequeno valor


(Portaria n.º 497/2008, de 24-06)
Artigo 1.º - Objecto
A presente portaria regulamenta as condições delimitadoras do conceito de amostras e de ofertas de pequeno valor e define os
procedimentos e obrigações contabilísticas a cumprir pelos sujeitos passivos do imposto, para efeitos de aplicação do disposto no n.º 7 do
artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de Dezembro.
Artigo 2.º - Delimitação do conceito de amostras
1 — Consideram -se amostras os bens, não destinados a posterior comercialização, de formato ou tamanho diferentes do produto que
constitua a unidade de venda ou apresentados em quantidade, capacidade, peso ou medida substancialmente inferiores aos que
constituem a unidade de venda que se destinem a apresentar ou promover produtos produzidos ou comercializados pelo sujeito passivo.
2 — Consideram-se ainda amostras:
a) Os livros e outras publicações transmitidos gratuitamente pelos editores a operadores económicos que os possam promover, a
membros do corpo docente de estabelecimentos de ensino, a críticos literários, a organizações culturais ou a entidades ligadas à
imprensa;
b) Os compact disc (CD), digital video disc (DVD), discos, cassetes, filmes, vídeos e outros registos de som ou de imagem transmitidos
gratuitamente pelos editores ou produtores a operadores económicos, tais como estações de rádio ou televisão, críticos da especialidade,
disc jockeys,revistas especializadas, pontos de venda ou de diversão que os possam promover.
3 — Para efeitos do disposto no número anterior, a distribuição de exemplares de obras ou registos, seja qual for o suporte de produção,
não deve exceder em cada ano e em relação a cada um dos beneficiários da transmissão:
a) Cinco exemplares de um mesmo registo, quando os destinatários forem estações de rádio ou televisão;
b) Um exemplar de uma mesma obra ou registo, nos restantes casos.
Artigo 3.º - Delimitação do conceito de oferta
1 — A oferta pode ser constituída por bens comercializados ou produzidos pelo sujeito passivo ou por bens adquiridos a terceiros.
2 — Quando a oferta seja constituída por um conjunto de bens, o valor de € 50, a que se refere o n.º 7 do artigo 3.º do Código do IVA,
aplica -se a esse conjunto.
3 — Excluem -se do conceito de oferta os bónus de quantidade concedidos pelo sujeito passivo aos seus clientes.
Artigo 4.º - Contabilização
1 — Os sujeitos passivos devem contabilizar em contas apropriadas as amostras e ofertas, registando separadamente os bens que
constituam existências próprias e aqueles que sejam adquiridos a terceiros.
2 — Nas situações a que se refere o n.º 2 do artigo 2.º da presente portaria, os sujeitos passivos devem ainda dispor de registo
extracontabilístico que permita conhecer a identificação fiscal dos beneficiários das amostras e o número de exemplares transmitidos.
3 — Os sujeitos passivos que não sejam obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos do imposto sobre o rendimento devem
registar as amostras e ofertas de forma a permitir o adequado controlo por parte da administração fiscal.
Artigo 5.º - Entrada em vigor
A presente portaria entra em vigor no dia útil seguinte ao da respectiva publicação

Lei da Liberdade Religiosa – Lei n.º 16/2001, de 22-06


O artigo 65.º da Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho, alterada pelas Leis n.os 91/2009, de 31 de Agosto, e 3 -B/2010, de 28 de Abril, passa a
ter a seguinte redacção: «Artigo 65.º

Artigo 65.º - Isenção do imposto sobre o valor acrescentado


1 - As igrejas e comunidades religiosas radicadas no País, os institutos de vida consagrada e outros institutos com a natureza de
associações ou fundações por aquelas fundados ou reconhecidos, e ainda as federações e as associações em que as mesmas se integrem,
podem optar pelo regime previsto no n.º 1 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de Janeiro, alterado pela Lei n.º 52-C/96, de 27 de
Dezembro, pelo Decreto–Lei n.º 323/98, de 30 de Outubro, pela Lei n.º 30-C/2000, de 29 de Dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 238/2006,
de 20 de Dezembro, enquanto vigorar, não se lhes aplicando, nesse caso, o n.º 4 do artigo 32.º da presente lei. (L55-A/2010, 31/12)
2 - As instituições particulares de solidariedade social podem pedir a restituição do imposto sobre o valor acrescentado no período a que
respeita a colecta, nos termos previstos no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de Janeiro, enquanto o mesmo vigorar. – Revogado
a partir 01/012011 (L 55-A/2010, 31/12), mas Repristinado pelo n.º 1 do art.º 190OE 2012 para o ano de 2012, pelo n.º 1 do art.º 228 OE 2015 para o
ano de 2015.

Artigo 32.º - Benefícios fiscais


1 - As pessoas colectivas religiosas inscritas estão isentas de qualquer imposto ou contribuição geral, regional ou local, sobre:
a) Os lugares de culto ou outros prédios ou partes deles directamente destinados à realização de fins religiosos;
b) As instalações de apoio directo e exclusivo às actividades com fins religiosos;
c) Os seminários ou quaisquer estabelecimentos efectivamente destinados à formação dos ministros do culto ou ao ensino da religião;
d) As dependências ou anexos dos prédios descritos nas alíneas a) a c) a uso de instituições particulares de solidariedade social;
e) Os jardins e logradouros dos prédios descritos nas alíneas a) a d) desde que não estejam destinados a fins lucrativos.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

2 - As pessoas colectivas religiosas inscritas estão igualmente isentas do imposto municipal de sisa e sobre as sucessões e doações ou
quaisquer outros com incidência patrimonial substitutivos destes, quanto:
a) Às aquisições de bens para fins religiosos;
b) Aos actos de instituição de fundações, uma vez inscritas como pessoas colectivas religiosas.
3 - Os donativos atribuídos pelas pessoas singulares às pessoas colectivas religiosas inscritas para efeitos de imposto sobre o rendimento
das pessoas singulares são dedutíveis à colecta, nos termos e limites fixados nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 63.º do Estatuto dos
Benefícios Fiscais, sendo a sua importância considerada em 130 % do seu quantitativo. (L 91/2009, de 31/08)
4 - Uma quota equivalente a 0,5 %do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, liquidado com base nas declarações anuais,
pode ser destinada pelo contribuinte, para fins religiosos ou de beneficência, a uma igreja ou comunidade religiosa radicada no País, que
indicará na declaração de rendimentos, desde que essa igreja ou comunidade religiosa tenha requerido o benefício fiscal.
5 - As verbas destinadas, nos termos do número anterior, às igrejas e comunidades religiosas são entregues pelo Tesouro às mesmas ou às
suas organizações representativas, que apresentarão na Direcção-Geral dos Impostos relatório anual do destino dado aos montantes
recebidos.
6 - O contribuinte que não use a faculdade prevista no n.o 4 pode fazer uma consignação fiscal equivalente a favor de uma pessoa
colectiva de utilidade pública de fins de beneficência ou de assistência ou humanitários ou de uma instituição particular de solidariedade
social, que indicará na sua declaração de rendimentos.
7 - As verbas a entregar às entidades referidas nos n.os 4 e 6 devem ser inscritas em rubrica própria no Orçamento do Estado.
8 - A administração fiscal publica, na página das declarações electrónicas, até ao 1.º dia do prazo de entrega das declarações, previsto no
artigo 60.º, todas as entidades que se encontram em condições de beneficiar das consignações fiscais previstas nos n.os 4 e 6. (L3-B/2010,
de 28/04)
9 - Da nota demonstrativa da liquidação de IRS deve constar a identificação da entidade beneficiada, bem como o montante consignado
nos termos dos n.os 4 e 6 (L3-B/2010, de 28/04).

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Comunicação dos elementos das Faturas


Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24.08
Artigo 1.º - Objeto
O presente diploma procede à criação de medidas de controlo da emissão de faturas e outros documentos com relevância fiscal e
respetivos aspetos procedimentais, bem como a criação de um incentivo de natureza fiscal à exigência daqueles documentos por
adquirentes que sejam pessoas singulares, alterando -se o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de
julho, e efetuando-se um conjunto de alterações ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA,
aprovado em anexo ao Decreto–Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei
n.º 3 -B/2010, de 28 de Abril.
1 - O presente diploma procede à criação de medidas de controlo da emissão de faturas e respetivos aspetos procedimentais, bem como a
criação de um incentivo de natureza fiscal à exigência daqueles documentos por adquirentes que sejam pessoas singulares, alterando -se
o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, e efetuando-se um conjunto de alterações ao
regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos do IVA, aprovado em anexo ao Decreto–Lei n.º 147/2003, de
11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto-Lei n.º
198/2012, de 24 de agosto. (OE 2013)
2 - O presente diploma aplica -se ainda, com as devidas adaptações, aos documentos referidos nos n.os 6 do artigo 36.º e 1 do artigo 40.º
do Código do IVA. (OE 2013)
2 - O presente diploma aplica-se ainda, com as devidas adaptações, aos documentos referidos no n.º 6 do artigo 36.º e no n.º 1 do artigo
40.º do Código do IVA, bem como aos recibos comprovativos de pagamento emitidos por sujeitos passivos enquadrados no regime de
IVA de caixa, ou emitidos a estes sujeitos passivos, quando estes os solicitem, em ambos os casos na forma legal prevista neste regime.
[Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30/05 - Em vigor a partir de 01/10/2013]
2 - O presente diploma aplica -se ainda, com as devidas adaptações, às faturas e documentos retificativos de fatura, a outros documentos
emitidos, independentemente da sua designação, que sejam suscetíveis, nomeadamente, de apresentação ao cliente e que possibilitem a
conferência de mercadorias ou de prestação de serviços bem como a recibos comprovativos de pagamento emitidos por sujeitos passivos
enquadrados no regime de IVA de caixa, ou emitidos a estes sujeitos passivos, quando estes os solicitem, em ambos os casos na forma
legal prevista neste regime. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
Artigo 3.º - Comunicação dos elementos das faturas
1 - As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português e aqui
pratiquem operações sujeitas a IVA, são obrigadas a comunicar à Autoridade Tributária a Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de
dados, os elementos das faturas emitidas nos termos do Código do IVA, por uma das seguintes vias:
1 - As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português e aqui
pratiquem operações sujeitas a IVA, são obrigadas a comunicar àAutoridade Tributária a Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de
dados, os elementos das faturas emitidas nos termos do Código do IVA, bem como os elementos dos documentos de conferência de
entrega de mercadorias ou da prestação de serviços, por uma das seguintes vias: (OE 2015)
1 - As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português e aqui
pratiquem operações sujeitas a IVA, são obrigadas a comunicar à Autoridade Tributária a Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de
dados, os elementos das faturas emitidas nos termos do Código do IVA, bem como os elementos dos documentos que possibilitem a
conferência de mercadorias ou de prestação de serviços e recibos, por uma das seguintes vias: (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
a) Por transmissão eletrónica de dados em tempo real, integrada em programa de faturação eletrónica;
a) Por transmissão eletrónica de dados em tempo real; (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
b) Por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF -T (PT), criado
pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, contendo os elementos das faturas;
b) Por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF -T (PT), criado
pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, na sua redação atual; (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
c) Por inserção direta no Portal das Finanças;
d) Por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças.
2 - A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 8 do mês seguinte ao da emissão da fatura, não sendo
possível alterar a via de comunicação no decurso do ano civil.
2 - A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 25 do mês seguinte ao da emissão da fatura, não sendo
possível alterar a via de comunicação no decurso do ano civil. . (OE 2013)
2 - A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 20 do mês seguinte ao da emissão da fatura. (art.º 245.º da
Lei n.º 42/2016, 28.12 – OE 2017)
2 - A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 10 do mês seguinte ao da emissão da fatura. (DL 28/2019,
15/02 – Art.º 43.8 - Durante o ano de 2019, a comunicação das faturas a que se refere o n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012,
de 24 de agosto, na redação introduzida pelo presente decreto -lei, deve ser efetuada até ao dia 15 do mês seguinte ao da emissão da
fatura)
2 - A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 12 do mês seguinte ao da emissão da fatura. (Alterado pela L
119/2019, 18/09 em vigor a partir de 01/10/2019 - Mas o art.º 43.8 do DL 28/2019, 15/02 refere - Durante o ano de 2019, a comunicação
das faturas a que se refere o n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, na redação introduzida pelo presente decreto
-lei, deve ser efetuada até ao dia 15 do mês seguinte ao da emissão da fatura)
3 - Os sujeitos passivos que sejam obrigados a produzir o ficheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março,
alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, devem optar por uma das modalidades constantes das alíneas a) e b) do n.º 1.
4 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o modelo de dados para os efeitos previstos nos n.os 1 e 2, devendo dele constar os
seguintes elementos relativamente a cada fatura:
4 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o modelo de dados para os efeitos previstos nos n.os 1 e 2, devendo dele constar os
seguintes elementos relativamente a cada fatura ou documento de conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços:
(OE 2015)
4 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o modelo de dados para os efeitos previstos nos n.os 1 e 2, devendo dele constar os
seguintes elementos relativamente a cada fatura, documento que possibilite a conferência de mercadorias ou de prestação de serviços ou
recibo: (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
a) Número de identificação fiscal do emitente;

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

b) Número da fatura;
b) Número da fatura ou do documento; (OE 2015)
c) Data de emissão;
d) Tipo de documento, nos termos referidos na Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de
outubro, que regula o ficheiro normalizado, designado SAF -T (PT);
d) Tipo de documento, nos termos referidos na estrutura de dados a que se refere a Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, que regula o
ficheiro normalizado, designado SAF -T (PT); (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
e) Número de identificação fiscal do adquirente que seja sujeito passivo de IVA, quando tenha sido inserido no ato de emissão;
f) Número de identificação fiscal do adquirente que não seja sujeito passivo de IVA, quando este solicite a sua inserção no ato de
emissão;
g) Valor tributável da prestação de serviços ou da transmissão de bens;
h) Taxas aplicáveis;
i) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se aplicável;
j) Montante de IVA liquidado.
j) Montante de IVA ou Imposto do Selo liquidado; (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
k) A menção «IVA – regime de caixa», se aplicável. [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30/05 - Em vigor a partir de
01/10/2013]
l )O número do certificado do programa que os emitiu; (OE 2015)
m) Identificação do documento de origem. (OE 2015)
n) Identificação do documento retificado; (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
o) Identificação do país ou região do imposto; (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
p) Código único de documento. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
5 - Até ao final do mês seguinte ao da sua emissão, a AT disponibiliza às pessoas singulares, no Portal das Finanças, os elementos
indicados no número anterior relativamente às faturas que titulem prestações de serviços em que constem como adquirentes e que sejam
emitidas por sujeitos passivos enquadrados para efeitos fiscais, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas,
Revisão 3, CAE — Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade:
a) Secção G, Classe 4520 — Manutenção e reparação de veículos automóveis;
b) Secção G, Classe 45402 — Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios;
c) Secção I — Alojamento, restauração e similares;
d) Secção S, Classe 9602 — Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza.
6 - As pessoas singulares podem comunicar à AT os elementos das faturas em que constem como adquirentes, que tenham na sua posse,
e que não tenham sido disponibilizados nos termos do número anterior, após a data aí prevista, devendo manter na sua posse as faturas
registadas para exibi-las à AT sempre que solicitadas por um período de quatro anos, contado a partir do final do ano em que ocorreu a
aquisição.
7 - As pessoas singulares devem indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas em que constem como
adquirentes que titulam prestações de serviços enquadradas nos setores de atividade mencionados naquele número, sempre que o sujeito
passivo emitente esteja também enquadrado, para efeitos fiscais, noutros setores de atividade, sob pena de aquelas faturas não serem
elegíveis para o incentivo fiscal.
8 - As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA devem também indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no
n.º 5, quais as faturas que titulam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional, sob pena de todas as
faturas em que constam como adquirentes não serem elegíveis para o incentivo fiscal.
9 - Os sujeitos passivos referidos no n.º 1, que durante o mês não tenham emitidos documentos, devem comunicar esse facto à AT,
através do Portal das Finanças, no prazo referido no n.º 2. (OE 2022 – L 12/2022, 27/06)
10 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, a obrigação de comunicação dos elementos das faturas emitidas nos termos do n.º 14 do artigo
29.º do Código do IVA pode ser cumprida pelo adquirente, desde que previsto no âmbito do acordo prévio de autofaturação previsto na
alínea a) do n.º 11 do artigo 36.º do Código do IVA. (Vigor 01/01/2023 – DL 85/2022, 21/12)
11 - A obrigação de comunicação dos elementos das faturas emitidas nos termos do n.º 15 do artigo 29.º do Código do IVA deve ser
cumprida pelo adquirente, tendo o transmitente dos bens ou prestador de serviços a faculdade de indicar, no Portal das Finanças, até ao
dia 25 de fevereiro do ano seguinte ao da sua emissão, as faturas que não titulam transmissões de bens ou prestações de serviços por si
realizadas. (Vigor 01/01/2023 – DL 85/2022, 21/12)
12 - A faculdade prevista no número anterior não exclui a possibilidade de o transmitente dos bens ou prestador de serviços efetuar prova
da existência de faturas que não titulam transmissões de bens ou prestações de serviços por si realizadas. (Vigor 01/01/2023 – DL
85/2022, 21/12)
Artigo 3.º-A - Comunicação dos inventários (OE 2015)
1 - As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português, que
disponham de contabilidade organizada e estejam obrigadas à elaboração de inventário, devem comunicar àAT, até ao dia 31 de janeiro,
por transmissão eletrónica de dados, o inventário respeitante ao último dia do exercício anterior, através de ficheiro com características e
estrutura a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças. (OE 2015)
1 - As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território nacional, que
disponham de contabilidade organizada e estejam obrigadas à elaboração de inventário, devem comunicar à AT, até ao dia 31 de janeiro,
por transmissão eletrónica de dados, o inventário valorizado respeitante ao último dia do exercício anterior, através de ficheiro com
características e estrutura a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças. (Vigor 01/01/2020 – DL
28/2019, 15/02)
2 - Relativamente às pessoas que adotem um período de tributação diferente do ano civil, a comunicação referida no número anterior
deve ser efetuada até ao final do 1.º mês seguinte à data do termo desse período. (OE 2015)
3 - Ficam dispensadas da obrigação de comunicação a que se refere o n.º 1 as pessoas aí previstas cujo volume de negócios do exercício
anterior ao da referida comunicação não exceda € 100 000. (OE 2015)
3 - Ficam dispensadas da obrigação de comunicação a que se refere o n.º 1 as pessoas aí previstas a que seja aplicável o regime
simplificado de tributação em sede de IRS ou IRC. (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
Artigo 4.º-A - Incentivo não fiscal (Vigor 16/02/2019 – DL 28/2019, 15/02)
Às pessoas singulares que exijam fatura nas aquisições de bens e serviços para fins privados que realizem em território nacional, desde
que tais despesas não beneficiem da isenção prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 14.º do Código do IVA, pode ser atribuído um
42
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

incentivo, nos termos e condições a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças. (Vigor 16/02/2019 –
DL 28/2019, 15/02)
Artigo 5.º - Conservação dos dados pessoais comunicados
Os dados pessoais comunicados relativos a faturas em que os adquirentes sejam pessoas singulares devem ser mantidos até ao final do
quarto ano seguinte àquele a que respeitem, sendo obrigatoriamente destruídos no prazo de seis meses após o decurso deste prazo.
Artigo 6.º - Confidencialidade e segurança da informação
1 - Os dados pessoais comunicados à AT nos termos do artigo 3.º estão abrangidos pelo dever de confidencialidade previsto no artigo
64.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, e apenas podem ser utilizados para as finalidades
previstas no presente diploma.
2 - A AT deve adotar as medidas de segurança necessárias relativamente aos dados pessoais comunicados para impedir a respetiva
consulta ou utilização indevida por qualquer pessoa ou forma não autorizada e para garantir que o acesso aos dados pessoais está
limitado às pessoas autorizadas no âmbito das suas atribuições legais.

Faturas emitidas por via eletrónica - condições


Decreto-Lei n.º 196/2007, de 15.05
Artigo 1.º - Objecto
O presente decreto-lei regula as condições técnicas para a emissão, conservação e arquivamento das facturas ou documentos equivalentes
emitidos por via electrónica, nos termos do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 394-B/84, de
26 de Dezembro.
Artigo 2.º - Sistemas informáticos de facturação por via electrónica
1 - Os sistemas informáticos de emissão, de recepção e de arquivamento de facturas ou documentos equivalentes em formato electrónico
devem garantir as seguintes funcionalidades:
a) A autenticidade da origem de cada factura electrónica ou documento equivalente;
b) A integridade do conteúdo da factura electrónica ou documento equivalente;
c) A integridade da sequência das facturas electrónicas ou documentos equivalentes;
d) A validação cronológica das mensagens emitidas como facturas electrónicas ou documentos equivalentes;
e) O arquivamento, em suporte informático, das facturas ou documentos equivalentes emitidos e recebidos por via electrónica;
f) A manutenção, durante o período previsto no artigo 52.o do Código do IVA, da autenticidade, integridade e disponibilidade do
conteúdo original das facturas e documentos equivalentes emitidos e recebidos por via electrónica;
g) O não repúdio da origem e recepção das mensagens;
h) A não duplicação das facturas ou documentos equivalentes emitidos e recebidos por via electrónica;
i) Mecanismos que permitam verificar que o certificado utilizado pelo emissor da factura electrónica ou documento equivalente não se
encontra revogado, caduco ou suspenso na respectiva data de emissão.
2 - As funcionalidades dos sistemas informáticos de emissão, de recepção e de arquivamento de facturas ou documentos equivalentes em
formato electrónico podem ser asseguradas, no todo ou em parte, por terceiros em nome e por conta do sujeito passivo.
Artigo 3.º - Emissão de factura através de meios electrónicos
As facturas ou documentos equivalentes podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidos por via electrónica, desde que
seja garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo e adoptado um dos seguintes procedimentos:
a) Aposição de uma assinatura electrónica avançada nos termos do Decreto-Lei n.o 290-D/99, de 2 de Agosto, na redacção que lhe foi
dada pelos Decretos-Leis n.os 62/2003, de 3 de Abril, 165/2004, de 6 de Julho, e 116-A/2006, de 16 de Junho;
b) Utilização de um sistema de intercâmbio electrónico de dados, desde que os respectivos emitentes e destinatários outorguem um
acordo que siga as condições jurídicas do «Acordo tipo EDI europeu», aprovado pela Recomendação n.o 1994/820/CE, da Comissão, de
19 de Outubro.
Artigo 4.º - Conservação
1 - As facturas e documentos equivalentes emitidos e recebidos por via electrónica devem ser conservados, sem alterações, por ordem
cronológica de emissão e recepção.
2 – O processamento automático efectuado pelos sistemas informáticos de facturação por via electrónica deve incluir o registo dos dados
relativos aos documentos mencionados no número anterior de forma a garantir uma transferência exacta e completa dos dados para os
suportes de arquivamento.
3 - Para garantia do acesso sem restrições, por parte da administração tributária, às facturas e documentos equivalentes emitidos e
recebidos por via electrónica, a documentação respeitante à arquitectura, às análises funcional e orgânica e exploração do sistema
informático, bem como os dispositivos de arquivamento, software e algoritmos integrados no sistema de facturação electrónica são
mantidos acessíveis durante o prazo previsto na lei para a conservação da documentação.
Artigo 5.º - Requisitos do arquivamento
O arquivamento das facturas e documentos equivalentes emitidos e recebidos por via electrónica é efectuado de forma a assegurar:
a) A execução de controlos que assegurem a integridade, exactidão e fiabilidade do arquivamento;
b) A execução de funcionalidades destinadas a prevenir a criação indevida e a detectar qualquer alteração, destruição ou deterioração dos
registos arquivados;
c) A recuperação dos dados em caso de incidente;
d) A reprodução de cópias legíveis e inteligíveis dos dados registados.
Artigo 6.º - Fiscalização
1 - A administração tributária pode comprovar nas instalações dos sujeitos passivos, bem como nas de outras entidades que prestem
serviços de facturação electrónica ou de recepção, registo e arquivamento de facturas ou documentos equivalentes emitidos e recebidos
por via electrónica, a conformidade do sistema utilizado com os requisitos legalmente exigidos, nos termos estabelecidos no Regime
Complementar do Procedimento da Inspecção Tributária, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 413/98, de 31 de Dezembro, com a redacção que
lhe foi dada pela Lei n.o 50/2005, de 30 de Agosto.
2 - Para efeitos do número anterior, as acções da administração tributária podem revestir a seguinte forma:
a) Acesso directo ao sistema informático de apoio à facturação para consulta dos dados com relevância fiscal, utilizando o seu próprio
hardware e software, o do sujeito passivo ou o de entidade terceira;
43
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

b) Solicitação ao sujeito passivo para que forneça os dados relevantes num suporte digital em formato standard;
c) Cópia dos dados para suporte lógico de arquivamento.
3 - No caso de a exploração do sistema informático ou o arquivamento dos dados se efectuar fora do País, o sujeito passivo
inspeccionado é obrigado a facultar o acesso previsto no número anterior a partir do território nacional.
4 - Em qualquer das acções mencionadas no número anterior, o sujeito passivo apoia a administração tributária no exercício do direito de
acesso à informação, designadamente através da instrução sobre os procedimentos a adoptar para aceder ao sistema informático de apoio
à facturação e para consultar os dados arquivados.
5 - Nos casos em que se mostre exigível, para efeitos do cumprimento do regime de bens em circulação objecto de transacções entre
sujeitos passivos de IVA, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 147/2003, de 11 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.o 238/2000, de 20 de
Dezembro, deve ser garantida a reprodução em suporte de papel das facturas ou documentos equivalentes emitidos por via electrónica.
Artigo 6.º-A - Direito de acesso das autoridades competentes dos Estados membros
1 - A Autoridade Tributária e Aduaneira tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas
emitidas e recebidas por via eletrónica por:
a) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional;
b) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em outro Estado membro, relativamente às faturas em
que o IVA seja devido em território nacional.
2 - A autoridade competente de outro Estado membro tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados
constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou
domicílio em território nacional, relativamente às faturas em que o IVA seja devido nesse Estado membro.
(aditado pelo art.º 13.º DL 197/2012, de 24.05 – Em vigor a partir 01/10/2012)
Artigo 7.º - Acordos e documentação técnica
Os acordos celebrados entre os emitentes e os destinatários de facturas ou documentos equivalentes emitidos por via electrónica, bem
como a documentação técnica de apoio ao utilizador dos sistemas informáticos de facturação por via electrónica, devem estar
actualizados e disponíveis para consulta pela administração tributária.

Regime de IVA de Caixa


(Aprovado pelo DL n.º 71/2013, de 30/05)
Artigo 1.º - Âmbito
1 - Podem optar pelo regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa), os
sujeitos passivos de IVA que, não tendo atingido no ano civil anterior um volume de negócios, para efeitos de IVA, superior a 500
000,00 EUR, não exerçam exclusivamente uma atividade prevista no artigo 9.º, e não estejam abrangidos pelo regime de isenção previsto
no artigo 53.º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas previsto no artigo 60.º, todos do Código do IVA.
2 - O presente regime aplica-se a todas as transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas pelos sujeitos passivos de IVA que
preencham as condições previstas no número anterior, sempre que as mesmas tenham por destinatários outros sujeitos passivos de IVA,
com exceção das seguintes:
a) Importação, exportação e atividades conexas, previstas nos artigos 13.º, 14.º e 15.º do Código do IVA;
b) Transmissões e aquisições intracomunitárias de bens e operações assimiladas nos termos previstos no Regime do IVA nas Transações
Intracomunitárias;
c) Prestações intracomunitárias de serviços;
d) Operações em que o adquirente seja o devedor do imposto;
e) Operações em que os sujeitos passivos tenham relações especiais, nos termos dos n.ºs 10 e 12 do artigo 16.º do Código do IVA.
3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, apenas podem optar pelo regime de IVA de caixa os sujeitos passivos registados para efeitos deste
imposto há, pelo menos, doze meses, cuja situação tributária se encontre regularizada, nos termos do Código de Procedimento e de
Processo Tributário e sem obrigações declarativas em falta.
Artigo 2.º - Exigibilidade
1 - O imposto relativo às operações abrangidas pelo regime, nos termos do artigo anterior, é exigível no momento do recebimento total
ou parcial do preço, pelo montante recebido.
2 - O imposto é, ainda, exigível quando o recebimento total ou parcial do preço preceda o momento da realização das operações
tributáveis.
3 - Não obstante o disposto nos números anteriores, o imposto incluído em faturas relativamente às quais ainda não ocorreu o
recebimento total ou parcial do preço é exigível:
a) No 12.º mês posterior à data de emissão da fatura, no período de imposto correspondente ao fim do prazo;
b) No período seguinte à comunicação de cessação da inscrição no regime nos termos do artigo 5.º;
c) No período correspondente à entrega da declaração de cessação da atividade a que se refere o artigo 33.º do Código do IVA, nos casos
previstos no artigo 34.º do mesmo diploma.
Artigo 3.º - Dedução do imposto pelo sujeito passivo abrangido pelo regime
1 - Os sujeitos passivos enquadrados no presente regime apenas podem deduzir o imposto que incide sobre todas as transmissões de bens
ou as prestações de serviços que lhes forem efetuadas desde que tenham na sua posse fatura-recibo ou recibo comprovativo de
pagamento emitido de acordo com os requisitos previstos no artigo 6.º.
2 - Não obstante o disposto no número anterior, o imposto que incida sobre as transmissões de bens ou as prestações de serviços
efetuadas aos sujeitos passivos enquadrados no presente regime é considerado dedutível no 12.º mês posterior à data de emissão da fatura
sempre que o pagamento desta, e a consequente dedução do imposto, não tenha ocorrido em momento anterior, bem como nas situações
das alíneas b) e c) do n.º 3 do artigo anterior.
3 - A dedução nos termos dos números anteriores deve ser efetuada na declaração do período ou do período seguinte àquele em que se
tiver verificado a receção da fatura-recibo ou recibo comprovativo de pagamento emitido de acordo com os requisitos previstos no artigo
6.º ou o decurso do prazo mencionado no número anterior.
4 - O disposto no n.º 1 não se aplica às operações em que a obrigação de liquidação do imposto compete ao adquirente dos bens e
serviços.
Artigo 3.º - A Dedução do imposto pelo adquirente dos bens ou serviços (aditado pelo art.º 184 da L 83-B/2013, 31.12 – tem natureza
interpretativa)

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

1 - Para efeitos da aplicação do disposto nos artigos 19.º e 20.º do Código do IVA, e em derrogação ao previsto no n.º 1 do artigo 22.º do
mesmo Código, o direito à dedução do imposto suportado pelos sujeitos passivos não abrangidos pelo regime, relativamente a aquisições
de bens e serviços a sujeitos passivos por ele abrangidos, nasce na data de emissão da fatura. (aditado pelo art.º 184 da L 83-B/2013,
31.12 – tem natureza interpretativa)
2 - A dedução deve ser efetuada na declaração do período ou do período seguinte àquele em que se tiver verificado a receção da fatura.
(aditado pelo art.º 184 da L 83-B/2013, 31.12 – tem natureza interpretativa)
Artigo 4.º - Opção pelo regime
1 - Os sujeitos passivos que reúnam as condições do artigo 1.º podem exercer a opção pelo regime de IVA de caixa mediante
comunicação, à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), por via eletrónica, no Portal das Finanças, até ao dia 31 de outubro de cada ano.
1 - Os sujeitos passivos que reúnam as condições do artigo 1.º podem exercer a opção pelo regime de IVA de caixa mediante
comunicação, à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), por via eletrónica, no Portal das Finanças, durante o mês de outubro de cada
ano. (OE 2015)
2 - Os sujeitos passivos que exerçam a opção prevista no número anterior são obrigados a permanecer no regime de IVA de caixa durante
um período de, pelo menos, dois anos civis consecutivos.
3 - Findo o prazo previsto no número anterior, os sujeitos passivos que pretendam voltar a aplicar as regras gerais de exigibilidade
previstas nos artigos 7.º e 8.º do Código do IVA deverão comunicar tal opção à AT, por via eletrónica, no Portal das Finanças.
4 - No caso de reingresso no regime geral de exigibilidade do imposto, os sujeitos passivos são obrigados a permanecer neste regime
durante um período de, pelo menos, dois anos civis consecutivos.
5 - As opções previstas nos números anteriores produzem efeitos nos seguintes termos:
a) A opção prevista no n.º 1 produz efeitos no mês de janeiro do ano seguinte ao da comunicação;
b) A comunicação a que se refere o n.º 3 é feita a todo o tempo e produz efeitos no período de imposto seguinte ao da comunicação.
6 - Os termos e as condições das comunicações previstas no presente artigo são definidos por portaria do Ministro das Finanças.
(revogado –art.º 186.º L 83-B/2013, 31/12)
Artigo 5.º - Alteração do regime de exigibilidade
1 - Os sujeitos passivos abrangidos pelas disposições do presente regime devem comunicar à AT, por via eletrónica, no Portal das
Finanças, qualquer dos seguintes factos, logo que estes ocorram:
a) Tenha sido atingido no ano civil um volume de negócios, para efeitos de IVA, superior a 500 000,00 EUR;
b) Sempre que os sujeitos passivos passem a efetuar exclusivamente operações excluídas pelo n.º 2 do artigo 1.º.
2 - A cessação do regime será efetuada oficiosamente pela AT nos casos em que:
a) O sujeito passivo passe a exercer exclusivamente uma atividade prevista no artigo 9.º, ou passe a estar abrangido pelo regime de
isenção previsto no artigo 53.º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas previsto no artigo 60.º, todos do Código do IVA;
b) O sujeito passivo não tenha a situação tributária regularizada, nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário;
c) A AT disponha de fundados indícios para supor que determinado sujeito passivo utilizou o regime de forma indevida ou fraudulenta.
3 - Os casos de cessação do regime de IVA de caixa previstos nos números anteriores produzem efeitos nos seguintes termos:
a) A comunicação a que se refere o n.º 1 produz efeitos no período de imposto seguinte ao da comunicação;
b) A cessação oficiosa a que se refere o número anterior produz efeitos de forma imediata.
4 - Caso ocorra a circunstância referida na alínea b) do n.º 2, ainda que o sujeito passivo regularize a sua situação tributária, não poderá
optar pelo presente regime, sem que esteja decorrido um ano desde a regularização da situação.
5 - Nos casos de passagem do regime geral de exigibilidade ao regime de IVA de caixa, ou inversamente, a AT pode tomar as medidas
que julgue necessárias a fim de evitar que o sujeito passivo usufrua de vantagens injustificadas ou sofra prejuízos igualmente
injustificados.
6 - A cessação oficiosa do regime efetuada de acordo com o disposto no n.º 2 é precedida de audição prévia do interessado, cabendo
recurso hierárquico da decisão definitiva, a interpor nos termos definidos no Código do Procedimento e de Processo Tributário.
Artigo 6.º - Requisitos dos documentos de suporte
1 - As faturas, incluindo as faturas simplificadas, relativas às operações abrangidas pelo regime nos termos do n.º 2 do artigo 1.º devem
ter uma série especial, e contera menção «IVA - regime de caixa».
2 - No momento do pagamento, total ou parcial, das faturas referidas no número anterior, bem como nas situações referidas no n.º 2 do
artigo 2.º, é obrigatória a emissão de recibo, pelos montantes recebidos.
3 - O recibo emitido por sujeitos passivos enquadrados no regime de IVA de caixa, ou emitido a estes sujeitos passivos, quando estes o
solicitem, deve ser datado, numerado sequencialmente e conter os seguintes elementos:
a) O preço, líquido de imposto;
b) A taxa ou taxas de IVA aplicáveis e o montante de imposto liquidado;
c) Número de identificação fiscal do emitente;
d) Número de identificação fiscal do adquirente;
e) O número e série da fatura a que respeita o pagamento;
f) A menção «IVA – regime de caixa».
4 - A data da emissão do recibo referido no número anterior deve coincidir com a do pagamento, processando-se o mesmo em duplicado
e destinando-se o original ao adqui rente e a cópia ao arquivo do transmitente dos bens ou prestador de serviços.
5 - Os recibos de pagamento mencionados no n.º 3 devem ser emitidos e comunicados nos termos previstos para a emissão e
comunicação de faturas, com as devidas adaptações.
6 - Não obstante o disposto nos números anteriores, nas situações referidas no n.º 3 do artigo 2.º, os sujeitos passivos enquadrados no
regime de IVA de caixa devem emitir um documento retificativo de fatura, nos termos do n.º 6 do artigo 36.º do Código do IVA,
mencionando que o regime de IVA de caixa deixou de ser aplicável àquela operação.
Artigo 7.º - Registo das operações abrangidas pelo regime
1 - Para efeitos da aplicação do disposto no n.º 3 do artigo 44.º do Código do IVA, as operações abrangidas pelo presente regime devem
ser registadas separadamente de forma a evidenciar:
a) O valor das transmissões de bens e das prestações de serviços abrangidas pelo regime nos termos do n.º 2 do artigo 1.º, líquidas de
imposto;
b) O montante e data dos recebimentos;
c) O valor do imposto respeitante às operações mencionadas na alínea anterior, com relevação distinta do montante ainda não exigível.
2 - O registo das operações mencionadas no número anterior deve, ainda, ser evidenciado de modo a permitir:
a) O cálculo do imposto devido em cada período respeitante aos montantes recebidos;
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

b) O cálculo do imposto devido, nos termos do n.º 3 do artigo 2.º, respeitante às faturas ainda não pagas.
3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 44.º do Código do IVA, as transmissões de bens e as prestações de serviços efetuadas aos
sujeitos passivos abrangidos pelo regime devem ser por estes registadas de forma a evidenciar ainda o montante e data dos pagamentos
efetuados relativamente a cada aquisição.
Artigo 8.º - Créditos incobráveis ou de cobrança duvidosa
Os regimes de regularização de imposto previstos nos n.ºs 7 e 8 do artigo 78.º, bem como na alínea b) do n.º 2 e no n.º 4 do artigo 78.º-A,
todos do Código do IVA, apenas poderão ser aplicados às operações efetuadas pelos sujeitos passivos abrangidos pelo regime de IVA de
caixa depois de verificada a exigibilidade do imposto prevista na alínea a) do n.º 3 do artigo 2.º
Artigo 9.º - Legislação subsidiária
O Código do IVA é aplicável subsidiariamente a tudo o que não esteja especialmente previsto no presente regime.

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Declaração periódica de IVA, anexos R e das regularizações campos 40 e 41


(Portaria n.º 221/2017, de 21 de julho)
O artigo 200.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2017) aditou ao artigo 27.º do Código do IVA
os n.os 8 e 9, que prevêem a possibilidade de os sujeitos passivos optarem pelo pagamento do imposto devido pelas importações de bens
mediante a sua inclusão na declaração periódica a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 41.º do mesmo Código, desde que reunidas
as condições elencadas nas alíneas a) a d) do n.º 8 do referido artigo 27.º Com esta medida, libertam -se as empresas importadoras dos
encargos financeiros representados pelo pagamento imediato ou prestação de garantia, e remove -se o desincentivo fiscal à importação
diretamente através dos portos nacionais, que permanecia ainda na legislação portuguesa depois de já ter sido eliminado há longos anos
em grande parte dos países da UE.
O novo regime é aplicável a partir de 1 de março de 2018, e a partir de 1 de setembro de 2017 para as importações de bens constantes do
anexo C do Código do IVA, com exceção dos óleos minerais, tornando necessária a reformulação do modelo da declaração periódica.
Para esse efeito são criados, na declaração periódica do IVA e no anexo R que dela é parte integrante, dois campos, relativos à base
tributável das importações de bens e ao correspondente imposto.
Aproveita-se a oportunidade para atualizar os modelos da declaração e do respetivo anexo R, bem como dos modelos de anexos relativos
aos campos 40 e 41 da declaração, aprovados pela Portaria n.º 255/2013, de 12 de agosto.
São revistas integralmente as respetivas instruções de preenchimento.
Foram ouvidas a Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e a Ordem dos Contabilistas Certificados.
Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, nos termos do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 394 -B/84, de 26
de dezembro, o seguinte:
Artigo 1.º - Objeto
1 - São aprovados os novos modelos da declaração periódica de IVA e do anexo R, a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do
Código do IVA, bem como as respetivas instruções de preenchimento, que se publicam em anexo.
2 - São, ainda, aprovados os novos modelos de anexos das regularizações do campo 40 e do campo 41, que fazem parte integrante da
declaração periódica de IVA, bem como as respetivas instruções de preenchimento, que se publicam em anexo.
Artigo 2.º - Aplicação no tempo
Os modelos aprovados pela presente portaria são utilizados com referência aos períodos de imposto a partir do dia 1 de setembro de
2017.
Artigo 3.º - Revogação
São revogadas as Portarias n.os 988/2009, de 7 de setembro, e 255/2013, de 12 de agosto, a partir de 1 de Setembro de 2017.

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA NOTA INTRODUTÓRIA


De acordo com o disposto na Portaria n.º 375/2003, de 10 de maio, os sujeitos passivos do IVA estão obrigados ao envio, por transmissão
eletrónica de dados, da declaração periódica a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, bem como dos
respetivos anexos, nos prazos referidos no n.º 1 do artigo 41.º do mesmo Código.
Para o efeito, o sujeito passivo e o contabilista certificado são identificados por senhas atribuídas pela AT.
Procedimentos de envio
1. Aceder ao Portal das Finanças no endereço: www.portaldasfinancas.gov.pt
2. Após identificação do utilizador (NIF e senha), selecionar sucessivamente:
- Entregar
- IVA
3. Preencher diretamente a declaração ou abrir previamente o ficheiro formatado com as características indicadas no endereço;
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

4. Validar a informação e corrigir os erros locais detetados;


5. Submeter a declaração;
Depois de submeter a declaração, é criada e disponibilizada de imediato uma referência numérica que deve ser utilizada para o
pagamento do imposto nos locais de cobrança legalmente autorizados. Consideram-se como tais as secções de cobrança dos serviços de
finanças, os balcões dos CTT, as instituições de crédito que tenham celebrado os necessários acordos com a Agência de Gestão da
Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E. P. E. (IGCP) ou, ainda, o sistema de pagamento automático Multibanco ou o serviço de
Homebanking nas instituições de crédito que o disponibilizem.
A declaração considera-se apresentada na data em que for submetida sem anomalias.
No caso de falta de identificação do contabilista certificado, quando exigível, a declaração será recusada, considerando-se como não
apresentada.
QUADRO 01
Neste Quadro é inscrito o n.º de identificação fiscal do sujeito passivo e selecionado o espaço territorial em que se localiza a sede
(Continente, Açores ou Madeira).
QUADRO 02
Neste Quadro deve indicar o ano e o período de imposto a que se refere a declaração, bem como se a mesma é submetida dentro ou fora
do prazo legal.
QUADRO 03
Operações realizadas em espaço territorial diferente do da sede Sempre que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto,
tenha realizado operações consideradas efetuadas em espaço ou espaços fiscais diferentes daquele em que se encontra localizada a sede
da sua atividade , deve assinalar um ou os dois campos respeitantes a tais operações, devendo preencher os anexos correspondentes
(ANEXO R).
QUADRO 04
Declaração Recapitulativa
Se no período de referência efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, ou prestações de serviços a sujeitos
passivos com sede ou estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio noutro Estado membro da União, referidas na alínea i) do n.º 1
do artigo 29.º do Código do IVA e, por este motivo, apresentou alguma declaração recapitulativa nos termos do artigo 30.º do RITI, deve
assinalar este quadro.
QUADRO 05
Por força do n.º 2 do artigo 29.º do Código do IVA a obrigação declarativa subsiste ainda que num determinado período de imposto, não
tenha havido operações tributáveis ativas /ou u passivas, nem regularizações do imposto correspondente. Se for o caso assinale este
campo. Se tiver imposto a reportar, deve preencher os campos 61 (excesso a reportar do período anterior), e 95 e/ou 96 (pedido de
reembolso e/ou excesso a reportar para o período seguinte), submetendo em seguida a declaração.
QUADRO 06
Este quadro destina-se a apurar o imposto do período a que respeita a declaração e deve ser preenchido com base nos elementos
constantes da contabilidade ou dos livros referidos no artigo 50.º do Código do IVA.
Operações que não relevam para efeitos do volume de negócios, ainda que tenha havido liquidação do imposto (campos de
preenchimento obrigatório).
Se no período a que respeita a declaração efetuou:
• Operações em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto;
• Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3º do CIVA, nos termos determinados na Portaria n.º 497/2008, de
24 de junho;
• Transferência de bens ou serviços de um setor tributado a um setor isento;
• Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do titular da empresa, do pessoal ou para fins alheios
à mesma;
• Operações bancárias e financeiras referidas nas alíneas 27) e 28) do artigo 9.º do CIVA, respetivamente, quando constituam operações
acessórias;
• A locação e transmissão de bens imóveis referidas nas alíneas 29) e 30) do CIVA, respetivamente, quando não tenha ocorrido renúncia
à isenção e constituam operações acessórias;
• Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo, assinale “SIM” no campo correspondente e preencha também o Quadro
06-A.
Se não efetuou operações desta natureza, assinale “NÃO”.
Os valores a indicar nos campos 1 a 19 e 20 a 24 devem reportar-se, unicamente, a operações localizadas no espaço territorial da sede,
assinalado no quadro 01 da. O(s) respeitante(s) a operações consideradas localizadas em espaço(s) territorial(ais) diferente(s) devem
constar do(s) respetivo(s) Anexo(s) R, assinalado(s) no quadro 02 da declaração.
Os valores a indicar nos campos 40, 41 e 61 referem-se, respetivamente, a regularizações (a favor do sujeito passivo ou do Estado) e
excesso a reportar, relativos à totalidade da atividade do sujeito passivo, ainda que respeitantes a espaço territorial diferente do da sede.
Os valores a indicar nos campos 65 a 68 respeitam ao total do imposto liquidado/dedutível apurado em cada um dos Anexos R indicados
no quadro 02 da declaração.
As operações relativas a transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, bem como as prestações de serviços localizadas
no Estado membro do adquirente, incluídas em Declaração Recapitulativa, devem ser inscritas no campo 7 deste quadro.
Campos 1, 5 e 3
Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao somatório das importâncias que serviram de base ao imposto liquidado
pelo sujeito passivo, quer nas operações por si efetuadas, quer nos casos em que se substitui ao fornecedor, discriminados pelas
respetivas taxas. Os montantes incluídos nestes campos, relativos às operações em que liquidou o imposto em substituição do fornecedor,
bem como às operações que, nos termos do Código do IVA, são afastadas do cálculo do volume de negócios, devem ser mencionados
nos respetivos campos do Quadro 06-A.
Campos 2, 6 e 4
Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto liquidado pelo sujeito passivo nas transmissões de bens e
prestações de serviços por ele efetuadas, bem como nos casos em que o sujeito passivo se substitui ao fornecedor na liquidação do
imposto.
Nota: Os montantes a inscrever nestes campos devem corresponder rigorosamente aos valores que resultam da aplicação
das taxas respetivas aos montantes inscritos nos campos 1, 5 e 3.
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Campo 7
Se efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas (isentas ao abrigo do artigo 14.º do RITI), ou prestações de
serviços a sujeitos passivos com a sede ou estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio noutro Estado membro da União, não
tributadas no território nacional por aplicação da regra geral prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do Código do IVA [alínea i) do n.º
1 do artigo 29.º do CIVA]e, por este motivo, apresentou alguma declaração recapitulativa nos termos do artigo 30.º do RITI, mencione
neste campo a soma dos respetivos valores. As operações indicadas com o tipo 4 na coluna 5 da declaração recapitulativa (operações
triangulares em que o intermediário está registado em Portugal) não são incluídas neste campo mas no campo 8.
NOTA: Relativamente às prestações de serviços intracomunitárias, apenas devem ser incluídas neste campo as que se
considerem localizadas noutro Estado membro ao abrigo da regra geral prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do
Código do IVA e sejam efetuadas a sujeitos passivos ou a pessoas coletivas que possuam um registo para efeitos de
IVA..
Campo 8
Neste campo devem ser inscritos os valores correspondentes às operações isentas ou não tributadas, mas que conferem direito à dedução
do imposto nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do Código e, ainda, as operações em que ocorreu a regra de inversão do sujeito
passivo. São inscritas neste campo, designadamente, as seguintes:
– exportações e operações assimiladas (artigo 14.º do CIVA);
– prestações de serviços cuja regra específica de localização do artigo 6.º do CIVA determina a sua não tributação em território nacional;
– prestações de serviços abrangidas pela regra geral de localização da alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do CIVA, em que o adquirente é
sujeito passivo estabelecido num país terceiro;
– sucatas (alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA);
– serviços de construção civil (alínea j) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA);
– emissão de gases com efeito de estufa (alínea l) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA);
– transmissão de imóveis com renúncia à isenção (Decreto-Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro);
– ouro para investimento com renúncia à isenção (Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro).
As operações indicadas com o tipo 4 na coluna 5 da declaração recapitulativa (operações triangulares em que o intermediário é sujeito
passivo em Portugal) são incluídas neste campo.
NOTA: Este campo não contempla os valores correspondentes às prestações de serviços intracomunitárias não tributadas
no território nacional por aplicação da regra geral ínsita na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do Código do IVA [alínea i)
do n.º 1 do artigo 29.º do CIVA], que são incluídas na Declaração Recapitulativa a que se refere o artigo 30.º do RITI.
Campo 9
Neste campo devem ser inscritas as operações isentas do imposto, que não conferem direito à dedução (operações no âmbito do artigo 9.º
do CIVA, com exceção das referidas no ponto V do n.º 1 da alínea b) do artigo 20.º) e ainda as operações efetuadas sobre ouro para
investimento em que não tenha havido renúncia à isenção (Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro).
Campo 10
Campo de controlo, de preenchimento automático e que corresponde à soma dos valores inscritos nos campos 12, 14 e 15.
Campo 11
Campo de controlo, de preenchimento automático e que corresponde ao valor inscrito no campo 13.
Campo 12
Neste campo deve ser inscrito o valor total das aquisições intracomunitárias de bens e operações assimiladas, cujo imposto foi liquidado
pelo declarante.
Campo 13
Neste campo deve ser inscrito o valor total do imposto liquidado nas aquisições intracomunitárias de bens (compras de bens a
fornecedores sedeados em outros Estados membros) e operações assimiladas.
Campo 14
Neste campo deve ser inscrito o valor total das aquisições intracomunitárias de bens isentas nos termos do n.º 7 do artigo 15.º do CIVA
ou do artigo 15.º do RITI.
Campo 15
Neste campo deve ser inscrito o valor total das aquisições intracomunitárias de bens sujeitos a imposto sobre veículos ou impostos
especiais de consumo, nos casos em que o IVA é pago junto das entidades competentes para a cobrança dos mesmos (n.ºs 3, 4 e 5 do
artigo 22.º do RITI).
Campo 16
Neste campo deve ser inscrito o valor total das prestações de serviços localizadas no território nacional ao abrigo da alínea a) do n.º 6 do
artigo 6.º do Código do IVA, efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros, em que, na qualidade de adquirente, liquidou
o imposto.
Campo 17
Neste campo deve ser inscrito o valor total do imposto liquidado nas prestações de serviços localizadas no território nacional, efetuadas
por entidades residentes noutros Estados membros.
Campo 18
Neste campo deve ser inscrito o valor total das importações de bens, quando tenha optado pelo pagamento do correspondente imposto na
declaração periódica, nos termos do n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA.
Campo 19
Neste campo deve ser inscrito o valor total do imposto liquidado nas importações de bens referidas no campo 18.
Campos 20 a 24
Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto dedutível, relativo a aquisições de ativos não correntes,
inventários (discriminado por taxas – reduzida, intermédia e normal) e outros bens e serviços. Os conceitos de ativos não correntes e
inventários correspondem aos anteriores imobilizado e existências, do Plano Oficial de Contabilidade (POC), que se encontra revogado.
Campos 40 e 41
Nestes campos devem ser inscritas as regularizações a favor do sujeito passivo (campo 40) e a favor do Estado (campo 41), efectuadas
nos termos dos artigos 23.º a 26.º e 78.º a 78.º-D do Código do IVA. Devem, ainda, ser inscritos no campo 41 os valores correspondentes
ao imposto liquidado nos termos do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 198/90, de 19 de junho e do Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de
fevereiro.
Os valores inscritos nestes campos são obrigatoriamente relevados nos Anexos Regularizações dos campos 40 e 41, respetivamente.
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Campo 61
Neste campo deve inscrever o valor do imposto a reportar, constante do campo 96 da última declaração apresentada, ainda que esta seja
entregue fora de prazo ou o montante tenha sido alterado por uma declaração de substituição do período anterior.
Campos 65 a 68
Sempre que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, efetue operações ativas e/ou passivas, consideradas localizadas num
ou nos dois espaços territoriais diferentes do da sede, deve preencher um anexo correspondente a cada espaço (Anexo R).
No campo 65 deve inscrever o IMPOSTO DEDUTÍVEL, correspondente ao valor inscrito no campo 63 do anexo. No campo 66 deve
inscrever o IMPOSTO LIQUIDADO, correspondente ao valor inscrito no campo 64 do anexo.
Se preencher um segundo anexo, deve inscrever os valores de IMPOSTO DEDUTÍVEL e IMPOSTO LIQUIDADO constantes do
mesmo nos campos 67 e 68 da declaração, respetivamente.
Campo 90
Total da base tributável. Campo de controlo, de preenchimento automático, correspondente ao somatório dos valores inscritos nos
campos 1, 5, 3, 7 a 10, 16 e 18.
Campos 91 e 92
Campos de preenchimento automático. Os valores apresentados nestes campos resultam da soma do imposto a favor do sujeito passivo e
do imposto a favor do Estado, respetivamente.
Campo 93
Imposto a entregar ao Estado. Campo de preenchimento automático, correspondente à diferença entre os campos 91 e 92 quando este for
superior.
Campo 94
Imposto a recuperar. Campo de preenchimento automático, correspondente à diferença entre os campos 91 e 92 quando este for inferior.
Campo 95
Se pretende solicitar o reembolso total, ou parcial, do valor apurado no campo 94, inscreva neste campo o respetivo montante.
Campo 96
Neste campo deve inscrever o excesso a reportar para o período seguinte. Se pretende solicitar reembolso parcial, o valor a inscrever
corresponde à diferença entre o valor apurado no campo 94 e o reembolso parcial solicitado no campo 95.
QUADRO 06-A
Este quadro destina-se ao apuramento das operações passivas que, nos termos do Código do IVA, são afastadas do cálculo do volume
de negócios.
A. Operações localizadas em Portugal em que, na qualidade de adquirente, liquidou o IVA devido.
Campo 97
Neste campo deve inscrever o valor correspondente às bases tributáveis das seguintes operações:
– Transmissões de bens localizadas em Portugal nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Código do IVA, efetuadas por entidades residentes
noutros Estados membros da União Europeia, em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito passivo declarante;
– Prestações de serviços localizadas em Portugal nos termos da regra prevista no n.º 8 do artigo 6.º do Código do IVA, efetuadas por
entidades residentes noutros Estados membros da União Europeia, em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito passivo
declarante.Neste campo não deve incluir as operações mencionadas no campo 16 do Quadro 06. Neste campo deve ser indicado o valor
das bases tributáveis das operações identificadas, incluídas nos campos 1, 5 e/ou 3 do Quadro 06, cuja liquidação do imposto coube ao
sujeito passivo declarante, na qualidade de adquirente.
Campo 98
Transmissões de bens e prestações de serviços localizadas em Portugal efetuadas por entidades residentes em países ou territórios
terceiros, em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito passivo declarante. Neste campo deve ser indicado o valor das bases tributáveis
das operações identificadas, incluídas nos campos 1, 5 e/ou 3 do Quadro 06, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo
declarante, na qualidade de adquirente.
B. Operações em que liquidou o IVA devido por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.
Campo 99
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de ouro para investimento (Decreto-Lei n.º 362/99, de 16
de setembro), quando tenha havido renúncia à isenção, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, por aplicação da
regra de inversão do sujeito passivo.
Campo 100
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de imóveis (Decreto-Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro),
quando tenha havido renúncia à isenção, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, por aplicação da regra de
inversão do sujeito passivo.
Campo 101
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de bens e serviços do setor de desperdícios, resíduos e
sucatas recicláveis listados no Anexo E ao CIVA (Alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º), cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo
declarante, por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.
Campo 102
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de serviços de construção civil, incluindo a remodelação,
reparação, manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada ou subempreitada (Alínea j) do n.º 1 do
artigo 2.º), cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.
Campo 105
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de serviços que tenham por objeto direitos de emissão,
reduções certificadas de emissões ou unidades de redução de emissões de gases com efeito de estufa, aos quais se refere o Decreto-Lei
n.º 233/2004, de 14 de dezembro (Alínea l) do n.º 1 do artigo 2.º), cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, por
aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.
C. Operações referidas nas alíneas f) e g) do n.º 3 do artigo 3.º e alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 4.º do CIVA
Campo 103
Neste campo deve preencher os valores das bases tributáveis, inscritos nos campos 1, 5 ou 3, consoante o caso, referentes a:
– Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3.º do CIVA, nos termos definidos na Portaria n.º 497/2008 de 24
de junho;
– Transferência de bens ou serviços de um setor tributado a um setor isento;
50
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

– Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do titular da empresa, do pessoal ou para fins alheios
à mesma.
D. Operações referidas nas alíneas a), b) e c) do artigo 42.º
Campo 104
Neste campo deve indicar os valores das bases tributáveis que incluiu no quadro 06 referentes a:
- Operações bancárias e financeiras ou de seguro e resseguro, referidas nas alíneas 27) e 28) do artigo 9.º, respetivamente, quando
constituam operações acessórias;
- A locação e transmissão de bens imóveis, referidas nas alíneas 29) e 30) do artigo 9.º, respetivamente, quando não tenha ocorrido
renúncia à isenção e constituam operações acessórias;
- Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo.
QUADRO 20
Quadro de preenchimento automático, destinado à identificação fiscal do contabilista certificado, nos casos em que o sujeito passivo
esteja obrigado a possuir contabilidade organizada ou por ela tenha optado.

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO ANEXO R


Neste anexo deve relevar as operações consideradas localizadas em espaço territorial diferente daquele em que se encontra localizada a
sede da sua atividade (assinalado no quadro 02 da declaração periódica), nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto.
Se realizou operações consideradas localizadas nos dois espaços territoriais diferentes do da sede, deve submeter um anexo relativo a
cada um, nele indicando, exclusivamente, as operações realizadas no espaço correspondente.
Como o anexo é parte integrante da declaração periódica o sujeito passivo tem apenas de indicar o espaço territorial a que respeita o
anexo.
QUADRO 06
Os valores a indicar nos campos 1 a 19 e 20 a 24 devem reportar-se, unicamente, a operações localizadas no espaço territorial a que
respeita o anexo.
Os valores apresentados nos campos 63 e 64 respeitam ao total do imposto liquidado/dedutível, a inscrever nos campos 65/66 e, se
aplicável, nos campos 67/68 da declaração periódica.
As operações relativas a transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, bem como as prestações de serviços localizadas
no Estado membro do adquirente, incluídas na Declaração Recapitulativa, quando efetuadas a partir do espaço territorial a que respeita o
anexo, devem ser inscritas no campo 7 deste quadro.
Operações que não relevam para efeitos do volume de negócios, ainda que tenha havido liquidação do imposto.
Se, no período a que respeita a declaração, efetuou:
• Operações em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto;
• Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3º do CIVA, nos termos determinados na Portaria n.º 497/2008, de
24 de junho;
• Transferência de bens ou serviços de um setor tributado a um setor isento;
51
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

• Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do titular da empresa, do pessoal ou para fins alheios
à mesma;
• Operações bancárias e financeiras referidas nas alíneas 27) e 28) do artigo 9º, respetivamente, quando constituam operações acessórias;
• A locação e transmissão de bens imóveis referidas nas alíneas 29) e 30) do CIVA, respetivamente, quando não tenha ocorrido renúncia
à isenção e constituam operações acessórias;
• Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo,
assinale “SIM” no campo correspondente e preencha também o Quadro 06-A.
Se não efetuou operações desta natureza, assinale “NÃO”.
NOTA: Indicação de preenchimento obrigatório.
Campos 1, 5 e 3
Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao somatório das importâncias que serviram de base ao imposto liquidado
pelo sujeito passivo, quer nas operações por si efetuadas, quer nos casos em que se substitui ao fornecedor, discriminados pelas
respetivas taxas, nas operações consideradas localizadas no espaço a que se refere o anexo. Os montantes incluídos nestes campos
relativos às operações em que liquidou o imposto em substituição do fornecedor, bem como às operações que, nos termos do Código do
IVA, são afastadas do cálculo do volume de negócios, devem ser mencionados nos respetivos campos do Quadro 06-A.
Campos 2, 6 e 4
Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto liquidado pelo sujeito passivo nas transmissões de bens e
prestações de serviços por ele efetuadas, bem como nos casos em que o sujeito passivo se substitui ao fornecedor na liquidação do
imposto, nas operações consideradas localizadas no espaço a que se refere o anexo.
Nota: Os montantes a inscrever nestes campos devem corresponder rigorosamente aos valores que resultam da aplicação
das taxas respetivas aos montantes inscritos nos campos 1, 5 e 3.
Campo 7
Se efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas (isentas ao abrigo do art.º 14.º do RITI), ou prestações de
serviços a sujeitos passivos com a sede ou estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio noutro Estado membro da União, não
tributadas no território nacional por aplicação da regra geral prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do Código do IVA [alínea i) do n.º
1 do artigo 29.º do CIVA], a partir do espaço territorial a que respeita o anexo e, por este motivo, apresentou alguma declaração
recapitulativa nos termos do artigo 30.º do RITI, mencione neste campo a soma dos respetivos valores.
NOTA: Relativamente às prestações de serviços intracomunitárias, apenas devem ser incluídas neste campo as que se considerem
localizadas noutro Estado membro ao abrigo da regra prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do Código do IVA e sejam
efetuadas a sujeitos passivos ou a pessoas coletivas que possuam um registo para efeitos do IVA.
Campo 8
Neste campo devem ser inscritos os valores correspondentes às operações isentas ou não tributadas, que conferem direito à dedução do
imposto nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do Código e, ainda, as operações em que ocorreu a regra de inversão do sujeito
passivo, que se considerem localizadas no espaço territorial a que se refere o anexo. São inscritas neste campo, designadamente, as
seguintes:
– exportações e operações assimiladas (artigo 14.º do CIVA);
– prestações de serviços cuja regra específica de localização do artigo 6.º do CIVA determina a sua não tributação em território
nacional;
– prestações de serviços abrangidas pela regra geral de localização da alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do CIVA, em que o adquirente é
sujeito passivo estabelecido num país terceiro;
– sucatas (alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA);
– serviços de construção civil (alínea j) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA);
– emissão de gases com efeito de estufa (alínea l) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA);
– transmissão de imóveis com renúncia à isenção (Decreto-Lei n.º 21/2007, de );
– ouro para investimento com renúncia à isenção (Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro).
As operações indicadas com o tipo 4 na coluna 5 da declaração recapitulativa (operações triangulares em que o intermediário é sujeito
passivo em Portugal) são incluídas neste campo.
NOTA: Este campo não contempla os valores correspondentes às prestações de serviços intracomunitárias não tributadas
no território nacional por aplicação da regra geral prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do Código do IVA [alínea
i) do n.º 1 do artigo 29.º do CIVA], que são incluídas na Declaração Recapitulativa a que se refere o artigo 30.º do
RITI.
Campo 9
Neste campo devem ser inscritas as operações isentas do imposto, que não conferem direito à dedução (operações no âmbito do artigo 9.º
do CIVA, com exceção das referidas no ponto V do n.º 1 da alínea b) do artigo 20.º) e ainda as operações efetuadas sobre ouro para
investimento em que não tenha havido renúncia à isenção (Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro), consideradas localizadas no
espaço a que se refere o anexo.
Campo 10
Campo de controlo, de preenchimento automático e que corresponde à soma dos valores inscritos nos campos 12, 14 e 15.
Campo 11
Campo de controlo, de preenchimento automático e que corresponde ao valor inscrito no campo 13.
Campo 12
Neste campo deve ser inscrito o valor total das aquisições intracomunitárias de bens e operações assimiladas, consideradas localizadas no
espaço a que se refere o anexo, cujo imposto foi liquidado pelo declarante.
Campo 13
Neste campo deve ser inscrito o valor total do imposto liquidado nas aquisições intracomunitárias de bens (compras de bens a
fornecedores sedeados em outros Estados membros) e operações assimiladas.
Campo 14
Neste campo deve ser inscrito o valor total das aquisições intracomunitárias de bens isentas nos termos do n.º 7 do artigo 15.º do CIVA
ou do artigo 15.º do RITI, consideradas localizadas no espaço a que se refere o anexo.
Campo 15

52
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Neste campo deve ser inscrito o valor total das aquisições intracomunitárias de bens sujeitos a imposto sobre veículos ou impostos
especiais de consumo , consideradas localizadas no espaço a que se refere o anexo, no caso em que o IVA é pago junto das entidades
competentes para a cobrança dos mesmos (n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 22.º do RITI).
Campo 16
Neste campo deve ser inscrito o valor total das prestações de serviços localizadas no espaço territorial a que respeita o anexo ao abrigo da
alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do Código do IVA efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros, em que, na qualidade de
adquirente, liquidou o imposto.
Campo 17
Neste campo deve ser inscrito o valor total do imposto liquidado nas prestações de serviços localizadas no espaço territorial a que se
refere o anexo, efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros.
Campo 18
Neste campo deve ser inscrito o valor total das importações de bens, consideradas localizadas no espaço a que se refere o anexo, quando
tenha optado pelo pagamento do correspondente imposto na declaração periódica, nos termos do n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA.
Campo 19
Neste campo deve ser inscrito o valor total do imposto liquidado nas importações de bens referidas no campo 18.
Campos 20 a 24
Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto dedutível, relativo a aquisições de ativos não correntes,
inventários (discriminado por taxas – reduzida, intermédia e normal) e outros bens e serviços, consideradas localizadas no espaço a que
se refere o anexo. Os conceitos de ativos não correntes e inventários correspondem aos anteriores imobilizado e existências do Plano
Oficial de Contabilidade (POC), que se encontra revogado.
Campo 62
Total da base tributável. Campo de controlo, de preenchimento automático, correspondente ao somatório dos valores inscritos nos
campos 1, 5, 3, 7 a 10, 16 e 18.
Campo 63
O valor apresentado neste campo resulta da soma do imposto a favor do sujeito passivo relativo às operações consideradas localizadas no
espaço territorial a que se refere o anexo. Este valor deve ser transportado para o campo 65 (ou 67, se se tratar do segundo anexo) da
declaração periódica.
Campo 64
O valor apresentado neste campo resulta da soma do imposto a favor do Estado relativo às operações consideradas localizadas no espaço
territorial a que se refere o anexo. Este valor deve ser transportado para o campo 66 (ou 68, se se tratar do segundo anexo) da declaração
periódica.
QUADRO 06-A
Este quadro destina-se ao apuramento das operações passivas localizadas no espaço territorial a que se refere o anexo, que, nos termos
do Código do IVA, são afastadas do cálculo do volume de negócios.
A. Operações localizadas em Portugal em que, na qualidade de adquirente, liquidou o IVA devido.
Campo 65
Neste campo deve inscrever o valor correspondente às bases tributáveis das seguintes operações:
– Transmissões de bens localizadas no espaço territorial a que se refere o anexo, nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Código do IVA,
efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros da União Europeia, em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito passivo
declarante;
– Prestações de serviços localizadas no espaço territorial a que se refere o anexo, nos termos da regra prevista no n.º 8 do artigo 6.º do
Código do IVA, efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros da União Europeia, em que o IVA devido foi liquidado
pelo sujeito passivo declarante.Neste campo não deve incluir as operações mencionadas no campo 16 do Quadro 06.
Neste campo deve ser indicado o valor das bases tributáveis das operações identificadas, incluídas nos campos 1, 5 e/ou 3 do Quadro 06,
cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, na qualidade de adquirente.
Campo 66
Transmissões de bens e prestações de serviços localizadas no espaço territorial a que se refere o anexo, efetuadas por entidades residentes
em países ou territórios terceiros, em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito passivo declarante.
Neste campo deve ser indicado o valor das bases tributáveis das operações identificadas, incluídas nos campos 1, 5 e/ou 3 do Quadro 06,
cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, na qualidade de adquirente.
B. Operações em que liquidou o IVA devido por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.
Campo 67 a 70 e 73
Campo 67
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de ouro para investimento (Decreto-Lei n.º 362/99, de 16
de setembro), quando tenha havido renúncia à isenção, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, por aplicação da
regra de inversão do sujeito passivo.
Campo 68
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de imóveis (Decreto-Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro),
quando tenha havido renúncia à isenção, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, por aplicação da regra de
inversão do sujeito passivo.
Campo 69
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de bens e serviços do setor de desperdícios, resíduos e
sucatas recicláveis listados no Anexo E ao CIVA (Alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º), cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo
declarante, por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.
Campo 70
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de serviços de construção civil, incluindo a remodelação,
reparação, manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada ou subempreitada (Alínea j) do n.º 1 do
artigo 2.º), cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.
Campo 73
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis relativas à aquisição de serviços que tenham por objeto direitos de emissão,
reduções certificadas de emissões ou unidades de redução de emissões de gases com efeito de estufa, aos quais se refere o Decreto-Lei

53
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

n.º 233/2004, de 14 de dezembro (Alínea l) do n.º 1 do artigo 2.º), cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, por
aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.
C. Operações referidas nas alíneas f) e g) do n.º 3 do artigo 3.º e alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 4.º do CIVA
Campo 71
Neste campo deve indicar os valores das bases tributáveis, inscritos nos campos 1, 5 ou 3, consoante o caso, referentes a:
– Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3.º do CIVA, nos termos definidos na Portaria n.º 497/2008 de 24
de junho;
– Transferência de bens ou serviços de um setor tributado a um setor isento;
– Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do titular da empresa, do pessoal ou para fins alheios
à mesma.
D. Operações referidas nas alíneas a), b) e c) do artigo 42.º
Campo 72
Neste campo deve ser inscrito o valor das bases tributáveis que incluiu no quadro 06 referentes a:
- Operações bancárias e financeiras ou de seguro e resseguro, referidas nas alíneas 27) e 28) do artigo 9.º, respetivamente, quando
constituam operações acessórias;
- A locação e transmissão de bens imóveis, referidas nas alíneas 29) e 30) do artigo 9.º, respetivamente, quando não tenha ocorrido
renúncia à isenção e constituam operações acessórias;
- Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo.

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO ANEXO – REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 40

Este modelo funciona como anexo à declaração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA (CIVA), dela fazendo
parte integrante.
QUADRO 1 Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º e pelo regime dos créditos de cobrança
duvidosa e incobráveis previsto nos artigos 78.º-A a 78.º-D do CIVA
Campos 1, 2, 3 e 4
O campo 1 corresponde ao normativo legal (artigo, número e alínea);
No campo 2, indicar o número de identificação fiscal do adquirente;
No campo 3, o valor a indicar refere-se à base de incidência da regularização;
No campo 4, o valor a indicar refere-se ao imposto dedutível e que tem por base o normativo indicado no campo 1.
Subquadro 1 - A Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º, n.ºs 2, 3 e 6 do CIVA
Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a data de emissão do documento regularizado (ano/mês), a base de incidência
da regularização e o imposto dedutível.

54
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Quando o adquirente não é sujeito passivo (consumidor final), e não indicou o seu número de identificação fiscal (NIF) ao fornecedor de
bens ou prestador de serviços, na coluna a que respeita o campo 2, o espaço reservado ao «número de identificação fiscal» não deve ser
preenchido (não é permitido usar o 999 999 990 ou qualquer outra indicação). Quando o adquirente, consumidor final, não é residente em
território nacional deve observar-se o mesmo procedimento. Nestas situações, as regularizações podem ser inscritas de forma global
numa única linha do anexo a que se refere o campo 40 da declaração periódica do IVA, no período de imposto correspondente.
Subquadro 1 - B Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 7, alíneas a) a d), para créditos
considerados incobráveis antes de 2013
Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível.
Subquadro 1 - C Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 7, alíneas a) a d), para créditos vencidos
até 31 de dezembro de 2012, inclusive, mas considerados incobráveis a partir de 01/01/2013
Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível.
NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 9 do artigo 78.º do CIVA, na redacção
dada pelo artigo 195.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (OE/2013).
Subquadro 1 - D Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 8, alíneas b), c), d) e e) Artigo 78.º, n.º 8,
alínea d) - Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível.
Artigo 78.º, n.º 8, alíneas b), c) e e) - Cujo devedor é particular ou sujeito passivo sem direito a dedução - inscrever a base de incidência
da regularização e o imposto dedutível.
Artigo 78.º, n.º 8, alínea a) – Os valores respeitantes a este normativo são inscritos no quadro 2.
NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 9 do artigo 78.º do CIVA.
Subquadro 1 - E Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º-A, n.º 4, alíneas a) a d)
Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível relativo a créditos
considerados incobráveis que se tenham vencido após 1 de janeiro de 2013.
NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 3 do artigo 78.º-D do CIVA.
Subquadro 1 - F Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º-A, n.º 2, alínea a) - na situação em que o
sujeito passivo apresentou pedido de autorização prévia à AT, via eletrónica, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 78.º- B do
CIVA,o qual foi deferido
Número do pedido prévio – é o número que foi atribuído pela AT, aquando da submissão do pedido de autorização.
Não necessita indicar a base da incidência da regularização.
O valor do IVA a regularizar (na coluna do campo 4) corresponde ao valor autorizado pela AT.
Subquadro 1 - G Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º-B, n.º 4 - na situação em que houve
deferimento tácito para créditos que sejam inferiores a € 150 000, IVA incluído, por fatura
Número do pedido prévio – é o número que foi atribuído pela AT, aquando da submissão do pedido de autorização. Não necessita indicar
a base da incidência da regularização. O valor do IVA a regularizar (na coluna do campo 4) corresponde ao valor incluído na(s) fatura(s)
apresentada(s) perante a AT, com o limite estabelecido no artigo 78.º-B, n.º 4.
QUADRO 2 Regularização de créditos cujo valor não seja superior a € 750, IVA incluído, por devedor, que seja particular ou
sujeito passivo sem direito a dedução, nos termos previstos na alínea a) do n.º 8 do artigo 78.º e alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º-A
do CIVA
Inscrever a base de incidência da regularização e o imposto dedutível relativo a créditos com o limite acima referido.
NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 1 do artigo 78.º-D do CIVA.
QUADRO 3 Outras regularizações não abrangidas pelo artigo 78.º e pelo regime previsto nos artigos 78.º-A a 78.º-D do CIVA
Regularizações abrangidas pelos artigos 23º a 26º - Fazer corresponder ao tipo de regularização indicado na coluna precedente a base de
incidência da regularização e o correspondente imposto dedutível (campo 4).
Outras regularizações (Ex. o caso das fusões).
QUADRO 4 Valor total do campo 40
Quadro de preenchimento automático que resulta da soma dos valores inscritos na coluna do campo 4 (IVA regularizado).
QUADRO 5 Certificação por revisor oficial de contas, nos termos previstos no artigo 78.º, n.º 9 e/ou artigo 78.º-D do CIVA
Sempre que se verifique a certificação, é solicitada a inscrição do número de identificação fiscal (NIF) do ROC.

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO ANEXO – REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 41

55
IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

Este modelo funciona como anexo à declaração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA (CIVA), dela fazendo
parte integrante.
QUADRO 1 Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º e pelo regime dos créditos de cobrança duvidosa ou
incobráveis previsto nos artigos 78.º-A a 78.º-D do CIVA
Campos 1, 2, 3 e 4
O campo 1 corresponde ao normativo legal (artigo, número e alínea);
No campo 2, indicar o número de identificação fiscal do adquirente/fornecedor, consoante o caso;
No campo 3, o valor a indicar refere-se à base de incidência da regularização;
No campo 4, o valor a indicar refere-se ao imposto a regularizar a favor do Estado (já deduzido anteriormente pelo sujeito passivo) e que
tem por base o normativo indicado no campo 1.
Subquadro 1 - A Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º, n.ºs 3, 4 e 6 do CIVA
Deve inscrever o número de identificação fiscal do adquirente/fornecedor, consoante o caso, a base de incidência da regularização e o
imposto a regularizar a favor do Estado.
Subquadro 1 - B Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 7 do CIVA, por força do n.º 11 do artigo 78.º,
para efeitos de retificação da dedução inicialmente efetuada
Deve inscrever o número de identificação fiscal do fornecedor, a base de incidência da regularização e o imposto a regularizar a favor do
Estado.
Subquadro 1 - C Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 8, alínea d) do CIVA
Deve inscrever o número de identificação fiscal do fornecedor das faturas, a base de incidência da regularização e o imposto a regularizar
a favor do Estado.
Subquadro 1 - D Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 12 do CIVA
Este campo deve ser preenchido sempre que se verifique a recuperação total ou parcial do imposto. Deve inscrever o número de
identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado.
Subquadro 1 - E Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º-C, n.º 1
Este campo deve ser preenchido sempre que haja lugar a retificação pelo adquirente. O valor do IVA a inscrever (na coluna do campo 4)
corresponde ao valor notificado pela AT (cf. artigo 78º-B, n.º 5), devendo indicar, ainda, o número de identificação fiscal do emitente das
faturas e o número do pedido prévio (indicado na notificação).
Subquadro 1 - F Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º-C, n.º 3, 1.ª parte
Este campo deve ser preenchido sempre que os sujeitos passivos hajam procedido anteriormente à dedução do imposto associado a
créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis e em que se verificou a sua recuperação (total ou parcial). O valor do IVA a inscrever (na
coluna do campo 4) corresponde ao valor recuperado pelo credor, devendo indicar a base de incidência da regularização e o número do
pedido prévio (só no caso de ter feito esse pedido).
QUADRO 2 Outras regularizações não abrangidas pelo artigo 78.º e pelo regime previsto nos artigos 78.º-A a 78.º-D do CIVA
Trata-se, nomeadamente, de regularizações previstas nos artigos 23.º a 26.º e outras. Devem, ainda, ser inscritas neste quadro a base
tributável e o imposto a favor do Estado resultantes da aplicação do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 198/90, de 19 de junho (vendas a
exportadores nacionais), bem como a base tributável e imposto relativo às transmissões de bens efetuadas a viajantes ao abrigo do
Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro, em que não houve a confirmação dos pressupostos de isenção.
QUADRO 3 Valor total do campo 41
Quadro de preenchimento automático que resulta da soma dos valores inscritos na coluna do campo 4 (IVA regularizado).

Pagamento IVA nas importações através DP - Opção n.º 8 do artigo 27.º do CIVA
(Portaria 215/2017, de 20.07)
Artigo 1.º - Objeto
A presente portaria regulamenta a forma e prazo de exercício da opção prevista no n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA, para
pagamento do IVA devido pelas importações de bens através da declaração periódica.
Artigo 2.º - Forma e prazo de exercício da opção
1 - Os sujeitos passivos que reúnam as condições estabelecidas no n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA e pretendam optar pelo
pagamento do imposto devido pelas importações de bens, através da inclusão do respetivo montante na declaração periódica mensal
prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, devem efetuar essa opção mediante pedido à Autoridade Tributária e
Aduaneira (AT), por via eletrónica, no Portal das Finanças, até ao 15.º dia do mês anterior àquele em que pretendem que ocorra o início
da aplicação dessa modalidade de pagamento.
2 - A AT verifica se estão cumpridas as condições previstas no n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA e comunica ao sujeito passivo, pela
mesma via, a validação da opção no Portal das Finanças, no prazo de 5 dias a contar da data do pedido.
3 - Quando não se encontrem reunidas as condições do n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA, a AT comunica o facto ao sujeito passivo,
pela mesma via e no prazo previsto no número anterior, seguida de notificação nos termos legais, não produzindo a opção exercida
quaisquer efeitos.
4 - Tendo sido exercida a opção prevista no n.º 1, a modalidade de pagamento nos termos do n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA
mantém-se obrigatoriamente por um período mínimo de seis meses.
Artigo 3.º - Cessação dos efeitos da opção
1 - A opção efetuada nos termos da presente Portaria pela modalidade de pagamento do IVA prevista no n.º 8 do artigo 27.º do Código
do IVA cessa os seus efeitos:
a) Por iniciativa do sujeito passivo, através de comunicação, por via eletrónica, no Portal das Finanças, até ao 15.º dia do mês anterior
àquele em que pretende que passe a ser aplicável o regime geral de pagamento do IVA na importação;
b) Quando deixar de se verificar qualquer das condições previstas no n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA.
2 - No caso previsto na alínea b) do número anterior, o sujeito passivo comunica o facto à AT, por via eletrónica, no Portal das Finanças,
até ao 15.º dia do mês seguinte àquele em que o mesmo ocorreu, produzindo efeitos no primeiro dia do mês subsequente
3 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a AT, quando tenha conhecimento da circunstância prevista na alínea b) do n.º 1,
notifica o sujeito passivo da cessação de efeitos, nos termos legais, ficando o mesmo obrigado ao pagamento do imposto devido pelas
importações de bens nos termos do n.º 3 do artigo 28.º do Código do IVA a partir do 1.º dia do mês seguinte àquele em que se considere
legalmente efetuada a notificação.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

4 - Em caso de cessação dos efeitos da opção nos termos do n.º 1, o sujeito passivo só pode voltar a exercê-la decorrido um ano após a
data da respetiva cessação.
Artigo 4.º - Produção de efeitos
A presente Portaria produz efeitos a partir 1 de março de 2018, data de entrada em vigor do n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA.
Artigo 5.º - Disposições transitórias
1 - A partir do dia 1 de setembro de 2017, os sujeitos passivos podem exercer a opção prevista no n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA,
nos termos da presente Portaria, relativamente às importações de bens elencados no Anexo C ao Código do IVA, com exceção dos óleos
minerais.
2 - Os sujeitos passivos que pretendam exercer a opção com efeitos a 1 de setembro de 2017, efetuam o pedido à AT, por via eletrónica,
no Portal das Finanças, até ao dia 16 do mês de agosto.
3 - Durante o período transitório, a condição prevista na alínea d) do n.º 8 do artigo 27.º do Código do IVA aplica-se apenas às
importações de bens constantes do Anexo C ao Código do IVA, com exceção dos óleos minerais.
O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando António Portela Rocha de Andrade, em 13 de julho de 2017.

Isenção IVA transmissões bens bagagem pessoal para fora União Europeia
(Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14-02)
Artigo 1.º - Âmbito
1 - São isentas do imposto sobre o valor acrescentado as transmissões de bens para fins privados feitas a adquirentes cujo domicílio ou
residência habitual não se situe no território da União Europeia, que, até ao fim do terceiro mês seguinte, os transportem na sua bagagem
pessoal para fora da União.
2 - Consideram-se feitas para fins privados as transmissões dos bens que, pela sua natureza e quantidade, não devam presumir-se
adquiridos para fins comerciais.
3 - Para efeitos do presente decreto-lei entende-se por:
a) «Domicílio ou residência habitual» do viajante o mencionado em qualquer documento de identificação oficialmente reconhecido como
válido;
b) «Território da União Europeia» o definido na alínea b) do n.º 2 do artigo 1.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
4 - Não há direito à isenção prevista no n.º 1 quando, independentemente do documento de prova exibido, a Autoridade Tributária e
Aduaneira (AT) verifique, através de quaisquer elementos ao seu dispor, que o adquirente dispõe de domicílio ou residência habitual no
território da União Europeia.
Artigo 2.º - Exclusão
1 - A isenção prevista no n.º 1 do artigo anterior não é aplicável a transmissões de bens efetuadas em território nacional, cujo valor
mencionado na fatura, líquido de imposto, seja inferior a (euro) 75.
1 - A isenção prevista no n.º 1 do artigo anterior não é aplicável a transmissões de bens efetuadas em território nacional cujo valor
mencionado na fatura, líquido de imposto, seja inferior a € 50 (L 114/2017, 29/12 – OE 2018).
2 - Não beneficiam da isenção do imposto as transmissões de bens de equipamento ou abastecimento de barcos desportivos e de recreio,
de aviões de turismo ou de qualquer outro meio de transporte de uso privativo.
Artigo 3.º - Comunicação eletrónica
1 - Os sujeitos passivos vendedores que realizem transmissões de bens isentas do imposto nos termos do presente decreto-lei devem
comunicar à AT, por via eletrónica e em tempo real, os elementos das mesmas:
a) Identificação do viajante;
b) Identificação das faturas;
c) Quantidade, designação usual e valor dos bens;
d) Referência ao valor do imposto, e respetivas taxas, que incidiria sobre a operação se esta não beneficiasse da isenção.
2 - Quando a restituição ao viajante dos montantes retidos a título de caução não seja feita diretamente pelos sujeitos passivos vendedores
referidos no número anterior, estes comunicam ainda o número de identificação fiscal da entidade que procede a essa restituição.
Artigo 4.º - Faturação
As faturas que titulem transmissões de bens efetuadas ao abrigo do presente decreto-lei são emitidas em forma legal, devendo conter a
identidade e o domicílio ou residência habitual do adquirente.
Artigo 5.º - Verificação da isenção
1 - Com a certificação de saída dos bens, a AT comunica ao sujeito passivo vendedor, por via eletrónica, que estão reunidas as condições
de verificação da isenção.
2 - Quando a certificação de saída dos bens do território da União Europeia for efetuada por outro Estado-Membro, o adquirente, ou um
terceiro por conta do sujeito passivo vendedor, devolve a este os exemplares dos documentos relevantes, devidamente visados para
efeitos de confirmação da isenção.
3 - Nos casos previstos no número anterior, o sujeito passivo vendedor comunica à AT, por via eletrónica, a data de receção dos
documentos relevantes, devidamente visados.
4 - Quando não estejam reunidas as condições de verificação da isenção, a AT comunica o facto ao sujeito passivo vendedor, nos termos
do n.º 1, devendo este proceder à liquidação do imposto até ao final do período declarativo seguinte àquele em que foi feita a
comunicação (L 114/2017, 29/12 – OE 2018).
5 - Se, passados 150 dias após a transmissão dos bens, o sujeito passivo vendedor não tiver na sua posse a comprovação de saída dos
mesmos do território da União Europeia, deve proceder à liquidação do imposto até ao fim do período declarativo seguinte àquele em
que terminou o referido prazo.
Artigo 6.º - Caução
Nas transmissões de bens abrangidas pelo presente decreto-lei o sujeito passivo vendedor pode exigir do adquirente, a título de caução, o
valor correspondente ao imposto que incidiria se a operação não beneficiasse da isenção, obrigando-se a cancelar o instrumento da
caução ou a devolver-lhe o respetivo montante, podendo neste caso deduzir apenas os eventuais custos incorridos com a devolução, no
prazo de 15 dias após a comunicação ou a receção dos documentos a que se referem, respetivamente, os n.os 1 e 2 do artigo anterior.
Artigo 7.º - Regulamentação
O presente decreto-lei é regulamentado por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças.
Artigo 8.º - Bens adquiridos em outros Estados-Membros

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

O procedimento previsto no presente decreto-lei não é aplicável a bens adquiridos em outros Estados-Membros da União Europeia que
sejam apresentados para controlo numa estância aduaneira nacional, sendo neste caso a certificação feita sobre os documentos emitidos
nos termos da legislação do país de origem.
Artigo 9.º - Norma transitória
1-Até 31 de dezembro de 2017, os sujeitos passivos que realizem transmissões de bens isentas nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo
14.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado podem optar pelo procedimento previsto no Decreto-Lei n.º 295/87, de 31 de
julho, com a redação em vigor até à sua revogação pelo presente decreto-lei, sendo dispensados da obrigação de comunicação prevista no
artigo 3.º do presente decreto-lei.
2 - O prazo previsto no número anterior poderá ser prorrogado por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças (L
114/2017, 29/12 – OE 2018).
Artigo 10.º - Norma revogatória
É revogado o Decreto-Lei n.º 295/87, de 31 de julho, alterado pelos Decretos-Leis n.os 290/92, de 28 de dezembro, 82/94, de 14 de
março, 202/95, de 3 de agosto, e 206/96, de 26 de outubro.
Artigo 11.º - Entrada em vigor
1 - O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de julho de 2017.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o artigo 9.º entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2018.

Sistema eletrónico de comunicação dos dados dos viajantes e das respetivas aquisições que
pretendam beneficiar da isenção de IVA nas compras realizadas em Portugal.
(Portaria n.º 185/2017, de 1 de junho)
Artigo 1.º - Objeto
A presente portaria regulamenta o Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro, que estabelece um sistema eletrónico de comunicação dos
dados dos viajantes e das respetivas aquisições que pretendam beneficiar da isenção de imposto sobre o valor acrescentado nas compras
realizadas em Portugal.
Artigo 2.º - Conceitos
Para efeitos do presente diploma, considera-se:
a) Viajante - pessoa singular, sem domicílio ou residência habitual no território da União Europeia, que adquire bens no território
nacional e os transporta na sua bagagem pessoal para fora do território da União, até ao final do terceiro mês seguinte ao da aquisição dos
mesmos;
b) Sujeito passivo vendedor - sujeito passivo de IVA que realiza transmissões de bens isentas ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do artigo
14.º do Código do IVA;
c) Empresa de intermediação financeira - empresa que, no âmbito de um contrato com o sujeito passivo vendedor, assegura a restituição
financeira do valor da caução ao viajante;
d) Sistema eletrónico de certificação - sistema eletrónico de controlo das condições de verificação da isenção prevista no Decreto-Lei n.º
19/2017, de 14 de fevereiro, disponibilizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira;
e) Comunicação eletrónica para certificação - submissão eletrónica, efetuada pelo sujeito passivo vendedor das informações necessárias à
certificação dos pressupostos da isenção;
f) Comprovativo eletrónico de registo - documento emitido pelo sujeito passivo vendedor que se destina a ser entregue ao viajante,
comprovando que foi efetuada a comunicação eletrónica para certificação à Autoridade Tributária e Aduaneira, contendo um código de
registo ou, na sua impossibilidade, contendo um identificador único emitido pelo sujeito passivo vendedor;
g) Código de registo - código de identificação da comunicação eletrónica para certificação, constante do comprovativo eletrónico de
registo, gerado pela Autoridade Tributaria e Aduaneira aquando da submissão daquela;
h) Terminal eletrónico de certificação - dispositivo eletrónico instalado pela Autoridade Tributária e Aduaneira em estâncias aduaneiras
nacionais de saída do território da União Europeia, que permite ao viajante aceder ao sistema eletrónico de certificação, aquando dos
procedimentos de saída do território para um destino fora da União.
Artigo 3.º - Sistema eletrónico de certificação
1 - A verificação dos pressupostos da isenção prevista no Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro, é efetuada através de um sistema
eletrónico de certificação e controlo das condições de verificação da isenção relativa às transmissões de bens efetuadas nos termos do
referido diploma, disponibilizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira.
2 - O sistema assegura:
a) A comunicação, em tempo real, dos elementos relativos às transmissões de bens;
b) A certificação eletrónica das condições de aplicação da isenção nas estâncias aduaneiras de saída do território da União Europeia
localizadas em território nacional;
c) A gestão da informação relativa ao fluxo dos bens transacionados, tendo em vista a identificação e controlo de situações de abuso ou
fraude;
d) A comunicação ao sujeito passivo vendedor, em tempo real da decisão que recaiu sobre a comunicação eletrónica para certificação.
Artigo 4.º - Comunicação eletrónica para certificação
1 - A comunicação prevista na alínea a) do n.º 2 do artigo anterior é efetuada pelo sujeito passivo vendedor por transmissão eletrónica de
dados e deve conter os seguintes elementos:
a) A identificação do viajante;
b) Identificação das faturas;
c) Quantidade, designação usual e valor dos bens;
d) Valor do imposto que incidiria sobre a operação se esta não beneficiasse da isenção, discriminado por taxas;
e) Valor da caução a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro, quando exigida;
f) Valor do montante a restituir ao viajante após a certificação de saída dos bens do território da União Europeia, quando tenha havido
caução;
g) Número de identificação fiscal da empresa de intermediação financeira, quando a restituição a que se refere a alínea anterior não seja
feita diretamente pelo sujeito passivo vendedor.
2 - A identificação do viajante, prevista na alínea a) do número anterior, deve conter:
a) Nome completo, conforme consta do documento de identificação exibido;
b) Data de nascimento;
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

c) Tipo, número e país emissor do documento de identificação;


d) País de domicílio ou residência habitual;
e) Número de identificação fiscal, se emitido pelo Estado português.
3 - A identificação do viajante pode ser substituída pela indicação do código de registo, constante de um comprovativo eletrónico de
registo relativo ao mesmo viajante emitido há menos de três meses, e do número do respetivo documento de identificação, mediante
apresentação deste documento de identificação e confirmação dos demais elementos identificativos constantes daquele comprovativo.
4 - A identificação das faturas deve conter a seguinte informação:
a) Número e data;
b) Valor faturado;
c) Chave do documento (Hash);
5 - O número e a chave do documento podem ser substituídos pela indicação do Código único do documento (ATCUD), quando exigível
a sua impressão na fatura.
6 - Os elementos exigidos na alínea c) do n.º 1 devem ser discriminados por linhas, contendo, além da sua descrição, quantidade e base
tributável, a classe do bem de acordo com tabela constante do Anexo I da presente portaria, bem como o número de série, de registo, de
coleção, de tiragem limitada ou outra referência que os individualize, sempre que exista e o respetivo valor unitário seja superior a (euro)
500, com IVA incluído.
7 - Quando exigida a caução, esta corresponderá ao valor exato do imposto que incidiria sobre a operação se esta não beneficiasse da
isenção.
8 - O valor da restituição prevista na alínea f) do n.º 1 deve corresponder ao valor da caução, deduzido dos custos administrativos ou
outros encargos incorridos pelo sujeito passivo vendedor para a sua concretização.
9 - As alíneas e), f) e g) do n.º 1 não têm aplicação nos casos em que o instrumento de caução não implique a retenção, pelo sujeito
passivo vendedor, do respetivo montante.
10 - Sem prejuízo do disposto no artigo 5.º, uma fatura não pode figurar simultaneamente em mais de uma comunicação eletrónica.
Artigo 5.º - Anulação ou substituição da comunicação eletrónica para certificação
1 - A anulação da comunicação eletrónica só pode ser efetuada pelo sujeito passivo vendedor que a efetuou, se ainda não tiver sido
submetida a certificação a que se referem os artigos 8.º e 9.º
2 - Salvo no caso de devolução dos bens, a anulação da comunicação determina, para efeitos da presente Portaria, a liquidação do
imposto e retificação das faturas que lhe estão associadas.
3 - Se o sujeito passivo vendedor tiver conhecimento, até ao momento da certificação, de que não estão reunidos os pressupostos da
isenção, deve proceder nos termos do número anterior.
4 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a comunicação pode ser anulada e substituída por nova comunicação quando se
verifique existir um erro ou omissão nos elementos constantes da mesma ou quando ocorra alteração ou anulação de uma ou mais faturas
que lhe estão associadas.
5 - Nas situações previstas no número anterior, o código de registo gerado aquando da submissão da nova comunicação anula o anterior,
devendo constar do comprovativo a que se refere o artigo 6.º
Artigo 6.º - Comprovativo eletrónico de registo
O comprovativo eletrónico de registo contém os seguintes elementos:
a) Código e data de registo ou, na sua impossibilidade por indisponibilidade do sistema de comunicação eletrónica, um identificador
único emitido pelo sujeito passivo vendedor nos termos do artigo 10.º;
b) Identificação do sujeito passivo vendedor;
c) Identificação do viajante;
d) Sendo sido exigida caução, o valor da respetiva restituição;
e) Identificação das faturas associadas à comunicação.
Artigo 7.º - Procedimentos do sujeito passivo vendedor
1 - Para a realização das transmissões de bens isentas, o sujeito passivo vendedor deve:
a) Conferir documentalmente que o viajante reúne as condições para efetuar aquisições de bens isentas nos termos do Decreto-Lei n.º
19/2017, de 14 de fevereiro;
b) Confirmar que os bens reúnem as condições previstas no Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro;
c) Sendo exigida caução, informar o viajante do respetivo valor e modo de restituição, identificando a entidade que procede à mesma;
d) Emitir a fatura correspondente, contendo os elementos previstos no artigo 4.º do Decreto-Lei;
e) Efetuar a comunicação eletrónica para certificação;
f) Entregar ao viajante o comprovativo eletrónico de registo.
2 - Sem prejuízo do disposto no artigo 5.º, a comunicação prevista na alínea e) do n.º 1 deve ser efetuada imediatamente após a emissão
das faturas que lhe sejam associadas, apenas podendo abranger faturas emitidas na mesma data.
3 - Não sendo certificada a exportação nos termos previstos nos n.os 1 e 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro, o
sujeito passivo vendedor procede à liquidação do imposto que se mostre devido, nos termos previstos no mesmo artigo.
Artigo 8.º - Certificação da exportação dos bens
1 - A Autoridade Tributária e Aduaneira procede à certificação da exportação, por meios eletrónicos, verificadas que sejam as condições
de isenção.
2 - São disponibilizados aos viajantes terminais eletrónicos de certificação que asseguram:
a) A leitura do comprovativo eletrónico de registo ou do documento de identificação, bem como do título que atesta o embarque do
viajante;
b) A indicação de que se encontram confirmadas as condições de isenção e certificada a exportação ou, a informação de que o viajante se
deve dirigir presencialmente aos serviços aduaneiros competentes.
3 - Não sendo confirmadas as condições de isenção e certificada a exportação através do terminal eletrónico de certificação, os serviços
aduaneiros verificam presencialmente:
a) Os elementos de identificação do viajante;
b) O título que atesta o embarque do viajante;
c) Os elementos da comunicação eletrónica ou do comprovativo eletrónico de registo, quando aquela não tenha sido submetida;
d) Os elementos das faturas associadas aos documentos referidos na alínea anterior;
e) Os bens que se apresentam a exportação;
f) Outros elementos ao seu dispor.
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

4 - Nos casos em que os serviços aduaneiros não certifiquem, ainda que parcialmente, a exportação dos bens para efeitos do presente
diploma, devem informar o viajante nos termos legais e averbar o motivo da não certificação no sistema eletrónico.
5 - Não obsta à certificação da exportação a liquidação indevida de IVA nas faturas que titulam as transmissões de bens.
Artigo 9.º - Certificação da exportação dos bens efetuada através de outro Estado membro
1 - Quando a certificação de saída dos bens do território da União Europeia for efetuada através de outro Estado membro, o viajante deve
assegurar a devolução dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro, por forma a que
estes estejam na posse do sujeito passivo vendedor no prazo previsto no n.º 4 do mesmo artigo, sob pena de não confirmação da isenção.
2 - O sujeito passivo vendedor procede à comunicação prevista no n.º 3 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 19/2017, de 14 de fevereiro,
através do sistema eletrónico de certificação, que deve conter os seguintes elementos:
a) Código de registo ou, quando aplicável ao abrigo do artigo 10.º, código identificativo emitido pelo próprio sujeito passivo vendedor;
b) Identificação da estância aduaneira de saída dos bens;
c) Data da certificação da exportação;
d) Número e data das faturas que foram objeto de certificação.
3 - A comunicação prevista no número anterior deve ser efetuada no prazo previsto no n.º 4 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 19/2017, de
14 de fevereiro.
4 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a confirmação da isenção depende da comunicação prevista na alínea d) do n.º 2 do
artigo 3.º
5 - Os documentos a que se refere o n.º 1 devem ser mantidos durante os quatro anos subsequentes.
Artigo 10.º - Indisponibilidade do sistema de comunicação eletrónica
1 - Quando não seja possível efetuar em tempo real a comunicação eletrónica para certificação, por indisponibilidade do sistema de
comunicações, o sujeito passivo vendedor emite o comprovativo eletrónico de registo sem código de registo.
2 - No caso previsto no número anterior, o comprovativo eletrónico de registo deve conter um código alfanumérico identificativo gerado
pelo próprio sujeito, bem como um código de barras bidimensional que resuma os dados identificativos do viajante, dos bens e das
faturas, seguindo as especificações técnicas definidas pela Autoridade Tributária e Aduaneira.
3 - Após o restabelecimento das comunicações, o sujeito passivo vendedor efetua a comunicação eletrónica para certificação, com
indicação do código identificativo atribuído ao comprovativo eletrónico de registo entregue ao viajante.
4 - O comprovativo eletrónico de registo emitido pelo sujeito passivo vendedor não pode ser substituído ou anulado, sem que seja
efetuada a comunicação referida no n.º 3.
Artigo 11.º - Indisponibilidade do sistema na certificação de exportação dos bens
Quando o Sistema Eletrónico de Certificação estiver indisponível, a Autoridade Tributária e Aduaneira procede à certificação da
exportação mediante aposição do visto nos documentos respetivos, verificadas que sejam as condições previstas no n.º 3 do artigo 8.º,
sendo aplicável o disposto nos números 2 a 5 do artigo 9.º
Artigo 12.º - Inoperacionalidade do terminal eletrónico de certificação
Em caso de inoperacionalidade do terminal eletrónico de certificação, o viajante deve dirigirse presencialmente ao balcão dos serviços
aduaneiros da Autoridade Tributária e Aduaneira.
Artigo 13.º - Instruções e especificações técnicas
A Autoridade Tributária e Aduaneira disponibiliza no seu Portal instruções e especificações técnicas para cumprimento do disposto na
presente Portaria.
Artigo 14.º Entrada em vigor
A presente portaria entra em vigor no dia 1 de julho de 2017.
O Ministro das Finanças, Mário José Gomes de Freitas Centeno, em 24 de maio de 2017.
ANEXO I - (a que se refere o n.º 6 do artigo 4.º)
Classes de bens
ALI - Alimentar
ALT - Álcool e tabaco
CUL - Produtos culturais
DEP - Desporto e lazer
EDM - Eletrodomésticos
CAS - Produtos para casa
PCS - Computador e eletrónica
MOD - Moda e acessórios
PER - Perfumaria, cosméticos e produtos farmacêuticos
JOI - Joias e Relógios

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

ANEXO I

(a que se refere o artigo 6.º da L 47/2020, de 24/08 –Em vigor a 01/01/2021)

(art.º 7.º da L 47/2020, de 24/08 - Norma transitória


1 - Os sujeitos passivos que pretendam aplicar os regimes especiais a que se refere o artigo anterior, a partir de 1 de janeiro de 2021,
podem, entre 1 de outubro e 31 de dezembro de 2020, efetuar, por via eletrónica, junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, o registo
para efeitos da sua aplicação.
2 - Os sujeitos passivos que, em 31 de dezembro de 2020, se encontrem abrangidos pelo regime especial referido na alínea c) do artigo
seguinte transitam diretamente para o respetivo regime especial, a que o artigo anterior se refere.)

Regimes especiais do imposto sobre o valor acrescentado aplicáveis aos sujeitos passivos que
prestem serviços a pessoas que não sejam sujeitos passivos, efetuem vendas à distância e
determinadas transmissões internas de bens
CAPÍTULO I
Disposições comuns
Artigo 1.º Objeto
Os presentes regimes especiais do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) são aplicáveis aos sujeitos passivos que prestem serviços a
pessoas que não sejam sujeitos passivos, efetuem vendas à distância e determinadas transmissões internas de bens.
Artigo 2.º Opção pelos regimes especiais
1 — Os sujeitos passivos referidos no artigo anterior, desde que reúnam as condições previstas nos capítulos seguintes, podem optar pela
aplicação dos regimes especiais, devendo, para esse efeito, efetuar eletronicamente o respetivo registo junto da Autoridade Tributária e
Aduaneira.
2 — Quando exerçam a opção referida no número anterior, os sujeitos passivos ficam obrigados ao cumprimento, por via eletrónica,
junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, de todas as obrigações previstas no respetivo regime especial.
Artigo 3.º Exclusão dos regimes especiais
A Autoridade Tributária e Aduaneira procede à exclusão dos sujeitos passivos e ao cancelamento do respetivo registo nos regimes
especiais quando:
a) Tenham deixado de preencher os requisitos necessários para integrar o regime especial;
b) Tenham informado que deixaram de efetuar as operações abrangidas pelo regime especial;
c) Existam indícios de que as suas atividades tributáveis cessaram;
d) Não cumprirem reiteradamente as regras relativas ao regime especial.
Artigo 4.º Direito à dedução
1 — Os sujeitos passivos estabelecidos em território nacional que optem pela aplicação de qualquer dos regimes especiais exercem o
direito à dedução do imposto suportado em território nacional para a realização das operações por ele abrangidas na declaração periódica
a que se refere o artigo 41.º do Código do IVA.
2 — Os sujeitos passivos não estabelecidos em território nacional que optem pela aplicação de qualquer dos regimes especiais, e se
encontrem registados em território nacional pelo exercício de outras atividades, exercem o direito à dedução do imposto suportado em
território nacional para a realização das operações por ele abrangidas na declaração periódica a que se refere o artigo 41.º do Código do
IVA.
Artigo 5.º Direito ao reembolso
1 — Os sujeitos passivos não estabelecidos que optem pela aplicação de um regime especial, e que não se encontrem registados em
território nacional pelo exercício de outras atividades, estão excluídos do direito à dedução previsto nos artigos 19.º e seguintes do
Código do IVA, podendo solicitar o reembolso do imposto suportado em território nacional, de acordo com o disposto no regime de
reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado -Membro de reembolso, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º
186/2009, de 12 de agosto.
2 — Os sujeitos passivos referidos no artigo anterior podem solicitar o reembolso do imposto suportado noutros Estados -Membros para
a realização das operações abrangidas pelo regime especial, nos termos do regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos não
estabelecidos no Estado -Membro de reembolso.
3 — O disposto no número anterior não é aplicável se os sujeitos passivos estiverem registados para efeitos do IVA no território dos
Estados -Membros de consumo.
4 — Os sujeitos passivos que exerçam em outros Estados -Membros a opção pela aplicação do regime para declarar as transmissões de
bens e as prestações de serviços efetuadas para o território nacional estão excluídos do direito à dedução previsto nos artigos 19.º e
seguintes do Código do IVA, podendo solicitar o reembolso do imposto suportado em território nacional, nos termos do regime de
reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado -Membro de reembolso.
5 — O disposto no número anterior não é aplicável se os sujeitos passivos estiverem registados para efeitos do IVA em território
nacional.
6 — O direito ao reembolso previsto nos n.os 1 e 4 não está, consoante o caso, subordinado ao disposto no n.º 1 do artigo 5.º do Regime
de Reembolso do IVA a Sujeitos Passivos Não Estabelecidos no Estado -Membro de Reembolso ou à aplicação das regras de
reciprocidade e de nomeação do representante fiscal, previstas no artigo 18.º daquele Regime.
Artigo 6.º Pagamento do imposto
1 — Os sujeitos passivos, ou os intermediários agindo por sua conta, que efetuem o registo em território nacional, devem proceder ao
pagamento do imposto devido no âmbito do respetivo regime especial, relativamente a cada declaração entregue, até ao termo do prazo
para a sua apresentação.
2 — O pagamento deve remeter para o número de referência da declaração a que respeita e ser efetuado mediante transferência para uma
conta bancária, em euros, indicada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E. P. E.
3 — Quando a contraprestação pelos bens transmitidos ou pelos serviços prestados não for expressa em euros, deve ser aplicada a taxa de
câmbio em vigor no último dia do período abrangido pela declaração.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

4 — As taxas de câmbio a utilizar são as taxas de câmbio do dia referido no número anterior, publicadas pelo Banco Central Europeu ou,
quando não haja publicação nesse dia, do dia de publicação seguinte.
Artigo 7.º Obrigações declarativas e de conservação de registos
1 — Além da obrigação de pagamento do imposto, os sujeitos passivos ou os intermediários agindo por sua conta que tenham optado
pelo registo nos termos do artigo 2.º são ainda obrigados a:
a) Declarar, por via eletrónica, o registo, a alteração e a cessação da sua atividade abrangida pelo respetivo regime especial;
b) Submeter, por via eletrónica, uma declaração do IVA, contendo as informações necessárias para determinar o montante do IVA
devido em cada Estado -Membro;
c) Conservar registos das operações abrangidas pelo respetivo regime especial, de forma adequada ao apuramento e fiscalização do
imposto.
2 — A obrigação referida na alínea b) do número anterior subsiste ainda que, para o período em causa, não tenham sido efetuadas
operações abrangidas pelo respetivo regime especial em qualquer Estado -Membro.
3 — As declarações referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 obedecem aos modelos aprovados por regulamento de execução da Comissão.
4 — Os sujeitos passivos não estabelecidos na União Europeia que tenham exercido a opção prevista no artigo 2.º, bem como os sujeitos
passivos que se encontrem abrangidos por um regime especial equivalente noutro Estado -Membro, estão dispensados do cumprimento
das obrigações previstas no Código do IVA e no Regime do Imposto sobre o Valor Acrescentado nas Transações Intracomunitárias
(RITI), aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro, relativamente às operações abrangidas pelo respetivo regime
especial.
Artigo 8.º Declaração de imposto sobre o valor acrescentado
1 — A declaração do IVA deve ser expressa em euros, mencionar o número de identificação do sujeito passivo para efeitos da aplicação
do respetivo regime especial e, por cada Estado -Membro de consumo em que o imposto é devido, mencionar o valor total, líquido de
imposto, das operações realizadas durante o período de tributação, o montante de imposto correspondente discriminado por taxas, bem
como a taxa ou taxas aplicáveis, e o montante total do imposto devido.
2 — Quando se verifiquem alterações aos elementos constantes de declaração do IVA já entregue, essas alterações devem ser incluídas
numa declaração posterior, no prazo de três anos a contar do termo do prazo previsto para a entrega da declaração a alterar.
3 — A declaração entregue nos termos do número anterior deve identificar o Estado -Membro de consumo relevante, o período de
tributação e o montante do IVA a alterar.
4 — Para efeitos do disposto nos números anteriores, as taxas do imposto aplicáveis são as que vigoram em cada Estado -Membro de
consumo.
Artigo 9.º Registo contabilístico das operações
1 — O registo contabilístico das operações deve ser organizado de forma a possibilitar o conhecimento dos elementos necessários ao
cálculo do imposto e permitir o seu controlo.
2 — Os intermediários que ajam por conta do sujeito passivo devem conservar um registo para cada sujeito passivo que representem.
3 — Os registos devem ser conservados por um prazo de 10 anos, a contar de 31 de dezembro do ano em que a operação tiver sido
efetuada.
4 — Os registos devem ser disponibilizados eletronicamente a pedido da Autoridade Tributária e Aduaneira ou de qualquer Estado -
Membro de consumo.
5 — Os sujeitos passivos não estabelecidos em território nacional que se encontrem abrangidos por regimes especiais equivalentes
noutros Estados-Membros e que realizem operações localizadas em território nacional devem disponibilizar eletronicamente, a pedido da
Autoridade Tributária e Aduaneira, os registos dessas operações.

CAPÍTULO II

Regime especial aplicável às vendas à distância intracomunitárias de bens, às transmissões de


bens num Estado-Membro efetuadas por interfaces eletrónicas e aos serviços prestados por
sujeitos passivos estabelecidos na União Europeia, mas não no Estado-Membro de consumo.
SECÇÃO I

Disposições gerais

Artigo 10.º Conceitos


Para efeitos do regime especial constante do presente capítulo, entende-se por:
a) «Estado -Membro de consumo»:
i) No caso de prestação de serviços, o Estado -Membro no qual se considera efetuada a prestação de serviços;
ii) No caso das vendas à distância intracomunitárias de bens, o Estado -Membro onde termina a expedição ou o transporte dos bens para
o adquirente;
iii) No caso de transmissões de bens efetuadas por um sujeito passivo que facilite essas transmissões nos termos do n.º 10 do artigo 3.º
do Código do IVA, o Estado -Membro onde a expedição ou o transporte dos bens transmitidos se iniciar e terminar;
b) «Estado -Membro de identificação»:
i) O Estado -Membro no qual o sujeito passivo estabelecido na União Europeia tem a sede, estabelecimento estável, ou, na sua falta, um
domicílio;
ii) No caso de sujeito passivo sem sede na União Europeia, mas que disponha de estabelecimento estável em mais do que um Estado -
Membro, aquele entre esses por ele escolhido;
iii) No caso de sujeito passivo sem sede ou estabelecimento estável na União Europeia, o Estado -Membro onde se iniciar a expedição ou
transporte dos bens;
iv) Nas situações referidas na subalínea anterior, quando exista mais do que um Estado- -Membro de início da expedição ou transporte
dos bens, aquele que entre esses seja escolhido pelo sujeito passivo;
c) «Sujeito passivo não estabelecido no Estado -Membro de consumo» as pessoas singulares ou coletivas com sede, estabelecimento
estável ou domicílio na União Europeia que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio no território do Estado -
Membro de consumo.
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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

SECÇÃO II
Âmbito de aplicação do regime
Artigo 11.º Opção pelo regime especial
1 — Podem optar pelo registo no regime especial em território nacional, para efeitos do cumprimento de todas as obrigações decorrentes
das prestações de serviços e transmissões de bens abrangidas pelo presente regime:
a) Os sujeitos passivos que efetuem vendas à distância intracomunitárias de bens;
b) Os sujeitos passivos que facilitem a transmissão de bens, nos termos do n.º 10 do artigo 3.º do Código do IVA, se a expedição ou
transporte dos bens transmitidos se iniciar e terminar em território nacional;
c) Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio em território nacional, não estabelecidos no Estado -
Membro de consumo, que prestem serviços a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas em qualquer outro
Estado -Membro da União Europeia.
2 — Tendo exercido a opção prevista no número anterior, o regime especial aplica -se a todos os serviços assim prestados e transmissões
de bens assim efetuadas na União Europeia pelo sujeito passivo em causa.
3 — Um sujeito passivo que não disponha de sede na União Europeia mas disponha de um estabelecimento estável em território nacional
e estabelecimentos estáveis em outros Estados- -Membros, e que tenha exercido a opção a que se refere o n.º 1, é obrigado a manter o
território nacional como Estado -Membro de identificação durante o ano civil em que exerceu a opção e nos dois anos civis subsequentes.
4 — Um sujeito passivo que tenha efetuado transmissões de bens cuja expedição ou transporte se iniciar no território nacional e noutros
Estados -Membros, e que tenha exercido a opção a que se refere o n.º 1, é obrigado a manter o território nacional como Estado -Membro
de identificação durante o ano civil em que exerceu a opção e nos dois anos civis subsequentes.
Artigo 12.º Número de identificação fiscal
Para efeitos do disposto no artigo anterior, os sujeitos passivos utilizam o número de identificação fiscal que lhes foi atribuído em
território nacional.
SECÇÃO III
Obrigações
Artigo 13.º Declaração do imposto sobre o valor acrescentado
1 — A declaração do IVA a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º deve ser submetida até ao fim do mês seguinte a cada trimestre
do ano civil a que respeitam as operações e cumprir o disposto no artigo 8.º
2 — Quando num período de tributação se realizarem transmissões de bens que sejam expedidos ou transportados a partir de outro
Estado -Membro, a declaração do IVA deve ainda conter o valor total, líquido do IVA, a taxa ou taxas aplicáveis, o montante total por
taxa e o valor total do IVA devido, discriminado por cada Estado -Membro a partir do qual os bens são expedidos ou transportados,
relativamente às seguintes operações abrangidas pelo regime:
a) As vendas à distância intracomunitárias de bens e as transmissões de bens, se a expedição ou transporte desses bens tiver início e
terminar no mesmo Estado -Membro, efetuadas nos termos do n.º 10 do artigo 3.º do Código do IVA, indicando o número de
identificação para efeitos do IVA ou o número de identificação fiscal atribuído por cada um desses Estados -Membros, se disponível;
b) As vendas à distância intracomunitárias de bens que não foram efetuadas nos termos do n.º 10 do artigo 3.º do Código do IVA,
indicando o número de identificação para efeitos do IVA ou o número de identificação fiscal atribuído por cada um desses Estados -
Membros.
3 — Quando os sujeitos passivos efetuem prestações de serviços abrangidas pelo regime especial constante do presente capítulo e nele se
encontrem registados em território nacional, e disponham de um ou mais estabelecimentos estáveis noutros Estados -Membros a partir
dos quais os serviços são prestados, a declaração do IVA deve ainda incluir, relativamente a cada Estado- -Membro onde disponha de um
estabelecimento:
a) O valor total, líquido do IVA, e a taxa ou taxas aplicáveis;
b) O montante total do IVA, discriminado por taxas, e o IVA total devido pelas prestações de serviços; c) O número de identificação para
efeitos do IVA ou o número de identificação fiscal desse estabelecimento.
4 — A informação referida nos números anteriores deve ser discriminada por Estado -Membro de consumo.

CAPÍTULO III

Regime especial aplicável a serviços prestados por sujeitos passivos não estabelecidos na União
Europeia
SECÇÃO I

Disposições gerais
Artigo 14.º Conceitos
Para efeitos do regime especial constante do presente capítulo, entende -se por:
a) «Estado -Membro de consumo» o Estado -Membro no qual se considera efetuada a prestação de serviços;
b) «Estado -Membro de identificação» o Estado -Membro escolhido pelo sujeito passivo não estabelecido na União Europeia para
declarar o início da sua atividade na qualidade de sujeito passivo no território da União Europeia;
c) «Sujeito passivo não estabelecido na União Europeia» as pessoas singulares ou coletivas que não disponham de sede, estabelecimento
estável ou, na sua falta, domicílio no território da União Europeia.
SECÇÃO II
Âmbito de aplicação do regime
Artigo 15.º Opção pelo regime especial
1 — Os sujeitos passivos que não disponham de sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio na União Europeia, que prestem
serviços a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas na União Europeia, podem optar pelo registo em
território nacional, para efeitos do cumprimento de todas as obrigações decorrentes da prestação dos serviços.
2 — Tendo exercido a opção referida no número anterior, o regime especial aplica -se a todos os serviços assim prestados na União
Europeia, independentemente do Estado -Membro da tributação.
Artigo 16.º Número de identificação

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

1 — Para efeitos do disposto no artigo anterior, a Autoridade Tributária e Aduaneira atribui aos sujeitos passivos não estabelecidos na
União Europeia um número de identificação para efeitos do IVA, que lhes é comunicado por via eletrónica.
2 — No cumprimento das obrigações decorrentes da prestação dos serviços, os sujeitos passivos devem utilizar esse número de
identificação.
SECÇÃO III
Obrigações
Artigo 17.º Declaração de registo no regime
1 — Na declaração de registo no regime constante do presente capítulo, a entregar nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 7.º, o sujeito
passivo não estabelecido na União Europeia deve indicar, como elementos de identificação, o nome, endereço postal, os endereços
eletrónicos, incluindo os sítios na Internet, o número de identificação fiscal no respetivo país, se o tiver, e declarar que não tem a sede,
estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio na União Europeia.
2 — O sujeito passivo não estabelecido na União Europeia deve comunicar quaisquer alterações das informações apresentadas, no prazo
de 15 dias a contar da data da alteração.
Artigo 18.º Declaração do imposto sobre o valor acrescentado
A declaração do IVA a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º deve ser submetida até ao fim do mês seguinte a cada trimestre do
ano civil a que respeitam as prestações de serviços e cumprir o disposto no artigo 8.º

CAPÍTULO IV

Regime especial aplicável às vendas à distância de bens importados


SECÇÃO I

Disposições gerais

Artigo 19.º Âmbito do regime


O regime especial constante do presente capítulo aplica -se às vendas à distância de bens importados que não sejam produtos sujeitos a
impostos especiais de consumo, de valor intrínseco não superior a 150 €. Artigo 20.º Conceitos Para efeitos do regime especial constante
do presente capítulo, entende -se por:
a) «Estado -Membro de consumo» o Estado -Membro onde termina a expedição ou transporte dos bens para o adquirente;
b) «Estado -Membro de identificação»:
i) Quando o sujeito passivo tiver a sede da sua atividade económica num Estado -Membro, esse Estado -Membro;
ii) Quando o sujeito passivo tiver a sede da sua atividade económica fora da União Europeia, mas tiver um ou mais estabelecimentos
estáveis na União Europeia, o Estado -Membro no qual disponha de um estabelecimento estável e onde indique que pretende utilizar o
regime;
iii) Quando o sujeito passivo não estiver estabelecido na União Europeia, o Estado -Membro no qual decida registar -se;
iv) Quando o intermediário tiver a sede da sua atividade económica num Estado -Membro, esse Estado -Membro;
v) Quando o intermediário tiver a sede da sua atividade económica fora da União Europeia, mas tiver um ou mais estabelecimentos
estáveis na União Europeia, o Estado -Membro no qual o intermediário disponha de um estabelecimento estável e onde indique que
pretende utilizar o regime;
c) «Intermediário» as pessoas singulares ou coletivas que disponham de sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio no
território da União Europeia, que sejam designadas pelo sujeito passivo que efetua vendas à distância de bens importados como devedor
do imposto e responsável pelo cumprimento das obrigações previstas no regime especial constante do presente capítulo em nome e por
conta do sujeito passivo;
d) «Sujeito passivo não estabelecido na União Europeia», as pessoas singulares ou coletivas que não disponham de sede, estabelecimento
estável ou, na sua falta, domicílio no território da União Europeia.
SECÇÃO II
Âmbito de aplicação do regime
Artigo 21.º Opção pelo regime especial
1 — Podem optar pelo registo no regime especial constante do presente capítulo em território nacional, para efeitos do cumprimento de
todas as obrigações decorrentes das vendas à distância de bens importados abrangidas pelo referido regime:
a) Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio em território nacional;
b) Os sujeitos passivos, independentemente de estarem ou não estabelecidos na União Europeia, que sejam representados por um
intermediário com sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio em território nacional;
c) Os sujeitos passivos estabelecidos num país terceiro com o qual a União Europeia tenha celebrado um acordo de assistência mútua de
alcance análogo ao da Diretiva 2010/24/UE do Conselho, de 16 de março de 2010, e do Regulamento (UE) n.º 904/2010 do Conselho, de
7 de outubro de 2010, e que efetuem vendas à distância de bens provenientes desse país terceiro.
2 — Tendo exercido a opção referida no número anterior, o regime especial aplica -se a todas as vendas à distância de bens importados.
3 — Para efeitos da alínea b) do n.º 1, os sujeitos passivos não podem designar mais do que um intermediário de cada vez.
4 — O sujeito passivo ou o intermediário que não disponha de sede na União Europeia mas disponha de um estabelecimento estável em
território nacional e estabelecimentos estáveis em outros Estados -Membros, e que tenha exercido a opção a que se refere o n.º 1, é
obrigado a manter o território nacional como Estado -Membro de identificação durante o ano civil em que exerceu a opção e nos dois
anos civis subsequentes.
Artigo 22.º Facto gerador e exigibilidade do imposto
Para efeitos do regime especial constante do presente capítulo, o imposto é devido e torna -se exigível na data da transmissão dos bens,
considerando -se que esta ocorre no momento em que o pagamento é aceite.
Artigo 23.º Número individual de identificação
1 — A Autoridade Tributária e Aduaneira atribui aos sujeitos passivos e aos intermediários um número individual de identificação para
efeitos da aplicação do presente regime especial, que lhes é comunicado por via eletrónica.
2 — O intermediário obtém, junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, para cada sujeito passivo pelo qual tenha sido designado, um
número individual de identificação para efeitos da aplicação do presente regime especial.

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IVA – Legislação Avulsa em vigor em 10/2023

3 — O número individual de identificação atribuído nos termos do presente artigo é exclusivamente utilizado para efeitos do regime
especial constante do presente capítulo.
Artigo 24.º Responsabilidade solidária
O sujeito passivo é solidariamente responsável com o intermediário pelo pagamento do imposto.
SECÇÃO III
Obrigações
Artigo 25.º Declaração de registo no regime
1 — Na declaração de registo no regime, a entregar nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 7.º, o sujeito passivo que não designe um
intermediário deve indicar, como elementos de identificação, o nome, o endereço postal, o endereço eletrónico, incluindo os sítios na
Internet, e o número de identificação para efeitos do IVA em território nacional ou, no caso dos sujeitos passivos referidos na alínea c) do
n.º 1 do artigo 21.º, o número de identificação fiscal no país de estabelecimento.
2 — O intermediário, antes de começar a utilizar o regime especial por conta de um sujeito passivo, deve proceder à entrega de uma
declaração de registo no regime, indicando, como elementos de identificação, o nome, o endereço postal, o endereço eletrónico e o
número de identificação para efeitos do IVA.
3 — O intermediário deve ainda indicar na declaração de registo no regime, por cada sujeito passivo que represente e antes de este
começar a utilizar o regime especial, como elementos de identificação, o nome, o endereço postal, o endereço eletrónico e sítios na
Internet, o número de identificação para efeitos do IVA e o número individual de identificação para efeitos da aplicação do presente
regime especial a que se refere o n.º 2 do artigo 23.º
Artigo 26.º Cancelamento do registo do intermediário
1 — A Autoridade Tributária e Aduaneira procede ao cancelamento do registo do intermediário quando este:
a) Durante dois trimestres civis consecutivos não tiver agido na qualidade de intermediário por conta de um sujeito passivo que utilize
este regime especial;
b) Deixar de satisfazer as condições necessárias para poder agir na qualidade de intermediário;
c) Reiteradamente não cumprir as regras relativas ao regime especial. N.º 164 24 de agosto de 2020 Pág. 23 Diário da República, 1.ª
série
2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 3.º, a Autoridade Tributária e Aduaneira procede ainda ao cancelamento do registo do sujeito
passivo representado por um intermediário nos seguintes casos:
a) Se o intermediário comunicar que o sujeito passivo deixou de efetuar vendas à distância de bens importados;
b) Se o intermediário comunicar que deixou de representar o sujeito passivo.
Artigo 27.º Declaração do imposto sobre o valor acrescentado
1 — A declaração do IVA a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º deve ser submetida até ao fim do mês seguinte a cada mês do
ano civil a que respeitam as vendas à distância de bens importados e cumprir o disposto no artigo 8.º
2 — Quando seja submetida por um intermediário, a declaração deve conter, além do número individual de identificação do sujeito
passivo, o número individual de identificação do intermediário, atribuídos nos termos do artigo 23.º
CAPÍTULO V
Garantias dos sujeitos passivos
Artigo 28.º Notificações
1 — Para efeitos dos regimes especiais constantes dos capítulos anteriores, as notificações dirigidas a sujeitos passivos não estabelecidos
em território nacional são efetuadas por via eletrónica e autenticadas com assinatura eletrónica avançada nos termos previstos pelo
Sistema de Certificação Eletrónica do Estado — Infraestrutura de Chaves Públicas.
2 — As notificações efetuadas nos termos do número anterior presumem -se feitas na data do envio, servindo de prova a cópia da
mensagem de onde conste que esta foi enviada com sucesso.
Artigo 29.º Meios de defesa
Da recusa do registo ou decisão de exclusão do regime especial cabe recurso hierárquico, a submeter por via eletrónica, nos termos do
Código de Procedimento e de Processo Tributário, ou impugnação de atos administrativos, nos termos do Código de Processo nos
Tribunais Administrativos.
CAPÍTULO VI
Disposição final
Artigo 30.º Direito aplicável
A disciplina geral do Código do IVA e respetiva legislação complementar é aplicável, em tudo o que não se revelar contrário ao disposto
nos regimes especiais constantes dos capítulos anteriores e nos regulamentos europeus aplicáveis, nomeadamente no Regulamento de
Execução (UE) n.º 282/2011 do Conselho, de 15 de março de 2011.

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