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9/4/2014 IOB Online

Em face da publicação do Decr eto nº 50.756/2013 - DOE RS de 18.10.2013, este pr ocedimento foi atualizado. T ópico alter ado: 9.1 Cr édito
r efer ente a bens r ecebidos a par tir de 1º.08.2000.

ICMS/ RS - A t iv o Imobilizado

Res umo: Este pr ocedimento abor da o tr atamento fiscal aplicado nas oper ações com bens do Ativo Imobilizado.

Sumár io

1. Int r odução
2. Difer encial de alíquot as
2.1 Isenções do difer encial de alíquotas
3. Cr édit o
3.1 Momento e pr azo de apr opr iação do cr édito
4. Vedação ao cr édit o
5. Tr ans fer ência de bem do A t iv o Per manent e
6. Tr ans for mação, fus ão, cis ão, incor por ação ou v enda de es t abeleciment o ou fundo de comér cio
7. Cons t r ução, r efor ma ou ampliação de bem do A t iv o Per manent e
8. A r r endament o mer cant il (leas ing)
9. Ciap e for ma de apr opr iação do cr édit o fis cal
9.1 Cr édito r efer ente a bens r ecebidos a par tir de 1º.08.2000
10. Empr és t imo de bens do A t iv o Imobilizado
11. Not a fis cal
12. Penalidades
13. Jur is pr udência
14. Modelos do Ciap

R e t orna r a o Sumá rio

1. Int r odução

O exer cício das atividades industr iais, comer ciais e de pr estação de ser viços exige estr utur a física, fazendo-se necessár ia a aquisição de
bens par a integr ação ao Ativo Per manente.

Assim, analisar emos as aquisições de bens deste e de outr o Estado, com a implicação do r ecolhimento do difer encial de alíquotas nas
oper ações inter estaduais.

T r atar emos também sobr e o dir eito ao cr édito do ICMS dessas aquisições, que ser á exer cido na for ma e nos pr azos estabelecidos na
legislação, desde que sej am atendidas às condições nela pr evistas.

R e t orna r a o Sumá rio

2. Difer encial de alíquot as

O contr ibuinte que adquir ir bens par a integr ação ao Ativo Per manente de outr o Estado deve r ecolher o ICMS cor r espondente à difer ença
entr e as alíquotas inter na e inter estadual, tendo em vista a ocor r ência do fato ger ador .

Destaca-se que não haver á a incidência do ICMS na entr ada em estabelecimento de contr ibuinte gaúcho de máquinas, veículos, móveis,
utensílios, fer r amentas e outr os bens aplicados na instalação ou no funcionamento do estabelecimento, r emetidos por contr ibuinte de outr o
Estado, quando destinados ao Ativo Per manente.

Devem ser obser vadas, ainda, as hipótese par a as quais a legislação pr evê benefícios fiscais, dispensando o contr ibuinte do r ecolhimento do
difer encial de alíquota.

A base de cálculo, em caso de incidência, é o valor da oper ação no Estado r emetente. O valor do ICMS a pagar ser á o r esultante da aplicação
do per centual cor r espondente à difer ença entr e a alíquota inter na e a inter estadual, aplicada sobr e a mencionada base de cálculo.

Caso a mer cador ia tenha sido adquir ida or iginalmente par a comer cialização ou industr ialização e, poster ior mente, tenha sido incor por ada ao
Ativo Per manente, o contr ibuinte dever á r ecolher o difer encial de alíquota. Neste caso, o valor do IPI, se incidente na oper ação de compr a,
dever á ser incluído na base de cálculo par a fins de apur ação do ICMS a r ecolher a título de difer encial de alíquota.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 4º , IX ; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo II, item 4.1, "d")

R e t orna r a o Sumá rio

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2.1 Is enções do difer encial de alíquot as

O contr ibuinte que adquir ir máquinas e equipamentos industr iais e máquinas e implementos agr ícolas r elacionados no RIC MS- RS/1997 ,
Apêndices X e X I, r espectivamente, estar á isento do r ecolhimento do difer encial de alíquotas, desde que as mer cador ias:
a) tenham sido beneficiadas, na oper ação destinada a este Estado, na Unidade da Feder ação de or igem, com r edução da base de
cálculo do imposto nos mesmos per centuais pr evistos no RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 23 , X III ou X IV;
b) sej am destinadas ao Ativo Per manente do estabelecimento adquir ente.

T ambém estão isentas do r ecolhimento do difer encial de alíquotas:


a) as entr adas de máquinas e equipamentos, industr ais e acessór ios, sobr essalentes e fer r amentas que acompanhem esses bens, sem
similar es fabr icados neste Estado, destinados ao Ativo Per manente de estabelecimento industr ial de empr esa que tenha fir mado T er mo
de Acor do com o Estado do Rio Gr ande do S ul, par a a instalação, neste Estado, de indústr ia par a fabr icação de cer vej as, r efr iger antes e
sucos e envasamento de água miner al, e que sej a beneficiár ia do Fundopem/RS e do Integr ar /RS , confor me disposto na Lei nº
11. 916/2003 ;
b) as entr adas de máquinas e equipamentos constantes do RIC MS- RS/1997 , Apêndice X X IX , sem similar es pr oduzidos no País, bem
como acessór ios, sobr essalentes e fer r amentas que acompanhem esses bens, adquir idos até 31.12.2011 pela Companhia de Ger ação
T ér mica de Ener gia Elétr ica (CGT EE), e destinados à Usina T er melétr ica de Candiota III;
c) o r ecebimento, desde 18.07.2007, de bens r elacionados no RIC MS- RS/1997 , Apêndice X X X , par a integr ação ao Ativo Imobilizado
de empr esa por tuár ia, destinados ao apar elhamento, moder nização e utilização em por tos localizados neste Estado;
d) os r ecebimentos, de outr as unidades da Feder ação, de máquinas e equipamentos industr iais, bem como acessór ios, sobr essalentes e
fer r amentas que acompanhem estes bens, destinados ao ativo per manente de estabelecimento industr ial, r elativamente ao difer encial
de alíquotas a que se r efer e o RIC MS- RS/1997 , ar t. 4º, IX , desde que esta isenção estej a pr evista em Pr otocolo de Intenções
fir mado com o Estado do Rio Gr ande do S ul.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 9º , CX IX , X CIX , CX L e CLX X X II, e par ágr afo único)

R e t orna r a o Sumá rio

3. Cr édit o

As empr esas contr ibuintes do ICMS far ão j us ao cr édito do imposto incidente nos bens adquir idos par a integr ar o Ativo, desde que obser vem
o pr incípio da não cumulatividade. Assim, o contr ibuinte pode escr itur ar o cr édito do imposto cobr ado na oper ação anter ior e destacado no
documento fiscal de aquisição, quando admitido que ser á utilizado par a compensar com o devido em cada oper ação r elativa à cir culação de
mer cador ia ou pr estação de ser viços de tr anspor te inter estadual ou inter municipal e de comunicação.

O dir eito ao cr édito se aplica, ainda, ao ser viço de tr anspor te da mer cador ia destinada ao Ativo Per manente e, quando for o caso, ao
difer encial de alíquota pago na aquisição de outr o Estado.

As navalhas, for mas e matr izes utilizadas pelo fabr icante de calçados são enquadr adas no conceito de bens do Ativo Per manente, podendo
ser apr opr iado o cr édito do ICMS , em par celas, na for ma pr evista na legislação.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar ts. 30 e 31 , I, "a", § 4º; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo V, S eção 7.0, Capítulo
X II, subitem 3.1.1)

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3.1 Moment o e pr azo de apr opr iação do cr édit o

O contr ibuinte, quando de dir eito, apr opr iar á a 1ª par cela do cr édito do ICMS , r elativo aos bens do Ativo Per manente, no mês em que ocor r er
a sua entr ada no estabelecimento. As demais par celas ser ão apr opr iadas nos per íodos de apur ação subsequentes.

Entr etanto, a apr opr iação da 1ª par cela ser á adiada par a o mês em que ocor r er o efetivo início das atividades do estabelecimento, quando
este for poster ior ao do r ecebimento do bem destinado ao Ativo Per manente.

Nas aquisições de bens par a o ativo imobilizado, a apr opr iação da fr ação mensal ser á adiada se não existir oper ações de saídas ou
pr estações no per íodo de apur ação a que se r efer ir . O contr ibuinte tem assegur ado esse dir eito podendo apr opr iar esse cr édito no per íodo de
apur ação em tais oper ações e pr estações voltar em a ocor r er .

( RIC MS- RS/1997 , ar t. 31, § 4º, Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo X II, item 3.2)

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4. Vedação ao cr édit o

Não é admitido o cr édito r elativo à entr ada de mer cador ias ou ser viços que se destinem a constr ução, r efor ma ou ampliação do
estabelecimento.

T ambém não é admitido o cr édito fiscal na aquisição de bens par a o Ativo Per manente que não sej am essenciais par a a consecução do
obj etivo econômico da empr esa, assim entendido como aquele não utilizado na ár ea de pr odução industr ial ou agr opecuár ia, de
comer cialização ou pr estação de ser viços de tr anspor te, inter municipal ou inter estadual, e de comunicação. Assim, nas aquisições de mesas,
cadeir as, instalações, ar -condicionado e computador , por exemplo, não se admite cr édito fiscal.

A par tir da data da alienação do bem do Ativo r ecebido a par tir de 1º.08.2000, salienta-se que o contr ibuinte não poder á cr editar o ICMS
r elativo à fr ação do cr édito a apr opr iar que cor r esponder ia ao r estante do pr azo de 4 anos contados da data da aquisição desses bens

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 33 , nota, V e X VI)

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5. Tr ans fer ência de bem do A t iv o Per manent e

O estabelecimento do mesmo contr ibuinte que r eceber o bem do Ativo Per manente, em tr ansfer ência, de outr o estabelecimento da mesma
empr esa, ambos localizados no Estado do Rio Gr ande do S ul, sub-r oga-se no dir eito ao cr édito das par celas r emanescentes.

Assim, o estabelecimento r emetente deixa de apr opr iar as par celas r emanescentes, enquanto o destinatár io, se atendidas às condições
legais, passa a exer cer esse dir eito.

Ressalta-se que o contr ole desse cr édito que passa a ser feito pelo estabelecimento destinatár io, por meio do Contr ole de Cr édito de ICMS do
Ativo Per manente (Ciap), poder á continuar a ser efetuado pelo estabelecimento adquir ente, desde que sej a autor izado pelo Fisco, e
obser vadas as condições e os pr ocedimentos pr evistos na Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo V, S eção 8.0.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , § 4º, nota 3, "b"; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo V, S eção 8.0)

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6. Tr ans for mação, fus ão, cis ão, incor por ação ou v enda de es t abeleciment o ou fundo de comér cio

O estabelecimento r esultante da oper ação de tr ansfor mação, fusão, cisão, incor por ação ou venda de estabelecimento ou fundo de comér cio
tem o dir eito ao cr édito fiscal das par celas r emanescentes que faltar em par a completar o pr azo de 4 anos, contados da aquisição dos bens
do Ativo Per manente.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , § 4º, nota 3, "a")

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7. Cons t r ução, r efor ma ou ampliação de bem do A t iv o Per manent e

O contr ibuinte não poder á cr editar o ICMS na aquisição de peças destinadas à fabr icação, r efor ma ou ampliação de bem a ser incor por ado ao
Ativo Per manente.

Entendemos que esse cr édito, se de dir eito, somente poder á ser apr opr iado quando o bem estiver pr onto e incor por ado ao Ativo Imobilizado.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , I, e § 4º; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo V, subitem 2.1.2, "b", 2, "d",
Capítulo X II, subitens 3.6.4 e 3.6.5)

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8. A r r endament o mer cant il (leas ing)

As empr esas de ar r endamento mer cantil (leasing) não podem apr opr iar o cr édito nas aquisições de bens do Ativo Per manente, por não
atender em ao pr incípio da não cumulatividade do ICMS .

Ressalte-se que o ar r endatár io desses bens, ainda que os mesmos venham a ser utilizados na sua atividade comer cial, pr odutiva ou de
pr estação de ser viços tr ibutados pelo ICMS , não poder á cr editar o ICMS incidente na oper ação de compr a pela empr esa ar r endador a.

T al vedação então ao cr édito se j ustifica pela não incidência do ICMS na r emessa do bem obj eto do contr ato de ar r endamento, par a a
empr esa ar r endatár ia, e da isenção na hipótese de ser exer cida a opção de compr a ao final do contr ato.

Justifica-se, ainda, essa vedação ao cr édito pelo fato de o Estado do Rio Gr ande do S ul não ter implementado o Convênio ICMS nº 4/1997 ,
que, na oper ação de ar r endamento mer cantil, autor iza os Estados e o Distr ito Feder al a conceder ao estabelecimento ar r endatár io do bem o
cr édito do ICMS pago quando da aquisição do r efer ido bem pela empr esa ar r endador a. Neste sentido, vide a íntegr a do Acór dão nº 64/2002
tr anscr ito no final deste texto.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 9º , CX , ar t. 11, IX )

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9. Ciap e for ma de apr opr iação do cr édit o fis cal

O contr ibuinte dever á escr itur ar os documentos fiscais r efer entes às aquisições de bens do Ativo quando houver o dir eito ao cr édito do ICMS ,
no Ciap, modelos "c" ou "d", de acor do com as instr uções expedidas pela S ecr etar ia da Fazenda.

Esse cr édito ser á escr itur ado em par celas, no pr azo de 4 anos, contados da aquisição do bem.

E, ao final de cada per íodo de apur ação, com base no Ciap, o contr ibuinte emitir á nota fiscal r elativa ao total de apr opr iação do cr édito fiscal
no per íodo. Essa nota fiscal ser á escr itur ada no livr o Registr o de Entr adas, com a indicação da sua data e do seu númer o na coluna
"Documento fiscal" e do valor do ICMS na coluna "Imposto cr editado".

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , § 4º, Livr o II , ar t. 153- A ; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo X II, S eção
3.0)

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9.1 Cr édit o r efer ent e a bens r ecebidos a par t ir de 1º.08.2000

Na entr ada de bem no Ativo, a par tir de 1º.08.2000, a apr opr iação do cr édito ser á feita em 48 par celas, devendo a 1ª fr ação ser apr opr iada
no mês em que ocor r er a entr ada no estabelecimento e as demais nos meses subsequentes. Ao final dos 48 meses, o saldo r emanescente do
cr édito dever á ser cancelado.

Além disso, em cada per íodo de apur ação do imposto, não ser á per mitido o cr édito r elativamente à pr opor ção das oper ações de saída ou
pr estações, isentas ou não tr ibutadas, sobr e o total das oper ações de saída e pr estações efetuadas no mesmo per íodo.

O montante do cr édito a ser apr opr iado ser á obtido atr avés da multiplicação do valor total do r espectivo cr édito pelo fator igual a 1/48 da
r elação entr e o valor das oper ações de saída e pr estações tr ibutadas e o total das oper ações de saída e pr estações do per íodo, equipar ando-
se a tr ibutadas, par a esse fim, as saídas e pr estações com destino ao exter ior e, desde 1º.01.2006, as saídas de papel destinado à
impr essão de livr os, j or nais e per iódicos.

Esse quociente de 1/48 ser á pr opor cionalmente aumentado ou diminuído, pr o r ata die, caso o per íodo de apur ação sej a super ior ou infer ior a
um mês. Assim, o contr ibuinte que apur a o imposto quinzenalmente, far á a apr opr iação desse cr édito em 96 par celas.

Ressalta-se que, no valor das saídas e pr estações, não ser ão incluídas as saídas inter nas e inter estaduais r efer entes a:
a) r emessas par a fins de industr ialização, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, acondicionamento, confecção,
pintur a, lustr ação e oper ações similar es, bem como par a demonstr ação, ar mazenamento, conser to e r estaur ação de máquinas e
apar elhos, e r econdicionamento de motor es, a estabelecimentos de ter ceir os, desde que haj a devolução ao estabelecimento de or igem;
b) r emessas par a vendas for a do estabelecimento;
c) devoluções de bens ou mer cador ias, inclusive mater ial par a uso ou consumo;
d) tr ansfer ências de bens ou mer cador ias, inclusive mater ial par a uso ou consumo.

Relativamente às aquisições inter nas de mer cador ias destinadas ao ativo per manente pr oduzidas por empr esa fabr icante estabelecida no
Estado do Rio Gr ande do S ul o cr édito fiscal, quando de dir eito, ser á feito à r azão de:
a) 1/42 quando tais aquisições tenham sido feitas no per íodo de 1º.07 a 31.12.2012;
b) 1/36, nas aquisições efetuadas no per íodo de 1º.01.2013 a 30.09.2013;
c) 1/30, nas aquisições efetuadas no per íodo de 1º.10.2013 a 28.02.2014;
d) 1/24, em r elação às aquisições efetuadas a par tir de 1º.03.2014.

Nas aquisições de bens par a o ativo imobilizado, o cr édito da pr imeir a par cela é apr opr iado no mês em que ocor r er a entr ada no
estabelecimento e as demais nos meses subseqüentes. Essa apr opr iação fica adiada par a o mês em que ocor r er o início efetivo das
atividades exer cidas pelo estabelecimento, se este for poster ior ao do r ecebimento da mer cador ia destinada ao ativo per manente.

Ressalte-se que a apr opr iação da fr ação mensal ser á adiada se não existir oper ações de saídas ou pr estações no per íodo de apur ação a que
se r efer ir . O contr ibuinte tem assegur ado esse dir eito podendo apr opr iar esse cr édito no per íodo de apur ação em tais oper ações e
pr estações voltar em a ocor r er .

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , § 4º)

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10. Empr és t imo de bens do A t iv o Imobilizado

As saídas de bens integr antes do Ativo Per manente, r ealizadas após o uso a que se destinavam, por não se enquadr ar em no conceito de
mer cador ia, não estão suj eitas ao pagamento do imposto. Por tanto, essa não incidência não se aplica na hipótese de imobilizações
tr ansitór ias e apenas apar entes.

Na saída desses bens, a título de empr éstimo, ampar ada pela não incidência, o contr ibuinte emitir á a nota fiscal com todos os r equisitos
legalmente exigidos, sem o destaque do imposto, cuj o campo pr ópr io deve ser inutilizado e, no campo "Infor mações complementar es",
indicada a expr essão "Não incidência do ICMS , confor me disposto no RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 11 , X V".

Já na hipótese de empr éstimo de bens do Ativo Imobilizado que tenha ger ado o cr édito do imposto na entr ada, cuj a saída ocor r a antes de
completados 4 anos de sua aquisição, o contr ibuinte dever á inter r omper a apr opr iação do cr édito e fazer os lançamentos no Ciap.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 11 , X V; Livr o II , ar t. 25 ; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo II, item 4.1 e
Capítulo X II, S eção 3.0)

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11. Not a fis cal

O contr ibuinte, ao emitir a nota fiscal de saída de bens do Ativo Per manente sem a tr ibutação do imposto, dever á indicar , além dos demais
r equisitos legalmente exigidos, a fundamentação legal da não incidência.

E, quando se tr atar de oper ação entr e estabelecimentos da mesma empr esa, o montante do ICMS r efer ente ao per íodo que faltar par a
completar os 4 anos deve ser infor mado no campo "Infor mações complementar es" do documento fiscal par a que o destinatár io possa então
adj udicar -se do r espectivo valor .

( RIC MS- RS/1997 , Livr o II , ar t. 12 )

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12. Penalidades

O contr ibuinte que não cumpr ir ou o fizer com incor r eções as obr igações tr ibutár ias pr evistas na legislação ficar á suj eito a penalidades, cuj a
capitulação ser á feita pelo Agente Fiscal, no cur so da fiscalização, de acor do com a infr ação por ele pr aticada.

Ressaltamos ainda que o contr ibuinte que ver ificar incor r eções em seus pr ocedimentos pode apr esentar denúncia espontânea ao Fisco, a fim
de eximir -se das penalidades aplicadas no caso, exceto quanto ao pagamento do imposto, se devido, desde que essa denúncia sej a
apr esentada antes de qualquer pr ocedimento do Fisco.

(Lei nº 6. 537/1973 )

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13. Jur is pr udência

A seguir , tr anscr evemos o Acór dão nº 64/2002, extr aído do site da S ecr etar ia da Fazenda deste Estado, cuj a utilização, se for o caso, deve
ser pr ecedida de busca ao texto or iginal.
ACÓRDÃO Nº 064/02
RECURS O Nº 1167/01
RECORRENT E: (...)
RECORRIDA: FAZENDA ES T ADUAL (Pr oc. nº 29718-14.00/01.0)
PROCEDÊNCIA: PORT O ALEGRE - RS
EMENT A:
ICMS . CRÉDIT OS FIS CAIS . GLOS A.
Não ocor r e nulidade de Decisão singular e nem cer ceamento do dir eito de defesa pelo fato do Decididor ter indefer ido o pedido de
per ícia e ter deixado de apr eciar teses de inconstitucionalidade.
A nulidade dos atos, despachos e decisões somente ser á declar ada se o ato emanar de autor idade incompetente par a a sua pr ática.
Inteligência do ar tigo 23 e par ágr afos da Lei nº 6. 537/73 .
Inexiste obr igator iedade da autor idade administr ativa manifestar -se sobr e inconstitucionalidade. A S úmula nº 03 (DOE de 22/07/91)
dispõe: "A tese de inconstitucionalidade é estr anha à competência do T r ibunal Administr ativo de Recur sos Fiscais".
Consoante a S úmula 15 desta Cor te (DOE de 23/11/95), não constitui cer ceamento de defesa o indefer imento de pedido de r ealização
de per ícia, quando esta for pr escindível, caso dos autos.
S em r espaldo legal apr opr iação de cr éditos fiscais extempor âneos levantadas em planilhas, r elativos a insumos dir etos, insumos
indir etos, aquisições por leasing, mater iais de consumo, imobilizado, combustível, fr ete (complementação da base de cálculo),
telex/luz/telefone.
A utilização de cr éditos não pr evistos em lei é punível com multa pela pr ática de infr ação mater ial qualificada (ar t. 7º, I, combinado
com o ar tigo 8º , I, "j ", da Lei nº 6. 537/73 ).
Pr eliminar r ej eitada. Recur so voluntár io despr ovido. Decisão unânime.
ACÓRDÃO
Vistos, r elatados e discutidos estes autos, ACORDAM os membr os da Pr imeir a Câmar a do T r ibunal Administr ativo de Recur sos Fiscais
do Rio Gr ande do S ul, por UNANIMIDADE DE VOT OS , em r ej eitar a pr eliminar e, no mér ito, negar am pr ovimento ao r ecur so voluntár io.
Par ticipar am do j ulgamento, ainda, os Juízes Ênio Meinen, Abel Henr ique Fer r eir a e Cândido Bor tolini. Pr esentes os Defensor es da
Fazenda Galdino Bollis e Luiz Car los Flor es Muniz.
Por to Alegr e, 23 de j aneir o de 2002.
ZÉLIA S IMALEY PEREIRA DO PINHO - JUÍZA RELAT ORA
EVA REGINA PEREIRA RAMÃO - PRES IDENT E DA CÂMARA
Relatór io.
A r ecor r ente inter pôs r ecur so da Decisão nº 92201066, a qual apr esenta o seguinte teor :
"Contr a a r equer ente supr anominada, em 19.07.2000, foi lavr ado o Auto de Lançamento nº 0006838871 (fls. 133 a 138 do Pr ocesso
027083-14.00/00.9, anexo), com ciência em 24.07.2000, tendo sido exigido, entr e ICMS , multa e j ur os mor atór ios, o montante de R$
226.492,31.
S egundo consta na peça fiscal, o lançamento decor r eu da adj udicação de cr éditos fiscais 'extempor âneos' não admitidos na legislação
tr ibutár ia, no per íodo de abr il a maio de 1999. T al cr editamento se deu com base nas Notas Fiscais nºs 111844 e 114159, as quais
consignam a seguinte obser vação: 'Cr édito Fiscal lançado extempor aneamente em obediência ao pr incípio constitucional da não
cumulatividade do imposto (ICMS ) confor me planilhas e demonstr ativos em anexo'. De acor do com a planilha apr esentada pelo
contr ibuinte, os valor es apr opr iados r efer em-se a: insumos dir etos, insumos indir etos, aquisições por leasing, mater iais de consumo,
imobilizado, combustível, fr ete (complementação da base de cálculo), telex/luz/telefone.

Inconfor mada com o pr ocedimento fiscal, a autuada, no pr azo legal, por seu sócio-ger ente, apr esentou a petição de fls. 3 a 40
(Pr ocesso 027083-14.00/00.9, anexo), impugnando integr almente o Auto de Lançamento. Inicialmente, manifesta sua contr ar iedade em
r elação à glosa per tinente à aquisição de insumos em ger al (insumos dir etos, insumos indir etos, mater iais de consumo, bens par a o ativo
imobilizado, combustível e ser viços de telecomunicações e ener gia elétr ica). Diz estar tal cr editamento embasado no pr incípio
constitucional da não-cumulatividade (ar t. 155, § 2°, I). Assinala que os dispositivos r estr itivos do dir eito ao cr édito, nos quais se fundou a
ação fiscal, não sobr evivem fr ente aos pr essupostos constitucionais aplicáveis à espécie. Acr escenta que os cr éditos apr oveitados
extempor aneamente estão r elacionados com as entr adas de mer cador ias, bens e ser viços que for am utilizados par cial ou integr almente na
consecução de suas atividades.
Em seguida, defende o apr oveitamento integr al dos cr éditos r elativos à aquisição de ser viço de tr anspor te (sob o título de
complementação da base de cálculo dos ser viços de fr etes tomados). Acentua que o Convênio nº 38/89, ao estabelecer a r edução da base
de cálculo nas pr estações de ser viços de tr anspor te, afigur a-se inconstitucional, à medida que veda o apr oveitamento de cr éditos r elativos
às entr adas tr ibutadas. Destaca que ao invés de beneficiar o contr ibuinte pr estador acaba dito Convênio por oner ar o contr ibuinte seguinte
na cadeia de cir culação econômica de bens e ser viços.
Mais adiante, sustenta a legitimidade da compensação do ICMS pago nas oper ações de ar r endamento mer cantil (leasing). Alega que
tal dir eito r esulta do pr incípio constitucional da não-cumulatividade, uma vez que os bens adquir idos por inter médio de oper ações de
leasing incor por am-se ao pr oduto final como insumo ou como bens integr antes do ativo fixo do ar r endatár io. Relata que no valor de cada
pr estação paga, além da r emuner ação do dinheir o, está incluída a depr eciação do equipamento. Vale-se par a embasar tal entendimento
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pr estação paga, além da r emuner ação do dinheir o, está incluída a depr eciação do equipamento. Vale-se par a embasar tal entendimento
de disposições contidas na Resolução CMN/BACEM nº 2309 e na Lei nº 6. 099/74 .
Alude, ainda a pr opósito, ao Convênio ICMS nº 04/97 e a Lei Complementar nº 87/96 . Aduz que em sua Cláusula pr imeir a o
r efer ido Convênio per mite o cr editamento do valor pago quando da aquisição do bem pela empr esa ar r endador a. Após discor r er
longamente sobr e o alcance de tais nor mas em cotej o com as diver sas disposições da Lei nº 6. 099/74 , conclui ser cabível o
cr editamento, par a compensação futur a, tanto do imposto pago nas pr estações como no valor r esidual, na aquisição de bens atr avés do
ar r endamento mer cantil. Par a as pr estações (que r epr esenta a par te dos bens que é depr eciada), apr esenta como supor te a pr ópr ia
Constituição Feder al. No tocante ao ativo fixo, diz que a matér ia r estou incontr over sa com a edição da Lei Complementar nº 87/96 .
Logo após, passa a questionar a multa. Qualifica-a de Confiscatór ia, car acter izando ofensa ao ar t. 150, inciso IV da C onstituiçã o
Fe de ra l , que veda a utilização de tr ibuto com efeito de confisco.
Insur ge-se também contr a a aplicação da T R/T RD. Afir ma ser ir r egular a utilização de tais indexador es, por se constituír em em taxas
de j ur os e não índices de atualização monetár ia. Em r azão disso, entende estar em eles em desacor do com a C onstituiçã o Fe de ra l
(ar t. 192 , §3°) e com o C ódigo Tributá rio Na ciona l (ar t. 161, §1°).
Por fim, aponta a necessidade de per ícia, par a fim de demonstr ar a or igem dos cr éditos glosados. Fundamenta tal pr etensão nos
cálculos do Auto de Lançamento e em toda a sua documentação.
Com base nas r azões expostas, r equer : a) a r ealização de per ícia; b) a impr ocedência do Auto de Lançamento; c) e, em car áter
alter nativo, a r edução da multa a um per centual que não ofenda o pr incípio do não-confisco.
Em 02.01.2001, foi pr olatada a Decisão nº 92201001 (fls. 139 a 141 do Pr ocesso 027083-14.00/00.9, anexo), indefer indo a inicial sem
o j ulgamento do mér ito, com fundamento nos incisos III e IV do ar t. 38 da Lei nº 6. 537/73 .
Da aludida decisão, a r equer ente r ecor r eu ao T r ibunal Administr ativo de Recur sos Fiscais (fls. 3 a 15). No j ulgamento do r ecur so, a
Pr imeir a Câmar a daquele T r ibunal, confor me Acór dão nº 699/01 (fls. 23 a 25), deter minou o r etor no dos autos à pr imeir a instância par a
apr eciação do mér ito, no que diz com os ar gumentos não consubstanciados exclusivamente na pr evalência da Lei Fundamental sobr e a
legislação local de r egência.
É o r elatór io. Passo a decidir .
De antemão, indefer e-se o pedido de pr ova per icial, por consider á- la pr escindível, uma vez que os dados contidos no Auto de
Lançamento, conj ugados com os documentos car r eados aos autos, mostr am-se suficientes à pr onta solução do pr ocesso. Concor r e,
outr ossim, par a a inadmissibilidade da per ícia a espécie de matér ia em discussão, a qual, por não envolver questões complexas (apenas a
ver ificação da documentação fiscal), não demanda, par a seu deslinde, nenhum tipo de conhecimento especializado. Alie-se a isso, a
cir cunstância do fato a compr ovar ser per feitamente demonstr ável por meio de pr ova documental, a qual, nos ter mos do ar t. 28 da Lei n°
6. 537/73 , deve instr uir a impugnação.
No que per tine às questões levantadas nos itens II.1 (cr éditos r elativos aos insumos) e II.4 (contestação da multa) da petição inicial,
per manece inalter ada a situação. A exemplo do que consta na decisão anulada (92201001), não mer ece ser conhecida a impugnação,
nesta par te. Apesar de todo o lastr o doutr inár io e j ur ispr udencial colacionado, em r elação a tais tópicos, a r equer ente não aponta
qualquer er r o de fato, não apr esenta er r o de cálculo, tampouco diver gência entr e o lançamento e a legislação per tinente.
Bem ao r evés, toda a ar gumentação ali desenvolvida cinge-se ao questionamento da constitucionalidade e validade das nor mas que
r estr ingem o dir eito ao cr édito e das que estabelecem a aplicação da penalidade (no per centual de 120%), consubstanciado nos pr incípios
da não-cumulatividade (ar t. 155, §2°, I e II da Constituição Feder al) e da vedação do confisco (ar t. 150 , IV da C onstituiçã o Fe de ra l
). T al matér ia, por ém, embor a disso discor de a impugnante (confor me consta na peça r ecur sal) é consider ada de competência exclusiva
do Poder j udiciár io, o que a tor na insusetível de apr eciação na esfer a administr ativa. Os Agentes do Fisco, quer na atividade de
lançamento, quer na atividade de j ulgamento, não podem, a pr etexto de eventual inconstitucionalidade ou ilegalidade, r elegar a
obser vância de qualquer nor ma tr ibutár ia.
Como j á assinalado na decisão anter ior , cor r obor a tal entendimento, o ar t. 38 , inciso III da Lei n° 6. 537/73 , a seguir
r epr oduzido, ao elencar como causa de indefer imento da inicial sem o j ulgamento do mér ito o questionamento da constitucionalidade ou
validade da legislação tr ibutár ia, in ver bis:
Ar t. 38 - A inicial ser á indefer ida sem o j ulgamento do mér ito quando:
...
III - o pedido questionar a constitucionalidade ou a validade da legislação tr ibutár ia;
...
S obr e esse tema, vale destacar , o T r ibunal Administr ativo de Recur sos Fiscais (T ARF), por meio da Resolução nº 03/91, editou a
S úmula n° 3, assim for mulada:
03 - A tese de inconstitucionalidade é estr anha a competência do T r ibunal Administr ativo de Recur sos Fiscais.'
Posição consubstanciada em tal enunciado extr ai-se de tr echo do Acór dão nº 1847/96, r efer ente ao Recur so nº 537/96, emanado da
S egunda Câmar a daquele ór gão colegiado, da lavr a do j uiz Abel Henr ique Fer r eir a, no seguinte teor :
NÃO EX AME DA T ES E DE ILEGALIDADE DE DET ERMINADAS DIS POS IÇÕES REGULAMENT ARES : Entendo que agiu cor r etamente o j ulgador
singular ao não discutir sobr e a inconstitucionalidade ou ilegalidade da legislação tr ibutár ia estadual que r ege a matér ia em discussão na
pr esente lide. O j ulgador administr ativo tem que se basear na legislação tr ibutár ia estadual par a decidir , não tem competência par a
questionar sobr e a legalidade ou constitucionalidade dessas nor mas. A competência par a discutir sobr e a legalidade ou constitucionalidade
das nor mas tr ibutár ias estaduais é do Poder Judiciár io. S endo assim, r ej eito a pr esente pr eliminar .' (gr ifou-se).
Já quanto aos itens II.2 (cr éditos r elativos à complementação da base de cálculo dos ser viços de fr etes tomados), II.3 (cr éditos
r elativos à aquisição por leasing) e II.5 (inaplicabilidade da T R e T RD), consoante deter minação do T ARF, exar ada no Acór dão nº 699/01
(fls. 23 a 25), deve o mér ito ser apr eciado. Efetivamente, aqui a defesa é de outr a or dem. Não se limitam os ar gumentos a discussão da
constitucionalidade das nor mas que embasar am o lançamento.
Começa-se, então, pelos chamados cr éditos r efer entes à complementação da base de cálculo dos ser viços de fr etes tomados. par a
sustentar a legitimidade de tal cr editamento, a impugnante lança mão de dois ar gumentos: inconstitucionalidade do Convênio 38/89, que
estabeleceu a r edução da base de cálculo nas pr estações de ser viços de tr anspor te, vedando, em caso de tal opção, a utilização de
cr éditos fiscais r elativos a entr adas tr ibutadas; e inexistência de vedação em r elação ao tomador do ser viço, uma vez que o Convênio
ICMS nº 66/88 (ar t. 32, inciso II), ao pr ever o estor no pr opor cional, r efer e-se à oper ação subseqüente.
Com r elação ao pr imeir o ponto, não cabe qualquer manifestação, em face das r azões anter ior mente explicitadas. Ao j ulgador
administr ativo não é dado emitir qualquer j uízo acer ca da validade (legal ou constitucional) de qualquer nor ma tr ibutár ia (ar t. 38 , III da
Lei n° 6. 537/73 ). Quanto ao segundo aspecto, impõem-se sim algumas concider ações. Por este, alega a impugnante não haver
impedimento legal par a, como tomador a do ser viço, se apr opr iar integr almente do cr édito or iundo das entr adas tr ibutadas no
estabelecimento pr estador do ser viço. A j ustificativa, como mencionado antes, é de que a deter minação par a o estor no, com base no ar t.
32, inciso II do Convênio ICMS nº 66/88, só se aplica quando a r edução for na etapa subseqüente e não na etapa anter ior , como ocor r e no
caso em análise.
T al abor dagem mostr a-se, por ém, equivocada. O fato do dispositivo em questão não se r epor tar à etapa anter ior , em hipótese
alguma, está a autor izar o tomador do ser viço a se cr editar de valor es a que o pr estador do ser viço estava impedido fazê-lo, em r azão de
ter este optado pela utilização da base de cálculo r eduzida, com fulcr o no Convênio ICMS nº 38/89 . Na ver dade, o óbice que a
impugnante diz inexistir decor r e da pr ópr ia sistemática de apur ação do ICMS , que per mite ao adquir ente só se cr editar no valor cobr ado
nas oper ações ou pr estações anter ior es. Aquilo que não foi obj eto de tr ibutação na etapa anter ior não é passível de cr editamento, par a
compensar com débitos ger ados na etapa seguinte.
S e tal não basta-se, o cr editamento nos ter mos pr etendido encontr a obstáculo intr ansponível no ar t. 27 , inciso I da Lei nº
8. 820/89 (ou 15, inciso I, na atual numer ação), que exige par a sua efetivação, além da cobr ança do imposto na oper ação anter ior , o
destaque deste na pr imeir a via do documento fiscal. Vej a o que textualmente pr escr eve o aludido dispositivo:
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destaque deste na pr imeir a via do documento fiscal. Vej a o que textualmente pr escr eve o aludido dispositivo:

Ar t. 27 - É assegur ado ao contr ibuinte o dir eito de cr editar -se do imposto:


I - cobr ado e destacado, nos ter mos do disposto em r egulamento, na pr imeir a via do documento fiscal r elativo às mer cador ias
entr adas no estabelecimento e aos ser viços a ele pr estados;
...'
No caso pr esente, nenhuma das duas condições assinaladas r estar am satisfeitas. Não houve cobr ança do imposto na etapa anter ior ,
tampouco destaque do mesmo na pr imeir a via do documento fiscal. Daí a inadmissibilidade do cr editamento efetuado.
No que concer ne à questão tr atada no item II.3 da inicial, também não assiste r azão à impugnante. Inexiste base legal par a
compensação do ICMS pago nas oper ações de ar r endamento mer cantil. T ais oper ações não são se quer tr ibutadas pelo ICMS . Enquanto tal
consider ado, o ar r endamento mer cantil está suj eito à exclusiva incidência do IS S , imposto de competência Municipal, de acor do com o
item 79 da Lista de S er viços anexa ao Decr eto-Lei n° 406/68 , alter ado pela Lei Complementar nº 56 , de 15/12/87. S ó haver á
incidência de ICMS (sobr e o custo de aquisição - valor r esidual, nos ter mos do ar t. 15 da Lei n° 6. 099/74 ), se ao tér mino do contr ato,
após o pagamento de todas as pr estações, o ar r endatár io vir a exer cer a opção de compr a do bem. Antes disso, não se cogita de tal
hipótese. Logo, não é dado falar em cr édito sobr e tais oper ações.
Da mesma for ma, não se r evela adequada a inter pr etação for mulada com base nas disposições contidas na Lei nº 6. 099/74 e na
Resolução CMN/BACEN nº 2309. O tr atamento difer enciado, pr evisto em tais nor mas, no que diz com a tr ibutação do Imposto de Renda,
não pr oduz nenhum r eflexo no que se r elaciona ao r egime tr ibutár io do ICMS . Afir mar que cada par cela car acter iza depr eciação, e que
esta, por sua vez, se enquadr a no conceito de insumo, de nenhum significado r esulta par a o tema em debate. Não r esolve entender tais
par celas como insumo se sobr e elas não há incidência do ICMS , condição indispensável par a a ger ação de cr édito fiscal.
Nem mesmo o Convênio nº 4/97, mencionado na impugnação, mostr a-se hábil a legitimar a apr opr iação levada a ter mo pela
impugnante. Isto por que tal Convênio, embor a tr aga disposição expr essa neste sentido (em sua Cláusula segunda), não foi implementado
pelo Estado do Rio Gr ande do S ul. T r ata-se de instr umento com car áter mer amente autor izativo, car ecendo, por isso, par a sua aplicação
de r egulamentação por par te do Estado, medida não adotada até o momento. Assim, enquanto não incor por ada na legislação estadual, não
vale a invocação de tal nor ma par a qualquer efeito.
S eguem esta or ientação Mar ia Lúcia Amér ico dos Reis e José Cassiano Bor ges. Na obr a ICMS ao Alcance de T odos, ao tr atar em da
classificação dos Convênios, assim se manifestam os r efer idos autor es acer ca das car acter ísticas dos Convênios autor izativos (Ed.
For ense, RJ, 1992, p. 39):
Convênios autor izativos: são os que per mitem (e não impõem) às unidades da Feder ação a concessão de deter minados benefícios
fiscais, hipótese em que a concessão do benefício somente se efetivar á caso a unidade da Feder ação inter essada venha a modificar ,
expr essamente, sua legislação, par a intr oduzir o benefício.
Exemplo: Convênio ICMS nº 104 , de 24.10.89 - DOU 26.10.89 'cláusula 1ª: Ficam os Estados e o distr ito Feder al autor izados a
conceder ..." (gr ifou-se).
De outr a par te, a alegação sobr e a aplicação da T R/T RD não guar da qualquer per tinência com o caso em pauta. Independentemente
de sua validade j ur ídica à luz da C onstituiçã o Fe de ra l , cuj a apr eciação se afigur a or a incabível (ar t. 38 , III da Lei nº 6. 537/73 ),
no Auto de Lançamento impugnado não foi feita nenhuma atualização com base em tais índices. Confor me se ver ifica no quadr o
'ES PECIFICAÇÃO DO ICMS LANÇADO E CÁLCULO DA CORREÇÃO MONET ÁRIA', par a cor r eção dos valor es lançados (r efer entes a abr il e maio
de 1999), foi utilizado exclusivamente a UFIR como indexador .
Destar te, demonstr ado a inadmissibilidade dos valor es cr editados (seguido da impossibilidade do exame das demais questões),
descabida se r evela qualquer medida tendente à r etificação do pr ocedimento fiscal, subsistindo integr almente o lançamento.
Isto posto, no uso da competência delegada pelo Dir etor do Depar tamento da Receita Pública Estadual (Por tar ia nº 09 - DOE de
10.04.2000), JULGO PROCEDENT E o Auto de Lançamento nº 0006838871 (fls. 133 a 138 do Pr ocesso 027083-14.00/00.9, anexo), par a o
efeito de manter o cr édito tr ibutár io constituído, o qual dever á ser pago monetar iamente atualizado."
Dada a ciência da Decisão, inconfor mada com o seu teor , a r ecor r ente inter pôs r ecur so voluntár io, onde busca, novamente, que sej a
declar ada a insubsistência do cr édito tr ibutár io, mas pr eliminar mente pede que sej a declar ada nula a Decisão singular .
Fundamentalmente, r epr isa os ar gumentos exter nados na impugnação, acr escentando, pr eliminar mente, alegação do cer ceamento de
defesa por indefer imento do pedido de per ícia e da obr igator iedade da autor idade administr ativa manifestar -se sobr e inconstitucionalidade
de legislação atacada.
A Defensor ia da Fazenda, r epr esentada pelo Dr . Galdino Bollis, manifesta-se pela r ej eição das pr eliminar es e pelo despr ovimento do
r ecur so voluntár io, nos seguintes ter mos:
"Recur so da Decisão que j ulgou pr ocedente auto de lançamento lavr ado em decor r ência do apr oveitamento indevido de cr éditos
fiscais.
O Auto de Lançamento, após r efer ir as inúmer as autuações havidas pelo suj eito passivo, infor ma que o mesmo se apr opr iou, nos
meses de abr il e maio de 1999, de cr éditos Fiscais, monetar iamente cor r igidos, destacados nas notas fiscais de compr a de:
INS UMOS INDIRET OS ;
INS UMOS DIRET OS ;
AQUIS IÇÕES POR LEAS ING;
MAT S . DE CONS UMO;
IMOBILIZADO II;
COMBUS T ÍVEL;
FRET E COMPLEMENT AÇÃO DA BAS E DE CÁLCULO;
T ELEX /LUZ/T ELEFONE.
Inconfor mada com a autuação a r ecor r ente impugnou o Auto de Lançamento, após r equer er a pr odução de pr ova per icial suscitando a
inconstitucionalidade da exigência, a ofensa ao pr incípio do não-confisco. O j ulgador singular , com fundamento na legislação que r ege o
Pr ocedimento T r ibutár io Administr ativo, indefer iu a impugnação expondo os motivos par a tal.
Entendeu a Colenda Pr imeir a Câmar a, vencido o Juiz Abel Henr ique Fer r eir a, devesse ser pr ofer ida nova decisão com pr estígio mais
amplo e qualificado das teses defensivas.
Pr ofer ida nova Decisão agor a j ulgando pr ocedente a autuação.
Ir r esignado com a Decisão, volta novamente a este Egr égio T r ibunal, sustentando a nulidade da Decisão S ingular face a
obr igator iedade do j ulgador administr ativo examinar teses de inconstitucionalidade e por cer ceamento de defesa pelo indefer imento do
pedido de pr odução de pr ova j udicial. No mér ito, sustenta fundamentalmente, o dir eito aos cr éditos Fiscais adj udicados em obediência ao
pr incípio da não-cumulatividade e a inaplicabilidade da multa qualificada.
Inicialmente impende r efutar a pr eliminar ar güida de nulidade da Decisão por não análise da inconstitucionalidade da exigência e pelo
indefer imento de pr ova per icial.
No tocante a obr igator iedade do j ulgador administr ativo se manifestar sobr e inconstitucionalidade este Egr égio T r ibunal fir mou
entendimento editando a S úmula nº 03/91, cuj o teor é consabido.
De outr a par te, não há de se invocar a falta de exame de algo que se pr esume r egular , confor me se ver ificar á no exame do mér ito.
No que r espeita a ar güição de nulidade da Decisão por cer ceamento de defesa, pelo indefer imento de pr odução de pr ova j udicial, de
igual for ma, não mer ece acolhida.
Com efeito, inexiste motivo capaz e suficiente par a que o j ulgador singular tenha dúvidas da necessidade ou não da r ealização de
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Com efeito, inexiste motivo capaz e suficiente par a que o j ulgador singular tenha dúvidas da necessidade ou não da r ealização de
pr ova per icial sob qualquer ângulo que se examine o pedido.
Assim, se matér ia de dir eito, não há que se falar de per ícia.
S e examinado sob o ângulo da matér ia de fato, também não mer ece ser acolhida, nem mesmo se obser vado pela ótica de er r o na
apur ação, eis que valor es for am infor mados pela pr ópr ia r ecor r ente.
No mér ito, não melhor sor te assiste a autuada.
Com efeito, esta Defensor ia, quando da sua manifestação (fl. 17, do Recur so nº 0368/01) assim se manifestava:
Não há como se admitir o cr édito fiscal r elativamente a pr odutos (fls. 90 e 90 ver so) suj eitos a substituição tr ibutár ia - Pneus e
T intas.
De igual for ma, não há de se falar em dir eito ao cr édito Fiscal na compr a de bens do ativo, na modalidade de leasing.
Não assiste r azão à r ecor r ente r elativamente ao cr édito fiscal na compr a de bens de uso e consumo. Matér ia, que inobstante esta
Egr égia Casa j amais tenha admitido, somente r ecentemente o Poder Judiciár io tem se manifestado.
O pr ópr io S upr emo T r ibunal Feder al no EDCL no Recur so Extr aor dinár io nº 195.894-4 assim se manifestou acer ca da matér ia, da lavr a
do Ministr o Car los Velloso:
EMENT A - Constitucional - T r ibutár io - ICMS
Pr incípio da não-cumulatividade(...)
I (...) tr atando-se de obtenção de peças de máquinas, apar elhos, equipamentos industr iais e mater ial de manutenção, não tem
aplicabilidade o pr incípio da não-cumulatividade' (...)
Diár io da Justiça de 26.10.01 - pág. 62.
Or a, se tais cr éditos não são admitidos par a quem se dedica à indústr ia, com menor r azão há de concedê-los a quem explor a a
atividade comer cial.
Por fim, não há que se invocar a inaplicabilidade da multa, por quanto a infr ação se inser e no tipo penal a que foi enquadr ada (ar t. 8 ,
I, 'j ' da Lei nº 6. 537/73 e alter ações).
Isto posto, somos pela r ej eição da pr eliminar e, no mér ito, pelo despr ovimento do apelo."
Voto.
Pr eliminar mente, cumpr e destacar que impr ocede a alegação de cer ceamento do dir eito de defesa por indefer imento de pr odução de
pr ova per icial na pr imeir a instância de j ulgamento. Ao j uízo "a quo" incumbe deter minar , quando necessár ia, a pr odução de per ícia, ou
indefer í- la se pr escindível (ar tigo 32 da Lei nº 6. 537/73 ). S e a autuada, or a r ecor r ente, não apr esentou pr ova com a defesa, par a
demonstr ar er r os ou difer enças na peça fiscal, não é o laudo per icial o meio pr ópr io par a supr ir tal falta. Por outr o lado, não cabe
pr odução de pr ova per icial quando se tr ata de matér ia de dir eito.
Impr ocedente, também, a alegada nulidade da Decisão r ecor r ida pelo fato de o decididor deixar de apr eciar tese de
inconstitucionalidade. Refer ida questão é estr anha a competência da esfer a administr ativa. Ademais, a pr etensão da r ecor r ente encontr a
óbice no § 4º do ar tigo 23 da Lei nº 6. 537/73 , visto não ter havido qualquer pr ej uízo ao dir eito de defesa.
No mér ito, r esta incontr over so que o lançamento ocor r eu em estr ita consonância com a legislação tr ibutár ia aplicável à espécie,
agindo bem o j ulgador singular ao r atificar o pr ocedimento fiscal. Em gr au de r ecur so não for am apr esentados ar gumentos tendentes a
alter ar aquele j ulgamento. Com efeito, a r ecor r ente r epr isa os mesmos apr esentados na peça impugnatór ia, os quais j á for am
suficientemente analisados nos autos.
Consider ando que o j ulgador monocr ático abor dou com a pr ofundidade que o caso r equer todas as questões suscitadas na
impugnação, especialmente, no que se r efer e a pr eliminar levantada naquela instância, a qual foi cor r etamente r ej eitada, é mantida a
Decisão singular pelos seus pr ópr ios fundamentos, os quais são adotados como r azão de decidir .
Nesses ter mos, r ej eito a pr eliminar e, no mér ito, nego pr ovimento ao apelo.
Julgado em sessão de 23.01.2002
Zélia S imaley Per eir a do Pinho
Juíza Relator a

R e t orna r a o Sumá rio

14. Modelos do Ciap

Repr oduzimos a seguir os modelos do Ciap C e D.

CIA P MODELO C

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CIA P MODELO D

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9/4/2014 IOB Online

(Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo X II, item 3.2 e Anexos D-5 e D-6)

Legis lação Refer enciada

A c ó rd ão n º 1 8 4 7 / 9 6

A c ó rd ão n º 6 4 / 2 0 0 2

A c ó rd ão n º 6 9 9 / 0 1

Co n vê n io n º 3 8 / 8 9

Co n vê n io n º 4 / 9 7

Co n vê n io ICMS n º 104

Co n vê n io ICMS n º 38/89

Co n vê n io ICMS n º 4/1997

Co n vê n io ICMS n º 6 6 / 8 8

RIC MS- RS/1997

De c re t o -Le i n ° 406/68

In st ru ç ão No rmat iva DRP n º 45/1998

Le i Co mp le me n t ar n º 56

Le i Co mp le me n t ar n º 87/96

Le i n º 11. 916/2003

Le i n º 6. 099/74

Le i n º 6. 537/1973

Le i n º 8. 820/89

S ú mu la n º 0 3 / 9 1

C onstituiç ã o F e de ra l

C ódigo Tributá rio Na c iona l

la

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