Você está na página 1de 4

1. Conceitue e diferencie os impostos que incidem sobre o patrimônio.

No Brasil existem quatro tipos de impostos que incidem sobre o patrimônio:


ITR, IPTU, IPVA e o IGF. Tanto o IPTU como o ITR incidem sobre as áreas físicas.
O ITR, de competência Federal, é um imposto sobre as propriedades rurais, diferente
do IPTU, que, além de ser de competência municipal, recai para aqueles que estão na
área urbana. O IPVA atinge os proprietários, incluindo empresas de veículos
automotores, e o imposto é dirigido para a unidade da qual o veículo é matriculado,
estado ou distrito. Por fim, o IGF é o tributo sobre o patrimônio do contribuinte, e
incide apenas para os titulares que possuírem bens acima dos 95% dos demais
contribuintes em comparação ao resto da população que possui uma média salarial.
Há alguns estudos ainda para serem implantados e em breve uma melhor definição
dos contribuintes deve ser oficializada.

2. O que o fisco brasileiro entende como renda, quando se refere ao IRPF.

O fisco entende como a renda líquida do período contábil, ou seja, um ano no


Brasil. Em outras palavras podemos explicar que se define a soma de todas as rendas
e demais proventos recebidos pela pessoa física, por isso entende-se como imposto de
renda da pessoa física. Cabe uma observação, que há descontos e deduções que
podem ser solicitadas ao fisco, no caso à Receita Federal, previstos em lei, como
atendimento médico e hospitalar, por exemplo.

3. Como o consumo é tributado no Brasil?

No Brasil a tributação sobre o consumo se realiza de forma cumulativa ou


cascata, nesse caso existem cinco tipos de tributação: o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de
Transporte e Comunicação (ICMS), o Imposto Sobre Serviços (ISS), a contribuição
para o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social (Cofins).
O problema de nosso sistema tributário é que torna dificultoso e oneroso, ou
seja, além de elevados custos para o erário, ainda reflete uma desorganização para
futuros investimentos. Tal complexidade ainda gera exceções, deixando a legislação e
o aspecto judicial confuso, esse argumento justifica as restituições e até alguns
subsídios descritos nas leis fiscais. Um fato que podemos mencionar são que os
gastos para advogados trabalhistas nas indústrias do Brasil são um dos maiores entre
as firmas grandes.

4. Deve o capital ser mais ou menos tributado que outras bases de incidência?

Há duas linhas de discussões sobre as bases de incidência. A primeira com


uma visão de tributação global e a segunda com a cedular. Nesta primeira, a renda
deve seguir um padrão e ser tributada igualmente, afinal, todos usufruem dos mesmos
serviços do Estado. Todavia, a outra linha argumentativa é que cada faixa de
proventos deve ser tributado de alguma forma, pois o Estado deve abraçar todos e
gerir o melhor serviço igualmente, fazendo com que aqueles com menor ganho
salarial tenham mais dinheiro para consumo.
Devemos pensar que existem diferentes realidades no mundo. Acredito que a
resposta caminha para a segunda opção, em que cada faixa deve ser tributada de
forma diferente, dos quais os menos favorecidos pagariam menos imposto ou nada e
os mais afortunados pagariam mais tributos sobre o patrimônio. Isso iria propiciar
para que os mais pobres tivessem condições favoráveis para consumir mais e se
estabelecer financeiramente.

5. Por que tributar as pessoas jurídicas?

O princípio contituiconal para a tributação em pessoas jurídicas é a aquisição


econômica ou jurídica de renda que não se incluem na natureza no conceito de renda.
Todavia, há uma discussão em torno de grandes multinacionais da qual sua marca
tem um valor definido muito maior do que aquilo que ela produz e seu patrimônio.
Por isso, cabe entender uma tributação adequada para que não ocorra um desempenho
econômico maior do qual o estado possa ser corrompido e apenas atingido de forma
errada com interesses que favoreçam as multinacionais.

6. O que são impostos seletivos?


O Imposto Seletivo é um tributo específico para determinados bens e serviços.
Um caso bem conhecido de imposto seletivo é o projeto de emenda constitucional, da
qual trata sobre desestimular o consumo de cigarros, que causa um prejuízo alto para
os cofres públicos devido as doenças causadas e atendimentos realizados no serviço
público.

7. O que são e como se caracterizam os impostos cumulativos em nosso país?

O imposto cumulativo, conhecido como imposto cascata, é a tributação


que incide em duas ou mais etapas da circulação de mercadorias. Como o processo de
produção industrial por vezes passa por uma cadeia de fatores e faz com que alguns
impostos incidam sobre uma ou mais etapas, nisso é denominado cascata. Como já
mencionado, isso faz com que ocorra a justificativa para existência de subsídios.

8. O que significa "tributação mundial de renda"?


Trata-se de uma discussão sobre um tipo de tributação em empresas
multinacionais cujas unidades situam-se em diversas jurisdições. A justificativa se
baseia em dois fundamentos: territorialidade e universalidade. Isso seria realizado
para que não ocorra subterfúgios e que as empresas fujam para países que não haja
tributação e torne o sistema de concorrência mais imperfeito, já que isso usualmente
é mantido pela racionalidade dos agentes. Dessa forma, políticas fiscais orientam a
conexão desses critérios para definir o poder estatal e ajudar o desenvolvimento do
sistema econômico.

9. Por que o patrimônio é tributado? Qual a argumentação para isso?


Há dois motivos principais que explicam a tributação sobre o patrimônio: a
realização da fiscalização e também porque ajuda no desenvolvimento de políticas
púbicas. Para a fiscalização, se torna relevante pois define o nível de renda e
patrimônio do contribuinte. Cabe também mencionar que o ônus político para a
aprovação de tributos desse detalhamento é baixo.

10. Quais são os aspectos teóricos e práticos do IRPF.


No Brasil há três princípios que regem o imposto de renda sobre pessoa física:
a generalidade, a universalidade e a progressividade. Outro aspecto teórico é que o
fato gerador do imposto sobre a renda é a disponibilidade econômica ou jurídica, que
independe da denominação do rendimento. Esses princípios fazem com que ocorra
uma justiça com o fisco no recolhimento dos tributos que envolvem a receita total do
governo.
No Brasil, no regime CLT principalmente, o valor do IRPF é descontado
diretamente dos salários dos contribuintes e aplicado em alíquotas, de acordo com a
faixa salarial. Outra regra prática é que, para que exista uma cobrança justa perante
esse imposto aplicado, quem está muito próximo de alguma faixa pagaria apenas a
diferença entre o que se recebe e a base de cálculo na faixa anterior ao salário.

Você também pode gostar