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COMO RECUPERAR CRÉDITOS DA COFINS E DO PIS NOS

SUPERMERCADOS

Roberto Rodrigues de Morais


Elaborado em 10/2012

SUMÁRIO

I – INTRODUÇÃO

II – O PESO DO SISTEMA CUMULATIVO

III - A CRIAÇÃO DO SISTEMA NÃO-CUMULATIVO

IV - COMO AVERIGUAR FALHAS NA APURAÇÃO DO SISTEMA NOS


SUPERMERCADOS

V – AS DIFERENTES CORRENTES DOUTRINÁRIAS

VI – AS RECENTES DECISÕES JUDICIAIS

VII - COMO APURAR OS CRÉDITOS NO SETOR SUPERMERCADISTA

VIII – CONCLUSÃO

RESUMO:

Na mesma linha “me engana que eu gosto”, sistematicamente


utilizada pelos Governantes deste País, disseram que, com a intenção
de desonerar as exportações as Contribuições ao PIS e à COFINS
foram remodeladas por Leis aprovadas em 2002 (Governo FHC) e
2003 (Governo LULA), criando o sistema não cumulativo, com
promessa de que não aumentaria a carga tributária embutidas
naquelas contribuições. Enganaram aos contribuintes e aos
operadores do sistema (contabilistas, administradores, empresários e
advogados), pois aumentaram a carga tributária ao optaram por um
sistema novo – sem, contudo, criar escrituração fiscal específica - o
Método Indireto Subtrativo, ao contrário do sistema crédito contra
débito já do conhecimento de todos que operavam o sistema ICMS e
IPI, com escrituração fiscal distinta. Nas leis de nºs. 10.637/2002 e
10.833/2003 têm a figura do Método Indireto Subtrativo (que
determina o valor devido por meio da diferença entre a alíquota
aplicada sobre as vendas (r) e a alíquota aplicada sobre as compras
(c), isto é, T = (a x r) – (a x c), como forma de garantir a
neutralidade da incidência da COFINS e do PIS sobre todos os
agentes da cadeia comercial. Sem escrituração fiscal e com mais de
5.000 páginas para estudar os setores fiscais das empresas e dos
escritórios de contabilidade não conseguiram operar o sistema
corretamente, ora deixando de creditar o permitido, ora debitando
indevidamente, gerando distorções que precisam ser corrigidas,
principalmente no setor supermercadista, objeto deste texto.

I - INTRODUÇÃO

Existe nos Governantes que assumiram o Poder em Brasília após


01/01/2003 o DNA de desrespeito aos Princípios Constitucionais, uma
vez que o principal partido que comanda a nação obrigou seus
deputados, na época, a NÃO ASSSINAR a CF/1988. Portanto, pelos
desrespeitos aos princípios Constituições Tributários contidos na
Carta Magna em vigor, as contribuições à COFINS e ao PIS são como
“uma pedrinha no sapato” para os profissionais obrigados a cumprir a
farta, desorganizada, desrespeitosa e confusa legislação que, ao
longo dos anos, rege a matéria que sempre primou pela eficácia no
aumento da arrecadação, mas falhou no retorno prometido aos
cidadãos contribuintes.

O PIS – criado no regime da Ditadura Militar com a finalidade de ser o


14º salário para a classe trabalhadora – veio por Lei Complementar
(1) justamente na comemoração do 7 de setembro daquele ano –
porém, não conseguindo seus objetivos tanto pelos transtornos
jurídicos causados por suas alterações via Decreto-lei
(desrespeitando a constituição, gerando grande número de ações
judiciais, com vitória dos contribuintes e as respectivas
restituições/compensações) como também pela inflação mensal de
dois dígitos que engoliu o fundo original, principalmente pelos
expurgos inflacionários criados pelos “brilhantes” ex-ministros da
fazenda, ao longo do século passado.

A COFINS também não foi diferente. Criada como Finsocial pelo


Governo Militar, via Decreto-lei (2) e com a finalidade de socorrer,
emergencialmente, a população desabrigada pelas enchentes no
Sul/Sudeste e pela Seca no Nordeste. Ao ver que o sistema era bom
para a arrecadação tributária, foi alterado (3) para
contribuição “destinada a custear investimentos de caráter
assistencial em alimentação, habitação popular, saúde, educação,
justiça e amparo ao pequeno agricultor.” (3), teve sua alíquota inicial
de 0,5% alterada para 1%, 1.2% e finalmente para 2%, de forma
desrespeitosa aos princípios constitucionais, também sendo objeto de
várias ações judiciais, culminado com a Decisão (6x5) do STF, em
19/12/1991, no sentido de serem inconstitucionais os aumentos das
alíquotas.

Em prazo recorde (final de 1991) o Congresso Nacional (quando é do


interesse do Governo vota rápido) aprovou via Lei Complementar a
criação da COFINS, com a alíquota de 2% sobre o faturamento das
empresas, em substituição ao FINSOCIAL (4), “destinadas
exclusivamente às despesas com atividades-fins das áreas de saúde,
previdência e assistência social”.

Boa para arrecadar e não tendo que dividi-la com os Estados e


Municípios (como o IPI, por exemplo), teve sua alíquota aumentada
em 50% em 1998, passando para 3% da receita bruta (5). Mais uma
enxurrada de ações judiciais contra o alargamento da base de
cálculo, e o STF as julgou favoravelmente aos contribuintes.

Retorno para os contribuintes:

a) Nos últimos 7 anos foram fechados 42 mil vagas (leitos) no SUS


– ferindo o direito Constitucional à saúde, garantido pela CF/1988.

b) No Brasil, para cada 1 policial existente há 5 seguranças


particulares – mostrando falha do Governo em garantir a
segurança dos cidadãos.

c) O País é o segundo maior consumidor de Drogas do mundo e o


primeiro no consumo do CRAK.

Se em 1989 20% do PIB eram para tributos, em 2012 mais de 36%


do PIB vão para os cofres públicos. Basta conferir como era a saúde,
educação e segurança em 1989 e como está em 2012 para constatar
que NÃO FALTAM recursos públicos para prestação de serviços à
sociedade cuja garantia está na CF/1988; Falta seriedade dos
governantes e capacidade de gestão para dar o retorno equivalente
ao que se tributa no País.

Arrecadação Tributária de primeiro mundo e prestação de serviços


aos contribuintes, de terceiro.

II – O PESO DO SISTEMA CUMULATIVO

Com o passar dos anos o Governo concluiu que o sistema onerava as


exportações (não se exporta tributos) uma vez que a COFINS e o PIS
eram cumulativos.

Veja-se como o regime cumulativo pesava na cadeia produtiva, uma


vez que o aumento da alíquota vinha causado dano à economia. Dos
0,5 % iniciais até aos 3%, tentaremos demonstrar como o
contribuinte veio pagando a conta. Numa análise sobre a fabricação
de veículo, por exemplo, como ficava a COFINS para o consumidor?
Vamos supor que, se tivéssemos R$1.000,00 em minério de ferro
contido num veículo, no momento da compra pelo consumidor qual o
peso tributário da COFINS?

a) R$1.000,00 - MINÉRIO DE FERRO...COFINS de 3%... R$30,00

Compra-se o minério para fabricar o ferro gusa:

b) R$1.030,00 - FERRO GUSA... mais 3% ....R$60,90

Ferro gusa é um dos insumos para o aço:

c) R$1.060,90 AÇO ...mais 3%... R$92,72

Aço como matéria prima para peças do veículo:

d) R$1.092,72 - PEÇAS VEÍCULOS ... mais 3¨%... R$125,51

Peça vai para a montadora de veículos:

e) R$1.125,51 - MONTADORA DO VEÍCULO ... mais 3%... R$159,27

Veículo vai para revendedora:

f) R$1.159,27 - CONCESSIONÁRIA VENDE VEÍCULO...R$194,05

Podemos concluir que dos R$1.000,00 iniciais de minério de ferro


contido no processo produtivo, quando aquele chega ao consumidor,
em forma de veículo, a alíquota atingia um percentual de19,40%.

Cada "pedaço" do veículo, entretanto, tem alíquota de COFINS


diferente, dependendo de qual fase produtiva foi inserido. Deve
considerar que a cadeia produtiva difere por setor, nem sempre
chega a 6 etapas aqui exemplificadas. Por isso que o brasileiro que
sonhar comprar um Corola, por exemplo, tem que trabalhar para
ganhar R$100.000,00. Pagar 27,5% de Imposto de Renda na Fonte
(não considerando INSS, etc...) sobrariam R$72.500,00 para comprar
o veículo, modelo mais simples. Nos Estados Unidos da América o
mesmo veículo pode ser adquirido por cerca de 12.000 dólares. Em
reportagem recente alguns economistas nos chamaram de “otários”
por pagar tanto pelos veículos fabricados no País, em relação ao
preço pago pelos americanos pelos mesmos produtos lá no EUA.

É que no Brasil pode-se listar até 87 tributos e contribuições, muitos


deles incidindo um sobre o outro.Essa aberração demonstrada na
exemplificação acima foi que inspirou a COFINS não cumulativa.

III – A CRIAÇÃO DO SISTEMA NÃO-CUMULATIVO


Com a promessa de que NÃO HAVERIA AUMENTO NA TRIBUTAÇÃO e
visando desonerar as exportações foi criado então o regime de
incidência não-cumulativa (6), com vigência a partir de fevereiro de
2004. Ao longo da década de funcionamento ficou provado o aumento
real da tributação pelo novo sistema.

Antes, porém, fizeram a alteração do PIS para o regime não-


cumulativo (7) como “balão de ensaio” para ver como funcionaria.

Como conseqüência temos a regulamentação da COFINS e do PIS


com 1.246 pgs; Mais de 4.720 soluções de consultas catalogadas;
Como algumas são conflitantes ainda existem as SOLUÇÕES DE
DIVERGÊNCIA.... além das incontáveis decisões do CARF e do
Judiciário sobre o tema, que se tornou campeão de demandas
judiciais em nosso tão congestionado Judiciário Federal. Quem
trabalha com o sistema deve ter em mãos mais de 5.000 páginas
para consultar a cada momento. Simplesmente inacreditável! Beira a
loucura.

Como afirmamos em artigo anterior, o gênesis da problemática da


COFINS e do PIS não-cumulativo está no método diferente de
apuração adotado pelo legislador. Enquanto no IPI e ICMS aplica-se o
método “imposto contra imposto”, nas contribuições PIS/COFINS
não-cumulativos aplica-se o método “base contra base”, que “não
prevêem a concessão de crédito de tributo, por força das operações
anteriores, mas a DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO E VALORES
REFERENTES ÀS OPERAÇÕES ANTERIORES” (8). Conforme as
palavras de Paulo Henrique Teixeira, em sua obra on-line CRÉDITOS
DO PIS E COFINS, in Portal Tributário Editora, pg. 11.

Na exposição de motivos da MP 135 – que introduziu o novo sistema


- em seu item 7, temos o seguinte esclarecimento: “Por se adotado,
em relação a não-cumulatividade, o método indireto subtrativo, o
texto estabelece as situações em que o contribuinte poderá
descontar, do valor da contribuição devida, créditos apurados em
relação aos bens e serviços adquiridos, custos, despesas e encargos
menciona.”

Nas leis de nºs. 10.637/2002 e 10.833/2003 optaram-se pelo Método


Indireto Subtrativo (que determina o valor devido por meio da
diferença entre a alíquota aplicada sobre as vendas (r) e a alíquota
aplicada sobre as compras (c), isto é, T = (a x r) – (a x c) , como
forma de garantir a neutralidade da incidência da COFINS e do PIS
sobre todos os agentes da cadeia comercial, cf. op. Citada de Paulo
Henrique Teixeira, pg. 9.

Durante quase uma década de gestão fiscal da COFINS e do PIS não-


cumulativos nas empresas o que se viu foi um esforço de Hércules
dos responsáveis pela apuração mensal dos contribuintes (tanto
diretamente pelas empresas quanto pelos Escritórios de
Contabilidade) para tentar cumprir as obrigações que lhes foram
impostas pela colcha de retalhos que se tornou a legislação tributária
nacional, tendo que digitalizar DCTF, DACON, sem, contudo se valer
de uma escrituração fiscal básica como fonte segura para o preparo
daquelas obrigações acessórias a serem enviadas de forma virtual à
RFB. A criação da EFD-PIS/COFINS veio com uma década de atraso.

IV – COMO AVERIGUAR FALHAS NA APURAÇÃO DO SISTEMA NOS


SUPERMERCADOS

Por ter criado um sistema “novo” e complexo para os operadores do


sistema, tanto nos escritórios de contabilidades, nos setores fiscais
das empresas e até na RFB, sem, contudo criar tanto para o PIS
(2003) como para a COFINS (2004) livros próprios para se escriturar
os créditos e os débitos, culminando com a apuração, certamente que
erros e/ou falhas na apuração aconteceram ao longo dos anos de
vigência do atual sistema.

Isto tudo nos leva a asseverar que, sem ler, entender, compreender e
filtrar mais de 5.000 páginas os operadores do sistema PIS/COFINS
(contabilistas, advogados, administradores, chefe dos setores fiscais,
e os próprios técnicos da RFB e sua PGFN) não consegue estar
seguros de que estão aplicando corretamente a legislação tributária
concernente à espécie.

Data vênia, o sistema COFINS/PIS se tornou uma loucura e a


simplificação, prometida para meados de 2013, vem com uma década
atraso.

Abaixo listamos algumas hipóteses, extraídos do belo trabalhado


elaborado por um dos mais ilustres conhecedores do assunto (9), em
forma de curso apostilado, que fornece dicas de ONDE poderão ter
ocorrido problemas na apuração da COFINS e do PIS ao longo dos
anos, que podem ser reparados mediante um minucioso
levantamento na escrita das indústrias nos últimos 5 anos:

a) Sistemática de não-cumulativadade do PIS e COFINS –


método subtrativo indireto: totalmente diferente da sistemática de
não-cumulatividade do ICMS e IPI e seus reflexos com relação aos
créditos

b) Interpretação e aplicação da norma de não-cumulatividade do


PIS e COFINS
c) Aproveitamento de Créditos relativos a insumos (queijos,
farinhas, mão-de-obra, limpeza,etc.) utilizados na fabricação de
pães, rotisseria; bolos, salgados e outros

d) Créditos relativos a insumos ligados ao açougue

e) Como minimizar o aumento do custo do PIS e COFINS em


função das Leis 12.059/2009 e 12.350/2010 – relativo a
comercialização de carnes de aves, suínos e bovinos (crédito
presumido) através do Planejamento Tributário

f) Aproveitamento de Créditos provenientes a sacolas, vasilhames,


fretes, combustível e peças utilizados no serviço de entrega de
mercadorias

g) Aproveitamento de Créditos relacionados aos Centros de


Distribuições e Logística

h) Créditos relacionados ao fornecimento de refeições e restaurante


(alimentos in natura, hortifruti, etc.)

i) Como averiguar/conferir se mercadorias à alíquota zero não estão


sendo tributadas indevidamente, já que mais de 50% (quantitativa e
não valorativa) dos produtos comercializados em Super/Hiper têm
alíquota zero

j) Aplicação extensiva na interpretação de produtos tributados à


alíquota zero

l) Principais produtos à alíquota zero comercializados em


Supermercados e Hipermercados

m) Influência da Contabilidade de Custos, quando segregadas


atividades, para o aproveitamento de créditos tributários

n) Créditos admitidos na compra de insumos isentos e sem


pagamento do PIS e COFINS

o) Créditos admitidos na compra de insumos destinados a vendas


isentas, com suspensão, não incidência e não tributados

p) Créditos na revenda de mercadorias de incidência monofásica ou


substituição tributária

q) Créditos de optantes do simples nacional

Evidentemente que cada empresa do setor supermercadista, com


suas atividades específicas tem suas peculiaridades funcionais que
podem aumentar ou diminuir os tópicos citados em “a” a “q” retro,
seja por estarem enquadradas no sistema Lucro Presumido ou
obrigadas à apuração do IRPJ pelo sistema LUCRO REAL, que
certamente mudará a dinâmica de como verificar a situação atual e
pretérita de todos os CNPJ’s em relação à apuração mensal da
COFINS e do PIS.

V – AS DIFERENTES CORRENTES DOUTRINÁRIAS

Toda matéria tributária é objeto de formação de correntes de


pensamentos diferentes. De um lado o Fisco (RFB FGFN), na ânsia de
aumentar constantemente a arrecadação e se orgulhar de quebra de
recordes a cada ano, se apega aos MANUAIS tais como Portarias ou
Instruções Normativas Regulamentadoras. Qualquer alteração na
Legislação ou em Jurisprudência definitiva, como Súmula Vinculante
do STF, somente são aplicadas quando inseridas nos respectivos
Manuais: São como a Bíblia da Tributação para os Técnicos e
Auditores Fiscais assim como para os membros da PGFN.

Fabio Rodrigues de Oliveira, possuidor de


amplo curriculum acadêmico tanto no Direito como na Contabilidade,
além de vasta experiência nos cargos desempenhados ao longo da
belíssima carreira, inclusive na SYSTAX inteligência fiscal, em seu
artigoPIS e COFINS. Há créditos sobre insumos na atividade
comercial? (12) nos apresenta duas correntes de pensamento em
relação a não-cumulatividade da COFINS e do PIS, Acreditamos que
incluindo seu pensamento expressado no texto, publicado em várias
mídias eletrônicas, dará ao leitor deste texto uma idéia de quão
conflitante é o sistema não cumulativo vigente há uma
década, verbis:

“Corrente constitucionalista

Para os juristas da corrente constitucionalista, a não cumulatividade é


um princípio constitucional, o qual deve ser observado pelos tributos
que adotem essa sistemática. Para esses juristas, o legislador não é
livre para relacionar quais são os créditos admitidos ou não. Com
isso, a relação de créditos prevista no artigo 3º das Leis nºs
10.637/2002 e 10.833/2003 seria meramente EXEMPLIFICATIVA (ou,
ainda, inconstitucional!).

Faz parte deste grupo, por exemplo, José Eduardo Soares de Melo
(2009, p. 273), para o qual "a estrutura de um regime não
cumulativo pressupõe - de modo lógico, natural, e jurídico - a adoção
de critérios consistentes em determinadas posturas que objetivem
evitar a cumulação das cargas tributárias, e mecanismos hábeis e
eficazes para a sua plena operacionalidade". Esta posição também é
adotada por Fátima Fernandes Rodrigues de Souza (2004) e Sacha
Calmon Navarro Coêlho (2009).

Seguindo esta linha de interpretação, e tendo em vista que as


contribuições incidem sobre as receitas, todos os custos e despesas
necessários à geração de receitas deveriam permitir a apropriação de
créditos. Despesas com propaganda ou comissões de venda, por
exemplo, estariam enquadrados nesta categoria e permitiriam o
aproveitamento de créditos.

Veja que para esta corrente não se discute o que é ou não insumos.
Isso pouco importa. O critério identificador do que permite a
apropriação de crédito é saber se o custo ou a despesa são
necessários para a geração da receita.

Destaca-se, todavia, que despesas com mão de obra, ainda que


imprescindíveis à geração da receita, continuariam de fora, uma vez
que pagamentos a pessoa física, pelas regras gerais da não
cumulatividade das contribuições, impedem o aproveitamento de
créditos.

Corrente legalista

Do lado oposto aos autores que vêem a não cumulatividade como um


princípio que não comporta restrições, há aqueles que encaram a não
cumulatividade das contribuições sociais como simples favores fiscais.
Partindo dessa premissa, o legislador estaria livre para relacionar os
créditos que podem ser apropriados. Neste sentido, Carlos César
Sousa Cintra (2009), para o qual, tendo em vista que a Constituição
não traz um detalhamento acerca de como se deve operacionalizar a
não cumulatividade, não haveria, a princípio, vício algum no modo
escolhido pelo legislador para operacionalizá-la.

Para esta corrente, a qual é seguida pela administração tributária, a


relação de créditos prevista no artigo 3º das Leis nºs
10.637/2002 e 10.833/2003 é TAXATIVA. Com isso, para
aproveitamento de créditos, não basta que o custo ou a despesa
sejam necessários à geração da receita, é preciso que eles estejam
previstos na legislação.

Acompanhando esse raciocínio, da leitura do artigo 3º das referidas


Leis é possível concluir que na atividade comercial será possível,
basicamente, o aproveitamento de créditos em relação a:

a) bens adquiridos para revenda (inciso I);

b) energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor


(inciso III);
c) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos (inciso IV);

d) valor das contraprestações de operações de arrendamento


mercantil (inciso V);

e) depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em


imóveis próprios ou de terceiros (inciso VII);

f) bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha


integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada na
forma não cumulativa (inciso VIII);

g) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda,


quando o ônus for suportado pelo vendedor (inciso IX).

Destaca-se que tais créditos não estão restritos à atividade industrial


ou à prestação de serviços, ao contrário do que ocorre com a
depreciação de "máquinas, equipamentos e outros bens incorporados
ao ativo imobilizado", que geram créditos apenas quando "adquiridos
ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção
de bens destinados à venda ou na prestação de serviços" (inciso VI).

A cada inciso a ser analisado, portanto, é necessário verificar a sua


extensão, ou seja, se ele abrange todas as atividades da empresa ou
se é limitado à produção de bens ou serviços. As limitações gerais
contidas na legislação, como pagamentos a pessoas físicas, também
devem ser observadas por esta corrente.”

Logicamente que o FISCO e as AUDITORIAS se alinham com a


corrente LEGALISTA enquanto os operadores do direito que, por
formação, prima pelo zelo em manter o Estado Democrático de
Direito (Democracia) comungam do pensamento Constitucionalista.
Diante das aberrações cometidas pelos elaborares das Normas
Tributárias – imbuídas apenas no interesse de arrecadar cada vez
mais e mais – a reação destes últimos é o recurso ao único poder que
ainda oferta esperança que vivenciaremos um Estado de Direito, ou
seja, o Poder Judiciário. Conseqüentemente foram exaradas várias
decisões favoráveis aos contribuintes.

VI – AS RECENTES DECISÕES JUDICIAIS

Para acirrar ainda mais as relações fisco/contribuintes, envolvendo a


COFINS e o PÍS, algumas decisões recentes do judiciário certamente
aumentarão o número de demandas na Justiça Federal, tanto pela
busca de créditos como para correção de débitos indevidamente
lançados pela RFB.
Importante decisão do TRF da 4ª Região irá REVOLUCIONAR o tema a
partir de agora, ao afirma que “O rol de despesas que podem ser
consideradas insumos, e creditadas de PIS e COFINS, descrito na
legislação que trata do tema, é indicativa, e não exaustiva. Dessa
forma, as vedações à compensação desses tributos ficam restritas
àquelas expressamente previstas nas Leis 10.637/02 e 10.833/03.
Com essa interpretação, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da
4ª Região considerou insumos benefícios dados a funcionários por
uma empresa prestadora de serviços de limpeza” (). Para melhor
entendimento do leitor, inserimos a EMENTA do julgado:

“APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000007-25.2010.404.7200/SC

RELATOR : Juiz Federal Leandro Paulsen


APELANTE : BACK SERVICOS ESPECIALIZADOS LTDA/
ADVOGADO : Luiz Fernando Bidarte da Silva
APELADO : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

EMENTA: TRIBUTÁRIO. PIS. COFINS. REGIME NÃO CUMULATIVO.


DISTINÇÃO. CONTEÚDO. LEIS Nº 10.637/2002 E 10.833/2003, ART.
3º, INCISO II. LISTA EXEMPLIFICATIVA.

1. A técnica empregada para concretizar a não cumulatividade de PIS


e COFINS se dá por meio da apuração de uma série de créditos pelo
próprio contribuinte, para dedução do valor a ser recolhido a título de
PIS e de COFINS.

2. A coerência de um sistema de não cumulatividade de tributo direto


sobre a receita exige que se considere o universo de receitas e o
universo de despesas necessárias para obtê-las, considerados
à luz da finalidade de evitar sobreposição das contribuições e,
portanto, de eventuais ônus que a tal título já tenham sido
suportados pelas empresas com quem se contratou.

3. Tratando-se de tributo direto que incide sobre a totalidade das


receitas auferidas pela empresa, digam ou não respeito à atividade
que constitui seu objeto social, os créditos devem ser apurados
relativamente a todas as despesas realizadas junto a pessoas
jurídicas sujeitas à contribuição, necessárias à obtenção da receita.

4. O crédito, em matéria de PIS e COFINS, não é um crédito


meramente físico, que pressuponha, como no IPI, a integração do
insumo ao produto final ou seu uso ou exaurimento no processo
produtivo.
5. O rol de despesas que enseja creditamento, nos termos do
art. 3º das Leis 10.637/02 e 10.833/03, possui caráter
meramente exemplicativo. Restritivas são as vedações
expressamente estabelecidas por lei.

6. O art. 111 do CTN não se aplica no caso, porquanto não se trata


de suspensão ou exclusão do crédito tributário, outorga de isenção ou
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,
decide a Egrégia 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
por unanimidade, dar provimento à apelação, nos termos do
relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte
integrante do presente julgado. Porto Alegre, 26 de junho de
2012”. (negrito, nosso).

Em seu voto o Ilustre Relator, autor de vários livros sobre a área


tributária, afirmou que
“a não-cumulatividade constitui uma técnica de tributação que visa a
impedir que as incidências sucessivas nas diversas operações da
cadeia econômica de um produto impliquem um ônus tributário muito
elevado, decorrente da múltipla tributação da mesma base
econômica, ora como insumo, ora como integrante de outro insumo
ou de um produto final. Em outras palavras, consiste em fazer com
que a exação não onere, em cascata, o fluxo negocial.

Acerca do tema, relevante a advertência feita por JOSÉ EDUARDO


SOARES DE MELO:
"Constituindo-se num sistema operacional destinado a minimizar o
impacto do tributo sobre o preço dos bens e serviços, a sua
eliminação os tornariam artificialmente mais onerosos. Caso fosse
eliminada, a cumulatividade geraria um custo artificial indesejável ao
preço dos produtos comercializados. Esses preços estariam
desvinculados da realidade, da produção e da comercialização. Isto
oneraria o custo de vida da população e encareceria o processo
produtivo e comercial reduzindo os investimentos empresariais, em
face do aumento de custos ocasionados por esse artificialismo
tributário oriundo da cumulatividade." (MELO, José Eduardo Soares. A
importação no Direito Tributário. São Paulo, RT, 2003, p. 97) (9).

Como o Acórdão in comento envolve empresa do setor de serviços,


que são os contribuintes mais penalizados pelo sistema implantado
no início da década passada, certamente recorrerão ao Poder
Judiciário para verem prevalecer seus direitos e se livrarem da injusta
carga tributária que lhe fora imposta pela não-cumulatividade,
principalmente o setor de serviços de limpeza e conservação como
também o de trabalho temporário. Estão obrigados ao regime da não-
cumulatividade, mesmo com o conhecimento da RFB de que são os
setores mais onerados pelo sistema.

Outra decisão judicial noticiada, esta da 1ª Seção do STJ, vem


demonstrar que o Judiciário tem atendido aos anseios dos
contribuintes, conforme notícia divulgada recentemente (11), verbis:

“Aproveitamento de créditos
O Superior Tribunal de Justiça reconheceu o direito das
concessionárias de veículos de descontarem os créditos de Programa
de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS) decorrentes de gastos com fretes dos
veículos adquiridos junto ao fabricante para revenda. A decisão da 1ª
Seção deve abrir precedentes para diversas empresas, especialmente
as revendedoras, e dar mais força para a discussão sobre o
aproveitamento dos créditos, reiteradamente restrito pela Receita
Federal. As informações são do jornal DCI,” (11).

Veja-se a ementa do julgado retro:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.215.773 - RS (2010⁄0189012-1)

RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES


R.P⁄ACÓRDÃO : MINISTRO CESAR ASFOR ROCHA
RECORRENTE : SAN MARINO VEÍCULOS LTDA
ADVOGADO : CÉSAR LOEFFLER
RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL
PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

EMENTA

RECURSO ESPECIAL. VALOR DO PIS⁄COFINS. AQUISIÇÃO DE


VEÍCULOS PELA CONCESSIONÁRIA PARA REVENDA. DESCONTOS DE
CRÉDITOS CALCULADOS EM RELAÇÃO A FRETE NA OPERAÇÃO DE
VENDA. EXEGESE DOS ARTIGOS 2º, 3º, INCISOS I E IX, E 15,
INCISO II, DA LEI N. 10.833⁄2003.

– Na apuração do valor do PIS⁄COFINS, permite-se o desconto de


créditos calculados em relação ao frete também quando o veículo é
adquirido da fábrica e transportado para a concessionária –
adquirente – com o propósito de ser posteriormente revendido.

Recurso especial parcialmente provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima


indicadas, acordam os Ministros da Primeira Seção do Superior
Tribunal de Justiça, por maioria, vencido o Sr. Ministro Relator, dar
parcial provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr.
Ministro Cesar Asfor Rocha, que lavrará o acórdão. Votaram com o
Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki,
Arnaldo Esteves Lima, Humberto Martins, Herman Benjamin,
Napoleão Nunes Maia Filho e Mauro Campbell Marques.

Não participou do julgamento o Sr. Ministro Francisco Falcão.

Brasília, 22 de agosto de 2012(data do julgamento) (12)

Vale asseverar que, apesar do crescimento da arrecadação da


COFINS e do PIS, ainda continuam os problemas para os quais elas
foram criadas para solucioná-los: Seca no Nordeste; Enchentes no
Sudeste e Sul e o 14º salário ainda não é realidade para todos os
trabalhadores.

VII – COMO APURAR OS CRÉDITOS NO SETOR SUPERMERCADISTA

Conforme citado no item IV acima (9) alguns procedimentos são


necessários à verificação da existência de créditos da COFINS e do
PÍS não apropriado no tempo devido, decorrente da vasta e
complicada legislação, decisões em processos de consultas, decisões
do CARF e do Judiciário.

Segundo o Auditor e Advogado PAULO HENRIQUE TEIXEIRA, um dos


maiores especialistas no tema COFINS/PIS, em seu curso sobre o
tema, “atualmente mais da metade dos produtos vendidos pelos
Supermercados/Hipermercados (quantitativo) são tributados à
alíquota zero. No entanto, por ausência verificações e controles
internos adequados esses produtos vêm sendo tributados
indevidamente.

Os Supermercados/Hipermercados vêm organizando seu sistema


tributário de forma arcaica baseado apenas na revenda de
mercadorias não aproveitando créditos tributários e não na visão
sistêmica de que são industrializadores, produtores,
comercializadores e prestadores de serviços, exercendo várias
atividades distintas, que na sinalogia tributária representa a
potencialização de aproveitamento de créditos, desde que haja uma
mudança cultural tributária/contábil.” (13);

Vejamos alguns procedimentos práticos que poderão ser aplicados


pelos operadores do direito e gestores tributários, nos empresas do
setor supermercadista:

1) Recuperação e Compensação dos Créditos dos últimos 05 anos


sem utilizar a PER/DComp diretamente viam DACON;

2) Aproveitamento dos últimos 05 anos de créditos dos custos com


veículos de frota própria relacionados à compra e entrega de
mercadorias: combustível e peças utilizados no serviço de entrega
de mercadorias;

3) Aproveitamento de Créditos relacionados aos Centros de


Distribuições e Logística dos últimos 05 anos;

4) Créditos de optantes do Simples Nacional;

5) Procedimentos para recuperação através da DACON, sem utilizar


a PER/DCOMP;

6) Com isso, mediante os créditos legítimos do último quinquênio


visando minimizar o aumento do custo do PIS e COFINS;

7) Organizar o presente e recuperar o passado.

No transcorrer dos trabalhos de apuração e dado cada caso concreto


(empresas com débitos parcelados, oriundos de levantamentos fiscais
ou declarados indevidamente), assim como empresas que estão com
as obrigações em dia com o fisco federal e constata créditos não
aproveitados, portanto, cada caso concreto exigirá dos profissionais
que estiverem operando as verificações aconselharem aos
empresários do ramos industriais quais as medidas concretas e
imediatas que lhes trarão melhores resultados.

VIII – CONCLUSÃO

Concluindo, a inércia do empresário em revisar seu sistema de


apuração da COFINS e do PIS certamente vem lhe acarretando
prejuízos, não somente pela prescrição a cada mês inerte, mas a
perda do poder de compra da moeda, embora pequena, ainda está
sendo corroída pela inflação. É difícil operar um sistema composto de
mais de 5 mil páginas entre regulamentação, resposta de consultas,
orientações e jurisprudência.
Diante da ameaça da RFB de aplicar pesadas multas sobre uso
indevido no creditamento via PER/DCOMP sugerimos aos
contribuintes que procurem, na dúvida, assessoria especializada e
terceirizada para uma revisão geral em sua escrita contábil e fiscal,
visando acertar o foco das contribuições realmente devidas ao
COFINS e ao PIS.

Entretanto, feita a revisão no sistema de apuração COFINS/PIS, se


encontrar débitos, usa-se a denúncia espontânea como forma menos
onerosa de regularizar a situação e se apurar créditos, existem várias
hipóteses de serem transformados em melhora do fluxo de caixa
imediatamente. É preciso fazer prevalecer os direitos dos
Contribuintes!

Interromper o círculo vicioso de tributar para mais a COFINS e o PIS


juntamente com a recuperação do que foi pago indevidamente e a
maior nos últimos 5 anos, com compensação imediata certamente vai
melhorar a competitividade da indústria nacional face ao mercado
global. É preciso agir imediatamente.

BIBLIOGRAFIA:

A) DIVERSOS AUTORES, PIS e COFINS à luz da jurisprudência do CARF - Conselho


Administrativo de Recursos Fiscais, SP, APET, 2012-10-02

B) HARADA, Kioshi, Código Tributário Nacional Anotado, 6ª ED., iglu, 2003.

C) MACHADO, Hugo de Brito, Curso de Direito Tributário, 23ª Ed., SP, Malheiros Editora,
2003.

D) PAULSEN, Leandro, Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à Luz da


Doutrina e Jurisprudência, 6ª ED., Porto Alegre, Livraria do Advogado, ESMAFE, 2004

E) PEIXOTO, MARCELO MAGALHÃES e BERGAMINI, ADOLFO, PIS e COFINS na


Teoria e na Prática, 3ª Edição, SP, APET, 2012;

F) TEIXEIRA, Paulo Henrique, Créditos do PIS e COFINS, on-line, Portal Tributário, 2012.

G) TEXEITA, Paulo Henrique, Planejamento Tributário - PIS e COFINS – Supermercados,


on-line, Portal Tributário, 2012.

NOTAS:
(1) LEI COMPLEMENTAR Nº 7, DE 7 DE SETEMBRO DE 1970

(2) Decreto-lei nº 1.940, de 25 de maio de 1982

(3) Redação dada pela Lei nº 7.611, de 1987

(4) Lei Complementar nº 70 de 30.12.1991

(5) Lei 9.718/1998, a base de cálculo da contribuição é a totalidade das receitas auferidas
pela pessoa jurídica,

(6) Lei nº 10.833, para as empresas optantes pelo lucro real, a partir de 01.02.2004, com
exceções específicas, acaba a cumulatividade da COFINS sobre a receita bruta,
descontando-se créditos da contribuição.

(7) Lei nº 10.637, de 2002

(8) Paulo Henrique Teixeira, em sua obra on-line CRÉDITOS DO PIS E COFINS, in Portal
Tributário Editora, pg. 11.

(9) Extraídas do anúncio do Curso Apostilado - Planejamento Tributário - PIS e COFINS –


Supermercados – do Portal de Auditoria. http://www.valortributario.com.br

(10)http://www.conjur.com.br/2012-jul-29/fimde-editada-trf-lista-insumos-creditaveis-pis-
cofins-indicativa

(11)Conjur, notícias 20/09/2012. - Recurso Especial nº REsp 1.215.773/RS - Relator


Ministro Cesar Asfor Rocha - Data do Julgamento 22/08/2012 - Data da
Publicação/Fonte DJe 18/09/2012).

(12)http://www.fiscosoft.com.br/a/5shm/pis-e-cofins-ha-creditos-sobre-insumos-na-
atividade-comercial-fabio-rodrigues-de-oliveira

(13)http://www.portaldeauditoria.com.br/paulo-henrique-teixeira.asp

Roberto Rodrigues de Morais

Especialista em Direito Tributário.

Ex-Consultor da COAD

Autor do Livro online REDUZA DÍVIDAS PREVIDENCIÁRIAS.

robertordemorais@gmail.com

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