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RELATÓRIO PALESTRA TRIBUTÁRIO – ALUNO: BERNARDO CARVALHO

A primeira reforma tributária é sobre o consumo. Mas dessa reforma virão outras,
uma sobre a renda e outra sobre salários.
A alíquota da CBS vai ser uma das maiores do mundo. Prometem que quem vai
pagar é o consumidor.
Então haverá aumento de carga tributária no Brasil sobre o consumo. Com isso,
termos regressividade, não progressividade. Quem ganha menos será proporcionalmente
mais onerado.
Logo, ocorrerá encarecimento dos produtos e, especialmente, dos serviços. E
provável que o novo sistema seja desnaturado pelas leis complementares.
É consenso que nós precisamos de uma reforma tributária. Mas essa reforma que
está proposta não é a melhor.
Essa reforma tributária é liberal. Visa a gerar neutralidade, acabar com a guerra
fiscal. Não leva em consideração intervenções estatais. Portanto, vai acabar com a atração
da empresa por incentivos estatais e agora vão se guiar apenas pelos índices econômicos.
Esse é o efeito que a reforma pretende gerar.
Isso vai ocasionar eficiência econômica para o país como um todo. Mas vai
prejudicar as regiões pobres, como o Nordeste. Será muito mais eficiente colocar todas
as indústrias em São Paulo.
A ideia da reforma e que os estados respeitem suas aptidões naturais.
Além disso, há controvérsia sobre a constitucionalidade da reforma.
O IVA será composto de CBS e IBS. Isso porque busca-se evitar a
inconstitucionalidade de acabar com os tributos estaduais e municipais.
O imposto seletivo serve para gerar neutralidade, tributação sempre no destino
(impedindo guerra fiscal). O tributo seletivo é um novo tributo de competência da união.
Há certos avanços na redação do projeto, mas existem problemas. Por exemplo, ocorre
uso excessivo de conceitos jurídicos indeterminados.
“Bens ou serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente”, nos termos de lei
complementar.
Então note que foi dada muita discricionariedade ao legislador infraconstitucional.
Ofende a segurança jurídica, ofende os direitos fundamentais…
A tributação seletiva também gera regressividade. As pessoas menos instruídas
consomem mais esses produtos.
Também não procede a informação de que os setores não pagarão mais. Isso pode
funcionar na lógica B to B, mas não para o consumidor (B to C).
Haverá aumento abrupto de carga tributária para os serviços. Pode ser bom para
subvencionar a indústria, para socializar o IPI… Mas isso deve ser dito às claras.
Destarte, a reforma tributária é pintada como algo incrível, mas não é a realidade.

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