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O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – órgão responsável pela promoção da

cidadania da infância – determina obrigatória a matrícula escolar a partir dos 4 anos. Dessa
maneira, observa-se o caráter imprudente da regulamentação da prática do “homeschooling”,
em virtude do caráter ilícito e segregacionista. Ademais, tal praxe da educação deve ser
realizada por profissionais capacitados, além de garantir o acesso do aluno ao ambiente
escolar. Portanto, é claro que a problemática se configura como um crime intelectual ao
estudante em progresso.

Com efeito, é indubitável que a modalidade de ensino domiciliar fere os direitos básicos
ofertados aos alunos, como a garantia à educação de qualidade. Via de regra, os pais optam
por esse ensino à medida que têm a escola como um espaço de doutrinação, preferem, assim,
ensinar os filhos com base em uma expectativa de mundo limitada. Segundo Anísio Teixeira – o
pai do sistema educacional brasileiro – o resultado da educação consiste em habilitar o
homem às condições do meio. À luz do pensamento do educador, é evidente compreender a
importância do ensino preparatório que não limite as visões de mundo do aluno. Ainda, é
extremamente imprudente superestimar o conhecimento público, uma vez que os docentes
são preparados a ministrar conteúdos interdisciplinares aos discentes.

Outrossim, é mister citar que a socialização é o processo primordial para o progresso do ser
humano. Na obra infanto-juvenil “Cazuza”, de Viriato Correia – expoente escritor maranhense
– Cazuza é um menino que, através da escola e da convivência com seus colegas, aprende
princípios morais e éticos, como a generosidade para com o próximo. Ao sair da narrativa, é
lógica que a realidade se constrói de maneira similar, já que em convívio ensina a respeitar às
diferenças sociais, bem como ser capaz de conhecê-las, desenvolve, pois, a heterogenia
cultural. Logo, configura-se como inalienável a permanência do aluno no ambiente escolar,
como também o contato com diferentes valores, em virtude do bem-estar do cidadão e do
funcionamento do organismo nacional.

Em suma, é categórico que, mesmo no cenário Técnico-Cientifico Informacional, a praxe do


“homeschooling” é maléfica ao panorama educacional brasílico. Destarte, urge a família –
como protagonista da socialização – participar da comunidade escolar de forma assídua e
compreender a didática de ensino. Tal medida deve ser feita pela propagação de informações,
com o auxílio da mídia, que demonstre em forma de planilha os assuntos abordados em sala
de aula, para que os pais possam acompanhar o ensino aprendizagem. Desse modo, far-se-á a
educação de qualidade, sem a necessidade de excluir a criança do ambiente escolar recreativo.

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