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Juiz de Fora
2010
Agradecimentos
Aos ancestrais pela origem e herança. Em especial a Balbina Maria, pela beleza.
Ao Exmo. Reitor. Ao Exmo. professor Mário José pela mestria e pela valiosa
contribuição para que o percurso deste trabalho pudesse ocorrer com a devida
consistência.
em especial a mim.
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Apresentação
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Capítulo I - Disposições Gerais
É fato, que por muitos séculos, a perspectiva da educação tem sido ligada às
práticas ultraelitistas, das quais o Brasil tem dificuldade em se programar.
Historicamente a elite educava seus filhos em escolas religiosas ou em públicas que
atendiam uma parcela muito pequena da população.
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Dados - Fundação Lemann
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Esclarecer e Transformar
Sapere Aude
Diz-se dos fatos em sua concepção prescritiva que durante muito assegura
somente informações em vez da luz do entendimento. O aclaramento, que por sua vez
faz pensar e libertar o sujeito de sua facticidade. Portanto, o lema de uma educação
dialógica deve pautar-se numa perspectiva de crescimento, que agrega consciência e
cidadania. Como em um tabuleiro de xadrez, não basta apenas dar informações sobre
como o jogo se desenvolve, é preciso antes entendê-lo e articular o panorama das regras,
recriando o conhecimento.
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Da Modernidade Iluminista
Autonomia da Razão
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Capítulo II – Ufanismo, Exacerbação e Exortação.
QUINTANA, Mário: “O Poeta come Amendoim”, in Poesias Completas, São Paulo, Martins Editora,
1955. p. 157-158)
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Da Inserção
A educação não pode ser um processo passivo, pois quando aprende o educando
desenvolve sua potencialidade, sua capacidade de pensar e ver o mundo e
automaticamente cresce como indivíduo que compõe e pode transformar a sociedade.
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Capítulo III – Sob Matiz
Patriotismo, Nacionalismo
Neste globo celeste, porém, uma faixa branca sintetiza um mote positivista de
Auguste Comte: "o amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim;
famoso à época e através do qual muitos republicanos se reviam.
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Sobre o Quantitativo Populacional
Para tanto, ressalta-se o papel do filósofo, como aquele que acende uma candeia
para alto iluminar, conjecturando a reflexão que se é tomada diante da verdade e do
tempo.
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Essa questão desenvolve-se substancialmente pelo fato da densidade
demográfica dos países do norte está em declínio, diferentemente do sul que possui alto
índice de crescimento natural-vegetativo.
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Capítulo IV: A Herança Intelectual nas Perspectivas do Ensino e Suas Diretrizes
Reflexões in: Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire
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Para tanto, iniciarei uma pedagogia crítica quanto ao sentido da prática educativa
em seu sentido transformador. Não obstante, a figura preponderante do majestoso Paulo
Freire reluz na contemplação e apreciação de sua obra “Pedagogia da Autonomia”. De
tal maneira a ressaltar a ética e o respeito à dignidade do educador.
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Diante da perspectiva da majestosa obra de Paulo Freire, podemos refletir sobre
o educador enquanto parte psíquico-integrante do processo de ensino e aprendizagem.
Para tanto, consideremos o conhecimento como possibilidade de sua própria produção
em seu patamar próprio de construção e não como transferência de conhecimentos.
Desta maneira, é-nos possível declarar o questionamento crítico ao qual o pensador se
refere diante do fato de estar lidando com o ser inacabado na sua presença no mundo
enquanto sujeito e objeto.
O ser humano não deve inserir-se no mundo como apenas um objeto e sim como
sujeito de mudanças. Deveras, a economia, a cultura e outras esferas sociais sejam
muitas vezes determinantes. De toda forma, é preciso lembrar que os obstáculos não são
eternos.
Neste sentido, o bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno
até a intimidade do movimento de seu pensamento.
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Não há docência sem discência
Ensinar exige pesquisa e rigorosidade metódica
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Capítulo V – O Capitel Grego
Sobre os Relativismos Democráticos
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Noções do estudo teórico são fundamentais para a reflexão do professor sobre a
especificidade da escola em que está atuando, e para que ele crie referencial que lhe
permita olhar mais diretamente para o modo como ocorre a mediação dos conteúdos na
relação com cada aluno. Com as idéias de autoconstrução do conhecimento pelo aluno,
e da contribuição da interação social para essa construção, dá-se uma alternativa
evidente para um ensino pautado na idéia de que o aluno é modelado apenas pelo meio.
Registrando, que o pensamento possui idéias coerentes e objetivas, mas diferentes se
comparadas ao pensamento mais elaborado, - são idéias que não dependem de ligações
abstratas e lógicas, e sim de ligações concretas, factuais.
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E a história do profeta Oséias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao
contemplar o rosto da mulher que amava! Mas ela tinha outras idéias. Amava a
prostituição. Pulava de amante e amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a
perdão. Até que ela o abandonou. Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário
pelo mercado de escravos. E o que foi que viu? Viu a sua amada sendo vendida como
escrava. Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e disse: "Agora você será minha para
sempre." Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de
Deus.
Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta. Ele amava a prostituta,
mas sabia que ela não era confiável. O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros,
porque os falsos profetas lhe contavam mentiras. As mentiras são doces; a verdade é
amarga.
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo
dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo
gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de comida
para os leões, se transformaram em donos do circo.
Neste sentido é que se torna relativista quanto aos grupos e suas idéias.
Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se
incorporados a um grupo tornam-se capazes dos atos mais cruéis. Participam de
linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no
meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O
povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.
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O risco deste subjetivismo dos grupos leva o filósofo à margem da
hermenêutica. É ela a ferramenta da plena distinção entre a verdade e a não-verdade.
Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os
interesses da coletividade. É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia na
frente da ciência.
Uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo
é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Quem decide as eleições e
a democracia são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o
artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa. Somente os indivíduos
pensam. Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à
coletividade.
Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos
aristocráticos. Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa,
de Nietzsche, de Saramago, de silêncio; não gosto de churrasco, não gosto de música
estridente, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol. Tenho medo de que,
num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus
gostos e a engolir sapos e a brincar de "rebolation", à semelhança do que aconteceu na
China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse
acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute:
"Caminhando e cantando e seguindo a canção." Isso é tarefa para os artistas e
educadores. O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.
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BIBLIOGRAFIA
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